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A primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, teve um mal estar nesta sexta-feira, 10, e cancelou o encontro que teria com a primeira-dama brasileira, Janja Silva, segundo assessores do Palácio do Planalto.

A norte-americana testou negativo para COVID-19. Apesar disso, ela não recepcionou a chegada de Janja e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Casa Branca, na tarde desta sexta-feira.

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Com o cancelamento do chá que teria com Jill Biden, Janja está fazendo um tour pela Casa Branca enquanto Biden e Lula já terminaram a reunião bilateral, que durou cerca de 50 minutos. Na sequência, iniciaram a reunião ampliada, por volta das 17:10 no horário local, 19:10 em Brasília, com a presença de ministros e autoridades dos EUA e do Brasil.

A reunião dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta sexta-feira, 10, na Casa Branca, foi acelerada para mostrar afinidade contra a extrema direita. Diferentemente de outras visitas precedidas por semanas de intensa negociação bilateral e articulação diplomática para fechar anúncios em comum, desta vez não há a expectativa de um grande acordo. O mais importante, para o petista e o democrata, será o próprio encontro - e a foto dos dois juntos.

"O principal elemento a se destacar desta visita é o seu caráter político, a simbologia de ocorrer logo no início do mandato do presidente Lula", afirmou ontem o embaixador Michel Arslanian, a jornalistas, em Brasília.

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Lula e Biden cogitaram se encontrar ainda antes da posse do brasileiro. Seria uma forma, na leitura dos dois lados, de expor o respaldo da comunidade internacional ao resultado da eleição no Brasil e tentar, com isso, arrefecer narrativas golpistas que estavam no radar de Washington desde 2021. Pelo mesmo motivo, a Casa Branca disparou um e-mail com reconhecimento do resultado das eleições brasileiras assim que viu o anúncio por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em outubro do ano passado.

A reunião entre os dois presidentes não ocorreu em dezembro por incompatibilidade de agenda, e os americanos sugeriram, então, que Lula viajasse aos EUA na segunda semana de governo. O Planalto respondeu que logo no início do governo seria inviável e considerou o mês de fevereiro como a primeira data possível para o encontro.

Demonstrar apoio mútuo e discutir publicamente formas de conter o avanço de autoritarismos interessam a Biden e a Lula. Os dois se apresentaram aos eleitores como alternativa ao extremismo e prometeram fazer da defesa da democracia um pilar de seus governos, dentro e fora dos dois países.

Diplomatas envolvidos na organização da visita ressaltam o "caráter político" da viagem e o componente simbólico de indicar que, nos EUA e no Brasil, líderes populistas de direita que empreenderam ataques à democracia foram derrotados nas urnas. "Os dois países (estão) experimentando desafios semelhantes, há uma preocupação comum com o tema da radicalização, da violência política, do uso das redes para difusão de desinformação e discurso de ódio", afirmou Arslanian.

Tratamento

A pressa de Biden para se encontrar com Lula contrasta com o tratamento dispensado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Biden fugiu de uma foto com Bolsonaro o quanto pôde. Nunca falou por telefone com o ex-presidente, chamado pela imprensa americana de "Trump dos trópicos".

Os dois só se encontraram pessoalmente após Biden ver-se sem saída para convencer o Brasil a participar da esvaziada Cúpula das Américas, realizada em Los Angeles em 2022. Na ocasião, o americano fez questão de manter semblante sério diante das câmeras, ao se reunir com Bolsonaro.

Biden e Lula também querem indicar que vão tirar a relação bilateral do "banho-maria", como definiu Arslanian. Desde a eleição de Biden, Washington deu um gelo diplomático em Brasília, depois dos dois anos de "bromance" entre Bolsonaro e Donald Trump. O contato diplomático continuou a ocorrer, mas sem relação presidencial.

"Um encontro entre presidentes em que se consiga impulsionar, mesmo que do ponto de vista político, a relação bilateral, tem um significado e um valor muito grandes. Quando se tem um impulso político, isso ajuda a canalizar as burocracias na direção de resultados concretos", afirmou o CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto.

Clima

Lula quer mostrar que há disposição para discutir questões climáticas, proteção da Amazônia e modelos de transição energética - por isso, levará em sua comitiva a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva -, e os EUA dão sinais de que vão retribuir os gestos.

O Brasil espera que os americanos anunciem na sexta-feira a entrada no Fundo Amazônia para destinar recursos para a preservação da floresta. Também há expectativa de que confirmem a vinda de John Kerry, enviado especial do clima, para visitar o Brasil.

Sobre questões econômicas, o CEO da Amcham ponderou que a ambição de Biden de aproximar dos EUA as cadeias de produção, tema recorrente entre americanos desde que eclodiram a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, interessa a Lula, que defende uma política de reindustrialização nacional. O governo brasileiro considera, por exemplo, que algumas fases da cadeia de produção de semicondutores, incentivada pelos EUA, poderiam ser realizadas no Brasil.

'Clube da paz'

Mas Lula busca um protagonismo no plano multilateral maior do que o que a Casa Branca parece destinar a ele. O petista quer se colocar como um intermediador da paz na Ucrânia, com a criação do que chama de "clube da paz". O tema não consta da lista dos assuntos prioritários da Casa Branca, que espera ouvir do brasileiro como ele pode se posicionar como um intermediador para construir uma saída para a situação política da Venezuela de Nicolás Maduro.

Além de Marina, vão compor a comitiva de Lula a primeira-dama, Janja, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O presidente pretende passar só um dia em Washington e terá encontro com parlamentares de esquerda, como o senador Bernie Sanders.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua vice, Kamala Harris, prometeram neste domingo lutar pelo direito ao aborto, na data em que se completam 50 anos da sentença da Suprema Corte que garantiu esse direito até a sua revogação, meses atrás.

A luta pelo direito ao aborto não terminou, disse Biden cinco décadas após a decisão histórica da Suprema Corte, medida revertida pelo mesmo tribunal em junho passado. "Hoje deveria ter sido o 50º aniversário de Roe v. Wade", tuitou o presidente democrata, referindo-se à decisão original.

"Ao invés disso, os funcionários republicanos do Maga (apoiadores do ex-presidente Donald Trump, com seu slogan 'Make America Great Again') travam uma guerra contra o direito das mulheres de tomar suas próprias decisões sobre sua saúde", lamentou Biden. "Não deixei de lutar para proteger os direitos reprodutivos das mulheres e nunca pararei."

Em junho passado, a mais alta corte americana pôs fim a essa jurisprudência, considerando que o direito à interrupção voluntária da gravidez não estava protegido pela Constituição.

A Suprema Corte, à qual Trump deu uma composição muito conservadora, permitiu assim que cerca de vinte estados governados por republicanos proibissem ou restringissem severamente o acesso ao aborto.

Em seus tuítes de domingo, Biden insiste que "o direito de escolha das mulheres não é negociável" e pede ao Congresso que aprove uma legislação que utilize os termos da jurisprudência "Roe v. Wade".

Mas o presidente, de 80 anos, não tem muita chance de sucesso: A Câmara dos Representantes acaba de passar para as mãos dos republicanos, e no Senado a maioria democrata é estreita.

- 'Como se atrevem?' -

A vice-presidente americana, Kamala Harris, somou-se à reivindicação. "Como se atrevem?", vociferou durante um discurso na Flórida, ao mencionar os congressistas republicanos que querem restringir e suprimir o direito ao aborto em todo o país.

Kamala criticou "as leis elaboradas por extremistas em alguns estados, incluindo a Flórida", para restringir a interrupção voluntária da gravidez. "Não iremos recuar. Sabemos que a batalha não estará terminada enquanto não garantirmos esse direito" em um texto federal, disse a vice-presidente democrata.

A organização de planejamento familiar Planned Parenthood aponta que a maioria dos americanos é a favor do direito ao aborto, e estima que uma em cada três mulheres nos Estados Unidos vive em um estado que restringiu esse direito.

A presidente da organização, Alexis McGill Johnson, estimou que "o que acontece com as pacientes e a equipe médica é terrível, mas também impulsiona o nosso movimento. Estaremos lá e lutaremos. Todos os dias."

A Casa Branca prometeu hoje proteger o acesso às pílulas à base de mifepristona, que permitem interromper a gravidez nas primeiras semanas. Também neste domingo, várias manifestações foram realizadas no país para lembrar a sentença Roe vs. Wade.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, minimizou nesta quinta-feira (19) o frenesi midiático provocado pela descoberta de antigos documentos confidenciais perdidos entre seus pertences pessoais, dizendo que "não há nada lá".

"Acho que vão descobrir que não há nada lá (...) Não me arrependo de nada. Estou seguindo o que os advogados me mandaram fazer. É exatamente o que estamos fazendo", respondeu Biden aos repórteres quando questionado sobre o caso durante uma viagem à Califórnia.

Biden soltou essas declarações desafiadoras pouco mais de uma semana depois que uma dúzia de documentos confidenciais, de sua época como vice-presidente de Barack Obama (2009-2017), foram encontrados em um antigo escritório que usava.

Outro punhado de documentos foi posteriormente descoberto na garagem e na casa particular do presidente, no estado de Delaware.

O caso ameaça ofuscar o que seus aliados esperam que seja um anúncio em breve de que Biden concorrerá a um segundo mandato nas eleições de 2024.

Embora o caso pareça menos grave do que o do republicano Donald Trump, que levou centenas de documentos confidenciais da Casa Branca para sua residência na Flórida após deixar o cargo, Biden está sob forte pressão da imprensa, dos republicanos no Congresso e de uma investigação do Departamento de Justiça liderada por um promotor independente.

Após vários dias de declarações evasivas, Biden procurou contra-atacar insistindo que tem agido corretamente em uma situação que a Casa Branca define como um extravio acidental de documentos.

"Encontramos um punhado de documentos que foram arquivados no lugar errado. Imediatamente os entregamos aos Arquivos Nacionais e ao Departamento de Justiça. Estamos cooperando plenamente e esperamos que isso seja resolvido rapidamente", afirmou.

A descoberta de novos documentos confidenciais do governo americano em um segundo endereço do presidente Joe Biden levou o Departamento de Justiça a abrir uma investigação sobre o caso nesta quinta-feira (12). O procurador especial Robert Hur trabalhará na investigação, a pedido do procurador-geral Merrick Garland.

A investigação foi lançada para mitigar críticas dos republicanos, já que o departamento investiga um caso semelhante envolvendo o ex-presidente Donald Trump, depois que uma operação do FBI encontrou documentos confidenciais em sua casa em Mar-a-Lago, na Flórida.

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Hur é responsável por investigar a possível remoção e retenção não autorizadas de documentos secretos ou outros registros descobertos no escritório do centro de estudos de Biden em Washington e sua residência em Wilmington, no Estado de Delaware. Os papéis são da época em que ele era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017).

O novo procurador especial, que também atuou como funcionário de alto escalão do gabinete do vice-procurador-geral em 2017 e 2018, está autorizado a processar quaisquer crimes decorrentes do inquérito ou encaminhar questões para processo por procuradores federais em outras jurisdições, disse o pedido.

Um procurador especial recebe mais independência do Departamento de Justiça do que outros promotores federais, mas ainda responde ao procurador-geral. A nomeação tem como objetivo proteger o Departamento de Justiça de acusações de partidarismo em um momento em que a nova maioria republicana na Câmara embarcou em uma investigação aberta sobre o que eles afirmam ser um viés do governo Biden contra seu partido.

Descoberta

No início desta semana, um advogado de Biden disse que os advogados pessoais do presidente descobriram um pequeno número de documentos classificados no Penn Biden Center for Diplomacy and Global Engagement, um instituto no centro de Washington que Biden inaugurou depois de servir como vice-presidente. Pessoas familiarizadas com o assunto disseram que a descoberta envolveu cerca de dez documentos classificados.

Os advogados de Biden notificaram os órgãos governamentais, e o Departamento de Justiça abriu uma investigação para saber como o material sigiloso foi parar ali e se havia algum outro material que deveria estar sob custódia do governo.

Diferenças nos casos

Segundo juristas, a iniciativa dos advogados de Biden em notificar a posse dos documentos pode amenizar o problema, já que, segundo a Lei de Espionagem, é necessária má-fé do agente público na ocultação de documentos para configurar crime.

O caso de Trump, no qual os documentos foram levados para a Flórida e encontrados em uma batida policial, é distinto. Além disso, a investigação de Trump diz respeito não apenas ao possível manuseio incorreto de segredos do governo, mas também à possível obstrução de justiça ou destruição de registros.

Imparcialidade

Trump pediu ontem ao procurador-geral que "encerre imediatamente" a investigação do caso dos documentos em seu resort e da invasão do Caítólio, depois de acusar o promotor especial Jack Smith de imparcialidade.

Especialistas jurídicos dizem que não é incomum que algumas pessoas que possuem autorizações de segurança manipulem incorretamente documentos confidenciais. Mas essas situações geralmente são tratadas administrativamente, não criminalmente, pois os critérios para processar pessoas que manuseiam documentos sigilosos incluem provar que a pessoa desrespeitou deliberadamente regras de como proteger os materiais. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente americano Joe Biden anunciou nesta quinta-feira, 22, a delegação que irá acompanhar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 1º de janeiro de 2023, em Brasília. Segundo comunicado oficial da Casa Branca, a delegação será liderada por Deb Haaland, secretária do Departamento de Interiores dos Estados Unidos (EUA).

Haaland será acompanhada por Douglas Koneff, encarregado de negócios dos EUA no Brasil, e Juan Gonzalez, assistente especial do presidente americano e diretor sênior dos Assuntos do Hemisfério Ocidental, do Conselho de Segurança Nacional.

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O Kremlin afirmou nesta quinta-feira (22) que a visita do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, aos Estados Unidos mostra que ele não tem intenção de "ouvir a Rússia" e que Washington está realizando "uma guerra indireta" contra a Rússia na Ucrânia.

Em sua primeira viagem internacional desde o início da invasão, Zelensky foi tratado como um herói em Washington na quarta-feira (21), onde se encontrou com seu homólogo Joe Biden na Casa Branca e fez um discurso aplaudido perante o Congresso.

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O chefe de Estado ucraniano também recebeu a promessa de um enorme pacote de ajuda de quase US$ 45 bilhões e novas entregas de armas que incluirão, pela primeira vez, o sistema de defesa aérea Patriot.

"Até agora, podemos observar, com pesar, que nem o presidente (americano Joe) Biden nem o presidente Zelensky disseram nada que pudesse ser visto como uma possível disposição de ouvir as preocupações da Rússia", denunciou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, em conversa com a imprensa.

Segundo Peskov, nesta visita não houve "verdadeiros apelos à paz", ou "advertências" dos Estados Unidos a Zelensky contra "o bombardeio contínuo de prédios residenciais em áreas populosas do Donbass". Essa região do leste da Ucrânia é parcialmente controlada por separatistas pró-Rússia e, com frequência, bombardeada pelas forças ucranianas.

"Isso mostra que os Estados Unidos continuam em sua linha de guerra, de fato e indireta, com a Rússia", acrescentou.

Na quarta-feira (21), depois que soube da viagem de Zelensky, Peskov alertou que a entrega de armas dos EUA a Kiev "leva a um agravamento do conflito e não é um bom presságio para a Ucrânia".

Em Washington, Zelensky defendeu que esta ajuda, essencial para suas tropas no conflito, é “um investimento na segurança global e na democracia”.

- Reforços militares -

Nos últimos meses, as tropas russas sofreram vários reveses militares e foram expulsas da região de Kharkiv (nordeste) e da cidade de Kherson (sul).

Desde outubro, Moscou mudou sua estratégia e optou por bombardeios maciços contra a infraestrutura básica ucraniana. A ofensiva privou milhões de pessoas de eletricidade, água e calefação.

Esses apagões afetaram Kiev, onde a situação energética permanece "difícil" nesta quinta-feira, segundo o chefe da administração militar da capital, Serguei Popko.

O sistema Patriot dos EUA deve fortalecer "significativamente" a defesa contra esse tipo de ataque, disse Zelensky.

Em uma reunião na quarta-feira para definir as prioridades do Exército para 2023, o presidente russo, Vladimir Putin, também prometeu fortalecer as capacidades militares da Rússia, incluindo as nucleares.

Anunciou, ainda, a entrada em serviço "no início de janeiro" de novos mísseis de cruzeiro hipersônicos Zircon e um aumento na força do Exército para 1,5 milhão de soldados.

Seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, garantiu que as tropas russas vão combater "as forças combinadas do Ocidente" e revelou que planejam estabelecer bases de apoio à sua frota em Mariupol e em Berdyansk, duas cidades ocupadas no sul da Ucrânia.

O ministro foi ao "front" de batalha para inspecionar as posições russas e as condições de pessoal e de material, disse seu departamento, sem especificar o local, ou a data.

No terreno, combates e bombardeios continuam nesta quinta-feira, com pelo menos um morto e 14 feridos em todo país no dia anterior, segundo a Presidência ucraniana.

Do lado russo, o ex-chefe da agência espacial Roscosmos Dmitri Rogozin informou que foi ferido em um ataque ucraniano a um hotel na região de Donetsk, controlada por Moscou, e precisou passar por uma cirurgia.

O comitê investigativo russo disse que este ataque, que matou e feriu outras pessoas, foi "provavelmente" realizado com uma arma de artilharia César francesa, entregue por Paris a Kiev.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado, em nome do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a visitar Washington, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira, 5, pela Casa Branca. No texto, o governo americano traz informações sobre a viagem do assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, nesta segunda-feira a Brasília.

A Casa Branca relata que Sullivan se encontrou com Lula e membros da equipe de transição. Ele parabenizou o presidente eleito pela vitória eleitoral e "discutiu a importância de manter canais abertos de comunicação entre os dois países na transição". Foi discutido como EUA e Brasil podem continuar a trabalhar juntos para lidar com "desafios comuns, entre eles o combate à mudança climática, salvaguardar a segurança alimentar, promover a inclusão, a democracia, a paz internacional e a estabilidade, além de gerenciar a migração regional", diz a nota.

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Sullivan também se reuniu com representantes graduados do governo do Brasil, segundo o texto. Ele esteve acompanhado de graduados nomes do Conselho de Segurança Nacional e do Departamento do Estado nesta viagem, informa o comunicado. O assessor se reuniu com o almirante Flávio Rocha, secretário especial de Assuntos Estratégicos, para "demonstrar seu apreço pelo progresso na relação EUA-Brasil e reforçar a natureza estratégica de longo prazo" da parceria bilateral.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir na segunda-feira, dia 5, com uma comitiva da Casa Branca enviada a Brasília pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Lula definirá uma data para viajar aos Estados Unidos e se encontrar com chefe do Executivo dos EUA antes mesmo da posse, em 1º de janeiro do ano que vem. A ida a Washington deve ocorrer somente após a diplomação no Tribunal Superior Eleitoral, em 12 de dezembro, segundo Lula.

No encontro com os norte-americanos, o petista estará acompanhado do senador Jaques Wagner (PT-BA), que já foi apontado como cotado para assumir o Itamaraty. Em conversas em Brasília, o próprio Lula indicou, no entanto, que o chanceler brasileiro será o embaixador Mauro Vieira.

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Além do diplomata, Lula disse a interlocutores que pretende nomear o ex-prefeito Fernando Haddad para comandar o Ministério da Fazenda, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) para o Ministério da Justiça e o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro, para a Defesa.

Jaques Wagner foi ministro da Defesa no governo Dilma Rousseff e também participa das decisões na área, adiadas por Lula. Além disso, atua na interlocução no Congresso e também nas discussões do Centro de Governo, que espelha a formação dos órgãos que compõem o Palácio do Planalto.

Na agenda bilateral, estão ameaças internas à democracia, assuntos climáticos e cooperação, além do posicionamento do Brasil em relação à Guerra na Ucrânia. Washington sempre pressionou por manifestações do Brasil mais duras em relação à Rússia, que invadiu o país vizinho no Leste Europeu. Lula, no entanto, fez críticas na campanha aos dois países envolvidos no conflito militar, que completará um ano em fevereiro do ano que vem.

"Os Estados Unidos padecem de uma necessidade democrática tanto quando o Brasil. O estrago que Trump fez na democracia americana é o mesmo que Bolsonaro fez no Brasil. O pensamento do Trump, o comportamento é o mesmo do nosso presidente aqui. Vamos conversar sobre política, a relação Brasil - Estados Unidos. Quero conversar o papel do Brasil na nova geopolítica mundial, quero falar com eles da guerra da Ucrânia, não há necessidade de ter guerra", antecipou Lula, nesta sexta-feira, dia 2.

Biden despachou a Brasília o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e funcionários do Conselho de Segurança Nacional e do Departamento de Estado. Entre eles, está Juan S. Gonzalez, assessor especial de Biden e diretor-sênior para o Hemisfério Ocidental, no conselho.

Conforme a Embaixada dos Estados Unidos, Sullivan também manterá contatos com o governo Jair Bolsonaro. Ele se reunirá com o secretário de Assuntos Estratégicos, almirante Flávio Rocha, que trabalha no Palácio do Planalto e coordena parte da inserção internacional de Bolsonaro.

"Durante as reuniões, Sullivan discutirá como os Estados Unidos e o Brasil podem continuar a trabalhar juntos para enfrentar desafios comuns, incluindo mudanças climáticas, segurança alimentar, a promoção da inclusão e da democracia e a gestão da migração regional", disse a embaixada. "As reuniões seguem o telefonema do presidente Biden ao presidente eleito Lula em outubro de 2022, onde o presidente se comprometeu a manter abertos os canais de comunicação entre os dois países durante a transição."

Diplomatas americanos sugeriram que a vice-presidente Kamala Harris seja a representante de Biden na posse de Lula. Embora ainda não tenha sido confirmada a presença dela, a preparação é para que isso ocorra. O Departamento de Estado entende que o Brasil deve receber mais atenção do ponto de vista político, por isso a necessidade de se fazer presente com a representante de mais alto nível. A praxe na diplomacia norte-americana é que o vice seja a autoridade mais importante a prestigiar cerimônias de posse em outros países - e não o chefe de Estado.

Lula voltará a Brasília no domingo, dia 4, para se preparar para o encontro com os enviados de Biden, além de mais negociações em Brasília. Um dos temas deve ser as negociações entre os lados políticos na Venezuela, realizadas no México, com vistas à promoção de eleições no país. Lula já indicou que retomará as relações com o governo Nicolás Maduro, a quem convidou para a posse, embora haja entraves à entrada dele no Brasil em vigor.

Outro, a participação ou não do Brasil numa nova empreitada para intervir no conflito interno do Haiti. Há resistências em Brasília tanto do governo Jair Bolsonaro, quanto de nomes fortes do futuro governo Lula. Os Estados Unidos e a Organização das Nações Unidas querem não só o apoio do ponto de vista político, mas também o engajamento brasileiro, que liderou uma missão militar da ONU, em uma nova operação de caráter policial.

Os Estados Unidos e a França vão continuar apoiando a Ucrânia "pelo tempo que for necessário", disseram os presidentes americano, Joe Biden, e francês, Emmanuel Macron, em comunicado conjunto divulgado nesta quinta-feira (1).

Segundo a nota, os chefes de Estado "reiteraram o apoio contínuo de seus países à Ucrânia" e se comprometem em particular a fornecer "ajuda política, de segurança, humanitária e econômica".

Em coletiva conjunta com Macron, Biden disse que está disposto a conversar com Vladimir Putin pela primeira vez desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro, com a condição de que seu contraparte russo realmente queira pôr fim à guerra.

"Estou disposto a conversar com Putin se (...) estiver buscando uma forma de pôr fim à guerra. Ainda não o fez", afirmou Biden ao lado de Macron, que mantém o diálogo com Putin.

O presidente francês, por sua vez, agradeceu aos Estados Unidos pela ajuda dada a Kiev e alertou que "abandonar" a Ucrânia poria em risco "a estabilidade global".

Macron afirmou que "nunca vai pressionar os ucranianos a aceitarem um compromisso que seja inaceitável para eles" porque não possibilitaria a construção de "uma paz duradoura".

O presidente americano, Joe Biden, recebeu neste sábado (19), na Casa Branca, os convidados do casamento de sua neta, Naomi, em uma cerimônia à qual a imprensa não teve acesso.

A advogada de 28 anos, moradora de Washington, e filha de Hunter Biden, casou-se com Peter Neal, de 25, formado em direito no Jardim Sul da mansão às 11h, em uma cerimônia para 250 convidados, segundo a Casa Branca.

"Tem sido uma alegria ver Naomi crescer, descobrir quem é e talhar uma vida tão incrível para ela", disseram em nota o presidente e a primeira-dama, Jill Biden.

"Desejamos-lhes dias cheios de alegria e um amor que cresça mais profundamente com o passar de cada ano".

Não é incomum que a mansão seja preparada para receber eventos deste tipo. Segundo a Associação Histórica da Casa Branca, foram celebrados 18 casamentos no local, inclusive o de Tricia, filha do presidente Richard Nixon, em 1971, e do fotógrafo oficial de Barack Obama, Pete Souza, em 2013.

Naomi tem o nome da primeira filha do presidente, que morreu ainda bebê em um acidente de trânsito em 1972, no qual sua primeira esposa também faleceu.

A imprensa americana tem reportado que Naomi Biden tem um papel importante no círculo de confiança do presidente e que, por exemplo, foi uma das que o pressionou para se lançar candidato nas eleições de 2020.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou neste domingo (30) Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por sua vitória em eleições presidenciais "livres, justas e confiáveis", segundo um comunicado difundido pela Casa Branca.

"Envio meus cumprimentos a Luiz Inácio Lula da Silva por sua eleição para ser o próximo presidente do Brasil depois de eleições livres, justas e confiáveis", destacou Biden na nota.

"Espero que trabalhemos juntos para continuar com a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos", acrescentou, pouco depois de o petista derrotar o candidato de extrema direita Jair Bolsonaro no segundo turno por uma margem bastante estreita.

Lula, de 77 anos, venceu com 50,83% dos votos contra 49,17% de Bolsonaro, de 67 anos, com 98,8% das urnas apuradas.

Durante as últimas semanas, congressistas do Partido Democrata no poder pediram a Joe Biden que reconhecesse logo os resultados das eleições no Brasil, por medo de que Bolsonaro tentasse questionar uma eventual derrota.

Os Estados Unidos são um dos principais parceiros comerciais do Brasil, a maior economia da América Latina e a 13ª do planeta em volume de Produto Interno Bruto (PIB).

Não obstante, Lula não vai se deparar com bonança econômica dos anos 2000, apesar da recuperação pós-pandemia.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia brasileira crescerá 2,8% em 2022 e 1% em 2023.

Estados Unidos e Brasil mantêm diálogos bilaterais de alto nível sobre uma série de temas como comércio e investimentos, ciência, tecnologia e prioridades energéticas.

"A relação entre Estados Unidos e Brasil é pragmática e um assunto de Estado, independentemente de quem esteja no poder", declarou à AFP Valentina Sader, diretora associada do Centro Adrienne Arsht para América Latina do Atlantic Council, em Washington.

Sader prevê que Lula dará ênfase à luta contra a mudança climática, um tema que coincide com a agenda verde de Biden.

O presidente dos EUA, Joe Biden, anistiou nesta quinta-feira, 6, todas as condenações federais por posse de maconha. Ele também disse que iniciará o processo para retirar a planta da lista de substâncias mais perigosas dos EUA, que inclui heroína e LSD.

No Twitter, Biden relembrou sua promessa feita na campanha eleitoral, em que disse que "ninguém deveria estar na prisão por usar ou ter posse de maconha", e disse que a medida é uma maneira de acabar com uma "política fracassada".

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A anistia de Biden deve tirar da cadeia cerca de 6,5 mil pessoas condenadas por acusações federais de posse de maconha, entre 1992 e 2021, e milhares mais que foram condenadas por posse no Distrito de Columbia, na capital dos EUA, segundo dados do governo.

Discriminação

Atualmente, 19 Estados americano e a capital Washington já aprovaram a legalização da maconha para uso recreativo, enquanto outros 12 descriminalizaram a cannabis. Apesar de a decisão de Biden surtir efeito apenas para crimes federais, ele pediu que governadores tomem a mesma atitude.

"Assim como ninguém deveria estar em uma prisão federal apenas em razão do porte de maconha, ninguém deveria estar em uma prisão local ou estadual por esse motivo também", disse o presidente.

Ao justificar a decisão, ele relembrou do caráter discriminatório das prisões por posse de maconha, dizendo que, "enquanto brancos, negros e pardos usam maconha em taxas semelhantes, negros e pardos foram presos, processados e condenados em taxas desproporcionais". As penas por posse de drogas nos EUA são duras e afetam diretamente a capacidade de alguém contratar uma linha de crédito ou conseguir um emprego.

Biden disse, no entanto, que mesmo que a regulamentação federal para posse de maconha mude, ainda é preciso impor "limites ao tráfico e à venda para menores de idade". "Muitas vidas foram afetadas em razão de nossa abordagem fracassada da maconha. É hora de corrigirmos esses erros", afirmou.

Eleições

A medida de Biden deve agradar aos membros de sua base política de esquerda antes das eleições legislativas de meio de mandato, em novembro, nas quais os democratas defendem sua maioria no Congresso. Segundo pesquisas, os republicanos devem retomar o controle da Câmara. A disputa pelo Senado está mais apertada.

Advogados que representam grupos minoritários têm colocado pressão para que Biden tome medidas concretas para mudar a política de drogas e demonstre seu compromisso de reformar o sistema criminal dos EUA. Eles elogiaram o anúncio de ontem, mas disseram que o impacto na vida real será limitado se os Estados não seguirem o exemplo.

De acordo com eles, o governo federal erra ao manter a política de punir a venda de maconha, que é mais comum do que a posse. Apenas 92 pessoas foram condenadas por porte de maconha em 2017, de um total de 20 mil condenações ligadas à droga, segundo a Comissão de Sentença dos EUA. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (29) que o furacão Ian pode ser "o mais letal" da história da Flórida. Na sede da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), o democrata voltou a fazer um apelo aos residentes do estado para seguir as recomendações das autoridades americanas, assegurando toda a colaboração do governo.

"Este pode ser o furacão mais mortal da história da Flórida", disse Biden, afirmando que "os números ainda não são claros, mas há relatos de que pode ter havido uma perda substancial de vidas".

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Biden também anunciou que viajará para a Flórida assim que as condições permitirem.

Da Ansa

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a alertar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, contra o uso de armas não convencionais - como nucleares, biológicas ou químicas - para tentar virar a maré da guerra na Ucrânia a favor de Moscou, dizendo que tal ação "mudaria o rumo da guerra de forma sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial". Putin também vem sofrendo pressões de aliados da China e da Índia esta semana.

Falando em entrevista ao programa "60 Minutes" da CBS News que está programado para ir ao ar neste domingo, 18, Biden disse que a resposta dos Estados Unidos seria "substancial", embora ele tenha se recusado a entrar em detalhes.

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"Você acha que eu diria a você se eu soubesse exatamente o que seria? Claro que não vou te contar. Vai ter consequências", disse Biden, de acordo com um trecho da entrevista . "Eles vão se tornar mais párias no mundo do que nunca. E, dependendo da extensão do que eles fizerem, determinará qual resposta ocorreria."

Seu aviso foi em resposta à pergunta de um entrevistador e não com base de uma nova atualização de inteligência sobre o andamento do conflito.

Os comentários foram feitos no momento em que as forças russas estão cambaleando por causa de retiradas no campo de batalha na Ucrânia e enquanto Putin enfrenta questões cada vez mais intensas em casa sobre como ele conduziu a guerra.

Algumas autoridades ocidentais expressaram preocupação de que quanto mais acuado Putin se sentir, maior será a chance de ele recorrer a armas não convencionais, como uma arma nuclear tática ou de baixo rendimento, que pode ser disparada a distâncias relativamente curtas, em oposição a armas nucleares "estratégicas" que podem ser lançadas a distâncias muito maiores.

Em abril, o diretor da CIA alertou sobre como Putin poderia recorrer a essas armas em "desespero". O diretor, William Burns, disse que é uma possibilidade que os Estados Unidos continuam "muito preocupados", embora tenha dito que, naquela fase da guerra, Washington não viu "evidências práticas" dos tipos de destacamentos militares ou movimento de armas para sugerir que tal ação era iminente. Biden disse repetidamente que o uso de tais armas teria sérias consequências.

Apesar dos reveses e da perda de dezenas de milhares de soldados russos na Ucrânia, Putin não mostrou sinais de mudança de rumo. Na sexta-feira, ele ameaçou intensificar os ataques de suas forças.

Em uma entrevista coletiva no Usbequistão na conclusão de uma cúpula regional, Putin afirmou que a Ucrânia estava tentando realizar "atos terroristas" dentro da Rússia e "danificar nossa infraestrutura civil". A Ucrânia ocasionalmente atingiu alvos militares e de combustível na região fronteiriça da Rússia, mas negou ter como alvo a infraestrutura civil, e Putin não ofereceu nenhuma evidência para apoiar sua afirmação.

"Estamos, de fato, respondendo com bastante moderação, mas isso é por enquanto", disse Putin. "As forças armadas russas deram alguns golpes sensíveis lá. Bem, o que dizer disso? Vamos supor que estes são avisos. Se a situação continuar a se desenvolver dessa maneira, a resposta será mais séria".

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, procurou aproveitar os avanços militares de seu país para reforçar a determinação dos aliados ocidentais, usando isso como prova de que a Ucrânia é capaz não apenas de montar uma defesa eficaz, mas também de expulsar as forças russas do país e ganhar o guerra.

Ao mesmo tempo, ele pediu ao mundo que responda às crescentes evidências de atrocidades em partes recentemente desocupadas do nordeste da Ucrânia.

Pressão de aliados

A situação na Ucrânia também preocupa dois parceiros fundamentais da Rússia. Os dois líderes estratégicos mais importantes de Putin, Índia e China, levantaram preocupações sobre a guerra na semana passada, perfurando a mensagem do Kremlin de que a Rússia estava longe de estar isolada como resultado da guerra.

Em uma cúpula de alto nível no Usbequistão , Putin prometeu pressionar seu ataque à Ucrânia apesar dos recentes reveses militares, mas também teve que abordar as preocupações sobre o prolongado conflito manifestado pela Índia e pela China.

"Eu sei que a era de hoje não é de guerra", disse o primeiro-ministro indiano Narendra Modi ao líder russo em comentários televisionados quando os dois se encontraram na sexta-feira, 16. Na mesma cúpula um dia antes, Putin reconheceu os "questionamentos e preocupações" não especificadas da China sobre a guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo em que agradeceu ao presidente chinês Xi Jinping pela "posição equilibrada" de seu governo sobre o conflito.

A retirada apressada de suas tropas neste mês de partes de uma região nordeste que ocuparam no início da guerra, juntamente com as raras reservas públicas expressas por aliados importantes, destacou os desafios que Putin enfrenta em todas as frentes. Tanto a China quanto a Índia mantêm fortes laços com a Rússia e tentaram permanecer neutros em relação à Ucrânia.

Xi, em um comunicado divulgado por seu governo, expressou apoio aos "interesses centrais" da Rússia, mas também interesse em trabalhar juntos para "injetar estabilidade" nos assuntos mundiais. Modi disse que queria discutir "como podemos avançar no caminho da paz".

No campo de batalha, autoridades de defesa e analistas ocidentais disseram neste sábado, 17, que as forças russas aparentemente estavam montando uma nova linha defensiva no nordeste da Ucrânia depois que as tropas de Kiev romperam a anterior e tentaram pressionar seus avanços mais para o leste. O Ministério da Defesa britânico disse em um informe diário de inteligência que a linha provavelmente está entre o Rio Oskil e Svatove, cerca de 150 km a sudeste de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

A nova linha surgiu depois que a contraofensiva ucraniana abriu um buraco na linha de frente anterior da guerra, permitindo que os soldados de Kiev recuperassem grandes extensões de terra na região nordeste de Kharkiv, que faz fronteira com a Rússia.

Depois que as tropas russas se retiraram da cidade de Izium, as autoridades ucranianas descobriram uma vala comum, uma das maiores já descobertas . O presidente Volodmir Zelenski disse na sexta-feira que mais de 440 sepulturas foram encontradas no local, mas que o número de vítimas ainda não é conhecido. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou nesta quinta-feira (15) que os trabalhadores ferroviários norte-americanos e as empresas fecharam um "acordo provisório" que deve evitar uma greve no setor.

O pacto é resultado de mais de 20 horas de negociações entre lideranças sindicais e representantes das ferroviárias, que se reuniram na sede do Departamento do Trabalho dos EUA, em Washington.

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O acordo, agora, deve ser submetido à votação nos sindicatos.

"Esses trabalhadores ferroviários receberão melhores salários, melhores condições de trabalho e tranquilidade em relação aos custos de saúde", afirmou Biden, em comunicado. "Para o povo americano, o trabalho árduo feito para chegar a esse acordo provisório significa que nossa economia pode evitar os danos significativos que qualquer paralisação traria", acrescentou.

*Com informações da Associated Press

O presidente Joe Biden anunciou nesta quarta-feira (24) que a maioria dos graduados universitários dos Estados Unidos que continuam com dívidas estudantis obterão um alívio de 10 mil dólares.

"Mantendo minha promessa de campanha, meu governo está anunciando um plano para dar um respiro às famílias trabalhadoras e de classe média enquanto se preparam para retomar os pagamentos de empréstimos estudantis federais em janeiro de 2023", disse Biden no Twitter a menos de três meses das eleições de meio de mandato.

O problema da dívida estudantil vem de décadas.

No total, cerca de 45 milhões de universitários em todo o país devem 1,6 trilhão de dólares, segundo a Casa Branca.

As universidades americanas podem custar entre 10.000 e 70.000 dólares ao ano, o que deixa os graduados com uma dívida gigante quando ingressam no mercado de trabalho.

Segundo estimativas do governo, a dívida média dos estudantes universitários americanos quando se formam é de 25.000 dólares, uma quantia que muitos levam anos ou inclusive décadas para pagar.

O desconto parcial de 10.000 dólares se aplica apenas a quem ganha menos de 125.000 dólares por ano, segundo uma ilustração que acompanha o tuíte do presidente.

Para aqueles que frequentaram a faculdade com ajuda do governo por meio de bolsas Pell, o alívio será de 20.000 dólares.

Esses descontos estão bem abaixo do objetivo de alguns democratas de garantir a remissão total.

Mas os republicanos se opõem, argumentando que cortar qualquer quantia de empréstimos para graduados é injusto para aqueles que passaram anos economizando para pagar suas próprias dívidas.

A Casa Branca informou, em comunicado à imprensa, que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, testou positivo para covid-19 na manhã desta quinta-feira, 21. Segundo o comunicado, ele apresenta sintomas "muito leves" da doença e seguirá trabalhando em esquema de isolamento.

O comunicado ressalta que Biden já tomou todas as doses necessárias da vacina contra a covid-19, incluindo duas de reforço. A Casa Branca vai divulgar atualizações diárias sobre o estado de saúde de Biden.

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Antes desta quinta, a última vez que o presidente americano havia sido testado para covid-19 foi na terça-feira passada, dia 19, com resultado negativo.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarcará nesta quarta-feira (13) em Israel, primeira etapa de uma viagem ao Oriente Médio, onde precisará demonstrar suas habilidades diplomáticas no conflito israelense-palestino, nas tensões com o Irã e nas negociações por petróleo com a Arábia Saudita.

O avião presidencial americano Air Force One devem pousar às 15H30 locais (9H30 de Brasília) no aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv, onde Biden será recebido pelo presidente israelense Isaac Herzog e pelo primeiro-ministro Yair Lapid.

Depois de Israel, o presidente americano de 79 anos visitará a Arábia Saudita na sexta-feira, apesar de ter classificado o país como Estado "pária" após o assassinato em 2018 do jornalista dissidente Jamal Khashoggi, que morava nos Estados Unidos.

O avião presidencial fará um voo direto sem precedentes entre o Estado hebreu e o conservador reino do Golfo, que não reconhece Israel.

Antes, Biden se reunirá com autoridades israelenses para tentar reforçar a cooperação contra o Irã. Também terá um encontro com líderes palestinos, frustrados porque consideram que Washington não impede a agressão israelense.

Irã e Israel eram aliados quando Biden visitou a região pela primeira vez, em 1973 quando era senador, mas agora o Estado hebreu considera Teerã sua principal ameaça.

O primeiro-ministro israelense Yair Lapid, que assumiu o poder há duas semanas, afirmou que as conversas com Biden abordarão "primordialmente o tema Irã".

Depois que chegou ao poder, Biden não reverteu a polêmica decisão de seu antecessor, Donald Trump, de reconhecer esta cidade como a capital do país.

Os palestinos consideram Jerusalém Oriental, anexada por Israel, sua capital e, antes da visita, acusaram Biden de não cumprir a promessa de tornar o governo dos Estados Unidos novamente um mediador imparcial no conflito.

Biden se reunirá na sexta-feira com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, na cidade de Belém, na Cisjordânia ocupada, mas nenhum grande anúncio é esperado para a retomada do processo de paz.

A viagem de Biden à Arábia Saudita é considerada parte do esforço para estabilizar os mercados de petróleo, afetados pela guerra na Ucrânia, com a aproximação de um país que por décadas foi aliado estratégico dos Estados Unidos e grande fornecedor de petróleo.

Joe Biden recebe o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador na Casa Branca nesta terça-feira (12), em busca de paliativos para a inflação e a crise migratória e aparar as arestas de uma relação que está longe de ser tranquila.

O desprezo de López Obrador por Biden em junho na Cúpula das Américas em Los Angeles - à qual ele não compareceu em protesto contra a recusa da Casa Branca em convidar os governos de Cuba, Venezuela e Nicarágua - decepcionou a classe política americana.

López Obrador, pragmático, minimiza a situação: "É uma reunião para reafirmar nosso compromisso de trabalhar juntos em benefício de nossos povos", disse o presidente, que antes de se reunir com Biden participará de um café da manhã de trabalho com a vice-presidente Kamala Harris.

A visita é marcada pelo luto pela tragédia dos mais de 50 migrantes mortos em um trailer no Texas, dos quais mais da metade era mexicana. Um drama que dá o tom do diálogo: migração e segurança.

Grande apoiador de "programas de cooperação para o desenvolvimento", não só no México, mas também na América Central, López Obrador provavelmente pedirá a Biden mais vistos para trabalhadores temporários, especialmente no setor agrícola, e investimentos em alguns projetos para deter as caravanas de migrantes.

Uma funcionária do governo dos Estados Unidos, que pediu anonimato, concorda que lidar com a migração irregular requer "abrir vias legais adicionais" que podem impulsionar o crescimento econômico e "buscar outras vias legais, como reassentamento de refugiados e reunificação familiar".

Mas acrescentou que a reunião será muito mais focada "na cooperação e na implementação" de acordos "e não tanto em compromissos numéricos específicos".

Outro funcionário do governo, que também não quis revelar sua identidade, garantiu que anúncios serão feitos durante o encontro.

"Esperamos anunciar ações conjuntas para melhorar a infraestrutura fronteiriça" e "melhorar a cooperação policial para interromper o fluxo de fentanil", acrescentou, reiterando a importância da segurança nas fronteiras, não só pelo tráfico de drogas, mas também de pessoas e de armas.

Além da migração, a questão que realmente preocupa os cidadãos é conter a inflação, superior a 6% nos Estados Unidos e de quase 8% no México, e afastar o espectro da recessão.

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