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O desempenho financeiro dos quatro grandes clubes de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos) na última década provocou uma reorganização de forças que acaba se refletindo dentro de campo. Após profunda reestruturação e grandes investimentos, o Palmeiras se tornou o modelo de gestão de finanças. O Corinthians, dono das maiores receitas até 2013, acumula dívidas, principalmente tributárias. O São Paulo passou a depender ainda mais da venda de atletas e sofre com empréstimos bancários enquanto o Santos perdeu terreno para os rivais por causa da dificuldade em aumentar suas receitas.

Neste cenário, o Palmeiras deve largar na frente no novo contexto do futebol brasileiro que se configura a partir do ano que vem, com a possibilidade de criação de uma liga de clubes e a perspectiva de aumento de receita. Essas conclusões são feitas a partir da análise financeira pela EY, uma das maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, sobre os balanços dos clubes paulistas na última década. O levantamento apresenta as principais fontes de receita, custos e despesas, endividamento e comparativos históricos dos clubes entre 2013 e 2022.

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As receitas aumentaram. O grupo dos quatro grandes clubes paulistas registrou um crescimento de 153% na receita total no período entre 2013 e 2022, chegando a R$ 2,6 bilhões só no último ano. Além da premiação e direitos de transmissão, as fontes de receita são transferências de atletas, patrocínios e publicidade, bilheteria e programas de sócio-torcedor. "Comparando 2022 com 2021, identificamos um aumento de 6% na proporção com transferências de atletas, chegando à fatia de 23% da receita dos clubes, só perdendo para os direitos de transmissão e premiação", afirma Pedro Daniel, diretor executivo de Esportes da EY.

Na última década, o principal movimento das finanças dos clubes foi a inversão de posições entre Palmeiras e Corinthians. O clube alviverde teve um aumento de 390% em sua receita entre 2013 e 2022, passando de R$ 190 milhões para R$ 867 milhões. Já o alvinegro passou a arrecadar mais, saltando de R$ 316 mi para R$ 779 mi. "O Palmeiras passou da menor para a maior receita entre os grandes de São Paulo", diz. "Já o Corinthians, que estava no topo da saúde financeira dos clubes, com maior potencial de receita e endividamento equilibrado, não continuou com o aumento de receita", diz. A engenharia financeira para a construção da Neo Química Arena não entra na conta.

Entre os fatores que explicam a ascensão palmeirense estão a atuação direta do ex-presidente Paulo Nobre, que emprestou quase R$ 200 milhões do próprio bolso para sanar as dívidas do clube, a chegada de um patrocínio milionário, por meio da Crefisa e da Faculdade das Américas e o modelo de negócios bem-sucedido do Allianz Parque.

DÍVIDAS DOS QUATRO CLUBES TAMBÉM AUMENTARAM

Em relação à dívida dos clubes, o levantamento analisa o endividamento líquido, empréstimos e tributário. De maneira geral, os quatro clubes estão devendo mais nos três pilares.

Nesse contexto, o São Paulo precisa acender uma "luz amarela". A dívida do clube aumentou 134% no período, com redução de 9% entre 2021 e 2022. O problema é o perfil dessa dívida, formada, principalmente, por empréstimos bancários. Hoje, os débitos são de R$ 587 milhões - desse total, R$ 223 milhões são de empréstimos. Também pesa o fato de o clube depender, fundamentalmente, da venda de atletas como fonte de receita. Esse não é um recurso recorrente, mas extraordinário. Em 2020, o clube vendeu o atacante Antony por aproximadamente de 16 milhões de euros (cerca de R$ 74 milhões, na cotação da época).

Para o Corinthians, que deve atualmente R$ 927 milhões, o problema é o impacto tributário dessas despesas. São R$ 539 milhões de débitos com impostos. O endividamento líquido do clube teve uma evolução de 262%, com redução de menos de 1% entre 2021 e 2022.

Com um poder de arrecadação menor que os rivais, o Santos vem perdendo terreno nos últimos anos, de acordo com o estudo. As receitas subiram 80% no período, com redução de 16% entre 2021 e 2022. Por outro lado, o endividamento líquido aumentou 6% nos últimos dois anos.

A Apple informou, nesta quinta-feira, que registrou lucro líquido de US$ 30 bilhões no seu primeiro trimestre fiscal, equivalente aos três meses encerrados em dezembro de 2022. O resultado representa uma queda de 13% em relação a igual período do ano anterior.

A empresa registrou ganho de US$ 1,88 por ação no período em questão, abaixo da projeção de analistas consultados pela FactSet, que era de US$ 1,94.

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A fabricante do iPhone revelou ainda que teve receita de US$ 117,2 bilhões no trimestre até dezembro, 5% menor que o verificado um ano antes. Essa métrica frustrou a estimativa dos analistas, de US$ 121,4 bilhões.

O CEO da Apple, Tim Cook, atribuiu o desempenho aos desafios na cadeia produtiva, além do ambiente macroeconômico incerto. "Estimamos que teríamos crescido com o iPhone sem as restrições de oferta", disse Cook, em entrevista. "A situação macroeconômica é mais difícil de estimar, mas é evidente, olhando para os números, que o vento estava em contra no trimestre", destaca.

Em novembro, a Apple já havia informado que esperava gargalos na produção do iPhone 14 Pro, diante do fechamento temporário de uma fábrica em Zhengzhou, na China, por conta de um surto de covid-19.

A companhia agora tem 2 bilhões de dispositivos ativos, um valor que a empresa chamou de "um marco significativo". Cook disse que o crescimento internacional foi forte no trimestre, inclusive no Brasil, Índia, Indonésia, Tailândia e Vietnã.

Às 18h54 (de Brasília), a ação da Apple caía 3,85% no after hours da Nasdaq, em Nova York.

 

*Com informações da Dow Jones Newswires

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira, 6, interrompendo uma sequência de cinco dias de ganhos para o S&P 500, após no pregão anterior os índices acionários terem fechado nos maiores patamares desde 3 de dezembro. Balanços corporativos continuaram a influenciar os negócios, como o da General Motors, que levou a ação da montadora a avançar.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,08%, em 25.390,30 pontos, o Nasdaq recuou 0,36%, a 7.375,28 pontos, e o S&P 500 teve queda de 0,22%, a 2.731,61 pontos.

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Mais cedo nesta semana, as bolsas mostraram maior força, apoiadas por balanços acima do esperado que ajudaram a reduzir os temores de uma rápida desaceleração econômica nos EUA. Hoje, a GM divulgou resultado que agradou ao mercado e a ação subiu 1,55%. Snap, por sua vez, publicou resultados após o fechamento de terça-feira, com prejuízo no quarto trimestre do ano passado, mas números melhores do que o previsto pelos analistas, o que levou o papel a avançar 22,02%.

Companhias de semicondutores também se destacaram, com Skyworks em alta de 11% após anunciar a recompra de US$ 2 bilhões em ações. No setor de moda, Capri Holdings, anteriormente conhecida como Michael Kors Holdings, avançou 11%, após elevar sua previsão de receita.

Por outro lado, ações do setor de serviços de comunicações mostraram em geral fraqueza. Papéis de empresas do setor de jogos eletrônicos tiveram os piores desempenho do S&P, com Electronic Arts e Take-Two ambas com baixa de mais de 13%, após divulgarem projeções que desagradaram, enquanto a concorrente Activision Blizzard recuou 10%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou nesta sexta-feira (25) os balanços positivos que têm sido divulgados nos últimos dias por empresas do país, mas lamentou a cobertura da imprensa.

"Grandes lucros estão vindo do mercado acionário", disse Trump em sua conta oficial no Twitter. "É uma pena que a mídia não dedique muito tempo a isso!", acrescentou.

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As bolsas europeias fecharam sem sinal único, nesta terça-feira, 30, em jornada marcada pela atenção dos investidores em resultados corporativos e também em indicadores. Além disso, questões como a tensão comercial entre Estados Unidos e a China e as negociações entre Reino Unido e União Europeia para a saída do país do bloco, o Brexit, seguiram no radar, embora sem grandes novidades.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,01%, em 355,53 pontos.

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Entre as corporações em foco, Fiat recuou 3,22% na bolsa de Milão, após registrar queda em seu lucro líquido no terceiro trimestre, em parte por causa de um custo com um acordo nos Estados Unidos em um episódio de acusação de falsificação de testes de emissão de poluentes em veículos a diesel. Em Paris, o papel do BNP Paribas caiu 2,80%, após o banco francês registrar queda na receita. A petroleira BP, por outro lado, subiu 2,02% em Londres, depois de publicar resultados fortes, apoiados pelo avanço do preço do petróleo. Volkswagen teve ganho de 3,03% em Frankfurt, após também conseguir um aumento no lucro no terceiro trimestre.

Na agenda de indicadores, o Produto Interno Bruto (PIB) da Itália ficou estável no terceiro trimestre ante o segundo, com avanço anual de 0,8%, frustrando a expectativa dos analistas de altas de 0,5% e 1,5%, respectivamente. Na França, o PIB cresceu 0,4% no terceiro trimestre ante os três meses anteriores, com avanço anual de 2,1%, ante expectativas de ganho de 0,5% e 1,4%. Na zona do euro, o PIB cresceu 0,2% no trimestre e 1,7% na comparação anual, também abaixo das expectativas de altas de 0,5% e 2,5%, respectivamente. O índice de sentimento da região caiu de 110,9 em setembro a 109,8 em outubro, ante expectativa de 110,0 dos economistas. Na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em outubro ante setembro e avançou 2,5% na comparação anual, ante expectativas de queda mensal de 0,2% e alta anual de 2,1%. Os indicadores enfraqueceram o euro, o que ajudou a apoiar algumas ações de exportadoras da região da moeda comum.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,14%, em 7.035,85 pontos. Entre os bancos, Lloyds caiu 0,63% e Barclays, 1,76%, mas Oilex subiu 5,77% e Sunrise Resources ganhou 13,79%.

Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,42%, a 11.287,39 pontos. Entre os papéis mais negociados, Lufthansa caiu 8,10%, após balanço que frustrou analistas, e Deutsche Telekom subiu 1,20%.

O índice CAC-40, da bolsa de Paris, teve baixa de 0,22%, a 4.978,53 pontos. O papel da Airbus caiu 2,01%, enquanto a petroleira Total cedeu 0,47%, mas a ação da Air France-KLM subiu 1,05%.

Em Milão, o FTSE-MIB fechou em queda de 0,22%, em 18.998,80 pontos. No setor bancário italiano, Banca Carige ficou estável, Intesa Sanpaolo cedeu 0,23% e BPM teve alta de 1,66%. O papel da Telecoma Italia, por sua vez, subiu 2,02%, enquanto ENI avançou 0,16% no setor de energia. Já Saipem recuou 0,32%.

Na Bolsa de Madri, o índice IBEX-35 caiu 0,17%, a 8.806,10 pontos. Banco Santander recuou 0,36% e BBVA teve baixa de 3,14%, mas Abengoa se destacou, em alta de 20,69%.

Em Lisboa, o índice PSI-20 fechou com ganho de 1,10%, em 5.006,86 pontos. Entre as ações da praça local, EDP-Energias de Portugal subiu 0,71%. Banco Comercial Português teve alta de 4,00%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou nesta terça-feira, 26, em fato relevante, que as informações referentes ao primeiro, segundo e terceiro trimestres de 2017 foram arquivadas já com a revisão dos auditores independentes.

A publicação dos demonstrativos financeiros atrasados era uma das prerrogativas dos bancos para alongar as dívidas da siderúrgica. A analistas, a companhia já havia adiantado que havia avançado nas discussões com os bancos credores e que um acordo deveria ser firmado no início do próximo ano.

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Os contratos futuros de petróleo fecharam sem direção única nesta segunda-feira, 18, com os investidores digerindo indicadores de produção dos Estados Unidos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro fechou em baixa de 0,19%, a US$ 57,99 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para entrega no mesmo mês avançou 0,28%, a US$ 63,41.

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Na última sexta-feira, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA caiu quatro, para 747 na última semana. O declínio encerrou uma sequência de três semanas de alta. "Com um preço saudável, existem plataformas de petróleo baixando em comparação com a conta anterior - eles deveriam estar adicionando equipamentos neste nível atual de preços", disse o chefe de pesquisa da corretora Marex Spectron, Geogi Slavov.

Ele disse que, como resultado dos esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para limitar a oferta por meio de restrições na produção, o mercado está sendo percebido como bastante apertado. "Portanto qualquer notícia sobre limitar a oferta ainda faria o mercado reagir do lado positivo", explicou.

Além da Baker Hughes, uma possível greve no setor de petróleo da Nigéria alimentou os receios de interrupções do fornecimento da commodity durante a noite e ajudou a aumentar os preços do petróleo na manhã desta segunda-feira, mas relatos locais agora indicam que a possível greve foi cancelada.

Também durante o dia, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA informou que os estoques da reserva estratégica de petróleo subiram 400 mil barris na semana encerrada em 15 de dezembro, para 663,3 milhões de barris. Fonte: Dow Jones Newswires

As dificuldades no cenário macroeconômico brasileiro, que já vinham se desenhando nos últimos trimestres, se tornaram ainda mais evidentes nos balanços das companhias abertas brasileiras de abril a junho deste ano. As empresas vêm sofrendo principalmente com a queda da atividade no mercado interno e com os juros, o dólar e a inflação altos. Além disso, atravessaram o trimestre na expectativa de piora nas notas de crédito soberano, o que foi confirmado na semana passada pela Moody's. A agência rebaixou o rating brasileiro em um degrau, mas manteve o grau de investimento. A perspectiva que passou de negativa para estável deu um fôlego de mais ou menos seis meses, segundo analistas, para que o País encontre um caminho para organizar suas contas, mantendo por ora o selo de investment grade.

Para se adequar ao quadro do trimestre encerrado em junho, as companhias promoveram ajustes mais fortes, como redução de estoques, de custos com pessoal e investimentos. Praticamente todos as áreas têm enfrentado queda na demanda. "O que temos visto em geral é um recuo na receita operacional das companhias, em alguns setores mais, outro menos, mas sobretudo no que se refere ao mercado interno", comenta Marco Aurélio Barbosa, analista da CM Capital Markets.

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Um exemplo é a Petrobras, cujo volume total de derivados vendidos no mercado doméstico recuou 7,9% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. A comercialização de diesel, principal derivado vendido pela estatal, caiu 7,6% na mesma base comparativa, enquanto a de gasolina diminuiu 13,3%.

A queda na venda de combustíveis também tem reflexos no tráfego nas estradas. O volume de veículos que passaram pelas praças de pedágio da Arteris caiu 5,1% no segundo trimestre de 2015, em relação ao mesmo período de 2014, enquanto a CCR, que tem 80% das receitas ligadas a pedágio, registrou queda de 4% no tráfego do conjunto de rodovias administradas. "Além da queda no tráfego, os custos aumentaram acima da inflação e por mais que sejamos disciplinados, sempre causa impacto", explicou Marcus Macedo, do departamento de Relações com Investidores da CCR.

"O tráfego de veículos pesados, que há dois anos tinha boa performance, caiu bastante, refletindo o enfraquecimento da atividade econômica, e o de veículos leves também recuou", afirma Ricardo Kim, analista da XP Investimentos.

Outro setor que vem sentindo bastante a desaceleração econômica é o siderúrgico, por conta, inclusive, da queda na produção e nas vendas do setor automotivo. Na Usiminas, as vendas de aço para o mercado interno no segundo trimestre foram 23,1% menores do que no primeiro trimestre e 31,2% mais baixas do que o segundo trimestre de 2014.

Kim, da XP, lembra que, para enfrentar esse cenário, a siderúrgica mineira anunciou em maio o desligamento temporário de alto-fornos nas usinas de Cubatão (SP) e Ipatinga (MG), reduzindo a produção de ferro gusa em cerca de 120 mil toneladas por mês. Além disso, anunciou a redução da jornada de trabalho para as áreas administrativas em um dia útil por semana, com redução de salário proporcional, por tempo indeterminado.

Ainda para minimizar o impacto da baixa demanda interna, a Usiminas aumentou suas exportações ante o trimestre imediatamente anterior em 181,7%. Em relação ao segundo trimestre, as exportações de aço foram 92,7% maiores. Em teleconferência com analistas, o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade da siderúrgica, Rômel Erwin de Souza, comentou que o cenário macroeconômico atual é adverso e "exige" uma atitude ante esse ambiente.

Com o desaquecimento do mercado interno, a Petrobras também aproveitou o trimestre para intensificar as vendas externas, porém em um momento de queda para os preços do petróleo no mercado internacional. A Vale também tem enfrentado preços do minério de ferro em patamares bastante baixos no mercado externo, mas acabou sendo beneficiada pelo dólar valorizado. Após amargar três trimestres consecutivos no vermelho, a mineradora fechou o segundo trimestre com lucro de R$ 5,14 bilhões. O câmbio também tem ajudado outras exportadoras, como as do setor de papel e celulose e frigoríficos, mas prejudicado as empresas que têm dívidas na moeda norte-americana.

A suspensão de contratos, falta de pagamentos e falência de empresas satélites à cadeia de óleo e gás da Petrobras e das empreiteiras devem pesar nos balanços do primeiro trimestre dos bancos médios, sobretudo aqueles focados no crédito corporativo. Mas esse não é único desafio do nicho. A desaceleração econômica e a queda nos preços das commodities agrícolas igualmente ficarão evidentes nos números dessas instituições, que provavelmente começam o ano com lucros e retornos limitados.

Embora praticamente todas as instituições de nicho tenham citado baixa exposição em relação as suas carteiras de empréstimo as empresas citadas na Lava Jato e à cadeia de óleo e gás da Petrobras no trimestre passado, sabe-se que o risco está no efeito dominó de tal crise, ou seja, clientes dessas instituições. Ao mesmo tempo, as três companhias do setor de construção pediram recuperação judicial, OAS, Grupo Galvão e Schahin Engenharia têm créditos tomados nesses bancos, como o caso do Pine, que deve dobrar suas provisões no primeiro trimestre.

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Os analistas esperam aumento de provisão também no Banco ABC Brasil e no Bicbanco, que assim como o Pine têm sua carteira de crédito concentrada no crédito para empresas corporate (com faturamento acima de R$ 500 milhões ao ano). Tirando esses três, os demais bancos de nicho têm carteiras um pouco mais diversificadas. Daycoval está focado nas empresas de menor porte e concentrado em prazos de empréstimos de até um ano, além do crédito consignado ter importante participação da carteira como um todo. O Banco Banrisul também diversifica no consignado e em sua operação com adquirência e cartões, enquanto o BI&P tem buscado crescer no crédito agrícola. Analistas esperam que essas instituições também reforcem provisões.

O provisionamento será pesado no primeiro trimestre", prevê o economista e analista de bancos da Lopes Filho Consultoria, João Augusto Salles. Ele explica que no primeiro trimestre os bancos não tinham visibilidade dos problemas da Petrobras sobre o potencial das perdas para o setor produtivo. "Existia incerteza sobre as perdas da Petrobras com propina, o valor de baixa dos ativos, implicações na sua operação e investimentos, o que se refletia na ampliação do risco da cadeia de óleo e gás e das empreiteiras", observou o analista.

Ele destaca que a divulgação do balanço da petroleira trouxe luz a tais questões e deve levar os bancos a melhor mensurar as provisões. "O risco não diminuiu, mas as provisões, ainda que permaneçam em patamar elevado, podem desacelerar de ritmo no segundo semestre, com o destravamento nas operações da Petrobras", calcula. De todo modo, acrescenta, a dinâmica das provisões continuará consumindo a lucratividade dos bancos médios.

Salles diz que diante desse desafio, os bancos médios vão seguir mostrando caixa elevado. "Essas instituições são testadas pelo mercado em momentos como este, além de elevar as provisões, desaceleram o crédito e mostram caixa para tranquilizar as assets, que são as provedoras de funding", afirmou.

Os analistas do GBM disseram que as despesas com provisões devem ser o maior problema para os bancos de médio porte, reduzindo a lucratividade desse segmento no trimestre. Segundo comentaram em entrevista, o fator positivo para tais instituições é que conseguiram reprecificar os créditos na esteira de uma menor competição com os bancos maiores. "Mesmo assim, isso não será suficiente para compensar o efeito adverso das provisões", observam.

O GBM acredita que as provisões do Pine subirão 270% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 46 milhões, e que o lucro cairá 80% no mesmo período para R$ 7 milhões. O ABC Brasil deve elevar em 80% das provisões para R$ 46 milhões no primeiro trimestre, mas ainda assim registrar aumento anual de 15,4% em seu lucro para R$ 81,4 milhões. Para o Bicbanco, a projeção do GBM é de elevação de 50,6% das provisões para R$ 95,1 milhões, enquanto o resultado previsto é de prejuízo de R$ 50 milhões. Para o Daycoval, a previsão do GBM é de queda de 14,2% nas provisões em um ano para R$ 108,7 milhões no primeiro trimestre, enquanto o lucro líquido deve subir 47,2% para R$ 103,9 milhões.

Os analistas do Banco Votorantim acreditam que o ABC fechará o trimestre com provisões de R$ 52 milhões e lucro líquido de R$ 84 milhões. Para o Banrisul, os analistas estimam provisões em R$ 223 milhões e um lucro líquido de R$ 186 milhões. O Votorantim espera que o Daycoval apresente provisões de R$ 111 milhões no primeiro trimestre e lucro líquido de R$ 95 milhões.

Já os analistas do BTG Pactual calculam o lucro líquido do Pine no primeiro trimestre em R$ 17 milhões, para o Banco ABC Brasil um lucro líquido de R$ 79 milhões, enquanto avaliam que o Banrisul mostrará lucro líquido de R$ 192 milhões e o Daycoval, de R$ 87 milhões.

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira (22) recuperando-se da baixa da abertura. O índice Nasdaq fechou no nível mais alto em 15 anos e poucos pontos abaixo de seu recorde de fechamento de 5.048,62 pontos, estabelecido em março de 2000. O mercado continuou a reagir aos informes de resultados das empresas no primeiro trimestre. Segundo a FactSet, incluindo os resultados das 113 componentes do S&P-500 que divulgaram balanços até ontem, a expectativa é de que os lucros das componentes do índice fiquem em média 3,9% abaixo dos do mesmo período de 2014.

"Estamos numa faixa de preços estreita desde que a temporada de balanços começou. Para mim, um dos fatores cruciais é o fato de que nos movimentos de venda estamos vendo dinheiro novo entrando no mercado. Isso nos encoraja", disse Tom Wright, da JMP Securities. "O mercado não está barato, mas a verdade é que não há outro lugar para ir", comentou Tom Dinegan, da UBS Global Asset Management.

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O único indicador divulgado pela manhã nos EUA não teve impacto no mercado: segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, as vendas de imóveis residenciais usados cresceram 6,1% em março, para a média anualizada de 5,19 milhões de unidades; economistas previam 5,03 milhões.

Entre as ações de empresas que divulgaram resultados, os destaques foram McDonald's (+3,13%), Coca-Cola (+1,30%) e Boeing (-1,40%). As ações da Visa subiram 4,07%, depois de o governo da China anunciar a abertura do setor de compensações de pagamentos com cartões de crédito. Entre as ações de empresas que divulgariam resultados após o fechamento, os destaques foram eBay (+0,58%), AT&T (+0,61%), Qualcomm (+0,54%) e Facebook (+1,21%).

O índice Dow Jones fechou em alta de 88,68 pontos (0,49%), em 18.038,27 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 21,07 pontos (0,42%), em 5.035,17 pontos. O S&P-500 fechou em alta de 10,67 pontos (0,51%), em 2.107,96 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

As concessionárias vazias e os pátios lotados de carros no Brasil são evidentes nos balanços das grandes montadoras, que já registram queda de dois dígitos nas vendas na América Latina e citam o mercado brasileiro como principal responsável pelo resultado ruim. No terceiro trimestre, a Fiat vendeu 17 mil carros a menos no Brasil e a Ford prevê prejuízo de US$ 1 bilhão na América do Sul em 2014.

Grandes montadoras divulgaram balanços nos últimos dias com avaliações otimistas diante da reação das vendas em grandes mercados como Estados Unidos, Europa e China. Essas multinacionais, porém, demonstraram desapontamento com o desempenho das filiais na América Latina, especificamente no Brasil. Com a economia patinando e com a falta de confiança dos consumidores, a queda das vendas é expressiva.

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Líder do mercado brasileiro, a italiana Fiat destacou na divulgação de balanço no terceiro trimestre que o faturamento na América Latina caiu 12% no período na comparação com o mesmo período de 2013. Para explicar o resultado, a empresa apontou para o Brasil, onde foram entregues 17 mil carros a menos este ano, e para a Argentina, onde o número caiu 8 mil. Isso reflete a piora das condições de comercialização do mercado, disseram os executivos da companhia em teleconferência com investidores.

Na norte-americana Ford, a queda nas vendas na região já gera prejuízo. No terceiro trimestre, a empresa reportou perda antes dos impostos de US$ 170 milhões na América do Sul. Culpa da queda das vendas no Brasil, na Argentina e na Venezuela, que fizeram a receita recuar 18% no período. Para o ano, a empresa já prevê prejuízo de US$ 1 bilhão na região.

O presidente executivo da Ford, Mark Fields, atribui o fraco resultado à deterioração das condições da economia e cita atividade desaquecida, inflação alta e desvalorização cambial. "O Brasil está em recessão por conta da incerteza política gerada pelas eleições. O crescimento negativo também é esperado na Argentina e na Venezuela, com riscos políticos e de câmbio no momento", disse em teleconferência.

Maior montadora dos EUA, a General Motors registrou queda de 27% das receitas e recuo de 20% nas vendas na América do Sul no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2013. O vice-presidente e diretor financeiro da GM, Chuck Stevens, destacou em teleconferência que a piora das vendas no Brasil, na Venezuela e na Argentina levaram o faturamento da montadora a cair US$ 900 milhões na América do Sul no terceiro trimestre.

"O setor automobilístico inteiro no Brasil está enfrentando ventos contrários. As condições do mercado na América do Sul têm sido desafiadoras", disse o executivo. No terceiro trimestre, por exemplo, a desvalorização das moedas locais teve um impacto negativo de US$ 300 milhões na receita, destacou Stevens.

Na francesa Renault, o faturamento no Brasil caiu 9% no acumulado dos nove primeiros meses. A queda vista no mercado brasileiro, no entanto, foi menor que a registrada na Argentina, onde as cifras caíram 25,7% após medidas adotadas pelo governo para restringir importações e aumentar impostos.

Projeção da consultoria Euromonitor prevê que o mercado brasileiro de automóveis deve terminar o ano com 3,25 milhões de unidades registradas, volume 9,1% menor que o do ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O crescimento da economia norte-americana acima do esperado no terceiro trimestre deste ano, com uma taxa anualizada de 3,5% ante previsão de expansão de 3,1%, adicionou ingredientes à percepção nos mercados financeiros globais deixada na quarta-feira, 29, pelo Federal Reserve, de que o processo de normalização dos juros nos Estados Unidos pode ser antecipado. Os números sobre a maior economia do mundo mantiveram os índices futuros das bolsas de Nova York em queda, assim como as principais bolsas europeias, ao passo que a Bovespa continua em alta, direção que é exibida desde a abertura da sessão. De um modo geral, os mercados domésticos são mais influenciados pela decisão inesperada do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros (Selic), com um placar dividido.

A economia dos EUA cresceu 3,5% na taxa anualizada para o período entre julho e setembro de 2014, conforme a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do país divulgada há pouco. No trimestre anterior, o PIB norte-americano registrou expansão de 4,6%, também na taxa anualizada. Em reação, em Wall Street, por volta das 10h50, o futuro do S&P 500 caía 0,24% e o futuro do Dow Jones perdia 0,18%.

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Internamente, porém, o Ibovespa subia 1,55%, aos 51.840,72 pontos, às 10h50, não muito distante da pontuação máxima do dia, em alta de 1,82%, aos 51.981 pontos. Entre os destaques de baixa, estavam as ações ON e PNA da Vale, com -3,39% e -3,40%, nesta ordem, após a mineradora reportar prejuízo líquido de US$ 1,437 bilhão no terceiro trimestre deste ano, um resultado bem pior que a projeção mais pessimista dos analistas consultados pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Já o Bradesco, que também publicou o balanço financeiro do trimestre passado nesta manhã, tinha ganhos de 4,89% nas ações PN, após divulgar um lucro líquido contábil de R$ 3,875 bilhões no período, ficando acima da projeção estimada. Outro destaque eram os ganhos das ações ON e PN da Petrobras, com +2,44% e +2,50%, respectivamente.

Enquanto digerem o indício de um novo perfil da política econômica e seguem no aguardo da definição dos nomes para os cargos de ministérios, os investidores também avaliam a possibilidade de um aumento nos preços dos combustíveis, com essa "janela" que poderia ter sido aberta pelo BC. Operadores das mesas de renda variável consultados pelo Broadcast afirmam que a Bolsa brasileira abriu o pregão animado com a decisão do BC de elevar a Selic para 11,25%.

Para eles, a medida mostra que a autoridade monetária está preocupada com inflação e é isso que o mercado quer: um BC atuante. Aparentemente, avaliam, esse seria o início de uma nova postura depois da reeleição de Dilma e, agora, os investidores vão esperar pela reunião do Conselho de Administração da Petrobras, na sexta-feira, 31, para ver se sai o reajuste. A conferir.

As Bolsas dos Estados Unidos operam em alta forte, em reação aos informes de resultados de empresas como Caterpillar e 3M. Duas preocupações do mercado, o desempenho das economias da China e da Europa, foram aliviadas com a divulgação de índices de atividade dos gerentes de compras (PMIs) nessas regiões. Também foram divulgados alguns indicadores norte-americanos.

O número de pedidos de auxílio-desemprego alcançou 283 mil na semana passada, com crescimento de 17 mil; economistas previam 282 mil pedidos. O índice de atividade industrial nacional do Fed de Chicago subiu a +0,47 em setembro, de -0,25 em agosto. O índice dos indicadores antecedentes, da Conference Board, subiu 0,8% em setembro, após variação zero em agosto. O índice de atividade industrial PMI (versão Markit) recuou para 56,2 na leitura preliminar de outubro, de 57,5 em setembro. O índice de atividade regional do Fed de Kansas City recuou para 4,0 em outubro, de 6,0 em setembro.

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Na China, o índice PMI industrial (versão HSBC) subiu a 50,4 em outubro (preliminar), de 50,2 em setembro; na zona do euro, o índice PMI composto da zona do euro ficou em 52,2, de 52,0 em setembro; o índice PMI de atividade industrial subiu a 50,7, de 50,3 em setembro; o índice PMI de serviços ficou em 52,4, mesmo nível de setembro. Na Alemanha, o índice PMI subiu a 51,8, de 49,9 em setembro, mas o índice PMI de serviços recuou a 54,8, de 55,7 em setembro. Na França, o índice PMI industrial caiu a 47,3, de 48,8 em setembro, e o índice PMI de serviços ficou inalterado em 48,4.

O estrategista Michael O'Rourke, da Jones Trading Institutional Services, disse que os ganhos recentes das Bolsas globais resultam em parte de fatores técnicos, como compras por investidores para cobrir posições. "Não houve grandes notícias, Ninguém está aí sentado dizendo que as empresas têm que mostrar um crescimento impressionante na receita", acrescentou.

Entre as ações de empresas que divulgaram resultados do terceiro trimestre, os destaques são 3M (+6,4% minutos atrás), Caterpillar (+5,5%), GM (-0,7%), Comcast (+3,2%) e AT&T -2,5%).

Às 14h27 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 259 pontos (1,58%), para 16.720 pontos; o Nasdaq avançava 75 pontos (1,73%), Para 4.458 pontos; o S&P-500 subia 27 pontos (1,43%), para 1.954 pontos.

Os balanços do primeiro trimestre de 2014, cuja temporada de divulgação acaba de terminar, trouxeram resultados considerados mistos por analistas consultados pelo Broadcast. Os profissionais apontam, no entanto, que várias empresas conseguiram garantir aumento de receita e margens, apesar do cenário desfavorável de inflação e juros altos. O dólar em patamar mais alto continuou ajudando exportadoras, como as produtoras de papel e celulose, mas pressionou o resultado financeiro de empresas como Gol e JBS. O resultado financeiro da CCR também cresceu, mas por conta do aumento dos juros.

"Muitas empresas conseguiram expandir ou manter suas margens, por meio de controle de custos, aumento de preços e diversificação de receitas", comenta Luis Gustavo Pereira, analista da Guide Investimentos. "Várias dessas companhias, inclusive, conseguiram superar as estimativas do mercado", acrescenta.

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Um exemplo é a Usiminas, que apresentou melhora operacional. O lucro atribuível aos acionistas da siderúrgica mineira, de R$ 184,6 milhões no primeiro trimestre do ano, veio 45,3% superior ao previsto pelos analistas, em R$ 127 milhões, conforme a média das projeções de seis instituições financeiras consultadas pelo Broadcast. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ficou em R$ 648 milhões no período, elevação de 119% na relação anual. Já a margem Ebitda da companhia ficou em 21%, ante 9% na mesma base de comparação.

Um dos destaques do balanço da Usiminas, segundo o analista Lenon Borges, da Ativa Corretora, foram as vendas de minério de ferro. "A operação de minério de ferro das siderúrgicas vem ganhando força", afirma. As vendas de minério de ferro pela Usiminas somaram 1,765 milhão de toneladas no primeiro trimestre do ano passado, crescimento de 31% em relação ao observado um ano antes. Já as vendas do produto pela CSN subiram 54% na mesma base de comparação, para 6,385 milhões de toneladas, enquanto as da Gerdau tiveram alta de 54,4%, para 1,736 milhão de toneladas.

As empresas do setor de papel e celulose também se sobressaíram no primeiro trimestre de 2014, com aumento de receita e de vendas e redução de alavancagem, beneficiadas também pelo dólar mais favorável às exportações em relação ao mesmo período do ano passado. O destaque é a Suzano, que registrou lucro líquido de R$ 201 milhões nos três primeiros meses deste ano, aumento de 379,3% na comparação anual. Ebitda e receita líquida subiram 52,6% e 19,2%, respectivamente, e a margem Ebitda somou 35,7%, alta de 7,8 pontos porcentuais.

Já a alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) da Suzano caiu de 5,2 vezes no quarto trimestre do ano passado para 4,8 vezes no fechamento do primeiro trimestre deste ano. A Klabin também conseguiu diminuir a alavancagem na mesma comparação, de 2,6 vezes para 1,7 vez, enquanto a da Fibria passou de 2,8 para 2,4 vezes.

As principais bolsas de valores da Europa encerraram o pregão em queda devolvendo os lucros na sessão anterior e em meio a balanços corporativos decepcionantes e tensões no Leste Europeu. O Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,3%, em 338,54 pontos. Na semana, porém, o índice pan europeu marcou alta de 0,2%.

Com o noticiário macroeconômico com bem menos novidades nesta sexta-feira (9), a sessão foi de entrega dos ganhos da véspera. Na quinta-feira, 8, a declaração do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, sobre a possibilidade de adoção de estímulos à economia a partir da próxima reunião da autoridade monetária animou os investidores, e os principais índices de ações europeus fecharam em alta.

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"Draghi deu um desempenho bastante burlesco ontem, dando a entender amplamente que o BCE vai relaxar ainda mais a política, mas sem dizer como eles vão fazer isso", escreveu o economista do UBS Paul Donovan em uma nota enviada aos clientes.

O cenário geopolítico também pesou sobre o sentimento dos investidores. No final de semana, os grupos separatistas que atuam nas cidades do leste da Ucrânia irão realizar referendos que irão decidir se continuam a fazer parte do território Ucrânia. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou ser contrário a esse movimento, mas os grupos insistem em levar o referendo adiante, o que tem provocado apreensão nos mercados financeiros, sobretudo porque podem levar a nova escalada de violência nas cidades ucranianas.

Em meio às notícias corporativas, as ações da espanhola Telefónica caíram 2,57% depois de a companhia reportar uma queda no lucro no primeiro trimestre deste ano, frustrando as expectativas do mercado. O desempenho ruim dos papéis da gigante de telecomunicações forçou a queda do IBEX35, da Bolsa de Madri, que fechou em baixa de 0,98%, aos 10.487,20 pontos. Na semana, o índice subiu 0,12%.

Em Paris, as ações da ArcelorMittal, a maior siderúrgica do mundo, caíram 3,40% após a empresa anunciar que registrou um prejuízo no primeiro trimestre. O movimento prejudicou o principal índice de referência francês, o CAC-40, que fechou em baixa de 0,66%, aos 4.477,28 pontos. Na semana, o índice teve ganho de 0,43%.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em queda de 0,36%, aos 6.814,57 pontos. As ações da Petrofac perderam 15,20% do seu valor após a petrolífera emitir um alerta de que espera que o lucro caia em 2014. Na semana, o índice caiu 0,12%.

Em Frankfurt, o índice DAX fechou em queda de 0,27%, aos 9.581,45 pontos. O sentimento do investidor local foi prejudicado pelo dado de superávit comercial da Alemanha, que veio menor do que o esperado pelo mercado. As ações do Commerzbank caíram 3,08% e do Deutsche Bank cederam 0,66%. Na semana, o índice teve ganho de 0,27%.

O índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, fechou em queda de 1,78%, aos 7.306,36 pontos, apesar de hoje a agência de classificação de riscos S&P ter revisado a perspectiva do rating de longo prazo do país para estável, de negativa. Na semana, o índice caiu 2,98%.

A Bolsa de Milão fechou em queda de 1,56%, aos 21.390,11 pontos. Na semana, o índice cedeu 1,80%.

A Bolsa de Tóquio fechou em queda, em função dos resultados corporativos domésticos pouco favoráveis. O índice Nikkei encerrou o pregão desta segunda-feira (28) com recuo de 0,98%, a 14.288,23 pontos, após ter avançado 0,2% na sexta-feira.

A valorização do iene frente ao dólar, em reação ao aumento das tensões geopolíticas na Ucrânia, também contribuiu para o tom negativo do mercado japonês.

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Analistas apontam que preocupações com as economias dos EUA e da China, a falta de iniciativa do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) para anunciar medidas adicionais de flexibilização e a relativa falta de progressos das reformas econômicas do Japão também colaboraram para que o pessimismo prevalecesse entre os investidores japoneses.

Entre as ações negociadas na Bolsa de Tóquio, o papel da Honda Motor cedeu 4,5%, após anunciar lucro mais fraco do que o esperado na sexta-feira. As ações da Mazda Motor perderam 0,2%, também refletindo resultado corporativo do ano fiscal encerrado em março de 2014 abaixo do esperado. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Bolsa de Tóquio encerrou o pregão desta segunda-feira (14) em terreno negativo, diante dos temores em relação aos próximos resultados corporativos. O índice Nikkei fechou em queda de 0,36%, a 13.910,16 pontos. Na semana passada, o principal índice da bolsa japonesa acumulou perda de 7,3%.

As ações da Fast Retailing, papel de maior peso no índice Nikkei, caíram 3,0%, ainda refletindo o resultado trimestral decepcionante, divulgado na semana passada. No final de abril, as empresas japonesas devem divulgar os resultados corporativos para o ano fiscal encerrado em março. Segundo uma pesquisa trimestral do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), as companhias japonesas preveem que seus lucros devem cair 0,7% no último ano fiscal.

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Além das preocupações com o cenário corporativo, os temores em relação à economia nacional após o aumento do imposto sobre vendas e a falta de progressos das reformas prometidas pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, contribuem para o pessimismo dos investidores.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou sua previsão de crescimento do Japão em 2014 para 1,4%, ante 1,7% na projeção anterior. Fonte: Dow Jones Newswires.

As bolsas dos Estados Unidos estão em queda, em reação a informes de resultados de empresas importantes, depois de medidas de aperto monetário por parte dos bancos centrais de alguns países emergentes se mostrarem insuficientes para acalmar o nervosismo do mercado. O foco dos investidores volta-se agora para a reunião do Federal Reserve, que deverá anunciar uma nova redução em seu programa de estímulo á economia.

Os mercados de ações também estão em queda na Europa, com os investidores mostrando a preocupação de que elevações das taxas de juro como as adotadas na Turquia e na África do Sul não bastem para resolver os problemas dessas economias; tanto a lira turca como o rand sul-africano retomaram seus movimentos de queda diante do dólar.

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"O crescimento global é uma dúvida, por causa dos mercados emergentes. Temos preocupações com a China e dados fracos nos EUA. Há muito sentimento negativo no mercado", disse o estrategista Chris Gaffney, da EverBank Wealth Management.

Entre as ações de empresas que divulgaram resultados, os destaques são Boeing (-4,7% há pouco), AT&T (-3,9%), Yahoo (-7,1%) e Dow Chemical (+3,9%). As ações do Facebook, que divulga balanço após o fechamento, caíam 1,8% minutos atrás.

Às 13h50 (pelo horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 105 pontos (0,66%), para 15.823 pontos; o Nasdaq recuava 22 pontos (0,55%), para 4,075 pontos; o S&P-500 recuava 9 pontos (0,54%), para 1.782 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

As bolsas europeias tiveram a oitava sessão seguida de alta nesta segunda-feira, 21, impulsionadas principalmente por resultados corporativos trimestrais bons. Um indicador forte sobre a economia dos Estados Unidos contribuiu para os ganhos. O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 subiu 0,3%, para 319,54 pontos.

A companhia holandesa do setor químico Akzo Nobel teve lucro no terceiro trimestre deste ano, depois de um prejuízo no mesmo período do ano passado. A também holandesa Royal Philips, por sua vez, informou que seu lucro mais do que dobrou na mesma comparação. Akzo Nobel fechou em alta de 6,62% e Philips avançou 5,32% na Bolsa de Amsterdã. Outro fator positivo saiu dos EUA, onde as vendas de moradias usadas caíram 1,9% em setembro ante agosto, bem menos do que a queda de 3,3% prevista pelos economistas.

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Em Londres, o índice FTSE-100 subiu 0,48% e fechou na máxima, aos 6.654,20 pontos. As mineradoras deram força ao índice, apoiadas pelo aumento nos preços dos metais. Rio Tinto avançou 0,68% e BHP Billiton ganhou 0,64%. Por outro lado, os bancos foram pressionados pelos relatos de que o JPMorgan e o Bank of America estão perto de um acordo multibilionário para encerrar processos abertos pela Agência Federal de Financiamento Imobiliário (FHFA, na sigla em inglês) dos EUA. Royal Bank of Scotland, que foi um dos maiores vendedores de títulos lastreados em hipotecas para as agências imobiliárias dos EUA, teve queda de 5,26%.

A Bolsa de Frankfurt fechou com o índice DAX praticamente estável, com leve alta de 0,02%, para 8.867,22 pontos. SAP liderou os ganhos com +4,8%, depois de abrir a temporada de balanços na Alemanha com uma melhora na margem operacional no terceiro trimestre deste ano e confirmando suas projeções de lucro para o ano. Deutsche Bank também foi afetado pelas notícias de que bancos norte-americanos vão pagar pesadas multas para encerrar processos judiciais e terminou a sessão com baixa de 1,48%.

O índice Ibex-35, da Bolsa de Madri, avançou 0,36%, para 10.037,80 pontos. As ações dos bancos espanhóis mostraram tendências divergentes. Banco Popular e Caixabank tiveram alta de 3,3% e 1,2%, respectivamente, mas Santander e BBVA caíram 0,4% e 0,1%, respectivamente, pressionados por realização de lucros.

Em Paris o CAC-40 caiu 0,21%, para 4.276,92 pontos. ArcelorMittal subiu 2,8%, em um dos melhores desempenhos do dia entre as ações integrantes do índice, depois de ter a recomendação para suas ações elevada pelo Deutsche Bank. Alstom avançou 3,7% e Vallourec ganhou 2,4%. Já Veolia, que teve a recomendação para suas ações rebaixada, recuou 1,8%.

Milão teve leve queda de 0,04% no índice FTSE MIB, para 19.262,69 pontos. Unicredit subiu 0,2% e Intesa Sanpaolo avançou 0,4%. Alguns participantes do mercado acreditam em um fortalecimento do índice adiante. "Embora ele esteja oscilando dentro de uma faixa estreita, provavelmente vai tentar romper a marca de 19.300 pontos em algum momento nesta semana", comentou um operador.

A maior alta entre as principais bolsas da Europa foi apresentada pelo volátil índice PSI-20, de Lisboa, que subiu 0,87%, para 6.401,31 pontos. Essa foi a nona sessão de ganhos e, como destacou o site português Económico, com isso o índice teve o mais longo ciclo de avanços desde janeiro de 2007. Portugal Telecom subiu 0,93% e Galp Energia ganhou 1,22%.

Os índices futuros das bolsas norte-americanas operam com volatilidade nesta sexta-feira, 11, sugerindo uma abertura sem direção única nos mercados à vista nesta sexta-feira, 11. Mais cedo, os índices apontavam para cima, refletindo o otimismo dos investidores com a possibilidade de o governo dos Estados Unidos conseguir superar o atual impasse fiscal. Após a divulgação dos balanços trimestrais do JPMorgan e Wells Fargo, no entanto, os futuros ficaram mais voláteis. Por volta das 10h20, no mercado futuro, o índice Dow Jones caía 0,02% e o S&P 500 recuava 0,13%, enquanto o Nasdaq tinha ligeira alta de 0,01%.

Republicanos da Câmara dos Representantes fizeram à Casa Branca uma proposta de prorrogar o limite de endividamento dos EUA por seis semanas em troca de discussões sobre uma ampla gama de questões orçamentárias. Embora a reunião entre o presidente Barack Obama e deputados republicanos tenha acabado ontem à noite de forma inconclusiva, ambos os lados prometeram continuar o diálogo. Nesta sexta-feira, Obama terá uma reunião com senadores republicanos, sem previsão de horário.

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A disposição de negociar mostrada pelo governo e congressistas em Washington gerou esperanças de que saiam acordos para elevar o teto da dívida norte-americana, que será atingido no próximo dia 17, e suspender a paralisação federal parcial que teve início na terça-feira, 1.

Dados de inflação ao produtor e de vendas no varejo dos EUA, previstos para esta manhã, foram adiados por causa da paralisação. Às 10h55 (pelo horário de Brasília), no entanto, a Universidade de Michigan divulga o índice preliminar de sentimento do consumidor referente a outubro.

O JPMorgan abriu nesta manhã a temporada de balanços financeiros dos EUA divulgando prejuízo líquido de US$ 380 milhões no terceiro trimestre, graças a um aumento de US$ 9,15 bilhões nas provisões para disputas judiciais. Apesar do prejuízo, os investidores aparentemente gostaram de ver que banco está disposto a se proteger em eventuais litígios judiciais e sua ação subia mais de 1% no pré-mercado.

Já o Wells Fargo anunciou lucro líquido recorde de US$ 5,58 bilhões no trimestre encerrado em setembro, 13% maior que em igual período do ano passado, mas a receita veio aquém do esperado, a US$ 20,48 bilhões. Antes da abertura dos mercados em Wall Street, a ação do banco caía quase 1,7%. E a Gap, varejista do setor de vestuário, tinha queda de quase 6% no pré-mercado após divulgar queda nas vendas de mesmas lojas de setembro. Fonte: Dow Jones Newswires.

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