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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e seu partido sofreram um duro revés nas eleições locais deste domingo (31), ao perder a capital, Ancara, e com o risco de uma derrota em Istambul, pulmão econômico do país, segundo os resultados parciais.

Estas eleições, nas quais os turcos elegeram seus prefeitos, vereadores e chefes de bairro ("muhtar"), representaram um teste para Erdogan. O presidente batalhou durante a campanha para evitar um voto de sanção contra seu partido, o AKP, em um momento em que o país atravessa uma tempestade econômica, com altas taxas de inflação e desemprego.

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Segundo a agência pública de notícias Anadolu, o candidato comum dos partidos de oposição CHP (social-democrata) e Iyi (direita), Mansur Yavas, venceu em Ancara com 50,9% dos votos, contra 47,% para o candidato do governista AKP, Mehmet Özhaseki, após a apuração de 99% das urnas.

Em um discurso ante seus partidários na capital, Yavas proclamou sua vitória sem esperar o fim da apuração, saudando uma "vitória da democracia".

Esta derrota na capital política do país representa um revés inédito para Erdogan, que ganhou todas as eleições desde a chegada do AKP ao poder, em 2002.

Assim como Istambul, Ancara era controlada pelo partido de Erdogan, e pelas formações islamistas que o precederam, há 25 anos.

Em Istambul, tanto o candidato de Erdogan, o ex-primeiro-ministro Binali Yildirim, como seu rival Ekrem Imamoglu reivindicaram a vitória. Com 98% dos votos apurados, os resultados apontavam uma pequena diferença entre os dois.

Ante a possibilidade de uma derrota em Istambul, Erdogan declarou que o AKP controlaria de todos os modos a maioria dos distritos da cidade, mesmo que a oposição fique com a prefeitura.

- "Defeitos" -

A perda de Ancara "desfere um duro golpe a Erdogan e a seu sistema hiperpresidencial", considerou Berk Esen, professor associado da Universidade Bilkent de Ancara.

"Erdogan assumiu um risco ao transformar essas eleições em uma eleição nacional e ao fazer campanha para candidatos impopulares do AKP em cidades importantes. Esta derrota será vista como a sua própria", acrescentou.

Durante um discurso em Ancara, Erdogan afirmou que o AKP corrigirá seus "defeitos".

"Nos lugares em que perdemos, teremos que aceitar que não estivemos à altura e agir em consequência", declarou ante seus partidários em Istambul.

E recordando que estas eram as últimas eleições até 2023, o presidente turco declarou que o período que começa estará dedicado às "reformas econômicas" e ao combate ao "terrorismo".

Durante a campanha eleitoral, Erdogan, de 65 anos, não poupou esforços para tentar convencer os eleitores a votar em seu partido, realizando 102 reuniões em 50 dias.

A coalizão liderada pelo AKP obteve mais de 51% dos votos em nível nacional, segundo os resultados parciais, mas perdeu, além de Ancara, outras grandes cidades como Antalya e Adana (sul).

O presidente havia afirmado que nestas eleições estava em jogo a "sobrevivência da nação", mas para muitos eleitores a principal preocupação era a economia, com uma inflação de 20% no país.

Consciente do problema, no mês passado Erdogan pediu às prefeituras de Istambul e Ancara que abrissem seus próprios postos de frutas e verduras com grandes descontos.

Nestas eleições duas coalizões se enfrentaram: de um lado o AKP de Erdogan e seus aliados ultranacionalistas do MHP; e do outro os social-democratas do CHP e o partido de direita Iyi.

Estes últimos contam com o apoio dos pró-curdos do HDP, que não apresentaram candidatos em Istambul nem Ancara para evitar uma dispersão dos votos contrários a Erdogan.

Um tribunal turco condenou nesta quinta-feira 25 jornalistas a sentenças de até sete anos e meio de prisão, em um dos inúmeros julgamentos relacionados à tentativa de golpe de julho de 2016, informou a agência de notícias Dogan.

A maioria das pessoas condenadas eram colaboradoras de veículos próximos ao movimento do pregador Fetullah Gulen, acusado por Ancara de ter orquestrado o golpe, mas todos negam envolvimento.

Entre os acusados ​​estão o cantor e jornalista Atilla Tas, sentenciado a mais de três na prisão, e o jornalista Murat Aksoy, condenado a mais de dois anos. Ambos poderão permanecer em liberdade condicional enquanto aguardam o julgamento do recurso.

O governo turco chama de terrorista o movimento religioso de Gulen, exilado nos Estados Unidos, que nega ter desempenhado um papel na tentativa de golpe de Estado.

Tas e Aksoy foram colocados em liberdade condicional no final de outubro, depois de mais de 400 dias atrás das grades. "É uma decisão da justiça, nós a respeitamos", disse Tas após o anúncio da decisão do juiz, de acordo com um vídeo publicado no jornal opositor Cumhuriyet. "Se estar na oposição em um país é um crime, então sou culpado", disse ele.

Treze outros réus, incluindo a ex-editora do jornal Zaman, Hanim Busra Erdal, foram condenados a 6 anos e 3 meses de prisão por pertencerem a uma organização terrorista.

A Turquia lançou uma onda de expurgos após a tentativa de golpe de Estado. Mais de 50 mil pessoas foram presas e mais de 140 mil pessoas perderam seus empregos ou foram suspensas em um processo que gerou críticas internacionais.

As autoridades turcas anunciaram neste domingo (19) a proibição "até nova ordem" das iniciativas culturais da comunidade LGBTI (lésbicas, gays, transexuais, bissexuais e intersexuais) em cinemas e espaços de exposição da província de Ancara, por considerar que atentam contra a ordem pública.

"Desde (sábado) 18 de novembro e até nova ordem, todos os eventos cinematográficos, teatrais, projeções, pesquisas, colóquios, entre outros, organizados pelas comunidades LGBTI (...) estão proibidos", indicou o governo de Ancara em sua página na internet.

A proibição busca "manter a ordem pública", argumenta o governo em comunicado, considerando que essas manifestações podem "provocar reações em certos setores" da sociedade.

Essa semana, as autoridades da capital turca já tinham proibido um festival de cinema LGBTI por considerar que podia "incitar ao ódio", o que os organizadores denunciaram como uma violação de seus "direitos constitucionais".

Ainda que a homossexualidade não seja considerada um crime na Turquia, a homofobia é muito presente e se manifesta por meio de agressões e assassinatos, segundo as organizações não-governamentais.

Um homem realizou disparos em frente da Embaixada dos Estados Unidos em Ancara, na Turquia, poucas horas após o embaixador da Rússia no país ter sido assassinado na cidade por um homem armado.

A notícia foi anunciada pela própria embaixada norte-americana em seu site. "Às 3h50 [22h50 no horário de Brasília], um indivíduo se aproximou da entrada principal da embaixada dos EUA em Ancara e realizou disparos com uma arma de fogo. Não há informações de feridos e o homem está sob a custódia da polícia", explica o órgão no site.

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"Devido a este incidente, a embaixada dos Estados Unidos em Ancara, o consulado geral dos EUA em Istambul e o consulado dos EUA em Adana ficarão fechados" durante esta terça-feira (20).

O site da embaixada ainda disse para que os cidadãos norte-americanos mantenham "um alto nível de vigilância" e tenham cuidado com sua "segurança pessoal".

O episódio aconteceu poucas horas após o policial turco Mert Atlintas, de 22 anos, ter atirado e matado o embaixador russo em Ancara, Andrei Karlov, que discursava durante a abertura de uma exposição de arte no Contemporary Arts Center, no centro da capital.

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A militância curda na Turquia reivindicou a responsabilidade pelo ataque com carro bomba em Ancara, que deixou 37 pessoas mortas.

Em comunicado, o grupo Falcões da Liberdade do Curdistão disse que o ataque na capital turca foi uma resposta à operações militares contra os rebeldes curdos no sudeste do país.

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O grupo é considerado um braço do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e é apontado como responsável por vários ataques no passado, incluindo outro atentado em Ancara em fevereiro, que matou 29 pessoas.

Mais de 200 pessoas morreram em cinco atentados a bomba na Turquia desde julho, atribuídos aos rebeldes curdos e ao Estado Islâmico. Fonte: Associated Press

Uma grande explosão atingiu o centro da capital da Turquia, Ancara, na noite deste domingo (horário local), e causou vários estragos, de acordo com relatos da TV local.

Imagens da cena mostram vários carros em chamas em uma área comercial movimentada da cidade. Esta é a segunda vez em menos de um mês que Ancara é atingida por uma explosão de grande escala.

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A explosão deste domingo aconteceu nas proximidade do prédio do Parlamento e da principal estação de ônibus da cidade. Nenhum grupo assumiu autoria da detonação.

No mês passado, a explosão de um carro-bomba matou mais de 20 soldados turcos, em um ataque a um comboio militar na capital.

Um pequeno grupo separatista curdo assumiu a responsabilidade por aquele ataque, que o governo diz ter sido conduzido pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão, PKK. Fonte: Dow Jones Newswires.

Da Agência Lusa

A União Europeia denunciou hoje uma “tendência negativa” para o Estado de Direito na Turquia e “graves retrocessos” na liberdade de expressão, no relatório anual sobre os progressos do país rumo à adesão à UE.

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O relatório destaca a "tendência geral negativa para o respeito do Estado de Direito e dos direitos fundamentais”, indica a Comissão Europeia, em comunicado, no momento em que a União Europeia está negociando com Ancara formas para melhorar a cooperação na crise migratória.

“Após vários anos de progresso sobre a liberdade de expressão, foram observados graves recuos nos últimos dois anos”, afirmou o executivo de Bruxelas, que também se congratula com o esforço representado no acolhimento de dois milhões de refugiados sírios e iraquianos na Turquia.

A Comissão Europeia estima que o “novo Governo, formado após as eleições antecipadas de 1º de novembro responderá às prioridades urgentes”. Os dados constam de um relatório que deveria ter sido publicado na primeira quinzena de outubro.

A publicação foi adiada devido às eleições na Turquia, ganhas pelo partido islâmico-conservador do Presidente Recep Tayyip Erdogan, que encontrou uma maioria absoluta no parlamento.

Bruxelas tenta persuadir as autoridades turcas a fazer mais, para conter o fluxo de migrantes que sai todos os dias das costas da Turquia para atingir o contingente europeu pela ilhas gregas no mar Egeu.

A seleção brasileira feminina de basquete já está no palco da sua estreia no Mundial de Basquete, no próximo sábado, diante da República Checa, em Ancara, cidade que vai receber as partidas do Grupo A e B do torneio. Assim, na manhã desta segunda-feira, a equipe dirigida por Luiz Augusto Zanon realizou seu primeiro treinamento na quadra auxiliar da Arena Ancara.

"Fomos muito bem recebidos e o campeonato está muito bem estruturado aqui em Ancara. Depois de uma viagem longa de quase 22 horas, desde que saímos de São Paulo, realizamos hoje (segunda) o primeiro treino já no clima de competição. A partir de agora tudo é focado para este Mundial. Em cada minuto de quadra vamos pensando no objetivo que temos que é fazer o maior número de jogos. Procurei deixar claro para elas em uma conversa que não há pressão nenhuma sobre o grupo, que elas precisam jogar soltas e contagiando a todos, sem medo", disse Zanon.

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O treinador destacou que a preparação do Brasil já está praticamente concluída para o Mundial. Assim, a partir desta segunda-feira, a preocupação é mesmo com o acerto apenas dos detalhes finais, visando a estreia contra a República Checa no sábado.

"O que tínhamos que ter trabalhado já foi feito. Agora precisamos aprimorar e usar a alegria delas na energia, no sentimento e pela oportunidade de estarem aqui. Mas principalmente usar essa alegria para buscar o lugar que queremos chegar", completou Zanon.

Estreante em Mundiais, a ala Patrícia Teixeira revelou o teor da conversa que Zanon teve com as jogadoras antes do treinamento desta segunda-feira. "O Zanon conversou com a gente no início do treino e lembrou que para o Brasil a competição já começou. Também pediu que jogássemos forte e com intensidade, mas que o mais importante era não perdermos a alegria e a confiança", disse.

Patrícia também destacou a importância do Brasil não tropeçar no seu primeiro jogo no Mundial. "Estou fazendo minha estreia em um Mundial como a maioria das meninas, mas vamos entrar com tudo nesse primeiro jogo. Uma vitória será muito importante para darmos continuidade ao trabalho que vem sendo feito. Por ser uma seleção muito jovem a alegria e o empenho não vão faltar", finalizou a ala.

Além da República Checa, o Brasil terá pela a frente a Espanha, no próximo domingo, e o Japão, no dia 30 de setembro, no Grupo A do Mundial. O líder da chave passa direto às quartas de final, enquanto o segundo e terceiro colocado vão entrar em quadra pelas oitavas de final.

O homem-bomba que atacou, na última sexta-feira, a Embaixada dos Estados Unidos, em Ancara, capital da Turquia, cumpriu vários anos de prisão por acusações de terrorismo, mas recebeu liberdade condicional após ser diagnosticado com problemas mentais causados por uma greve de fome, informaram autoridades turcas neste sábado (2).

O suicida, identificado como o militante esquerdista, Ecevit Sanli, de 40 anos, explodiu a si mesmo diante da Embaixada, causando a morte de um guarda e ferindo uma jornalista gravemente, num ato classificado pelos EUA de ataque terrorista. Sanli carregava explosivos suficientes para destruir um prédio de dois andares e chegou também a detonar uma granada, segundo o governo turco.

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O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, informou ontem que a polícia trabalha com a hipótese de Sanli ser ligado a um grupo militante esquerdista proscrito, conhecido como Partido Revolucionário de Libertação Nacional-Frente, ou DHKP-C.

Em comunicado postado hoje num site ligado ao DHKP-C, o grupo reivindicou a autoria do atentado e afirmou que Sanli cometeu "o ato de sacrifício" em seu nome.

As informações são da Associated Press.

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