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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou na tarde desta terça-feira, 12, que a Casa vai votar amanhã em plenário a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o voto aberto irrestrito. A decisão de Renan ocorre no momento em que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), admitiu haver um "jogo de empurra" entre as duas Casas Legislativas na discussão sobre o voto aberto para cassações.

Alves disse que não colocará na pauta mais nenhum processo do tipo com votação secreta. A Câmara resiste em aprovar a medida em razão de deputados federais que foram condenados no processo do mensalão e que, nesta quarta-feira, 13, podem ter contra si mandados de prisão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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Renan Calheiros disse que pretende encerrar hoje a votação, no primeiro e no segundo turnos, da proposta da PEC que institui o Orçamento Impositivo. O presidente do Senado foi apoiado pelos líderes do governo e de vários partidos da Casa. ( - ricardo.brito@estadao.com)

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que há um "jogo de empurra" entre a Câmara e o Senado na decisão sobre voto aberto para cassações. Alves reafirmou que não colocará na pauta mais nenhum processo do tipo com votação secreta.

O tema volta a ser debatido diante da retomada do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Quatro deputados estão entre os condenados, João Paulo Cunha (PT-SP), José Genoino (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). Alves disse que vai cumprir o "texto constitucional", o que significa levar a plenário a decisão, diferente do que definiu o STF, de que só cabe à Câmara decretar a perda de mandato.

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A Câmara aprovou uma proposta prevendo voto aberto em todos os casos deixando para depois a análise de outra proposta que só abria voto no caso de cassações. No Senado, porém, o voto aberto para tudo encontra resistências e a proposta ainda está em debate. Alves disse que discutirá com os líderes a proposta de voto aberto apenas para cassações, mas reconheceu o impasse político. "A Câmara está esperando o Senado votar e o Senado está esperando a Câmara. Está um jogo de empurra", afirmou.

Duas propostas de emenda à Constituição são o centro das atenções do Senado nesta semana. Na pauta, a PEC do orçamento impositivo e a do voto aberto para o Legislativo. A votação dessas matérias foi confirmada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), na última quarta-feira (30).

O texto do orçamento impositivo já foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e deve ser votado no plenário nesta terça (5). Apresentada em 2000 pelo então senador Antônio Carlos Magalhães, a proposta estabelece que a União fica obrigada a liberar as verbas das emendas parlamentares do Orçamento da União. O limite é de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL).

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A matéria também prevê a ampliação das fontes de financiamento para a saúde, já que 50% das emendas deverão tratar de investimentos para o setor.

Na quarta-feira (6), as discussões girarão em torno da PEC que acaba com o voto secreto na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nas assembleias legislativas estaduais, na Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas câmaras de vereadores. Como ainda não há consenso para essa votação, já é esperada uma sessão polêmica.

Para serem aprovadas, as PECs precisam receber votos favoráveis de 49 senadores. Outras matérias podem ser incluídas na pauta e serem votadas ainda nesta semana.

Enquanto os senadores ainda apreciam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que abre o voto dos parlamentares em todas as circunstâncias, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou ontem, 30, outra PEC que torna obrigatória a votação em aberto para casos de cassação de mandato por falta de decoro e condenação criminal com sentença transitada em julgado. A proposta foi aprovada por unanimidade.

Durante a sessão na Comissão Especial, os deputados defenderam o projeto que tramita no Senado, mas destacaram que, caso os senadores decidam derrubar o fim do voto secreto, a Câmara garante pelo menos a alternativa restrita de voto aberto na pauta do Congresso.

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"Nossa luta é para que o Senado aprove o voto aberto para tudo. O desejo da população é para abrir para tudo", afirmou o vice-presidente da Comissão Especial, Alessandro Molon (PT-RJ).

No Senado, o fim do voto secreto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e aguarda a votação em plenário.

A PEC que amplia as possibilidades de voto aberto e que será apreciada pelos senadores tem origem na Câmara e foi votada à toque de caixa pelos deputados após a Casa livrar da cassação o deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), que cumpre pena superior a 13 anos por peculato e formação de quadrilha no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

Divisão

Os senadores, porém, ainda estão divididos em relação à abrangência da proposta de abrir todas votações. A dúvida é se o voto passa a ser aberto apenas em situações de cassação de mandato ou também em votação de vetos e de indicação de autoridades - esta última uma prerrogativa apenas dos senadores.

Ontem, com o aval do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), senadores decidiram adiar, mais uma vez, a votação da PEC que prevê o voto aberto em todas as modalidades do Poder Legislativo. A desculpa pública usada para deixar para a próxima quarta-feira, dia 6, a apreciação da matéria, foram as divergências sobre o fim do voto secreto para quaisquer circunstâncias. É a segunda vez que entrou na pauta do plenário para votação.

Renan argumenta que o Senado já deu sua resposta às ruas ao aprovar a abertura do voto em casos de cassação de mandato, o que prevê a PEC de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) - já aprovada pelo Senado, mas que está parada na Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enquanto os senadores ainda apreciam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que abre o voto dos parlamentares em todas as circunstâncias, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quarta-feira, 30, outra PEC tornando obrigatória a votação em aberto para casos de cassação de mandato por falta de decoro e condenação criminal com sentença transitada em julgado. A aprovação foi unânime.

Durante a sessão na Comissão Especial, os deputados defenderam o projeto que tramita no Senado, mas destacaram que, caso os senadores decidam derrubar o fim do voto secreto, a Câmara garante pelo menos a alternativa restrita de voto aberto na pauta do Congresso. "Nossa luta é para que o Senado aprove o voto aberto para tudo. O desejo da população é para abrir para tudo", destacou o vice-presidente da Comissão Especial, Alessandro Molon (PT-RJ). No Senado, o fim do voto secreto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e aguarda a votação em plenário.

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A PEC que amplia as possibilidades de voto aberto foi votada à toque de caixa pelos deputados após a Câmara livrar da cassação o deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), que cumpre pena superior a 13 anos por peculato e formação de quadrilha no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Pelo texto, não apenas em situações de cassação de mandato, mas também em votação de vetos e de indicação de autoridades - esta última uma prerrogativa apenas dos senadores - passariam a ser abertos.

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (23), parecer do senador Sérgio Souza (PMDB-PR) a quatro emendas de Plenário apresentadas às três Propostas de Emenda à Constituição (PECs 20,28 e 43/2013) que disciplinam o fim do voto secreto em deliberações do Poder Legislativo. Souza havia recomendado a aprovação da PEC 43/2013 sem mudanças e a rejeição não só das emendas de Plenário, mas também das PECs 20 e 28/2013.

Se aprovada, a matéria  estabelece o voto terá de ser aberto não só para a cassação de mandatos parlamentares, mas para exame de vetos presidenciais e para a aprovação de autoridades, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), procuradores da República, embaixadores e diretores de agências reguladoras.

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A medida abrange o Congresso Nacional, as assembléias legislativas e as câmaras de vereadores. Depois da decisão da CCJ, a matéria retoma o processo de votação no Plenário do Senado.

*Com informações da Agência Senado

O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) defendeu nesta quarta-feira, 16, o voto aberto para todas as modalidades em que for exigida votação no Poder Legislativo. Em parecer apresentado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Souza voltou a defender sua posição de que quaisquer votações no Congresso e nos demais poderes Legislativos não podem ser secretas.

Relator da matéria na CCJ, o parlamentar paranaense votou rejeitou pela rejeição das emendas apresentadas por senadores em plenário. Ele defendeu a aprovação de uma das duas propostas de Emenda à Constituição (PEC) que trata do assunto, a de número 43 de 2013, pois estava mais avançada na tramitação no Congresso. Se passar pelo Senado, pois já foi aprovada pela Câmara, seria promulgada em seguida.

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A maior dificuldade para apreciar o caso se deve à falta de consenso entre os parlamentares sobre quais tipos de votações devem ser abertas. Outra disputa decorre da briga de bastidores entre congressistas, principalmente da base e da oposição, quanto à "paternidade" da proposta, uma vez que há PECs nas duas Casas Legislativas que tratam do tema.

No dia 2 de outubro, após a conclusão do prazo de cinco sessões regimentais para que a proposta estivesse apta para ser votada em plenário, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AM), a Mesa Diretora do Senado havia recebido novas emendas à proposta. Pelo regimento da Casa, as novas emendas remeteriam a PEC mais uma vez para a CCJ, que terá prazo de até 30 dias para dar seu parecer.

As emendas, entretanto, dizem respeito à manutenção de votações secretas para modalidades como a escolha de autoridades e a apreciação de vetos presidenciais, deixando apenas o voto aberto para cassação de mandato parlamentar. Esses debates já haviam sido feitos pela própria comissão.

Os senadores aprovaram nesta quarta-feira, 18, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a abertura de todas as modalidades de voto secreto previstas atualmente na Constituição Federal. Em uma sessão conturbada, o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), senador Sérgio Souza (PMDB-PR), mudou sua posição e reapresentou o relatório da semana passada, aprovado ao final, ignorando a orientação do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Semana passada, Souza havia apresentado na CCJ o relatório que seguia sua posição pessoal: previa a abertura total do voto. Pressionado pelo PMDB, ele voltou atrás e seguiu a orientação de Renan: fatiar a proposta. Logo no início da sessão desta quarta, ele leu o parecer com previsão de voto aberto apenas para cassação de mandato.

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Pressionado por petistas e senadores da ala independente, Souza recuou novamente e reapresentou seu primeiro relatório, que acabou aprovado na comissão. "Defendemos a proposta do jeito que saiu da Câmara, com fim do voto secreto em todas as esferas. Precisamos exercer o mandato sem medo", destacou o líder do PT na Casa, Wellington Dias (PI).

O parecer prevê a abertura do voto não apenas no Congresso Nacional, como nas demais instâncias do Legislativo - vale também para as Assembleias Legislativas dos Estados, a Câmara Legislativa do Distrito Federal e as Câmaras Municipais.

Inconformados com a abertura do voto nos casos de análises de vetos e indicação de autoridades (prerrogativa que se aplica apenas ao senadores), vários senadores, a maioria peemedebistas, já avisaram que vão apresentar emendas de plenário para alterar o texto. "O voto aberto para autoridades não passa no plenário. Para vetos é difícil também. Vamos mudar com emenda", adiantou o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). A PEC deve ser votada ainda nesta quarta no plenário da Casa.

O voto aberto em todos os casos previstos para o Legislativo foi aprovado há duas semanas pelos deputados e seguiu para a análise dos senadores. Desde o início, vários líderes se manifestaram contra o texto que chegou da Câmara. Calheiros, presidente do Congresso Nacional, já avisou que não vai promulgar a PEC ampla e pediu que ela fosse fatiada. A ideia era que os senadores aprovassem o voto aberto nos casos de cassação de mandatos, mas continuassem as discussões sobre os demais casos, de vetos e indicação de autoridades.

Em nota divulgada em seu site oficial, o Partido dos Trabalhadores divulgou que eleitores de todas as regiões brasileiras ligaram para o gabinete para pedir os senadores petistas que votem pelo fim irrestrito do voto secreto no Brasil. Ao todo, foram registrados 538 telefonemas, dentre os quais, um teve origem na Inglaterra. 

No texto alguns parlamentares da sigla externaram sua opinião a favor do voto aberto em todas as instâncias. A estratégia dos petistas é que aliados da legenda apoiem também a causa.

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Leia a nota na íntegra: 

Bancada do PT reforça apoio ao fim do voto secreto no Congresso

Às vésperas da votação da PEC do voto aberto na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), a Liderança do PT no Senado verificou uma nova face de democracia participativa.

Eleitores de todas as regiões do País ligaram para o gabinete para pedir os senadores petistas que voto pelo fim irrestrito do voto secreto no Brasil. Ao todo, foram registrados 538 telefonemas; dentre os quais, um teve origem na Inglaterra.

O eleitorado de São Paulo foi o que mais fortemente se posicionou, com 157 ligações. Em seguida aparecem Minas Gerais e Distrito Federal, de onde se originaram 60 e 45 chamadas, respectivamente. Apenas em três unidades da federação não foi registrado nenhum telefonema: Acre, Maranhão e Roraima.

A votação da PEC do voto aberto é uma resposta à sociedade depois que a Câmara dos Deputados, no dia 28 de agosto, decidiu manter o mandato do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato e formação de quadrilha. Com a pressão popular iniciada nas redes virtuais, a Câmara aprovou, por 452 votos a favor e nenhum contra, na terça-feira (3), a proposta.

Repercussão

Os deputados já haviam aprovado por unanimidade (383 votos) a PEC em primeiro turno, em 2006. Na ocasião, o líder do Governo no Congresso Nacional, José Pimentel (PT-CE), era deputado federal e também votou a favor do voto aberto no Parlamento. “Eu votei pelo fim do voto secreto, por entender que quem deve ter direito ao voto secreto é o eleitor. Nós somos representantes dos nossos eleitores e devemos tornar público o nosso voto. Por isso, na Câmara Federal, já votei favoravelmente a essa matéria e aqui no Senado vou manter minha coerência”, afirmou o senador cearense.

Autor da única PEC que tramita no Senado que acaba com todas as votações secretas no Congresso Nacional, a PEC 20/2013, Paulo Paim (PT-RS), em entrevista ao site da Liderança do PT no Senado, disse que a Bancada do PT na Casa não entende o motivo da proposta ainda não ter sido colocada em votação em plenário. “[Ninguém] está entendendo porque essa matéria não é votada no plenário, uma vez que ela foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e teve aprovado o calendário especial. Apesar disso, ela não aparece para deliberação dentro do calendário e nem fora. Eu não sei o porquê desse temor do voto aberto”, disse o senador.

Para a senadora Ana Rita (PT-RR), o voto aberto é fundamental para dar mais transparência ao trabalho do Legislativo e estreitar a relação entre o representante e o representado. “Caso já prevalecesse a transparência proporcionada pelo fim do voto secreto, seria outro o resultado da votação do parecer pela cassação. A verdade é que, na medida em que avançamos no processo de consolidação da democracia brasileira, não há mais como preservar o anacronismo representado pelo voto secreto”, disse.

Perda de mandato

Pelo texto da PEC, a declaração de perda de mandato sujeita à análise do plenário ocorrerá por votação aberta. É o caso de vedações constitucionais (ser proprietário ou controlador de empresa com contrato com empresa pública, por exemplo); de quebra do decoro parlamentar; e de condenação criminal em sentença transitada em julgado.

No caso do Senado, por exemplo, o voto secreto não será mais usado na aprovação de indicações de ministros dos tribunais superiores; de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) feitas pelo Presidente da República; de presidente e diretores do Banco Central; do procurador-geral da República; de chefes de missão diplomática de caráter permanente; e da exoneração, de ofício, do procurador-geral da República antes do término do mandato.

O voto aberto também valerá para a análise de vetos nas sessões do Congresso (sessão conjunta da Câmara e do Senado).

Regimento Interno

Se a PEC for aprovada no Senado e promulgada, outras votações secretas previstas no Regimento Interno da Câmara passarão a ser abertas, como a eleição do presidente e demais integrantes da Mesa Diretora, do presidente e vice-presidentes de comissões permanentes e temporárias, dos membros da Câmara que irão compor a Comissão Representativa do Congresso Nacional durante o recesso parlamentar e dos dois cidadãos indicados para integrar o Conselho da República; e nas demais eleições.

(PT no Senado)

Um pedido de vista coletiva apresentado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou nesta quarta-feira (11) a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 43/2013, já aprovada na Câmara, que acaba com todas as votações secretas no Congresso Nacional. O mesmo texto foi defendido pelo relator no Senado, Sérgio Souza (PMDB-PR), que criticou o adiamento.

O adiamento nasceu de pedido de vista individual do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), em manobra para esperar votação na Câmara dos Deputados da PEC 86/2007, já aprovada no Senado e menos abrangente, por prever voto aberto apenas em cassação de mandato. Segundo Lopes, há um entendimento na Câmara dos Deputados para que a votação da matéria ocorra na próxima semana.

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O pedido de vista foi transformado em coletivo para que a PEC em discussão no Senado retorne à pauta da CCJ já na sessão da comissão, na próxima semana, impedindo que a apreciação fosse adiada por prazo indefinido.

A PEC vinda da Câmara enfrenta resistência de muitos parlamentares, que não concordam com votação aberta no caso de vetos presidenciais e indicações de autoridades feitas pela Presidência da República, a exemplo de ministros dos tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União; governadores de territórios; presidente e diretores do Banco Central; procurador-geral da República; chefes de missão diplomática de caráter permanente; e titulares de outros cargos previstos em lei.

Com o retorno da matéria para votação na CCJ na próxima semana, o relator Sérgio Souza admitiu que pode alterar seu relatório, aceitando mudanças que rejeitou anteriormente. "Agora, com o pedido de vista, vai haver mais emendas, outras propostas. E, durante a semana, vamos buscar construir consenso. Não dá mais para fugir disso", disse.

Para que a proposta avance, Souza disse que precisa encontrar um texto comum que permita a aprovação do voto aberto. "Aquilo que tem consenso tem que avançar, porque esperar a Câmara concluir votação em uma comissão especial, para depois ir a plenário, quebrar interstício duas vezes... O Brasil não pode esperar".

No relatório atual, Sérgio Souza defende o voto aberto: “Ao tornar todas as deliberações do Congresso Nacional abertas e públicas, [a PEC] revela a necessária transparência e publicidade que deve reger a vida pública e o funcionamento das instituições do Estado, de um lado; e, de outro, contribui para a vigilância cidadã e a sindicabilidade, pela sociedade, sobre a atividade do Congresso Nacional e dos deputados federais e dos senadores da República”, diz um dos trechos.

Vereador pelo PV, Augusto Carreras é um dos poucos parlamentares que declararam serem adeptos ao voto totalmente aberto na Câmara do Recife. Segundo o parlamentar, o Parlamento municipal já estava discutindo o voto aberto ou secreto antes mesmo da votação que absolveu o deputado Natan Donadon (sem partido-RO).

“Antes mesmo de Donandon ter o mandato garantido pela Câmara dos Deputados, a Câmara do Recife já estava já estava discutindo o voto aberto ou secreto. O tema foi aprovado de forma unânime”, afirmou o vereador, durante entrevista a uma rádio local.

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De acordo com Carreras, os parlamentares da Câmara não devem ter receio de divulgar os seus votos abertamente – inclusive os da Mesa Diretora e dos vetos ao Executivo.

“O vereador precisa ter altivez e explicitar o seu voto, não ficar atrás de uma urna”, opinou.

A aprovação do fim do voto secreto de forma parcial na Câmara do Recife não define a absoluta satisfação dos vereadores. Mesmo que a proposta tenha obtido 28 votos nessa segunda-feira (9), alguns parlamentares como o líder da oposição, Raul Jungmann (PPS), defende em partes a proposta e acredita que em alguns aspectos deverá ainda permanecer em segredo as decisões do legislativo.

Para demonstrar sua posição sobre o assunto, o opositor do governo listou alguns pontos defendidos por ele e contextualizou. De acordo com Jungmann o voto deveria ser “abertíssimo para a cassação de mandatos de corruptos e ladrões (a exemplo do deputado Donadon e fechado para votação dos vetos presidenciais e eleição do presidente e da mesa diretora do Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais”, expôs.

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Depois de externar sua opinião sobre o voto aberto, o parlamentar explicou o motivo de sua decisão em relação as restrições exibidas. “O voto aberto para cassação de mandato é uma arma contra o corporativismo do Legislativo, que tenda a absolver os que cometem crimes, embora nem sempre. Já o voto fechado para votação de vetos às leis dos prefeitos, governadores e presidentes é uma defesa do Poder Legislativo contra as pressões, chantagem e arbitrariedades do Executivo. Se, nesse caso, o voto for aberto, o parlamentar ficará indefeso diante dos poderes de prefeitos, governadores e presidentes. E dificilmente poderá fazer valer a vontade do seu eleitor ou a sua própria“, justificou.

Ratificando seu ponto de vista, o vereador argumentou sua posição comparando-a com a época da ditadura. “Votar pelo voto aberto na cassação de corruptos é defesa da ética; mas votar pelo voto aberto nos vetos presidenciais e eleição da mesa diretora do Legislativo é acolher a vontade das ditaduras e dos tiranos”, declarou.

 

 

 

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O fim do voto secreto na Câmara dos Vereadores do Recife, votado na tarde desta segunda-feira (9), pode dar início a um debate ainda maior na Casa. Alguns parlamentares externaram o desejo de tornar aberto também à votação da Mesa Diretora e o veto do Executivo, procedimentos que ainda permanecem em sigilo nas votações do Parlamento municipal. Porém, para a maioria, por conta de uma possível dependência do Poder Legislativo à Prefeitura, o método deve continuar o mesmo.

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“Toda vez que você teve uma ditadura se abriu o voto para o veto e para a eleição da Mesa (Diretora), porque o ditador e o tirano quer submeter à Casa”, afirmou o vereador Raul Jungmann (PPS). 

Presidente da Casa, o vereador Vicente André Gomes (PSB) também segue o mesmo raciocínio de Jungmann. “O voto aberto trás retaliações, embora o meu prefeito Geraldo Julio (PSB) é um príncipe da democracia. Minha eleição agora para Mesa não houve interferência dele, mas eu quero dizer que reconheço o voto aberto, que os poderes possam interferir um no outro”, disse o socialista.

“Por isso defendo o voto hibrido que é o voto que, em matérias polêmicas, seja consultado ao Plenário. Se o voto deve ser aberto ou fechado, a principio todos devem ser fechados, com exceção do voto da cassação”, completou.

Em contraponto, o vereador Jayme Asfora (PMDB), luta para que todos os votos da Câmara sejam abertos. O peemedebista deve levar ao Plenário da Casa, um projeto de lei orgânica que visa acabar com todos os votos secretos. A matéria já foi aprovada pela Comissão de Legislação e Justiça da Câmara.

“Vamos trabalhar com humildade para que outros parlamentares tenha a mesma opinião que nós temos. (...) O poder só se fortalece quando ele se aproxima do povo, não com mecanismos sobre esse. A própria argumentação de quem defende que é contra a ditadura traz uma contradição interna, que isso é mecanismo próprio da ditadura e não da democracia, mas a democracia existe também como interação”, explicou o parlamentar.

Os vereadores Augusto Carreras (PV) e Felipe Francismar (PSB) já apoiaram publicamente o projeto de lei de Asfora. Comenta-se nos bastidores que outros parlamentares devem apoiar a matéria. “Isso já está sendo incorporado na Casa. Alguns querem isso. Possivelmente outros colegas devem apoiar (o PL)”, relatou o peemedebista.

A Câmara de Vereadores do Recife aprovou na tarde desta segunda-feira (9), durante sessão plenária, o fim do voto secreto. A proposta, que possui apenas duas restrições, foi acatada por 28 parlamentares que estavam presentes na Casa José Mariano.

Com a aprovação do Projeto de Lei, os únicos procedimentos que ainda permanecerão secretos serão o veto do Executivo e a eleição da mesa diretora. No entanto, para esses dois casos, já existem projetos tramitando na Casa Municipal, mas não há previsão de quando poderão ser votados.

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*Com informações de Alex Ribeiro

O tema sobre o fim do voto secreto que atinge todas as Casas Legislativas do País foi repercutida pelo governador Eduardo Campos (PSB). Sem entrar em detalhes sobre a opinião dos parlamentares a respeito do projeto de lei, o socialista fez questão de ressaltar que sempre foi a favor do voto aberto. 

“Eu fui parlamentar por quatro mandatos e sempre votei aberto. Fui à tribuna e falei o meu voto. Eu acho que quem votou na gente tem o direito de saber no que a gente está votando. Eu não defendo isso agora, defendo há muito tempo”, afirmou o governador, nesta quinta-feira (5), durante solenidade que celebrou Pernambuco como um dos Estados livres da febre aftosa. 

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Segundo o presidente do PSB, Pernambuco também é reconhecido como um dos Estados mais transparentes na questão orçamentária. 

“No legislativo quando estava defendia o voto aberto e no Executivo temos transparência. Qual foi o primeiro Estado a fazer à lei de acesso a informação? O primeiro do Brasil?“, ironizou o socialista. 

“Aqui o primeiro ato meu como governador foi abrir o portal (da transparência) esse portal foi premiado pelo Contas Abertas. Essa ONG deu a Pernambuco o prêmio de transparência. Estou falando aqui com atos, fatos, não é com declaração, eu penso assim, agora tenho que respeitar quem não pensa. Eu acho que deve ser aberto para tudo”, completou.

O debate das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que tratavam do voto aberto na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foi suspenso, durante sessão plenária dessa quarta-feira (4). O anúncio foi feito na casa Joaquim Nabuco pelo segundo vice-presidente, deputado André Campos (PT). 

A justificativa do petista em relação decisão é devido à aprovação do PEC do voto aberto na Câmara Federal na última segunda (2). O deputado lembrou que a matéria seguirá para o Senado e, caso seja aprovada, será cumprida em todas as Casas Legislativas do País. Dessa forma, as PECs que tramitam na Alepe perderão o objeto.

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PECs - As propostas que tramitam, atualmente, na Assembleia Legislativa em relação ao voto aberto são a de número 3 e 4, dos deputados Maviael Cavalcanti (DEM) e Sílvio Costa Filho (PTB), respectivamente.

 

 

Depois de ter filmado seu próprio voto na sessão que manteve o mandato do parlamentar Natan Donadon (sem partido- RO) na última semana, na Câmara Federal, o deputado pernambucano Bruno Araújo (PSDB) fez questão de mostrar sua escolha sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 349 na plenária desta terça-feira (3). 

O tucano divulgou, em seu perfil na rede social, seu voto a favor do fim do voto secreto. Dessa vez o deputado não deve se preocupar contra nenhuma irregularidade, pois a votação de todos os parlamentares foi divulgada no painel da plenária.

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A PEC foi aprovada por unanimidade (452 votos) pelos deputados da Casa.

Vários parlamentares anteciparam nas redes sociais seus votos sobre a Proposta da Emenda Constitucional (PEC) do voto aberto que está acontecendo em sessão extraordinária na Câmara Federal, na noite desta terça-feira (3). O deputado Jean Wyllys (PSOL-BA) publicou uma foto, junto com a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), mostrando sua posição a respeito da PEC.

Diante da repercussão e do discurso de vários parlamentares a votação sobre o voto aberto deve ser aprovada por unanimidade.

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Presente na sessão extraordinária para votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) na Câmara Federal, no início da noite desta terça-feira (3), o deputado Raul Henry (PMDB) acredita que a proposta será aprovada por unanimidade.

“A votação da PEC vai estar no painel, todo mundo vai ver quem vai votar, quem é bandido não tem como se esconder. Por isso acho que não vai ter nenhum voto contra”, afirmou o parlamentar.

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A questão do voto aberto foi bastante debatida em várias Casas Legislativas do País. A manutenção do deputado Natan Donadon (sem partido-RO) no cargo, mesmo estando preso, foi motivo de indignação de representantes da classe política e, por conta disso, motivou os parlamentares a acelerar a votação sobre a PEC.

Em reunião realizada no final da manhã desta terça-feira (3), os líderes da base aliada na Câmara apoiaram a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o voto secreto. Se aprovada na reunião de líderes partidários, a matéria poderá ser votada nesta noite, em sessão extraordinária.

A proposta abrande todo o legislativo do país. Se aprovada, todas as votações que forem realizadas na Câmara, no Senado, nas assembleias legislativas, nas câmaras de vereadores e na Câmara Legislativa do Distrito Federal serão realizadas com o voto aberto. A matéria foi aprovada em primeiro turno, em 2006, mas ainda precisa passar por segundo turno, antes de seguir para o Senado.

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Uma proposta semelhante já foi aprovada no Senado e agora passa por análise numa comissão especial na Câmara.

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