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Os delatores da Operação Lava Jato Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef confirmaram à CPI da Petrobras que houve repasse de recursos provenientes de propina para a campanha de 2010 da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). "O valor foi repassado integralmente para a campanha da senadora. O Alberto efetuou esse pagamento", contou Costa. Segundo os delatores, foi repassado R$ 1 milhão à campanha da petista, com intermediação de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo.

"Quem me fez o pedido para a campanha da Gleisi foi Paulo Roberto Costa e eu fiz o repasse. Reitero o meu depoimento anterior", disse Youssef.

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Mais cedo, Youssef disse não conhecer o ex-ministro Antonio Palocci, mas afirmou que um outro delator ainda vai esclarecer o suposto pedido feito pelo petista por recursos provenientes de propina para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. "Vou me reservar ao silêncio porque existe uma investigação nesse assunto do Palocci e logo vai ser revelado", respondeu.

O doleiro repetiu na CPI da Petrobras que, em seu entendimento, havia conhecimento do Palácio do Planalto sobre o esquema montado na estatal. Costa teria pedido uma "sinalização" ao Planalto sobre mudanças no comando do PP e a continuidade do esquema.

Na primeira pergunta do relator Luiz Sérgio (PT-RJ), o doleiro Alberto Youssef avisou que exercerá o direito de permanecer em silêncio na acareação com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O delator foi questionado sobre quais parlamentares o estariam intimidando. "Vou me reservar ao silêncio por conta do salvo conduto me dado pelo Supremo Tribunal Federal", respondeu Youssef.

O deputado Carlos Marum (PMDB-MS) se revoltou e acusou o Judiciário de "afrontar prerrogativas da CPI". Para o parlamentar, o habeas corpus concedido pelo STF colabora para transformar a CPI em "saco de pancadas". "Estão protegendo quem não deveriam proteger", declarou.

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Youssef, que evita olhar diretamente para os parlamentares, só se dirige ao relator. O doleiro quebrou o silêncio para dizer que não conhece o ex-ministro Antonio Palocci, seu assessor e seu irmão. "Vou me reservar ao silêncio porque existe uma investigação nesse assunto do Palocci e logo vai ser revelado". Apesar de reconhecer que cuidava da contabilidade do esquema, Youssef negou que tenha "arrebanhado recursos" para a campanha presidencial do PT em 2010, o que foi rebatido por Costa. "O repasse houve", disse Costa.

Já o ex-diretor Paulo Roberto Costa lembrou que é a quinta vez que vem ao Parlamento e que ao total prestou 126 depoimentos, todos de domínio público. Costa ressaltou que está passando por graves problemas de saúde. "Estou muito desgastado emocionalmente, mas estou aqui para esclarecer algumas dúvidas", afirmou. Ele, no entanto, avisou que não tem novidades para contar.

Vivendo um processo de esvaziamento, a CPI da Petrobras tenta nesta terça-feira (25) dar uma nova guinada com a acareação entre o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Os delatores da Operação Lava Jato já estão nas dependências da Câmara dos Deputados aguardando o início da audiência, prevista para começar depois das 14h.

A expectativa é que os depoimentos não tragam novos detalhes sobre o esquema de corrupção na Petrobras, apenas confrontem versões sobre como cada um atuou. Mas isso só acontecerá se o doleiro decidir falar aos deputados, já que conseguiu nesta segunda-feira, 24, uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe dá o direito de permanecer calado.

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Youssef e Costa já foram condenados pela Justiça Federal do Paraná. O ex-diretor da Petrobras cumpre pena domiciliar e é monitorado com uma tornozeleira eletrônica. Já Youssef segue em regime fechado.

Essa é a primeira acareação realizada pela CPI da Petrobras. A primeira tentativa de promover o confronto de versões foi inviabilizada após decisão do STF que liberou o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco de participar em julho da acareação com o ex-diretor de Serviços Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Desde então, a comissão focou seus trabalhos em oitivas de testemunhas e investigados acusados pela Operação Lava Jato de envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro. Foram ouvidos doleiros, ex-funcionários do Banco do Brasil, representantes do Banco Central e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para explicar como funciona a fiscalização sobre doleiros e corretoras de câmbio.

Com a baixa produtividade e depoimentos pouco relevantes, parlamentares que compunham a CPI migraram para outras comissões, como as recém-criadas CPI do BNDES e dos Fundos de Pensão. As últimas sessões foram marcadas por plenários quase vazios e oitivas rápidas, já que poucos parlamentares se inscreviam para fazer perguntas aos depoentes.

A acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, marcada para a tarde desta terça-feira (25) na CPI da Petrobras, poderá frustrar os deputados. É que Youssef obteve um liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) que dá a ele o direito de não responder às perguntas dos parlamentares em caso de autoincriminação.

No pedido encaminhado à Corte, os advogados do delator da Operação Lava Jato alegaram que a acareação não era necessária, pois a mesma já tinha sido feita pela Polícia Federal. O ministro Teori Zavascki, que concedeu a liminar, entendeu que, mesmo Youssef tendo feito acordo de delação premiada, não pode ser obrigado a dar provas contra si na CPI. "Agarantia constitucional de não autoincriminação permanece e, portanto, o direito de permanecer em silêncio”, sustentou o ministro.

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O documento também permite que a defesa de Youssef se manifeste durante a sessão e que ele se retire em caso de ofensa.

O colegiado ainda não confirmou se irá cancelar a reunião. Os parlamentares tentaram, em agosto, fazer outra acareação entre o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-gerente da área Pedro Barusco, mas a audiência foi cancelada pelo Supremo Tribunal Federal a pedido de Barusco, que alegou problemas de saúde.

Youssef e Paulo Roberto Costa são os principais delatores da Operação Lava Jato. Os deputados querem esclarecer contradições nas delações premiadas deles. Costa diz, por exemplo, que operacionalizou pagamentos para a campanha de Dilma Rousseff em 2010, atendendo ao pedido do ex-ministro da Fazenda Antonio Pallocci. Yousseff, no entanto, nega.

A CPI da Petrobras reúne-se, nesta terça-feira (25), para a acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Essa será a segunda vez que a comissão tenta colocar os dois frente a frente.

Eles são os principais delatores da Operação Lava Jato. Os deputados querem esclarecer contradições nas delações premiadas deles. Costa diz, por exemplo, que operacionalizou pagamentos para a campanha de Dilma Rousseff em 2010, atendendo ao pedido do ex-ministro da Fazenda Antonio Pallocci. Yousseff, no entanto, nega.

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O colegiado também já tentou fazer uma acareação entre o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-gerente da área Pedro Barusco, mas a audiência foi cancelada pelo Supremo Tribunal Federal a pedido de Barusco, que alegou problemas de saúde.

A CPI também irá se reunir nesta semana para votar novos requerimentos de convocação, como o do ex-ministro José Dirceu que deve ser ouvido na próxima semana em Curitiba, onde está preso.

Na semana em que mais uma fase da Operação Lava Jato foi deflagrada, a CPI da Petrobras retorna aos trabalhos, depois do recesso branco. Dois encontros estão marcados. O mais esperado é o que haverá a acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Eles serão postos frente a frente na quinta-feira (6), às 9h30. Os deputados querem esclarecer contradições nas delações premiadas deles. Costa diz, por exemplo, que operacionalizou pagamentos para a campanha de Dilma Rousseff em 2010, atendendo ao pedido do ex-ministro da Fazenda Antonio Pallocci. Yousseff, no entanto, nega.

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Na quarta (5), às 14h, a CPI ouvirá dois executivos asiáticos que estão à frente de empresas mencionadas como fontes de pagamento de propina na Petrobras. J. W. Kim, da Samsung, e Shinji Tsuchiya, da Mitsui, não são acusados de irregularidades, mas as empresas foram envolvidas pelo ex-representante das duas no Brasil Júlio Camargo. Ele, inclusive, acusa o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ser beneficiário das propinas. Cunha nega e acusa o Ministério Público de pressionar Camargo para fazer tal declaração.

No mesmo dia, também serão ouvidos os delegados de Polícia Federal, José Navas Júnior, Ricardo Hiroshi Ishida e Sérgio de Arruda Costa Macedo; e o agente de Polícia Federal, Sérgio Ramalho Rezende.

 

O pedido de acareação que pode colocar, frente a frente, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo foi protocolado nesta segunda-feira (20) na secretaria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. O colegiado pode decidir a qualquer momento se acata ou não o requerimento da deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) já que, pelo Regimento Interno da Casa, a CPI pode funcionar normalmente durante o recesso parlamentar que só termina em 1º de agosto.

De acordo com assessores, o presidente da CPI Hugo Motta (PMDB-PB) pode convocar sessão para votar o requerimento mas, para a votação ocorrer, é necessária a presença de quorum mínimo de 14 deputados. Para evitar desgastes com risco de reunião esvaziada, a medida depende de levantamento para identificar quantos dos 27 parlamentares que integram o colegiado estariam dispostos a se reunir ainda em julho.

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Um dos delatores do esquema de corrupção na estatal, Júlio Camargo disse, na última semana, que Cunha pediu US$ 5 milhões para viabilizar contrato de navios-sonda da Petrobras e exigiu pagamento de propina ao lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. O depoimento à Justiça Federal do Paraná agravou as relações de Cunha com o Planalto.

O parlamentar negou as informações prestadas por Júlio Camargo de que não tinha feito a denúncia nos depoimentos anteriores e disse que o empresário foi pressionado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que, segundo ele, “atua à serviço do governo” em troca de sua recondução ao cargo. O mandato de Janot na Procuradoria-Geral da República acaba em 17 de setembro e ele pode ser reconduzido ao cargo pela presidenta Dilma Rousseff por mais dois anos, mas precisa passar por nova sabatina no Senado.

Na volta do recesso, a CPI ouve, no dia 4, o presidente da Mitsui, Shinji Tsuchiya, e, no dia 5 de agosto, o presidente da Samsung no Brasil, J. W. Kim. Os dois não compareceram à sessão do último dia 15 quando deveriam prestar depoimento para falar sobre o pagamento de propina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao PMDB, em um contrato de aluguel de sondas celebrado com a Petrobras. Cunha negou que tenha sido o destinatário do dinheiro.

A denúncia foi feita pelo doleiro Alberto Youssef que também será ouvido pelos parlamentares da comissão, durante acareação com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, marcada para o dia 6 de agosto.

Menos de 24 horas após o rompimento político do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo, surgiram as primeiras manifestações práticas de aliados e adversários do peemedebista. Ex-líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS) anunciou que pedirá à CPI da Petrobras uma acareação entre Cunha e o lobista Julio Camargo, que o acusa de pedir US$ 5 milhões por contratos na estatal. De outro lado, o aliado da bancada evangélica Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) pediu a expulsão do atual vice-líder do governo, Sílvio Costa (PSC-PE), de seu partido por ter atacado Eduardo Cunha na sexta-feira.

Ao jornal "O Estado de S. Paulo", o presidente da Câmara reagiu atacando a presidente Dilma e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação). Os três aparecem nas delações do empreiteiro Ricardo Pessoa e do doleiro Alberto Youssef. "Da minha parte, nenhum problema em acarear com quem quer que seja", disse. "Ele (Fontana) deveria aproveitar e, além de requerer essa acareação, deveria também requerer as acareações de Mercadante e Edinho com Ricardo Pessoa e até da Dilma com Youssef, que também falou na sua delação que ela sabia".

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Desafeto de Cunha, Henrique Fontana anunciou que, tão logo volte do recesso, apresentará requerimento à CPI da Petrobras convoque acareação entre o peemedebista e o lobista Julio Camargo, que em sua mais recente delação acusou o presidente da Câmara de pedir US$ 5 milhões de propina por contratos feitos com a estatal.

A proposta ocorre um dia depois de o governo tentar amenizar as declarações de Cunha e de desautorizar o pedido de afastamento de Cunha feito por seu vice-líder Sílvio Costa na Câmara. Fontana disse que o pedido de acareação não foi articulado com o governo nem com o PT. "É uma decisão minha", afirmou.

Para o ex-líder do governo Dilma Rousseff, o requerimento é uma maneira de evitar que Cunha repita o que fez em março, quando foi à CPI apenas para receber elogios de aliados. "Ele deu sinais claros de que pretende usar a institucionalidade da presidência da Câmara para chantagear, atacar e fazer a defesa dele. Isso nós não vamos permitir na medida da força que tivermos", disse Fontana.

Expulsão

Marco Feliciano pediu ao seu partido a expulsão de Sílvio Costa ainda na sexta-feira."Solicito que estude uma medida disciplinar com expulsão do partido contra o deputado Sílvio Costa", disse no documento. Para Feliciano, Costa se comporta de maneira"espetaculosa". "Posição dessa natureza jamais pode ser manifestada individualmente por um parlamentar, contrariando a posição da direção do partido, incorrendo, a meu ver, em infidelidade partidária", argumentou em seu pedido. Cunha negou ter influenciado a solicitação de Feliciano.

Em resposta, Silvio Costa respondeu com uma frase bíblica atribuída à Jesus em sua crucificação. "Já que ele é um homem evangélico, vou responder a ele com uma frase da Bíblia. Perdoa aqueles que não sabem o que fazem", disse, sugerindo que Feliciano "está enganado".

Integrantes da bancada evangélica, da qual Cunha sempre fez parte, deram sinais de apoio ao peemedebista, refutando a tese de isolamento do presidente da Câmara defendida pelos governistas. "Nesse momento me solidarizo com o deputado Eduardo Cunha, que, pelo seu passado de lutas, em décadas de serviços prestados à Nação galgando os mais altos postos da República sem nunca ter seu nome manchado ou envolvido em qualquer ato que o desabonasse", afirmou Feliciano em nota.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) também se disse solidário. Segundo o parlamentar, que também é pastor e comanda a comissão especial que discute o conceito de família, Cunha mantém apoio de bancadas conservadoras como a evangélica. "O governo não tem interlocução nenhuma. É ruim de política. A tendência é piorar cada vez mais. Este vai ser um agosto infernal", afirmou.

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, se colocou à disposição dos deputados para fazer uma acareação com o doleiro Alberto Youssef, que o acusa de receber dinheiro de propina para abastecer o partido. A informação foi repassada pelo advogado do tesoureiro, Luiz Flávio D'Urso, ao final da sessão, no início da noite desta quinta-feira, 9.

"Foi ele mesmo que falou. Ele está à disposição, desde o início, das autoridades. Se essa for a orientação da Casa, ele vai comparecer sem problema algum", afirmou o advogado.

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D'Urso disse que seu cliente respondeu a todas as perguntas, apesar de ter obtido no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar calado. "Ele compareceu mesmo tendo direito de ficar calado, respondeu a todas as indagações", disse o advogado. "Ele veio e respondeu a todas as perguntas, as mesmas respostas que ele levará no Paraná e no Supremo".

Mais cedo, o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), confirmou que Vaccari buscou a liminar para evitar que recebesse voz de prisão na CPI. O advogado negou. "Não havia esse receio. Não há nada que possa trazer qualquer indício, qualquer suspeita de prisão".

D'Urso afirmou que a relação de Vaccari com Youssef é superficial. "Ele não tem relacionamento com o Youssef. Esteve uma única oportunidade, passou uma única oportunidade no escritório do Youssef, o Youssef não estava e ele foi embora. Ele nunca teve contato maior com ele", afirmou.

A bancada do PPS protocolou na CPI da Petrobras um requerimento propondo a acareação entre o ex-gerente da área de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, o ex-diretor de Engenharia e Serviços da estatal Renato Duque e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Em seu depoimento nessa terça-feira (10) Barusco afirmou que o esquema de corrupção se institucionalizou na Petrobras entre 2003 e 2004 e que a campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010 recebeu US$ 300 mil.

O requerimento foi apresentado pelos deputados Eliziane Gama (PPS-MA) e Moses Rodrigues (PPS-CE). Os parlamentares também protocolaram o pedido de convocação de Fernando Soares, apontado como operador do PMDB no esquema. Os pedidos precisam ser aprovados pelo plenário da comissão.

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Nesta terça, Barusco disse em seu depoimento de mais de cinco horas e meia que o esquema rendeu entre US$ 150 milhões e U$ 200 milhões ao PT e que ele atuou em conjunto com Duque e Vaccari. "Colocar frente a frente estes três senhores é de fundamental importância para os trabalhos da CPI que investiga uma das pontas do esquema, ou seja, o abastecimento de caixas de partidos políticos com o dinheiro desviado da Petrobras", justificou Eliziane por meio de nota.

O advogado do doleiro Alberto Youssef, Antônio Figueiredo Basto, negou na segunda-feira, 2, que seu cliente tenha mentido ao Ministério Público Federal sobre seu patrimônio e disse, pela segunda vez, que Youssef está disposto a fazer uma acareação com o doleiro Leonardo Meirelles, um dos réus da Operação Lava Jato apontado como testa de ferro de Youssef no Laboratório Labogen.

Em entrevista publicada no domingo pelo jornal Folha de S.Paulo, Meirelles disse que o doleiro não declarou seu patrimônio real aos procuradores, no acordo de delação premiada. "Vamos acareá-lo (Youssef) com Leonardo, que nunca foi sócio, não tem sociedade nenhuma. Ele (Leonardo Meirelles) era doleiro e fez operações com meu cliente, está mentindo e vamos desmascará-lo mais uma vez", disse o advogado, antes de audiência de testemunhas dos processos da Lava Jato, em Curitiba.

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"Ele (Meirelles) disse que Youssef tem patrimônio de R$ 150 e R$ 200 milhões e que ele (Youssef), no acordo que fez, disse ter R$ 50 milhões, mas não temos nada a esconder. É um mentiroso", afirmou Basto.

Meirelles confessou em depoimentos à Justiça Federal, em novembro, que movimentou US$ 120 milhões para Youssef entre 2011 e 2014. Na ocasião, ele descreveu como eram feitas as remessas de dinheiro do Labogen para o exterior, utilizando contas de empresas offshore abertas por ele, a pedido de Youssef, em Hong Kong.

O primeiro pedido de acareação entre Youssef e Meirelles foi feito por Basto quando o testa de ferro do doleiro declarou que o esquema de corrupção da Petrobrás também atuava em favor do PSDB, e não somente para favorecer PT, PMDB e PP.

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró rebateu nesta terça-feira o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e negou que tenha recebido propina para aprovar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Durante acareação à CPI mista da Petrobras, Cerveró reafirmou o que havia dito em setembro à própria comissão: que desconhecia se havia um esquema ilícito para a aquisição da refinaria.

"Desconheço, e também desconheço qualquer esquema de propina", afirmou Cerveró, ao ressaltar que, se Paulo Roberto Costa disse isso, está mentindo. Ele disse que a avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU) de que o prejuízo para a Petrobras com o negócio chegou a US$ 792 milhões é errada e que isso é "inexistente".

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Sentado na frente de Cerveró e confrontado com as declarações, Paulo Roberto disse simplesmente que reafirmava o que havia dito na delação premiada. "O que eu disse para o juiz Sérgio Moro, eu confirmo", afirmou.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa surpreendeu na sessão da CPI mista que apura irregularidades na estatal, ao decidir falar, e bastante. Ele disse que nunca precisou de apoio político para conquistar os cargos que acumulou na petroleira. Admitiu também que tinha o sonho de assumir uma diretoria da estatal e ser presidente da companhia, mas que quando chegou a hora de assumir o cargo de diretor de Abastecimento, em 2004, foi preciso indicação política. Ele não citou como ocorreu essa indicação, mas Costa contou na época com o apoio do então líder do PP na Câmara, José Janene. Hoje, na CPI, Costa diz ser arrepender de ter aceitado a ajuda.

"Estou extremamente arrependido de dizer isso. Este cargo me deixou aqui, hoje. Estou arrependido e quisera eu não ter feito isso. Digo isso tudo para deixar minha alma um pouco mais pura, mais confortável, para a minha família. Passei seis meses preso. Uma delação de tudo que eu conhecia", disse.

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Segundo o ex-diretor, o que ele falou na delação são fatos que acontecem não somente na Petrobras, mas no Brasil inteiro, "nas rodovias, portos, ferrovias, aeroportos". Costa falou tudo isso depois de o advogado de defesa dele ter sinalizado, desde a semana passada, que o ex-diretor iria ficar calado na acareação de hoje com o ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró. "Assumi esse cargo por indicação política e assinei a minha demissão em 2012 porque não aguentava mais a pressão para resolver problemas que não eram da minha área", desabafou Costa.

O ex-diretor de Abastecimento disse que confirma tudo o que falou na delação premiada, mas fez uma ressalva: são declarações "que não posso abrir aqui", justificou. "Não tem nada na delação que eu não confirme. É um instrumento extremamente sério. Não pode ser usado de artifício", explicou. Segundo Costa, foram 80 depoimentos, mais de duas semanas na delação. "O que está lá, eu confirmo. Provas? Estão existindo, estão sendo colocadas. Falei de fatos, dados e das pessoas. Tudo o que eu falei eu confirmo", declarou.

O ex-diretor justificou que quando fez a delação premiada, não foi orientação "do advogado, de ninguém". "Foi orientação da minha família", disse, explicando que tomou a decisão pensando na esposa, filhos, familiares e netos. "Fiz a delação para dar um sossego para minha alma, por respeito e amor à minha família. E os outros? Você vai pagar sozinho? Fiz a delação para dar um sossego para a minha e um conforto para a minha família".

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras marcou para o dia 2 de dezembro a acareação entre os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró, da Área Internacional, e Paulo Roberto Costa, de Abastecimento, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. A solicitação foi feita pelo deputado Enio Bacci (PDT-RS) e aprovada na reunião da CPMI realizada na última terça-feira (18). “O Paulo Roberto afirmou que o Cerveró recebeu propina, sim, e o Cerveró negou em 10 de setembro. Vamos colocar os dois frente a frente”, disse.

O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), votou contra a acareação e lembrou que Costa já esteve na comissão e decidiu não falar nada. A reunião para ouvir os dois ex-diretores da estatal será realizada às 14h30, no plenário do Senado.

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A CPI mista da Petrobras aprovou nesta terça-feira um requerimento para a realização de uma acareação entre o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o ex-diretor de Área Internacional da companhia Nestor Cerveró. Aprovado em votação simbólica, quando não há registro dos votos de cada um dos parlamentares, o pedido havia sido apresentado pelo deputado Ênio Bacci (PDT-RS).

Em sua justificativa, Bacci citou o fato de que Costa havia acusado, em delação premiada, Cerveró de ter recebido propina em razão de contratos na Petrobras. "Acho que a acareação faz parte das investigações e nenhuma CPI tem usado muito. Aquele que é convocado, no mínimo, vai dizer algo de forma oposta (ao acusador)", afirmou o autor do requerimento.

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O deputado do PDT criticou a afirmação feita, mais cedo, pelo líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), segundo a qual trazer Costa e Cerveró à CPI mista serviria apenas para gastar recursos públicos porque ambos vão ficar calados. "Não é o momento de se fazer economia não, tem que se economizar os bilhões desviados. Ele (Paulo Roberto Costa) não quis falar porque a delação não foi aprovada e hoje ele pode falar", completou Bacci.

A bancada do PT se dividiu durante a votação. Pimentel criticou o pedido ao lembrar que o prazo para encerrar as investigações é curto - se for prorrogada, a comissão finaliza os trabalhos no dia 22 de dezembro. "Como eu quero investigar e não simplesmente queimar uma sessão, eu encaminho o voto contra", destacou. O líder do PT do Senado em exercício, Wellington Dias (PI), por sua vez, liberou a bancada para votar a favor. Segundo ele, essa posição tem por objetivo não ser acusado de tentar obstruir os trabalhos.

Graça Foster

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) acusou hoje a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, de ter mentido na CPI mista da Petrobras sobre a acusação de que houve pagamento de propina a funcionários da companhia para obter contratos bilionários de locação de plataformas para a SBM Offshore. Onyx disse que ela inicialmente informou que não sabia do caso. Ontem, Graça confirmou ter tido conhecimento da acusação de pagamento de propina.

"Ela (Maria das Graças Foster) mentiu, senhor presidente (Vital do Rêgo), porque ela disse que, desde o mês de maio, ela já sabia que a SBM já havia informado a Petrobras, que havia pago propina para conseguir contratos na Petrobras", afirmou Onyx Lorenzoni. Para o deputado de oposição, que quer convocar novamente Graça Foster, a se confirmar o ocorrido, "ela cometeu crime". "No momento em que ela mente, ela está ajudando a destruir a credibilidade da Petrobras", afirmou.

Apenas 49 deputados assinaram o requerimento para prorrogação dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras. O balanço foi divulgado, nesta terça-feira (18), pelo presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Segundo ele são necessárias 171 assinaturas de deputados para que os trabalhos da comissão não se encerrem no próximo domingo (23).

“Apenas 49 assinaturas de deputados, muito longe das 171 assinaturas indispensáveis e necessárias. O último dia para entrega para prorrogação é sexta-feira”, disse Vital do Rêgo. Ele lembrou que já há o mínimo de 27 assinaturas de senadores para prorrogar os trabalhos da CPMI.

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Acareação entre dois ex-diretores da Petrobras é aprovada pela CPMI

Os integrantes da Comissão aprovaram, há pouco, a realização de uma acareação entre os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró, da Área Internacional, e Paulo Roberto Costa, de Abastecimento, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

A solicitação foi feita pelo deputado Enio Bacci (PDT-RS). “O Paulo Roberto afirmou que o Cerveró recebeu propina, sim, e o Cerveró negou em 10 de setembro. Vamos colocar os dois frente a frente”, disse.

O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), votou contra a proposta e lembrou que Costa já veio à comissão e decidiu não falar nada. “Para fazer matérias para a imprensa, não se precisa gastar dinheiro público para virem aqui presos e ficarem calados”, disse o parlamentar, que também é relator da CPI da Petrobras no Senado.

Bacci rebateu e disse que o gasto de dinheiro público não está em passagem de avião para a acareação, mas nos “bilhões desviados na Petrobras”.

 

Está prevista para a tarde dessa quinta-feira (17) uma acareação entre a advogada Ieda Martins, suspeita de envolvimento na morte do zelador Jezi de Souza, em São Paulo, e de participação no assassinato do ex-marido, no Rio, em 2005, com a mãe dela.

Acompanhada do advogado Geraldo Assed, Ieda deixou a cidade de São Paulo na tarde de ontem (16) e passou a noite na carceragem da 36ª DP (Santa Cruz), na zona oeste do Rio. Depois da acareação, a advogada deverá seguir para o presídio Bangu 8, já que existe um mandado de prisão temporária contra ela.

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Ieda foi indiciada em São Paulo junto com o atual marido, o publicitário Eduardo Martins, sob a acusação de ter participado do assassinato do zelador, em maio. De acordo com a polícia do Rio, ela também é suspeita de ter participado do assassinato do ex-marido, o empresário José Jair Martins, em 2005. A advogada nega as duas acusações.

"O delegado intimou para uma acareação a mãe da Ieda, Sebastiana, por achar necessário confrontar versões. A versão dela (Ieda) é a mesma: ela não participou de nenhum homicídio, é inocente", afirmou o advogado da suspeita, Marcelo Muccio. Ele disse que pediu, em São Paulo, uma nova perícia da arma que, segundo a polícia do Rio, teria sido usada no crime de 2005.

O delegado Fernando Reis, da delegacia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, anunciou hoje que deve promover uma acareação entre o jogador de futebol Adriano e a mulher que foi baleada no carro dele na madrugada de ontem. O delegado disse que fará o confronto das versões para o incidente tão logo a vítima possa deixar o hospital Barra D'Or, na zona oeste do Rio, onde permanece internada neste domingo em estado estável e sem previsão de alta.

Reis também informou que a perícia foi enfática ao indicar que o tiro partiu do banco de trás do carro, onde, de acordo com testemunhas, estavam apenas as quatro amigas do jogador do Corinthians. Adriano estaria sentado no banco do carona quando o disparo ocorreu, segundo as mesmas testemunhas.

Moradora de Jacarepaguá (zona oeste), Adriene Cyrilo Pinto, de 20 anos, foi ferida por um tiro de uma pistola .40. Atingida no dedo indicador da mão esquerda, ela passará por uma cirurgia de reconstrução na terça-feira. A arma pertenceria a um dos seguranças de Adriano, o policial militar reformado Júlio César Barros de Oliveira.

Em depoimento, todas as testemunhas afirmaram que a própria vítima se feriu brincando com a arma. No entanto, Adriene, ao ser socorrida, disse que foi baleada por Adriano durante uma brincadeira.

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