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A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) registrou um dos piores níveis de qualidade do serviço no ano passado, segundo ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), divulgado nesta quarta-feira (26). Na lista das 35 maiores empresas do País, a Companhia ficou na 24ª posição.  

Entre as concessionárias de maior porte, a melhor posição em termos de qualidade dos serviços prestados foi a Coelce, que atende o Ceará; seguida por CPFL Santa Cruz, que atua no interior de São Paulo. Em terceiro lugar, ficou a Cemar, no Maranhão, seguida por Energisa Paraíba e Energisa Minas Gerais. Na última posição está a Celg, seguida por Light, Celpa, Ceal e CEB.  

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A lista considera as empresas com mercado faturado anual maior que 1 Terawatt-hora (TWh). A que mais evoluiu foi a Bandeirante Energia, que ganhou nove posições em relação a 2012. A que mais piorou, por sua vez, foi a Caiuá Distribuição de Energia, que perdeu 12 posições. Ambas atuam no interior de São Paulo.

Para fazer o ranking, a Aneel leva em conta dois indicadores de desempenho que mostram o tempo e a quantidade de vezes que o consumidor ficou sem luz no ano. O DEC (duração equivalente de interrupção por unidade consumidora) indica o número de horas, em média, que o consumidor ficou sem energia. Já o FEC (frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora) demonstra quantas vezes, em média, houve interrupção no fornecimento de energia no período.

Os limites são definidos pelo órgão regulador para cada distribuidora. Quanto pior a posição na lista, mais esses níveis foram violados. Desde o ano passado, a posição é um dos itens considerados na aplicação dos reajustes tarifários. Assim, quem tem desempenho pior obtém um reajuste menor, e quem tem mais qualidade obtém um reajuste maior.

Entre as 28 distribuidoras de menor porte (mercado igual ou inferior a 1 TWh), as melhores colocadas foram a Empresa Força e Luz João Cesa, que atua em Santa Catarina; Forcel, no Paraná; e Mux Energia, no Rio Grande do Sul. A que mais evoluiu no ano passado foi a Hidropan, no Rio Grande do Sul, com um avanço de 12 posições em comparação a 2012.

As piores foram a CEA, no Amapá; Eletrocar, no Rio Grande do Sul; e Ienergia, em Santa Catarina. A que mais piorou foi a CERR, em Roraima, com recuo de dez posições em comparação a 2012.

Com informações da Agência Estado 

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse nesta terça-feira (25) que o edital do leilão para compra de energia com entrega imediata (A-0) não precisará passar por audiência pública. Segundo ele, embora a Aneel adote esse procedimento com frequência, ele não é obrigatório para leilões de compra de energia. "Não sei se vai ter audiência pública para o edital. Essa é uma contratação urgente, emergencial. Vamos votar o quanto antes", afirmou.

Mais cedo, o diretor André Pepitone, relator do processo do leilão, informou que o edital será analisado pela Aneel na próxima semana. A licitação está marcada para 25 de abril. Rufino disse que a definição dos preços-teto para o leilão A-0 será feita pelo Ministério de Minas e Energia. Segundo ele, essa informação será publicada em breve por meio de portaria no Diário Oficial da União. "Não é a Aneel que decide", afirmou.

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O diretor-geral disse que há oferta de energia suficiente no mercado para atender à demanda das distribuidoras, de 3,3 mil megawatts (MW) médios. "O mercado está liquidando um volume maior do que esse", afirmou. "Se as empresas vão ou não se apresentar, vai depender das condições de preço."

Rufino reconheceu que, ao estabelecer um teto para o Custo Variável Unitário (CVU) de R$ 300 por MWh, o governo afastou a possibilidade de que térmicas a diesel e óleo combustível possam disputar o leilão. Isso porque o custo total dessas usinas (fixo e variável) normalmente supera esse teto devido ao valor dos combustíveis. "Se elas (térmicas a óleo diesel e combustível) não tiverem um CVU competitivo, elas não poderão participar", afirmou.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou para 8 de abril o prazo para as distribuidoras apresentem as garantias de pagamento pela compra de energia no mercado de curto prazo. O prazo para o aporte de garantias da energia adquirida em fevereiro vencia nesta terça-feira, 25. A decisão foi publicada por meio de despacho na edição desta terça do Diário Oficial da União.

No mês passado, a Aneel adotou o mesmo expediente ao adiar o prazo para o aporte de garantias referente à energia comprada em janeiro. O prazo vencia em 21 de fevereiro e foi adiado para 11 de março.

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Mas antes disso, no dia 7 de março, o governo publicou um decreto permitindo que parte da despesa fosse bancada pelo Tesouro Nacional, via aportes à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

Na publicação, o governo não assumiu o gasto com as térmicas e se comprometeu a fazer o aporte apenas em janeiro. A despesa foi de cerca de R$ 2 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão foram bancados pelo Tesouro.

Em fevereiro, a estimativa é que o gasto total das distribuidoras atinja R$ 4 bilhões. A expectativa é que o governo publique novo decreto até o dia 8 de abril, assumindo parte dessa despesa. O Tesouro se comprometeu a fazer um aporte adicional de R$ 4 bilhões para a CDE neste ano, além dos R$ 9 bilhões reservados no Orçamento da União.

Para o restante do ano, a alternativa será o uso de empréstimos tomados pelas distribuidoras com os bancos, intermediados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no valor de R$ 8 bilhões. Tanto os aportes do Tesouro quanto os empréstimos serão repassados para a conta de luz e serão pagos via reajustes tarifários pelo consumidor ao longo dos próximos anos.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse nesta sexta-feira (14) que a antecipação do regime de bandeiras tarifárias não fez parte do pacote de medidas para o setor elétrico anunciadas na quinta-feira pelo governo porque ainda há imperfeições no modelo que deve entrar em vigor em janeiro de 2015.

No fim do ano passado, o órgão regulador postergou a entrada em funcionamento do novo modelo para o próximo ano. "Não achamos oportuno rever decisão de adiamento das bandeiras tarifárias. O assunto não estava maduro e com a compreensão suficiente para colocar em prática este ano", afirmou.

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No regime de bandeiras tarifárias, os consumidores pagam um adicional nas contas de luz sempre que há crise energética e as distribuidoras precisam utilizar eletricidade mais cara das usinas térmicas. Por isso, caso as bandeiras já estivessem em vigor, os consumidores poderiam estar economizando energia, diminuindo a necessidade das distribuidoras em adquirem eletricidade mais cara no mercado de curto prazo.

Segundo ele, a proposta já aprovada passará por ajustes até o fim deste ano. "Do jeito que está, a bandeira vermelha é cobrada de todos os consumidores, inclusive os de distribuidoras que não estão expostas a essa energia mais cara", afirmou Rufino.

Além disso, a Aneel entendeu no ano passado que a sociedade ainda não estava pronta para assimilar a nova regra. "Mas se trata de uma boa ideia, pois o regime dá o sinal de preço adequado ao consumidor, ajuda a haver uma resposta da demanda em função do preço e de certa forma auxilia no fluxo de caixa das companhias", completou.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, esclareceu no início da noite desta quinta-feira (13) que o cronograma de reajustes anuais das tarifas de energia elétrica para os consumidores seguirá normalmente. Segundo ele, o valor adicional de necessidades do setor que for apurado em 2014 será repassado para as contas de luz a partir de 2015.

Rufino não explicou, no entanto, se esse repasse ocorrerá de uma só vez ou se será escalonado ao longo de mais anos. "Ainda não foi decidido sobre escalonamento dos reajustes", afirmou. Cada companhia de distribuição tem uma data própria para o reajuste, chamado no setor de "aniversário" da tarifa. Nesse momento, no próximo ano, a Aneel calculará a diferença entre os valores de custo de energia previstos em 2014 e os efetivamente pagos pelas empresas, para que a diferença seja incluída nas tarifas.

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De acordo com Rufino, o custo a mais em 2014 deve ficar próximo dos R$ 12 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões serão aportados pelo Tesouro Nacional e R$ 8 bilhões serão captados por meio de empréstimos no mercado financeiro. Esses são os valores que serão incluídos nas tarifas a partir de 2015. "Normalmente, apenas o reajuste anual resolve o problema econômico das empresas no ano seguinte. Mas agora é necessário antecipar esses recursos porque se trata de um problema financeiro. A solução vem equilibrar questão do fluxo de caixa das companhias", disse Rufino.

Os cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre as receitas e despesas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) apresentaram um déficit de R$ 5,6 bilhões para 2014, que deverá ser repassado para as tarifas de energia, com impacto para os consumidores de aproximadamente 4,6%, a partir dos próximos reajustes tarifários. Os números foram apresentados nesta terça-feira (11) durante reunião da diretoria da Aneel.

Segundo cálculos da agência, as despesas do fundo setorial devem ficar em R$ 17,994 bilhões este ano. A CDE serve para cobrir gastos do setor, como com o Programa Luz para Todos, subsídios para o uso de termelétricas no Norte do país e também o custo da redução em 20% da tarifa de energia determinado no ano passado pelo governo federal.

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Os valores ainda serão debatidos em audiência pública promovida pela Aneel, que pode receber sugestões até o dia 16 de março. Do total das despesas da CDE, o montante de R$ 1,55 bilhão é referente às despesas de 2013 e R$ 3,8 bilhões são para subsidiar descontos tarifários. Entre as receitas do fundo está um aporte de R$ 9 bilhões do Tesouro Nacional, além do pagamento de concessões, de multas e do financiamento da Reserva Geral de Reversão (RGR).

Cerca de 600 projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) com capacidade para gerar 6 mil megawatts (MW) estão emperrados na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) há cerca de cinco anos. Para serem construídas, as usinas precisam ser analisadas e aprovadas pela agência reguladora. E só depois disso o empreendedor entra com o pedido de licenciamento ambiental.

"O órgão ambiental diz que não pode conceder a licença sem que a Aneel aprove o projeto. A Aneel diz que só pode aprovar depois que o órgão ambiental conceder a licença. Virou a história do que vem primeiro, o ovo ou a galinha", afirma o representante da Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto.

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Segundo ele, até o ano passado, o governo praticamente havia esquecido as PCHs, que dão grande contribuição ao sistema por estarem próximas dos centros de consumo. No último leilão, no entanto, o preço melhorou e 16 projetos venderam energia. "Estamos confiantes de que agora elas possam deslanchar."

Medidas de incentivo. Além de projetos menores, como as PCHs, especialistas avaliam que o governo precisa incluir no planejamento medidas simples, como o incentivo à conservação de energia, geração própria (cogeração) e troca de equipamentos velhos por outros mais modernos e eficientes, como os smart grids. "O governo precisa começar a se mexer. Não dá pra esperar a chuva chegar", afirma o professor da PUC-Rio David Zylbersztajn. Na opinião dele, pequenas medidas poderiam fazer toda a diferença num momento delicado como o atual.

Em São Paulo, por exemplo, há grandes centros de consumo, como as Avenidas Paulista e Berrini, que poderiam adotar geração própria, diz o professor. Além disso, o gás natural tem de ser usado para diversificar a matriz elétrica. Roberto Pereira D'Araujo, do Ilumina, concorda tanto com a necessidade de se adotar medidas de conservação quanto com a do papel do gás. Segundo ele, o governo precisa reorganizar o setor e definir, por exemplo, a prioridade do gás natural. Para David Zylbersztajn, para sorte do setor, a atividade econômica do País está fraca. "Se estivesse crescendo 4% ao ano, a situação agora seria crítica."

A presidente Dilma Rousseff comemorou na tarde desta sexta-feira (7), o leilão da linha de transmissão de Belo Monte, realizado pela manhã pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por meio da sua conta no microblog Twitter, Dilma destacou que o "disputado leilão" resultou em um deságio de 38% oferecido pelo consórcio vencedor IE Belo Monte, formado pela chinesa State Grid e pelas brasileiras Eletronorte e Furnas. "A regra básica para vencer o leilão era apresentar a menor proposta de receita anual", postou a presidente. "Como houve deságio de 38%, haverá um desconto maior na conta de luz", completou.

O deságio de 38% incide sobre a Receita Anual Permitida (RAP), que será a remuneração à qual o grupo terá direito para operar as linhas. A Aneel tinha estabelecido como teto uma RAP de R$ 701 milhões e o consórcio ofereceu uma receita de R$ 434,647 milhões.

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Embora o deságio tenha sido bem maior do que o observado nos últimos leilões de transmissão, o impacto sobre a tarifa paga pelo consumidor será diluído. Na conta de luz, o consumidor paga custos de geração, transmissão e distribuição de energia, além de encargos setoriais e impostos. Neste caso, o deságio terá impacto apenas em parte dos custos de transmissão do setor elétrico.

O grupo vencedor do leilão vai construir e operar 2.100 km de linha de alta tensão entre Xingu (PA) e Estreito (MG). A atual extensão das linhas da rede básica do sistema interligado nacional ultrapassa 90 mil quilômetros.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será a principal fonte de recursos do financiamento do projeto do chamado linhão de Belo Monte, estimado em aproximadamente R$ 4,5 bilhões. De acordo com José Carvalho, representante da Eletrobras e do consórcio IE Belo Monte, vencedor do leilão desta sexta-feira, 7, aproximadamente 50% a 55% do financiamento virá do BNDES. A chinesa State Grid, líder do consórcio com 51% de participação, deverá injetar aproximadamente 10% do valor. O restante dos recursos deve ser captado junto ao FI-FGTS e via emissão de debêntures.

O projeto, composto por uma linha de 2,1 mil quilômetros de extensão que escoará a energia produzida pela usina Belo Monte para a região Sudeste e cortará os Estados do Pará, Tocantins, de Goiás e Minas Gerais, foi dividido pelo consórcio vencedor em oito lotes, por isso diversas construtoras participarão do empreendimento. Carvalho não revelou o nome dessas empresas.

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A Siemens será responsável pelo fornecimento dos conversores, em um acordo avaliado em aproximadamente R$ 2 bilhões. O valor total do projeto, cogitado entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões, deve ficar mais próximos dos R$ 4,5 bilhões, segundo Carvalho. O valor do investimento será proporcional à participação de cada empresa no consórcio. Além da State Grid, compõem o grupo vencedor as brasileiras Eletronorte (24,5%) e Furnas (24,5%), controladas pela Eletrobras.

Carvalho destacou que o projeto prevê a utilização dos equipamentos disponíveis no Brasil. Quando não houver disponibilidade local, o consórcio ainda tentará de garantir um porcentual mínimo de 60% de conteúdo local em sistemas que necessitem de partes importadas. Além disso, é previsto que testes de equipamentos possam ser realizados em um laboratório instalado no Brasil. As decisões do consórcio devem ser tomadas por consenso entre os grupos.

O consórcio IE Belo Monte, formado pela chinesa State Grid (51% de participação) e pelas brasileiras Eletronorte (24,5%) e Furnas (24,5%), controladas pela Eletrobras, foi o vencedor do leilão da linha de transmissão de Belo Monte, realizado na manhã desta sexta-feira (7), pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O grupo ganhou a disputa ainda na primeira etapa do certame, com uma oferta de Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 434,647 milhões, um deságio de 38% em relação ao valor máximo estabelecido pela Aneel, de R$ 701 milhões.

Venceria o leilão quem apresentasse o maior deságio, e com uma proposta agressiva o consórcio liderado pelos chineses saiu vencedor. Também participaram do certame o consórcio BMTE, formado por Taesa e Alupar, cada uma com 50% de participação, e a Abengoa. O grupo espanhol propôs uma RAP de R$ 620,423 milhões, com deságio de 11,4% em relação ao valor estabelecido pela Aneel, enquanto o BMTE ofereceu uma RAP de R$ 666,482 milhões, com deságio de 4,93%.

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O chamado linhão de Belo Monte terá 2,1 mil quilômetros de extensão e será responsável por escoar a energia produzida pela usina Belo Monte para a região Sudeste. Estima-se que o investimento do projeto totalizará aproximadamente R$ 5 bilhões.

O lote leiloado hoje é composto por duas subestações conversoras, instaladas no Pará e em Minas Gerais, e por linhas de transmissão que passarão pelos Estados do Pará, do Tocantins, de Goiás e de Minas Gerais, partindo de Xingu (PA) até o município mineiro de Estreito.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizará, nesta sexta-feira (7), o primeiro grande evento do setor elétrico de 2014. O leilão de Transmissão de nº 11/2013 licitará a linha de transmissão de Belo Monte (PA), que vai escoar a energia produzida pela usina para a região Sudeste e demandará investimento estimado em aproximadamente R$ 5 bilhões. O chamado linhão de Belo Monte terá 2,1 mil quilômetros de extensão e capacidade para transmitir 4 mil megawatts (MW) de energia. O início do certame está previsto para as 10h e será realizado na sede da BM&FBovespa, em São Paulo.

A expectativa no mercado é de que o leilão seja disputado por dois consórcios. Um deles formado por Eletrobras e State Grid, empresa chinesa líder global na tecnologia de linhas de transmissão de ultra tensão, e o outro composto por Alupar e Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), empresa controlada pela Cemig. Não está descartada, porém, a presença de outros concorrentes, como a Copel. Grupos espanhóis também se organizam para atuar como epecistas, ou seja, responsáveis pela construção do projeto.

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Ao contrário do que faz normalmente, a comissão de licitação da Aneel decidiu não divulgar de forma antecipada o nome dos consórcios e empresas que disputarão o linhão, a fim de garantir maior concorrência ao processo licitatório.

Este será o primeiro leilão no qual será empregada no Brasil a tecnologia de ultra-alta tensão em corrente contínua, que tem como principal benefício o baixo nível de perdas técnicas. A nova linha terá 800 kV de tensão, superior aos 765 kV do sistema de transmissão de Itaipu.

Etapas

A sistemática do certame prevê que a linha de transmissão poderá ser licitada em rodada única, com uma oferta pelos dois lotes do certame, ou de forma separada. O lote A será formado por duas subestações conversoras instaladas no Pará e em Minas Gerais. O lote B será composto pela linha de transmissão que passará por Pará, Goiás, Tocantins e Minas Gerais, partindo de Xingu (PA) até o município mineiro de Estreito.

Caso não haja proposta na primeira etapa do leilão, na qual o ofertante demonstra interesse nos dois lotes de forma conjunta, o certame irá para a segunda etapa, com as ofertas pelos dos dois lotes feitas de forma separada. Os contratos referentes ao linhão de Belo Monte, contudo, serão assinados somente na eventualidade de os dois lotes serem licitados.

O vencedor será a empresa ou consórcio que apresentar a menor proposta de Receita Anual Permitida (RAP) para construir e operar o ativo. A RAP proposta pela Aneel ficou em R$ 701 milhões no caso de oferta por lote único. Na eventualidade de os lotes serem licitados separadamente, ficou definido o valor de R$ 370,6 milhões para o lote A e de R$ 327,4 milhões para o lote B. A RAP ofertada será recebida pelas companhias em um prazo de 30 anos, com possibilidade de prorrogação.

A expectativa da agência reguladora é de que o sistema entre em operação no prazo de 44 a 46 meses a partir da assinatura dos contratos, ou seja, no início de 2018, e resulte na criação de 15.476 empregos diretos.

O prazo de 46 meses para a entrega das obras será concedido caso os lotes A e B sejam licitados conjuntamente. Se forem leiloados em separado, o prazo para o lote B cai para 44 meses. Estima-se que serão necessárias 4,5 mil torres para viabilizar a operação da linha que ligará o Sudeste e a hidrelétrica de Belo Monte, localizada no rio Xingu.

O linhão a ser licitado hoje é fundamental para o escoamento de energia da usina Belo Monte, a maior hidrelétrica em construção no Brasil, com capacidade para gerar até 11,233 mil MW no pico. A primeira máquina da unidade deverá operar a partir de 2016, porém o pleno funcionamento da usina deve ocorrer apenas em 2019, quando a última das 24 turbinas do sistema entrará em operação.

Em um primeiro momento, a energia gerada por Belo Monte será escoada pelo linhão Tucuruí-Macapá-Manaus, em operação desde o ano passado. Outros dois sistemas, no entanto, também devem ser licitados para viabilizar as operações de Belo Monte. O segundo sistema de escoamento será leiloado nesta sexta-feira. Já o terceiro, chamado provisoriamente de Belo Monte - Nova Iguaçú (RJ), ligará a usina ao território fluminense, conforme explicado no ano passado pelo diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) José Carlos de Miranda Farias.

Rentabilidade

O leilão de hoje será o primeiro certame realizado desde que a Aneel elevou, em dezembro passado, a taxa de retorno sobre o capital (WACC) de projetos de transmissão, de 4,60% para um número variável que deve ser sempre superior a esse patamar. O edital do leilão de Belo Monte revela que o WACC do linhão será de 6,63%.

No final do mês passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que as condições de financiamento para o linhão de Belo Monte também serão mais favoráveis do que aquelas oferecidas em leilões anteriores. A taxa de juro do financiamento será equivalente à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 5%, acrescida de uma remuneração básica de 1% ao ano. Nos leilões realizados no final de 2013, a remuneração cobrada pelo BNDES era acrescida de 1,3% ao ano.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou, nesta segunda-feira (3) no Diário Oficial da União (DOU) a relação das 19 empresas que atendem aos requisitos necessários à participação do leilão de concessão da Usina Hidrelétrica Três Irmãos, no Estado de São Paulo. O leilão está marcado para o dia 28 de março.

A relação divulgada pela Aneel inclui, além da própria Cesp, que hoje é a operadora da usina: AES Tietê; Campos Novos Energia; Cemig; Eletronorte; CEEE-GT; Chesf; Consórcio AHE Funil; Consórcio Capim Branco Energia; Consórcio Itá; Consórcio Machadinho; Copel; Corumbá Concessões; Duke Energy International, Geração Paranapanema; Energética Barra Grande; Furnas; Tractebel Energia; e Votorantim Cimentos N/NE.

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De acordo com a publicação, as empresas interessadas em conhecer as instalações da usina deve formalizar o pedido de visitação pelo e-mail master.cel@aneel.gov.br até o dia 7 de fevereiro.

O edital do leilão prevê 30 anos de concessão da usina, sem possibilidade legal de prorrogação. A hidrelétrica, de 807,5 MW, fornecerá energia sob a forma de cotas às distribuidoras. A Aneel vai fixar os padrões de qualidade a serem seguidos pela nova concessionária.

A concessão da usina venceu em abril de 2013. Desde lá, a Cesp recebe uma remuneração que cobre só custos com operação e manutenção da hidrelétrica. Vencerá a nova disputa pela usina, localizada no Rio Tietê, quem cobrar o menor valor anual para operar o ativo, limitado ao teto de R$ 31,6 milhões.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prorrogou para 17 de fevereiro o prazo para que as concessionárias de transmissão de energia elétrica apresentem à agência laudo com os pedidos de valores de indenização a serem recebidos do governo. A decisão está em resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Essas indenizações irão cobrir os gastos com linhas de transmissão construídas antes do ano de 2000 pelas empresas que aderiram ao plano de renovação das concessões do governo federal no ano passado. A metodologia para calcular os valores do ressarcimento foi aprovada pela Aneel em dezembro e o critério a ser utilizado será o Valor Novo de Reposição (VNR), correspondente ao custo para construção de linhas e subestações conforme os projetos originais. Serão usados bancos de preços da agência ou das próprias empresas com os custos de aquisição nos últimos cinco anos de equipamentos equivalentes aos das concessões mais antigas.

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Pela metodologia, o prazo para definição dos valores pela Aneel - que precisam ser referendados pelo Ministério de Minas e Energia (MME) - será de 150 dias. Dos quais, 30 dias para que os laudos protocolados pelas empresas sejam aceitos e 120 dias para que as indenizações sejam calculadas.

No ano passado, o primeiro lote de indenizações às transmissoras totalizou R$ 13 bilhões. Na época, todas as companhias reclamaram da metodologia empregada pelo governo, que precisou voltar atrás e prometer que os ativos anteriores a 2000 também seriam considerados. No pacote de renovação antecipado das concessões do setor, só foram contempladas as linhas de transmissão que entraram em operação depois de 21 de maio de 2000.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta quinta-feira (30) o reajuste tarifário da CPFL Leste Paulista, com efeito médio a ser percebido pelos consumidores de -5,32%. Para consumidores da baixa tensão, o reajuste médio resultará numa redução de 3,54%, e para a alta tensão a queda será de 9,52%.

As novas tarifas vigoram a partir de 3 de fevereiro. A companhia atende 54 mil unidades consumidoras nos municípios paulistas de São José do Rio Pardo, Casa Branca, Caconde, Divinolândia, Itobi, São Sebastião da Grama e Tapiratiba.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a transferência do controle societário indireto das oito concessionárias do Grupo Rede à Energisa. O processo deverá ser concluído até 15 de abril deste ano. Até 60 dias após esse ato, a Energisa terá de prestar contas sobre o período de intervenção. A Aneel ainda terá de aprovar decisão para homologar o fim da intervenção.

Com a decisão, a Energisa assumirá o controle de oito empresas, que atuam nos Estados de Tocantins, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, Paraná e de São Paulo. São elas: Centrais Matogrossenses (Cemat), Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul), Companhia Força e Luz do Oeste (CFLO), Caiuá Distribuição (Caiuá-D), Empresa Elétrica Bragantina (EEB), Vale Paranapanema (EDEVP), Companhia Nacional de Energia Elétrica (CNEE) e Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins (Celtins).

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O Grupo Rede pertencia ao empresário Jorge Queiroz de Moraes Junior, mas estava sob intervenção administrativa da Aneel desde agosto de 2012. Na época, o grupo enfrentava sérios problemas financeiros e já havia entrado com pedido de recuperação judicial para a Celpa, distribuidora da holding no Pará. Para evitar que isso ocorresse com as outras distribuidoras do grupo, o governo se antecipou e editou uma Medida Provisória autorizando a intervenção administrativa. No mesmo dia, a Aneel aprovou a intervenção.

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP) alertou a presidente Dilma Rousseff (PT) sobre as mortes por choques elétricos, registrados nas vias públicas de Pernambuco. De 2008 para cá 113 casos foram registrados, segundo dados divulgados pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe). O comunicado foi entregue a presidente na última semana.

“Devido à incompetência da Aneel, que já deveria ter tomado uma providência, levamos à presidente o descaso que acontece em Pernambuco por parte da Celpe”, ressaltou Da Fonte. Segundo o progressista, a Celpe é responsável pela manutenção da rede elétrica pública e dos postes, porque ela recebe por mês entre R$ 0,30 a R$ 10,54 de cada empresa de telefonia ou TV a cabo que utiliza o poste da concessionária. 

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O líder do PP na Câmara diz ainda que a Celpe conseguiu realizar "um dos piores serviços do país". "A situação é tão crítica que dez dias após a morte de um transeunte que foi eletrocutado, outra pessoa faleceu após receber a descarga elétrica de um poste numa avenida do Recife. A conduta da Celpe e da Aneel contribuiu decisivamente para que tantas pessoas perdessem a vida e coloca em risco toda a população do meu Estado", relata Da Fonte. 

 

O superintendente de Fiscalização Econômica e Financeira da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Antônio Araújo, disse nesta terça-feira (21) que a Eletrobras ainda não apresentou recurso contra a decisão da área técnica do órgão de cobrar R$ 2 bilhões da companhia referentes a recursos não depositados no fundo da Reserva Geral de Reversão (RGR). A Eletrobras ainda está no prazo para apresentação do recurso, que é de dez dias após a publicação do ato, que ocorreu no dia 14 deste mês.

De acordo com Araújo, durante o processo a Eletrobras discordou do valor encontrado pela fiscalização e da forma como a diferença de recursos foi calculada pelo órgão. A companhia teria alegado que parte desses recursos que a superintendência considera débito não deveria retornar à RGR.

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Araújo explicou que os recursos do fundo, gerido pela Eletrobras, foram utilizados para financiar distribuidoras do grupo, mas quando esses empréstimos foram pagos a Eletrobras não retornou integralmente esses valores à conta da RGR. Quando a Eletrobras entrar com o recurso, decisão que já foi anunciada pela empresa, o caso será analisado pela diretoria colegiada da Aneel.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê a expansão do parque gerador brasileiro em 9,4 mil MW em 2014, de acordo com os dados apurados pela Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração (SFG) do regulador. Este volume é significativamente superior aos 5,79 mil MW adicionados em 2013, até 15 de dezembro - os dados sobre o crescimento da capacidade instalada do ano passado ainda não foram fechados pela Aneel, que estimava que mais 877,8 MW seriam acrescidos nos últimos 15 dias de dezembro passado.

De acordo com os relatórios da SFG/Aneel, atualizados este mês, as hidrelétricas irão liderar a expansão do parque gerador em 2014, adicionando um volume de 3,635 mil MW. Esse crescimento está baseado na entrada em operação de várias turbinas das hidrelétricas do Rio Madeira (RO), Jirau e Santo Antônio, além do início da operação comercial das usinas Teles Pires (MT/PA), Batalha (GO) e Santo Antônio do Jari (AP/PA).

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Outro destaque no período é a entrada em operação de 3,052 mil MW de usinas eólicas, volume recorde na história da fonte no Brasil - até então, o maior acréscimo de capacidade havia ocorrido em 2011, ano em que foram adicionados 498,5 MW parques eólicos ao sistema. Grande parte dos projetos iniciará a operação comercial até abril deste ano, quando as obras de transmissão associadas estarão prontas, permitindo o escoamento da produção.

A previsão de expansão do parque gerador térmico este ano é de 2,46 mil MW. Disso, 1,7 mil MW se refere a projetos térmicos movidos a combustíveis fósseis, boa parte usando o gás natural ou gás de refinaria. Os outros 763,23 MW são termelétricas a biomassa, como o bagaço da cana-de-açúcar. A agência projeta a entrada de 254,91 MW de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH).

O número reportado pela Aneel em seus relatórios de fiscalização supera o divulgado na quinta-feira, 16, pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Após a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em Brasília, Lobão informou que serão agregados, pelo menos, 6 mil MW ao parque gerador brasileiro em 2014.

O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) André Pepitone reiterou nesta quinta-feira, 16, que a Eletrobras ainda pode recorrer da decisão do órgão regulador de exigir o pagamento de cerca de R$ 2 bilhões para recomposição dos fundos da Reserva Global de Reversão (RGR). A decisão foi publicada pela agência na terça-feira, 14, e a Eletrobras já informou que irá recorrer. "O processo de fiscalização da Aneel apurou que empréstimos dados a distribuidoras geridas pela Eletrobras com recursos desses fundos foram pagos à companhia, mas esses valores não foram alocados à conta da RGR", sustentou Pepitone.

De acordo ele, o prazo para que a Eletrobras recorra da decisão em primeira instância, é de 10 dias a partir da publicação do ato. Ele explica que, de acordo com o regimento interno da Aneel, a diretoria colegiada do órgão não tem um prazo determinado para analisar o recurso.

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O despacho da Aneel publicado no Diário Oficial da União determina que a Eletrobras devolva R$ 1,924 bilhão à conta do encargo setorial RGR. O ressarcimento se refere aos pagamentos de financiamentos concedidos a agentes com recursos da RGR que não foram transferidos à conta do encargo setorial, administrada pela holding federal. No mesmo despacho, de autoria da Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira do órgão, foi determinado que a Eletrobras também devolva outros R$ 113,5 milhões por causa da apropriação de encargos financeiros da RGR durante os anos de 1998 a 2011. As duas devoluções devem ser atualizadas à taxa do fundo extramercado do Banco do Brasil, desde a data em que deveriam integrar às disponibilidades da RGR até a data da efetiva devolução ao fundo setorial.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou nesta terça-feira (14), em despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU), que a Eletrobras devolva R$ 1,924 bilhão à conta do encargo setorial Reserva Global de Reversão (RGR). O ressarcimento se refere aos pagamentos de financiamentos concedidos a agentes com recursos da RGR que não foram transferidos à conta do encargo setorial, administrada pela holding federal.

No mesmo despacho, de autoria da Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira da Aneel, foi determinado que a Eletrobras também devolvesse outros R$ 113,5 milhões por causa da apropriação de encargos financeiros da RGR durante os anos de 1998 a 2011. Ambas as devolução serão atualizadas à taxa do fundo extramercado do Banco do Brasil, desde a data em que deveriam integrar às disponibilidades da RGR até a data da efetiva devolução ao fundo setorial.

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Vale lembrar que a RGR é o encargo setorial destinado ao pagamento das indenizações do setor elétrico, como as concessões renovadas pela Medida Provisória (MP) 579. A Eletrobras administra o fundo setorial e empresta os recursos da RGR para as empresas do setor, dentre elas as suas próprias subsidiárias, para a realização de investimentos. Procurada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a Eletrobras ainda não se posicionou sobre a devolução dos recursos.

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