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Servidores do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade Social no Estado de Pernambuco (SindSaúde-PE) ocuparam as duas faixas da Avenida Agamenon Magalhães por quase duas horas nesta sexta-feira (21). Com faixas e cartazes, localizados em frente ao Hospital da Restauração (HR), eles cobram do Governo do Estado o pagamento dos salários de produtividade, referente aos serviços realizados pelos funcionários.
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A manifestação já havia sido anunciada nessa quinta-feira (20) pelo SindSaúde-PE. Segundo o diretor de saúde do trabalhador, João Batista, a categoria está sem receber a gratificação desde novembro de 2013. Ainda de acordo com ele, apenas 30% dos serviços oferecidos no HR estarão funcionando hoje, como as emergências, blocos cirúrgicos e UTI. Os outros 70% estarão em greve por até 24h.
Conforme Tiago Oliveira, presidente do SindSaúde-PE, a única resposta obtida até hoje é de que o valor referente à dezembro seria pago. “Se não recebermos o restante de novembro nós vamos parar também na próxima terça-feira (25)”, prometeu.
Ainda segundo Tiago, até as unidades de saúde do interior foram orientadas a não enviar ambulâncias para o HR. Uma faixa erguida pelos manifestantes, com a frase “o fantasma de 97 está de volta”, chamou a atenção. “Nesse ano Eduardo Campos era Secretário da Fazenda e ocorreu o mesmo problema, o recurso da saúde foi cortado. Na época nós ganhamos na justiça, mas até agora não recebemos”, explicou.
A manifestação contou com o apoio dos acompanhantes dos pacientes. “Estamos denunciando também as condições precárias do HR. Aqui falta material e o atendimento médico é fraco”, disse Nanci Santos, secretária de imprensa do SindSaúde-PE.
A técnica de enfermagem da unidade de saúde, Márcia Azevedo, chama a atenção da população para as condições enfrentadas pelos profissionais. “Os funcionários aqui não trabalham como mandam as regras. Trabalhamos com excesso de pacientes e recebemos salários abaixo do que deveríamos. A lei determina que um técnico receba 2,5 salários mínimos, e eu recebo apenas um salário mínimo e gratificação. É fácil a população criticar os funcionários, chamar de mal-humorado, mas não sabem o que passamos aqui”.
Por volta das 10h30 os manifestantes desocuparam a Agamenon Magalhães e seguiram para a área interna do Hospital da Restauração. Às 11h o protesto foi finalizado. “Encerramos o ato porque achamos que conseguimos alcançar o nosso objetivo. E também não queríamos mais atrapalhar o direito de ir e vir da população”, concluiu Nanci.
Com informações de Jorge Cosme