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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (24) a prorrogação, por 15 dias, das tarifas atuais aplicadas pela Cemig, distribuidora que atende cerca de 8,8 milhões de unidades consumidoras em Minas Gerais. Com a decisão, o reajuste que deveria valer a partir de 28 de maio foi adiado para a aplicação de medidas que possam amenizar os efeitos nas contas de luz.

A decisão acontece em meio a pressão do Congresso Nacional pela aplicação de medidas para atenuar os preços da energia e após o governo federal informar à agência, por meio de ofício em 23 de maio, que o aporte inicial de R$ 5 bilhões da privatização da Eletrobras para mitigar os valores das tarifas, por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), deve ocorrer até o final de julho.

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Em seu voto, o relator do processo, o diretor Sandoval Feitosa, afirmou que a agência reguladora tem mantido diálogo com os Poderes Executivo e Legislativo para avaliar todas as alternativas, que respeitem os contratos, para mitigar os reajustes. Mas, segundo ele, a viabilidade de aplicação das medidas "exige um tempo adicional", devido às suas complexidades.

Nesse sentido, ele afirma que, caso mantivesse o reajuste da distribuidora em 28 de maio, não seria possível considerar o impacto do aporte da privatização da Eletrobras na CDE. A empresa também propôs a reversão de R$ 1,264 bilhão em créditos tributários para abater nas tarifas.[DA ELETROBRA]

Nos últimos dois anos, os clientes residenciais atendidos pela Cemig não tiveram aumentos na conta de luz. A articulação para isso foi costurada com a diretoria da agência reguladora por parlamentares, que chegaram a se manifestar durante a análise do processo. Entre eles, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Assim como em 2020, o senador pediu à Aneel no ano passado que considerasse créditos tributários de PIS/Cofins pagos a mais pelos consumidores para mitigar os efeitos dos reajustes.

Bandeira tarifária para cenários extremos

A exemplo da bandeira escassez hídrica, criada pelo governo durante a seca nos reservatórios das hidrelétricas no ano passado, a Enel e a Neoenergia sugeriram à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a criação, de maneira permanente, de uma bandeira tarifária para situações extremas. A proposta foi encaminhada em consulta pública da agência que discute a revisão dos valores das bandeiras tarifárias.

Ela prevê aumentos superiores a 50% nos valores das bandeiras tarifárias amarela e vermelha 1. Além disso, a nova bandeira (uma espécie de bandeira vermelha 3 ou preta) incorporaria nos cálculos todos os cenários de escassez de chuvas que o País registrou nos últimos anos. A norma atual considera 95% dos cenários e despreza os 5% piores. A Enel diz que diversos institutos de pesquisa sinalizam que eventos extremos ficarão cada vez mais frequentes, devido ao aquecimento global.

De acordo com a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), que apoia a mudança, a opção de não cobrir os 5% dos cenários mais secos contribuiu para formação de déficits financeiros, e consequentes políticas de socorro às distribuidoras, com empréstimos pagos pelos consumidores com incidência de juros.

"Ao excluir esses 5% dos períodos mais secos, estabelece uma bandeira vermelha patamar dois em um valor insuficiente para cobrir os custos. Na contribuição apontamos, pelo menos, quatro períodos em que esse descolamento foi muito grande", declarou Ricardo Brandão, diretor de regulação da Abradee.

Criado pela Aneel 2015, o sistema prevê as bandeiras verde (sem cobrança adicional), amarela, vermelha 1 e vermelha 2, que são acionadas a depender das condições de geração de energia elétrica no País. Com a crise hídrica, foi criada, por meio da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), a bandeira escassez hídrica, com uma cobrança mais alta.

O País registrou 773 acidentes na rede elétrica no ano passado, que resultaram na morte de 240 pessoas. Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 24, pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Em relação a 2015, houve estabilidade na quantidade de acidentes (780) e uma queda de 9% no número de mortes (263).

Do total de mortes registradas, as distribuidoras informaram que 126 delas ocorreram em cinco situações específicas: construção e manutenção predial, com 80 mortes; ligações elétricas clandestinas (20); podas de árvore (13); instalação de antenas de TV (8); e brincadeiras de empinar pipa (8).

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Em relação a 2015, o número de mortes nessas cinco situações foi o mesmo, de 126, mas, neste ano, houve crescimento nas mortes envolvendo construção e manutenção predial, de 75 em 2015 para 80 em 2016, e podas de árvores, de 9 para 13.

O presidente da Abradee, Nelson Leite, disse que uma das principais preocupações das empresas é justamente a construção civil informal. "Com o aumento do número de desempregados, temos um aumento na construção civil informal. As pessoas fazem puxadinhos e aí temos acidentes", afirmou Leite.

Esse será um dos focos da campanha 11ª semana nacional de segurança e campanha de uso consciente de energia elétrica. Outra preocupação, disse o executivo, é com a troca de antenas, devido à necessidade de adaptação do sinal analógico para a TV digital. Segundo Leite, as empresas já têm verificado aumento no número de acidentes envolvendo instalação de antenas.

Desde 2008, foram registradas 1.244 mortes nas redes elétricas de todo o País nessas cinco situações mapeadas pelas empresas. A maioria ocorreu na construção civil, com 669 mortes; 271 estavam relacionadas a ligações clandestinas; 134 a instalação de antenas; 113 a podas de árvore; e 57 a pipas.

Em relação a 2001, ano em que a Abradee começou a fazer a campanha, houve queda de 26% no número de acidentes e de 37% no número de mortes. Nesse período, de acordo com a associação, 15 milhões de pessoas passaram a ter acesso ao serviço de energia elétrica e a extensão das redes elétricas no País dobrou, de 2 milhões de quilômetros em 2001 para 4 milhões de quilômetros em 2016.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, afirmou nesta quarta-feira (18) que o terceiro empréstimo bancário negociado para atender às necessidades das distribuidoras de energia já está definido. A operação de R$ 3,1 bilhões depende apenas de uma ratificação, que deve ocorrer em assembleia da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) a ser realizada no próximo dia 25 de março. O presidente da Abradee participa hoje do seminário "A Energia na Cidade do Futuro - Visão 2030", promovido pela CPFL Energia.

Além das condições do novo empréstimo, deve ser definido o alongamento do prazo para a devolução do montante, de 24 para 54 meses. "Com isso haverá redução do impacto tarifário", explica Leite. Com o prazo expandido, a incorporação de recursos adicionais à tarifa das distribuidoras ocorrerá em quatro anos e meio, e não mais em dois anos como havia sido negociado anteriormente.

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Além dos R$ 3,1 bilhões referentes a essa terceira tranche dos empréstimos bancários ao setor elétrico, as distribuidoras já contraíram R$ 17,8 bilhões em empréstimos costurados pelo governo federal com bancos ainda em 2014.

Os recursos são utilizados para que as empresas do setor de distribuição que ficaram expostas ao mercado de curto prazo no ano passado tenham recursos para honrar os compromissos no período anterior à adoção do reajuste anual tarifário de cada empresa. O montante de R$ 3,1 bilhões equivale às despesas das distribuidoras com operações realizadas entre os meses de novembro e dezembro de 2014.

Renovação das concessões

Leite também afirmou que a qualidade do serviço prestado e o plano de investimentos das empresas devem ser dois fatores determinantes no processo de renovação das concessões das distribuidoras de energia. Por isso, ele destaca que a saúde financeira das concessionárias e a sustentabilidade do negócio de distribuição devem ser analisados pelo governo federal.

"Incluímos em um documento enviado ao Ministério de Minas e Energia algumas sugestões, e acreditamos que a questão da qualidade (do serviço) passa por uma boa saúde financeira de distribuidoras. Afinal, para que tenhamos qualidade, é necessário que haja um plano de investimentos e modernização de ativos", destacou Leite.

A sustentabilidade do negócio de distribuição, ressalta Leite, passa pelo processo de revisão tarifária das empresas. Neste ano, por exemplo, a revisão tarifária deve alterar as premissas de rentabilidade das operações da AES Eletropaulo, distribuidora de energia que atende a capital paulista e a região Metropolitana de São Paulo.

Leite também comentou hoje sobre a possibilidade de o governo propor uma outorga no processo de renovação das concessões. A alternativa, contudo, é vista com ressalvas pela Abradee. "Acho muito difícil que haja uma renovação onerosa, porque isso teria que ir para a tarifa", alertou. O modelo do sistema elétrico brasileiro prevê que o aumento de custos das empresas de distribuição seja repassado para as tarifas. Por isso, um eventual pagamento de outorga recairia, futuramente, nas tarifas dos consumidores.

Após reunião com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, disse que o consumidor brasileiro deve sentir no bolso as novas e mais pesadas tarifas de eletricidade a partir das contas de luz do mês de março.

O executivo lembrou que, no próximo dia 20 de janeiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abrirá consulta sobre os critérios para o reajuste extraordinário das tarifas, que deve ocorrer em fevereiro.

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"A conta de luz de março já trará os novos valores. Cada empresa apresentará um pedido de reajuste, baseado nos critérios que devem ser aprovados agora em janeiro. Será um porcentual diferente para cada distribuidor", disse Leite.

Segundo o presidente da Abradee, todas as empresas do setor deverão apresentar pedidos de reajuste extraordinário. Ele ponderou, no entanto, que as companhias que tenham reajuste anual marcado já para fevereiro não precisarão de um reajuste extra, pois os valores que serão incorporados às contas de luz entrarão no processo tarifário dessas empresas.

De acordo com Nelson Leite, nenhum subsídio bancado pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) será extinto. Ele citou subvenções para consumidores de baixa renda, para consumidores rurais que usam energia para irrigação e o programa "Luz para Todos".

"O que muda é a forma de financiamento da CDE. Os aportes, que antes vinham de outras fontes, como Tesouro, agora serão inteiramente financiados pelos consumidores. O setor de distribuição voltará a ser autossustentável e restabelecerá sua capacidade de investimento", completou.

Questionado se o fim dos aportes do Tesouro ao setor elétrico e o consequente repasse desse custo para os consumidores foi uma vitória do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente da Abradee se esquivou e disse não haver um ganhador único nessa disputa. "O setor elétrico brasileiro é que ganhou sustentabilidade", concluiu.

Os puxadinhos e os gatos foram a causa da maioria dos acidentes com morte na rede elétrica no ano passado. A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) contabilizou 317 mortes em 2013, o maior número desde 2008, quando 329 óbitos foram registrados. Desse total de 317 mortes, 101 foram registradas em ocorrências de construção e manutenção predial e 41 em casos de ligação clandestina.

De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Leite, a maioria dos acidentes ocorre em obras da construção civil informal, principalmente nas periferias das cidades, os chamados "puxadinhos". Também foram mencionados acidentes com obras de reforma, pintura e instalação de painéis e placas em estabelecimentos comerciais.

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As ligações elétricas clandestinas, conhecidas como gatos, também são mais frequentes nas periferias, principalmente em áreas de invasão e proteção ambiental. Depois dos puxadinhos e gatos, destacam-se as mortes relacionadas a incidentes envolvendo poda de árvore, com 16 casos, instalação de antenas de TV, com 13, e pipas, com 12. Para diminuir o número de ocorrências, a Abradee lançou a 9ª Semana Nacional da Segurança da População com Energia Elétrica, com anúncios publicitários e dicas sobre prevenção na conta de luz dos consumidores.

Em 2012, a Abradee informou a ocorrência de 830 acidentes, com 297 mortes. Segundo a associação, há uma queda na taxa média de mortes de 1,5% ao ano desde 2001, quando foram registradas 381 mortes. Entre 2007 e 2013, foram registradas 310 mortes por ligação clandestina. Segundo a Abradee, 32% delas ocorreram na Região Norte, que atende apenas 8% da população. Em contrapartida, 19% dos óbitos ocorreram no Sudeste, que atende 42% da população.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, disse nesta quinta-feira, 07, que os R$ 600 milhões que a usina de Santo Antônio deve ao setor de distribuição correspondem à eletricidade não entregue pelo empreendimento desde o seu prazo original para início de operação e previu que essa conta pode chegar a R$ 900 milhões até o fim de 2014.

Segundo ele, como esse valor reduz a exposição das companhias de distribuição ao mercado de curto prazo, esse "alívio" nas contas do setor abre espaço para que o empréstimo de R$ 6,5 bilhões negociado pelo governo possa cobrir também o risco hidrológico das distribuidoras.

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Na última terça-feira, 05, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu duas liminares de Santo Antônio que desobrigavam a usina a pagar pela energia não entregue desde o prazo original para sua entrada em funcionamento. Acumulados, esse valores somam cerca de R$ 600 milhões, que deverão ser pagos nas próxima liquidações do setor elétrico.

"É uma boa notícia e acredito que essa folga será muito importante em um momento no qual estamos negociando com o governo a cobertura do risco hidrológico, que não está contemplada no modelo atual do empréstimo", avaliou Leite. Atualmente, o financiamento pode ser usado apenas para pagar a exposição das empresas ao mercado de curto prazo e o gasto com a compra de energia térmica.

De acordo com Leite, a estimativa para conta do risco hidrológico das distribuidoras até o fim do ano é de quase R$ 1,8 bilhão. O valor corresponde à diferença entre a garantia física e a energia gerada pelas usinas que entraram no regime de cotas a partir do pacote de renovação antecipada das concessões. O risco, que era desses geradores, passou para os consumidores por meio das distribuidoras. "Com os R$ 900 milhões de Santo Antônio já é possível cobrir metade desse montante. Negociamos para que o resto venha da Conta de Energia de Reserva (Coner)", completou o executivo.

Leite avaliou ainda que a alta do preço da energia no mercado de curto prazo (PLD) na última semana - que chegou perto do teto - foi apenas um "soluço" dentro da alta volatilidade desse custo. "O PLD é muito volátil, mas estamos mais otimistas hoje do que estávamos há três meses. A tendência é de baixa na medida em que nos aproximamos do período chuvoso", concluiu.

A proximidade da confirmação de um novo empréstimo para o setor elétrico no valor de R$ 6,5 bilhões traz alívio às empresas de distribuição de eletricidade, avaliou nesta terça-feira (22) o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite. Segundo ele, novas simulações que têm sido feitas pela entidade apontam que o montante pode ser suficiente para cobrir a exposição remanescente do segmento ao mercado de energia à vista, além do gasto com o despacho de usinas térmicas.

"Ainda não temos os detalhes da operação, mas a confirmação de que o valor negociado com os bancos é de R$ 6,5 bilhões já é algo que permite à empresas trabalharem até o fim deste ano", disse Leite em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, confirmou na manhã de hoje que esse é o valor que o governo busca viabilizar com o pool de bancos que já concedeu um empréstimo de R$ 11,2 bilhões ao setor este ano. Segundo apurou o Broadcast, o BNDES - que não participou do primeiro financiamento - dessa vez seria responsável por quase a metade do novo crédito, liberando R$ 3 bilhões.

Para Leite, a conta até o final do ano é menor que o rombo registrado no primeiro quadrimestre - que consumiu a totalidade do empréstimo de R$ 11,2 bilhões - porque a exposição das empresas e o preço da energia no mercado à vista (PLD) têm sido decrescentes. "O PLD caiu em relação ao começo do ano, embora tenha aumentado um pouco novamente nas última semanas", observou.

Em maio, em outra entrevista ao Broadcast, o executivo chegou a calcular uma necessidade de cerca de R$ 7,8 bilhões para o período. "O que nós simulávamos realmente era um pouco maior, mas essa conta é muito sensível às variações de preço do PLD e à necessidade de se despachar as usinas térmicas no segundo semestre. E ainda há a questão do risco hidrológico que não está contemplada pelo decreto que autorizou a tomada dos empréstimos", explicou, justificando a diferença entre os valores.

Leite disse ainda não acreditar que possa haver qualquer problema para que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) - que faz a ponte entre os bancos e as empresas de energia - assine os contratos do novo empréstimo. Quando o primeiro crédito de R$ 11,2 bilhões foi fechado, três dos cinco membros do conselho da entidade renunciaram a seus cargos alegando motivos pessoais. "Acredito que não haja nenhum tipo de desconforto dessa vez, mesmo porque os novos conselheiros assumiram as cadeiras já sabendo das condições desse tipo de operação", completou.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Fonseca Leite, disse que o resultado do leilão de energia velha A-0 será decisivo para determinar se o empréstimo de R$ 11,2 bilhões a ser realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) será suficiente para garantir a saúde financeira do setor de distribuição. "Vai depender da quantidade de energia contratada e do preço", afirmou o executivo, em evento organizado pela Abradee e pela Enel Foundation.

O leilão A-0 tem como objetivo eliminar (ou reduzir) a exposição involuntária das distribuidoras ao mercado de curto prazo, hoje em torno de 3,2 mil MW médios. Isso obriga as concessionárias a comprar energia pagando R$ 822,23/MWh, o preço máximo no mercado spot. O problema é que o valor reconhecido em tarifa é de R$ 110/MWh, diferença essa que tem consumido o caixa disponível das distribuidoras, já pressionado pelo alto custo das térmicas.

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De acordo com Fonseca Leite, o resultado do leilão A-0 permitirá que o setor calcule de maneira precisa os custos adicionais não reconhecidos nas tarifas até o final do ano. A partir disso, será possível comparar se o empréstimo de R$ 11,2 bilhões da CCEE será suficiente ou se as distribuidoras precisarão de mais recursos para garantir o equilíbrio econômico-financeiro do setor.

Inicialmente, o governo estimava que o empréstimo da CCEE seria de R$ 8 bilhões, mas na terça-feira, 8, o Ministério da Fazenda anunciou que a operação será de R$ 11,2 bilhões, cujos recursos serão captados de 13 bancos, entre públicos e privados. O presidente da Abradee afirmou que o aumento no valor total da operação não surpreendeu a Abradee e suas associadas.

"Como parte dos R$ 4 bilhões do Tesouro foi destinada para reduzir o valor da conta da CDE, era necessário aumentar o valor da parcela dos bancos", justificou o executivo. Dos R$ 4 bilhões a serem aportados pelo Tesouro no setor, R$ 2,8 bilhões foram injetados na CDE para reduzir o déficit no encargo, estimado em R$ 5,6 bilhões em 2014 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Anteriormente, esse déficit seria coberto pelas tarifas, mas o governo percebeu que isso contribuiria para elevados reajustes tarifários este ano.

Segundo Fonseca Leite, a decisão de reduzir o déficit da CDE com o aporte do Tesouro e, consequentemente, diminuir o tamanho da cota a ser cobrada das distribuidoras foi bastante sensata. Isso porque as distribuidoras estão sendo muito impactadas por uma série de custos não gerenciáveis que não estão devidamente reconhecidos nas tarifas de energia vigentes.

"As tarifas já estão carregando uma série de custos adicionais, como o dólar de Itaipu e o preço mais alto da energia contratada no leilão A-1 em 2013", afirmou. O executivo explicou que, no leilão A-1 do ano passado, as empresas compraram energia a R$ 177/MWh, na média, enquanto o valor reconhecido é de R$ 110/MWh. "Nas novas tarifas, tem de ser reconhecido esse novo preço de R$ 177/MWh, e o que a distribuidora já pagou de janeiro até hoje precisa também ser reconhecido", argumentou.

A nota publicada anteriormente continha incorreções em relação às casas decimais utilizadas para informar as taxas de energia cobradas no Brasil e no exterior informadas pela Abradee. Segue a nota com os valores corretos.

A tarifa de energia residencial no Brasil, descontados os impostos, passou a ser a quarta mais barata entre 18 países, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia (Abradee). Após a medida provisória 579, que prorrogou as concessões de geração e transmissão de energia elétrica e reduziu os encargos setoriais, a tarifa média passou para US$ 149/kWh. Antes, o Brasil estava na 12ª posição no grupo dos países com energia mais cara, com a cobrança média de US$ 182/kWh. Estão na frente do Brasil os Estados Unidos, a França e a Finlândia.

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O porcentual de cobrança de tributos e encargos na tarifa de energia no Brasil é de 28%, segundo a Abradee. "O Brasil tem alíquota significativa de encargos. Não é das maiores, mas também não é das menores", avaliou o presidente da Abradee, Nelson Leite.

Questionado sobre previsões para o ano que vem, Leite afirmou que o período chuvoso atual é "muito mais favorável que o anterior". A pesquisa leva em conta dados de 2012 de todos os países. No caso do Brasil, entretanto, também considera os dados após a revisão tarifária em 2013.

Indústria

Em relação à tarifa da indústria, o Brasil deixou de ser o quinto País, entre os 18 pesquisados, com o maior custo de tarifa industrial sem impostos, e passou a ser a ser o oitavo país com menor custo de tarifa de energia elétrica industrial, descontados os impostos.

Preços melhores que os brasileiros foram observados nos Estados Unidos, Finlândia, Noruega, Suécia, França, Holanda e Dinamarca. Antes da revisão tarifária no Brasil, com a MP 579, o País cobrava uma média de US$ 139/kWh. Após a mudança, a média passou para US$ 113/kWh. Os Estados Unidos, que tem a energia mais barata entre os 18 países pesquisados, cobra US$ 65/kWh. O presidente da Abradee atribui essa diferença à política industrial dos norte-americanos e ao uso do shale gas (gás de xisto ou gás de folheto) naquele país.

O pacote de redução dos custos de energia elétrica, somado ao resultado do terceiro ciclo de revisão tarifária das distribuidoras, deve gerar queda média de aproximadamente 26% nas tarifas aos consumidores, segundo o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite.

Segundo estudo da Abradee, 20% da redução de custos deve vir das medidas que o governo anunciou no dia 11 de setembro, que incluem a diminuição de encargos setoriais e a renovação das concessões de geração e transmissão de energia. Outros 6% devem vir da redução da componente tarifária de distribuição, que também terá impacto nas tarifas finais dos consumidores.

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Concessões

Leite afirmou ainda que, dentro desse cenário, a tendência para as empresas de distribuição é aceitar as condições apresentadas pelo governo e renovar as concessões que vencem entre 2015 e 2017.

Entre as empresas de geração e transmissão, ainda há dúvidas sobre se a melhor alternativa é aceitar as condições para renovar as concessões ou deixar que os contratos vençam, aproveitando, até o prazo final, tarifas mais elevadas. "Mas entre as distribuidoras, não há maiores questionamentos", afirmou.

O Ministério de Minas e Energia adiou para dezembro a realização dos leilões de compra de energia A-3 e A-5, previstos anteriormente para outubro, a pedido da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). A entidade pediu um prazo maior para que suas associadas façam as declarações de necessidade.

O leilão A-3, para início de suprimento de energia elétrica a partir de 1º de abril de 2015, seria realizado em 11 de outubro e foi adiado para 12 de dezembro. Já o leilão A-5, para início de suprimento de energia elétrica a partir de 1º de janeiro de 2017, seria realizado em 25 de outubro e foi postergado para 14 de dezembro.

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Duas razões motivaram o pedido da Abradee. O presidente da entidade, Nelson Leite, explicou que, a partir da Medida Provisória 579, as usinas cujas concessões vencem a partir de 2015, se aceitarem as condições propostas pelo governo para renovação, terão de fornecer energia por cotas direcionadas exclusivamente para o mercado regulado a partir de 1º de janeiro - diferentemente do que ocorre hoje, em que o fornecimento de energia para o mercado livre é permitido.

"As distribuidoras vão receber mais energia, mas como ainda não temos uma estimativa desse montante, pedimos mais prazo para avaliar essa questão", explicou. As geradoras terão de manifestar interesse em renovar ou não as concessões até 15 de outubro. A assinatura dos contratos de renovação deve ocorrer até 4 de dezembro. Somente depois desse processo as distribuidoras saberão suas necessidades de energia. "Pode haver casos de distribuidoras que, ao receber as cotas, não precisarão participar dos leilões A-3 e A-5", afirmou Leite. Segundo ele, 27 das 63 distribuidoras representadas pela Abradee atualmente estão sobrecontratadas.

O executivo lembrou ainda que o imbróglio a respeito das usinas da Bertin e da Multiner continua - os grupos comercializaram energia nos leilões A-3 e A-5 de 2008, mas parte dos empreendimentos está com o cronograma atrasado e outras nem sequer serão construídas. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda não conseguiu cassar as outorgas de algumas dessas usinas. "Enquanto isso não ocorrer, ainda não estamos livres dos contratos, embora não contemos mais com essa energia", afirmou.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, afirmou nesta segunda-feira que a eliminação de três encargos que incidem sobre a conta de luz e a mudança na forma de cobrança do PIS/Cofins devem gerar uma redução de custo de 10% aos consumidores.

Segundo Leite, essa diminuição de 10% seria decorrente do fim da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), da Reserva Global de Reversão (RGR) e da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A eliminação desses encargos é uma proposta do governo ainda em estudo. Além disso, a redução na conta de luz viria da mudança da incidência do PIS/Cofins, que voltaria a ser cumulativa.

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O executivo lembrou ainda que essa diminuição geraria uma queda na arrecadação dos Estados com o ICMS. Como o imposto incide sobre o total da conta, em uma conta de R$ 100, com a redução de 10%, o ICMS passaria a incidir sobre uma conta de R$ 90, resultando em menor arrecadação estadual.

O índice de satisfação dos consumidores com os serviços prestados pelas distribuidoras de energia elétrica aumentou para 78,2% em 2012, ante 76,7% no ano passado, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee).

Por região, os consumidores do Sul apresentaram o maior grau de satisfação, de 85,4%, ante 84,6% no ano passado. No Sudeste, 79,8% dos consumidores disseram estar satisfeitos, contra 76,9% em 2012; no Nordeste, o grau de satisfação foi de 77,2%, ante 76,2% no ano anterior; e no Norte e Centro-Oeste, o grau de satisfação caiu para 66%, ante 68,2% em 2011.

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De acordo com o presidente da Abradee, Nelson Leite, há oito anos o grau de satisfação com as distribuidoras de energia se mantém em patamar estável. A pesquisa não informou o grau de satisfação dos consumidores por empresa.

Esta é a 14ª edição da pesquisa, feita pelo Instituto Innovare. O levantamento foi realizado entre os dias 25 de fevereiro e 8 de abril, com 25 mil entrevistas em 920 municípios e 26 Estados do País (exceto o Amapá, cuja distribuidora não integra a Abradee). A margem de erro é de 1,3 ponto porcentual, para mais ou para menos.

C

 

A partir desta terça-feira (8) até a próxima quinta-feira (10) será realizada a VI Semana Nacional de Segurança com Energia Elétrica.  A iniciativa é da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e acontece das 9h às 17h, no Parque Treze de Maio. O objetivo da campanha é orientar a população sobre o uso adequado da energia e, dessa forma, evitar acidentes.

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As orientações serão focadas em quatro temas: instalação de antenas de TV, brincadeiras com pipas, furto de energia e reformas ou construção de imóveis. Essas são as atividades que representam maior risco de acidentes, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), parceira da Celpe na ação.

Além das aulas sobre segurança ministradas por especialistas, a Semana de Segurança no Recife ainda contará com apresentação de peças teatrais sobre o uso correto da energia e uma Agência Móvel de Atendimento que prestará serviços como negociação de débitos e emissão de segunda via da fatura.

Doação - A boa notícia é que nos três dias da campanha haverá o cadastramento para doação de 1.000 geladeiras, exclusivamente, aos clientes adimplentes inscritos na Tarifa Social que assistirem a palestras de conscientização.

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