Tópicos | Tragédia da Tamarineira

"Sou condenado pelo resto da minha vida", afirmou João Victor Ribeiro, réu no caso Tamarineira, durante depoimento. Nesta quinta-feira (17), é realizado o terceiro dia de seu julgamento, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, em Joana Bezerra, no Recife.

João Victor reconheceu que errou ao beber e dirigir, mas alegou que não se recorda do acidente que tirou a vida de três pessoas e deixou outras duas feridas. "Eu cheguei a tentar me matar de tanto pensar em como fiz aquilo", declarou. 

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O réu disse ainda que, depois de preso, descobriu que o chaveiro e o faxineiro planejavam matá-lo na unidade prisional, supostamente em troca de R$ 60 mil. Os homens seriam conhecidos como "Douguinha e "Chapolin". "Não sei de onde vinha esse dinheiro. Soube por eles mesmos, doidões, de álcool e de droga", completou.

João Victor reiterou seu pedido de perdão por sua atuação no caso e disse que precisa de tratamento, por ser dependente químico. "Só sendo um psicopata mesmo pra viver uma vida tranquila sabendo que destruiu cinco famílias ao mesmo tempo. Havendo mortes, sequelas, cadeia, sofrimento, perda. Eu não tive intenção de matar ninguém", colocou.

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Bate-boca

O inquirimento do réu pela defesa foi interrompido por um bate-boca entre a promotora de Justiça Eliane Gaia e a juíza titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, Fernanda Moura de Carvalho. A juíza determinou que a promotora controlasse o gestual durante a fala de João Victor. Gaia teria ironizado o choro do réu. 

A promotora, então, gritou para a juíza: "se contenha". Em seguida, Fernanda Moura de Carvalho disparou "cale a boca". 

Ao final da inquirição da defesa, a sessão foi suspensa até as 14h30, para almoço. O julgamento será retomado com os debates.

O caso

Na colisão, em 26 de novembro de 2017, a esposa Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos, e a babá Rosiane Maria de Brito Souza, grávida de quatro meses, morreram. A filha mais velha do casal, Marcelinha, hoje com nove anos, sofreu um grave traumatismo craniano e ficou internada por dois meses após o acidente, e faz tratamento até hoje. A menina vive com o pai, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos, e único outro sobrevivente da tragédia.

De acordo com a Polícia Civil, João Victor havia ingerido álcool por muitas horas consecutivas, em uma festa local, misturando, inclusive, bebidas como cerveja e uísque. Perícias técnicas apontaram que o veículo conduzido pelo estudante de engenharia estava a 108 quilômetros por hora, quando o máximo permitido na via em que ele trafegava é de 60 quilômetros por hora.

A batida aconteceu por volta das 19h30, no cruzamento da Estrada do Arraial com a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira. Ainda de acordo com a polícia, o veículo onde viajava a família de quatro pessoas e a babá, que estava grávida, seguia pela Estrada do Arraial, no sentido Casa Forte, na mesma região, quando o outro carro avançou o sinal e causou a colisão. A caminhonete da família estava a cerca de 30 quilômetros por hora.

Às 9h desta quinta-feira (17), o terceiro dia do julgamento do Caso da Tamarineira, que ocorre no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, em Joana Bezerra, no Recife, começou com o depoimento do réu João Victor Ribeiro. Durante a sessão, ele se emocionou ao lembrar do pai e da avó e disse que começou a consumir álcool, tabaco e cocaína ainda na adolescência. João Victor pode ser condenado por três homicídios dolosos (com intenção de matar) e por duas tentativas de homicídio. 

O réu disse que foi um adolescente rebelde, em razão da separação de seus pais. De acordo com ele, seu padrasto traía sua mãe constantemente. Nessa época, a família residia em Aracaju-SE.

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"Comecei a fumar cigarro aos 13 anos, depois de muitas afrontas do meu padrasto. Ele já ameaçou me bater, minha mãe botou ele para fora. Uma vez que ele foi violento com ela, liguei pro meu pai e informei o que estava acontecendo. Foi quando esse cara saiu de casa. Eu já estava usando cigarro e cocaína", relatou. 

Aos 16 anos, João Victor concluiu o ensino médio e voltou ao Recife para ingressar no curso de administração. "Comecei a beber com o meu pai. Eu bebia de uma forma tranquila, quando acabava, pedia a conta e ia embora para casa. Até que fui fazer faculdade", declarou.

Segundo o réu, o uso da cocaína, que estava suspenso desde o retorno ao Recife, foi retomado neste período. A droga intensificava o efeito da bebida. "Vendi coisas de dentro da minha casa para comprar droga. Roupas, tênis. Chegou um certo tempo que não tinha mais controle de mim", afirmou. 

João Victor abandonou a faculdade e conseguiu seu primeiro emprego, por meio da indicação de um amigo. Segundo ele, seu salário passou a ser utilizado para o consumo das drogas. "Frequentava bares de noite e passei a usar cocaína com mais frequência. Consegui comprar um Palio vermelho e comecei a trabalhar. Sempre bebendo e usando cocaína escondido [da família]", acrescentou.

O réu alegou que o efeito das drogas sobre seu comportamento cotidiano o levou a ser demitido do emprego. Depois disso, ele conheceu o ecstasy, em uma rave na Paraíba, na qual sofreu uma overdose. 

"Cheguei para minha mãe e disse: 'me ajude, se não vou morrer'. Eu ia me matar por uma vício infantil, precoce, que me fazia mal", alegou.

O réu chegou a ser internado duas vezes em uma clínica de reabilitação, que deixou pela última vez em 2015. Ele afirma que já contou com acompanhamento psiquiátrico e que faz uso de medicação controlada.

A defesa alega que João Victor é dependente químico. O julgamento pode ser encerrado nesta quinta-feira, após realização dos debates entre defesa e acusação.

O caso

Na colisão, em 26 de novembro de 2017, a esposa Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos, e a babá Rosiane Maria de Brito Souza, grávida de quatro meses, morreram. A filha mais velha do casal, Marcelinha, hoje com nove anos, sofreu um grave traumatismo craniano e ficou internada por dois meses após o acidente, e faz tratamento até hoje. A menina vive com o pai, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos, e único outro sobrevivente da tragédia.

De acordo com a Polícia Civil, João Victor havia ingerido álcool por muitas horas consecutivas, em uma festa local, misturando, inclusive, bebidas como cerveja e uísque. Perícias técnicas apontaram que o veículo conduzido pelo estudante de engenharia estava a 108 quilômetros por hora, quando o máximo permitido na via em que ele trafegava é de 60 quilômetros por hora.

A batida aconteceu por volta das 19h30, no cruzamento da Estrada do Arraial com a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira. Ainda de acordo com a polícia, o veículo onde viajava a família de quatro pessoas e a babá, que estava grávida, seguia pela Estrada do Arraial, no sentido Casa Forte, na mesma região, quando o outro carro avançou o sinal e causou a colisão. A caminhonete da família estava a cerca de 30 quilômetros por hora.

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O julgamento de João Victor Ribeiro de Oliveira, motorista responsável por provocar uma colisão no bairro da Tamarineira, no Recife, entra para o terceiro dia nesta quinta-feira (17). O júri popular iniciou na manhã da última terça (15) e está acontecendo na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, área central do Recife. João Victor deve prestar depoimento hoje.

O acusado foi identificado como o condutor que avançou o sinal causando a 'Tragédia da Tamarineira', em novembro de 2017, como ficou conhecido o caso. No acidente, morreram Maria Emília Guimarães, de 39 anos, seu filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos, e a babá Rosiane Maria de Brito Souza, à época grávida de quatro meses. 

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Sobreviveram à tragédia a filha mais velha do casal, Marcelinha, que sofreu traumatismo craniano e faz tratamento até hoje, e o pai, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos.

Assista ao júri: 

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A tia materna de João Victor Ribeiro de Oliveira, motorista responsável pela colisão no bairro da Tamarineira, Claudia Noemia Ribeiro, afirmou, no júri popular, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, área central do Recife, nesta terça-feira (15), que o sobrinho passou um tempo morando com a mãe em Aracaju e voltou para o Recife por ter "pedido socorro" para fazer tratamento pelo vício em drogas. 

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A tia de João Victor contou que ele não morou a vida toda no Recife. "Minha irmã, a mãe dele, foi transferida para Aracaju a trabalho durante a adolescência dele, e ele passou um tempo morando com o pai, porque os pais se separaram e ele passou um tempo vivendo com a avó em Barbalha. Com uns 13/14 anos ele foi para Aracajú. Sempre foi um menino bom, honesto, correto, carinhoso. Ele nunca fez mal nenhum a ninguém", defendeu Cláudia.

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"Voltei a conviver com ele quando ele voltou para Recife, com uns 16/17 anos, porque ele voltou por conta da bebida. Nessa época, ele já tinha problema de alcoolismo e voltou porque pediu ajuda para se tratar, e teve dois internamentos aqui em Recife. Até onde eu saiba, ele tinha envolvimento com maconha, mas quando a pessoa inicia com maconha não fica só nela, parte para outras drogas", explicou.

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De acordo com a tia, a mãe de João Victor também veio para Recife para fazer o internamento do filho. "Ele pediu socorro à mãe. Quando chegou aqui, a irmã dele, Bruna, já tinha entrado em contato com as clínicas e já sabia para onde ia levar ele, lá em Aldeia. Ele passou seis meses internado, a alta foi tranquila, ele saiu limpo, ficou um tempo sem bebida nenhuma". 

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No entanto, o acusado, que fazia acompanhamento nos Narcóticos Anônimos, recaiu na bebida. "Ele recaiu depois de mais de um ano e pediu socorro novamente. Deu entrada em um novo internamento dele, que passou só três meses, porque ele fez um comentário na clínica que estava com vontade de usar maconha. Lá, pegaram ele, colocaram num quarto e começaram a dar excesso de medicações, e ele passou vários dias dopado e não conseguia nem falar. A família achou melhor tirá-lo da clínica", disse.

"Ele passou um tempão limpo, tanto que quando saia com os amigos, muitas vezes, pensavam que ele estava bebendo, mas ele estava tomando redbull. Às vezes ele tomava no copo e as pessoas pensavam que ele estava bebendo". 

Ela detalhou que no dia do acidente ele ia almoçar com a família, como era de costume aos domingos. "No dia do acidente ele não saiu de casa dirigindo. Antes de chegar em Zé Perninha, ele ligou lá para casa dizendo que ia almoçar com a gente, mas quando desceu do prédio se encontrou com amigos, que ele achava que eram amigos dele e chamou ele para ir para Zé Perninha. Ele foi, chegou lá, tomaram uma cerveja e de lá foram para o AutoBar". 

O caso

Na colisão, a esposa Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos, e a babá Rosiane Maria de Brito Souza, grávida de quatro meses, morreram. A filha mais velha do casal, Marcelinha, hoje com nove anos, sofreu um grave traumatismo craniano e ficou internada por dois meses após o acidente, e faz tratamento até hoje. A menina vive com o pai, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos, e único outro sobrevivente da tragédia.

De acordo com a Polícia Civil, João Victor havia ingerido álcool por muitas horas consecutivas, em uma festa local, misturando, inclusive, bebidas como cerveja e uísque. Perícias técnicas apontaram que o veículo conduzido pelo estudante de engenharia estava a 108 quilômetros por hora, quando o máximo permitido na via em que ele trafegava é de 60 quilômetros por hora.

A batida aconteceu por volta das 19h30, no cruzamento da Estrada do Arraial com a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira. Ainda de acordo com a polícia, o veículo onde viajava a família de quatro pessoas e a babá, que estava grávida, seguia pela Estrada do Arraial, no sentido Casa Forte, na mesma região, quando o outro carro avançou o sinal e causou a colisão. A caminhonete da família estava a cerca de 30 quilômetros por hora.

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O júri popular contra o condutor João Victor Ribeiro de Oliveira, responsável pela colisão que deixou três pessoas mortas e outras duas feridas no bairro da Tamarineira, Zona Norte da Recife, em novembro de 2017, acontece nesta terça-feira (15). O caso que chocou todo o estado espera uma resolução desde então e não poupa a emoção do público e das famílias envolvidas, que clamam por justiça.  

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Durante o depoimento de Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos, um dos dois únicos sobreviventes da tragédia, o réu se alterou e a sessão precisou ser interrompida por cerca de três minutos. Ao momento em que Miguel começa a chorar diante do microfone, o acusado entrou em desespero e gritou pedindo perdão.

"Senhor, me perdoe. Eu não queria fazer isso. Eu sinto muito. Me perdoe, me mate, me mate. Eu não queria prejudicar sua família e nem a de ninguém. Me perdoe, amigo, por favor”, disse João Victor, aos prantos, enquanto era amparado por policiais de custódia e também pela juíza Fernanda Moura de Carvalho, que abandonou o seu assento para acalmar o réu. 

No mesmo momento, Miguel se retirou da posição no plenário para uma sala reservada, junto a um familiar, e aguardou, distante de João Victor, a sessão ser retomada. Minutos depois, o pai da família retornou ao seu assento e continuou a depor. Confira o momento capturado em vídeo: 

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João Victor Ribeiro de Oliveira, responsável por provocar a colisão que matou três pessoas e deixou duas gravemente feridas, na Zona Norte do Recife, está sendo julgado nesta terça-feira (15). O crime foi cometido em 2017 e ficou conhecido como a 'Tragédia da Tamarineira'.

O Ministério Público de Pernambuco será representado pela promotora de Justiça Eliane Gaia. Na entrada do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, área central do Recife, ela falou sobre a personalidade do acusado.

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“Provas contundentes em desfavor do réu apontam que ele já vinha praticando delitos de trânsito e nunca foi condenado. Ele bebia, pegava o carro bêbado, ele andava bêbado, ele dirigia bêbado, ele ultrapassava sinais. Ele nunca perdeu a carteira porque usava o carro no nome de outra pessoa, que teve 76 pontos em virtude das atitudes delitivas do acusado”, afirmou.

Questionada sobre o envolvimento de José Victor em outros acidentes de trânsito, a promotora explicou que não existe nada comprovado até os dias de hoje. “Disseram que ele se envolveu, mas não há provas nos altos de envolvimento em outros acidentes”, apontou.

O motorista é acusado de triplo homicídio duplamente qualificado e duas tentativas de homicídio. “O Ministério Público entende que a justiça será feita pela condenação do réu. Viemos lutar pelo direito a vida, que foi frontalmente violado em razão da atitude irresponsável do réu”, concluiu a promotora.

Acidente

Na colisão, a esposa Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos, e a babá Rosiane Maria de Brito Souza, grávida de quatro meses, morreram. A filha mais velha do casal, Marcelinha, hoje com nove anos, sofreu um grave traumatismo craniano e ficou internada por dois meses após o acidente, e faz tratamento até hoje. A menina vive com o pai, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos, e único outro sobrevivente da tragédia. 

De acordo com a Polícia Civil, João Victor havia ingerido álcool por muitas horas consecutivas, em uma festa local, misturando, inclusive, bebidas como cerveja e uísque. Perícias técnicas apontaram que o veículo conduzido pelo estudante de engenharia estava a 108 quilômetros por hora, quando o máximo permitido na via em que ele trafegava é de 60 quilômetros por hora. 

A batida aconteceu por volta das 19h30 do dia 26 de novembro de 2017, no cruzamento da Estrada do Arraial com a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira. Ainda de acordo com a polícia, o veículo onde viajava a família de quatro pessoas e a babá, que estava grávida, seguia pela Estrada do Arraial, no sentido Casa Forte, na mesma região, quando o outro carro avançou o sinal e causou a colisão. A caminhonete da família estava a cerca de 30 quilômetros por hora.

A defesa de João Victor Ribeiro de Oliveira, motorista responsável por provocar uma colisão no bairro da Tamarineira, no Recife, que resultou na morte de três pessoas e deixou duas gravemente feridas fez um apelo para que a sentença do réu seja justa. João Victor está sendo julgado nesta terça-feira (15), por um júri popular, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, área central do Recife.

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O acusado foi identificado como o condutor que avançou o sinal causando a 'Tragédia da Tamarineira', em novembro de 2017. Em conversa com a imprensa, o advogado Bruno Aguiar afirmou que durante o julgamento eles não vão alegar inocência ou negar a alta velocidade e o avanço do sinal.

"Não tem como ser inocente. A defesa não vai negar os fatos, não vai negar a velocidade, não vai alegar que não teve autoria, isso aconteceu. Mas existe, no ordenamento jurídico, lei específica que trata de casos como esse. E que em nenhum momento apareceu. Talvez por isso se tenha uma parte da verdade, a verdade não está completa no processo, a verdade processual não está completa, vai ser completada agora", declarou Bruno.

O advogado afirmou que a mãe de João Victor está acompanhando o julgamento e salientou que a família dele também sofre com as consequências da tragédia.

“Foram várias famílias destruídas. As famílias das vítimas foram destruídas e a gente sente muito por isso, mas a do autor também foi destruída. Já vinha sofrendo, de fato, e está muito abalada. Ninguém queria que acontecesse e aconteceu. Ele deve ser julgado de forma certa, para que isso tenha uma solução mais justa. Se fala tanto em justiça, se pede tanta justiça e é o que nós também vamos pedir aqui”, esclareceu.

De acordo com Bruno Aguiar, a defesa arrolou 18 testemunhas, mas ainda está em conversa com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) - o acusador do processo - para ver quantas pessoas serão ouvidas. Indagado se a defesa tentaria retirar a acusação de triplo homicídio, o que agrava ainda mais a pena, o advogado optou por não entrar em detalhes.

João Victor é réu por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio. Na época do acidente, ele tinha 25 anos e de acordo com a investigação, havia ingerido bebida alcoólica. O réu foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada logo em seguida. 

O caso

Na colisão, a esposa Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos, e a babá Rosiane Maria de Brito Souza, grávida de quatro meses, morreram. A filha mais velha do casal, Marcelinha, hoje com nove anos, sofreu um grave traumatismo craniano e ficou internada por dois meses após o acidente, e faz tratamento até hoje. A menina vive com o pai, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos, e único outro sobrevivente da tragédia.

De acordo com a Polícia Civil, João Victor havia ingerido álcool por muitas horas consecutivas, em uma festa local, misturando, inclusive, bebidas como cerveja e uísque. Perícias técnicas apontaram que o veículo conduzido pelo estudante de engenharia estava a 108 quilômetros por hora, quando o máximo permitido na via em que ele trafegava é de 60 quilômetros por hora.

A batida aconteceu por volta das 19h30, no cruzamento da Estrada do Arraial com a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira. Ainda de acordo com a polícia, o veículo onde viajava a família de quatro pessoas e a babá, que estava grávida, seguia pela Estrada do Arraial, no sentido Casa Forte, na mesma região, quando o outro carro avançou o sinal e causou a colisão. A caminhonete da família estava a cerca de 30 quilômetros por hora.

O motorista responsável por provocar a colisão que matou três pessoas e deixou duas gravemente feridas, na Zona Norte do Recife, será julgado nesta terça-feira (15). João Victor Ribeiro de Oliveira é acusado de dirigir embriagado e avançar o sinal causando a 'Tragédia da Tamarineira', em novembro de 2017.

O júri será presidido pela juíza de Direito Fernanda Moura de Carvalho, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. O Ministério Público de Pernambuco será representado pela promotora de Justiça Eliane Gaia.

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Acompanhe: 

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João Victor Ribeiro de Oliveira, motorista responsável por provocar a colisão que matou três pessoas e deixou duas gravemente feridas, vai a júri popular nesta terça-feira (15). O acusado foi identificado como o condutor que avançou o sinal causando a 'Tragédia da Tamarineira', em novembro de 2017. 

O júri será presidido pela juíza de Direito Fernanda Moura de Carvalho, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. O Ministério Público de Pernambuco será representado pela promotora de Justiça Eliane Gaia.

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Acidente

A colisão ocorreu por volta das 19h30, no cruzamento da Estrada do Arraial com a Rua Cônego Barata, na Zona Norte do Recife, após João Victor sair de uma festa. Conforme a perícia da Polícia Civil, ele consumiu bebida alcoólica e conduzia a 108 km/h na via urbana. 

O motorista desrespeitou a sinalização e atingiu o carro ocupado por quatro pessoas da mesma família e uma babá, que estava grávida de quatro meses. O veículo seguia a 30 km/h.

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Vítimas

A mãe Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três, e a babá Rosiane Maria de Brito Souza, morreram com a colisão.

O pai Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49, e a filha Marcelinha, na época com quatro anos, ficaram feriados, mas sobreviveram ao acidente. A menina ficou internada por dois meses com um quadro grave de traumatismo craniano e faz tratamento até hoje.

Julgamento

João Victor será julgado na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, alocada no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra. 

A sentença será proferida após a oitiva de 22 pessoas e o interrogatório do réu. Serão ouvidos o sobrevivente Miguel Arruda, um assistente técnico, quatro testemunhas comuns à acusação e defesa, e 16 testemunhas de defesa, conforme o Tribunal de Justiça de Pernambuco. A expectativa é que o julgamento dure mais de um dia.

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O acidente que vitimou mãe, filho e uma babá na Zona Norte do Recife, em novembro de 2017, terá júri popular em 8 de março de 2022. Conhecido como 'Tragédia da Tamarineira', o caso chocou a população recifense pela ruptura das famílias atingidas, que tiveram outras duas vítimas sobreviventes — o pai e a filha. João Victor Ribeiro de Oliveira, apontado como responsável pelo acidente, dirigia embriagado e em alta velocidade. Ele é réu por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio.

A sessão de julgamento acontecerá na Primeira Vara do Tribunal do Júri Capital, para a oitiva das vítimas, testemunhas e defesa, além do interrogatório do réu. João Victor permaneceu preso desde que se tornou acusado.

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Na colisão, a esposa Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos, e a babá Rosiane Maria de Brito Souza, grávida de quatro meses, morreram. A filha mais velha do casal, Marcelinha, hoje com nove anos, sofreu um grave traumatismo craniano e ficou internada por dois meses após o acidente, e faz tratamento até hoje. A menina vive com o pai, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos, e único outro sobrevivente da tragédia.

De acordo com a Polícia Civil, João Victor havia ingerido álcool por muitas horas consecutivas, em uma festa local, misturando, inclusive, bebidas como cerveja e uísque. Perícias técnicas apontaram que o veículo conduzido pelo estudante de engenharia estava a 108 quilômetros por hora, quando o máximo permitido na via em que ele trafegava é de 60 quilômetros por hora.

A batida aconteceu por volta das 19h30, no cruzamento da Estrada do Arraial com a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira. Ainda de acordo com a polícia, o veículo onde viajava a família de quatro pessoas e a babá, que estava grávida, seguia pela Estrada do Arraial, no sentido Casa Forte, na mesma região, quando o outro carro avançou o sinal e causou a colisão. A caminhonete da família estava a cerca de 30 quilômetros por hora.

Será celebrada na noite desta terça-feira (26) uma missa em homenagem as três vítimas fatais do acidente ocorrido no bairro da Tamarineira, no dia 26 de Novembro do ano passado (2018).

A missa será celebrada na capela do Colégio Damas, localizado no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, às 19h30 e lembrará a morte da funcionária pública Maria Emília Guimarães, 39 anos, de seu filho Miguel Neto, 3 anos, e a babá que acompanhava a família, Roseane Maria de Brito, 23 anos, que estava grávida de três meses, todos vítimas fatais.

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O acidente ocorreu no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Estrada do Arraial, após o universitário João Victor Ribeiro de Oliveira, na época com 23 anos, que estava alcoolizado no momento da batida, ter ultrapassado um sinal vermelho em alta velocidade chocando o seu veículo com o da família.

Além de Maria Emília, Roseane e Miguel Neto, estavam no veículo o Advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, 46 anos e a segunda filha do casal Marcela Guimarães da Motta Silveira, 5 anos, que sobreviveram à colisão.

João Victor atualmente está preso no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). Ele responde por triplo homicídio doloso - quando há intenção de matar - e lesão corporal gravíssima.

Por Tamires Melo

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