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A cidade do Rio de Janeiro foi atingida por chuva contínua desde sábado (13) que provocou diversos transtornos, principalmente na zona norte. A capital fluminense está em estágio 4 de atenção, penúltimo nível, segundo o Centro de Operações Rio, e a prefeitura pede que as pessoas evitem se deslocar pela cidade e fiquem em local seguro.

“Lembramos que o verão deste ano está sob influência do El Niño, fenômeno climático que pode deixar as chuvas ainda mais fortes e intensas. O município chegou ao estágio 4 às 2h45 da madrugada desse domingo, com registro de chuva recorde em Anchieta, onde em 24 horas choveu 259,2mm”, disse a prefeitura na rede social X, antigo Twitter. “A Defesa Civil Municipal acionou 29 sirenes em 16 comunidades. Os moradores foram orientados a deixar suas casas”, acrescentou.

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De acordo com a prefeitura, foram registradas seis quedas de árvores e 25 bolsões d’água. A Rio Ônibus informou que, devido às fortes chuvas, a operação de linhas de ônibus está irregular em diversos pontos da cidade por conta de alagamentos e bolsões d’água. Algumas linhas foram mais prejudicadas devido ao transbordamento do Rio Acari.

Segundo o Alerta Rio, neste domingo (14) uma frente estacionária no oceano ainda influencia o tempo no município do Rio. Assim, o céu estará predominantemente nublado e há previsão de chuva fraca a qualquer momento, podendo ser moderada no período da manhã. Os ventos estarão fracos a moderados, e as temperaturas permanecerão estáveis, com mínima de 23°C e máxima de 31ºC.

Ainda segundo o Alerta Rio, nesta segunda-feira (15) e na terça (16), haverá redução de nebulosidade sobre a cidade e não há previsão de chuva. As temperaturas apresentarão elevação e os ventos estarão fracos a moderados.

Niterói

As fortes chuvas que atingiram Niterói, na região metropolitana do Rio, chegaram ao ponto mais alto na noite desse sábado. A cidade teve o maior registro de chuva em uma hora desde que a medição é feita pelo município. A chuva chegou a 120,2 milímetros no período de uma hora, o que representa mais de 80% do volume esperado para todo o mês de janeiro, segundo a prefeitura.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, por ano, mais de 700 mil pessoas tirem a própria vida em todo o mundo. Segundo a organização, o número pode chegar a 1 milhão se forem considerados os casos não registrados. No Brasil, são aproximadamente 14 mil suicídios todos os anos — uma média de 38 pessoas por dia. Neste domingo (10), é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Especialistas apontam que a maioria dos casos é relacionada a transtornos mentais, como depressão, e alertam que esses problemas têm se manifestado cada vez mais cedo.

Segundo o psiquiatra Rodrigo Bressan, presidente do Instituto Ame Sua Mente, pesquisas indicam que 75% dos transtornos mentais do adulto começam antes dos 24 anos. No caso dos adolescentes, metade tem início antes dos 14 anos. “A gente acaba vendo o indivíduo que está deprimido com 20, com 30 anos, mas na verdade a doença, a maioria, começou muito mais cedo”, diz.

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Um dos problemas que têm se apresentado cada vez mais cedo é a autolesão. Um estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), analisou casos de 61 alunos de 10 a 16 anos. Além de mostrar que 83% dos casos parecem ocorrer por causa de conflitos familiares não resolvidos, revelou ainda que a maioria está associada à depressão. “Nós encontramos um índice de correlação 65%”, afirma o doutor em psicologia Antonio Augusto Pinto Junior, coordenador do Estudo sobre a Estruturação do Ego e da Personalidade de Adolescentes que se Automutilam. Ele avalia ser necessário outra pesquisa justamente para compreender melhor essa associação entre a depressão e os quadros de autolesão.

Esse tipo de comportamento, segundo Antonio Augusto, começa a se apresentar cada vez mais cedo, por volta dos 10 anos. Foi o caso de Clara, filha de Gabriela (nome fictício). A jovem começou a apresentar o comportamento por volta dos 10, 11 anos. “Começou a me chamar a atenção o uso de moletom, e foi aí que eu vi que ela estava se automutilando e fiquei muito preocupada . Ela apresentou ainda o comportamento de querer tirar a própria vida, que tudo estava muito difícil para ela, que as pessoas não a entendiam”, conta Gabriela, que encaminhou a filha para atendimento médico. O diagnóstico foi depressão. Hoje Clara tem acompanhamento, está medicada e vive feliz, segundo a mãe.

Assim como Clara, quem se autolesiona costuma cobrir braços e pernas com roupas de mangas compridas como moletons. Mas pode também utilizar outros artifícios, como pulseiras. Foi o caso de uma aluna de uma escola em Santos, em São Paulo, atendida pela psicóloga orientadora Helena Maria Fernandes Martins, que trabalha em unidades de ensino do litoral paulista. O fato foi descoberto por um colega da menina, como conta Helena. “Ela se cortou na sala de aula, debaixo da carteira. Outro aluno viu e veio conversar comigo. A menina usava esse artificio, de ter várias pulseiras no pulso.“ Helena ressalta a importância de alunos e professores terem treinamento em saúde mental para reconhecerem quem precisa de ajuda.

Segundo o estudo da UFF, as partes do corpo escolhidas para a autolesão, na maior parte dos casos, são braços, mãos ou pulsos: 94,1%. Em 88,5% dos casos, são utilizados objetos cortantes, como gilete, apontador e estilete.

Para a psicóloga Karen Scavacini, do Instituto Vita Alere, de prevenção do suicídio, na maioria das vezes, a autolesão é um pedido de ajuda. Segundo ela, existem alguns jovens que vão experimentar esse comportamento por curiosidade, o que também exige atenção. Se isso acontecer repetidamente, o alerta tem que ser ligado.

Nesse casos, diz ela, o jovem pode estar sofrendo bullying, cyberbullying, abuso físico, sexual ou de substância. Karen Scavacini ressalta que o adolescente pode estar ainda com alguma questão psiquiátrica não identificada ou não tratada como alteração de humor, personalidade, alimentar, a própria ansiedade, depressão, ou mesmo questões relativas à sexualidade, vulnerabilidade social e a conflitos familiares.

"O que a gente tem visto é uma baixa tolerância às frustrações. E a autolesão é vista como uma forma de alívio”, explica a psicóloga.

Rodrigo Bressan diz que, quando o sofrimento é muito intenso, pode haver uma relação entre autolesão e suicídio. Normalmente, esses casos estão associados à depressão. “Alguém que está fazendo autolesão está em um sofrimento emocional muito grande. A gente tem que lembrar que  90% dos casos estão associados a um diagnóstico psiquiátrico, em especial a depressão, e o mais importante que a gente tem que tratar o que está por detrás."

Mudança de comportamento, queda no rendimento escolar, isolamento constante, no grupo de amizade, aparecimento de corte, queimadura, machucado, uso de mangas longas mesmo no calor podem ser sinais. 

Papel de pais e professores

Na maioria dos casos, quem diagnostica ou identifica a prática da autolesão é o professor. “Isso sinaliza uma demanda de capacitação, de treinamento, de formação dos professores, entendendo a escola como porta de entrada para a identificação precoce de várias modalidades de sofrimento psíquico na infância e na adolescência”, destaca Antonio Augusto.

Ricardo Oliveira tinha 19 anos quando sobreviveu a duas tentativas de suicídio. Hoje, ele é psicólogo e voluntário na Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata). Ricardo acredita que uma conversa sobre o assunto na juventude poderia ter ajudado. “Com certeza a relação com o tratamento seria diferente, até a visão porque tinha uma visão com preconceito. Eu acho que [se tivesse] alguém explicando e conversando, com certeza, as ações seriam ser diferentes”, diz ele.

Rodrigo Bressan diz que a conversa com o adolescente, em situações como essas, é sempre delicada. Não se pode ter uma postura arrogante, nem com rótulos. Também não se deve dizer que  a pessoa está fazendo algo errado ou que é “maluca”.  Não se pode criar barreiras, mas, sim, mostrar a percepção de um comportamento diferente.

“Você dá a autoria da conversa para o adolescente. Quando ele tem autoria, a chance de ele se abrir para conversar aumenta”. Bressan avalia que “todo o comentário, mesmo que nas entrelinhas, de julgamento afasta o adolescente”.

Para Karen Scavacini, o Setembro Amarelo, mês que marca a campanha de conscientização sobre prevenção ao suicídio, é uma oportunidade para escolas e pais debaterem a questão da saúde mental. De acordo com a psicóloga, pode ser feita uma conversa em torno de um filme ou de uma série. “Caso perceba que esse jovem precisa de ajuda, [o ideal é] oferecer escuta, acolher”, diz.

O apoio psicológico às crianças e aos adolescentes nas escolas é também uma das pautas prioritárias nas ações desenvolvidas pelo Departamento de Saúde Mental, que foi criado nesta gestão do Ministério da Saúde, segundo o psiquiatra Marcelo Kimati, assessor técnico da pasta, que ressalta a expansão da rede de saúde mental no país: “Desobstruindo uma fila que estava obstruída ao longo do último ano no qual nós não tivemos a habilitação de novos serviços para criança e adolescente.”

O Ministério da Saúde ampliou o orçamento da Rede de Atenção Psicossocial com investimento de mais de R$ 200 milhões em 2023. Os recursos destinados a estados e Distrito Federal somam R$ 414 milhões no período de um ano.

Rodrigo Bressan também defende a parceria entre pais e a escola. ”Os professores são um dos agentes que podem contribuir, e muito, para a prevenção dos transtornos. Lógico que em contato com os pais.”

Onde obter ajuda

Para quem precisa de ajuda, o site mapasaudemental.com.br traz um mapeamento de locais, em todo o país, que oferecem atendimento em saúde mental.

O Instituto Ame Sua Mente tem, por exemplo, o projeto Bússola, para auxiliar os professores a lidar com problemas de saúde mental. O Vita Alere também oferece diversas atividades que incluem atendimentos, cursos, consultorias e palestras.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) atende pelo telefone 188 ou no site cvv.org.br.

Em caso de necessidade, também é possível conseguir ajuda em centros de Atenção Psicossocial (CAPs), unidades básicas de Saúde (UBSs), unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atende pelo número 192.

 

 

O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), campus Olinda, abriu as inscrições para dois novos cursos, o primeiro é o Regente de Coral, com 30 vagas, e o segundo Educação Musical e Transtornos do Neurodesenvolvimento, com 50 vagas. Os interessados podem se candidatar até a próxima segunda-feira (12), por meio do preenchimento dos formulários disponibilizados.

O curso de Regente de Coral - Módulo I tem carga horária de 216h, dividido em dois módulos de 108h cada, no qual os alunos aprenderão habilidades como selecionar informações em música para resolução de problemas à prática do canto oral; escolher peças apropriadas para o ensino do canto; conhecimento sobre a teoria da linguagem musical e solfejo, entre outras.

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Dentro do curso serão ministradas três disciplinas: Regência Coral I, Teoria e Solfejo I e Técnica Vocal I. O período de realização será de 21 de setembro a 12 de janeiro, durante quarta-feiras e quinta-feiras, das 18h30 às 21h30. O local das aulas será o campus da IFPE em Olinda. A inscrição deve ser feita pelo formulário

Já o curso de Educação Musical e Transtornos do Neurodesenvolvimento possui 14h de aulas, que serão ministradas de forma presencial em sete encontros. O objetivo da formação é compreender as principais características dos transtornos do neurodesenvolvimento e identificar as possibilidades de atividades musicais para cada um deles, através de aulas expositivas e dialogadas e atividades musicais.

A capacitação será ministrada no Auditório do Centro de Educação Musical de Olinda-CEMO, entre 21 de setembro e 21 de novembro, durante as quartas-feiras, das 14h às 16h. A inscrição para essa formação deve ser feita no formulário

Ambos os cursos têm como requisito para participação ter mais de 18 anos e ensino médio completo, comprovados no ato da inscrição. Além disso, os estudantes do Campus Olinda não poderão estar matriculados em disciplinas ofertadas no dia e horário de realização do curso.

O TikTok, que inicialmente era conhecido pelas dancinhas e desafios, ganhou nova função, destaca o Estadão: amplificar vozes de jovens com deficiência ocultas e transtornos. Em meio a pandemia de covid-19, elas passaram a divulgar conteúdo com o intuito de desmistificar estereótipos e conscientizar a sociedade sobre diferenças. A base para essa transformação utiliza um combo já conhecido: ciência e experiência do cotidiano.

Bianca Bittencourti, de 21 anos, é uma dessas vozes. A graduanda de designer de moda foi clinicamente diagnosticada com autismo durante a pandemia. Desde a infância, ela mostrava alguns sinais do transtorno, mas nunca obteve um diagnóstico completo. Já adulta, começou a considerar a possibilidade de que precisasse de ajuda médica após se identificar com vídeos sobre autismo. "Descobrir isso sobre mim é muito libertador", conta.

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O que motivou Bianca a falar sobre autismo nas redes sociais foi tentar oferecer esse sentimento libertador a outras pessoas. "Eu decidi fazer um vídeo sobre autismo porque foram eles que me fizeram ir atrás do meu próprio diagnóstico", disse. "Para produzir, eu uso a minha experiência pessoal e artigos acadêmicos. Por isso que, às vezes, acabo demorando um tempo."

Há três anos, quando começou a produzir conteúdo para internet, Yummii, de 25 anos, host do Sistema Orquestra, traduzia artigos acadêmicos do inglês para o português com o intuito de educar as pessoas sobre Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI). Pessoas com esse transtorno são caracterizadas pela presença de mais de uma identidade dentro do mesmo corpo e se identificam como 'sistema', por causa dessa polifragmentação.

Para enfatizar o que diz, Yummii não se restringe apenas a sua experiência. O perfil realiza vídeos em colaborações com outras pessoas que possuem TDI, como uma forma de diversificar as experiências. "A melhor forma que eu tenho para combater os estereótipos é mostrar sistemas que possuem uma vida funcional, que realmente conseguem viver, além de utilizar a ciência como fonte", disse.

O processo de conscientização, entretanto, não tem sido fácil. Em inúmeros momentos, Bianca lidou com comentários que estereotipam o transtorno. "As pessoas conhecem um autista e querem que todos sejam iguais, não funciona assim. É a mesma coisa que eu conhecer a minha mãe e achar que todas as mães tem que ser igual a minha", explica.

A dificuldade se intensifica com a viralização de informações falsas na plataforma. Yummii conta que, para conseguir maior visibilidade, algumas contas propagam inverdades sobre o TDI. "Uma pessoa falava que era super comum ter alters (identidades) com tendências violentas e assassinas, sendo que não é. Isso é um estereótipo forte sobre TDI, que nós lutamos para mudar", disse.

Instantâneo

Camille Guazzelli, de 18 anos, dormiu e acordou no dia seguinte com 10 mil seguidores após a publicação do primeiro vídeo falando sobre Síndrome de Tourette, distúrbio do sistema nervoso que envolve movimentos repetitivos, vocais ou motores. "As pessoas deixaram dúvidas nos comentários e eu respondia. Assim, as ideias para novos vídeos iam se formando".

A estudante recebeu o diagnóstico durante a pandemia, quando os espasmos se intensificaram por causa do estresse. Com a sensação de ter algo e não compartilhar, Camille começou a falar da sua condição na internet. "Eu tive a ideia de utilizar o TikTok como um meio de expressar aquele sentimento e também porque eu não tinha coragem ainda de contar para os meus amigos o que eu estava passando. Eu sentia muita vergonha", disse. Com medo de não ser aceita e ter a doença desacreditada, a jovem regravava os vídeos sempre que tinha muitos espasmos.

A atenção imediata na rede também faz parte da história de Maria Luisa Paris, 15 anos, que utiliza a plataforma para falar sobre a sua surdez. "Eu gosto de fazer um humor que faça refletir. Você ri, depois, para e pensa: 'Realmente! Eu nunca parei para pensar sobre isso antes'", conta. Malu perdeu a audição aos 5 anos, consequência do alargamento da cóclea, característica da Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado (SAVA). Para Cristiane Paris, mãe de Malu, ver o trabalho de conscientização da filha na internet resolve um medo antigo: o da filha não se encontrar dentro da deficiência. "O mais interessante é que ela fala para os ouvintes. Ela explica coisas que nem eu sabia", disse. "

Impacto

A psicóloga clínica especialista em adolescente Andressa Cristina Guedes explica que essa fase da vida é o momento em que o indivíduo está buscando ser inserido em grupo e alcançar uma noção de pertencimento. Nesse sentido, ao compartilhar conteúdos sobre suas condições na internet e ter um engajamento positivo, esses jovens passam a se sentir pertencentes, gerando também um reconhecimento tanto da sociedade quanto de si mesmo a partir das suas diferenças. "Esses jovens passam a ser reconhecidos pelo meio, ampliam o ambiente em que estão inseridos e contribuem para que outras pessoas, nas mesmas condições ou condições adversas, se identifiquem", disse.

Esse processo de identificação fez com que Bianca recebesse mensagens de jovens autistas que se sentiram representados. "Poder compartilhar o meu conteúdo sobre autismo é como se elas conseguissem falar sobre porque nós temos dificuldade de comunicação, principalmente quando somos mais novos", disse.

A conscientização sobre os temas também tem resultado em ações práticas na própria plataforma em favor da acessibilidade. Malu passou a ver pessoas no TikTok engajadas em ensinar a legendar os vídeos, por exemplo. "Mesmo que usemos aparelho, a audição não é só sobre ouvir. A audição é sobre compreender e identificar. Eu entendo que você fala, mas eu preciso ainda da leitura labial e preciso de um apoio para poder te entender", explica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Revelado após o fechamento dos portões, a expectativa em torno do tema da redação do Enem 2020 deu vez a um sentimento de contentamento por abordar um assunto tão sensível e atrelado ao cotidiano, sobretudo no atual período de pandemia. “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”, é a temática da dissertação indicada pelo Ministério da Saúde (MEC), neste domingo (17).

O presidente da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria, Dr. Amaury Cantilino, aprovou a escolha do MEC e acredita que a ampliação do debate é fundamental para reduzir casos de psicofobia - quando há preconceito contra pacientes de transtornos mentais e seus respectivos tratamentos. “A gente fica muito contente. O fato de ter isso como tema do Enem é um trabalho em conjunto da Sociedade de Psiquiatria, da Imprensa, que tem participado do debate, e da sociedade em geral, que já vem trabalhando nesse tema há bastante tempo”, ressaltou.

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Para o psiquiatra, o tema deve facilitar o desenvolvimento do conteúdo para o grande público do Enem. De acordo com Cantilino, cada vez mais os jovens têm se interessado pelas pautas de saúde mental e, consequentemente, eles sofremmenos dificuldades para conversar sobre os próprios transtornos. "O jovem consegue ter uma visão dos transtornos mais aprofundada do que a gente tem. Cada vez mais ele não se sente envergonhado", pontuou.

A psicóloga Thaís Oliveira reforça a importância de abordar uma perspectiva 'humanizada' sobre a temática, o que pode garantir uma boa pontuação na prova escrita. “Eu acho que é um ponto positivo desse tema vir à tona. Ele diz respeito ao fortalecimento das questões que envolvem transtorno para as pessoas falarem mais sobre a saúde mental”, destacou.

Ela lembra que a discussão acerca do assunto era muito negligenciada, mas a condição de julgamento se modificou nos últimos anos. “Pensando nesse campo emocional, de fato ainda tem muito tabu quando a gente discute sobre a questão dos transtornos mentais. Isso vem muito arraigado ao próprio esclarecimento, que não se tinha antes em relação a essas questões de transtornos mentais”, descreveu.

Na última quinta (25), policiais Civis da 8ª Delegacia de Atendimento à Mulher de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, prenderam dois suspeitos investigados pelos crimes de estupro de vulnerável contra uma adolescente, maus tratos, exercício irregular da medicina, estelionato e associação criminosa. A vítima sofria de problemas psiquiátricos relacionados ao uso de drogas, tendo sido internada na clínica irregular em que a dupla atuava. Ainda segue foragido um terceiro investigado, que era o gerente da clínica também com mandado de prisão.

De acordo com a delegada Maria de Lourdes Ferreira de Andrade, da 8ª DEAM - Goiana, ninguém no instituto tinha formação na área de saúde, inclusive o dono, um dos presos, e o funcionário que praticou o estupro, também detido. “Esta clínica funcionava de forma clandestina, não havia documentou ou alvará. O espaço atendia pessoas com problemas mentais e usuários de drogas, de adolescentes a idosos, muitos deles dormindo no chão e recebendo alimentação inadequada, sofrendo maus tratos. Quando chegamos lá, eles haviam mudado a clínica para outro local, que logo fechou, por conta própria”, explica.

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A 8a DEAM cumpriu ainda três mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e no imóvel onde funcionou o escritório da clínica.  Durante as buscas, Na foram apreendidos vários documentos relacionados aos crimes investigados.

As diligência continuam, no sentido de capturar o terceiro membro da clínica identificado. Os suspeitos já presos foram encaminhados para cadeia pública de Goiana, em prisão temporária, pelo prazo de quinze dias, que poderá ser prorrogado.

Para o Nobel de Economia, o americano Robert Shiller, o mundo deveria se preparar para uma próxima pandemia. Ele explica que a intensidade da reação à crise da Covid-19, com o isolamento total e outras políticas de enfrentamento ao novo coronavírus, é uma situação real que afeta a economia mundial. Ao mesmo tempo, medo e ansiedade também está sendo uma realidade dessas pessoas.

Para o Nobel, esse estado mental ansioso é uma epidemia em si mesma. "Não é uma resposta racional às notícias, é por isso que digo que existem duas pandemias. Infelizmente, é um problema difícil, porque o governo não pode controlar a ansiedade do público. Isso é uma coisa de psicoterapia. Acho que todos nós poderíamos visitar o terapeuta - não sei se isso seria suficientes", relatou Robert ao site BBC News.

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O estudioso aponta na entrevista, que a não associação do que está acontecendo no mundo devido a pandemia do Covid-19 com a Grande Depressão, que foi uma crise econômica que persistiu ao longo de uma década (1929-1930), é aceito - mas não completamente.

Segundo Robert, as pessoas pensam que não há um paralelo porque a Grande Depressão foi causada por erro humano, e não por um evento externo. "Aceito essa ideia, mas não completamente, porque acho que o medo que temos neste evento (a pandemia) pode durar mais tempo, bem como seu impacto em nosso pensamento psicológico. Não é errado olhar para a Grande Depressão como um indicador", reforçou.

Três horas de chuvas fortes causaram alagamentos em várias ruas de Belém, nesta segunda-feira (17) à tarde. O trânsito na capital parou e muita gente ficou isolada, em casa ou no local de trabalho. O temporal começou a cair por volta de 13h30. Até às 17 horas ainda chovia intensamente na cidade.

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Vários bairros foram afetados pelo transbordamento de canais. Na travessa 9 de Janeiro, entre a avenida Pedro Miranda e a avenida Marquês de Herval, no bairro de Fátima, veículos estacionados ficaram submersos. Muita gente reclamou dos prejuízos. A avenida Pedro Miranda, uma das principais vias de ligação entre periferia e centro, praticamente virou um rio.

Na Cidade Nova, em Ananindeua, Região Metropolitana, o caos tomou conta do trânsito por causa dos congestionamentos. Semáforos pifaram e as vias expressas de ônibus pararam. Lixo e enchente tomaram conta da rua Fernando Guilhon, próximo da avenida Generalíssimo Deodoro, na região central. Sacolas com lixo ficaram boiando.

Na avenida João Paulo II, próximo da passagem Euvira, no bairro do Curió-Utinga, o alagamento é rotineiro. Moradores reclamam que a Prefeitura nada faz para diminuir o impacto das enchentes. A previsão meteorológica é de mais chuva ao longo da semana e até o carnaval.

Voltou a chover forte em parte de Minas Gerais nas últimas horas. Em algumas cidades, a precipitação causou novos transtornos à população. Em Poços de Caldas, a cerca de 450 quilômetros de Belo Horizonte, a Defesa Civil interditou um edifício residencial de dois andares atingido por um deslizamento de terra na tarde de terça-feira (4).

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que o deslizamento foi causado pela queda de um muro de arrimo em construção. Ao ruir, o muro deslocou terra suficiente para colocar em risco o prédio de quatro apartamentos, dos quais três estavam ocupados. Os oito moradores só puderam entrar nas residências para retirar algumas roupas e itens pessoais, além dos animais de estimação, acompanhados por bombeiros. Até a Defesa Civil liberar o edifício, a construtora responsável pelo muro de arrimo que desmoronou terá que oferecer o necessário para os moradores.

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Em Sarzedo, na região metropolitana de Belo Horizonte, a forte chuva desta manhã alagou bairros inteiros e, segundo os bombeiros, deixou moradores ilhados no bairro Brasília, o mais afetado. Não há, até o momento, registro de feridos ou mortos, mas a Defesa Civil estadual prevê a possibilidade de chuva de granizo não apenas em Sarzedo, mas também em Mateus Leme, Juatuba, Serra Azul, Igarapé, São Joaquim de Bicas, Itatiaiuçu, Brumadinho, Mario Campo, Betim e Ibirité.

Em Belo Horizonte, cujo solo já estava encharcado após as chuvas das últimas semanas, a Defesa Civil emitiu um alerta para a possibilidade de que, até amanhã, ocorram pancadas de chuva acompanhadas por raios e rajadas de vento em torno de 50 km/h. O mês de janeiro foi o mais chuvoso dos últimos 110 anos na capital mineira. 

A prefeitura afirma ter acionado uma força preventiva e emergencial para combater e minimizar o impacto causado pelos fortes temporais na região. Servidores da Defesa Civil, Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e de outras autarquias e órgãos municipais devem estar de prontidão 24 horas por dia a fim de atender qualquer urgência. Onze pontos de ação preventiva estratégica foram mapeados para receber equipamentos necessários à atuação emergencial. Além disso, o plano emergencial prevê que técnicos da Secretaria de Assistência Social monitorem a população em situação de rua e vulnerabilidade social e acompanhem a retirada de pessoas de áreas de risco.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que a combinação da umidade com áreas de baixa pressão favoreça a intensificação da “instabilidade atmosférica” sobre o estado. Já o aumento da nebulosidade favorece uma leve queda das temperaturas em grande parte do estado.

A população deve estar atenta ao risco de deslizamentos de terra e desabamentos. Além disso, em caso de chuvas fortes, as pessoas que moram em áreas propensas a alagamentos devem deixar suas casas e procurar um lugar seguro aos primeiros sinais de água se acumulando. As pessoas devem evitar transitar ou encostar carros próximos a encostas. E monitorar permanentemente as construções erguidas ou próximas a encostas, ficando atentas ao surgimento de trincas ou rachaduras e evitar movimentar a terra durante o período em que o solo estiver encharcado.

Até as 8 horas de hoje (5), a Coordenadoria de Defesa Civil de Minas Gerais já contabilizava 58 pessoas mortas pelos efeitos das chuvas das últimas duas semanas – 13 delas em Belo Horizonte. Além disso, em todo o estado, a situação forçou 53.169 pessoas a deixarem suas casas. Destas, 45.028 ficaram desalojadas e tiveram que se hospedar temporariamente na casa de parentes ou amigos ou em outros locais provisórios. Outras 8.141 pessoas foram acomodadas provisoriamente em abrigos que, na maioria das vezes, são improvisados em escolas ou igrejas.

Mais um dia de transtornos na Região Metropolitana do Recife. Na Quadra A do Conjunto Praia Grande, em Jaboatão dos Guararapes. os moradores tiveram que se reunir em colaboração para fazer o transporte dentro do local que está inundado. Para se locomoverem, os residentes utilizaram um caiaque e uma pá pequena para conseguirem remar dentro do conjunto.

Os moradores, que estão com medo da leptospirose, denunciam que a inundação se dá porque o canal que fica próximo do residencial não foi limpo pela Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Confira a denúncia:

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-> Alerta da Apac: previsão de chuvas fortes até a terça (18)

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Falar sobre os transtornos de ansiedade divide a opinião da população  quando se trata de abordar a maneira como as pessoas vivem. Profissão, rotina e até mesmo alguma situação vivida podem resultar diretamente no aparecimento de algum tipo de transtorno ansioso. Do psiquiatra ao nutricionista, todos os profissionais entrevistados nesta reportagem acreditam que a forma como se leva a vida é fundamental para a saúde mental e reforçam que o acompanhamento de alguém capacitado no assunto é imprescindível para cuidar do quadro.

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Para a psicóloga Sandra Dutra, 57 anos, há uma fartura de informação das mídias sociais sobre saúde mental. “Muita informação equivocada, inclusive que resulta no reverso e causa uma confusão e não um esclarecimento. É quase uma inflação do simbólico derramando-se sobre o imaginário”, afirma.

Segundo o psiquiatra Elenilson José dos Santos, 50 anos, o fator genético e a rotina estressante podem desencadear vários tipos de transtornos. “Levar uma vida tranquila e sem estresses excessivos pode evitar o início de um transtorno”, declara. 

Segundo a nutricionista Natália Diniz, 33 anos, a alimentação pode ser uma grande aliada para quem quer manter uma mente saudável, estimulando o corpo a produzir serotonina, que é um hormônio diretamente ligado ao bem-estar.  No meio de tantas visões a respeito da ansiedade, algumas declarações podem servir para muitos brasileiros que sofrem com o mal.

A ansiedade está no dia a dia da sociedade brasileira, por mais que a população prefira não falar do assunto. O sentimento está na inquietação de uma resposta que será dada pela manhã ou para um evento que ocorrerá à noite, ao evitar uma situação ou um certo lugar que instigue o medo, ou no pensamento excessivo sobre qualquer assunto. A ansiedade em si acaba sendo um alerta natural para proteção, mas em alguns casos esse sentimento se torna algo muito prejudicial. Existem variados tipos de transtornos em diferentes graus e com diversos tratamentos. 

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O que a Psicologia diz a respeito da ansiedade? 

A Psicologia trata a ansiedade como parte da vida, mas em algumas pessoas o quadro é diagnosticado como patologia. “As pessoas estão vivendo de uma forma tão intensa e acelerada que não estão dando conta disso”, afirma a psicóloga Sandra Dutra. Segundo ela, as pessoas precisam buscar qualidade de vida, ou seja, ir desacelerando. “A ansiedade exagerada pode afetar o dia a dia da pessoa que se encontra nesta condição e pode levar à depressão. A pessoa pode sofrer ataques de pânico, fobias, pensamentos obsessivos e paralisações. Geralmente quem sofre com esses transtornos tem sua rotina prejudicada, relações pessoais abaladas e simples tarefas de sua rotina acabam virando um sacrifício a ser realizado”, diz a psicóloga.

Há diversas alternativas para enfrentar as ansiedades. Uma delas é buscar por um profissional capacitado na área que poderá orientar o paciente ou, dependendo do caso, fazer tratamentos que envolvem o uso de remédios ou apenas sessões de terapia.  

A psicóloga Sandra Dutra diz que são muitos os métodos utilizados com pacientes que apresentam transtorno de ansiedade. Para ela, o psicólogo acaba sendo parte do primeiro contato de quem lida com a doença. “Na maioria dos hospitais brasileiros você nunca vai encontrar um psiquiatra de plantão. O paciente vai encontrar a recomendação de ser atendido primeiramente por um psicólogo. É necessário que o profissional seja sempre capaz de fazer uma triagem psiquiátrica adequada e assumir o caso e levar ao encaminhamento devido”, relata.

Sandra diz que o psicólogo deseja que o paciente fale porque acredita que falando ele simboliza seus sofrimentos e assim consegue dissolver sua angústia e realizar o tratamento adequado. “Geralmente os pacientes em nível muito grande de ansiedade, quando procuram imediatamente o pronto-socorro, chegam com queixas de que estão morrendo, de que estão tendo ataque do coração ou chegam desmaiados, com relatos dos familiares de que sofreram uma convulsão”, diz. Ela complementa que após o atendimento médico da emergência de um hospital, nesses casos, geralmente não é encontrado nada de orgânico no fato. O paciente é medicado com calmante e logo é dispensado com frases do tipo “ você não tem nada”, “isto é emocional”. Esses pacientes costumam receber diagnósticos como síndrome conversiva, histeria, síndrome do pânico, distúrbio neurológico ou outros rótulos pejorativos como “chilique” e “piripaque”, afirma Sandra. 

A psicóloga diz que “o psicólogo deve fazer o diagnóstico correto e providenciar o encaminhamento para tratamento adequado”. "Não é verdade que o paciente não tem nada. Ele tem, sim. Acontece que o problema que ele tem não aparece em nenhum exame, pois o que ele tem é transtorno de ansiedade que chega a constar no CID 10, que é a classificação internacional de doenças", afirma.

 Para Sandra Dutra, o psicólogo tem o dever de ajudar um paciente que se encontra em crise. “Os ensinamentos e leituras acadêmicas nunca se comparam ao que realmente acontece no momento de crise. Por mais que haja horas de leitura e reflexão teórica sobre a temática, o psicólogo terá que aprender na prática, pois cada caso é único e requer muita atenção e cuidado”, afirma. 

Sandra cita que uma predisposição genética pode, sim, ter um papel importante no desencadeamento da doença. “Os transtornos de ansiedade podem estar sobrepostos entre si a outros tipos de transtorno mentais, como depressão, alcoolismo, abusos ou dependência de drogas. Estudos mostram que os transtornos de ansiedade ocorrem com uma grande frequência na população. No entanto, boa parte das pessoas que são acometidas por transtorno de ansiedade não procuram tratamento. Os transtornos que ocorrem com maior frequência na população são as fobias”, observa a psicóloga.

 Para Sandra, quando se fala de traço de personalidade, não se pode deixar de pensar na influência que eles têm na maneira como o indivíduo lida com a vida. Ela acredita que desse modo todos estão sujeitos a terem algum medo ou fobia durante toda a vida. A forma como se encara é que faz a diferença. “Vai de cada um achar a melhor forma de solucionar seu problema, sendo através de um psicólogo, religioso ou amigo. Buscar uma solução e evitar um problema é sempre melhor do que solucioná-lo quando o caso tiver progredido”, afirma a psicóloga.

O que sentem as pessoas que lidam com os transtornos de ansiedade? 

Há uma grande curiosidade sobre a rotina de quem lida com a ansiedade diariamente. Fobias, ataques do pânico, TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), ansiedade mista, transtorno alimentar, tricotilomania (arrancar os cabelos). Há quem não conheça essas doenças ou não tenha encontrado a solução do seu caso.

A senhora R., 80 anos, aposentada, sofre de ansiedade há cerca de 60 anos e convive diariamente com a doença (a pedido dos entrevistados, algumas identiades foram omitidas no texto). “Eu não tinha vontade de viver”, diz R. Sua infância pacata no interior deixou boas lembranças. Nada era preocupação, a vida era tranquila. Com o passar dos anos ela se mudou para a capital, Belém, conheceu um rapaz, namoraram, casaram e tiveram filhos. O relacionamento começou a não dar certo. Brigas e desentendimentos eram cada vez mais constantes.

 A mulher alegre que sonhava em ser feliz é cada dia mais tolhida. A vida passou a girar em torno da família. Cuidar da casa e dos filhos era sua obrigação. “Eu arrumava a casa mais de quatro vezes por dia. Tudo tinha que estar impecável”, afirma R. Isso desencadeou um transtorno para toda a vida.

R. conta que a ansiedade foi aos poucos tomando sua vida. O primeiro sintoma apareceu primeiramente com uma tristeza profunda e uma falta de interesse em todos os âmbitos da vida. “Eu não tinha vontade pra nada, e qualquer coisa era desculpa para eu não sair de casa, quando eu preciso fazer algo eu me preocupo demais, é como se viesse um turbilhão de pensamentos. Nessas horas é melhor não fazer nada do que tentar solucionar”, disse.

No caso de R., a rotina estressante e a cobrança excessiva no sentido de superar as expectativas e ser uma mulher perfeita desencadearam o quadro de transtorno de ansiedade mista e depressão. O uso de remédios controlados foi necessário e acompanha a paciente até hoje.

  Uma pessoa ansiosa busca a todo momento resolver imediatamente o que nem aconteceu, o que está previsto e o que pode vir a acontecer. A pessoa se consome de maneira excessiva e luta a todo momento com o seu pensamento. Segundo o psiquiatra Elenilson José Santos, 50 anos, os tratamentos recomendados para quem sofre de transtorno de ansiedade são: psicoterapia, psicotrópico (medicação), terapia ocupacional e uma dieta rica em triptofano, aminoácido precursor de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. 

A senhora F., 58 anos, é servidora pública. Apresenta desde criança transtorno de ansiedade. Sempre sofreu principalmente por não aceitar seu corpo. “Desde pequena eu me sentia retraída, sempre tive muita vergonha, não falava muito e não me abria com as pessoas, acredito que isso tenha me feito muito mal e já podia ser algum sinal”, diz F. 

Com o passar dos anos, a falta de diálogo e atenção com a doença aumentavam. Os problemas que apareciam na vida de F. eram sinônimo de desespero. “Eu já fiz um buraco na minha cabeça. Era a única maneira de liberar alguma emoção, de fazer algo. Eu queria resolver meus problemas, mas eu estava paralisada. Foram os piores anos da minha vida”, disse. 

 Há transtornos em que as pessoas se mutilam, e querem de qualquer maneira solucionar seus problemas. O caso da paciente foi detectado pelo psiquiatra que lhe acompanhava como tricotilomania (arrancar os cabelos). O ato é feito inconscientemente e pode levar à calvície. Segundo o psiquiatra Elenilson Santos, quando a doença estiver atrapalhando a rotina é hora de procurar ajuda médica. “É muito difícil você aceitar que tem um problema desse. Minha primeira experiência em arrancar meu cabelo veio mais ou menos nos 30 anos de idade. Começou com uma preocupação excessiva em relação a tudo que aparecia. Eu ficava na sala pensando e quando via já tinha arrancado vários cabelos. Eu nem sentia dor, mas percebi que não era algo normal e procurei ajuda médica”, disse F..

Segundo F., o maior desafio é ter que encarar alguma situação passando por uma crise. “Você tem uma obrigação, mas nesse dia está mal, e não quer sair de casa. É terrível.”  A falta de compreensão das pessoas é um fator relevante na vida de quem sofre de transtornos de ansiedade. Falta esclarecimento para a maior parte da população. Os transtornos mais comuns, segundo o psiquiatra Elenilson, são: transtorno do pânico, agorafobia (medo de ficar em espaços públicos), TOC, transtorno de ansiedade mista.

O psiquiatra complementa que, devido às alterações hormonais do ciclo menstrual e do climatério, mulheres são mais suscetíveis a desenvolverem algum tipo de transtorno de ansiedade. Mas ainda há casos de crianças, idosos e homens que sofrem com a doença.  

É o caso de L., 27 anos, militar. Aos 15 anos de idade L. se deparou com suas primeiras crises. Não queria sair de casa, tinha pânico de ser assaltado, medo de morrer. Logo depois vieram os pensamentos perturbadores. “Eu pensava algo surreal, eu sei, era impossível de acontecer, mas na minha cabeça ia acontecer de qualquer forma”, disse L., que no primeiro momento contou apenas com a ajuda da mãe. 

Aos 23 anos L. teve uma crise intensa. Os pensamentos eram cada vez mais perturbadores e os medos ficavam mais frequentes. L. não queria sair de casa e quando isso acontecia se sentia paralisado, chorava nos locais e tinha muito medo. 

Segundo o psiquiatra Elenilson Santos, os transtornos de ansiedade se intensificam na maioria dos casos na transição da vida adolescente para adulta. Os conflitos internos são maiores e as dúvidas em relação ao futuro aumentam. Tudo vira novidade e isso pode contribuir para o desencadeamento da doença, além do fator genético e da rotina estressante. 

L. diz que usou medicamentos por um período de três anos, mas com a melhora do quadro não faz mais uso de nenhum tipo de remédio. Esporadicamente tem consultas com sua psicóloga e consegue levar uma vida normal. Segundo o psiquiatra Elenilson Santos, a partir de dois anos com o quadro clínico estável sem apresentar sintomas da doença a pessoa pode ser liberada do uso de medicamentos.

O psiquiatra diz que o uso de remédios é recomendado quando a ansiedade é apresentada em grau moderado e grave. A pessoa precisa buscar tratamento. Quando a doença não é tratada de maneira correta é praticamente impossível o paciente obter cura, e a doença pode evoluir e se agravar até a morte. 

A senhora P., 56 anos, trabalha como autônoma e se viu desesperada após o fim do casamento. A paciente sentia necessidade de comer tudo o que via. “Eu tinha 30 anos na época. Meu casamento não estava indo bem e me separei. Parece que tudo ia mal. A minha forma de descontar era na comida. Eu comia sem prazer nenhum, eu só queria liberar de alguma forma aquilo que eu estava sentindo, mas era pior, depois eu me sentia mais mal ainda.”

P. conta que sentia um misto de emoções, e nada parecia fazer sentido. “Tinha horas que nem eu sabia o que eu queria, mas graças a Deus, quando eu comecei meu tratamento e uso de remédios, eu me vi melhor”, disse. Os remédios são os ansiolíticos, antidepressivos ou beta-bloqueadores, por exemplo, e só devem ser usados se forem indicados pelo clínico geral ou psiquiatra. Há também quem busque métodos naturais e aposte na alimentação, complementa o psiquiatra Elenilson. 

A alimentação  como aliada no controle da ansiedade

A nutricionista Natália Diniz, 33 anos, especializada em Terapia Nutricional, apontou a importância da alimentação no controle da ansiedade. “O que poucos sabem é que os alimentos influenciam diretamente nesse processo”, diz a nutricionista. “Sentir ansiedade antes de situações consideradas desesperadoras é natural. Mas existem formas de equilibrar os níveis de ansiedade e aquilo que você come influencia no seu organismo de dentro para fora”, completa.

A nutricionista fala que é necessário o alerta em relação aos tipos de alimentos consumidos e principalmente à qualidade deles. Ela reforça que os alimentos pobres em nutrientes e ricos em açúcares, sódio e gorduras saturadas acabam escondendo a ansiedade por pequenos períodos e pioram o quadro.  “O consumo excessivo de açúcares pode ter ligação com mudanças na flora bacteriana do intestino. Esses consumos podem permitir o crescimento de bactérias que se alimentam preferencialmente de açúcares e estas bactérias desenvolvem a capacidade de inibir a produção cerebral de serotonina”, afirma Natália. 

A nutricionista reforça que é importante introduzir na rotina alimentos que transportam neurotransmissores ao cérebro. “São eles que regulam o humor, energia, apetite e levam informação ao cérebro” , complementa 

Segundo Natália, os piores alimentos para aumentar a ansiedade e que precisam ser evitados, além de carboidratos, frituras e alimentos processados, são:

açúcar e álcool - provocam alteração no humor e o aumento da ansiedade, mudam níveis de serotonina e causam danos;

café - aumenta o nível de ansiedade, deve ser reduzido para 1 xícara ao dia.

Os melhores alimentos para aliviar o nível de estresse e controlar os transtornos de ansiedade e que são eficazes contra a depressão e relaxam os nervos, segundo a nutricionista, são:

gordura EPA - encontrada principalmente no ômega3, peixes gordurosos, frutos do mar, linhaça, chia, nozes e óleos de peixe;

cálcio - encontrado na couve, gergelim, sardinhas, grão de mostarda, brócolis, amêndoas, agrião e quiabo;

vitamina B12 Kefir - encontraa no salmão selvagem, ovos, aves domésticas, peixes e vegetais verdes (folhosos);

magnésio - encontrado no salmão, figo, abacate, coentro, algas, castanha de caju, espinafre, acelga, banana e chocolate amargo.

As vitaminas B12 e B também são essenciais para manter e apoiar a saúde do sistema neurológico, energia e equilíbrio hormonal, o que influencia no humor e no bem-estar. A vitamina B ajuda a produzir serotonina. “Vale ressaltar que a reeducação alimentar é benéfica para o bom funcionamento do corpo e da mente. Assim como a qualidade de vida em geral. Nunca deixe de procurar um bom profissional médico”, destacou a nutricionista.

Por Maria Rita Kapazi, jornalista, especialmente para o LeiaJá.

 

 

O aeroporto da cidade de Hanover, localizada na Alemanha, foi fechado neste sábado (29), após um carro invadir um dos portões de acesso às pistas de pousos e decolagens. O incidente ocorreu por volta de 15h40 no horário local (12h40 em Brasília). Com a invasão, todos os pousos e decolagens foram suspensos.

Através do Twitter, a polícia local informou que conseguiu parar o veículo e deter o condutor. Em entrevista à emissora alemã Deutche Welle, as autoridades revelaram que o carro, com a placa polonesa, tentou seguir um avião que acabara de aterrissar no aeroporto.

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 Até às 16h deste sábado, não foi divulgado nenhuma informação sobre o homem e as possíveis causas do ocorrido. O aeroporto de Hanover, situado na região da Baixa Saxônia, é o 9º maior da Alemanha e anualmente tem circulação de aproximadamente 6 milhões de passageiros.

 

Muitos pernambucanos levaram um susto, nesta quarta-feira (23), e ficaram indignados ao se depararem com o litro da gasolina chegando ao valor de até R$ 7. Alguns postos ficaram repletos de filas, após o medo instalado entre os motoristas de que faltaria gasolina. Políticos pernambucanos aproveitaram o caos instalado para falar sobre o assunto. 

O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT), que vem fazendo críticas diversas sobre o governo Temer, cobrou uma resposta urgente afirmando que a gestão é “incompetente e inerte”. O petista chegou a culpar o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e pelo ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (MDB), pela “política econômica nefasta do governo para os combustíveis”. 

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O senador também pediu para uma solução de forma a reduzir “de maneira sensível” o preço dos combustíveis para restaurar a normalidade. “A paralisação dos caminhoneiros está desabastecendo as cidades e ameaça chegar a uma situação de colapso com bloqueio nas rodovias, falta de combustível em vários postos, e uma série de voos cancelados porque o querosene de aviação não chega aos aeroportos. São transtornos imensos. Os ônibus estão tendo a circulação reduzida, prejudicando os trabalhadores”, lamentou.

De acordo com o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) a política de tributação sobre combustíveis é persistente no Brasil. “Nos governos Fernando Henrique, Lula, Dilma e o de Temer, onde os combustíveis foram usados como fonte de arrecadação para pagar os seus rombos. Enquanto a gente não fizer um debate sério sobre a redução do estado brasileiro sobre a diminuição dos seus custos, qualquer debate em querer reduzir o preço dos combustíveis fica falso”. 

O tucano falou que essa política contínua nesses governos demonstram que essa prática não pertence a um partido ou a uma corrente política. “Então, a questão do combustível em mais de 50% do seu custo é de tributação e nós precisamos efetivamente debater a redução do estado para poder reduzir esses tributos”, salientou. 

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) também cobrou uma “atitude firme” para os reajustes dos combustíveis no país. O emedebista disse que o problema “aflige a população”, em especial os transportadores de cargas e caminhoneiros autônomos. Segundo ele, a solução para o problema é a redução da carga fiscal sobre o diesel e a gasolina. “Produtos derivados do petróleo cujos preços refletem diretamente no custo de vida dos brasileiros”. 

 

Bezerra Coelho pontuou que o Executivo não pode mais atrelar o preço dos combustíveis no Brasil à variação do dólar. “É preciso retirar a volatilidade da especulação cambial da política de preços da Petrobras. Isto é um absurdo”, afirmou o vice-líder do governo no Senado. “Não se pode transferir aos trabalhadores esta enorme carga fiscal porque eles não têm como repassar tais custos aos fretes, às suas atividades, que é de onde eles retiram o sustento de suas famílias”, declarou. 

 

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As chuvas fortes que castigam Belém continuam a provocar transtornos para a população. Ruas alagadas, buracos, trânsito caótico e semáforos queimados encabeçam a lista de problemas enfrentados pelos moradores da capital paraense nos últimos cinco dias.

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Na passagem Canaã, bairro da Terra Firme, periferia da cidade, estudantes estão sem aulas desde a última segunda-feira (7) por causa de alagamentos. Muitos trechos da via ficaram cobertos pela água.

 A prefeitura de Belém disse em nota que uma equipe foi até a escola para fazer os procedimentos de drenagem da água da chuva. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semec), até a tarde desta quarta (9), engenheiros devem realizar um levantamento técnico do local para saber o que pode estar provocando esses alagamentos. A Semec afirmou também que as aulas devem ser retomadas na quinta (10). Já a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que deve enviar uma equipe à escola até a próxima sexta feira (11).

No conjunto Ariri Bolonha, canais transbordaram e a população ficou ilhada. O mesmo drama vivem os moradores do Marco, no canal da passagem Leal Martins. Casas estão no fundo e ruas, submersas.

Uma cratera se abriu na avenida Bernardo Sayão, no trecho que recebe serviços de saneamento do projeto de macrodrenagem da prefeitura. O trânsito está prejudicado. Na região central, na avenida Governador José Malcher com travessa Nove de Janeiro, a enxurrada assusta (veja vídeo). Na Universidade Federal do Pará (UFPA), o temporal de terça-feira arrancou telhas e inundou a biblioteca (veja vídeo).

A meteorologia prevê mais chuva intensa até o final de semana.

Da Redação do LeiaJá Pará.

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Alice* já duvidava da qualidade de seu trabalho e da própria sanidade quando precisou aprender a lidar com os comentários preconceituosos sobre os transtornos de ansiedade e depressão que enfrentava. “Pedi demissão do trabalho por não suportar as crises. Tive que ficar em casa e ouvir de familiares que eu não saia porque era preguiçosa. Isso me deixava muito mal, com ainda mais vontade de chorar”, lembra. Em tratamento há cerca de quatro anos, a jornalista é mais uma pessoa acometida por distúrbios psíquicos que teve seu processo terapêutico atrapalhado pela psicofobia, o preconceito contra vítimas de transtornos psiquiátricos. O comportamento é tão comum que a Associação Brasileira de Psiquiatria dedica o mês de abril à sua campanha de “Enfrentamento à Psicofobia”. 

Para Alice, a cobrança é o pior caminho quando o assunto é lidar com alguém que sofre de distúrbios mentais. “A pessoa que está doente deseja ser compreendida. Acontece uma coisa muito grave: é preciso dizer o que está sentindo para ganhar empatia. Ninguém sabe a dor que outro está passando, então o negócio é ser gentil sempre”, comenta. A jornalista lembra que, embora a escuta dos amigos seja importante, ela não substitui o tratamento médico. “É importante se mostrar presente, mas sem tentar achar uma solução, porque a solução é buscar ajuda profissional”, defende. 

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De acordo com o médico psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, presidente eleito da Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL), o ator Chico Anysio é patrono da campanha, por ter sido um grande defensor do combate à psicofobia. Em referência à data do aniversário do artista, doze de abril foi escolhido para ser o dia nacional de enfrentamento ao preconceito contra pessoas acometidas por transtornos mentais. “A psicofobia leva a várias consequências, como a não procura a tratamento psiquiátrico ou a interrupção dele, além de perdas escolares, familiares, de trabalho e até suicídio”, comenta Antônio.

O especialista alerta ainda que a psicofobia não parte apenas de familiares e amigos. “Não temos estudos detalhados sobre quem costuma praticar, mas, devido à falta de auto aceitação, o preconceito pode partir da própria pessoa acometida pelo transtorno”, completa.

"Você sente que ninguém te entende", relata vítima de psicofobia. (Arte/Chico Peixoto)

Desde os 19 anos de idade, Angélica* se submete a tratamento médico para ansiedade e depressão. Dezesseis anos depois, ela segue enfrentando as doenças e os comentários preconceituosos. “Acho que a pior coisa de se ouvir é que a gente não consegue se curar, porque não quer. Você sente que ninguém te entende e fica com medo de falar sobre o que está acontecendo, porque parece que as pessoas não vão te entender, mas recriminar”, lamenta.

Angélica, no entanto, acredita que, com o passar dos anos, a psicofobia vem perdendo força. “É o que posso dizer com a minha vivência. Acredito que depressão e ansiedade estão mais em pauta na internet e nos meios de comunicação. No fim, preconceito é falta de informação”, conclui.

Mais informações sobre a campanha “Enfrentamento à Psicofobia” podem ser obtidas no site da Associação Brasileira de Psiquiatria. Confira, a seguir, o vídeo oficial da ação:

 

*Nome fictício

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Manhã de segunda-feira (23) e de transtornos para pedestres e motoristas que circulam no Recife. Após a madrugada de chuva, ruas e avenidas estão alagadas, causando congestionamentos.

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Um dos pontos de retenção é na Avenida Doutor José Rufino, no bairro na Estância, Zona Oeste do Recife. No trecho localizado em frente aos colégios Visão e Decisão há muita água. Alguns motoristas que decidem arriscam acabam danificando os veículos.

A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) também identificou pontos de alagamento na Avenida Recife, nas entradas dos bairros do Ibura e Jardim São Paulo. Trânsito intenso na Avenida Mascarenhas de Moraes (no sentido Prazeres).

Segundo a CTTU, movimentação moderada nas avenidas Boa Viagem (próximo ao Terceiro Jardim), Caxangá (sentido Centro), Alfredo Lisboa (na altura do Marco Zero), Agamenon Magalhães (sentido Derby) e em ambos os sentidos da Ponte José de Barros Lima. Pelo Twitter, uma usuária informou que o semáforo 090, que fica na esquina da Rua da Aurora com Mário Melo, está em alerta.

Apesar da chuva ter dado uma trégua, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) divulgou, no final da tarde do domingo (22), um novo alerta. De acordo com o órgão, chuvas com intensidade moderada a forte devem continuar nas próximas 24 horas.

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As fortes chuvas registradas na madrugada e no começo da manhã desta quarta-feira (11) provocaram alagamentos em diversas ruas e avenidas da Região Metropolitana do Recife. De acordo com um boletim divulgado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), o bairro do Torreão, na Zona Norte do Recife, foi a localidade que teve o maior índice pluviométrico do Estado, com 77,89 milímetros. 

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Na Zona Sul do Recife, a Avenida Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, apresenta um trecho alagado no sentido Prazeres. O trânsito está complicado no local. Já na Zona Norte, foram registrados pontos de alagamentos em diversos trechos da Avenida Norte. Na área central da capital, a Rua Imperial está bastante alagada. 

Além do Recife, outros pontos da Região Metropolitana também estão sofrendo transtornos por conta das chuvas. No bairro de Rio Doce, em Olinda, diversas ruas estão alagadas. Um trecho da rodovia PE-15 que fica no bairro da Tabajara, em Olinda, também está completamente tomado pelas águas. Pedestres e motoristas estão tendo dificuldade de circular pelo local. 

ALERTA
A Apac emitiu um novo alerta para a possibilidade de chuvas fortes no Recife. A previsão é válida para as próximas 24h. Este é o quarto alerta emitido pela Agência nos últimos dias. A Defesa Civil está com um plantão permanente de 24h, que pode ser acionado através do telefone 0800 081 3400. A ligação é gratuita.

Apesar de estar no início da primavera, uma forte nevasca atingiu a costa leste dos Estados Unidos nesta quarta-feira (21) e causou muitos transtornos para os norte-americanos.

Washington DC, capital do país, foi a área mais atingida. Diversos problemas para os moradores das partes norte e oeste da região foram registrados.

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Já em Nova York, a forte tempestade de neve "pintou" de branco vários parques, ruas, carros e o Empire State Building, um dos principais pontos da cidade.

A nevasca fez com que diversas escolas da região cancelassem suas aulas, além de afetar o transporte público de muitas regiões.

Os aeroportos norte-americanos também foram atingidos pela onda de mau tempo. No total, foram cancelados mais de 3,6 mil voos em todo o país.

A tempestade de inverno chamada "Toby" é a quarta em três semanas a atingir a costa leste dos Estados Unidos. Nas nevascas anteriores, ao menos nove pessoas morreram devido ao frio e deixaram mais de dois milhões de residências e empresas sem energia elétrica.

Da Ansa

Uma forte nevasca atingiu na madrugada desta segunda-feira (26) a cidade de Roma, na Itália, e os monumentos mais famosos da região amanheceram "pintados" de branco. A onda de frio, que recebeu o nome de "Burian" teve início neste domingo (25) e foi registrada em diversas regiões da Itália. O fenômeno provocou intensas nevascas no norte e um frio que chegou até 20 graus abaixo de zero em diversas cidades. Desde 2012 não nevava com tanta intensidade na "cidade eterna".

Nesta manhã foi realizada uma reunião do comitê operacional da Defesa Civil para acompanhar a situação em Roma perante a onda de frio que pode durar pelo menos 36 horas. "Estamos trabalhando para garantir a viabilidade das estradas diante da excepcional queda de neve que afetou a capital nesta noite. Os cidadãos são convidados a limitar seus movimentos ao mínimo necessário", escreveu Pinuccia Montanari, conselheira do Meio Ambiente de Roma.

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Diversas escolas foram fechadas contra riscos decorrentes de geadas. Mais de 170 veículos de equipes de emergência, em diferentes partes do território italiano, estão em alerta para conter possíveis incidentes.

Até o momento, um trânsito intenso foi registrado em todas as vias de acesso à capital italiana. Além disso, o mau tempo afetou a rede de ferrovias e transportes públicos, que estão operando com atraso.

Nos dois aeroportos da capital, Fiumicino e Ciampino, por enquanto não há registros de cancelamento de voos. Equipes de bombeiros foram acionadas devido à queda de árvores causadas pelo peso da neve, que bloqueou algumas estradas de Roma. Ontem, as más condições climáticas causaram o desabamento de uma pilastra sobre a Ponte da Liberdade, em Veneza, que fica em uma estrada de acesso à cidade italiana via Mestre.

Da Ansa

Más condições climáticas, como neve, frio e chuvas, atingiram nesta sexta-feira (23) diversas cidades da Itália. A previsão é de que o frio piore nos próximos dias, chegando ao seu máxino na segunda-feira (26). Na região da Emília-Romanha, cidades, como Bolonha, Cesena e Forlì sofreram com chuva e neve. Já em Rimini, Modena e Ravenna, o mau tempo causou problemas maiores, pois diversas vias foram fechadas e as escolas cancelaram as aulas.

Mais ao norte, em Trieste, rajadas de vento de até 110 km/h atingiram a cidade, fazendo com que diversas casas tivessem suas janelas quebradas e perdessem seus telhados. Foram registradas também dezenas de quedas de árvores.

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Além disso, ainda em Trieste, os bombeiros realizaram mais de 100 operações e os ventos interromperam a circulação dos transportes públicos.

Em Milão, na Lombardia, além de registrar hoje uma leve queda de neve, a meteorologia está prevendo que os termômetros da cidade marquem -4ºC nos próximos dias. A região sul também não escapou do mau tempo no país. Diversas cidades da Sicília sofreram com os fortes temporais, e com isso, a Proteção Civil já alertou para os riscos de inundações.

Da Ansa

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