Tópicos | Teoria de Resposta ao Item

As mudanças na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que era realizado em um final de semana e agora é feito em dois domingos consecutivos, deu aos feras mais tempo para revisar conteúdos entre as provas. Durante a semana, estudantes que acreditam ter acertado poucas questões podem se sentir ansiosos, desejando compensar o desempenho nas provas seguintes.

O professor de química Josinaldo Lins sempre tenta dar esperanças aos estudantes e afirma que “o fera não deve, sob maneira alguma, alimentar ideias negativas sobre a prova do primeiro dia” para evitar a perda de confiança e por a perder o trabalho de um ano inteiro. “Gosto de comparar a prova a uma partida de futebol. Se você não se deu tão bem no jogo da ida, tem plenas condições de ir buscar o resultado que o classifica no jogo da volta”, disse ele.

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Ricardinho Rocha é professor de matemática e afirma que os estudantes podem ter uma nota alta mesmo com poucos acertos se conseguir responder corretamente às questões fáceis, devido ao sistema de pontuação utilizado pelo Enem, a Teoria de Resposta ao Item (TRI). 

“Se acertou todas as [questões] fáceis da prova, a pontuação tende a subir muito. [O fera] só vai saber quando sair sua nota”, disse Ricardinho. O professor também deu um recado para os alunos que acham que se deram bem. “Não existe jogo ganho. É igual a partida de futebol, só acaba quando o juiz apita”, afirmou. 

O professor Arthur Costa ensina biologia e explica que o fera não tem como saber se foi bem ou mal no primeiro dia, pois a dificuldade das questões é mais determinante para a nota que o número de acertos. “Os acertos serão submetidos a uma correção em que as questões não têm o mesmo valor, uma pessoa acertou 30 questões e errou algumas questões fáceis terá a nota descredibilizada”, disse ele. Assim, na opinião de Arthur, o aluno deve “ir para a prova seguinte como se nada tivesse acontecido, pois não vai saber o que aconteceu com a nota dele”.

A mesma posição é defendida por Gustavo Bruno de Mello Barreto, que dá aulas de física há seis anos. “As questões do Enem possuem peso, então não tem como o estudante se basear [seu desempenho] pelo número de questões acertadas. [O aluno] deve manter a tranquilidade, independente do primeiro dia, pois a prova é composta por duas etapas”, disse o professor. 

Gustavo explicou que, durante esta semana, os feras devem realizar revisões. “O aluno tem que focar em resolução de exercícios das provas anteriores e dar a última revisada nos assuntos mais recorrentes de cada matéria”, disse ele. O professor também recomendou aos estudantes buscar equilíbrio entre os temas de maior e menor afinidade para “alavancar a matéria de domínio e garantir pontos preciosos na matéria mais fraca”. 

No entanto, o professor de química Josinaldo Lins lembra aos feras que é importante não se sobrecarregar mentalmente com os estudos nos últimos dias. Na sua opinião o fera “deve sair, passear ao ar livre, ir ao cinema, enfim, atividades leves. Calma, descanso e tranquilidade, sem sombra de dúvida, são essenciais. Relaxar, ouvir boa música, assistir um filme leve, alimentar-se bem, tudo isso somado ajuda a manter o fera em equilíbrio consigo mesmo”, disse.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi aplicado no último domingo (3), quando os participantes fizeram provas de redação, linguagens e ciências humanas. A segunda etapa de provas, quando os estudantes encaram as questões de matemática e ciências da natureza, será realizada no próximo domingo (10).

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As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 serão aplicadas nos próximos dois domingos, dias 3 e 10 de novembro. O primeiro dia é destinado às disciplinas de redação, Linguagens e Ciências Humanas, enquanto o segundo aborda conteúdos de matemática e Ciências da Natureza. As provas têm 90 questões por dia, com 5h30 de duração no primeiro e cinco horas no segundo. 

Nas 180 questões distribuídas entres os dias de avaliação, os estudantes encaram textos longos, um processo de produção textual e vários cálculos para resolver. Muitos estudantes já confirmara chutar parte das questões por falta de tempo para terminar. Diante desse quadro, os professores alertam que o candidato precisa estabelecer um método de resolução de prova pensando no tempo disponível para não correr riscos que possam prejudicar o desempenho na prova. 

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Otimizar o tempo é essencial para uma boa prova

A professora de Linguagens e redação Josicleide Guilhermino recomenda começar a prova do próximo domingo (3) pelo rascunho da redação, em seguida fazer a prova de preferência do aluno e, após, passar o texto para a folha oficial redação. “Ao dar um tempo da redação fazendo algumas questões e voltar pra ela depois - mas nunca, em hipótese alguma, deixando para o fim - o aluno consegue identificar melhor as falhas [do texto]. Em seguida as provas por ordem de afinidade, reservando cerca de 20 minutos finais para marcação do gabarito”, disse a professora. 

No que diz respeito a resolução do caderno de prova e como otimizar o tempo em questões com textos longos, Josicleide recomenda que “leia primeiro o enunciado da questão e em seguida faça a leitura do texto”. Dessa forma, segundo ela, quando o aluno for para o texto já saberá o que procurar. 

Josicleide também aconselha os estudantes a “eliminar as alternativas menos prováveis, que não se relacionam com o que está sendo pedido, observar quais respostas desrespeitam de alguma forma o próximo, eliminando em sequência, pois é pouco provável que a resposta correta esteja entre as alternativas que desrespeitam direitos humanos, e desconfiar de alternativas generalistas, que usem termos como: jamais, sempre, nunca e ninguém”. 

A professora também lembra que, no Enem, chutar questões “vai acontecer com quase todo mundo”, devido ao pouco tempo dado para o tamanho da prova. “É quase humanamente impossível responder todas as questões do Enem dentro do tempo estabelecido, ou seja, todo mundo chuta de alguma forma. Por isso a necessidade de responder às provas de acordo com o nível de afinidade e seguindo alguns critérios”, disse ela. 

TRI merece atenção

Já o professor de história Everaldo Chaves lembrou da necessidade de ter atenção ao tempo gasto nas questões e pensar estrategicamente na Teoria de Resposta ao Item (TRI). Esse é o modo pelo qual o Enem pontua as questões da prova a partir do índice de erros e acertos dos participantes. Ele explica que é importante que o aluno consiga avaliar o tempo que está levando na questão e "sentir" o quão fácil ou difícil ela está sendo. 

“Sugiro que o estudante leia o texto e, se entender de primeira, provavelmente ela vai ser fácil, então já responde. Leu e não entendeu, passa para outra questão. Assim o aluno vai ter tempo de ler todas as questões, resolver todas as fáceis, voltar e fazer uma segunda, terceira, quarta leitura do que não entendeu”, disse o professor. 

O risco de gerir mal o tempo, de acordo com o Chaves, é causar a queda da nota por chutar e acabar errando questões fáceis. “O grande segredo do Enem é acertar as questões fáceis, aquelas questões que vão ter um índice de acerto muito alto. Se o aluno errar uma questão dessa, a nota dele vai lá para baixo por causa da Teoria de Resposta ao Item. É preferível que, se tiver que chutar, chute aquelas em que ele realmente teve dificuldade. Tem alunos que acertam 40 questões e ficam com 600 e pouco”, disse ele.   

O professor sugere que os alunos comecem a prova analisando o tema da redação e depois siga para as provas, onde ele pode, inclusive, encontrar ideias e informações que ajudem a enriquecer os argumentos do seu texto. “Não escreva a redação de primeira, olha o tema, faz um rascunho, vai para a prova, faz o que entender, na prova de linguagens a mesma coisa, pegando as ideias que encontrar e 'jogando' para a redação”, disse ele. 

No entanto, o Everaldo Chaves sugere que se o estudante sentir que mesmo assim o seu ritmo de respostas é mais lento que o desejado, o ideal seria adotar uma estratégia um pouco diferente. “Se um aluno sente muita dificuldade com o tempo, aí eu já sugiro que vá logo para a redação que não tem como chutar, você tem que escrever. Em seguida, o caderno de provas com que tiver mais familiaridade”, explicou Everaldo. 

O professor Eduardo Pereira afirmou que já viu alunos bons perderem o vestibular porque não conseguiram terminar a prova a tempo. Para evitar o problema, a sugestão dele é que o aluno não demore mais que uma hora e 15 minutos para concluir a redação e passá-la para a folha oficial. 

“Além da redação, têm 90 questões para fazer, então precisa em uma hora fechar essa redação com rascunho e passar a limpo. Levando em consideração que a prova de Linguagens traz um texto por questão, é um fator a mais sobre o tempo. Se fosse um texto para duas, três questões, era mais fácil”, disse o professor. Eduardo lembrou o fato de que a redação, ao contrário das questões, não pode ser chutada e portanto não deve ser deixada para a última hora.

“Há alunos que escolhem fazer primeiro as questões para depois ir para a redação e o tempo 'estoura', perdendo muitos pontos na redação. Minha sugestão é começar pela redação no rascunho e não finalizar, ir fazer as outras questões. [O estudante] tem que se afastar da redação por pelo menos uma hora, pois muitas vezes o aluno comete um erro sobre algo que ele sabe porque o cérebro prega uma peça nele. Se fizer a redação e ler imediatamente, não vai perceber todos os erros. A revisão é crucial para o texto do aluno”, disse o professor. 

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Ter um bom resultado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é o sonho e objetivo de muitos estudantes. Além de estudar os conteúdos cobrados pela prova e aprender as técnicas de redação, é importante que o fera saiba como funciona a Teoria de Resposta ao Item (TRI). O método é uma ferramenta utilizada para medir a proficiência do aluno em determinada área do conhecimento. 

Avaliando até mesmo se houve algum chute, na hora de responder as questões, a TRI tem como objetivo comprovar coerência nas respostas do candidato. Para ajudar os feras que desejam entender melhor como funciona esse instrumento, o professor de química Berg Figueiredo, a convite do Vai Cair No Enem, mostra exemplos de como responder a prova do Enem com coerência. Confira: 

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgará o gabarito oficial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no dia 16 de novembro. A correção é feita usando a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item.

Dessa forma, um item em que grande número dos candidatos acertaram a resposta será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o estudante que acertar uma questão com alto índice de erros ganhará mais pontos por aquele item.

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Por isso, não é possível calcular a nota final apenas contabilizando o número de erros e acertos em cada uma das provas. Se dois candidatos acertam o mesmo número de questões, não significa que terão a mesma pontuação. O estudante só tem como saber a nota final no Enem quando o resultado sair.

A correção é feita por meio de um sistema de reconhecimento, no qual a Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Cesgranrio extraem os dados com as respostas das questões objetivas de cada participante, durante a etapa de digitalização. Por isso, é imprescindível que o preenchimento do cartão-resposta tenha sido realizado com caneta esferográfica de tinta preta. O mesmo vale para a folha de redação.

Os rascunhos e as marcações assinaladas nos cadernos de questões não serão considerados para fins de correção. O processo de correção é feito tanto pela Cesgranrio quanto pelo Inep, para conferência. As redação são corrigidas pela Fundação para Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp).

O Inep, já com as notas da redação repassadas pela Vunesp e os resultados das questões objetivas, processa o resultado, dando origem ao Boletim de Desempenho, que será disponibilizado aos participantes em 19 de janeiro de 2018.

Redação

O texto produzido na redação do Enem é corrigido por pelo menos dois avaliadores, de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Esses dois professores avaliam o desempenho do participante de acordo com as cinco competências exigidas na redação.

Cada avaliador atribuirá uma nota entre 0 e 200 pontos para cada uma das cinco competências, e a soma desses pontos comporá a nota total de cada avaliador, que pode chegar a 1.000 pontos. A nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos dois avaliadores.

Se entre as notas dadas pelos dois corretores houver diferença superior a 100 pontos (no somatório geral) ou de mais de 80 pontos em qualquer uma das cinco competências, a redação segue para um terceiro avaliador. No caso de a discrepância continuar depois da terceira avaliação, a redação será corrigida por uma banca com três professores, que vai dar a nota final.

A redação receberá nota zero se apresentar características como fuga total ao tema, texto com menos de sete linhas, não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa, cópia integral de textos motivadores da proposta, impropérios, e se a folha de redação for entregue em branco.

No sábado (4), a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, decidiu manter a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que determinou a suspensão da regra que previa a anulação da redação que violasse os direitos humanos. Apesar disso, a competência cinco, que vale 200 pontos, determina que a redação deve ter uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Esse item não foi modificado pela decisão judicial.

O título é opcional na produção da redação e será considerado como linha escrita. Porém, o título não será avaliado em nenhum aspecto relacionado às competências da matriz de referência.

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A diferença de nota entre candidatos que acertaram um número igual de questões em uma mesma prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode chegar a 343,9 pontos. O motivo da variação é o modelo de correção do teste, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que a nota depende da coerência de acertos do candidato. Atentos a isso, muitos alunos têm até estratégias para resolver a prova com base na TRI.

No Enem, os itens de múltipla escolha são pré-testados e classificados em fáceis, médios e difíceis, com pontuações diversas em uma escala de 0 a 1.000. As notas mínimas e máximas que o estudante pode ter em cada prova, porém, não são 0 e 1.000, mas variam a cada ano segundo calibragem feita pelos elaboradores do exame.

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Alunos que acertam perguntas médias e erram as fáceis, por exemplo, têm acréscimo menor de nota. Pela TRI, a interpretação é de baixa coerência pedagógica: se o candidato entende bem itens médios, deveria tirar os fáceis de letra. E o candidato que acerta só uma pergunta complicada no chute ganha pontuação menor do que aquele que solucionou várias de nível alto de dificuldade.

A diferença de mais de 340 pontos foi registrada entre candidatos que acertaram 17 itens (de 45) na prova de Matemática do Enem 2013, o mais recente com microdados disponíveis. A nota máxima, nesse patamar de acertos, foi de 694,4 pontos e a mínima, de 350,5. Essa foi a maior variação das quatro provas objetivas (Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Linguagens). A redação não é corrigida pela TRI.

Nas provas de Ciências da Natureza e Matemática, mostram os números, a variação de nota entre candidatos que acertaram número igual de questões foi maior do que em Ciências Humanas e Linguagens. Os dados foram tabulados pela Meritt Informação Educacional.

Dicas

Camila Gomes, de 18 anos, fará o Enem pela segunda vez e planeja usar estratégia diferente da utilizada na prova anterior. Para garantir melhor resultado, levando em conta a TRI, ela vai resolver primeiro as questões fáceis e médias. Depois, vai se dedicar às difíceis no tempo restante.

"O Enem não exige do candidato apenas conhecimento, mas também maturidade para saber avaliar quais questões são mais trabalhosas", diz. "É preferível pular para não perder o tempo que poderia gastar para resolver as mais fáceis", diz Camila, interessada em cursar Medicina.

Alexandre Oliveira, especialista em educação da Meritt, também acredita que é melhor resolver a prova por partes, começando por garantir acertos nas questões que parecem mais simples, para garantir a coerência pedagógica. O nível de dificuldade de cada item não fica explícito na prova.

Se o aluno faz as questões na ordem em que aparecem na prova e sobra pouco tempo para responder as últimas, pode ser penalizado. "Se chutar todas as últimas, há risco de errar um item fácil. Isso pesa na definição da nota, pois implica menor coerência", diz Oliveira.

E embora o sistema seja mais "sensível" ao chute, deixar questões em branco não vale a pena. "Questão em branco é computada como erro", afirma. Uma resposta incorreta também não anula o acerto, como acontece em alguns concursos.

Atenção

Para Lilio Paoliello, diretor pedagógico do Cursinho da Poli, a TRI é importante para compreender a prova, mas ele faz ressalvas. "Identificar a complexidade da questão pode virar uma preocupação a mais." É importante, diz, testar essas técnicas antes, nos simulados.

"E o candidato que se preparou muito deve ter cuidado com as questões fáceis", alerta. Muitas vezes, esses se concentram em itens difíceis para ter pontuações maiores e erram outros banais, prejudicando a coerência de seus acertos e a nota.

Decifrar a TRI ainda é útil para evitar frustrações depois do Enem. Como a nota só pode ser calculada por um algoritmo, muitos se decepcionam na tentativa de adivinhar o resultado.

Comparações pelo número de acertos não funcionam. Mauro Araújo, de 23 anos, passou a pesquisar mais sobre a TRI após o Enem passado. "Um colega do cursinho acertou mais questões e eu tirei nota maior. Só depois entendi que foi porque ele chutou algumas."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Além de ser considerada mais precisa para medir os níveis de proficiência do estudante, a Teoria de Resposta ao Item (TRI) torna comparáveis as notas de diferentes anos do Enem, por causa da calibragem de complexidade das questões. O modelo é usado desde 2009, quando o exame se tornou um vestibular.

"É necessário ter uma prova com diferentes níveis de dificuldade por causa das várias funções do Enem", diz Dalton Andrade, especialista em TRI da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Para ter chance de conseguir o Financiamento Estudantil (Fies), por exemplo, basta ter média superior a 450 pontos. Já as notas de corte em cursos top de universidades públicas dependem da concorrência entre candidatos. Neste ano, foram próximas a 800 pontos, o que faz que diferenças pequenas na média definam quem consegue vaga.

Com a possibilidade de comparar resultados de uma edição para outra, diz Andrade, a TRI permite que o Enem seja feito mais de uma vez por ano. Isso já foi estudado pelo Ministério da Educação (MEC), mas a ideia não foi à frente. "A tendência é de que o Enem se torne adaptativo, feito no computador. Essa prova ofereceria questões segundo a proficiência do estudante", diz Andrade. Esse modelo digital é discutido no MEC.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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