A triatleta Rosinha Teixeira irá representar Pernambuco no IronMan 70.3, que acontecerá no próximo domingo (22), em Miami. Rosinha é a única pernambucana a competir nessa prova, que classificará 30 atletas para o Mundial de 2018, que será realizado na África do Sul. O IronMan é uma das provas mais tradicionais do triatlo internacional.
Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Rosinha falou um pouco sobre o que é o esporte, sua rotina, sua expectativa para a prova em Miami e como é praticar o esporte aqui no Estado de Pernambuco.
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“O triatlo são três modalidades em uma só. É uma modalidade só. A gente nada, pedala e corre. Não são atividades separadas. A gente não para, não troca de roupa. A sequência sempre é a natação, depois o pedal e por último a corrida. A gente tem que ser o mais rápido possível nessa transição entre uma modalidade e outra. Hoje é um dos esportes mais difíceis do mundo. Exige muita dedicação”, disse.
Segundo Rosinha, o Estado tem alguns problemas que dificulta a prática do esporte. “Eu acordo diariamente às 3h30 da manhã, porque eu preciso começar a pedalar às 4h30. Porque não existe ainda a cultura de respeitar o ciclista enquanto ele está pedalando, e também não tem os espaços adequados para isso, então a gente treina na Via Mangue, bem cedo”, explicou.
De acordo com a triatleta, o esporte vem em uma crescente em todo o país. “No nordeste ele está com um crescimento grande, com bastantes provas no Brasil todo. E eu fui uma das percussoras aqui em Pernambuco, também como mulher”.
Com cerca de 6 anos de carreira, Rosinha carrega na bagagem uma boa quantidade de títulos e conquistas. “Eu comecei a praticar o esporte no final de 2011, mas só comecei a competir mesmo em 2012. Fui campeã pernambucana; campeã alagoana em 2012, 2013 e 2014, em todas as etapas e fui campeã o ano todo por três anos seguidos em Alagoas”.
“Fui campeã brasileira em 2012, quando eu ainda fazia prova da Confederação Brasileira de Triatlo. Hoje não faço mais provas de CBTRI, só faço provas de Endurance, que são provas de longas distâncias. Só faço provas de meio IronMan ou de IronMan”, continuou.
70.3, que é o meio IronMan, é a minha distância favorita. Porque para mim já é uma coisa natural, que é nadar 500 metros, logo depois pedalar 90KM e em seguida sai para correr uma meia maratona que tem 21KM. Para mim não é uma coisa que tem um desgaste tão grande. É uma prova que eu faço em 4h50. Diferentemente de um IronMan full que é feito em 10h”, completou.
Segundo Rosinha Teixeira, para o meio IronMan ela treina, em média, cerca de 15 a 18 horas por semana. Além disso, a triatleta ainda pratica algumas atividades para complementar a preparação. “A gente tem que fazer uma fisioterapia, um treinamento de força, um fortalecimento muscular. Não é só treinar”.
Em provas, a pernambucana já rodou não só o país, como também vários outros lugares fora do Brasil. “No Brasil eu já competi em vários lugares como Florianópolis, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Alagoas, Brasília e aqui em Pernambuco. No exterior eu já competi nos Estados Unidos, Flórida. Já competi em Londres, em um Mundial pela Seleção Brasileira. Além de Chile e Alemanha”.
A expectativa de Rosinha para a prova é de manter seu bom desempenho para poder conquistar uma boa colocação no pódio, e uma vaga no Mundial de 2018. “Pelas últimas provas que eu fiz dessa distância, eu fico, geralmente, em 1º ou 2º lugar geral, e isso me dá um 1º ou 2º de categoria. Então eu fico tentando manter o mesmo tempo que eu faço. Mas isso tudo depende, você não pode comparar a prova que você faz em um lugar X com um lugar Y, são percursos diferentes”, disse. Rosinha já seguiu para os Estados Unidos. A atleta viajou com patrocínio da Greenmix Mercado Saudável do Recife.