Decepcionado num dia, feliz da vida no outro. Max Verstappen saiu bastante triste do treino de sábado ao não conseguir a pole position por causa de batida de Charles Leclerc quando fazia volta rápida. Neste domingo, viu o monegasco quebrar e ficar fora do grid, ganhou de ponta a ponta o GP de Mônaco, em Montecarlo, e assumiu a primeira colocação do Mundial de Pilotos da Fórmula 1, superando o inglês Lewis Hamilton, apenas o sétimo.
O novo líder recebeu a bandeirada da tenista Serena Williams e subiu para 105 pontos com a segunda vitória na temporada e 12ª na Fórmula 1. Hamilton aparece em segundo, com 101, e só teve a comemorar o ponto extra pela volta mais rápida. Num GP sem pilotos da Mercedes entre os melhores, completaram as primeiras posições Carlos Sainz, da Ferrari, pela primeira vez no pódio pela equipe, e Lando Norris, da McLaren.
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Antes de subir ao pódio de Mônaco pela primeira vez na carreira, Verstappen recebeu os parabéns da equipe pelo rádio e, assim que deixou o carro, correu para os braços dos mecânicos da Red Bull, extremamente feliz com a vitória e, sobretudo, a liderança.
A vitória da Red Bull, aliada ao quarto lugar de Sérgio Perez e o abandono de Valtteri Bottas, ainda levou a equipe ao topo do Mundial de Pilotos pela primeira vez desde 2014, superando a Mercedes, que viveu um domingo para se esquecer, por um ponto: 149 a 148.
Verstappen comemorou muito a conquista no tradicional GP de Mônaco. "Sempre quis ganhar esse GP, desde criança. Estar aqui hoje me deixa orgulhoso, aqui é muito especial", festejou o holandês. "Uma corrida maravilhosa, que sempre esteve sob controle. Foi muito bom."
Ao "ganhar" a pole position com a ausência de Charles Leclerc no grid por causa de problema mecânico no carro da Ferrari, o holandês largou com o carro inclinado para evitar o ataque de Bottas na largada. E a estratégia deu certo.
Largar bem e manter a primeira posição numa pista de difícil ultrapassagem nas ruas do Principado de Mônaco era vital para as pretensões da Red Bull na busca pela liderança do Mundial de Pilotos, já que Hamilton estava apenas em sétimo no grid, antes da confirmação da ausência do pole Leclerc. O inglês saiu em sexto e por lá permaneceu nas primeiras voltas, sem trocas de posição entre os primeiros.
O piloto monegasco viu seu carro parar de funcionar antes de a corrida começar e a Ferrari revelou que foi por causa de um problema no eixo de transmissão. A informação é que não havia tempo hábil para o conserto. Sem jamais conseguir completar uma prova no circuito caseiro, Leclerc desta vez nem largou.
Verstappen, tranquilo na frente, logo abriu boa vantagem sobre Bottas e disputava com seu companheiro de equipe, o mexicano Sérgio Perez, em oitavo, a melhor volta do GP de Mônaco que renderia um precioso ponto a mais. Revezavam a marca até Hamilton a cravá-la, no fim.
A Mercedes optou por troca de estratégia e usar pneus duros em seus pilotos com Hamilton fazendo a troca na volta 30. A estratégia não deu certo e o inglês perdeu a posição nos boxes para Pierre Gasly. Ficou muito irritado. Para completar o desastroso trabalho, a porca do pneu direito de Bottas travou e o finlandês teve de abandonar a corrida.
Com a queda de Hamilton para o sétimo lugar e o abandono de Bottas, a Red Bull assumia a liderança do Mundial de Construtores, algo inimaginável antes da largada. Mas queria mais e Perez partiu para o ataque sobre Lando Norris nas dez últimas voltas.
Em corrida na qual as ultrapassagens eram coisa rara, senão pelos retardatários abrindo passagem, as estratégias de boxe foram determinantes para as posições finais. Mesmo assim, Perez ainda garantiu uma emoção final com seu ataque à McLaren, sem ter êxito em ultrapassar e conformando-se com o quarto lugar.
Hamilton optou por nova troca para tentar o ponto extra de melhor volta. Com pneu macio, queria desbancar o tempo de Yuki Tsunoda, da AlphaTauri. E conseguiu logo na segunda tentativa. Mesmo assim, terminou com quatro a menos que Verstappen. Terceiro na corrida, Lando Norris também subiu para a posição no Mundial de Pilotos, agora com 56 e na frente de Bottas, com 47.
Veja a classificação do GP de Mônaco:
1º) Max Verstappen (HOL/Red Bull), em 1h38min56s620
2º) Carlos Sainz (ESP/Ferrari), a 8s968
3°) Lando Norris (GBR/McLaren), a 19s427
4º) Sergio Perez (MEX/Red Bull), a 20s490
5º) Sebastian Vettel (ALE/Aston Martin), a 52s591
6º) Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri), a 53s596
7º) Lewis Hamilton (GBR/Mercedes), a 68s231
8º) Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a uma volta
9º) Esteban Ocon (FRA/Alpine), a uma volta
10º) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a uma volta
11º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta
12º) Daniel Ricciardo (AUS/McLaren), a uma volta
13º) Fernando Alonso (ESP/Alpine), a uma volta
14º) George Russell (GBR/Williams), a uma volta
15°) Nicholas Latifi (CAN/Williams), a uma volta
16º) Yuki Tsunoda (JAP/AlphatTauri), a uma volta
17º) Nikita Mazepin (RUS/Haas), a três voltas
18º) Mick Schumacher (ALE/Haas), a três voltas
Não completaram a prova:
Charles Leclerc (MON/Ferrari).
Valtteri Bottas (FIN/Mercedes).