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Um adolescente de 17 anos morreu afogado, no início da noite desse domingo (28), em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis (SC). João Gustavo Barbosa Cândido andava de bicicleta quando um temporal atingiu a região, causando o transbordamento do Rio Imaruí, que corta a cidade. O jovem foi arrastado por uma enxurrada, e seu corpo foi encontrado na madrugada desta segunda-feira (29).

“É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de João Gustavo Barbosa Cândido, ocorrido nesta noite, vítima das intensas chuvas que assolam nossa cidade. Neste momento de dor e consternação, expressamos nossas mais sinceras condolências às famílias enlutadas”, manifestou a prefeitura de São Pedro de Alcântara, que decretou três dias de luto municipal.

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Além de uma morte, a forte chuva causou estragos em São Pedro de Alcântara. O fornecimento de energia elétrica foi interrompido e, de acordo com a prefeitura, só foi reestabelecido na manhã de hoje.

O deslizamento de uma encosta afetou o tráfego de veículos na altura do quilômetro 14 da rodovia SC-281, no bairro de Santa Teresa, por onde apenas veículos de pequeno porte conseguem transitar pelo acostamento. Ruas ficaram sob a água, o sistema de telefonia está instável e ao menos uma casa de madeira foi atingida por um deslizamento de terra. O imóvel foi destruído, mas, os moradores já tinham deixado o local.

Em Jaraguá do Sul, cerca de 200 quilômetros ao norte de São Pedro de Alcântara, a chuva causou, segundo a prefeitura, “transtornos pontuais, incluindo alagamentos em algumas regiões da cidade”. De acordo com a Defesa Civil municipal, choveu cerca de 50 milímetros em apenas uma hora, “um grande volume, em um curto espaço de tempo”. Não há, contudo, até o momento, registro de feridos, desabrigados ou desalojados.

Sinais de alerta

Em nota, o diretor da Defesa Civil municipal, Hideraldo Colle, pediu que a população fique atenta a possíveis sinais de alerta que possam indicar riscos de deslizamentos, pois, embora a chuva tenha dado uma trégua em toda a região esta manhã, o solo está encharcado e instável.

“As pessoas devem observar possíveis rachaduras nas paredes das casas, depressões nos terrenos ou inclinação de troncos de árvores e postes. Estes são sinais de que poderá ocorrer um deslizamento na área”, disse.

Segundo a Defesa Civil estadual, o temporal que atingiu a Grande Florianópolis foi consequência da influência de um chamado Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (Vcan) que - em conjunto com um sistema de alta pressão em superfície - afetou as condições do tempo em todo o centro-sul do país.

Ainda de acordo com o órgão estadual, o Vcan já começou a se afastar, mas embora a segunda-feira tenha começado com predomínio do sol, à tarde devem voltar a ocorrer pancadas de chuva e temporais isolados em algumas localidades, especialmente no litoral e Vale do Itajaí. Há risco de alagamentos, enxurradas, danos à rede elétrica e destelhamentos.

Os últimos dias foram de chuva intensa nas regiões Norte e Nordeste do País. As cheias de rios provocam estragos em ao menos seis Estados: Acre, Amazonas, Rondônia, Pará, Tocantins e Maranhão.

Só no Maranhão, 31,2 mil famílias já foram afetadas de forma direta e indireta pelas tempestades, e 49 cidades estão em situação de emergência, segundo autoridades, com 5,8 mil desabrigadas.

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Seis pessoas morreram em pouco mais de uma semana no Estado.

No Acre, cerca de 32 mil moradores foram atingidos. Já no Pará, ao menos 1,8 mil pessoas de uma cidade do interior tiveram de deixar suas casas e estão em abrigos.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, estiveram no Acre no domingo para avaliar os estragos e anunciaram ajuda do governo federal.

A capital, Rio Branco, está em situação de emergência após o Rio Acre ultrapassar a marca de 16 metros - a partir de 14 metros já é considerado transbordamento - e deixar bairros submersos.

Severa

"Temos mapeados 1.058 municípios brasileiros que sofrerão com mais frequência a incidência de grandes volumes de chuva ou estiagens severas", afirmou Marina, destacando a intensificação de eventos extremos devido às mudanças climáticas. "Vamos apresentar um projeto para que estas cidades possam estar permanentemente em situação de emergência para que a ajuda do governo federal seja feita com rapidez."

Em sua conta no Twitter, Góes disse que ainda visitaria Manaus, que também tem sofrido com as chuvas, para mapear a ajuda necessária à região.

Um vídeo compartilhado em rede social mostra uma casa de palafita sendo levada pela água após o volume de um canal subir e invadir uma região da capital amazonense. Segundo a prefeitura, 172 famílias perderam suas moradias e estão sendo acolhidas em escolas municipais.

"O Ministério do Desenvolvimento Regional e a Defesa Civil Nacional acompanham a situação desde o primeiro momento e todas as providências foram tomadas pra garantir o apoio à população", afirmou Góes.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, após três anos de influência no clima global, chegou ao fim no último mês o La Niña, fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial.

Com isso, teve início a transição para o El Niño, que deve elevar as temperaturas em todo o planeta a partir de maio, além de provocar chuvas prolongadas.

A previsão é de mais temporais nas regiões já afetadas nos últimos dias.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ventos fortes que atingiram São Paulo na tarde desta quarta-feira (15) danificaram carros alegóricos das escolas de samba dos grupos de acesso e especial do carnaval da capital paulista. As alegorias estavam estacionadas no Sambódromo do Anhembi e passavam por um processo de finalização antes de entrarem na passarela no próximo final semana, quando começam os desfiles das agremiações.

Os responsáveis pelas escolas começaram a publicar fotos das alegorias danificadas em suas redes sociais. O carnavalesco Leandro Barboza, diretor de arte da Império da Casa Verde, postou uma foto de uma peça no chão com sinais aparentes de estragos, enfeites faltando e revestimentos rasgados. No texto, ele escreveu: "Os raios caem sobre os montes mais elevados."

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A Mocidade Unida da Mooca, do Grupo de Acesso I, também usou as redes sociais para informar que dois carros da escolas foram danificados por conta da chuva e dos ventos desta quarta. "Estamos trabalhando para restauração das alegorias", escreveu a agremiação, que garante que tudo será restaurado a tempo do desfile.

Porém, para isso, os próprios carnavalescos da escola admitem que vão precisar de ajuda. Um mutirão está sendo organizado para reparar os danos causados. A escola, que vai se apresentar no próximo domingo, 19, chegou a gravar um vídeo aéreo mostrando os estragos.

Perfis nas redes vinculados a outras agremiações, como a Torcida Força Azul, que se descreve como torcedora da escola Nenê de Vila Matilde, declarou apoio e "sorte" para a Mocidade Unida da Mooca. A skatista bicampeã mundial Pâmela Rosa manifestou palavras de incentivo aos carnavalescos: "Agora é hora de toda comunidade descer e ajuda. ‘Vamo’ dar a volta por cima".

As escolas aguardam um posicionamento da Liga Independente das Escolas para saber se haverá mudanças na forma de julgamento das alegorias. A entidade, porém, não se manifestou até a publicação deste texto.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE), todas as regiões da capital paulista corria risco de alagamentos nesta quarta-feira. O estado de atenção para alagamentos foi divulgado às 15h25, próximo do horário em que os ventos atingiram os carros alegóricos.

Imagens do radar meteorológico da Prefeitura de São Paulo indicaram que os pontos de maior intensidade se concentraram na zona norte da capital paulista, onde se localiza o Sambódromo do Anhembi.

Os desfiles das escolas de samba de São Paulo começam a partir desta sexta-feira à noite, com as apresentações das agremiações do Grupo Especial, que continuam desfilando no sábado. No domingo, se apresentam as escolas do Grupo de Acesso I.

As chuvas que atingiram o Estado de São Paulo entre a tarde de domingo e a madrugada desta segunda-feira, 13, deixaram uma pessoa morta e três desaparecidas na capital e no interior. Ruas e casas foram alagadas e carros ficaram submersos. Desde o início da Operação Chuvas de Verão, em 1º dezembro de 2022, a Defesa Civil estadual contabilizou 25 mortes, cinco desaparecidos e 249 ocorrências em todo o Estado. Em todo o verão passado, até 20 de março, morreram 50 pessoas em decorrência das chuvas.

Um homem de 52 anos foi levado pela enxurrada durante forte chuva, na tarde de domingo, em Biritiba-Mirim, na região metropolitana de São Paulo. O corpo foi resgatado já sem vida no interior de um córrego, na rua Manoel da Nóbrega.

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Também no domingo, em Itaquera, na zona leste da capital, um menino de 10 anos desapareceu na inundação. As buscas foram retomadas nesta segunda-feira.

Em Salto de Pirapora, região de Sorocaba, a moradora Cleidilene Nunes de Souza sumiu após ser arrastada pela enxurrada e cair em um córrego, no Jardim Paulistano. Outra pessoa desapareceu em Mauá, na Grande São Paulo, segundo a Defesa Civil.

Cidades ficam sem água

As chuvas intensas do fim de semana interromperam o abastecimento de água em São Bento do Sapucaí, no Vale do Paraíba. Houve também a queda de uma ponte na zona rural. Em Itu, o temporal causou o rompimento da Represa do Itaim, interrompendo o abastecimento de água em 24 bairros.

Também ocorreram danos na adutora da região do Pirapitingui, afetando outros 11 bairros. Na tarde desta segunda-feira, a situação ainda não tinha sido normalizada.

O distrito de Catuçaba, na histórica São Luiz do Paraitinga, ficou sob as águas, com mais de 200 casas alagadas e 600 pessoas desalojadas. A prefeitura usou as redes sociais para pedir ajuda.

Em Sorocaba, choveu 100 milímetros entre a tarde de domingo e a madrugada desta segunda, causando grandes inundações em cinco bairros. Bombeiros usaram barcos para resgatar famílias ilhadas e retirar ocupantes de carros parados nos alagamentos.

Conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil do Estado, as chuvas já deixaram também sete feridos, 1.376 desabrigados e 7.171 desalojados. Dos municípios que operam o plano preventivo da Defesa Civil, 138 permanecem em observação e 36 continuam em atenção.

As cidades de Aparecida, Socorro e Ferraz de Vasconcelos estão em alerta. "Estamos com equipes nas regiões afetadas, realizando vistorias e acompanhando o trabalho dos bombeiros, engenheiros e agentes das defesas civis", disse o coordenador estadual coronel Henguel Ricardo Pereira.

Seis mortes em Araraquara

Entre as vítimas das chuvas neste verão no Estado, dez estavam no interior de veículos que foram engolidos por erosões ou caíram em rios - uma única ocorrência causou seis mortes em Araraquara. Sete vítimas foram arrastadas por enxurradas, duas morreram em quedas de árvores, duas em desabamentos e uma foi vítima de raio.

No ano passado, 34 mortes aconteceram em deslizamentos de terra acontecidos em quatro cidades da região metropolitana de São Paulo. Só em Franco da Rocha foram 18 mortes.

O ex-ministro do Meio Ambiente no antigo governo Lula (PT) e deputado estadual do Rio de Janeiro, Carlos Minc (PSB) lamentou os estragos no Palácio do Alvorada, residência oficial do Presidente da República. A situação encontrada por Lula e a primeira-dama, Janja Lula da Silva foi denunciada em rede nacional na entrevista que concedeu a jornalista Natuza Nery, da TV Globo. 

O ex-ministro publicou mostrou em suas redes sociais uma foto do momento em que plantou jacarandás ao lado de Lula no Alvorada. "Os jacarandás que Lula plantou comigo no jardim do Palácio da Alvorada foram cortados a mando de Bolsovirus (uma referência a Bolsonaro), segundo a Janja. Na foto eu e Lula plantando as mudas em 2008, quando era ministro do MMA. Desmatou a Amazônia, o Cerrado e até o Alvorada - obsessão predatória!', lamentou. 

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Danos ao patrimônio 

Pelo que foi mostrado durante a visita da jornalista pelo imóvel que um prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), há danificações por vários cômodos. No vídeo é possível danificações no teto, janela quebrada, piso, danos na mobília, tapetes rasgados, obras de arte danificadas pela exposição ao sol, além de obras de arte que sumiram do edíficio.

Uma família viveu 30 minutos de pânico dentro de um carro que foi arrastado pela enxurrada durante o temporal que atingiu a cidade de Campinas, no domingo (11). A aposentada Miriam Rezende, sua filha e o genro moram em São José dos Campos e visitavam a cidade quando desabou um temporal. Eles saíram de um shopping e seguiam pela Avenida Princesa d'Oeste, quando o veículo foi envolvido por uma forte correnteza.

O carro chegou a ser arrastado pela força das águas, que subiram rapidamente. Em poucos minutos, a água chegou na altura do para-brisas. A jovem ligou para o Corpo de Bombeiros pedindo ajuda. Ela informou a localização do carro à militar que atendia a ligação. "Moça, a gente vai morrer aqui, pelo amor de Deus", implorou. A mãe falava junto com a filha, em tom desesperador. "Ai, meu Deus, bombeiro, vem logo, pelo amor de Deus. A água está passando por cima do carro já."

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Enquanto o genro, ao volante, tentava manter a calma, a aposentada e a filha se desesperavam. "Fale pro bombeiro vir rápido. Moça, por favor, anda logo, moça." O genro pediu à sogra: "Reza aí, reza."

O vídeo foi gravado pela aposentada, que estava no banco traseiro. Antes que os bombeiros chegassem, a água baixou e os três saíram do carro, com a ajuda de moradores. O veículo precisou ser guinchado. Ninguém ficou ferido.

Já a salvo, a aposentada contou, em entrevista à EPTV, que eles conheciam pouco a cidade e não sabiam que a avenida era sujeita a alagamentos - o mesmo local voltou a inundar com as chuvas de segunda-feira, 12. Sem conseguir descer do carro, devido à força da correnteza, eles decidiram pedir ajuda aos bombeiros. "Foi um desespero, porque a água começou a pegar o pára-brisa do carro e a gente tinha a impressão que ia morrer sufocada. Você entra em desespero, vai faltando ar, mas graças a Deus o pior não aconteceu", disse.

O Corpo de Bombeiros de Campinas informou que deslocou uma viatura para atender a família ilhada no carro, mas quando a equipe chegou, a família já estava a salvo.

Outros resgates

Os temporais que atingiram Campinas voltaram a deixar pessoas ilhadas em veículos na segunda e nesta terça-feira (13). Na manhã de segunda, quatro homens tiveram de usar cordas para retirar duas mulheres e uma adolescente que estavam presas em um automóvel arrastado pela correnteza. O resgate aconteceu também na Avenida Princesa d'Oeste, próximo ao Estádio Brinco da Princesa.

Uma das mulheres estava aos prantos quando foi resgatada. Três homens que estavam em um ônibus pediram para o motorista do coletivo parar quando viram o desespero das ocupantes do carro. Um deles conseguiu a corda e levou até o carro, enquanto os outros sustentavam o cordão de salvamento improvisado. Pessoas que gravavam a cena em um prédio gritaram e aplaudiram quando as mulheres foram salvas.

Já na manhã desta terça-feira, um motorista de 54 anos e seu pai de 77 foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros quando a Kombi em que estavam ficou ilhada no alagamento da Avenida Papa Paulo VI, no Jardim do Trevo. A região foi inundada pelo novo temporal. No momento do resgate, a chuva havia passado, mas o nível da água atingia metade da altura da Kombi. Os bombeiros estenderam cordas e tiveram de carregar o idoso. Pai e filho não tiveram ferimentos.

Em Tremembé, no Vale do Paraíba, um homem conseguiu sair ileso depois que a Kombi que ele dirigia foi atingida pela queda de uma árvore de grande porte, durante um temporal, na manhã desta terça. Ele fazia o transporte de urnas com o veículo da empresa funerária Sagrada Família quando a árvore atingiu em cheio a parte dianteira da Kombi. Apesar do susto, ele não se feriu e conseguiu sair sozinho das ferragens. A Defesa Civil foi acionada para retirar a árvore e liberar a via.

A variante Ômicron continua provocando o caos no transporte aéreo, com milhares de voos cancelados em todo o mundo desde o fim de semana de Natal, e sua rápida propagação deve levar a França a anunciar nesta segunda-feira (27) novas restrições para enfrentar a pandemia.

A Europa é a região do planeta com mais casos nos últimos sete dias, com 2.901.073 (55% do total mundial), e o maior número de mortes, 24.287 em uma semana (53% do total), seguida por Estados Unidos/Canadá (10.269 mortos, 22%).

Na França, o presidente Emmanuel Macron se reunirá por videoconferência com o conselho de defesa de saúde. E o conselho de ministros deve aprovar o projeto de lei para substituir o passaporte sanitário pelo passaporte da vacinação.

A França superou no sábado, pela primeira vez desde o início da pandemia, a marca de 100.000 novos casos em 24 horas.

Os Estados Unidos registraram a média de mais de 190.000 novos casos diários nos últimos sete dias, de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins. As autoridades de Nova York alertaram para o aumento das hospitalizações de crianças com menos de cinco anos, que ainda não atingiram a idade de vacinação, e que representaram metade das internações na cidade entre 5 e 19 de dezembro.

Além dos 8.300 voos cancelados no fim de semana de Natal, dezenas de milhares de voos sofreram atrasos entre sexta-feira e domingo, para tristeza daqueles que pretendiam viajar depois do Natal de 2020 ofuscado pela pandemia.

- "Impacto direto" -

De acordo com o site FlightAware, os problemas continuarão na segunda-feira e terça-feira (2.100 e 700 voos cancelados, respectivamente, até o momento).

Companhias aéreas como Lufthansa, Delta, United Airlines, Alaska Airlines, JetBlue ou British Airways cancelaram viagens porque a pandemia provocou uma escassez de pilotos e outros integrantes da tripulação dos aviões, que precisam ficar em isolamento depois que são expostos a Covid-19.

"O pico de casos de ômicron em todo país (Estados Unidos) esta semana teve um impacto direto nas nossas tripulações e nas pessoas que dirigem nossas operações", afirmou a United Airlines em um comunicado.

As condições climáticas também afetaram os voos nos Estados Unidos: nevascas na região oeste complicaram ainda mais uma situação já caótica.

As companhias aéreas chinesas, como a China Eastern e a Air China, cancelaram 2.000 voos no fim de semana, incluindo vários que passavam pela cidade de Xi'an, onde os 13 milhões de habitantes estão em confinamento.

Na China que adota desde o ano passado uma estratégia "covid zero", a cidade de Xi'an anunciou medidas mais rigorosas para combater o risco epidêmico, depois de organizar uma campanha de testes em larga escala por centenas de casos na metrópole.

Os moradores da cidade estão em lockdown desde quinta-feira e apenas uma pessoa por residência pode sair a cada três dias para comprar produtos de primeira necessidade.

E somente pessoas que trabalham no combate à epidemia podem circular de carro pela cidade.

- Placa de Petri -

Em alto mar, o coronavírus também atrapalhou o feriado. De acordo com o jornal Washington Post, vários navios tiveram a entrada negada nos portos do Caribe.

"Navegamos a bordo de uma placa de Petri" (recipientes usados em laboratórios para a cultura de micro-organismos), declarou ao jornal Ashley Peterson, passageira de 34 anos do cruzeiro Carnival Freedom, que não conseguiu atracar na ilha holandesa de Bonaire.

Em um comunicado, a Carnival Cruises confirmou que "isolou um pequeno número de pessoas a bordo após um teste positivo de Covid-19".

O CDC, principal agência de saúde pública dos Estados Unidos, afirma que mais de 60 cruzeiros estão sendo investigados pelas autoridades após a detecção de casos de Covid-19 a bordo.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 5,3 milhões de mortes no mundo desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou o surgimento da doença em dezembro de 2019, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais

Mas a OMS considera que o balanço real pode ser entre duas e três vezes superior.

Os estados e municípios afetados por desastres naturais devem decretar situação de emergência ou estado de calamidade pública antes de solicitar recursos federais para ações de defesa civil. O reconhecimento federal deve ser solicitado no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD).

A diferença entre estados de calamidade e emergência está na capacidade de resposta do Poder Público à crise. De acordo com o Decreto nº 7.257, de 4 de agosto de 2010, os dois casos preveem uma situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos. No entanto, no caso da situação de emergência o comprometimento da capacidade de resposta do Poder Público do ente atingido é “parcial".

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No caso de calamidade, “o comprometimento da capacidade de resposta do Poder Público do ente atingido é substancial”. 

O reconhecimento deve ser solicitado pelo governador ou prefeito e reconhecido pelo governo federal. Após análise das informações, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no Diário Oficial da União com a especificação do valor a ser liberado.

instrução normativa do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) nº 36, de 2020, estabelece procedimentos e critérios para o reconhecimento federal e para declaração de situação de emergência ou estado de calamidade pública pelos municípios, estados e pelo Distrito Federal.

Com a decisão, os municípios podem ter acesso a recursos federais de forma facilitada, fazer compras emergenciais sem licitação e ultrapassar as metas fiscais previstas para custear ações de combate à crise.

Ambos os decretos deverão estar fundamentados em parecer técnico do órgão de proteção e defesa civil do município, do estado ou do Distrito Federal, e estabelecerá prazo máximo de 180 dias, a contar de sua publicação.

Reconhecimento sumário

No caso de “flagrante a intensidade do desastre e seu impacto social, econômico e ambiental na região afetada”, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil poderá reconhecer sumariamente a situação de emergência ou o estado de calamidade pública. Para isso basta o requerimento e o decreto do ente federado. A medida visa acelerar as ações federais de resposta ao desastre. No caso de reconhecimento sumário, a documentação prevista deverá ser encaminhada ao Ministério do Desenvolvimento Regional no prazo máximo de 15 dias da data de publicação da portaria de reconhecimento.

*Com informações do Ministério do Desenvolvimento Regional

O total de vítimas da pandemia da Covid-19 está perto de superar cinco milhões de mortos e já é muito superior ao da maioria das epidemias virais dos séculos XX e XXI, com notáveis exceções como a terrível "gripe espanhola" e a aids.

Confira abaixo algumas comparações:

- Vírus surgidos no século XXI -

O total de óbitos pelo coronavírus é muito maior do que o das epidemias de vírus que surgiram no século XXI.

Em 2009, a gripe A (H1N1), chamada de "gripe suína", causou oficialmente 18.500 mortes. Este total foi revistado para cima, posteriormente, pela revista médica The Lancet, situando-o em entre 151.700 e 575.400 mortes.

Outro coronavírus que disparou alarme mundial foi o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês), que apareceu na China e deixou 774 mortos entre 2002-2003.

- Epidemias gripais -

O balanço da Covid-19 é comparado, com frequência, ao das gripes sazonais, que deixam milhares de mortos a cada ano sem ocupar muitas manchetes.

"Em todo mundo, estas epidemias anuais causam cerca de 5 milhões de casos graves e deixam entre 290.000 e 650.000 mortos", lembra a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No século XX, duas grandes pandemias de gripe ligadas a novos vírus - a pandemia de 1957-58, chamada de "asiática", e a de 1968-70, batizada de "gripe de Hong Kong" - provocaram, cada uma, cerca de um milhão de mortes, segundo cálculos divulgados "a posteriori".

A grande gripe de 1918-1919, que surgiu de um novo vírus e foi rotulada como "espanhola", matou entre 50 e 100 milhões de pessoas em três "ondas", conforme as últimas estimativas publicadas no início dos anos 2000.

- Vírus tropicais -

O balanço provisório do novo coronavírus já é muito superior ao do ebola.

Desde 1976, o ebola causou cerca de 15.300 mortes, apenas na África. Embora este vírus seja mais letal do que o Sars-Cov-2, levando ao óbito cerca de 50% dos pacientes, segundo a OMS, é muito menos contagioso.

Registrada entre agosto de 2018 e junho de 2020 na República Democrática do Congo, a última grande epidemia de ebola deixou cerca de 2.300 mortos.

Outros vírus tropicais, como a dengue (que pode causar a morte em sua forma grave), apresentam, no entanto, menor taxa de mortalidade.

Transmitida por mosquitos e em avanço há 20 anos, a dengue, por exemplo, deixou 4.032 mortos, de acordo com os últimos dados da OMS (de 2015).

- Hepatite e aids -

Ainda sem uma vacina eficaz 40 anos após seu surgimento, a aids já causou a morte de quase 36,3 milhões de pessoas, ou seja, sete vezes mais do que a Covid-19, que é muito mais recente.

Graças à generalização das terapias antirretrovirais, o número anual de vítimas da aids diminuiu desde o pico registrado em 2004, de 1,7 milhão de mortes. Em 2020, o número de mortos chegou a 680.000, conforme a UNAIDS.

Transmitidos pela corrente sanguínea, os diferentes tipos de vírus da hepatite também causam estragos. Todo o ano, mais de um milhão de pessoas morrem de hepatite B e C, que provocam cirrose, ou câncer de fígado, especialmente nos países mais pobres.

Ventos de até 77,8 km/h causaram estragos e problemas no Rio de Janeiro na tarde desta terça-feira, 21. Houve problemas no transporte, queda de árvores e falta de luz na cidade, que entrou em estágio de mobilização - o segundo nível em uma escala de cinco, que indica risco de ocorrências de grande impacto à cidade - às 15h20. Essa situação permanecia às 20h30.

A ventania atingiu todas as regiões da cidade - a maior velocidade do vento, de 77,8 km/h, foi registrada no Forte de Copacabana, na zona sul. Por conta do vento, a Ponte Rio-Niterói ficou interditada ao trânsito de veículos durante 20 minutos, entre 14h40 e 15h.

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A circulação dos trens da Supervia foi interrompida por volta das 15h nos ramais Japeri, Santa Cruz, Belford Roxo e Saracuruna e nas extensões Paracambi, Vila Inhomirim e Guapimirim, e só começou a ser retomada às 17h20.

Pelo menos 51 árvores caíram, causando estragos – algumas caíram sobre carros, sem ferir motoristas – e queda de energia em vários bairros. Às 19h45, 23 árvores ainda estavam sendo retiradas pela prefeitura. Foram registradas pelo menos 12 interrupções do fornecimento de eletricidade na cidade.

As fortes chuvas que atingiram a cidade litorânea de Ubatuba (SP), no primeiro dia de 2021 até a madrugada desta sexta-feira (2), provocaram estragos, alagando a região central da cidade e causando problemas no abastecimento de água.

 A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que o tratamento de água teve que ser interrompido devido a galhos, lama e pedras que bloquearam a captação de água e que está trabalhando para a normalização do sistema.

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De acordo com a prefeitura, o fornecimento de água pode levar até 12 horas para ser completamente.

Também houve problemas com a coleta de lixo. Devido à interdição da ponte que dá acesso ao transbordo, a empresa responsável pela coleta do lixo teve dificuldades para descarregar os caminhões, o que só ocorreu quando o nível da água do rio baixou. O serviço, segundo a prefeitura, foi normalizado hoje de manhã.

Ainda segundo a prefeitura da cidade, seis famílias que moram em residências na Rua Acre ficaram desalojadas. Elas foram levadas, para a Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves, pela manhã, onde devem permanecer até a situação estiver normalizada.

 A prefeitura solicita doações para os desalojados e desabrigados, que podem ser encaminhadas à escola Tancredo Neves ou para o Ginásio Tubão.

 

Informações equivocadas sobre o novo coronavírus na internet e nas redes sociais podem ser devastadoras e inclusive provocar mortes, com a divulgação de remédios milagrosos tóxicos e recomendações sobre a interrupção de tratamentos médicos.

Os cientistas iniciaram uma corrida contra o tempo para encontrar um tratamento eficaz ou uma vacina contra uma pandemia que já matou mais de 20.000 pessoas. Os boatos mais insensatos, no entanto, se propagam na internet, alimentando a confusão.

As consequências podem ser trágicas: no Irã, um dos países mais afetados, mais de 210 pessoas morreram por beber álcool adulterado depois que circulou na internet o boato de que isto poderia tratar ou evitar a COVID-19, informou a agência oficial Irna.

Os perigosos falsos remédios pesquisados pela AFP incluem o consumo de cinzas vulcânicas e lâmpadas UV ou alvejantes, que de acordo com as autoridades de saúde podem ser muito prejudiciais.

Outro remédio que "mata o coronavírus", segundo mensagens enganosas nas redes sociais, é beber prata coloidal (formada por nanopartículas de prata).

"Estou preparando prata coloidal. Tenho asma, isto funciona de verdade? (...) Ajuda se eu tomar uma colher de chá por dia?", pergunta Michelle em um grupo público do Facebook, ao lado de uma foto de uma jarra de água com uma haste de metal dentro.

Os efeitos colaterais da ingestão de prata coloidal podem incluir uma descoloração da pele e a baixa absorção de alguns medicamentos, como os antibióticos, afirma o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.

Mas isto não desanima algumas pessoas. Um australiano que diz estar acostumado a comprar a mistura contou à AFP que o produto "está esgotado" em sua cidade, mas antes do vírus ele sempre conseguia adquiri-lo.

Consumir cocaína ou beber um pouco de alvejante também são alguns dos conselhos que circulam na internet. "Não, a cocaína NÃO protege contra # COVID-19", tuitou o governo francês em resposta.

- Um golpe para os negócios -

As compras estimuladas pelo pânico deixam vazias as prateleiras dos supermercados em vários países, mas alguns comerciantes e agricultores indianos tiveram o problema contrário: muitas pessoas evitam alguns produtos devido a informações falsas.

Alguns comerciantes de Nova Delhi relataram à AFP que adquiriram produtos fabricados na China, como armas de brinquedo, perucas e outros acessórios antes do Holi, o festival das cores que foi celebrado no início do mês.

"Mas a informação equivocada sobre os produtos chineses, de que poderiam transmitir o coronavírus, provocou uma queda nas vendas de quase 40% na comparação com o ano passado", afirmou Vipin Nijhawan, da Associação de Brinquedos da Índia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) garantiu que o vírus não dura muito em superfícies inanimadas, o que significa que é pouco provável que os produtos importados possam transmitir o coronavírus mesmo que estejam contaminados.

- Remédios para o coração -

A rápida divulgação das informações on-line faz com que os pacientes mais ansiosos passem por riscos desnecessários quando escutam os cientistas discutindo sobre teorias ainda não comprovadas.

A confusão foi provocada por uma série de cartas e artigos teóricos publicados em revistas científicas sobre se alguns tipos de medicamentos para o coração podem aumentar a possibilidade de desenvolver uma forma grave de COVID-19.

Isto levou as autoridades de saúde de toda Europa e Estados Unidos a recomendar aos pacientes cardíacos, que já têm um risco maior de contrair a doença, que continuem tomando os medicamentos.

Carolyn Thomas, que coordena um blog para mulheres que sofrem doenças cardíacas, afirmou que dezenas de leitores entraram em contato para pedir conselhos depois que viram mensagens no Twitter com advertências contra os inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) e os bloqueadores de receptores de angiotensina.

"Até consultar meu cardiologista, continuo tomando os remédios, mas questiono se aumentam minha vulnerabilidade a contrair o vírus", afirma Thomas, que está em confinamento em sua casa no Canadá.

"Tenho medo de tomar e tenho medo de parar", explica.

O professor Garry Jennings, assessor médico da Fundação do Coração da Austrália, afirma que os artigos "foram baseados em uma série de fatores que são polêmicos" e alerta que se os pacientes param de tomar o medicamento, eles podem sofrer um infarto e morrer.

"Na ausência de outras evidências e sabendo que estes medicamentos são benéficos, não é uma boa ideia deixar de tomar", enfatiza.

Nos Estados Unidos um homem morreu depois de ingerir fosfato de cloroquina. Ele ouviu o presidente Donald Trump elogiar a cloroquina como um possível "remédio, um presidente dos céus", e tomou uma grande quantidade de um produto de limpeza de aquários.

A forte chuva que caiu em São Paulo entre a noite de domingo (9) e a manhã desta segunda-feira (10) alagou algumas áreas do Morumbi, sede social do São Paulo. As piscinas ficaram cheias de lama, mas não houve estragos em partes do estádio.

Os vestiários e sala de imprensa do estádio não foram inundados, como aconteceu após chuva em março do ano passado. Na ocasião, o Morumbi foi interditado para reparos e o São Paulo teve de jogar no Pacaembu. Desta vez, a equipe poderá mandar o clássico contra o Corinthians, no sábado, em seu estádio.

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Os estragos desta segunda-feira foram bem menores. Algumas partes da área social foram afetadas, como as piscinas e o refeitório. Ainda não há informação se o espaço terá de ser interditado.

Além da parte social, o complexo do Morumbi é usado pelo time feminino em algumas atividades. Os outros locais de treinamentos da equipe são o CT da Barra Funda e o CT da base do clube em Cotia.

O elenco principal já estava de folga nesta segunda-feira e volta aos trabalhos na terça, no CT da Barra Funda. O clássico contra o Corinthians será realizado no sábado, às 19h, pela sexta rodada do Campeonato Paulista.

Voltou a chover forte em parte de Minas Gerais nas últimas horas. Em algumas cidades, a precipitação causou novos transtornos à população. Em Poços de Caldas, a cerca de 450 quilômetros de Belo Horizonte, a Defesa Civil interditou um edifício residencial de dois andares atingido por um deslizamento de terra na tarde de terça-feira (4).

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que o deslizamento foi causado pela queda de um muro de arrimo em construção. Ao ruir, o muro deslocou terra suficiente para colocar em risco o prédio de quatro apartamentos, dos quais três estavam ocupados. Os oito moradores só puderam entrar nas residências para retirar algumas roupas e itens pessoais, além dos animais de estimação, acompanhados por bombeiros. Até a Defesa Civil liberar o edifício, a construtora responsável pelo muro de arrimo que desmoronou terá que oferecer o necessário para os moradores.

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Em Sarzedo, na região metropolitana de Belo Horizonte, a forte chuva desta manhã alagou bairros inteiros e, segundo os bombeiros, deixou moradores ilhados no bairro Brasília, o mais afetado. Não há, até o momento, registro de feridos ou mortos, mas a Defesa Civil estadual prevê a possibilidade de chuva de granizo não apenas em Sarzedo, mas também em Mateus Leme, Juatuba, Serra Azul, Igarapé, São Joaquim de Bicas, Itatiaiuçu, Brumadinho, Mario Campo, Betim e Ibirité.

Em Belo Horizonte, cujo solo já estava encharcado após as chuvas das últimas semanas, a Defesa Civil emitiu um alerta para a possibilidade de que, até amanhã, ocorram pancadas de chuva acompanhadas por raios e rajadas de vento em torno de 50 km/h. O mês de janeiro foi o mais chuvoso dos últimos 110 anos na capital mineira. 

A prefeitura afirma ter acionado uma força preventiva e emergencial para combater e minimizar o impacto causado pelos fortes temporais na região. Servidores da Defesa Civil, Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e de outras autarquias e órgãos municipais devem estar de prontidão 24 horas por dia a fim de atender qualquer urgência. Onze pontos de ação preventiva estratégica foram mapeados para receber equipamentos necessários à atuação emergencial. Além disso, o plano emergencial prevê que técnicos da Secretaria de Assistência Social monitorem a população em situação de rua e vulnerabilidade social e acompanhem a retirada de pessoas de áreas de risco.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que a combinação da umidade com áreas de baixa pressão favoreça a intensificação da “instabilidade atmosférica” sobre o estado. Já o aumento da nebulosidade favorece uma leve queda das temperaturas em grande parte do estado.

A população deve estar atenta ao risco de deslizamentos de terra e desabamentos. Além disso, em caso de chuvas fortes, as pessoas que moram em áreas propensas a alagamentos devem deixar suas casas e procurar um lugar seguro aos primeiros sinais de água se acumulando. As pessoas devem evitar transitar ou encostar carros próximos a encostas. E monitorar permanentemente as construções erguidas ou próximas a encostas, ficando atentas ao surgimento de trincas ou rachaduras e evitar movimentar a terra durante o período em que o solo estiver encharcado.

Até as 8 horas de hoje (5), a Coordenadoria de Defesa Civil de Minas Gerais já contabilizava 58 pessoas mortas pelos efeitos das chuvas das últimas duas semanas – 13 delas em Belo Horizonte. Além disso, em todo o estado, a situação forçou 53.169 pessoas a deixarem suas casas. Destas, 45.028 ficaram desalojadas e tiveram que se hospedar temporariamente na casa de parentes ou amigos ou em outros locais provisórios. Outras 8.141 pessoas foram acomodadas provisoriamente em abrigos que, na maioria das vezes, são improvisados em escolas ou igrejas.

O presidente Jair Bolsonaro vai sobrevoar nesta quinta-feira (30) áreas afetadas pelas chuvas em Minas Gerais. A agenda ocorrerá no período da tarde, informou o Palácio do Planalto. Mais de 100 municípios do estado tiveram situação de emergência decretada em decorrência dos estragos causados, incluindo alagamentos, desmoronamento de construções, transbordamento de rios e deslizamento de terras. Até agora, as chuvas já provocaram 54 mortes no estado.

De acordo com o boletim divulgado pela Defesa Civil estadual às 10h de hoje (29), o maior número de óbitos foi registrado em Belo Horizonte (13). Em seguida vêm Betim (seis); Ibirité e Luisburgo (cinco, em cada). Quarenta e duas pessoas morreram soterradas e 11 afogadas ou por outras causas, após serem arrastadas pelas águas.

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O último levantamento indica que, em todo o estado, há 38.703 pessoas desalojadas, ou seja, que tiveram que deixar suas casas e, provisoriamente, ir para a casa de parentes ou amigos. Além disso, 8.157 pessoas, sem ter para onde ir, buscaram abrigos, na maioria das vezes improvisados, em escolas ou igrejas.

Em memória das vítimas, foi respeitado um minuto de silêncio durante um evento do presidente Jair Bolsonaro com cantores sertanejos, no Palácio do Planalto, durante a manhã desta quarta-feira.

No último domingo (26), o governo federal informou que foram disponibilizados R$ 90 milhões, de forma imediata, aos municípios atingidos por chuvas desde 17 de abril. Os recursos são procedentes do Ministério do Desenvolvimento Regional.

*Com informações de Alex Rodrigues.

 

Funcionários do Walt Disney World informaram nesta segunda-feira, 2, que seus quatro parques temáticos encerrarão as atividades nesta terça-feira, 3, a partir das 15h (local, 14h em Brasília) em razão da chegada do furacão Dorian à Flórida. Eles informaram ainda que devem fechar o parque aquático, seus campos de golfe em miniatura e seus restaurantes e lojas da Disney Springs no mesmo horário.

Sua área de acampamento fechará no mesmo horário e ficará sem operar até que o furacão deixe a costa da Flórida. Os hóspedes que estão acampados serão transferidos para outros hotéis da Disney World.

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Centenas de voos foram cancelados

Também em razão da chegada do furacão Doria, centenas de voos foram cancelados nos EUA. De acordo com o site FlightAware, mais de 1.200 voos foram cancelados em 5 aeroportos da Flórida, 1 da Carolina do Norte, além do de Atlanta, na Geórgia.

A Azul e a Gol anunciaram o cancelamento de 12 voos que sairiam de Brasília e Fortaleza para Miami e Orlando. A Latam optou por adiantar alguns voos e anunciou que flexibilizará as regras de remarcação aos passageiros que tenham voos programados até o dia 4.

Os cancelamentos e fechamentos de parques ocorrem em pleno feriado do Dia do Trabalho nos EUA, período normalmente de alta demanda no país.

Ao menos 5 mortos

O furacão Dorian, o segundo mais forte já registrado no Atlântico, devastou as Bahamas no fim de semana, revirando carros, interrompendo o fornecimento de energia, causando grandes enchentes e deixando pelo menos 5 mortos e 20 feridos. Hoje, ele se dirigia para a costa americana, onde deve chegar como furacão de categoria 4, com ventos de até 250 km/h.

A previsão é que o olho da tempestade chegue aos EUA ao longo do dia de amanhã. Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), a expectativa é a de que a tempestade faça uma curva para o norte, após se aproximar do litoral. Ainda não está claro, porém, se Dorian seguirá seu trajeto para o norte seguindo a costa americana.

Mais de um milhão de pessoas foram retiradas de suas casas nos Estados da Flórida, Carolina do Sul e Geórgia. Autoridades estão enviando alertas de furacão desde a tarde de domingo para a costa da Flórida, próximo à cidade de Titusville, e alertas de ressaca para outras cidades do leste do Estado.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, ordenou a retirada de cerca de 14 mil pessoas da região de St. Augustine. Postos de gasolina foram fechados e as prateleiras de lojas de conveniência ficaram vazias. As autoridades do Estado afirmaram que dariam novas diretrizes assim que a rota da tempestade ficasse mais clara.

Na vizinha Geórgia, o governador Brian Kemp ordenou a retirada da população de seis distritos costeiros, incluindo os 160 mil moradores de Savannah. O governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, também determinou a saída obrigatória dos habitantes de oito distritos costeiros a partir do meio-dia de hoje, incluindo Charleston, cidade mais populosa do Estado. Mais de 830 mil pessoas foram afetadas pela ordem.

As companhias de energia elétrica da região mobilizaram hoje 17 mil funcionários para trabalhar em caso de apagões e atuar em emergências, de acordo com o jornal USA Today. Mais de 4 mil integrantes da Guarda Nacional foram convocados para as tarefas de socorro na Flórida.

Mais de 13 mil casas destruídas

No fim de semana, como tempestade de categoria 5, o Dorian levou devastação às ilhas de Great Abaco e Grand Bahama, no noroeste das Bahamas, destruindo ou danificando mais de 13 mil casas, segundo a Cruz Vermelha. Durante a noite, os ventos atingiram 320 km/h, os mais fortes já registrados na região. Segundo o NHC, as ondas causadas pela tempestade foram maiores que muitos prédios da área.

"Estamos enfrentando um furacão como nunca vimos antes na história das Bahamas", disse Hubert Minnis, primeiro-ministro do país, que chegou a chorar durante a entrevista coletiva. "Provavelmente, é o dia mais triste da minha vida."

Imagens publicadas nas redes sociais mostram um enorme rastro de destruição causado pelo Dorian nas Bahamas. Especialistas relataram ondas de 5 a 7 metros de altura. Um vídeo postado no site do jornal Tribune 242 mostrou a água na altura dos telhados de casas de madeira, com barcos quebrados flutuando em uma água escura, cheia de tábuas, galhos, troncos de árvores e escombros.

Meteorologistas disseram hoje que o furacão praticamente estacionou sobre as Bahamas, movendo-.se a cerca de 1,5 km/h, o que aumentou ainda mais seu poder de destruição. A intensidade do Dorian já teria se equiparado ao furacão do Dia do Trabalho, de 1935, até hoje o mais forte já registrado a tocar a terra na costa do Atlântico

A prefeitura do Rio de Janeiro decretou estado de calamidade pública, por causa da chuva que atinge o município desde a noite de segunda-feira (8). Com o decreto, passa a ser possível fazer contratação de serviços emergenciais de resposta à enchente sem licitação.

Caso o governo federal aceite o decreto de calamidade, o documento também facilita a transferência de recursos da União para a prefeitura fazer essas ações emergenciais.

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O decreto permite ainda desapropriações e o uso de propriedade particular, no caso de iminente perigo, pela Defesa Civil e outros órgãos municipais.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, justificou a medida não apenas por causa da situação emergencial provocada pelo temporal, que provocou enchentes e deslizamentos e matou dez pessoas, mas também porque o município passa por “grave crise econômica”.

A cidade segue em estágio de crise (o mais grave de três níveis da Defesa Civil) há quase 60 horas, desde as 20h55 de segunda-feira (8). Ainda há vários pontos de alagamento, vias bloqueadas e riscos de deslizamentos. Apesar disso, segundo o sistema Alerta Rio, da prefeitura, não deve chover hoje na capital fluminense.

Em apenas três horas, das 8h às 11h desta segunda-feira (28), choveu o equivalente ao previsto para 21 dias do mês de janeiro. No período de três horas foi registrado um volume de 70 mm, para uma média histórica de 103,8 em todo mês de janeiro. Apesar do alto volume de chuva, a Prefeitura do Recife não contabilizou ocorrência grave.

A Defesa Civil enviou o alerta para 31 mil famílias moradoras de áreas consideradas de risco. Cerca de 900 profissionais estão atuando nas ruas.

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Até o momento, a Prefeitura do Recife contabiliza quatro ocorrências de queda parcial ou total de árvores, com três delas já removidas e as vias liberadas para o trânsito de veículos: Avenida Rui Barbosa, Rua das Moças e Sítio Trindade. Uma ocorrência na Rua da Amizade, nas Graças, está em atendimento pela Emlurb.

Foram registrados 46 chamados pela Defesa Civil, para vistorias técnicas e colocação de lonas. Nenhuma das ocorrências tgeve feridos. A Defesa Civil do Recife mantém um plantão permanente e pode ser acionada através do 0800 081 3400.

Drenagem - Desde o início das chuvas, as equipes da Emlurb reforçaram as ações drenagem nas áreas mais baixas da capital com o objetivo de intensificar o escoamento das águas.  Foram mobilizadas mais de 200 pessoas para os trabalhos de drenagem, além de três caminhões equipados com jatos para a sucção da água.

As equipes trabalham para desobstrução e limpeza de galerias e canaletas da rede de drenagem, de diversas localidades, a exemplo da Av. Mascarenhas de Moraes, na Imbiribeira; Rua dos Palmares, em Santo Amaro; Rua Alegre, em Água Fria; Praça de Jardim São Paulo; Praça Sérgio Loreto; Rua Continental, no Ibura e Rua 20 de Janeiro, em Setúbal. Equipes também atuam na limpeza dos seguintes canais: Canal Riacho dos Macacos, em Dois Irmãos; Canal Santa Terezinha, em santo Amaro; Canal do Parnamirim, em Casa Forte; Canal do Rio Morno, na Guabiraba; canal do Caiara, na iputinga; Canal do Rio Jiquiá e Canal da Av. 30 de Outubro, em Jardim São Paulo; Canal Jardim Terezópolis, na Várzea; Canal de São Leopoldo, no Engenho do Meio; Canal do Ibura; no Ibura; Canal da Malária e o Canal da Vila das Crianças, ambos no Ipsep e Canal do Arruda.

Trânsito - Das 8h às 11h foram registrados cinco acidentes de trânsito sem vítimas. No mesmo período, houve 31 ocorrências de semáforos, com cinco já atendidos.

Cerca de mil pessoas de dois municípios da Zona da Mata, em Minas Gerais, tiveram as casas atingidas por inundações provocadas pelas chuvas no Estado e precisam de água, comida e remédios, segundo informações do Corpo de Bombeiros. Todas são moradoras dos distritos de Águas Férreas, em São Pedro dos Ferros, e Vista Alegre, em Rio Casca.

O Estado já contabiliza cinco mortes e seis pessoas estão desaparecidas em razão das chuvas que atingem a região desde outubro deste ano, início do período chuvoso.

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Segundo a Defesa Civil estadual, no início de outubro um taxista de Belo Horizonte faleceu ao ter o carro atingido por uma árvore durante tempestade. Em Uberaba, dois agricultores morreram atingidos por um raio. No último fim de semana, uma idosa, que por problemas de saúde vivia acamada, faleceu ao ter sua casa inundada em Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte. Também no fim de semana, um garoto de 6 anos morreu depois de ser levado pela enxurrada em Perdizes, no Alto Paranaíba.

Conforme o chefe de controle interno da Prefeitura de São Pedro dos Ferros, Luiz Felipe Alves Silva, os moradores dos distritos de Águas Férreas e Vista Alegre tinham casas na parte baixa da localidade e, agora, estão em residências de parentes e amigos na região mais alta. Ainda segundo o funcionário municipal, há um ponto de entrega de doações na Associação dos Municípios da Microrregional do Vale do Piranga, em Ponte Nova, uma das principais cidades da Zona da Mata.

Em Vista Alegre, conforme informações dos bombeiros, um senhor de aproximadamente 60 anos, identificado até o momento apenas como Luiz, que estaria ajudando vizinhos durante a enchente, foi levado pela enxurrada nesta segunda-feira, 4. Antes desta ocorrência, cinco pessoas eram consideradas desaparecidas por conta das chuvas no Estado. Dois adultos e duas crianças em Urucânia, também na Zona da Mata, e um homem em Vespasiano, na Grande Belo Horizonte.

Em cidades da Zona da Mata, 22 pessoas que estavam ilhadas foram resgatadas entre essa segunda-feira, e a madrugada dessa terça, 5. Desse total, 15 estavam no distrito de Águas Férreas e foram retiradas do local por volta das 2h30, segundo os bombeiros. O grupo era formado por idosos e pessoas com dificuldades de locomoção. Um senhor de 80 anos que ajudava vizinhos no distrito também teria sumido durante as chuvas. A corporação, no entanto, ainda não confirmou esse desaparecimento.

Entre os diversos estragos provocados pelas fortes chuvas do último fim de semana na Mata Sul de Pernambuco, um em particular chamou a atenção dos moradores de Barreiros, nesta segunda (30). A Secretaria de Educação do município foi inundada e todos os livros destinados às escolas locais estão sendo jogados no lixo. 

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Além dos materiais didáticos, também houve perda de equipamentos de informática e mobiliário do local. "Tudo perdido. Só conseguimos entrar em Barreiros hoje, foi quando a água baixou. Ainda temos funcionários que não estão com possibilidade de sair de casa", afirmou a secretária de Educação, Wylliane Lima. 

No total, de acordo com informações da secretária, aproximadamente 7300 alunos estão sem aula (destes, 740 da área rural estão ilhados). Se o tempo melhorar, o objetivo é retomar as aulas na próxima segunda-feira. 

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