Tópicos | Estado de Direito

Ao assumir a presidência temporária do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou nesta terça-feira (4) que o mundo se encontra cada vez mais complexo e desafiador e que nenhum país resolverá seus problemas sozinho nem pode permanecer alheio ao que chamou de grandes dilemas que vive a sociedade.

“Não temos alternativa que não seja a união. Frente à crise climática, é preciso atuar coordenadamente na proteção de nossos biomas e na transição ecológica justa. Diante das guerras que trazem destruição, sofrimento e empobrecimento, cumpre falar de paz. Em um mundo cada vez mais pautado pela competição geopolítica, nossa opção regional deve ser a cooperação e a solidariedade.”

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Em seu discurso, Lula citou o aumento do ódio, da intolerância e da mentira na política e classificou como urgente renovar o compromisso histórico do Mercosul como Estado de direito. “Como presidentes democraticamente eleitos, temos o desafio de enfrentar todos os que tentam se apropriar e perverter a democracia, estou convicto que a construção de um Mercosul mais democrático e participativo é o caminho que temos que trilhar.”

Alberto Fernández

Ao abrir a 62ª Cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e Países Associados, em Puerto Iguazú, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, comentou a transferência da presidência pro-tempore para o Brasil pelos próximos seis meses.  

“Não quero esconder o enorme carinho e a profunda admiração que sinto por ele [Lula]. Foi vítima de perseguição e injustiça. Mas o povo brasileiro soube reparar esse dano dando a liderança dessa nação-irmã. Querido amigo, desejo o melhor. Você merece. Sermos membros desse bloco que nos fortalece. Sem ele, em um cenário internacional de países que constituem enorme blocos econômicos, seríamos mais fracos e pequenos. Vamos ser fortes, defendendo os nossos interesses.”

 

Após o procurador-geral da República, Augusto Aras, citar a possibilidade do decreto do estado de defesa no Brasil, a campanha #EstadoDeDefesaJa apareceu como o assunto mais citado do Twitter, na manhã desta quinta-feira (21). A hashtag pede a adoção de medidas coercitivas extraordinárias, que reduzem direitos da população.

De acordo com o art. 136 da Constituição, o Estado de Defesa restringe reuniões de pessoas, sigilo de correspondência e da comunicação telegráfica e telefônica, acaba com a exigência do flagrante para uma prisão. A decisão tem como justificativa "preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza".

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A possibilidade da sua institucionalização foi estimulada por Aras, que considerou o uso da lei para preservar a estabilidade institucional em tempo de 'temperança e prudência'. Para ser decretada, deve haver uma conversa prévia entre os conselhos da República e da Defesa Nacional, formados pelo vice Hamilton Mourão (PTB), chefes das Forças Armadas, presidentes da Câmara, do Senado, líderes do Congresso, entre outros.

No Twitter, comentários apoiaram que o estado excepcional seja decretado, "Use a bic, @jairbolsonaro. O povo está contigo!; Aras falou e o povo apoia!"; "Se não tirar os agentes chineses e globalistas do Estado não vai sobrar país para salvar daqui 2 anos"; "Se o Presidente Bolsonaro não decretar #EstadoDeDefesaJa perderá a oportunidade que Trump perdeu de prender fraudadores, que culminou em roubos na eleição"; "Se tem meios legais de se livrar de quem destrói o país, tem de usar. E não esperar para sermos engolidos pelos trevosos", escreveram usuários.

Fora do Ministério da Justiça depois de pedir demissão, Sergio Moro foi contratado para dar aulas sobre combate à corrupção, lavagem de dinheiro e Estado de direito. A disciplina ministrada pelo ex-juiz será voltada para estudantes de pós-graduação, com duração prevista de 20 horas. 

Há alguns meses, circulava a informação de que Moro havia sido chamado para lecionar no Centro Universitário de Brasília (Uniceub), mas só agora a contratação foi confirmada. Segundo o Correio Braziliense, por enquanto as aulas devem ocorrer a distância e apenas nas terças-feiras, com as primeiras aulas agendadas para começar em setembro.

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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) indagou, nesta sexta-feira (8), se a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de impedir a prisão de uma pessoa logo após condenação em segunda instância não teria sido tomada sob influência política. 

Em publicação no Twitter, na manhã de hoje, Mourão não mencionou diretamente o STF ou o resultado do julgamento dessa quinta (7), mas falou sobre o Estado de Direito no país e perguntou se ele estaria “ao sabor da política”. 

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“O Estado de Direito é um dos pilares de nossa civilização, assegurando que a Lei seja aplicada igualmente a todos. Mas, hoje, dia 8 de novembro de 2019, cabe perguntar: onde está o Estado de Direito no Brasil? Ao sabor da política?”, questionou o vice-presidente. 

A decisão do STF pode beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril de 2018 na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, após ser condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. A defesa de Lula pretende solicitar a soltura imediata dele nesta sexta-feira, mas liberdade depende do aval da juíza da 12ª Vara de Execuções Penais (VEP), Carolina Lebbos.

O julgamento da ação que questionava a prisão logo após condenação em segunda instância, enquanto a ação ainda é passível de recursos, foi desempatado pelo presidente do STF, o ministro Dias Toffoli. O voto dele contra a detenção enquanto não houver o trânsito em julgado teria deixado aliados do presidente Jair Bolsonaro insatisfeitos.

O jornal “ The New York Times” publicou artigo nesta terça-feira (23) com o seguinte título: “Democracia brasileira empurrada para o abismo“. O autor é Mark Weisbrot, diretor do Centro de Pesquisas Políticas e Econômicas de Washington.

De acordo com ele, “o império da Lei e a independência do Poder Judiciário são conquistas frágeis e suscetíveis a bruscas reversões em alguns países”. Ele se refere ao Brasil, especificamente ao julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acontece na próxima quarta (24), em Porto Alegre.

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Weisbrot contextualiza os leitores dos Estados Unidos e do mundo acerca do que aqui se vive atualmente: “Esta semana, a democracia (brasileira) pode ser mais corroída, quando um tribunal de apelação de três juízes irá decidir se a figura política mais popular do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, será impedido de competir nas eleições presidenciais de 2018, ou mesmo preso.”

“Não há muita pretensão de que o tribunal seja imparcial. O presidente do TRF-4 já elogiou a decisão do juiz de de primeira instância de condenar Lula por corrupção como ‘tecnicamente irrepreensível’, e o chefe de gabinete do juiz postou em sua página no Facebook uma petição pedindo a prisão do ex-presidente.”

Sobre Sérgio Moro, que condenou Lula em primeira instância, o jornal norte-americano descreve: “Demonstrou seu próprio partidarismo em numerosas ocasiões. Ele teve que pedir desculpas ao Supremo Tribunal em 2016 por divulgar conversas telefônicas entre Lula e a presidente Dilma Rousseff, seu advogado e sua esposa e filhos. O juiz Moro organizou um espetáculo para a imprensa em que a polícia apareceu na casa do Sr. da Silva e levou-o para interrogatório – apesar de o Sr. da Silva ter dito que iria denunciar voluntariamente para interrogatório.”

O artigo também trata quanto ao teor das provas apresentadas pelos procuradores da Lava Jato e aceitas por Moro. “A evidência contra Lula está muito abaixo dos padrões que seriam levados a sério, por exemplo, no sistema judicial dos Estados Unidos.”

“Ele é acusado de ter aceitado um suborno de uma grande empresa de construção, chamada OAS, que foi processada no esquema de corrupção no Brasil. Esse escândalo de vários bilhões de dólares envolveu empresas que pagam grandes subornos a funcionários da Petrobras, empresa estatal de petróleo, para obter contratos a preços grosseiramente inflacionados. O suborno alegadamente recebido por Lula é um apartamento de propriedade da OAS. Mas não há provas documentais de que ele ou sua esposa já tenham recebido títulos, alugados ou mesmo ficaram no apartamento, nem que tentaram aceitar esse presente. A evidência contra o Sr. da Silva baseia-se no testemunho de um executivo da OAS condenado, José Aldemário Pinheiro Filho, que sofreu uma pena de prisão reduzida em troca do testemunho acusando Lula. Segundo o relato do importante jornal brasileiro Folha de São Paulo, o Sr. Pinheiro foi impedido de negociar o acordo de delação quando ele originalmente contou a mesma história que o Sr. da Silva sobre o apartamento. Ele também passou cerca de seis meses na prisão preventiva. (Esta evidência é discutida no documento de sentença de 238 páginas). Foi esta escassa evidência que o juiz Moro usou para condenar Lula a nove anos e meio de prisão.”

O artigo lembra ainda que o Estado de Direito no Brasil já havia sofrido “um golpe devastador em 2016”, quando a presidenta Dilma Rousseff sofreu um processo de impeachment "sem que tivesse cometido crime algum".

O artigo termina com a seguinte reflexão: “Se Lula for impedido de se candidatar, o resultado eleitoral terá pouca legitimidade, como nas eleições hondurenhas de novembro, que eram amplamente vistas como roubadas. Uma eleição não-crivel pode ser politicamente desestabilizadora. E mais importante, o Brasil restará com uma forma de democracia eleitoral muito mais limitada, em que um poder judiciário politizado pode excluir um líder político popular de se candidatar a cargos. Isso seria uma calamidade para os brasileiros, a região e o mundo.”

Com informações da Agência PT de Notícias

Da Agência Lusa

A União Europeia denunciou hoje uma “tendência negativa” para o Estado de Direito na Turquia e “graves retrocessos” na liberdade de expressão, no relatório anual sobre os progressos do país rumo à adesão à UE.

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O relatório destaca a "tendência geral negativa para o respeito do Estado de Direito e dos direitos fundamentais”, indica a Comissão Europeia, em comunicado, no momento em que a União Europeia está negociando com Ancara formas para melhorar a cooperação na crise migratória.

“Após vários anos de progresso sobre a liberdade de expressão, foram observados graves recuos nos últimos dois anos”, afirmou o executivo de Bruxelas, que também se congratula com o esforço representado no acolhimento de dois milhões de refugiados sírios e iraquianos na Turquia.

A Comissão Europeia estima que o “novo Governo, formado após as eleições antecipadas de 1º de novembro responderá às prioridades urgentes”. Os dados constam de um relatório que deveria ter sido publicado na primeira quinzena de outubro.

A publicação foi adiada devido às eleições na Turquia, ganhas pelo partido islâmico-conservador do Presidente Recep Tayyip Erdogan, que encontrou uma maioria absoluta no parlamento.

Bruxelas tenta persuadir as autoridades turcas a fazer mais, para conter o fluxo de migrantes que sai todos os dias das costas da Turquia para atingir o contingente europeu pela ilhas gregas no mar Egeu.

A avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, voltou a ser palco de manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) neste domingo (12). Apesar da adesão menor, se comparado ao protesto de 15 de março, os líderes dos movimentos que participaram do ato aproveitaram o momento para lançar a Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos Brasileiros. Com cerca de 50 grupos, entre eles o Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre, a principal intenção da Aliança é levar ao Congresso Nacional a reivindicação pela saída da petista “quer seja por impeachment, cassação ou renúncia”.

“Todos os movimentos numa única agenda, com a mesma pauta e que vai passar a agir de forma antenada e reivindicando o que o povo pede nas ruas”, detalhou um dos porta-vozes do Vem Pra Rua, Gustavo Gesteira, que fez o anúncio para finalizar o ato, por volta das 17h20. Segundo ele, as agremiações devem escolher um líder posteriormente para representar a Aliança Nacional e até a próxima quarta-feira (15) ao menos um líder de cada movimento deve ir ao Congresso com a pauta de reivindicações.

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“Basta de o povo falar e o Governo Federal escalar dois ministros para responder de forma contrária o que ao povo pediu. Vamos exigir conjuntamente aquilo que o povo pede nas ruas”, destacou Gesteira.

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O ato deste domingo iniciou por volta das 14h. Vestidos de verde e amarelo, milhares de pessoas foram à orla da praia de Boa Viagem. A Polícia Militar optou por não fazer um balanço no quantitativo de manifestantes. A organização inicialmente estimou um público de 12 mil, no fim do protesto afirmaram ter passado pelo local 40 mil pessoas.

Entre os presentes, os pleitos eram diversos. Houve quem pedisse pelo impeachment de Dilma, a reforma política, o fim da corrupção, a intervenção militar, a prisão do ex-presidente Lula (PT), a saída do ministro Dias Tofolli do Supremo Tribunal Federal e a renovação do Congresso Nacional.

“Vim para rua hoje com o desejo de mudar o meu país. Precisamos tentar fazer uma faxina geral em toda essa robalheira”, disparou a comerciante Gyane Gonçalves. “Fora todos esses que estão corroendo o país. Estive na manifestação do dia 15 e voltarei às ruas quantas vezes for necessário para pedir uma renovação. A voz do povo tem que ser ouvida”, corroborou a médica Ana Carolina.

Apesar de pregar o apartidarismo, alguns políticos marcaram presença na manifestação. Entre eles, o deputado federal e líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho; o vereador e presidente do PSDB no Recife, André Régis; e a deputada estadual Priscila Krause (DEM).

Petistas rebatem protesto com camisas e bandeiras vermelhas

Vestindo vermelho, alguns petistas foram vistos na orla de Boa Viagem protestando contra o ato antigovernista. Um deles, que preferiu não se identificar e não falou com à imprensa, foi hostilizado pelos manifestantes e por líderes dos movimentos que integravam a organização do protesto. O jovem estava com um adesivo de apoio a Dilma na camisa. Os participantes da mobilização jogaram ovos contra ele e fizeram xingamentos, mostrando cédulas de R$ 5 e R$ 20.

Além dele, bandeiras vermelhas foram estendidas nos prédios da orla e contra eles vaias unissononas eram entoadas. 

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