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O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) agradeceu no Twitter o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva por ter confiado a ele a coordenação da equipe de transição de governo. "O trabalho da nossa equipe será norteado pelos princípios de interesse público, colaboração, transparência, planejamento, agilidade e continuidade dos serviços", prometeu na rede social nesta terça-feira (1).

Alckmin afirmou que seu objetivo enquanto coordenador do governo de transição é oferecer, "de forma republicana e democrática", as informações para o novo mandato de Lula, que começa em 1º de janeiro de 2023.

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Lula compartilhou a publicação e disse ter a certeza de que Alckmin fará um excelente trabalho na transição. "Construiremos um governo para todos os brasileiros", escreveu o presidente eleito.

Após votar na manhã deste domingo, 30, o ex-governador de São Paulo e candidato a vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), disse que é preciso aguardar o resultado da votação. "É preciso aguardar a votação, que está indo bem. Hoje quem fala é o eleitor. Democracia é assim: se faz o trabalho de convencimento e se espera o resultado. Hoje quem se pronuncia é o povo" disse Alckmin, ao ser questionado sobre qual será seu papel em eventual governo Lula.

"Essa é a beleza da democracia. Por isso que defendemos o processo democrático, que precisa ser sempre aprimorado e fazê-lo com civilidade respeitando quem pensa diferente da gente. É esse o Brasil que queremos", defendeu. As declarações foram concedidas em coletiva de imprensa após a votação.

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Sobre as abstenções, que preocupam o comando de campanha do PT, Alckmin afirmou que tem visto um "grande entusiasmo". "Se faz apelo para que as pessoas compareçam", disse. Questionado se a sua chapa mantém a vantagem do primeiro turno de cerca de 6 milhões de votos acima de Bolsonaro, Alckmin se limitou a dizer que "entendo que pode ser" e voltou a repetir que é preciso aguardar o resultado da votação. "Agora é humildade, respeito ao eleitor e aguardar. O momento é de respeitar o eleitor, esperar o pronunciamento da Justiça Eleitoral e cumpri-la", acrescentou.

O ex-governador também criticou o episódio envolvendo a deputada federal Carla Zambelli, que sacou e apontou uma arma contra um homem ontem na rua. "É lamentável. Não é com violência, dando tiro, que se faz processo político. Lei é para todos. Não se pode estar armado neste momento", afirmou. Quanto ao crescimento da hostilidade, Alckmin afirmou que isso não é da índole e da cultura do povo brasileiro. "Esse é um momento excepcional que irá passar", observou.

Ele votou no Colégio Santo Américo, zona Sul de São Paulo. O ex-governador estava acompanhado da esposa, Lu Alckmin, e do filho Geraldo Alckmin Neto. Alckmin foi recebido por apoiadores e também por eleitor ao grito de "traidor".

Mais cedo, Alckmin acompanhou a votação de Lula em São Bernardo do Campo. Alckmin irá passar a tarde em casa, onde acompanhará a apuração dos votos, antes de participar de entrevista coletiva com Lula no fim do dia.

Candidato a vice-presidente e considerado um elo da campanha petista com o mercado financeiro e o empresariado, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) prometeu no domingo (23) que, se eleito presidente na eleição deste domingo (30), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai promover uma reforma tributária que incluirá a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em substituição a cinco tributos.

"A reforma ajudará a economia a crescer. O Brasil será outro", publicou o candidato nas redes sociais, ao comentar a proposta de Lula para a economia caso vença a eleição.

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A campanha do PT ainda é bastante vaga em relação ao projeto que criaria o IVA num eventual governo Lula, e afirma que o desenho da proposta teria de ser concluído depois das negociações com o Congresso Nacional eleito. "Esse tema tem sido discutido, mas não dá para saber como vai ser o desenho", afirma Guilherme Mello, um dos assessores econômicos da campanha do PT. "Tem de ver o que vai acontecer com a próxima bancada do Congresso, mas é preciso de um modelo que simplifique (o atual sistema de tributos)."

Reforma tributária

A reforma tributária tem sido prometida há vários governos. Numa tentativa de avançar no tema, a administração Jair Bolsonaro fatiou o seu projeto de reforma e enviou uma proposta para mexer com o Imposto de Renda e outra para unificar PIS e Cofins, dois tributos federais sobre o consumo. As mudanças no IR chegaram a ser aprovadas pela Câmara dos Deputados, mas pararam no Senado.

No Congresso, outras duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) foram apresentadas e estão em discussão.

No Senado, a PEC 110 prevê a criação de dois IVAs. O IVA federal foi desenhado para substituir PIS e Cofins por meio da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), enquanto um IVA estadual e municipal prevê juntar ICMS e ISS, criando o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Já na Câmara dos Deputados, a PEC 45 unifica cinco tributos - PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS - em um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Novo tripé

De acordo com Alckmin, o Brasil terá um novo tripé formado por credibilidade, estabilidade e previsibilidade, palavras usualmente utilizadas por Lula para se apresentar ao centro político. O ex-governador também afirmou que responsabilidade fiscal é algo inegociável para a chapa.

"A agenda econômica de Lula vai focar na competitividade. Reduzir o custo de produção. Retomar nossa indústria, emprego e renda. Desburocratização e digitalização junto de investimentos em infraestrutura e logística, enfrentando os gargalos do escoamento da nossa produção", escreveu o ex-governador.

Alckmin também destacou, na nota publicada nas redes sociais, o apoio de economistas do Plano Real (entre eles, Pérsio Arida, Armínio Fraga e Pedro Malan) à candidatura de Lula e mostrou disposição de, se ele e o petista forem eleitos, ampliar as relações do Brasil com o mercado financeiro global.

"Acordos internacionais são fundamentais. Precisamos nos abrir à liquidez do mundo, que aguarda o retorno do Brasil para investir por aqui, pautado na nova lógica da sustentabilidade", escreveu.

Candidato a vice-presidente e considerado um elo da campanha petista com o mercado financeiro, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) prometeu nesta segunda-feira (24) que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se eleito presidente, vai promover uma reforma tributária com um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em substituição a cinco tributos. "A reforma ajudará a economia a crescer. O Brasil será outro", publicou o candidato nas redes sociais, ao comentar a proposta de Lula para a economia.

De acordo com o Alckmin, o Brasil terá um novo tripé formado por credibilidade, estabilidade e previsibilidade, palavras usualmente utilizadas por Lula para se apresentar ao centro político. O ex-governador também afirmou que responsabilidade fiscal é algo inegociável para a chapa.

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"A agenda econômica de Lula vai focar na competitividade. Reduzir o custo de produção. Retomar nossa indústria, emprego e renda. Desburocratização e digitalização junto de investimentos em infraestrutura e logística, enfrentando os gargalos do escoamento da nossa produção", escreveu o ex-governador.

Apoios

Alckmin também destacou, na nota publicada nas redes sociais, o apoio de economistas do Plano Real à candidatura de Lula e mostrou disposição de, se ele e o petista forem eleitos, ampliar as relações do Brasil com o mercado financeiro global. "Acordos internacionais são fundamentais. Precisamos nos abrir à liquidez do mundo, que aguarda o retorno do Brasil para investir por aqui, pautado na nova lógica da sustentabilidade", escreveu.

O ex-governador de São Paulo e atual candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), disse que não acredita em um eventual golpe do presidente Jair Bolsonaro (PL) em caso de vitória da chapa petista. "É difícil o perdedor dar golpe. Não acredito muito nisso. Acho que tem muito blefe para justificar possível insucesso eleitoral", afirmou Alckmin nesta quinta-feira, em sabatina realizada pela Folha e UOL.

Alckmin disse também que acredita no profissionalismo e na seriedade das Forças Armadas. "Forças Armadas são cumpridoras da Constituição. A democracia no Brasil vem sendo provada e está se mostrando bastante sólida. Aliás, golpe é crime. Você pode divergir, mas não atentar contra a lei maior do País", disse o ex-governador paulista.

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Na avaliação de Alckmin, não há "legitimidade popular" para golpe. "Se tiver movimento na rua, será para tirar Bolsonaro. Não terá movimento para corromper", afirmou, para em seguida avaliar ser importante respeitar os mandatos.

Alckmin também atribuiu a escalada da violência política ao presidente Bolsonaro e disse esperar que não haja novos episódios. "Isso é a antipolítica. Política não é mata-mata. Acho que muito disso vem da forma que o presidente Bolsonaro se comporta. O presidente da República deveria dar o entendimento", afirmou, acrescentando que o estímulo ao divisionismo estimula as pessoas a cometerem atos "obscuros".

Durante encontro com intelectuais promovido pelo PT nesta terça-feira, 27, o candidato à vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSB), celebrou a aliança com nomes que estiveram, em algum momento, em lados distintos da história política brasileira, mas unidos na luta contra a democracia.

"Alegria desse encontro, encontro histórico, encontro feliz, lá atrás no período da ditadura, da tortura, nos estávamos do mesmo lado. Do lado da democracia e do lado do povo. Na Constituição de 88, Constituição Cidadã, do mesmo lado: do lado da democracia e do lado do povo", afirmou ao lado do ex-presidente Lula.

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Segundo o ex-governador, a aliança reflete a necessidade de unir forças para fortalecer a democracia e recuperar o País. Em crítica ao governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), Alckmin afirmou que "não é possível ter governo que combate as constituições permanentemente". "As pessoas passam, as instituições ficam. Nós precisamos aprimorá-las, melhorá-las, aperfeiçoá-las", continuou.

Enfatizou que a reunião desta terça retrata o que é o Brasil: pluralidade. A demonstração de apoio a Lula, segundo ele, vem para "cuidar daquilo que interessa ao povo brasileiro", como emprego, renda e consolidação da democracia.

Primeiro turno

Alckmin também acenou para a necessidade de alavancar o voto útil e levar a corrida já no primeiro turno, no dia 2 de outubro. "Não é porque segundo turno possa dar trabalho não, mas porque é melhor para o Brasil", declarou.

Ele também elogiou Lula ao dizer que é "difícil alguém ter este dom de ter essa proximidade tão grande com povo". "Diz que há grandes homens que perto deles todos se sentem pequenos, mas o verdadeiro grande homem é aquele que todos do lado dele podem se sentir grandes", definiu o perfil do petista.

A menos de dez dias das eleições, a campanha do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai intensificar o movimento em busca do voto evangélico, segmento no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem ampla vantagem. A ex-ministra Marina Silva (Rede), que declarou apoio público ao petista, e o candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB) serão escalados para atrair esses eleitores religiosos.

Marina é evangélica e é identificada como alguém com grande respeitabilidade entre o segmento. Alckmin é católico praticante, mas também foi designado para atrair esses eleitores. A campanha está traçando possíveis programações para os dois nos próximos dias, de acordo com o pastor presbiteriano Luís Sabanay, que coordena o núcleo de evangélicos da sigla.

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Como mostrou o Broadcast Político, a campanha instituiu um Comitê Evangélico para dar organicidade às ações em busca dos eleitores do segmento. O núcleo organizou uma agenda de atividades diárias para dialogar diretamente com esse público e que terão continuidade nessa reta final. Batalhas nas redes sociais com postagens que abordam temas do cotidiano imediato da eleição, massificação de material nas redes em horários de picos e panfletagens com mensagens aos religiosos em todo o Brasil serão intensificadas. O cronograma vai até primeiro de outubro, um dia antes das eleições.

Com foco nos colégios eleitorais mais representativos do País, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro serão prioridades também do Comitê. Na próxima terça-feira (27), o fundador e coordenador nacional da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Ariovaldo Ramos, que participa da comunicação da campanha junto aos religiosos, se reunirá em Minas com o candidato ao governo apoiado pelo PT, Alexandre Kalil (PSD), em um encontro com evangélicos.

"Nós pedimos para cada coordenação estadual fazer com que a campanha de Lula e Alckmin seja visível. E como se dá isso? Através de testemunho. Qual a diferença da nossa campanha e da campanha do Bolsonaro? Não instrumentalizamos religião", disse Sabanay. De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (22), o chefe do Executivo lidera entre os evangélicos com 50%, enquanto Lula aparece com 32%. A diferença reduziu: no dia 9 de setembro, o placar era de 51% a 28%, respectivamente. A melhora é atribuída às ações promovidas neste último mês.

O objetivo da campanha não é, no entanto, reverter os índices, mas reduzir a distância. O foco na busca pelos votos continua sendo, essencialmente, a mulher evangélica, maior parte negra e periférica, que cuida do lar e da família, que rejeita a pauta armamentista por preservar a segurança dos filhos e temer a violência dentro de casa e que sente diariamente as consequências da crise econômica - temas que contrastam, justamente, com o perfil do principal adversário na corrida presidencial. A estratégia foi reverberada por pesquisas qualitativas encomendadas pela campanha.

De acordo com Sabanay, as ações planejadas nessas eleições visam, além de discutir os problemas reais que atingem a maioria do público evangélico, combater as mentiras que afastam o eleitorado religioso de Lula. A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito dará subsídios à campanha nessa reta final. O movimento está preparando, por exemplo, um roteiro para desmentir um vídeo que circula nas redes sociais e que associa Lula e PT ao aborto e à descriminalização das drogas, temas caros ao público religioso.

No material, uma mulher negra diz que, como mãe e cristã, se preocupa muito "com o que está sendo repassado às nossas famílias". "Eles sempre foram a favor da descriminalização das drogas, da liberação de presos. Eles chegam ao ponto de dizer que veem lógica no assalto. Que o bandido não pode ser preso só porque roubou o celular", diz. O material recupera uma fala antiga de Lula em que afirma que jovens são assaltados e violentados pela polícia, "às vezes inocente ou às vezes porque roubou um celular".

No vídeo, a locutora também critica o que chama de "sexualização" das "nossas crianças" nas escolas e a prática do aborto. "Eles pervertem as nossas crianças e ao mesmo tempo tentam nos convencer que matar um bebê no ventre é questão de saúde pública", afirma. O trecho também recupera um discurso de Lula em que diz que o aborto é "uma questão de saúde pública e todo mundo deveria ter direito".

"(Esse material) tenta enganar as pessoas. Vamos fazer um vídeo que responda a esses temas, como um fio condutor. Para tudo que eles falaram com manipulação da informação, vamos responder linearmente de forma correta", disse a jornalista e uma das coordenadoras da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito Nilza Valéria Zacarias.

A intensificação na propagação de mentiras envolvendo o PT e Lula nessa reta final, alavancado pela rede bolsonarista, tem sido uma das preocupações da campanha para garantir a vitória já no primeiro turno.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, na terça-feira, 20, manter a veiculação da propaganda de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) que utiliza falas do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) com ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), agora aliado e cabeça de chapa na candidatura pela qual concorrem ao Palácio da Planalto nas eleições deste ano. A Corte ainda negou um pedido de resposta apresentado por Alckmin.

A campanha de Bolsonaro tem veiculado no horário eleitoral gratuito em rádio e TV e nas redes sociais falas de Alckmin durante a corrida eleitoral de 2018 - quando foi candidato à Presidência pelo PSDB e se apresentou como opositor do PT --, que acusam Lula de querer "voltar à cena do crime". Após transmitir as declarações do ex-governador, a propaganda bolsonarista termina com a seguinte mensagem: "Se até o vice do Lula pensa assim, como é que eu vou confiar nele?".

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"Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ele quer voltar à cena do crime. Está também em suas mãos evitar que a corrupção e a roubalheira voltem a comandar o País. Evitar a volta do petrolão. Evitar o fim da Lava Jato. É você que pode evitar que um preso condenado por corrupção seja solto", disse Alckmin, em 2018.

À época, o petista se encontrava preso na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba após condenações por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da operação Lava Jato. Embora estivesse preso, Lula prosseguiu com a sua candidatura até setembro daquele ano, quando foi substituído pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) depois de o TSE ter impugnado seu registro de candidatura por esbarrar na Lei da Ficha Limpa. Passados três anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações de Lula por considerar a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente para julgá-lo e o ex-juiz Sergio Moro parcial na condução do processo.

Agora aliado de Lula, Alckmin recorreu ao TSE acusando Bolsonaro de veicular propaganda irregular contendo "falas descontextualizadas", com "trucagem e montagem", "no intuito de "incutir falsas ideias na mente do eleitor e desequilibrar" as eleições. A relatora do caso, ministra Maria Claudia Bucchianeri, negou o pedido do ex-governador de remoção das inserções e de concessão de direito de resposta à campanha bolsonarista.

Para Bucchianeri, a exploração de posicionamentos antigos dos candidatos por seus adversários faz parte da disputa política. Segundo ela, os juízes não podem interferir nas estratégias das campanhas, "sob pena de criminalização da própria atividade política". Os demais ministros acompanharam integralmente seu voto, que ainda destacou caber ao candidato explicar a mudança de posicionamento e ao eleitor cobrar justificativas sobre a mudança.

"Eventuais mudanças de posicionamento político, seja quanto a temas de interesse coletivo, seja quanto à formação de alianças, são legítimas e inerentes à própria dinâmica da política, sendo direito do eleitor, considerada sua liberdade de informação, ter amplo conhecimento dessas movimentações e ponderar sobre os motivos que as justificaram. Motivos que devem ser declinados pelos interessados, dentro do próprio espaço de debate político", afirmou.

Corrupção

Mais cedo, o ministro substituto do TSE Paulo Sanseverino também negou pedido de urgência da coligação do ex-presidente Lula para remover propaganda de Bolsonaro com alusão à suposta corrupção de governos petistas.

A inserção bolsonarista expõe imagens de copos de vidro sendo preenchidos com moedas de forma proporcionalmente; posteriormente, todas as moedas são despejadas em um copo que estampa a estrela vermelha símbolo do PT.

Segundo a coligação de Lula, a propaganda tinha como único propósito desinformar e ferir a honra do PT. Para o ministro Sanseverino, porém, a peça publicitária se manteve nos limites da liberdade de expressão.

Em um roteiro por Minas Gerais a ser realizado amanhã, 13, o candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB) tem um encontro privado com o presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo, Dom Walmor, em Belo Horizonte. A agenda com Walmor foi um pedido do próprio ex-governador. Católico praticamente, Alckmin é visto como peça-chave para atrair eleitores indecisos deste segmento religioso.

Como mostrou o Broadcast Político, a mais recente pesquisa Quaest encomendada pelo banco Genial trouxe dados comemorados nos bastidores do PT: indecisos e adeptos à terceira via somam 22% entre católicos. Tendo em vista que esse segmento religioso corresponde a 52% da população, como revela o perfil da amostra, o espaço para crescimento é significativo.

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O roteiro por Minas, Estado decisivo nas eleições presidenciais, incluirá mais duas cidades. Em Poços de Caldas, Alckmin vai se reunir com empresários do setor turístico. Em Uberlândia, ele se encontrará com representantes do setor empresarial e do agronegócio, além de entidades da sociedade civil e partidos que apoiam a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Vai também receber uma carta de representantes de igrejas evangélicas.

Na última etapa do roteiro, em Belo Horizonte, ele vai participar de uma reunião com a diretoria da Santa Casa, uma agenda também feita a seu pedido. Posteriormente, encontrará Walmor e, por fim, terá um encontro com movimentos sociais no Comitê do candidato a governador Alexandre Kalil (PSD) e ao Senado Alexandre Silveira (PSD).

O candidato a vice-presidente na chapa petista, Geraldo Alckmin (PSB), resolveu se pronunciar sobre o resgate, por bolsonaristas na internet, de falas antigas em que acusava seu hoje companheiro de chapa, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, de envolvimento com corrupção. Em vídeo divulgado nas redes sociais a ser exibido em rede nacional de rádio e televisão, o ex-tucano e antes adversário político histórico do PT afirmou ter sido iludido e defendeu que Lula foi preso injustamente.

"Muito cuidado. Nesta eleição, antigas falas minhas estão sendo usadas por Bolsonaro para confundir o povo. Naquela época, muitos de nós fomos iludidos por um julgamento que depois a própria Justiça anulou porque foi parcial e suspeito. Hoje, está provado que Lula foi preso injustamente", diz Alckmin. No dia da prisão de Lula, em 2018, ele declarou que "ninguém está acima da lei".

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Na peça divulgada nesta sexta, 9, o ex-governador de São Paulo aproveita para subir o tom contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. "Agora, é a família Bolsonaro que precisa explicar ao povo a compra de 51 imóveis com dinheiro vivo", afirma.

Expoentes do bolsonarismo como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador geral da campanha à reeleição do pai, compartilham à exaustão vídeo em que Alckmin, enquanto candidato a presidente em 2018, acusou o PT de querer "voltar à cena do crime" com a candidatura de Lula, que estava preso pelos desdobramentos da Operação Lava Jato. Impedido pela Justiça, o petista deu a Fernando Haddad a missão de substituí-lo nas urnas. Ele acabou perdendo a disputa em segundo turno para Bolsonaro.

Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou por anular os processos de Lula por erros processuais e considerou Sergio Moro (União Brasil), posteriormente ministro de Bolsonaro e hoje candidato ao Senado pelo Paraná, um juiz parcial para julgar o ex-presidente.

O candidato a vice-presidente na chapa com Luiz Inácio da Silva (PT), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), entrou com uma representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acusando a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) por "propaganda maliciosa" em inserções na TV.

Segundo a defesa, a campanha do adversário utiliza vídeos descontextualizados "para o nítido propósito de confundir o eleitor, dando a entender que a opinião emitida pelo requerente seria atual e que, na verdade, ele não é partidário de seu companheiro de chapa", diz o documento.

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As falas mencionadas pela defesa e utilizadas por Bolsonaro se referem à campanha de 2018, quando Alckmin se candidatou à Presidência pelo PSDB. Em um dos momentos, no vídeo, o vice diz: "Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ele quer voltar à cena do crime". Outro trecho citado na representação é em relação à referência que o ex-governador faz ao petista: "É você que pode evitar que um preso condenado por corrupção seja solto".

Ao final da inserção, o locutor do vídeo diz: "Se até o vice do Lula pensa assim, como é que eu vou confiar nele?" Para a defesa, a fala tenta sugerir que este seria o sentimento de Alckmin no presente momento. "Inegável o intento de criar confusão na mente do eleitor, de modo a ludibriar o seu entendimento. No entanto, tal desiderato é terminantemente vedado pela lei eleitoral, como se passa a demonstrar", afirma a representação.

No documento, a defesa cita o entendimento jurisprudencial das eleições de 2014, quando o então candidato Aécio Neves (PSDB), ex-correligionário de Alckmin, utilizou frases fora de contexto, ditas pela então adversária Dilma Rousseff (PT), em benefício próprio.

"Se o entendimento jurisprudencial já era assim na campanha presidencial de 2014, com mais rigor, isso há de ocorrer na atual quadra, em que se combate com mais firmeza a divulgação das chamadas fake news, enfrentando-se de forma visceral a divulgação de falsidades para turbar o entendimento do eleitor", diz a defesa do vice.

A equipe de Alckmin pede ao TSE que o vídeo seja retirado do ar pela campanha do presidente, assim como nas redes sociais, "tendo em vista a plausibilidade do direito vindicado, a gravidade da violação à lei e a possibilidade dano irreparável".

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou nesta segunda-feira, 5, que vê problemas na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do seu vice, o ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB), devido não somente a divergências do passado, mas principalmente por aquelas que permanecem. Como exemplo, o petista citou a vice-presidência de Michel Temer (MDB) no governo de Dilma Rousseff (PT), união classificada por ele como "uma tragédia".

"O problema disso não é para trás, é para frente", disse ao relembrar a polarização entre o antigo partido de Alckmin, PSDB, e o PT. "Quando você estabelece um questionário para o Lula, política de preço da Petrobras, autonomia do Banco Central, privatização da Petrobras, da Eletrobras, o Alckmin é contra o Lula em todos esses temas. E é um País que, por crise ou por tragédia, os vices tem uma relevância muito grave", disse em entrevista à Jovem Pan.

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Ciro destacou a convergência de ideias entre ele e sua vice, Ana Paula Matos (PDT). "Nós temos uma afinidade, fomos separados no nascimento, na maternidade, tamanha a convergência de ideias. Podem ser boas, podem não ser boas, se gostar, não se gostar, mas ela está com a proposta na ponta da língua", pontuou.

"Agora, submete o Alckmin a um questionário objetivo, que é o que interessa. Lá vai levar o Lula, como levou o Michel Temer, tenha santa paciência. Eu disse na data, ‘Lula, não faça isso, é uma irresponsabilidade levar o Michel Temer para a vice da Dilma, que não tem experiência nenhuma, vocês estão produzindo uma tragédia’", criticou.

Na entrevista, Ciro descartou a possibilidade de apoiar Lula no caso de um segundo turno entre o petista e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Na esteira de críticas, o ex-ministro acusou Lula de ter um filho "ladrão", e Bolsonaro de ter filhos envolvidos em escândalos de corrupção, o que desmoralizou o Executivo, avaliou.

"Eu passo uma campanha inteira dizendo que o PT virou uma organização criminosa, eles me insultam, me agridem, todo dia, e depois esperam que eu apoie ele no segundo turno, sabe como é? Nunca mais, Juvenal", disse o pedetista.

Em críticas a ambos os adversários, Ciro afirmou que o cargo de presidente está desmoralizado. "Lula tinha filho ladrão, Bolsonaro tem filho respondendo por causa de corrupção", afirmou. Segundo ele, com esses escândalos, o Executivo fica na mão do Judiciário, o que causou uma "disfuncionalidade institucional".

O pedetista declarou que, em um eventual governo, quer "voltar cada poder para sua caixinha". Ciro, no entanto, negou qualquer possibilidade de romper uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). "Trágico que seja, para um democrata visceral como eu, quem dá a última palavra é o Judiciário", afirmou.

O candidato à vice-Presidência da República na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador de São Paulo, afirmou que a compra de imóveis pela família do presidente Jair Bolsonaro (PL) em dinheiro vivo deve ser investigada. "Sempre tem de investigar. Esse é o caminho: esclarecer, prestar contas. Vida pública, como o nome já diz, tem de prestar contas permanentemente", afirmou Alckmin, durante evento de campanha em Cotia, cidade na região metropolitana de São Paulo, nesta quarta-feira (31).

Para ele, a democracia brasileira "está correndo risco" e associou a falta de transparência a governos autocráticos. "Hoje, o que divide o mundo é democracia e autocracia. Democracia quem manda é o povo, você tem de prestar conta, tem de ter transparência. Autocracia o governo é o poderoso, é o chefão, é o ditador, é a vontade dele acima da lei, à margem da lei. A democracia no Brasil está correndo risco", adiciona o candidato.

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Alckmin também foi enfático ao falar da maneira como o governo Bolsonaro lidou com a pandemia da covid-19. Para ele, a condução foi "negacionista". "O (Sistema Único de Saúde) SUS andou para trás. Chegamos a ter troca de ministros, o governo atrasou a compra de vacina e ainda fez uma campanha negacionista contra a vacinação", criticou.

O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT), que também esteve no evento, em Cotia, afirmou que Alckmin será um "conselheiro" da República, se eleito. "Ouço muito o governador, ele tem muita experiência sobre o Estado e vai ser um mentor na vice-Presidência e um grande conselheiro da República", avalia.

Haddad ainda voltou a minimizar sua rejeição nas pesquisas eleitorais de intenção de voto. Dentre os que concorrem ao Palácio dos Bandeirantes, ele é o mais rejeitado pelo eleitorado, com 32%. "Isso muda. As pessoas vão assimilando as medidas que foram tomadas, a propaganda na TV ajuda que o eleitor vote no melhor projeto", conclui. "Sempre relativizo as pesquisas, porque o que conta mesmo é o dia 2 de outubro", adiciona.

O candidato a vice-presidente na chapa de Lula, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) se manifestou contrário à privatização da Petrobras e do Banco do Brasil, nesta segunda-feira (29).

Alckmin, marcadamente conhecido por sua posição liberal, disse que o caminho para melhorar as contas públicas do País não é vender a Petrobras e o Banco do Brasil. Sobre o BB, o vice de Lula considerou que já há poucos bancos no Brasil, o que limita a concorrência e que este problema se aprofundaria com a privatização do BB.

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"O correto a se fazer é reduzir o custo do dinheiro. Temos bancos de menos no Brasil", disse Alckmin.

Sobre a Petrobras, o ex-governador defendeu que sua venda iria na contramão do que acontece no mundo, onde o Estado mantém participação de 85% nos setores de óleo e gás.

Alckmin participa do evento "ABDIB Fórum 2022 - Agenda da Infraestrutura com presidenciáveis", organizado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base (ABDI).

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice-candidato à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que o teto de gastos é sinalização para responsabilidade fiscal, mas que "não tem teto mais furado do que este". O vice não disse, no entanto, qual política poderia substituir a âncora fiscal ou se defende a revogação da medida, proposta que foi incluída nas diretrizes do programa de governo petista.

"O teto de gastos é uma sinalização para a responsabilidade fiscal. Eu não posso ficar gastando mais do que arrecado. São Paulo nunca teve teto de gastos e é um exemplo de responsabilidade fiscal. Qual o problema de ficar engessando as coisas? Quem vai sofrer é investimento", disse.

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Alckmin reforçou que terá "todo compromisso com responsabilidade fiscal" e, sem detalhar a política econômica em um eventual novo governo, aproveitou para ressaltar os êxitos das gestões de Lula. O vice citou, por exemplo, a queda na relação dívida e PIB nos governos do petista, superávit primário e geração de empregos.

Alckmin defendeu a recuperação de investimentos públicos para garantir crescimento ao País e citou como exemplo os projetos desenvolvidos pelos Programas de Aceleração de Crescimento (PACs) I e II dos governos PT, com quase R$ 2 trilhões de recursos.

Segundo ele, há liquidez no mundo e o Brasil precisa sinalizar estabilidade, previsibilidade, sustentabilidade e democracia estável para atrair novos investimentos. Disse ainda que é preciso "parar com essa brigaiada dia e noite entre poderes" para garantir segurança jurídica.

Alckmin participa do evento "ABDIB Fórum 2022 - Agenda da Infraestrutura com presidenciáveis", organizado pela Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base (ABDIB).

Diante das críticas de setores do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a aliança com Geraldo Alckmin (PSB) como seu vice na disputa pelo Palácio do Planalto durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, nesta quinta-feira (25).

"Estou até com ciúmes do Alckmin, que sujeito esperto e habilidoso. Ele fez um discurso no dia 7 de maio, quando foi apresentado oficialmente ao PT, que eu fiquei com inveja. Ele foi aplaudido de pé", afirmou.

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Sobre a recepção da base petista em relação à formação de campanha com 10 partidos, o ex-presidente defendeu a união com o seu adversário nas eleições presidenciais de 2006. "Alckmin já foi aceito pelo PT de corpo e alma. Alckmin é uma pessoa que vai me ajudar, tenho confiança que a experiência como governador de São Paulo vai me ajudar a consertar esse País", disse.

Questionado se o PT não foi um dos responsáveis pelo atual cenário de polarização na política, Lula afirmou que polarização é diferente de estímulo ao ódio e que o Brasil era "feliz" quando a disputa política era entre PT e PSDB.

"Feliz era o Brasil e a democracia brasileira quando a polarização deste país era entre PT e PSDB. A gente era adversário política, trocava farpas... Quando a gente se encontrava em um restaurante, eu não tinha problema em tomar uma cerveja com o Fernando Henrique Cardoso, com o José Serra ou com o Alckmin. A gente não se tratava como inimigo. A militância é como torcida organizada. Política é assim. Você tem divergência, você briga, mas você não é inimigo", afirmou.

O jornalista William Bonner citou o fato de Lula ter usado a narrativa do "nós contra eles" durante o seu governo e questionou se isso não estimula a polarização. "Polarização é saudável no mundo inteiro. Tem nos EUA, na Alemanha, na França, na Noruega, na Finlândia... Não tem polarização no Partido Comunista Chinês, no Partido Comunista Cubano. Quando se tem democracia, a polarização é saudável. É estimulante. Não podemos confundir polarização com o estímulo ao ódio", disse.

Durante sabatina do Jornal Nacional nesta quinta-feira (25), o ex-presidente Lula (PT) deu ênfase a sua chapa com o seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), que antes eram inimigos. “Nunca antes na história do Brasil esse governo teve uma chapa como Lula e Alckmin para ganhar credibilidade interna e externa para fazer acontecer as coisas no País”, disse o petista, que até então foi o único na sabatina a falar do trabalho com o vice. 

Por anteriormente ter uma relação adversária com Alckmin, Lula reconheceu que “muita gente pensava que era impossível Lula se juntar com Alckmin, e eu me juntei para demonstrar para a sociedade que política não tem que ter ódio”, disse, em alusão ao ódio que vem sendo propagado na política pelo atual presidente da República.“Eu tô até com ciúmes do Alckmin. Você tem que ver o sujeito esperto e habilidoso que é. Ele fez um discurso no dia 7 de maio quando foi apresentado que eu fiquei com inveja, ele foi aplaudido de pé”, observou.

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“O Alckmin já foi aceito pelo PT de corpo e alma. Eu não quero que o PT peça para ele se filiar, porque a gente não quer brigar com o PSB. Eu tenho 100% de confiança que a experiência dele vai me ajudar a consertar o País, é a única razão pela qual eu quero voltar a ser presidente: o povo tem que voltar a comer um churrasquinho, uma picanha e tomar uma cervejinha”.

Na ocasião, Lula disse, ainda, que a ex-presidenta Dilma (PT) “é uma das pessoas que eu mais tive respeito pela competência e ajuda que me deu”. 

“Ela fez um primeiro mandato extraordinário, porque a crise mundial se agravou e mesmo assim ela se endividou para poder manter a política social e o emprego. A Dilma cometeu equívoco na gasolina, na hora que fizeram exoneração e isenção fiscal, e quando ela tentou mudar, tinha uma dupla dinâmica contra ela. A dupla era o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB) e Aécio (PSDB) no Senado, que trabalharam o tempo inteiro para que ela não fizesse nenhuma mudança”, afirmou.

 

Corrupção

Questionado sobre como os escândalos de corrupção durante o seu governo não se repetirão e como garantir que fará diferente caso eleito, o petista garantiu que não irá acontecer. “Não há hipótese [de ocorrerem os escândalos]. Eu quero voltar na Presidência da República e qualquer hipótese de alguém cometer crime, por menor que seja, essa pessoa será investigada, é assim que se combate a corrupção do País. Só existe a possibilidade de alguém não ser investigado nesse País, que é não cometer erros. O equívoco da Lava Jato foi que ela enveredou por um caminho político, ultrapassou a investigação e entrou na política. O objetivo era tentar condenar o Lula”, destacou.

“O procurador tem que ser leal ao povo brasileiro. Se eu ganhar essas eleições, antes da posse, eu vou ter uma reunião com o Ministério Público para discutir o Brasil. Para mim, o que precisa é dar segurança ao povo. Eu não quero amigo, quero pessoa séria, responsável. Eu tô querendo voltar porque quero ser melhor do que fui, para fazer para as pessoas o que eu queria fazer, mas não sabia que podia”, completou Lula ao se esquivar da PGR.  

O candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) criticou nesta quinta-feira, 25, os ataques que o presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), faz do atual sistema eleitoral. "O fato é que nós retrocedemos na questão democrática. É inaceitável você em pleno século XXI estar discutindo urna eletrônica, democracia. Inacreditável. Uma gente errada, ultrapassada", afirmou o colega de chapa do candidato a presidente pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

A fala foi feita em entrevista após o ex-governador de São Paulo participar do Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, realizado em Brasília.

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Bolsonaro e o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, também foram convidados para o evento, mas não compareceram. Lula foi chamado, mas disse haver um conflito de agenda e enviou Alckmin como representante.

Ao sair de Brasília, o candidato a vice irá até o Rio, onde vai acompanhar na noite desta quinta a entrevista de Lula ao Jornal Nacional, da TV Globo.

De acordo com Alckmin, o País devia discutir temas como economia e educação. "O que tem é focar no emprego, renda, agenda de competitividade, reforma tributária, simplificação tributária, custo de capital, logística, educação de qualidade, pesquisa e inovação."

O ex-governador, porém, evitou comentar sobre a operação da Polícia Federal que mirou empresários bolsonaristas, alvos de busca e apreensão por falarem que preferem um golpe caso o PT vença a eleição presidencial.

Em outra crítica a Bolsonaro, o candidato a vice reprovou as flexibilizações ao acesso de armas promovidas pelo atual governo. "Arma é para profissional. É dever do Estado proteger a população. Proliferar arma você vai pôr mais risco na população e acaba na mão do bandido", declarou.

Para o ex-governador, existem outros caminhos para melhorar a segurança pública. "A questão da segurança pública é inteligência policial, tecnologia, armamento, foco e resultado."

Adversário histórico do PT, tendo inclusive disputado o segundo turno da eleição presidencial contra Lula em 2006, o ex-tucano elogiou a gestão do ex-adversário e disse que vai dialogar com empresários ruralistas, setor que hoje está majoritariamente com Bolsonaro. "Quem impulsionou o agro foi o governo do presidente Lula. Juros eram 2,5%, hoje é 15%". O candidato a vice disse que o governo do ex-presidente fez "crédito agrícola, seguro rural e conquista de mercado."

Alckmin também afirmou que é preciso ter atenção para a preservação ambiental e que isso tem muita importância para o mercado internacional. "Hoje o maior perigo para o agro é a devastação da Amazônia, pode ter um entrave das vendas do agro para o mundo. O Brasil é o celeiro do mundo em razão das questões ambientais. É inacreditável ter uma devastação. Não é pelo agricultor, é por grilagem de terra."

Hospitais Filantrópicos

Em seu discurso no evento, Alckmin sinalizou que, caso Lula volte à Presidência, o Ministério da Saúde terá uma Secretaria voltada exclusivamente para lidar com hospitais filantrópicos. "O Ministério da Saúde tem que ter uma secretaria só para filantrópicos. Quando ouvimos mais, erramos menos. Não vamos fazer mágica", afirmou.

Ele também declarou que o governo federal precisa destinar mais recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS). "Temos que buscar a solução para a questão do financiamento. Há uma crise fiscal grave e que vai se agravar ano que vem. Mas governar é escolher. Temos que escolher a vida das pessoas, escolher o SUS, os que precisam mais", apontou.

Perguntado sobre quem será o ministro da Saúde caso Lula vença, Alckmin desconversou e disse apenas que precisa ter experiência na área. "Para responsabilidades mais altas, tem que ter um mínimo de experiência. Senão o país paga a bolsa de estudos mais cara do mundo. O cara aprende, mas leva tempo."

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou a empresários que Geraldo Alckmin, seu vice na chapa à Presidência da República, pode liderar as discussões sobre mudanças na legislação trabalhista. Aliados do ex-presidente afirmam que a proposta tem aparecido com frequência nas conversas reservadas com o empresariado.

Se eleito, o ex-presidente quer fazer uma discussão ampla sobre as mudanças antes de propor alterações nas regras trabalhistas, num modelo testado nos seus dois mandatos na Presidência.

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Diante da receptividade do empresariado à ideia, o que era uma sugestão ganhou contornos concretos, e Alckmin passou a ser um porta-voz do posicionamento de Lula a respeito da legislação trabalhista em eventos dos quais participa sozinho com empresários.

Em encontro fechado com cerca de 20 integrantes de grupo de líderes empresariais, Alckmin disse que as propostas de mudanças em um eventual governo Lula não iriam rever o princípio do "acordado sobre o legislado", base da reforma trabalhista aprovada no governo Temer. Ele garantiu também que não haverá a volta do imposto sindical.

O próprio Lula já se posicionou contra o imposto sindical. "A gente não precisa de imposto sindical. O que a gente quer é que seja determinado, por lei, que os trabalhadores e a assembleia livre e soberana decidam qual é a contribuição dos filiados", disse ele em abril. Mas as centrais sindicais cobram que haja alguma contribuição e cláusulas que estimulem a sindicalização e negociação coletiva.

O programa do PT fala em uma nova legislação, com atenção a autônomos, trabalhadores domésticos, teletrabalho e trabalhadores por app. Também defende respeitar "decisões de financiamento solidário e democrático da estrutura sindical".

Apesar de o PT ter feito adaptações no discurso em relação à proposta de um "revogaço" na reforma trabalhista de Temer, o assunto continua um dos mais sensíveis para os empresários.

Como mostrou o Estadão, Alckmin recebeu a missão de ampliar a interlocução com representantes do agronegócio, da saúde, do mercado financeiro e da cultura, e passou a despachar do QG da campanha petista, com sala próxima à de Lula.

"Ultimamente, o Lula está falando em restituir os direitos que foram retirados com a reforma trabalhista. Mas não tem procedência nenhuma falar em restituir os direitos", diz José Pastore, professor de Relações do Trabalho da FEA-USP. Ele pondera que o empresário também tem de entender que o negociado não é eterno.

Candidato a vice de Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) ganhou uma estrutura própria de campanha para tentar 'virar' votos para o PT no interior de São Paulo e ampliar diálogo com representantes de setores refratários ao ex-presidente: empresários e representantes do agronegócio e da saúde em Estados como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

Em paralelo, Alckmin, que tem evitado entrevistas a jornalistas, tem sido cauteloso na divulgação das agendas. Em conversas reservadas, aliados do ex-tucano admitem que setores da esquerda ainda resistem a Alckmin e temem que ele seja hostilizado. O primeiro sinal de alerta na campanha foi dado em junho, quando Alckmin foi vaiado em Natal (RN) durante ato de apoio a Lula diante de uma plateia formada por petistas e militantes de partidos aliados como o PSB, PCdoB e PSOL.

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Alckmin não tem participado de agendas com os setores mais "radicais" da esquerda. O ex-governador não compareceu, por exemplo, a um ato de Lula na Universidade de São Paulo (USP) na semana passada. Nos bastidores, aliados do ex-governador admitem que temiam vaias, uma vez o público era formado por militantes de partidos de esquerda do movimento estudantil, setores mais hostis à aliança. Os petistas, porém, negaram que esse tenha sido o motivo da ausência.

Alckmin também não participou do ato de início oficial da campanha de Lula, na última terça-feira (16), na porta de uma fábrica em São Bernardo do Campo. O público do evento era de operários.

No sábado (20), em comício no Vale do Anhangabaú, militantes ensaiaram uma vaia no início do discurso de Alckmin, mas o ex-governador contornou a situação terminando sua fala com a brincadeira da receita de "Lula com chuchu" em alusão à chapa que disputa à Presidência. Ao lado do ex-presidente, Alckmin foi aplaudido.

"A militância do PT não teve nenhum problema com Alckmin", afirma o deputado Emídio Souza, coordenador do plano de governo de Fernando Haddad, candidato do PT ao governo de São Paulo. "O papel dele (Alckmin) na campanha é muito importante, especialmente em São Paulo. O ex-governador é um fiador importante tanto para o Lula quanto para o Haddad e ajuda a abrir portas", disse Emídio.

QG

Alckmin passou a despachar semana passada no comitê da campanha presidencial no Pacaembu, bairro nobre de São Paulo, onde recebeu uma sala no mesmo andar da do ex-presidente, com quem se reúne regularmente para traçar estratégias de campanha. O ex-tucano conta agora com um time em sua retaguarda.

Nesta semana, por exemplo, Alckmin vai participar em Brasília do Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. O setor majoritariamente apoiou Bolsonaro em 2018 como reação ao programa Mais Médicos, que trouxe médicos cubanos para o Brasil.

"A aliança com o Alckmin não é só para ganhar eleições. É para governar o País", afirma um dos apoiadores da campanha e próximo a Lula, o advogado Marco Aurélio Carvalho.

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