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O Ministério da Saúde foi notificado sobre o oitavo caso registrado no Brasil do vírus monkeypox, conhecido como varíola dos macacos. O paciente é um homem de 25 anos, morador de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Ele não viajou para o exterior, mas teve contato com estrangeiros.

O caso foi confirmado pelo Laboratório de Enterovirus do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio, que utilizou o método de Isolamento Viral para fazer o diagnóstico.

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De acordo com informações do Ministério da Saúde, o paciente está com quadro clínico estável, sem complicações e é monitorado pelo Instituto Nacional de Infectologia e pelas secretarias de Saúde do estado e do município.

“Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de monkeypox, com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos”, informou o Ministério da Saúde, que notificou a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o caso.

Casos investigados

Dois oito casos confirmados no país até o momento, quatro foram em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e dois no Rio de Janeiro. Há, ainda, seis casos em investigação.

O sétimo caso foi confirmado na sexta-feira (17), no Rio de Grande do Sul. As cinco pessoas que tiveram contato com o homem diagnosticado com varíola dos macacos no Rio de Janeiro não apresentaram sintomas até o sábado.

No sábado (18), a OMS informou que deixaria de tratar de forma diferenciada os casos em países onde a doença é considerada endêmica, ou seja, com circulação o ano inteiro, e os demais países.

A varíola dos macacos era considerada endêmica em países da África Central e da África Ocidental, mas nos últimos meses houve relatos da doença em diversos outros países não endêmicos, especialmente na Europa, que já responde por 84% dos casos notificados, segundo a OMS.

Entre os dias 1º de janeiro e 15 de junho deste ano, a OMS foi notificada sobre 2.103 casos confirmados da varíola do macaco, em 42 países, assim como um caso provável e uma morte.

O Ministério da Saúde confirmou no início da tarde de quinta-feira (16) o quarto caso de varíola dos macacos no Estado. Trata-se de um homem de 28 anos morador da cidade de Indaiatuba, no interior do Estado de São Paulo. O caso foi confirmado laboratorialmente pelo Instituto Adolf Lutz.

Conforme informou o Ministério, o paciente está em isolamento domiciliar e apresenta quadro clínico estável, sem complicações e sendo monitorado pelas Secretarias de Saúde do Estado e Município.

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O caso é considerado importado, já que o paciente tem histórico de viagem para países da Europa, assim como os outros três casos que já foram confirmados no Estado.

No momento, o Brasil registra seis casos confirmados, além dos quatro de São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro, e outros 13 estão em investigação, de acordo com o governo.

O primeiro caso da doença na capital paulista foi confirmado na quinta-feira passada, 9. O paciente é um homem de 41 anos, que mora na capital paulista e tem histórico de viagem para Portugal e Espanha. Ele está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endêmica. Desde então, países da Europa, assim como Estados Unidos, Canadá e Austrália, confirmaram casos.

Ao menos 1,5 mil casos já foram confirmados em todo o mundo.

A varíola

A doença se dissemina principalmente por animais, em geral roedores. Ela dura de duas a três semanas e provoca dor de cabeça intensa, febre, dor nas costas, dores musculares e até mesmo calafrios e irritação na pele do paciente.

A transmissão entre humanos é possível, mas considerada por especialistas algo raro. Ela pode ocorrer por meio d de lesões na pele. Existem duas cepas principais: a do Congo é a mais grave, com registro de até 10% de mortalidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A varíola dos macacos, doença que já tem três casos confirmados no Brasil, não deve causar o mesmo estrago que a Covid-19, mas merece ser monitorada com atenção. A avaliação é de Ester Sabino, cientista da Universidade de São Paulo (USP), líder do grupo responsável pelo primeiro sequenciamento do vírus no País, feito em apenas 18 horas.

Isso ocorreu graças a uma técnica metagenômica rápida desenvolvida durante o doutorado de Ingra Morales Claro, bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ela faz parte do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), coordenado por Ester. A professora da USP esteve à frente também do primeiro sequenciamento de Sars-CoV-2, em março de 2020, e dos primeiros casos da nova variante Gama, surgidos em Manaus cerca de um ano depois.

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Em entrevista ao Estadão, Ester destaca a importância da rapidez do sequenciamento do vírus da varíola dos macacos em comparação ao causador da Covid-19, que levou semanas para ser decifrado. Segundo Ester, o trabalho dos cientistas de entender o vírus e acompanhar suas mutações é fundamental para frear o avanço da epidemia.

Qual a importância da técnica metagenômica rápida no sequenciamento da varíola dos macacos? Como auxilia no controle dessa doença?

A nossa missão foi desenvolver ferramentas para tornar mais fácil o reconhecimento de novos agentes, baixando o custo e tornando mais rápido o sequenciamento do vírus. Isso permite que a tecnologia esteja disponível em mais pontos do País, para que quando um novo agente chegue vários lugares consigam trabalhar rapidamente. Quando surgiu o vírus Sars-Cov-2 em Wuhan, na China, demorou cerca de um mês para reconhecerem o agente. Isso tem impacto, porque quanto menor o tempo de reconhecimento, maior a chance de conter uma epidemia. Até existem técnicas mais baratas para fazer a triagem do vírus, mas o problema é que elas dependem de insumos que nem sempre estão disponíveis no início de uma epidemia.

Descobriram algo sobre o vírus que se diferenciasse do que já se conhecia?

Descobrimos que o vírus do paciente (homem de 41 anos que passou por tratamento em SP) já tinha sofrido três mutações em relação aos outros vírus da mesma doença descrito na Europa. O vírus não tem uma taxa rápida de mutação, mas isso precisa ser monitorado.

O que precisa ser feito agora para monitorar o desenvolvimento da doença?

O mais importante é que a gente tenha técnicas de PCR disseminadas pelo Brasil para que os casos sejam reconhecidos rapidamente. E o País precisa ter insumos necessários para fazer PCR (teste de qualidade padrão ouro, com maior precisão) em um grande número de casos. O sequenciamento que fizemos não podemos fazer em todo mundo, então é importante que testes mais simples sejam desenvolvidos.

A vacina para a varíola protegeria contra novas variantes?

Sim, ela deve funcionar. Teríamos de aumentar a sua produção, mas provavelmente devem fazer vacinas específicas para esse agente.

Há riscos de que a varíola dos macacos se torne uma pandemia, assim como aconteceu com a Covid-19?

Esse vírus não tem uma transmissão aérea, assim como a Covid-19. Doenças respiratórias transmitem mais. O monkeypox precisa de um contato íntimo para contaminar. Por isso, provavelmente a varíola dos macacos não vai ter a mesma dimensão da covid.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Saúde informou na noite deste domingo (12) a ocorrência de mais um caso importado no Brasil de varíola dos macacos. De acordo com a pasta, trata-se de uma notificação do Rio Grande do Sul, que foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz de São Paulo.

Esse é o terceiro caso identificado no País de pessoas que estiveram recentemente na Espanha e em Portugal.

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O ministério disse que o infectado é um homem de 51 anos, que retornou ao Brasil na sexta-feira (10) de uma viagem para Portugal.

O paciente está em isolamento domiciliar, apresenta quadro clínico estável, sem complicações, e está sendo monitorado pelas Secretarias de Saúde do Estado e do Município.

"Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de Monkeypox, com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos, tanto nacionalmente quanto do voo internacional, que contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", trouxe a nota da Saúde.

O ministério informou ainda que segue em articulação direta com o Rio Grande do Sul para monitoramento do caso e rastreamento dos contatos.

Os outros dois casos confirmados são em São Paulo.

No total, há investigação de seis casos suspeitos, que seguem isolados e em monitoramento.

Um caso suspeito de varíola dos macacos é investigado no Estado do Rio de Janeiro. Um homem de 43 anos que mora em Macaé (município do norte fluminense) apresentou sintomas e está sendo submetido a exames, segundo a secretaria estadual de Saúde. Ele trabalha embarcado em uma plataforma de petróleo, onde teve contato com pessoas de outros países, segundo contou aos profissionais de saúde. Até agora não há nenhum caso dessa doença confirmado no Estado do Rio.

Segundo a secretaria estadual de Saúde, a Vigilância estadual está apoiando a vigilância municipal no monitoramento do paciente, que foi submetido a exames preconizados pelo Ministério da Saúde para confirmar o diagnóstico.

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Em maio, a secretaria estadual de Saúde enviou alerta às secretarias municipais de Saúde orientando quanto à detecção e ao monitoramento de possíveis casos da doença. A medida tem como objetivo garantir que as vigilâncias municipais e estadual sejam notificadas dos possíveis casos e possam acompanhar a evolução da doença.

A varíola dos macacos é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados.

A doença causa erupções que geralmente se desenvolvem no rosto e depois se espalham por outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. Os casos recentemente detectados no mundo apresentaram uma preponderância de lesões na área genital. A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, com posterior cicatrização.

Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. O período de incubação é de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. Em caso de suspeita da doença, o paciente deve ser isolado até o desaparecimento completo das lesões. O tratamento é baseado em medidas de suporte, com o objetivo de aliviar sintomas e prevenir e tratar complicações e sequelas.

A Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou hoje (11) o segundo caso de varíola dos macacos, no estado. A doença foi detectada em um homem, de 29 anos, que está isolado em sua residência em Vinhedo, no interior do estado. 

De acordo com a Secretaria de Saúde, o caso é considerado importado, porque o homem tem histórico de viagem à Portugal e Espanha. Ele teve os primeiros sintomas ainda na Europa. O resultado positivo foi confirmado por um laboratório espanhol após o desembarque no Brasil, que ocorreu na última quarta-feira (8). 

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Em nota, o Ministério da Saúde informou que novas amostras do paciente foram coletadas e serão analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

Na última quinta-feira (9), o governo paulista confirmou o primeiro caso no país: um morador da capital paulista que está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, com boa evolução do quadro clínico.

Transmissão

A varíola dos macacos, em inglês, monkeypox, é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias. 

A doença pode ser transmitida ainda pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente. Não há tratamento específico contra a doença, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessário o cuidado e observação das lesões.

De acordo com a Secretaria de Saúde, os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido utilizado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.

Medidas de controle

De acordo com o Ministério da Saúde, medidas de controle foram adotadas de forma imediata, como isolamento e rastreamento de contatos em voo internacional, com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Foram identificados três pessoas que estão sendo contatadas para orientações e monitoramento", diz a nota.

O Ministério da Saúde ressalta ainda que a pasta estabeleceu, desde 23 de maio de 2022, uma Sala de Situação para monitorar o cenário do vírus, no Brasil. "A medida tem como objetivo divulgar de maneira rápida e eficaz as orientações para resposta ao evento de saúde pública, bem como direcionar as ações de vigilância quanto à definição de caso, processo de notificação, fluxo laboratorial e investigação epidemiológica no país", destacou.

Matéria alterada, às 16h43, para acréscimo de informações do Ministério da Saúde.

Com o avanço da varíola dos macacos pelo mundo e a chegada da doença ao Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), produziu, em uma semana, reagentes para auxiliar no diagnóstico do vírus. As primeiras remessas foram encaminhadas na quarta-feira (8) para distribuição entre os laboratórios de referência no Brasil, a pedido do Ministério da Saúde. Outra parte desse produto, conforme a Fiocruz, foi enviada para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), para distribuição em 20 países. O laboratório Roche também desenvolveu três kits diagnóstico para detectar a doença.

Pelo menos 29 nações já reportaram mais de mil infectados pelo vírus, conforme a OMS. O primeiro caso no Brasil foi confirmado na quinta-feira (9). O paciente é um homem de 41 anos, que mora na capital paulista e tem histórico de viagem para Portugal e Espanha. Ele está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e, segundo a secretaria estadual de Saúde, "em bom estado clínico". Não houve registro de morte em nenhum país neste surto. A varíola dos macacos é uma doença viral geralmente leve, caracterizada por sintomas de febre e lesões na pele.

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Elaborado em curto prazo pela Fiocruz e pelo IBMP para ajudar no diagnóstico da varíola dos macacos, as remessas entregues refletem a capacidade nacional de produção de insumos críticos para o diagnóstico.

"Essa ação estratégica, iniciada após o aprendizado na cadeia de suprimentos vivenciado na emergência da Covid-19, hoje se materializa no fortalecimento do arranjo produtivo local e amplia a capacidade de resposta nacional frente a emergências de saúde pública", afirma a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

Para ajudar a detectar o vírus da varíola dos macacos, a Roche Diagnóstica desenvolveu três kits diagnósticos para a detecção da doença. Os testes utilizam ensaios PCR - amplamente utilizados para identificação do vírus da Covid-19 - para detecção dos ortopoxvírus, incluindo o vírus da varíola dos macacos, a partir da coleta de amostras de lesões de pele humana.

O primeiro kit a ser disponibilizado será o LightMix® Modular Orthopox, que detecta o ortopoxvírus, incluindo todos os tipos de vírus da varíola dos macacos, vindos da África Ocidental e da África Central.

Inicialmente, o teste estará disponível para uso em pesquisa na maioria dos países do mundo. Será disponibilizado para qualquer instituição, pública ou privada. "O kit estará disponível inicialmente como de uso exclusivo para pesquisa e, pela regulamentação brasileira, os laboratórios públicos e privados podem usar os testes de uso exclusivo para pesquisa para uso como diagnóstico, desde que esses laboratórios façam a validação do ensaio", disse, em nota.

A equipe da Roche Diagnóstica afirma que está acelerando o processo de importação dos testes para que sejam disponibilizados no mercado brasileiro nas próximas semanas. No entanto, a empresa, no momento, não tem mais detalhes sobre negociações ou preços a serem comercializados. Já o segundo teste é específico para detectar o vírus da varíola dos macacos (linhagem da África Ocidental e da África Central).

Para pesquisadores interessados em obter ambos os resultados, a Roche afirma que estará disponível um terceiro kit que detecta simultaneamente os diferentes ortopoxvírus e fornece informações sobre a presença ou não de um vírus da varíola dos macacos (linhagem da África Ocidental e da África Central). Esses dois últimos testes serão lançados posteriormente.

SindHosp alerta serviços de saúde sobre protocolos a serem adotados

Assim como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que sugeriu uso de máscara e distanciamento para retardar a chegada da doença, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) também alerta sobre os cuidados que devem ser tomados pelos serviços de saúde privados, em especial locais onde há pacientes com a suspeita do vírus. Recomenda-se ainda a suspensão de visitas para casos suspeitos ou confirmados.

Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, as doenças respiratórias comuns no inverno, a Covid-19 e agora a varíola dos macacos podem confundir os profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento. Por isso, a entidade mantém contato permanente com as unidades para oferecer informações sobre a melhor forma de prevenção no atual momento.

"Precisamos disseminar rapidamente a nota técnica da Anvisa a fim de preparar todo o sistema de saúde para mais essa nova doença. Além disso, torna-se imprescindível a notificação às autoridades sanitárias para o controle epidemiológico do vírus", alerta ele.

Para Balestrin, é importante que os gestores mantenham a equipe informada sobre a doença, seus sintomas e adotem medidas protetivas, bem como um plano de contingência contendo ações estratégicas para o enfrentamento de possíveis casos.

A atenção deve ser redobrada "com relação aos pacientes que apresentam erupção cutânea aguda que progride em estágios sequenciais de máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas que são frequentemente associadas a febre, adenopatia e mialgia (dor muscular)", destaca o comunicado.

Segundo a entidade, deve-se ainda ser estabelecido o manejo dos casos para evitar a transmissão nosocomial (dentro do hospital), com fluxo adequado da triagem para as salas de isolamento (em qualquer nível de atenção), evitando contato com outros pacientes em salas de espera ou quartos e com pacientes internados por outros motivos.

"Durante a assistência aos pacientes com suspeita ou confirmação da doença, deve-se implementar as precauções padrão, com as precauções para contato, gotículas e aerossóis. A acomodação dos casos suspeitos ou confirmados deve ser realizada, preferencialmente, em quarto privativo com porta fechada e bem ventilado (ar-condicionado que garanta a exaustão adequada ou janelas abertas)", disse. Deve-se reduzir a circulação de pacientes e profissionais ao mínimo possível.

Os casos suspeitos, incluindo trabalhadores da saúde, devem ser imediatamente notificados ao Ministério da Saúde. Devendo ser iniciado imediatamente o rastreamento e a identificação de contatos, a fim de estabelecer medidas necessárias para prevenção da disseminação do vírus, segundo o SindHosp.

Surgimento dos casos

O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endêmica. Desde então, países da Europa, assim como Estados Unidos, Canadá e Austrália, confirmaram casos. Atualmente, já são mais de mil casos registrados em ao menos 29 países, segundo a OMS. Os casos se concentram na Europa onde a doença não é endêmica. No continente africano, a doença já é endêmica e atinge 1,4 mil casos.

Transmissão

Identificada pela primeira vez em macacos, a doença viral geralmente se espalha por contato próximo e ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Raramente se espalhou para outros lugares, então essa nova onda de casos fora do continente causa preocupação. Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%.

O vírus pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, bem como através de objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.

Sintomas

Os sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados no passado em indivíduos com varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, ao final, crostas. Segundo a OMS, os sintomas da doença duram de 14 a 21 dias.

Prevenção

Segundo o Instituto Butantan, entre as medidas de proteção, autoridades orientam que viajantes e residentes de países endêmicos evitem o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e devem se abster de comer ou manusear caça selvagem.

Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes ferramentas para evitar a exposição ao vírus, além do contato com pessoas infectadas.

A OMS afirma trabalhar em estreita colaboração com países onde foram relatados casos da doença viral. A entidade também recomenda os países a aumentar suas medidas de vigilância sanitária para identificar todos os casos e os casos de contato para controlar esse surto e prevenir o contágio.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou a Nota Técnica 03/2022 para orientar hospitais, clínicas e demais serviços de saúde sobre os procedimentos que devem ser feitos nos casos envolvendo varíola dos macacos (Monkeypox) no país. 

Para o controle de infecções, a agência recomenda que seja mantida uma distância mínima de 1 metro entre os leitos dos pacientes, acomodação em quarto privativo e bem ventilado, isolamento dos infectados até o desaparecimento das crostas das lesões e instalação de barreiras físicas em áreas de triagem de casos suspeitos. 

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É recomendado aos profissionais de saúde o uso de equipamentos de proteção individual, como máscaras, óculos de proteção ou protetor facial. 

A Anvisa informa ainda que não existem saneantes específicos para limpeza de superfícies contaminadas. Dessa forma, devem ser utilizados produtos aprovados pelo órgão para higienização. 

Mais cedo, as secretarias Estadual e Municipal da Saúde de São Paulo confirmaram o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil. 

A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, este contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

A capital paulista monitora mais um caso suspeito de varíola dos macacos. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo afirmou na tarde desta quarta-feira, 8, um homem de 41 anos está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na zona oeste. Trata-se de um morador da capital que viajou recentemente para a Espanha e Portugal. Ele permanece em isolamento e teve os primeiros sintomas, como febre e mialgia (dor muscular), em 28 de maio.

"As amostras do caso ainda estão em análise pelo Instituto Adolfo Lutz, que é a referência, e o Laboratório Central em Saúde Pública (Lacen) de São Paulo", disse a secretaria em nota.

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O estado de saúde de uma mulher de 26 anos com suspeita da doença também está sendo monitorado, assim como seus familiares são acompanhados.

Até terça-feira, 7, o Brasil registrava sete casos suspeitos da doença nos Estados de São Paulo, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia. Não há nenhum diagnóstico confirmado.

Surgimento dos casos

O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endêmica. Desde então, países da Europa, assim como Estados Unidos, Canadá e Austrália, confirmaram casos.

Transmissão

Identificada pela primeira vez em macacos, a doença viral geralmente se espalha por contato próximo e ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Raramente se espalhou para outros lugares, então essa nova onda de casos fora do continente causa preocupação. Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%.

O vírus pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, bem como através de objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.

Sintomas

Os sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados no passado em indivíduos com varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, ao final, crostas. Segundo a OMS, os sintomas da doença duram de 14 a 21 dias.

Prevenção

Segundo o Instituto Butantan, entre as medidas de proteção, autoridades orientam que viajantes e residentes de países endêmicos evitem o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e devem se abster de comer ou manusear caça selvagem.

Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes ferramentas para evitar a exposição ao vírus, além do contato com pessoas infectadas.

A OMS afirma trabalhar em estreita colaboração com países onde foram relatados casos da doença viral.

Rosamund Lewis, a principal especialista em varíola dos macacos da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que não espera que as centenas de casos relatados até o momento se transformem em outra pandemia, mas reconheceu que ainda há muitas incógnitas sobre a doença, incluindo como exatamente ela está se espalhando e se a suspensão da imunização em massa contra a varíola décadas atrás pode de alguma forma estar acelerando sua transmissão.

Em uma sessão pública nesta segunda-feira (30) Rosamund Lewis disse que é fundamental enfatizar que grande parte dos casos vistos em dezenas de países em todo o mundo são entre gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens, para que os cientistas possam estudar mais a questão e que as populações em risco tomem precauções.

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"É muito importante descrever isso porque parece ser um aumento em um modo de transmissão que pode ter sido pouco reconhecido no passado", disse Lewis, líder técnico da OMS sobre varíola.

Ainda assim, ela alertou que qualquer pessoa corre risco potencial de contrair a doença, independentemente de sua orientação sexual. Outros especialistas apontaram que pode ser acidental que a doença tenha sido detectada pela primeira vez em homens gays e bissexuais, dizendo que pode ela se espalhar rapidamente para outros grupos se não for controlada. Até o momento, a OMS disse que 23 países que antes não tiveram registros de varíola dos macacos relataram mais de 250 casos. Fonte: Associated Press.

O Ministério da Saúde criou uma sala de situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos - vírus Monkeypox - no Brasil. A medida, anunciada pela pasta na noite desta segunda-feira (23), tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença.

"Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no país. A pasta encaminhou aos estados um comunicado de risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis até o momento sobre a doença”, informou o Ministério da Saúde, em nota.

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A vigilância de doenças com potencial para emergência em saúde pública é monitorada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs Nacional), que atua de forma permanente, detectando informações 24 horas por dia.

A varíola dos macacos é uma doença viral endêmica no continente Africano, com transmissibilidade moderada entre humanos. 

No último sábado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações constituiu, em caráter consultivo, uma Câmara Técnica Temporária de pesquisa chamada Câmara Pox MCTI, para acompanhar os desdobramentos científicos sobre o vírus Monkeypox, conhecido como varíola dos macacos. 

A medida de vigilância científica com consulta a especialistas é necessária, segundo o órgão, diante de casos de infecção registrados em países como Portugal, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, em maio deste ano.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está pedindo reforço de medidas não farmacológicas, como distanciamento, uso de máscara e higienização frequente de mãos, em aeroportos e aeronaves, para retardar a entrada do vírus da varíola dos macacos no Brasil. Desde o início do mês, ao menos 120 ocorrências da doença foram confirmadas em 15 países. O Ministério da Saúde instituiu ontem uma sala de situação para monitorar o cenário da monkeypox no Brasil.

A rara doença pode chegar nos próximos dias, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão. No domingo foram registrados casos suspeitos na vizinha Argentina. A varíola dos macacos é, na verdade, doença original de roedores silvestres, mas isolada inicialmente em macacos. É frequente na África, mas de ocorrência muito rara em outros continentes.

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Cientistas acreditam que o desequilíbrio ambiental esteja por trás do atual surto, mas não veem razão para pânico. "Acho muito difícil que (a doença) não chegue aqui", afirmou o presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez. "Mas se trata de uma doença considerada benigna." Além disso, existem tratamento e vacinas.

Mas é necessário alerta, segundo a Chefe da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da USP, Anna Sara Levin. "Essa transmissão pessoal é um pouco preocupante, temos de entender se houve uma adaptação do vírus ou contato muito intenso entre as pessoas."

"É mais um problema que vem se somar ao nosso quadro atual", disse Urbaez. "O ponto positivo é que a nossa vigilância está muito sensível, conseguindo detectar os problemas em tempo real."

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