Três ataques foram registrados no Afeganistão neste sábado (24), deixando 23 mortos no país. Um deles, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, ocorreu na capitão Cabul e resultou na morte de ao menos duas pessoas e em sete feridos. Ainda hoje, ao menos 18 soldados foram mortos por insurgentes do Taleban na província de Farah, no oeste do país, conforme autoridades locais, e outras três pessoas morreram na província de Helmand, na região sul.
O atentado em Cabul aconteceu perto da sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e não muito distante da Embaixada dos Estados Unidos, segundo o porta-voz do ministério do Interior, Najib Danish.
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Em Farah, no distrito de Bala Buluk, os 18 soldados mortos estavam em sua base de operação quando foram atacados por insurgentes do Taleban, segundo o Ministério da Defesa do país. Outros dois soldados ficaram feridos no ataque.
Em Helmand, três agentes de segurança morreram em diferentes atentados suicidas. Em um deles, no distrito de Nad Aali, um carro-bomba foi atingido por soldados do exército, mas o veículo conseguiu chegar à entrada da base do exército, matando dois soldados e ferindo outro. No outro atentado, próximo a uma base militar na capital da província, Lashkar Gah, um agente de segurança morreu e sete civis foram feridos.
O general norte-americano John Nicholson, que comanda a missão de apoio ao Afeganistão, disse em uma coletiva de imprensa que já esperava a continuidade dos ataques dos dois grupos terroristas.
Insurgentes do Taleban e novos integrantes do Estado Islâmico têm sido apontados como culpados pelo aumento da violência no Afeganistão após os Estados Unidos e a Otan terem concluído as missões de combate no país em 2014, iniciadas depois dos ataques terroristas nos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001.
No dia 27 de janeiro, uma ambulância com explosivos conduzida por um membro do Taleban matou ao menos 103 pessoas em Cabul e deixou 235 pessoas feridas. Uma semana depois, um novo ataque em um hotel de luxo da capital afegã deixou 22 pessoas mortas, dentre as quais 14 estrangeiros.
Os atentados têm sinalizado a debilidade das forças de seguranças do Afeganistão 16 anos depois de a missão liderada pelos EUA ter derrubado líderes do Taleban. Também levanta dúvidas sobre a estratégia do presidente dos EUA Donald Trump para vencer a guerra, anunciada em agosto do ano passado e que prevê maior pressão militar sobre o grupo terrorista como forma de forçá-lo a aceitar estabelecer negociações de paz com o governo afegão. Fontes dizem, contudo, que poucas mudanças foram promovidas na prática. Fonte: Associated Press.