Grupos hackers como Anonymous e LulzSec precisam ser monitorados com mais atenção, já que há a possibilidade de eles atraírem pessoas com conhecimentos técnicos mais avançados, de modo que as próximas ofensivas se tornem ainda mais prejudiciais a empresas e organizações.
Essa é a advertência do Centro Integrado de Comunicação e Cibersegurança dos Estados Unidos (NCCIC, na sigla em inglês), subordinado ao Ministério de Segurança Interna. Um documento de seis páginas traz o alerta de que alguns membros já demonstraram “alto nível de criatividade e habilidade, o que inclui a combinação de métodos e técnicas complexas para atingir múltiplas redes”.
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“Isso sem levar em conta a hipótese de atores mais capazes serem contratados, adicionando procedimentos sofisticados às estratégias dos grupos”.
Tanto o Anonymous quanto o LulzSec causaram grandes transtornos a companhias e governos nos últimos meses, já que organizaram ataques que tiraram seus sites do ar, quando não roubaram informações importantes de seus servidores. O centro considerou tais ofensivas “rudimentares”, ações de jovens amadores, por conta do uso de ferramentas simples. No entanto, por mais simples que tenham sido elas, os governos dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Espanha e da Turquia já prenderam alguns dos responsáveis.
Na última segunda-feira (1º), promotores do Reino Unido multaram Jake Davis, um jovem de 18 anos que foi identificado como “Topiary”, porta-voz do Anonymous, e que gerenciava a prolífica conta de mesmo nome, desafiando as leis vigentes e promovendo as causas do grupo. Ele não será preso, mas está proibido de usar um computador.
Segundo o NCCIC, o grupo hacker costuma examinar minuciosamente seus alvos, e, depois, anuncia suas vítimas com ajuda de redes sociais como Twitter e Facebook. Se a atitude se mantiver, avisa o centro, será possível preparar-se para os ataques. O governo americano, aliás, espera por novas ofensivas à sua infraestrutura.
“[Os ataques] são prováveis, mas deverão ficar restritos a um escopo menor, já que falta sofisticação”, avalia o órgão, no relatório. “Ainda assim, haverá tentativas de atingir governos federais e setores sensíveis; uma forma de divulgar sua luta por liberdade civil e contra uma suposta censura”.
A conta oficial do Anonymous, em resposta ao relatório, escreveu: “Agora eles sabem o que o Lulz é”, o que soa como mais uma provocação.