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Um juiz auxiliar do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto na semana passada em um acidente aéreo, tomou na quarta-feira (25) os depoimentos de oito executivos e ex-executivos e funcionários da empreiteira Odebrecht, em São Paulo.

As audiências foram realizadas para que os investigados por suspeita de corrupção e cartel no esquema instalado na Petrobras entre 2004 e 2014 confirmassem os termos da colaboração a que se propõem perante o Supremo Tribunal Federal - Corte máxima que detém competência para mandar investigar deputados, senadores e outros políticos detentores de foro privilegiado.

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Na segunda-feira, outros ex-dirigentes da empreiteira também foram ouvidos em São Paulo.

Etapa

Os investigados não prestaram depoimento sobre fatos que revelaram preliminarmente à força-tarefa da Operação Lava Jato e que preenchem os anexos encaminhados ao gabinete de Teori em dezembro.

Nessa etapa do caso, eles apenas foram indagados se decidiram falar espontaneamente ou se sofreram algum tipo de pressão. A medida é fundamental para que as colaborações sejam homologadas pelo relator no Supremo que irá substituir Teori, ainda não definido.

A retomada da Lava Jato no âmbito do Supremo foi ordenada pela ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou, na segunda, um pedido de urgência para a homologação das delações. Ainda não se sabe, porém, se a presidente do Supremo fará as homologações ou se ela deixará para o novo relator do processo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou nessa terça-feira (24) que análise preliminar dos áudios extraídos do gravador da cabine do avião que caiu no mar de Paraty (RJ), provocando a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki e mais quatro pessoas, "não aponta qualquer anormalidade nos sistemas da aeronave".

A gravação reforçou a hipótese de que houve desorientação espacial do piloto Osmar Rodrigues em razão do mau tempo na região.

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O desastre aéreo ocorreu no início da tarde da quinta-feira passada (19). O Cenipa afirmou que conseguiu extrair "com sucesso" todo o áudio do equipamento. O chip de memória do gravador de voz da cabine do bimotor ainda está sendo avaliado por uma equipe do laboratório de leitura e análise de dados de gravadores de voo (Labdata) do centro de investigação.

De acordo com técnicos envolvidos nos trabalhos, em conversa com outro piloto que estava decolando da pista de Paraty, Rodrigues indicou que faria uma manobra para esperar uma melhor visibilidade para o pouso, já que o aeroporto de Paraty não tem instrumentos de auxilio à navegação.

Os dados apontam, no entanto, que o tempo entre a fala do piloto sobre a espera que faria por causa da chuva e a nova tentativa de pouso que levou ao choque com o mar é muito curto, o que mostra que Rodrigues não esperou tempo suficiente para a melhora do tempo.

Conforme o Jornal Nacional, da TV Globo, as gravações mostram que o piloto teria tentado pousar duas vezes na pista. As análises preliminares indicam que, pouco antes da queda, o King Air C90 voava a uma altitude muito próxima do mar - com um teto de cerca de 60 metros. Essa situação pode ter contribuído para uma desorientação espacial do piloto.

Na primeira tentativa de pouso, Rodrigues teria citado a expressão "setor Eco", o que significa uma curva para o leste. Numa segunda tentativa, ele teria comunicado que estava na "final", um indicativo de que se preparava para pousar. Os áudios captaram, posteriormente, um barulho forte, que os investigadores suspeitam ser da colisão da asa com a água.

Sons

Segundo o chefe da Divisão de Operações, coronel Marcelo Moreno, o equipamento gravou os últimos 30 minutos de áudio do voo, o que inclui não só informações de voz, mas outros sons que serão importantes para a investigação. As gravações não registram sinais de pânico na aeronave.

No momento, os técnicos estão fazendo o tratamento do áudio. Depois dessa etapa, os dados serão analisados. "Nós analisamos sons diferentes, em que possamos identificar, hipoteticamente falando, o ruído de um trem de pouso sendo baixado, a aplicação de algum grau de flap ou outro equipamento aerodinâmico da aeronave", disse o coronel. A gravação de áudio também pode indicar um início de descida, por exemplo.

A memória possui quatro canais de áudio, sendo um do piloto, um do copiloto, um da área da cabine e o quarto do engenheiro de voo ou comissário. Os dados do chip foram baixados utilizando equipamentos e softwares do fabricante do gravador de voz.

O flexcable (cabo de conexão) que comunica os dados do chassi do gravador para a memória estava molhado. Portanto, houve a substituição por outro novo, minimizando a possibilidade de um curto-circuito ou a perda de dados, caso tivesse sido utilizado o cabo contaminado pela água salgada.

O avião de matrícula PR-SOM saiu do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, com destino a Paraty, no litoral fluminense, na Quinta-feira passada. A aeronave levava o relator da Lava Jato no STF Teori Zavascki, o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do Hotel Emiliano, a massoterapeuta Maira Lidiane Panas Helatczuk e a mãe dela, Maria Ilda Panas, além do piloto Osmar Rodrigues. Todos morreram.

O gravador da aeronave foi recuperado no resgate e chegou na manhã de sábado, 21, ao laboratório do Cenipa em Brasília. O equipamento foi encontrado pelos mergulhadores da Marinha na tarde de Sexta-feira (20).

Por estar submerso em água salgada, foi necessário realizar um procedimento de lavagem e conservação em água destilada para evitar corrosão e preservar os dados do gravador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), defendeu nessa terça-feira (24) o nome do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes - filiado ao partido -, para a vaga do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, morto em acidente aéreo na semana passada em Paraty (RJ). Aécio, no entanto, disse que indicações para o cargo não são atribuição de presidentes de partidos. A nome de Moraes é defendido por pelo menos seis siglas da base aliada do governo Michel Temer.

"O ministro Alexandre é extremamente qualificado, respeitado, tem todas as qualidades para ser ministro do STF, mas essa não é uma questão partidária", afirmou o senador em Belo Horizonte. Na capital mineira, o tucano se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e anunciou o apoio do PSDB à reeleição de Maia.

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"É equívoco buscarmos apoio em partidos políticos para o futuro ministro do STF", disse Aécio. "Tenho convicção de que o presidente Michel Temer escolherá o melhor nome para compor o Supremo", finalizou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) abriu uma consulta entre seus associados para formar uma lista tríplice de magistrados federais para serem indicados ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que é escolhido pelo presidente Michel Temer e precisa passar por uma sabatina no Senado. A ideia é que a lista com os nomes mais votados pela categoria seja encaminhada a Temer.

Os membros da entidade terão até a tarde desta quarta-feira (25) para indicar três nomes de magistrados federais - entre juízes federais, desembargadores federais e ministros dos Tribunais Superiores - com idade acima de 35 anos, como determina o artigo 101 da Constituição, para composição da Suprema Corte.

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Do dia 26 ao dia 31 de janeiro, será realizada a consulta eletrônica para a formação da lista tríplice. Os três candidatos mais votados comporão a relação de nomes que será entregue ao presidente da República, Michel Temer, como sugestão da Diretoria da Ajufe para preencher da vaga do ministro Teori Zavascki - morto em decorrência de acidente aéreo em Paraty (RJ) na última quinta-feira, dia 19 de janeiro.

Enquanto aguarda a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, definir o destino da relatoria da Operação Lava Jato na Corte, o presidente Michel Temer vem sendo pressionado por representantes de tribunais superiores e presidentes de partidos e parlamentares a escolher o substituto do ministro Teori Zavascki, morto na quinta-feira passada na queda de um avião em Paraty, no litoral fluminense.

Dirigentes de pelo menos seis grandes partidos da base aliada defendem a indicação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. O argumento de líderes do PSDB, PSD, PR, DEM, PTB e até do PMDB é de que Moraes, considerado aliado fiel do governo, é "qualificado" e tem "experiência" jurídica.

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Outros nomes sugeridos são o da ministra da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, o do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho, e o do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas. Temer informou no fim de semana que vai aguardar a decisão de Cármen Lúcia para depois indicar um nome.

O discurso oficial de ministros próximos ao presidente é de que a vaga de Teori será preenchida por um "perfil que se assemelhe ao do ministro". Outro auxiliar palaciano disse que Temer deve levar em conta "o tamanho" das críticas da futura nomeação.

Temer tem se aconselhado com o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e o secretário Moreira Franco (Programa de Parceria de Investimentos), além de pessoas de sua confiança no meio jurídico, entre elas o ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes.

Nos principais partidos da base - com integrantes investigados na Lava Jato - o lobby é pelo titular da Justiça. "Se depender do PR, vamos encaminhar o Alexandre", afirmou o presidente nacional da legenda, o ex-ministro e ex-senador Antonio Carlos Rodrigues (SP).

"Do ponto de vista técnico, vejo a indicação dele como absolutamente acertada. Ele é um dos maiores constitucionalistas do Brasil", disse o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN). Segundo o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), a indicação de Moraes é "bem vista" na sigla. "Ele pode não ser muito habilidoso no trato político, mas juiz não precisa ter essa habilidade."

No PSDB, partido ao qual Moraes é filiado desde dezembro de 2015, a indicação do ministro da Justiça para o Supremo tem apoio dos três principais caciques: o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional da sigla; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ministro das Relações Exteriores e senador licenciado, José Serra (SP).

"Ele é extremamente qualificado. É professor de Direito Constitucional da melhor universidade do País (a USP), tem livros publicados, mais de 700 mil exemplares vendidos", disse o secretário-geral do PSDB, o deputado Silvio Torres (SP).

Moraes, que foi secretário municipal de Transportes durante parte da gestão de Gilberto Kassab (PSD) na Prefeitura de São Paulo, tem o apoio do atual ministro das Comunicações. No PMDB, partido de Temer, a defesa da indicação do ministro da Justiça ao STF é feita pelo líder do partido na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP).

Cortes

Os principais "cabos eleitorais" de Bruno Dantas são o ex-presidente José Sarney (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), réu em um processo e investigado em outros 11 inquéritos no STF. Em nota, Renan negou o lobby, o que tratou como "especulações inverídicas".

Já o nome do atual presidente do TST, Ives Gandra Martins Filho, foi defendido por pelo menos duas pessoas próximas ao presidente. Do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde Teori fez carreira antes de chegar ao Supremo, são citados os ministros João Otávio de Noronha e Luis Felipe Salomão. Também foram levados ao presidente nomes mais jovens e com perfil mais técnico, como Maria Isabel Gallotti. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O gravador de voz (Cockpit Voice Recorder, CVR) recolhido nos destroços do avião que caiu no mar em Paraty (RJ) na última quinta-feira (19) matando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e outras quatro pessoas, foi danificado pelo contato com a água, informou na tarde dessa segunda-feira (23) o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB).

A água atingiu, segundo os militares encarregados das investigações, a "base" do equipamento, onde estão cabos e circuitos que fazem a ligação para armazenamento das informações. A outra parte do gravador, que armazena os dados gravados, é, segundo o Cenipa, "altamente protegida". O aparelho registra conversas na cabine da aeronave e pode ajudar os investigadores a entender o que aconteceu momentos antes da queda.

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O aparelho, que chegou no sábado (21) a Brasília para ser analisado no Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo (Labdata), precisará ser submetido a secagem, verificação da integridade das gravações, degravação dos dados e sua transcrição. "O tempo de duração de todo o processo depende das condições do equipamento", afirmou o Cenipa, em nota.

As conversas entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a definição do novo relator da Lava Jato na Corte tiveram início nesta segunda-feira (23). A presidente do Tribunal, ministra Cármen Lúcia, conversou com ministros para se consultar sobre o assunto. Ela precisará decidir quem vai herdar a investigação, que ficava a cargo do ministro Teori Zavascki, morto na semana passada em um acidente de avião. O presidente Michel Temer já anunciou que só anunciará o nome do novo ministro que irá compor a Corte após a definição do Supremo sobre o novo relator da investigação sobre a Petrobras.

Além das conversas com os colegas de tribunal, Cármen se reuniu com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Oficialmente, ele foi "prestar condolências" à presidente da Corte. Nos bastidores, Janot tem revelado preocupação com o futuro da Operação Lava Jato e principalmente com a homologação das delações da Odebrecht, que se encontram em compasso de espera.

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Cármen avalia a possibilidade de autorizar que a equipe de juízes auxiliares que recebeu delegação de Teori para trabalhar nas delações durante o recesso continue esse processo durante a próxima semana. Estavam previstas para essa semana audiências dos juízes com os 77 delatores da empreiteira, para confirmar se os acordos com o Ministério Público foram fechados de forma espontânea.

A expectativa é de que Cármen tome decisões sobre o assunto - tanto sobre a continuidade das audiências no caso da delação da Odebrecht como sobre o futuro da Lava Jato - nos próximos dias. Ela conversou com os ministros sobre as possibilidades e ouviu a opinião dos colegas.

Ministros ouvidos pela reportagem reservadamente mostram opiniões distintas sobre o assunto. Há parte que defende que o novo relator da Lava Jato deve ser definido em um sorteio entre todos os integrantes da Corte. Há ainda uma corrente que entende que o sorteio deve ser restrito à Segunda Turma do Tribunal, da qual Teori fazia parte. Outros ministros avaliam que o regimento da Corte indica que o revisor do caso é que deve assumir as ações. Neste caso, o revisor da Lava Jato na Segunda Turma é Celso de Mello. Já no plenário é o ministro Luís Roberto Barroso.

Além de receber Janot e telefonar aos ministros, Cármen passou boa parte da tarde no gabinete do ministro Teori e conversou com os assessores dele, incluindo o juiz-auxiliar Márcio Schiefler.

Ainda não é certo se Cármen Lúcia comparecerá à missa de sétimo dia de Teori Zavascki, que será realizada nesta quarta-feira, 25, em Porto Alegre (RS), a pedido da família do ministro. A ministra decidiu dispensar a tradicional sessão solene de abertura de trabalhos do Judiciário no ano, que ocorre no dia 1º de fevereiro. Em razão da morte de Teori, haverá apenas a realização de homenagens na primeira sessão plenária de 2017.

O juiz Raffaelle Felice, da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis (RJ), decretou nessa segunda-feira (23) sigilo nas investigações sobre a queda do avião que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e outras quatro pessoas no mar em Paraty (RJ), na última quinta-feira (19).

Funcionários da empresa AGS continuaram a fazer o resgate dos destroços do avião na segunda. O trabalho, iniciado na noite de domingo (22), foi feito com o auxílio de uma balsa, com um guindaste acoplado, a cerca de dois quilômetros de Paraty.

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Os destroços foram levados para a Base Aérea do Galeão, na capital fluminense, onde ficarão à disposição dos investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) ouvirão nesta terça-feira (24) depoimentos de testemunhas da queda da aeronave.

Enquanto a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, não se manifesta sobre quem vai assumir a relatoria da Operação Lava Jato, ministros da Corte ouvidos pelo Estado divergem sobre como a escolha deveria ser feita. O caso era relatado por Teori Zavascki, que morreu na quinta-feira passada, dia 19, em desastre de avião em Paraty, no litoral do Rio.

Em caráter reservado, ministros defendem a remessa dos processos a um dos integrantes da Segunda Turma da Corte - da qual Teori fazia parte. Neste caso, a relatoria ficaria com Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffolli ou Celso de Mello. Outros alegam que, como há investigados julgados no plenário - caso do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) -, a distribuição deveria ser feita entre todos os magistrados do Supremo.

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Entre os integrantes da Corte há também quem defenda que Cármen Lúcia deveria seguir à risca o regimento interno, remetendo o caso ao substituto de Teori no tribunal. Possibilidade praticamente descartada diante da declaração do presidente Michel Temer, durante o velório do relator, de que só indicará o novo ministro após definida a relatoria da Lava Jato pelo STF. A decisão veio depois dos sinais enviados por Cármen Lúcia ao Planalto de que o substituto não será o relator.

Se outros artigos do regimento forem seguidos, ainda é possível que casos urgentes sejam encaminhados aos ministros revisores da Lava Jato. Na Segunda Turma, o revisor é o decano, Celso de Mello. No plenário, o revisor é Luís Roberto Barroso.

Os investigados a serem julgados pelo STF são aqueles com foro privilegiado, como ministros de Estado, deputados e senadores. A morte de Teori, que pretendia decidir sobre a homologação das delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht ainda na primeira quinzena de fevereiro, criou apreensão sobre a manutenção do caráter técnico na condução do caso.

Urgência

Uma demanda considerada urgente na Corte é dar andamento ao processo de homologação das 77 delações da Odebrecht. A equipe de Teori trabalhava no material mesmo durante o recesso do Judiciário, mas, após a morte do relator, tudo foi paralisado.

De acordo com dois ministros ouvidos pelo Estado, a probabilidade de Cármen Lúcia homologar as delações até 31 de janeiro, quando acaba o período de recesso, é baixíssima.

Primeiro, porque acreditam que não há previsão legal ou regimental para tal ato. Para um ato urgente, será necessário definir o novo relator e considerar que há urgência em validar as delações como prova.

Em segundo lugar, os ministros acreditam que não faz parte do perfil da presidente do Supremo tomar uma decisão dessa relevância sozinha. A avaliação é de que ela deve promover conversas informais sobre o assunto com os colegas. Os ministros estão prontos para iniciar a discussão interna. Há quem considere a possibilidade, entre assessores e ministros, de antecipar a volta das férias.

Silêncio

Por ora, os ministros aguardam os primeiros sinais para saber como Cármen Lúcia vai agir. E consideram que deverão participar da decisão, tão logo ela dê abertura. No fim de semana, a ministra optou por manter a discrição.

A presidente do Supremo retornou a Brasília logo após participar do velório de Teori no sábado (21) em Porto Alegre. Na cerimônia fúnebre, evitou conversas com os colegas de Corte.

Uma das primeiras autoridades a chegar ao velório de Teori, Cármen Lúcia esteve apenas em alguns momentos no plenário do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), onde estava o caixão. Por isso, não conversou com os demais ministros no local: Dias Toffoli - um dos mais emocionados -, Gilmar Mendes, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski.

A ministra também não acompanhou os ministros em almoços após o velório. Toffoli e Lewandowski dividiram mesa em uma churrascaria famosa na cidade. Já Gilmar saiu mais cedo, após almoçar com o ministro-chefe da Casa Civil e um dos homens fortes do governo Temer, Eliseu Padilha.

Na noite deste domingo (22), convidado por Temer, Gilmar foi recebido em jantar no Palácio do Jaburu. No encontro, que não constava na agenda oficial do presidente, os dois tiveram "conversas de rotina", de acordo com a assessoria de imprensa do ministro do Supremo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Aeronáutica, por meio de sua assessoria de imprensa, desmentiu neste domingo, 22, um boato sobre o desastre com o avião em que viajava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, segundo o qual o piloto, Osmar Rodrigues, foi orientado pela torre de controle localizada no Rio de forma equivocada, de modo que a aeronave caísse, matando o ministro.

O responsável pela suposta instrução equivocada seria uma pessoa identificada como "sargento Marcondes", que não existe, segundo a Aeronáutica. O "alerta", que começa com a frase "a casa caiu!" e atribui a informação a "uma fonte anônima da Aeronáutica", que teria feito a comunicação ao Estado, está sendo compartilhado indiscriminadamente nas redes sociais, apesar do conteúdo fantasioso. O objetivo do personagem Marcondes seria prejudicar o andamento da Operação Lava Jato, da qual Teori era relator.

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"Com relação ao boato que circula nas redes sociais sobre a influência de um tal sargento Marcondes no acidente com a aeronave que transportava o ministro do STF Teori Zavascki e outros passageiros, no dia 19/01/2017, informamos que NÃO É VERDADE. Não existe militar com esse nome na equipe de serviço responsável por aquela área de controle, nem havia qualquer comunicação com o piloto da aeronave matrícula PR-SOM durante a aproximação para o pouso em Paraty, porque o aeródromo não possui órgão de controle de tráfego aéreo", diz nota oficial emitida pela Aeronáutica. "Ressaltamos que todos os procedimentos realizados pelos órgãos de controle durante o voo estiveram de acordo com as legislações vigentes, inerentes aos serviços de controle de tráfego aéreo", afirma ainda a nota.

O Cockpit Voice Record (gravador de voz da cabine) do avião já está em Brasília, no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), para ser analisado. Lá podem estar conversas que o piloto teve com a torre de comando do aeroporto de Congonhas, registradas enquanto o avião estava ainda em São Paulo, e, já em Paraty, área não controlada, e comunicações com pilotos de outras aeronaves que estivessem voando pela região, em que o piloto pode ter relatado a baixa visibilidade.

O avião saiu com Teori e outras três pessoas - o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono da aeronave, a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe, a professora Maria Hilda Panas -, além do piloto, às 13h01 da quinta-feira, com destino a Paraty, e caiu no mar perto da Ilha Rosa, após meia hora de voo e a dois quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto da cidade do Sul Fluminense.

Os destroços do avião em que viajava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto em acidente aéreo na última quinta-feira, começaram a ser recolhidos do mar na noite deste domingo (22). O avião, um bimotor modelo King Air C90GT, fabricado pela Hawker Beechcraft, caiu na água, a cerca de dois quilômetros de Paraty, no litoral sul do Rio. Quatro pessoas morreram, além de Teori.

Por volta das 18 horas, chegou ao local a balsa com um guindaste acoplado para fazer a operação. A vinda da embarcação foi necessária porque o local onde o avião caiu tem profundidade de apenas três metros. Nenhum navio de porte suficiente para içar o avião (que tem pouco menos de 11 metros de comprimento e distância entre as asas de 16 metros) conseguiria navegar em área tão rasa. A balsa consegue navegar em áreas a partir de 2,5 metros de profundidade.

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A responsabilidade pelo resgate dos destroços cabe à AGS Logística, empresa com base em São Paulo contratada pela seguradora do avião. A balsa estava em Niterói, região metropolitana do Rio. Como se desloca em velocidade baixa, a embarcação demorou cerca de 24 horas para chegar ao local do acidente. A viagem duraria 12 horas, mas as condições climáticas e do mar fizeram o tempo de deslocamento dobrar.

Durante todo o dia, a imprensa e curiosos aguardaram com expectativa a chegada do equipamento. O local do acidente não é visível a partir do continente, mas as pessoas se concentraram em uma marina usada como base pelas autoridades e equipes de resgate.

Funcionários da AGS Logística e técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela investigação sobre as causas do acidente, fizeram um reconhecimento da área onde o avião estava.

Com todas as partes do avião sobre a balsa, ela seguirá viagem até Angra dos Reis, a 94 quilômetros ao norte, por terra, de Paraty. Um navio da Marinha escoltará a balsa durante essa viagem. Técnicos do Cenipa também acompanharão o trajeto, na própria balsa.

Em Angra, a aeronave será transferida para uma carreta e seguirá por terra até a Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, onde funciona a sede do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III, órgão regional subordinado ao Cenipa), que vai começar a investigação dos destroços. Quando concluir seu trabalho sobre as causas da queda da aeronave, o Cenipa vai divulgar um relatório em seu site, segundo informou ontem (sábado, 21) o órgão.

Perfis falsos em redes sociais aumentam rumores sobre o acidente que levou à morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. Nesse domingo, 22, o filho de Teori, Francisco Zavascki, fez um alerta em seu perfil oficial no Facebook sobre a quantidade de páginas na rede que tentam imitar o seu perfil.

"Pessoal, infelizmente criaram inúmeros perfis meus falsos! Cuidado com o que eles estão postando. Se possível, me ajudem a denunciá-los. Obrigado", escreveu o filho do ministro. As páginas compartilham notícias e teorias sobre a morte do relator da operação Lava Jato, levantando suspeitas sobre o acidente.

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Francisco já havia usado sua página na última quinta-feira para confirmar que o pai havia embarcado no avião que caiu em Paraty, no Rio de Janeiro e, logo em seguida, para avisar sobre a morte do ministro. Foi quando o perfil de Francisco ganhou notoriedade. No mesmo dia, diversas páginas semelhantes foram criadas.

A reportagem identificou pelo menos oito páginas no Facebook que tentam imitar o perfil de Francisco, duas delas com mais de 3 mil seguidores. São perfis que utilizam a mesma foto do filho do ministro. Uma das páginas chegou a informar local e data do velório do corpo de Teori. Muito embora as informações estivessem corretas, o convite nunca foi feito pelo perfil oficial de Francisco.

As páginas falsas com mais seguidores compartilham mensagens que fortalecem a teoria - sem a apresentação de fundamentos técnicos - de que o ministro teria sido vítima de um crime, não de acidente. Relator da Lava Jato, Teori estava prestes a homologar a deleção de 77 ex-executivos da empreiteira Odebrecht. Atualmente, há no gabinete do ministro um acervo de 7.566 processos, sendo 12 ações penais e 65 inquéritos, a maioria contra políticos e autoridades com o chamado foro privilegiado.

No Congresso, parlamentares defendem a investigação profunda do acidente que levou à morte de Teori, para afastar quaisquer suspeitas. Na última sexta-feira, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou um requerimento para abertura de uma comissão de investigação do Congresso.

"Há necessidade de esclarecimento urgente, porque o próximo ministro será indicado por alguns investigados da operação", afirmou Randolfe ao Estado, em referência aos senadores alvos da Lava Jato que votarão a indicação do novo ministro do STF. A senadora Ana Amélia (PP-RS) também acredita que uma "investigação profunda e técnica" deve ser feita para não restar dúvidas sobre o acidente aéreo. Para ela, a investigação irá fortalecer ainda mais a operação Lava Jato.

A Marinha aprovou o plano de retirada do mar dos destroços do avião que caiu em Paraty (RJ) e provocou a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e de outros quatro passageiros, na última quinta-feira (19).

Segundo o Jornal Nacional, uma barca sairá do município de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, até o litoral de Paraty. A barca vai transportar os destroços até a costa de Angra dos Reis (RJ). Em seguida, os pedaços da aeronave serão levados de caminhão até a capital. Os destroços serão levados para a Base Aérea do Galeão, no Rio, onde a investigação será iniciada.

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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão responsável pela investigação das causas do acidente, não divulgou oficialmente o plano aprovado. Mais cedo, o tenente-coronel aviador Edson Amorim Bezerra, que está em Angra para acompanhar o resgate da aeronave, disse que o Hotel Emiliano contratou uma empresa particular para retirar os destroços do mar e que caberia à Marinha e ao Cenipa aprovar este plano.

O corpo do empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do hotel Emiliano, foi cremado no início da noite no Cemitério da Vila Alpina, zona leste de São Paulo. A cerimônia estava marcada para ocorrer às 20 horas, mas acabou sendo antecipada a pedido da família. O velório durou pouco mais de duas horas no mesmo local. Filgueiras estava com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e outras três pessoas em seu avião que caiu na última quinta-feira em Paraty, no Rio de Janeiro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski afirmou neste sábado (21) que ainda não há nada decidido sobre quem herdará as relatorias que cabiam a Teori Zavascki na corte. "O momento é de luto, questões institucionais serão decididas na hora oportuna", comentou durante o velório do colega. Segundo ele, o tema será objeto de deliberação por parte da presidente do STF, Cármen Lúcia, e do colegiado do tribunal.

O ministro Edson Fachin também disse que na próxima semana Cármen e o colegiado devem tratar do tema. "Do que decorre da vacância, o STF se ocupará o mais breve possível. Agora estamos com o olhar voltado para o presente, para a perda de um amigo e colega."

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Lewandowski comentou que Teori era um homem de bem, juiz competente e leal. "A magistratura perdeu um dos seus melhores quadros". Já Fachin ressaltou que ele era seu vizinho de bancada no plenário do STF. "Na última vez que estive com ele, no final do ano passado, falamos sobre o sentido da vida e dos nossos afazeres, que tem sido de alta voltagem. Falamos sobre a importância de manter a serenidade eu brinquei, dizendo que no caso dele 'manter a serenidade' era um pleonasmo", contou.

A ex-deputada Luciana Genro (PSOL), candidata derrotada à prefeitura de Porto Alegre, disse neste sábado (21), pouco depois de participar do velório do ministro Teori Zavascki, que o acidente que vitimou o magistrado pode colocar em risco a Operação lava Jato.

"Vim representar o PSOL e dizer que é uma perda muito grande nesta luta contra a corrupção. Temo que a Lava Jato esteja em risco, que a delação da Odebrecht não seja homologada, que forças tentem barrar", disse ela.

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Em vídeo publicado neste sábado (21), o deputado federal Jair Bolsonaro (PP) falou sobre a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Na praia, ele lamentou a tragédia. “Sobre o ministro, obviamente, todos nós temos muito que lamentar e pedimos a Deus, neste momento, que conforte não só a sua família, bem como seus amigos mais próximos”.

Bolsonaro abriu mais polêmicas ao relembrar tragédias envolvendo outro políticos. “Não custa lembrar também aqui o episódio envolvendo, num acidente aéreo, o então candidato Eduardo Campos. O outro fato que marcou, e muito as eleições de 2002 foi o caso Celso Daniel, prefeito de Santo André [São Paulo], que na iminência de tornar público as roubalheiras do PT, naquela prefeitura, acabou sequestrado, torturado e executado”, disse.

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“Também não custa relembrar que, com toda certeza, o presidente eleito em 2002, não seria Lula, seria, com toda a certeza, o jovem e promissor deputado baiano Luiz Eduardo Magalhães que, infelizmente, nos deixou também de forma bastante trágica”. 

No vídeo, ele ainda se referiu à presidente do STF, ministra Carmen Lúcia. “O que eu poderia como cidadão pedir, sugerir, a nossa presidente do Supremo é que avoque para si esse processo. Homologue as delações [Lava Jato], torne público o nome de todos os políticos envolvidos e, daí sim, com calma, com tranquilidade, vossa excelência poderá decidir quem será o futuro relator desse processo. É o que todos nós pedimos, com toda certeza, em nome do clamor popular”.

 

O presidente Michel Temer chegou ao velório do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki às 13h25, após ter pousado na base aérea de Canoas. A cerimônia ocorre na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.

Temer viajou acompanhado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e do ministro das Relações Exteriores, José Serra. Ainda não há confirmação se o presidente fará um pronunciamento à imprensa.

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O velório é aberto apenas para familiares, amigos e autoridades.

Presente no velório do ministro Teori Zavascki, que acontece neste sábado (21), em Porto Alegre, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, declarou que sua morte é uma perda para a nação brasileira. “Para o Poder Judiciário e para o STF”, ressaltou.

Questionado por um jornalista sobre quem seria o futuro relator da Operação Lava Jato, ele foi convicto: “Não é o momento de falarmos sobre isso”. 

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Toffoli ainda disse que não poderia deixar de comparecer à última homenagem a Teori. “Eu não poderia deixar de vir aqui dar um beijo nesse grande amigo. Estamos ainda sofrendo muito com essa passagem”, falou notoriamente abalado. 

“A serenidade do ministro Teori Zavascki, a simplicidade dele, a humildade dele marcarão para sempre a Justiça brasileira. Para nós, que tivemos a oportunidade de desfrutar da amizade pessoal com Sua Excelência, é uma perda pessoal que nos abala”, acrescentou. 

Jornalistas e fotógrafos não possuem acesso ao plenário onde acontece a velação. O caixão está fechado e coberto por uma bandeira do Brasil. 

O ex-deputado estadual gaúcho Paulo Odone, amigo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki por mais de 40 anos, disse hoje que ele não sofria ameaças sérias em função da sua atuação na Operação Lava Jato. "Se teve pressões, foi radicalismo de redes sociais, tanto de direita como de esquerda. Fizeram protestos em frente ao edifício dele, ameaças de morte para ele e os filhos, mas era bobagem, passou rápido. Alguém sempre vai reclamar, se sentir prejudicado, mas ele dizia que não podia pensar nisso, que seu papel no Supremo era aplicar a lei e preservar a Constituição. Ele dizia que tomava suas decisões independentemente do nome que estava no processo e que faria assim até o fim", comentou ao chegar para o velório do amigo, que ocorre na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.

Segundo ele, Teori tinha dito que pretendia homologar as delações da Odebrecht em pouco tempo. "Ele dizia que sua função era examinar se as formalidades da delação estavam de acordo com a lei e que ia ficar com isso poucos dias na sua mesa", comentou. Odone reconheceu que, com a mudança na relatoria, deve haver um atraso nessas homologações, mas pediu celeridade no processo. "É claro que, com a troca de relator, não será a mesma coisa. O Teori tinha intimidade com o caso, se comunicava com a sua equipe mesmo durante as férias. Mesmo assim, é bom que essa homologação seja rápida".

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