Tópicos | 20 de novembro

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse, nesta quarta-feira (1º), que é preciso fazer com que os brasileiros passem a ter consciência racial. Em entrevista a emissoras de rádio, durante o programa Bom dia, Ministra, do Canal Gov, ela lembrou que apesar de ter 56% da população negra, o país continua registrando dados alarmantes de racismo.

“Costumo dizer que este é um mês em que se fala muito, assim como os meses de março (Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial) e julho (Julho das Mulheres Negras). A gente precisa entender esse ministério, o retorno do presidente Lula e o retorno da pauta da consciência racial como ferramenta para que as pessoas negras possam viver as realidades que, infelizmente, ainda as cercam.” 

##RECOMENDA##

Segundo Anielle, o governo federal pretende entregar no próximo dia 20 - Dia da Consciência Negra - um segundo pacote de medidas voltadas para a população negra, incluindo a publicação de editais e a estruturação de programas.

Cotas  

Uma das políticas de destaque citadas pela ministra é a chamada Lei de Cotas nas universidades brasileiras, que recentemente passou por uma revisão. Segundo ela, antes da lei, entre 3% e 5% dos estudantes de ensino superior eram negros. O percentual, agora chega a 50%. “Sou fruto de cotas. Entrei na UERJ [Universidade do Estado do Rio de Janeiro] em terceiro lugar para fazer minha graduação como cotista”. 

Crimes 

Durante o programa, Anielle defendeu mais punição para crimes de racismo e voltou a destacar a importância de educar a população para conscientizar as pessoas sobre o preconceito racial. “É inadmissível que a gente tenha, em 2023, pessoas que cometem atos racistas, que achem que estão corretas e que ainda culpam o governo”. 

 

A arte e a cultura negra estarão em evidência a partir desta sexta-feira (25) em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Isso porque até o domingo (27), a cidade vai vivenciar a Semana de Arte e Cultura Negra, encerrando o mês de novembro dedicado à luta antirracista em todo o país. O evento é organizado pela prefeitura da cidade, através da Diretoria de Igualdade Racial.

A programação conta com apresentações culturais, oficinas, feira de artesanato, além de celebrações das religiões de matrizes africanas e ameríndias, como o 1º Encontro de Juremeiros e Juremeiras de São Lourenço da Mata.

##RECOMENDA##

“A ideia é fortalecer ainda mais as políticas públicas que visam a superação do racismo, dialogando em especial com coletivos que já constroem uma política antirracista diariamente na sociedade são-lourencense”, afirmou o diretor de Igualdade Racial da cidade, Pedro Justino.

Ainda segundo Justino, o evento visa “levar para a rua as manifestações culturais e religiosas que por vezes são obrigadas a ficar no anonimato por não receberem o seu valor histórico e transformador na sociedade brasileira”.

Confira a programação completa:

Sexta-feira (25 de novembro)

Axé nos Terreiros (Ylê Axé Yemanjá Ominkayá) – 9h às 12h – Rua Dr Marcos Pessoa Guerra, 2328

Vivência das Danças Afro Populares – 14h às 16h – Quintal Capibaribe

Mostra Artística Cultural – 17h – Praça Dom Helder Câmara

 

Sábado (26 de novembro)

Vivência Capoeira Angola – 9h – Quintal Capibaribe

Feira de Artesanato em alusão ao mês da Consciência Negra – 16h - Praça do Canhão

Atrações: Hip-hop, DJ Anunnak, Manifesto Cultura Popular e Os Capivaras

 

Domingo (27 de novembro)

1º Encontro de Juremeiros e Juremeiras – 14h às 20h – Ginásio de Esportes O Pereirão

 

Movimentos negros integrantes da Articulação Negra de Pernambuco (Anepe) realizarão, neste sábado (20) que celebra o Dia da Consciência Negra, uma marcha com o tema “O povo negro resiste ao genocídio: antes, durante e depois da pandemia”. O ato tem concentração a partir das 14h, no Pátio do Carmo, área central do Recife e, de lá, segue até a Praça do Arsenal da Marinha, onde será realizado o Festival da Cultura Negra. Das 15h às 21h, também acontece a Feira Akofena, na rua do Bom Jesus, com a participação de 20 empreendedoras negras. A marcha recebe apoio do movimento Fora Bolsonaro. 

Serão pautadas na ocasião as desigualdades sociais no contexto pandêmico, como a diferença no número de vacinados e mortos pela Covid-19 entre grupos de pessoas brancas, negras e de outras etnias. O movimento se posiciona a favor da tese de que a gestão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu genocídio contra pessoas não-brancas Brasil. 

##RECOMENDA##

Entre as atrações confirmadas para o Festival da Cultura Negra, previsto para iniciar às 17h40, estão o Afoxé Oyá Alaxé, Uana Mahin, Okado do Canal, MC Agô, Dj IDLibra e Coco do Seu Zé Moleque. Além disso, o palco também vai sediar a Batalha do Conhecimento, encabeçada pelo tradicional recital Boca no Trombone. 

A organização do evento orienta todos os participantes da Marcha da Consciência Negra de Pernambuco e do Festival da Cultura Negra a utilizarem máscaras de proteção contra a Covid-19, além de manterem o distanciamento social adequado durante os eventos. 

O 20 de Novembro homenageia a luta de Zumbi e Dandara, figuras líderes do Quilombo dos Palmares, mas também rememora o longo processo de organização das populações negras brasileiras, que há mais de 500 anos se colocam em movimento pelo fim do racismo institucional no país.  

Durante os dias 16 e 17, integrantes da Anepe também estiveram articulados com grupos de Arcoverde, Ipojuca e Garanhuns na realização da Caravana Negra, uma apresentação e chamada para a marcha no Recife. “O objetivo é chegar em localidades que estão mais distantes da região metropolitana do Recife e falar sobre as atividades que a Anepe e a Coalizão Negra têm realizado”, conta Emanuelle Marques, integrante da Articulação Negra de Pernambuco. 

Serviço: 

Marcha da Consciência Negra de Pernambuco  

Data: 20/11 

Local: 14h, na Praça do Carmo, Centro 

Festival da Cultura Negra (Encerramento da Marcha) 

Data: 20 de novembro às 18h  

Local: Praça do Arsenal  

Atrações: 

Afoxé Oyá Alaxé; Okado do Canal; Uana Mahin; Dj IDLibra; Dj Boneka; MC Agô; Recital Boca no Trombone; Paje IB; Sujistência; Coco do Seu Zé Moleque; Dj Themonia e Kizombadeiras (Rede de Mulheres Negras de PE) 

Mais informações 

Articulação Negra de Pernambuco - https://www.instagram.com/articulacaonegrape/

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado anualmente em 20 de novembro, poderá se tornar feriado nacional. Atualmente, a data é comemorada apenas em cinco estados e mais de mil municípios brasileiros. Mas essa realidade pode mudar com a aprovação, nesta segunda-feira (23), do Projeto de Lei do Senado (PLS) 482/2017, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em decisão terminativa na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

O relator da matéria na Comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), explicou que a data escolhida remete ao dia da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, um dos maiores do período Brasil-Colônia.

##RECOMENDA##

"Trata-se de um ícone, um símbolo do povo negro, de origem africana, povo esse que deixou marcas profundas de sua identidade cultural em nossa arte, música, gastronomia e religião. A efeméride é também um símbolo de luta e de emancipação das injustiças impostas por séculos contra a população negra", justificou.

Paim destacou que transformar a data em feriado nacional vai enfatizar e valorizar a luta do povo negro e fortalecer o processo de conscientização de seus desafios.

O texto foi aprovado com duas emendas de redação para incluir o nome Zumbi na data comemorativa, que originalmente constava apenas como Dia da Consciência Negra.

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) reforçou a importância histórica da proposta. Segundo ele, após a abolição da escravatura, não houve ações de integração do negro à sociedade.

"Eles continuaram perambulando na pobreza, na discriminação, nos serviços mais humildes e é a grande massa de pobres do nosso país até hoje. Agora, com a criação dessa data, é também marcante para que se possa abrir um debate maior nesse dia, e em todos os dias do ano. O negro nos hospitais, o negro médico, o negro deputado, senador, o negro nos tribunais, ocupando os espaços nas grandes corporações. Então, esse é um trabalho tardio, mas que chega em boa hora. Como dizem muitos: 'Antes tarde do que nunca'", declarou.

Depois de passar pela CE, o projeto poderá seguir direto para a Câmara dos Deputados se não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado.

*Da Agência Senado

Para celebrar o Dia da Consciência Negra, nesta sexta (20), a plataforma de lives Ágora Sonora se transforma em um verdadeiro quilombo virtual, abrindo um palco online dedicado à valorização da negritude. Sete artistas negros de Pernambuco e da Paraíba se aprensentam no evento intitulado 20 de Novembro, que vai misturar música e poesia. 

De Pernambuco, se apresentam Marcello Rangel, Gabi da Pele Preta, Vinícius Barros e Surama Ramos. Já representando o estado da Paraíba, sobrem ao palco virtual Elon e Nathalia Bellar; com direito a intervenções poéticas da atriz pernambucana Stephany Metódio.

##RECOMENDA##

O objetivo do show é abrir espaço para vozes negras empoderadas dando-lhes visibilidade e oportunizando a monetização do fazer artístico desses cantores e cantoras. Desde início de novembro, a Ágora se tornou plataforma com sistema próprio, firmando-se como nova modalidade cultural em tempos de distanciamento social. Até agora, foram mais de 100 artistas ajudados através da iniciativa, que chegou a movimentar e destinar R$ 115 mil a classe artística.

Serviço

20 de Novembro

Sexta (20) - 21h

Plataforma de lives Ágora Sonora 

A partir de R$ 20

 

O presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta terça-feira (20), quando se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra, que pretende continuar avançando na construção de um Brasil mais igualitário e sem preconceitos. Em publicação no Twitter, o emedebista também destacou que o dia é para exaltar a contribuição afro-brasileira na história do país.  

“Cabe a cada um de nós, neste 20 de novembro, refletir sobre o espaço dos negros em nossa sociedade. É dia para celebrar a contribuição afro-brasileira. E vamos continuar a avançar na construção de um Brasil mais igual”, salientou Temer.

##RECOMENDA##

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade (54%) da população do Brasil se autodeclara como preta e parda.

Desde 2003, o dia 20 de novembro é dedicado à população negra do Brasil. Nesse mesmo dia, em 1695, morria Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência negra à escravidão durante o período colonial.

A próxima terça (20) será de estreia para os alunos de canto coral da Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Ipojuca. Eles farão seu primeiro concerto oficial no Teatro da Caixa Cultural Recife, homenageando o Dia da Consciência Negra, que é celebrado na mesma data. A apresentação começa às 19h30.

Para a estreia do Coral dos Meninos do Ipojuca foram escolhidos temas que remetem à força da cultura africana e à herança deixada pelo povo negro para a cultura brasileira. O repertório contará com obras compostas por artistas importantes da música nacional como Milton Nascimento e Sandra de Sá, além de músicas populares do continente africano.

##RECOMENDA##

O Coral da Orquestra Criança Cidadã (OCC) Ipojuca é composta por 33 sopranos, 28 contraltos, 23 tenores e 13 baixos. A OCC é um projeto social gerenciado pela Associação Beneficente Criança Cidadã e patrocinado pela Prefeitura do Ipojuca.

Serviço

Coral dos Meninos do Ipojuca na Caixa Cultural Recife, em homenagem ao Dia da Consciência Negra

Terça (20) | 19h30

Caixa Cultural Recife (Av. Alfredo Lisboa, 505 - Praça do Marco Zero, Bairro do Recife)

Gratuito

No país da miscigenação, o dia da Consciência Negra é celebrado há nove anos para falar sobre a importância da inclusão do negro e resgatar a história daqueles vindos de África, que aqui foram escravizados. O dia 20 de novembro, não por coincidência, homenageia o líder do Quilombo dos Palmares, morto por causa de sua resistência e luta contra a escravidão instituída na Capitania Pernambucana e no Brasil. Em 2017, celebram-se os 322 anos de morte de Zumbi dos Palmares, responsável, junto com Dandara e tantos outros negros, pela libertação dos escravizados.

“Desde o primeiro negro que foi traficado em África, até os dias de hoje, a palavra que marca a caminhada deste povo no Brasil é resistência, frente toda negação de direitos e qualidade de vida”, é o que diz Valdenice Raimundo, coordenadora do Núcleo de Estudos Afrobrasileiro e Indígena da Universidade Católica de Pernambuco. A professora complementa dizendo que “existe também um espaço de conquista. A exemplo de Zumbi, a gente continua acreditando numa sociedade em que seremos respeitados e reconhecidos não pelo samba e futebol, mas por estarmos na universidade, na ciência, por todos os espaços que estamos ocupando”, afirmou.

##RECOMENDA##

No entanto, mesmo ocupando todos esses lugares que antes não era possível por falta de políticas públicas e oportunidades, a real situação do povo negro parece não ter mudado muito. Ao que os indicadores mostram, apenas a “liberdade plena” do indivíduo, uma luta travada na época de Zumbi, foi uma conquista real. O extermínio dessa parte da população parece que persiste ao tempo.

Segundo o Instituto de pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de cada 100 pessoas que sofrem homicídio no Brasil, 71 delas são negras. Jovens e negros do sexo masculino são os que mais continuam sendo assassinados todos os anos, como se vivessem em situação de guerra. Na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas horas no Brasil, de acordo com o estudo.

Quando separada as mortes por arma de fogo, que representa maior parte dos assassinatos de pessoas negras no Brasil, com dados do Mapa da Violência, os números continuam assustadores. Segundo publicado, no ano de 2003 foram cometidos 13.224 homicídios por arma de fogo contra a população branca; em 2014 esse número diminuiu para 9.766, o que representa uma queda de 26,1%.

Em contrapartida, o número de vítimas negras passa de 20.291, em 2003, para 29.813, em 2014, um aumento de 46,9%. Em Pernambuco, a chance de um jovem negro ser assassinado é 11,5 vezes maior que a de um branco da mesma faixa etária. O grupo Gente Preta fez um vídeo que ajuda a entender os números sobre a desigualdade racial no Brasil.

Desumanização da população preta e a contínua resistência

“Isso é um resquício da escravidão negra no Brasil. É um segmento da raça humana que ficou subordinada aos dominadores (brancos) por mais de 500 anos. Durante muito tempo houve uma desumanização da população preta e parda, e essas posturas se mantém até hoje. Só para fazer um comparativo, a morte de uma criança preta, pobre e da periferia, que ocorre por conta da incursão da polícia na favela, não causa uma comoção como geraria se o mesmo acontecesse num bairro nobre”, comentou o advogado Humberto Adami. Ele foi um dos responsáveis pela sustentação oral no Supremo Tribunal Federal para a implementação das cotas raciais.

[@#galeria#@]

Organizações como o coletivo Cara Preta tentam - através do empoderamento da juventude negra - mudar o que está posto. “A luta contra o genocídio dos jovens negros é nossa maior dificuldade. A juventude negra está escancarada. Nós do coletivo tentamos trabalhar na questão da intervenção de políticas públicas, esperando do Estado uma conversa com a juventude negra. Nada de nós sem nós. A gente entende que para se construir essas políticas o Estado tem que sentar com os coletivos e com aqueles que estão sendo mais atingidos”, reiterou Suzana Santos, universitária e integrante do Cara Preta.

Jardel Araújo, também integrante do coletivo, trouxe uma discussão que nem sempre é lembrada pela população: para ele, existem várias formas de "genocídio". “Não é só a ‘morte morrida’ ou a ‘morte matada’. O silenciamento do jovem preto pra gente também é uma forma de genocídio. As chances que não são dadas, o não acesso à educação, ao lazer, a saúde (de qualidade) também são formas de extermínio. São mortes sociais que fazem com que a gente perceba. E dói muito”, pontuou.

Violência e desigualdade

Esse caráter discriminatório que vítimiza proporcionalmente mais a juventude negra, também foi documentado no estudo “Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade”. Neste trabalho, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública incorporou um indicador de desigualdade racial ao indicador sintético de vulnerabilidade à violência dos jovens (mortalidade por homicídios, por acidente de trânsito, frequência à escola e situação de emprego, pobreza e desigualdade).

Foi constatado que em todas as Unidades da Federação, com exceção do Paraná, os negros com idade entre 12 e 29 anos apresentaram mais risco de exposição à violência que os brancos na mesma faixa etária. Mesmo o país vivendo, até o ano de 2015, um de seus melhores momentos econômicos e de condição de vida, o Brasil continuou sendo um país extremamente desigual.O perfil típico das vítimas fatais permanece o mesmo: homens, jovens, negros e com baixa escolaridade. Segundo pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Senado Federal, 56% da população brasileira concorda com a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco”. 

Com relação à questão salarial, a renda média de homens brancos com ensino superior é de R$ R$ 6.702. Este quantitativo é 29% maior que a de homens negros com ensino superior, que recebem algo em torno de R$ 4.810. Já a renda média de mulheres brancas com ensino superior, gira em R$ 3.981, é 27% maior que a de mulheres negras, com a mesma qualificação profissional, recebendo R$ R$ 2.918. Quando analisados os que ganham salários acima de R$ 10 mil, a disparidade persiste. A pesquisa aponta que entre aqueles que ganham mais de R$ 10 mil por mês, 81% são “não negros” e apenas 19% são “negros”.

Neste 20 de Novembro há o que se comemorar?

“Eu sou otimista. É sempre bom lembrar que muitas pessoas sofreram para que tanto 13 de maio (abolição da escravidão), quanto 20 de novembro ocorressem no Brasil. Muitas foram as vidas poupadas após as realizações dessas datas. Eu penso que há sempre o que comemorar. Temos a lei de cotas, o feriado de Zumbi dos Palmares, que funciona em alguns lugares e outras possibilidades de luta, como a luta do povo de terreiro. O dia da Consciência Negra é um dia de renovação das forças para continuar as lutas”, finalizou Humberto Adami, que também é mestre em direito e Presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra do Brasil. 

[@#video#@]

Fumaça, Grafite, Negueba, Nêgo Pai, Petróleo, Pantera, Negueti, Negrete, Escurinho, Chôco, Somália. A lista de jogadores de futebol negros que levaram no nome a própria  cor é extensa. Há quem julgue tais nomenclaturas como algo pejorativo e existe quem defenda que isto já faz parte da cultura do esporte.

Se um jovem atleta de pele escura mostra uma maior desenvoltura com a bola no pé já lhe é dada a alcunha de Pelezinho. Mas até onde denominações para jogadores negros podem ser consideradas preconceito? Algumas podem ter alguma conotação de carinho?

Não lembro dos nomes que abrem esse texto terem alguma vez reclamado por serem chamados pelo apelido. Grafite protagonizou um caso de racismo quando foi chamado de macaco pelo argentino Desábato durante uma partida da Libertadores de 2005. Nesse caso a ofensa nada tem a ver com um vulgo.

Em tempos de jogadores de nomes compostos desde as categorias de base, é cada vez mais raro encontrar estas denominações. Talvez no futuro até sumam e deixemos de ter Neguebas e teremos apenas Guilhermes Ferreiras. Quem dera que os problemas de preconceito no futebol fossem apenas por conta dos apelidos.

Para Copa do Mundo de 2018, que será realizada na Rússia, país com graves problemas de aceitação racial, onde jogadores são recepcionados com bananas e gritos que imitam primatas, um grupo de atletas negros planeja boicotar a competição.

20 de novembro é dia de celebrar grandes atletas negros (Ali, Jordan, Tyson, Silva, Pelé, Bolt) e cada vez mais refletir como pequenos gestos e grandes manifestações ainda trazem um preconceito cultural que ainda demorará um tempo para ter um final.

3 dentro

- Patrick. Lateral,tantas vezes criticado pela torcida, vem sendo um das principais peças do Sport na reta final da Série B.

- Robinho. Agradou nos dois últimos amistosos da seleção brasileira em 2013 e pode ter conseguido vaga na Copa do ano que vem nos instantes finais.

- França. Seleção francesa conseguiu reverter o placar negativo da primeira partida repescagem e garantiu vaga na Copa. Todos os campeões mundiais estarão no Brasil em 2014.

3 fora

- Dênis Marques. Mais uma vez o jogador tem regalias da diretoria coral e foi dispensado do treino para ir à Maceió. Em Alagoras tem quem garanta que ele irá para o CRB em 2014.

- Ingressos no Arruda. A fase é boa e a maior parte da renda do clube vem das arquibancadas, mas colocar ingressos a R$ 70 é muito para o torcedor tricolor.

- Ibrahimovic. Em grande fase no PSG, mas de fora da Copa do Mundo o jogador foi arrogante ao declarar que um mundial sem ele não valeria a pena. Menos.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando