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O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Claudio de Mello Tavares, aceitou hoje (7) pedido da prefeitura carioca para recolher, na Bienal do Livro, obras que tratem de temas LGTB -  Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros “de maneira desavisada” para crianças e jovens. Com a decisão, os expositores só podem comercializar essas obras em embalagens lacradas e que contenham “advertência de seu conteúdo”.

Na última quinta-feira (5), depois de tomar conhecimento de uma história em quadrinho (Vingadores: A Cruzada das Crianças, da Marvel), que continha uma cena de beijo entre dois personagens homens, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, decidiu notificar os expositores da Bienal para que lacrassem esses livros.

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Na notificação, a prefeitura afirmou que apreenderia livros que não estivessem lacrados e que poderia até cassar a licença para a feira.

Mas ontem (6) o desembargador Heleno Ribeiro Nunes, da 5ª Câmara Cível do Rio de Janeiro, concedeu um mandado de segurança para os organizadores da Bienal, para suspender os efeitos da notificação da prefeitura.

A decisão de hoje do presidente do TJ suspende o mandado de segurança da 5ª Câmara Cível.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, determinou que o HQ "Vingadores, A cruzada das crianças" fosse retirado da Bienal Internacional do Livro. Nessa quinta-feira (5), Crivella gravou um vídeo para dizer que o livro com personagens gays fosse embalado em plástico preto, lacrado e avisando aos consumidores o tipo de conteúdo que estava sendo exposto. Ele alegou que o material é impróprio para menores de 18 anos.

"A prefeitura do Rio determinou que os organizadores da Bienal, lá no Rio Centro, recolhessem esse livro [Vingadores, A cruzada das crianças], que já foi denunciado inclusive na internet, que traz conteúdo sexual para menores. Livros assim precisam estar embalados em plástico preto, lacrado e do lado de fora avisando o conteúdo. Portanto, a prefeitura do Rio de Janeiro está protegendo os menores da nossa cidade", declarou.

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Na última quarta-feira (4), o vereador Alexandre Isquierdo (DEM), durante uma sessão na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, repudiou a comercialização do livro. Alexandre classificou a obra de Allan Heinberg, publicada em 2010, como "covardia". Em um comunicado, a direção da Bienal informou que dá voz a todos os públicos.

Confira a nota:

"A Bienal Internacional do Livro Rio, consagrada como o maior evento literário do país, dá voz a todos os públicos, sem distinção, como uma democracia deve ser. Este é um festival plural, onde todos são bem-vindos e estão representados. Inclusive, no próximo fim de semana, a Bienal do Livro terá três painéis para debater a literatura Trans e LGBTQA+. A direção do festival entende que, caso um visitante adquira uma obra que não o agrade, ele tem todo o direito de solicitar a troca do produto, como prevê o Código de Defesa do Consumidor."

O 13° Salão do Artesanato acontece pela primeira vez no pavilhão da Bienal. O evento será realizado entre os dias 9 e 13 de outubro, com entrada gratuita. A feira conta com a presença de artesãos de 22 Estados, que chegam com novidade e criatividade além de oficinas, shows e gastronomias típicas das cinco regiões do país.

Na edição será apresentada peças artesanais de decoração, vestuário, jóias, bijuterias, acessórios, brinquedos, instrumentos musicais e utilitários vão encantar os visitantes pela riqueza de detalhes, qualidade de acabamento e identidade cultural. Além de apresentações culturais de grupos folclóricos, de teatro, músicos, dançarinos, cantores, repentistas, e outras manifestações culturais.

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Realizado há 12 anos consecutivos, o Salão do Artesanato reúne o que há de melhor na produção artesanal do Brasil. Em outras edições, a feira recebeu mais de 50 mil visitantes, cerca de 1500 artesãos e um volume de negócios superior a 5 milhões de reais.

Serviço

13º Salão do Artesanato São Paulo

9 a 13 de outubro | 11h

Pavilhão da Bienal (Parque Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Portão 3, Vila Mariana, São Paulo)

Entrada gratuita

Já estão sendo vendidos os ingressos para a 25ª Bienal Internacional do livro de São Paulo, que acontece entre os dias três e 12 de agosto no Pavilhão do Anhembi. Na primeira semana os ingressos serão vendidos por um preço promocional, com 50% de desconto.

A organização do evento informou que o valor dos ingressos será o mesmo da última edição, que ocorreu em 2016. De segunda a quinta-feira, a inteira custará R$ 20 (meia R$ 10) e de sexta-feira a domingo R$ 25 (meia R$ 12,50) por dia.

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Pessoas com deficiência (e acompanhante) e estudantes têm direito à meia-entrada. Menores de 12 anos e idosos acima de 60 anos têm entrada gratuita. Funcionários e pessoas matriculadas no Sesc da categoria credencial plena também terão gratuidade e seus dependentes terão direito a meia-entrada. O benefício será aplicativo mediante apresentação da carteirinha e documento com foto.

Para mais informações acesse o site do evento ou ligue (11) 2626-1061.

A 16ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza abre suas portas ao público no sábado (26) para mostrar com projetos simples e concretos a face mais humana de uma disciplina dividida entre ética e estética, individual e coletivo.

Um projeto espetacular para apresentar 10 capelas projetadas por 10 importantes arquitetos, incluindo o britânico Norman Foster e o português Eduardo Souto de Moura, os dois ganhadores de prêmios Pritzker, considerado o Nobel da arquitetura, bem como vários latino-americanos: o paraguaio Javier Corvalan, a brasileira Carla Juaçaba e o chileno Smiljam Radic Clarke.

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O evento mais relevante da arquitetura mundial, que este ano tem como lema "Freespace", sob a curadoria das arquitetas irlandesas Yvonne Farrell e Shelley McNamara, se propõe a valorizar os espaços coletivos, "a generosidade de espírito" e o "sentido de humanidade" que a arquitetura deve colocar no centro de sua agenda.

"É que a criatividade do arquiteto deve estar a serviço da comunidade", resume em entrevista à AFP McNamara, que começou sua trajetória como professora com Farrell, com especial atenção para a função social da arquitetura.

Ao percorrer os imponentes 3.000 metros quadrados do Arsenal e a área sugestiva dos Jardins, onde 65 países apresentam suas propostas junto com outros 100 estúdios de arquitetura convidados, a ideia de espaço livre é, acima de tudo, uma soma de "desejos e propostas".

O enorme corredor central nos antigos galpões dos estaleiros venezianos indica a distância e introduz o visitante em espaços muito diferentes, públicos e privados, entre eles o ovalado e sereno projetado jardim de infância projetado pelo arquiteto Takaharu Tezuka, ou a bela estrutura, uma espécie de altar moderno de madeira laminada, da arquiteta canadense Alison Brooks.

Dividida em seções especiais, a exposição convida a conhecer projetos notáveis, a refletir sobre edifícios históricos famosos e a compreender a importância da docência, de experimentar, de dialogar entre disciplinas.

Sete países participam pela primeira vez da Bienal, incluindo Antígua e Barbuda, Arábia Saudita, Guatemala, Líbano, Mongólia, Paquistão e o Vaticano, com um pavilhão especial na ilha veneziana de San Jorge.

A Bienal, que se encerra em 26 de novembro, premiará com o Leão de Ouro a carreira do arquiteto e historiador Kenneth Frampton Inglês, de 88 anos, que influenciou e inspirou gerações de estudantes e arquitetos.

Desde o início da saga, em 1997, o bruxinho Harry Potter já foi personagem de sete livros, traduzidos para mais de 79 idiomas em 200 países do mundo, somando mais de 450 milhões de exemplares vendidos. Em 2001, Potter chegou aos cinemas e, desde então, já foram oito filmes que renderam cerca de US$ 7,2 bilhões, isso sem contar com o teatro e os produtos derivados da marca. Com números tão expressivos, é claro que a vida da escritora J.K. Rowling foi altamente modificada pelo fruto de sua criação. Mas ela não foi a única. Os leitores e fãs de Harry também se dizem muito impactados pelo personagem e esse foi um dos assuntos debatidos na 11ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, neste sábado (14).

Comandada pela escritora Renata Ventura, a palestra Como Harry Potter mudou minha vida, reuniu admiradores da saga na Plataforma Geek, neste penúltimo dia de Bienal. “Sempre achei que literatura mudava vidas, mas Harry Potter foi num nível…”, disse Renata. Ela contou ao público que relutou para ler os livros de Rowling por achar “muito infantil”, mas quando finalmente deu uma chance à obra, se apaixonou “na primeira linha” e o impacto foi tamanho que ela acabou se tornando escritora.

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Após a palestra, Renata falou ao LeiaJá sobre o poder deste personagem: “É a história toda. É uma história que mesmo que não tivesse magia seria poderosa de qualquer jeito. As pessoas se identificam com ele”. Ela que já lançou dois livros, A arma escarlate (2012) e A comissão chapeleira (2014), também escreve sobre o mundo da magia mas com elementos da cultura brasileira e, agora, com seus leitores, também pode ajudar a mudar vidas através de seus personagens: “Eu queria mostrar pra todo mundo tudo que tem de maravilhoso aqui no nosso país e pelo menos uma vez por semana alguém me fala que começou a gostar do Brasil por causa dos meus livros. Ainda bem que estou conseguindo”, comemorou.

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Vidas mudadas

Na plateia, e pelos corredores da Bienal, era possível ver pessoas caracterizadas como os personagens da saga Harry Potter.  A quantidade de fãs que estiveram no Pavilhão do centro de Convenções, neste sábado (14), por conta do tema do dia na Plataforma Geek ilustrava o quão forte o bruxo de J.K. Rowling é. E ele, de fato mudou algumas dessas vidas. A estudante Vitória Carvalho, de 19 anos, vestida como Gina Weasley, confessou seu “amor sem limites” pela saga: “Eu aprendi a ler com o Harry Potter”, contou. Ela ganhou o primeiro livro ainda quando não sabia ler e, por não ter alguém que o fizesse por ela, acabou aprendendo sozinha: “Eu levava o livro pra escola, ia juntando as palavrinhas e acabei aprendendo”. Hoje, ela também usa sua paixão para ganhar dinheiro fazendo cosplay para animação de festas.  

Já Jefferson Aguiar, de 21 anos, ‘mudou’ até de nome. Ele é Jheff Potter, youtuber e apaixonado pelo bruxo e suas histórias. Ele comenta sobre os ensinamentos que os livros lhe trouxeram: “O Harry Potter ele lembra que a gente não pode desistir, independente do que acontecer. Com os amigos do lado, a vida segue, foi isso que ele me ensinou”. A paixão começou ainda criança e ele, até hoje, se emociona ao ver os filmes e espera completar sua coleção de livros da saga para poder lê-los de uma vez só.

 

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Grana curta e preços altos não são desculpa para ficar longe da leitura. Pelo menos para aqueles que visitarem a 11ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, neste sábado (14) e domingo (15), últimos dias da feira. Os stands das editoras e livrarias estão repletos de promoções e ofertas bastante atrativas convidando os leitores a aumentarem o acervo pessoal nas estantes de suas casas.

Pelos corredores, o que se via eram muitas placas anunciando promoções. Publicações a R$ 10, R$ 15 e outros pacotes do tipo ‘três por R$ 25”. Os visitantes aproveitaram as oportunidades e foram às compras. O estudante Flávio Henrique aprovou as ofertas e levou pra casa livros da saga O senhor dos Anéis. Ele achou vantagem nos preços dentro da feira: “A diferença em relação às livrarias é notável”, disse. As professoras Andreia Alves e Tatiane Petulia também saíram de sacolas cheias. Andreia comprou livros de Rubem Alves, Mário Sérgio Cortella e Anne Frank: “Achei aqui por um preço bom e estou levando”. Já Tatiane ficou surpresa com as oportunidades: “Eu não esperava encontrar tanto preço bom”. Ela garantiu títulos infantis, romances e até livros de receita.

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As promoções também fizeram a alegria dos expositores. Cícero Melo viu o movimento crescer neste penúltimo dia de feira: “Esperamos fechar com chave de ouro no domingo”. Ele pretende voltar para sua cidade de origem, Fortaleza, com o estoque zerado. Mesmo desejo tem Carlos Souza, expositor de São Paulo. E, para conseguir o feito de limpar as prateleiras antes de encerrar a Bienal, ele planeja promoções de livros a R$ 5 para este domingo (15): “Vai ser queima total, para queimar o estoque”, disse.

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Teve início, nesta sexta (6), a 11ª edição da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Este ano, a feira traz o tema Literatura, democracia e liberdade e uma programação que busca contemplar os mais diferentes públicos com atividades diversas e descentralizadas. Uma mesa de abertura marcou o início da Bienal que segue até o dia 15 de outubro.

A feira já acontecia quando uma solenidade de abertura marcou, oficialmente, o início das atividades da 11° Bienal. Na cerimônia, realizada no Auditório Círculo das Ideias, estiveram presentes o Ministro da Cultura, Sérgio Sé Leitao; O prefeito de Olinda,  professor Lupércio;  o coordenador geral desta edição da bienal, Rogério Robalinho; Luis Otavio de Melo, presidente da Fundação Joaquim Nabuco; o deputado federal, Daniel Coelho e o escritor Sidney Micéas. "Gostaríamos muito de ser uma sociedade leitora e mais desenvolvedora de cultura, mas essa não é a realidade ainda. Estamos aqui pra levar adiante esse estandarte. Esta Bienal é uma plataforma de engajamento. Tragam sua família e sua criançada", disse o coordenador Rogério Robalinho.

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O ministro da cultura, Sérgio Leitão, parabenizou os organizadores do evento e elogiou a produção da Bienal: "Vocês merecem nossos parabéns e nossa homenagem, sabemos que não é fácil realizar um evento desse." O ministro destacou a grandeza da feira e sua importância tanto cultural quanto econômica: "As atividades culturais são vocações do nosso país. Poucos países do mundo têm a mesma diversidade e riqueza que o Brasil tem e essas são atividades que geram emprego e desenvolvimento social".

Até o dia 15 de outubro, o Pavilhão do Centro de Convenções recebe palestras, lançamentos de livros, painéis, debates e atividades artísticas e culturais. Também haverá uma programação descentralizada, com ações em locais como o Cinema São Luiz, a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e as unidades do Compaz no Alto Santa Terezinha e no Cordeiro. A programação completa pode ser conferida no site oficial do evento.

 

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A Prefeitura do Recife divulgou, por meio da Secretaria de Educação, que distribuiu bônus para professores e outros educadores comprarem livros durante a 11ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. O evento começa nesta sexta-feira (6), no Centro de Convenções, em Olinda.

De acordo com a gestão municipal, cada educador recebeu R$ 480, equivalendo a um investimento total superior a R$ 3 milhões. No total, a rede municipal de ensino possui 6.387 profissionais; eles receberam o bônus junto com as remunerações salariais.   

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“O benefício permanente é garantido pela Lei Municipal Nº 17.912/ 2013, sancionada pelo prefeito Geraldo Julio em outubro de 2013. O valor é pago a cada dois anos, quando acontece a bienal. Recebem o Bônus Bienal os servidores da Educação que estão no exercício de suas funções pelo menos até o mês anterior à realização do evento”, detalha a Secretaria de Educação, por meio da assessoria de imprensa.

Além dos professores, mais de 200 estudantes de seis escolas municipais visitarão o evento. Confira, a seguir, detalhes da programação completa da Bienal:

06.10 – Quinta-feira

• 17h - Plataforma de lançamento de livros

Obra: A Roseira e o Sapo

Autora: Valéria Aguiar

• 15h às 16h - Auditório Círculos das Ideias

Apresentação: Alfabetização em foco: O Projeto Alfaletrando

Palestrante: Priscila Angelina Silva da Costa Santos

09.10 – Segunda-feira

• 8h - Visitação de estudantes (E.M. Novo Mangue RPA1)

• 13h - Visitação de estudantes (E.M. Creuza de Freitas RPA4)

• 18h30min às 19h30min - Auditório Círculos das Ideias

Apresentação: Aprendizagem mediada pelas tecnologias assistivas

Palestrante: Adilza Gomes da Cunha Silva

10.10 – Terça-feira

• 8h - Visitação de estudantes (E.M. Antônio Tibúrcio RPA2)

• 13h - Visitação de estudantes (E.M. Poeta Carlos Pena Filho RPA5)

11.10 – Quarta-feira

• 8h - Visitação de estudantes (E.M. Margarida Siqueira RPA3)

• 13h - Visitação de estudantes (E.M. Poeta Paulo Bandeira RPA6)

12.10 – Quinta-feira

• 14h - Plataforma de lançamento de livros

Obra: Inclusão sem risco de excluir

Autora: Verônica de Fátima da Costa

• 16h30 - Bienalzinha - Bate Papo com o Escritor

Autora: Sandra Batista Ferreira

• 18h - Plataforma de lançamento de livros

Obra: Interdisciplinaridade: a complexidade entre o saber e o fazer pedagógico

Autora: Sandra Batista Ferreira

15.10 – Domingo

• 18h - Plataforma de lançamento de livros

Obra: Leitura em Paulo Freire e Bakhtin: palavras e mundos

Autora: Edite Marques Moura

• 19h - Plataforma de lançamento de livros

Obra: Ciclos de Aprendizagem e Inovação Pedagógica

Autora: Magali Maria de Lima Ribeiro

Nesta terça-feira (26) foi divulgada a programação da 11ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que acontece de 06 a 15 de outubro no Centro de Convenções de Pernambuco. Com o tema “Literatura, Democracia e Liberdade” essa edição será voltada à situação atual do Brasil e à diversidade cultural. “Vamos focar no povo indígena aqui de Pernambuco, (…) a cultura LGBT também vai estar presente no stand do MEC com oficina de combate ao bullying e evasão escolar”, destacou Maria do Céu, representante do Ministério da Cultura (Minc) no Nordeste. 

Este ano, o evento homenageia os escritores Fernando Monteiro (vencedor do I Prêmio Pernambuco de Literatura com o romance “O Livro de Corintha”) e Lima Barreto (in memoriam), criador de clássicos como “Triste fim de Policarpo Quaresma” e “Clara dos anjos”. Serão realizadas também, oficinas onde os visitantes poderão ouvir e falar sobre diversos temas relacionados aos livros e temas polêmicos como política, economia e participação da mulher na literatura. Outra novidade será o espaço Geek que promete trazer o universo dos quadrinhos (HQs) e stands de séries famosas como Harry Potter e Game Of Thrones. “É um universo que começou meio marginalizado e que graças a esses eventos está começando a ser reinserido”, disse Sidney Nicéas, escritor, que complementou o assunto afirmando que se tornou fã das histórias em quadrinhos através de seu filho.

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Grandes nomes nacionais estarão presentes na Bienal como o filósofo e professor Vladmir Safatle, o editor, educador e escritor Allan da Rosa, o escritor, médico e dramaturgo Ronaldo Correia de Brito, entre outros. “A nossa intenção é usar a literatura, a cultura e a educação para formar um cidadão com senso crítico neste cenário de constantes transformações que o nosso país está vivendo”, disse Rogério Robalinho, empreendedor cultural e diretor da Cia. de Eventos, responsável pela produção da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. 

A programação completa e outros nomes que irão participar do evento podem ser conferidos no site da Bienal

Confira no vídeo outros detalhes sobre a edição deste ano:

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Artistas de diferentes gerações, muitas mulheres e muitos jovens, alguns desconhecidos, outros que se aventuraram em vários continentes e culturas, são os convidados de honra da 57ª edição da Bienal de Arte de Veneza, que será inaugurada em 13 de maio.

O artista plástico brasileiro Ernesto Neto está entre os latino-americanos em destaque.

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Sob o lema "Viva Arte Viva", a diretora artística da bienal, a francesa Christine Macel (chefe de conservação do Centre Pompidou de París), convidou 120 artistas de mais de 50 países - dos quais 103 participam pela primeira vez - a narrar "seus universos" e mostrar a vitalidade do mundo em que vivemos.

Os organizadores da prestigiada manifestação de arte contemporânea, fundada em 1895, e que este ano ficará aberta até 26 de novembro, propõem nesta edição explorar e celebrar essa energia particular, positiva, emergente e inovadora que emanam os mundos dos artistas.

"Viva Arte Viva é uma exclamação, um grito cheio de paixão pela arte e pela posição do artista. Viva Arte Viva é uma bienal desenhada com os artistas, pelos artistas e para os artistas", explicou Macel à imprensa.

"O ato artístico é contemporaneamente um ato de resistência, de libertação e de generosidade", resumiu.

Entre os artistas mais conhecidos convidados pela curadora estão Sheila Hicks, Kiki Smith e o dinamarquês Olafur Eliasson, conhecido por suas imensas esculturas e instalações, que transporta todo o seu ateliê para a cidade de Marco Polo.

A geração de 69, ano de nascimento de Christine Macel, é particularmente bem representado, com artistas como Kader Attia e Philippe Parreno, que representam hoje mais do que nunca a busca do diálogo com o presente, com a realidade, o meio ambiente e a autoridade.

O evento veneziano que este ano se celebra simultaneamente com a 14ª edição do Documenta, na Grécia e na Alemanha, é uma viagem na arte contemporânea, subdividido em nove capítulos e como em um livro, narra os medos e delícias, as dores e utopias, a tradição e o novo através de várias visões de artistas, muitos provenientes de América Latina, Orientes Médio e Extremo, Leste Europeu e Rússia.

Além de Neto, outros latino-americanos em destaque são a argentina Lilian Porter, o mexicano Gabriel Orozco, o chileno Juan Downey (já falecido), a cubana Zilia Sánchez e o colombiano Marcos Avila-Forero.

O artista, xamã na era da internet

Nos sugestivos e enormes espaços do Arsenale e no pavilhão central, no setor Jardins, os artistas da era da internet são indefiníveis, embora contem com a mesma capacidade e maturidade técnica.

Além da exposição de arte contemporânea com direção de Macel, 85 pavilhões dos países participantes, com seu curador próprio, completam a visão internacional e pluralista do renomado evento.

A Austrália apresentará a primeira exposição de um artista aborígine, Tracy Moffatt, a França participará com um original pavilhão "acústico" com aplicativo próprio na internet que pode ser acompanhado ao vivo e a Itália convidou artistas a se apropriarem do "mundo mágico" para construir, como um xamã, um mundo paralelo que permita compreender o próprio.

Espanha (Jordi Colomer, 1962), Portugal (José Pedro Croft, 1957), Chile (Bernardo Oyarzún, 1963), México (Carlos Amorales, 1970) e Argentina (Claudia Fontes, 1964) selecionaram artistas que representam o hino à vida, à alegria da arte, com o qual esta bienal quer entrar para a história.

"Conscientes de que atualmente estamos vivendo na era da ansiedade, a bienal escolheu Christine Macel como comissária comprometida para insistir no papel importante que os artistas desempenham na invenção de seus próprios universos e na generosa injeção de vitalidade que dão no mundo em que vivemos", resumiu Paolo Baratta, presidente da Bienal.

Como ocorre a cada dois anos, a sugestiva cidade de Marco Polo será invadida por uma série de eventos paralelos, todos organizados por instituições reconhecidas e oficiais, que se inspiram ao seu modo também no lema da bienal, uma homenagem às emoções e às reflexões que o artista suscita tanto no visitante como no criador.

A Bienal premiará com o Leão de Ouro a carreira de um ícone do feminismo dos anos 1970 e da body-art, a artista visual americana Carolee Schneemann, famosa por usar seu próprio corpo como material para suas performances e provocações sobre a sexualidade.

A nova edição busca integrar, também, um número maior de mulheres artistas e oferece visibilidade às propostas de países que participam pela primeira vez: Antigua e Barbuda, Kiribati, Nigéria e Cazaquistão.

Até o dia 4 de setembro, período que está sendo realizada a 24ª edição da Bienal Internacional do Livro em São Paulo, as escritoras Mariane Bigio, Lenice Gomes e Susana Morais participam do evento para divulgar e lançar a Literatura de Cordel Infantil, do Estado de Pernambuco. Para o evento, Mariane Bigio divulga lança ‘O baú de Surpresas’, da Editora IMPEH (Ceará), seu quarto livro infantil, seguindo a estética do cordel. 

No Recife, o trabalho será lançado no dia 24 de setembro. As três escritoras pernambucanas aguardam o público da Bienal no espaço ‘Cordel e Repente’, organizado pela Câmara Cearense do Livro em parceria com Câmara Brasileira do Livro.

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No dia 2 de setembro, o pernambucano Carlos Melo, de apenas 21 anos, lançará o livro Aaron Fischer e a prova dos elementos, na 24ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. A obra, que faz uma mistura de Game of Thrones e Harry Potter, une magia, batalhas, deuses e um grande herói adolescente, que prometem agradar os jovens.

O jovem escritor vai estar nos estandes Pernambuco Continente Imaginário e no da editora Novo Século. O projeto do autor, que já está trabalhando no segundo exemplar da série, é traduzir a obra para o inglês e enviá-la para editoras estrangeiras. Segundo Calos, os personagens tiveram inspiração dos super-heróis Percy Jackson, Harry Potter e Game of Thrones. Ele também é fã de Star Wars, Senhor dos Anéis e X Men.

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Serviço

Lançamento do livro “Aaron Fischer e a prova dos elementos”

Autor: Carlos Melo

Bienal do Livro de São Paulo (Pavilhão do Anhembi - Avenida Olavo Fontoura, em São Paulo)

2 de setembro | 16h Estande Pernambuco Continente Imaginário e  18h: Estande Editora Novo Século

O escritor e professor Rodrigo Bezerra lança, na X Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, o livro Onde o Sol Nasce Primeiro. A obra propõe uma discussão acerca do papel da religião no processo de socialização dos indivíduos. O lançamento será no dia 11 de outubro, às 15h, no estande da Editora. 

Bienal do Livro contempla leitores de todas as idades

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Luzilá, Ascenso e Miró homenageados pela Bienal do Livro

Onde o Sol Nasce Primeiro é um romance/ficção que narra a história de um grupo de pessoas vivendo em um determinado local do planeta onde acredita-se que o apocalipse já aconteceu. As pessoas deste lugar carregam a missão de reconstruir o mundo com princípios de harmonia e paz.  O líder deste grupo diz ter contato com Deus e repassa aos demais as ordens divinas. Uma delas é mandar um dos membros da comunidade para ir morar no céu de tempos em tempos. Um desses escolhidos, que é colcoado numa jangada lançada ao mar, encontra uma mulher estranha desacordada na praia e a leva para a comunidade. A partir daí, a desconhecida passa a colocar em prova todas as verdades sobre aquela gente. 

Rodrigo Bezerra é escritor e professor das disciplinas de história, geografia, filosofia e sociologia das Redes Estadual de Ensino de Pernambuco e Municipal do Recife. O autor começou a escrever desde cedo inspirado nos autores clássicos da literatura brasileira e, agora, aventura-se em sua primeira publicação.

A Bienal está sendo realizada até 12 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco. O endereço é Avenida Professor Andrade Bezerra, sem número, no bairro de Salgadinho, em Olinda.

A prefeitura do Recife anunciou por meio nota nesta quarta-feira (29) que o Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN) não será realizado em 2014. Segundo a nota, o evento só volta a acontecer em 2015 e, a partir daí, será bienal. A prefeitura afirma ainda que o FRTN acontecerá em anos alternado ao Festival Internacional de Dança do Recife, que também passará a ser realizado de dois em dois anos, tendo a próxima edição apenas em 2016.

A Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife consideram que a mudança no calendário dos festivais possibilitarão "um planejamento adequado a estas iniciativas", já que "são também festivais que requerem volumes maiores de recursos da pasta e que precisam ser ajustados às demandas dos respectivos segmentos, garantindo investimento significativo para a produção do Teatro e da Dança na capital pernambucana."

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A nota afirma que, neste mês de novembro, representantes do setor de teatro e do Conselho Municipal de Política Cultural serão convidados para discutir "os fundamentos e objetivos que devem nortear o FRTN".

Prêmio e reforma do Teatro do Parque

No mesmo comunicado, a Secretaria e a Fundação de Cultura anuncia a volta do Prêmio de Fomento às Artes Cênicas, sem edital desde 2010. O objetivo é financiar a realização de 9 projetos, 3 de Teatro, 3 de Dança e 3 de Circo. O edital deve ser lançado até dezembro deste ano.

A nota oficial também fala da reforma do Teatro do Parque, fechado há 4 anos. A previsão é que a assinatura da ordem de serviço da reforma ocorra em novembro deste ano. A obra deve durar 24 meses, o que confirma a informação dada em primeira mão pelo LeiaJá, de que o Parque, ao contrário das repetidas promessas do poder público, não será inaugurado na ocasião do seu centenário de inauguração, que acontece em agosto de 2015.

Leia a nota na íntegra:

"A partir deste ano o Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR) e o Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN), ambos promovidos pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura (Secult) e da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), passam a ser bienais, em caráter de alternância. Desta maneira, em 2014 será realizada a 19ª edição do Festival dedicado à dança, em 2015 será a vez da 17ª edição do Festival do Teatro, e assim sucessivamente.

A decisão foi tomada pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife no intuito de possibilitar um planejamento adequado a estas iniciativas, uma vez que a gestão reconhece o importante papel que estas ações cumprem na formação dos realizadores das artes cênicas, no intercâmbio entre diferentes expressões artísticas e ainda na formação de plateia. Contudo, são também Festivais que requerem volumes maiores de recursos da pasta e que precisam ser ajustados às demandas dos respectivos segmentos, garantindo investimento significativo para a produção do Teatro e da Dança na capital pernambucana.

Ainda no mês de novembro os representantes do setor do Teatro, produtores, atores, representantes do Conselho Municipal de Política Cultural e sociedade como um todo serão convidados para discutir os fundamentos e objetivos que devem nortear o FRTN, pensando não só naqueles que fazem e apreciam o teatro, mas também nos recifenses e visitantes da cidade.

OUTRAS AÇÕES - Para dar suporte e fomentar a cadeia produtiva cultural da cidade do Recife, a Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife estão elaborando o edital do Prêmio de Fomento às Artes Cênicas 2014/2015, que terá por objetivo promover a montagem de novos espetáculos da produção recifense de Teatro, Dança e Circo, contribuindo com o desenvolvimento da produção cultural e com a diversidade da programação da cidade. O edital, que não é realizado desde 2010, irá contemplar nove projetos, sendo três de cada linguagem artística, e deverá ser lançado até o mês de dezembro.

Além disto, a Secretaria de Cultura vem desenvolvendo ações para que o Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo Hermilo se estabeleça, de fato, como um espaço para estudo e aprimoramento dos profissionais do Teatro, da Dança, do Circo e da Ópera. Atualmente, está sendo elaborado o Programa de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas, que deve atender às necessidades introdutórias para iniciantes nas linguagens artísticas e também contribuir para a formação daqueles que desejam ampliar seus conhecimentos. Outro projeto que vai aprimorar as atividades dos artistas locais é o Espaço de Criação. 

Como aconteceu neste ano de 2014, em 2015 os dois teatros, Apolo e Hermilo,  serão cedidos, por três meses, para companhias de teatro e dança realizarem suas montagens. Projetos como Palavra da Sombra, de Anamaria Sobral Costa ( que estreou no Teatro Santa Isabel e esta indo para São Paulo  cumprir temporada); Rei Lear, da Remo Produções (que estreou com pequena temporada no Rio de Janeiro e entrará em temporada agora em novembro no Teatro Apolo); e também o espetáculo Três mulheres e um bordado de sol, da Compassos Cia de Dança realizaram suas respectivas atividades. Nos primeiros meses de 2015 deve ser divulgada a convocatória que fará a seleção das propostas de ocupação dos espaços. Cada grupo terá 4 horas por dia, de segunda a quinta-feira, para trabalho, além de contar com apoio técnico de luz e som duas vezes por mês.

Também no quesito de recuperação de equipamentos, o Teatro do Parque, vai receber obras de reforma e restauro, de acordo com a licitação divulgada no dia 16 de agosto, com a publicação no Diário Oficial do Município. A previsão é de que a ordem de serviço da reforma seja assinada em novembro de 2014 e que a obra tenha duração de 24 meses." 

 

 

 

A nona Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) será realizada de 26 de janeiro a 1º fevereiro de 2015, no Rio de Janeiro. Segundo a organização do evento, são esperados mais de 10 mil estudantes de todas as partes do país para celebrar a diversidade cultural produzida dentro e fora das universidades brasileiras. O encontro abordará o tema “Vozes do Brasil” e faz um convite à reflexão sobre a linguagem no Brasil, a variabilidade linguística e seus diferentes registros, bem como a relação da fala e da escrita com os diferentes lugares sociais de um país ainda marcado por fortes desigualdades.

“As bienais da UNE sempre se debruçaram sobre a investigação da formação cultural e da identidade do povo brasileiro. Dessa vez, vamos mergulhar nessa discussão através da nossa língua, além de fazermos um grande chamado ao que há de novo na produção cultural e artística que ocorre nas universidades e ruas do nosso país”, destaca a diretora de Cultura da UNE, Patrícia de Matos, segundo informações da assessoria de imprensa.

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A Bienal é aberta a qualquer estudante. A inscrição para os participantes que querem fazer oficinas, ir aos shows e participar dos debates e outras atividades tem o valor de R$60. O prazo da inscrição é de 1º de novembro de 2014 a 18 de janeiro de 2015. Já para os estudantes que vão participar por meio da inscrição de trabalhos na mostra selecionada, a taxa é de R$10. As áreas que receberão trabalhos são: música, artes visuais, literatura, audiovisual, artes cênicas, ciência e tecnologia e projetos de extensão.

As inscrições devem ser feitas pelo site da UNE e, em breve, diretamente no hotsite do evento. Para obter mais informações, os estudantes pode contatar os organizadores do evento através do endereço eletrônico contatobienal@une.org.br

A candidata à Presidência pela coligação Unidos Pelo Brasil, Marina Silva, visitou nesta segunda-feira (25) a 23ª Bienal do Livro de São Paulo. A socialista chegou a feira muito assediada pelos eleitores e acompanhada pelo candidato a vice na chapa, Beto Albuquerque. Na chegada ao local, ela recebeu uma carta da Câmara Brasileira de Livros pedindo atenção para iniciativas que incentivem a leitura.

Durante a visita, Marina conversou com jovens e adolescentes estudantes e afirmou que a educação será prioridade de governo, caso seja eleita. “Nós queremos dar foco à educação qualidade para que as pessoas sejam capazes de acessar ocupações que melhorem suas vidas e, principalmente, para formarmos cidadãos de acordo com as necessidades do nosso País”, ressaltou a candidata socialista.

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Marina ressaltou que defende a escola em tempo integral e a valorização da leitura como forma de complementação na formação, para isso, ela afirmou que vai valorizar as bibliotecas e espaços públicos que tenham esse fim. A candidata também afirmou que para uma melhoria na educação, é necessário um investimento grande do país, mas que já foi aprovada uma lei no Congresso que destina 10% do PIB – Produto Interno Bruto – para área. “O que nós vamos fazer é assumir o compromisso de antecipar para quatro anos a metas para o ensino integral, que estavam previstas para oito anos”, garantiu Marina.

 

Quem quiser garantir a entrada na Bienal do Livro de São Paulo com antecedência, já pode comprar os ingressos para o evento pela internet e também na bilheteria do Citibank Hall, na zona sul da capital paulista. Os bilhetes custam R$ 14 (para os fins de semana) e R$ 12 (dias de semana), com direito à meia entrada.

Os pontos de venda oficiais são o site da empresa Tickets For Fun e a bilheteria do Citibank Hall (Avenida das Nações Unidas, 17955, São Paulo). Têm direito à meia-entrada estudantes, comerciários do Sesc e usuários de aparelhos celulares da marca Samsung, patrocinadora do evento.

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Entre os nomes confirmados pela Bienal, estão autores bestsellers como Ken Follet, Cassandra Clare e Harlan Coben. A extensa programação dos nove dias - entre 22 e 31 de agosto - está disponível no site oficial, e tem a diversidade necessária para um evento desse porte. Há encontros com os bestsellers citados e outros, mas há também uma mesa que reúne, por exemplo, o crítico e escritor brasileiro Silviano Santiago com o crítico literário alemão Hans Ulrich Gumbrecht, para discutir o poder da crítica na contemporaneidade.

A curadoria da Bienal é feita pelo Sesc. Algumas novidades estão previstas para este ano: a promessa é que a infraestrutura seja melhor do que no ano passado, e um ônibus gratuito deve partir também da estação Santana do Metrô (além do tradicional, que sai da estação Portuguesa-Tietê). O Vale-Cultura será aceito para aquisição de ingressos e livros.

Ao contrário do usual, a Bienal de São Paulo do escocês Charles Esche e seu time de seis curadores que atuam de forma igualitária e sem hierarquias, não ocupará linearmente o prédio de Oscar Niemeyer com obras ou artistas separados por paredes divisórias. O projeto do curador-arquiteto Oren Sagiv propõe a compartimentação do espaço em três áreas, como se fossem três diferentes exposições ou experiências, que estão sendo moldadas de acordo com as obras ou projetos ainda em processo de execução por artistas pelo Brasil e mundo a fora. A abertura do evento acontece a 6 de setembro.

A ideia é que os visitantes fiquem menos cansados, mais orientados e que haja uma maior intimidade entre o público e a história contada em cada projeto. Segundo Esche, é como dividir um livro em capítulos. E, de acordo com a curadora israelense Galit Eilat, que tem todos os gráficos arquitetônicos em seu laptop e é quem está todo o tempo ligada eletronicamente com os artistas, as áreas próximas à rampa, nos três andares, formará um espaço independente e haverá obras ocupando verticalmente os três andares. Algumas paredes ganharão cores, tudo em sintonia e harmonia com os artistas. As próprias paredes e os trabalhos, de forma orgânica e tranquila, deverão indicar ao visitante o caminho a seguir e facilitarão a observação das obras.

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Também ao contrário do usual, o grupo de curadores não despacha todos os dias nos escritórios do prédio da Bienal. Depois de terem viajado o Brasil de norte a sul, de terem descoberto artistas desconhecidos através de encontros e conversas organizadas em cada estado, e sem recorrer a galerias estabelecidas, o time pode se reunir na Casa do Povo, uma escola fundada por judeus no Bom Retiro, na casa alugada onde três deles se hospedam, no Sumaré, em parques onde podem "sentir" a cidade ou num prédio da Faap no centro, próximo a Praça do Patriarca onde alguns artistas fazem residência.

Partindo da constatação de que o mapa das artes mudou totalmente em eras pós globalizadas, que não são Paris ou Nova York que ditam a arte para o mundo, mas que a criatividade e a imaginação podem estar em lugares como África, Indonésia, Líbano, Egito ou outros tantos, Charles Esche é da opinião que as Bienais, para sobreviver, têm de inventar uma nova razão de viver.

Não é preciso se preocupar em mostrar o melhor do mundo. São hoje, a seu ver, apenas uma ferramenta para contar uma história, mostrar a temperatura do momento e a diversidade de linguagem entre os artistas. Têm de ser um retrato do contemporâneo e não podem olhar para trás. E os artistas, não importa de que canto do mundo venham, têm de mostrar como lidam com tópicos ligados ao ambiente em que vivem. Esche acredita também que a arte, embora não seja política, pode ter uma influência positiva sobre a política, provocando a imaginação, fazendo com que tanto a direita como a esquerda se emancipem, possam fazer algo novo e deixem de se apegar ao passado. "A arte deve refletir a ideia de um momento de transformação no mundo."

O trabalho da pernambucana Ana Lira, entre alguns dos nomes anunciados em primeira mão pela reportagem, como os dos brasileiros Marta Neves e Eder Oliveira, dos libaneses Walid Raad, Tony Chakar e da egípcia Anna Boghngian, discorrerá sobre a fugacidade da política. Seu trabalho constará de uma série de fotografias de cartazes com o rosto de políticos espalhados pelas ruas do Recife, alguns desbotados pelo sol, outros grafitados ou com os olhos arrancados em interferências feitas por passantes. Impressas em material transparente, as fotografias de Ana Lira mostram como tudo é mutável e pode desaparecer na paisagem urbana, estarão expostas em paredes também transparentes. Para Esche, uma arte como essa, trabalhada em cima de acontecimentos, e a fotografia sendo usada para fazer arqueologia, pode conceitualmente colocar os políticos em seus devidos lugares.

O trabalhos da egípcia Anna Bognghian, descoberta por Galit Eilat numa viagem a Cartagena, giram em torno da vida dos ribeirinhos às margens dos grandes rios e sua relação com a vida em metrópoles como Cairo, Nova Délhi e São Paulo.

Atualmente excursionando e registrando através de desenhos pelo Rio Amazonas, Anna já fez o Nilo, no Egito, e o Ganges, na Índia. Para falar de democracia, a artista usa como metáfora a colmeia das abelhas onde a abelha rainha impõe um sistema monárquico.

Já o libanês Walid Raad faz um questionamento em cima da arte no mundo árabe, onde, à base do dinheiro, estão sendo criadas coleções milionárias e grandes fundos de pensão voltados para a arte. Estaria sendo criada na região, em torno desse fenômeno, uma tessitura entre o real e o fictício, e sendo imposta uma história onde ela não existe. Raad cria objetos com forte impacto visual que podem ser considerados pinturas e que usam a proporção e a sombra como elementos de apoio.

Já é possível adiantar que os 70 projetos que vão compor a Bienal abrigarão 250 obras, entre pinturas, desenhos, objetos ou vídeos, de 100 artistas de diferentes gerações, alguns deles trabalhando em conjunto. Dos 50% dos trabalhos feitos especialmente para a Bienal, 25% são de brasileiros e estão em fase de execução, o que aumenta o clima de expectativa e surpresa até mesmo para os curadores. A ideia é compor a Bienal com artistas menos atrelados ao sistema monetário. As diferentes proveniências dos artistas brasileiros devem aportar para a Bienal uma narrativa nacional, talvez desconhecida até dos brasileiros.

De boa paz com o mundo, o escocês Charles Esche, que torce pelo "sim" no referendo marcado para setembro próximo que decidirá sobre a independência de seu país do Reino Unido, "pois é preciso acabar com essa coisa de império britânico", tenta não ultrapassar os limites do orçamento de que dispõe a Bienal. À vontade no Brasil e desde sempre um amante do futebol, anda à cata de entradas para os jogos da Copa. Pergunto se o curador contemporâneo não seria de certo modo também um artista. Sua resposta é não. Nem apenas um mero organizador. Seria uma pessoa que atua entre o público e o artista para manter a discussão sobre o papel social da arte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Não temos um tema, mas um título, e decidimos ir atrás de trabalhos e experiências sobre a nossa condição no mundo, de conflito", afirma o escocês Charles Esche, curador da 31.ª Bienal de São Paulo, prevista para ser inaugurada em 6 de setembro. O cartaz da edição, com desenho do artista indiano Prabhakar Pachpute, diz em português e inglês a sentença: "Como falar de coisas que não existem" - e o verbo da frase, frisa a equipe curatorial da mostra, vai ser mudado ao longo do ano, transformando o título em algo dinâmico. "Acho que podemos dizer que a arte nos dá capacidade para a imaginação, nos permite imaginar situações, o que nos faz sentir contemporâneos", completa Esche.

Para a exposição brasileira, a segunda bienal mais importante do mundo - ficando atrás da "mãe" das bienais, a de Veneza -, Charles Esche indica algumas rupturas naturais, parte do que significa ser contemporâneo. A mostra, com orçamento de R$ 24 milhões, terá entre 75 e 80 projetos - e não obras específicas, já que a maioria dos artistas convidados trabalha em grupo (a lista não está fechada, mas a maior parte dos participantes será de brasileiros, diz Esche).

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Não veremos também o "olhar retrospectivo" para o modernismo nesta edição. "É a primeira Bienal de São Paulo que está sendo feita depois que Niemeyer não está mais nesse planeta. E isso é simbólico. Ele morreu, como o modernismo", afirma o escocês, que ganhou, na semana passada, o prêmio Audrey Irmas por Excelência Curatorial, do Center for Curatorial Studies do Bard College de Nova York. "Há muitos artistas na Europa, ou mesmo no Brasil, que ficam cavando os arquivos para ver se conseguem encontrar uma pequena joia, ou um fato obscuro, que mostre como o modernismo é incrível. É como dizer que não temos futuro. Sinto a arte estagnada nesse tipo de pensamento, é entediante", afirma Esche. "Nossa vontade de fazer essa ruptura se dá porque o próprio mundo fez essa ruptura, o mundo mudou."

A menção feita pelo curador a Oscar Niemeyer não é fortuita - a Bienal de São Paulo tem como casa o monumental edifício da década de 1950 projetado pelo arquiteto no Parque do Ibirapuera. O pavilhão da Bienal vai se transformar em "espaço para imaginação coletiva" durante o período expositivo, entre 6 de setembro e 9 de dezembro. "Pense na exposição como um espaço para se imaginar junto, e por isso a mostra não vai se espalhar pela cidade", diz a israelense Galit Eilat, que integra a equipe curatorial da 31.ª Bienal ao lado dos espanhóis Nuria Enguita Mayo e Pablo Lafuente e do arquiteto Oren Sagiv, que, também natural de Israel, é responsável pelo projeto arquitetônico da edição do evento.

Colapso

"A arte é apenas decoração para 1% do mundo ou outra coisa?", pergunta Charles Esche. Autor do livro Art and Social Change: A Critical Reader (Afterall/Tate Publishing) - sobre arte e mudanças sociais -, diretor do museu Van Abbe de Eindhoven, na Holanda (do qual está afastado este ano), e curador com experiência nas Bienais de Riwaq, na Palestina, de Istambul, na Turquia, e de Gwangju, na Coréia do Sul, Esche afirma que a mostra terá artistas de várias partes do mundo, mas com menos ênfase nos dos Estados Unidos ou do Norte da Europa: "Eles já têm muitas oportunidades". Outra característica do processo curatorial é a realização de encontros abertos com a comunidade artística de cidades como Recife, Belém, Salvador, Brasília e Belo Horizonte.

Algumas questões vêm à tona na era dos conflitos e de ondas de protestos em todo o mundo, segundo Esche. "Existe muita coletividade, colaboração hoje no mundo, é isso se dá através da internet", explica Esche. "Nesse momento, existe um equilíbrio entre dois pensamentos: o de que nada poderá ser mudado, e igualmente, do outro lado, de que as coisas não podem continar como são, têm de mudar."

A equipe curatorial apresentou ao Estado como exemplo de trabalho para a 31.ª Bienal o projeto do artista israelense Yochai Avrahami (1970), que vai ao Museu do Escravo, em Belo Horizonte, para iniciar sua pesquisa.

"Um dos sintomas do momento contemporâneo é o colapso do modo de representar a democracia, sonhos e aspirações, como vimos com as pessoas indo às ruas aqui, em Istambul, ou antes em Nova York ou Madri", diz Galit Eliat.

"Yochai está trabalhando sobre a representação e narrativas, olhando museus que são memoriais, que tratam de catástrofes e tentam apresentar o sofrimento humano, mas que são vozes de quem, afinal?", pergunta a curadora. Já o desenho do artista Prabhakar Pachpute (1986) para o cartaz da mostra é uma torre carregada por homens em seu interior, como os trabalhadores das minas de "ouro negro" de sua região natal na Índia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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