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Refém da crise enfrentada pela norte-americana Boeing, a Gol precisou improvisar e alugar aeronaves para fazer frente à demanda de assentos do início do ano. Temendo prejuízos em julho, a empresa conta com uma solução para o imbróglio envolvendo o 737 Max até março e espera operar o modelo já em abril para se preparar para a alta temporada. A aeronave foi suspensa desde meados do ano passado após dois acidentes graves deixarem centenas de vítimas.

"Durante a baixa temporada, de fevereiro até junho, o Max não faz diferença para a gente. Julho é a grande questão", disse o vice-presidente de operações da Gol, Celso Ferrer, durante reunião com analistas e investidores, nesta quinta-feira, em São Paulo.

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Ferrer destacou o intervalo de dois meses entre abril e julho para definir as medidas que a empresa vai adotar para o período de alta temporada. "Se tivermos um atraso adicional, teremos de construir um crescimento de capacidade para julho", disse.

O evento da Gol contou com a presença do diretor regional de marketing de produtos da Boeing, Jeffrey Haber. Ele apontou o primeiro trimestre deste ano como uma boa meta para liberar a aeronave. "Há riscos, claro". O retorno das operações do avião tem sido um tema delicado. O modelo tem passado por uma série de revisões após determinação de órgãos reguladores em todo o mundo. A decolagem, entretanto, tem sido constantemente postergada.

A Boeing está negociando indenizações com as aéreas. Executivos da Gol disseram estar trabalhando para receber "uma compensação financeira muito em breve".

A brasileira não deve ser comprometida pela paralisação da produção do 737 pela Boeing, isso porque 16 das aeronaves programadas para serem entregues neste ano já estão prontas nos Estados Unidos. Atualmente, a empresa tem 7 unidades do 737 Max na sua frota, número que deve chegar a 58 em 2023. A estimativa é uma frota total de 140 aeronaves em 2020 e 151 em 2023 - contando também o modelo Boeing 737 NG.

Antes de voar, a Boeing aconselhou as empresas a treinarem os pilotos em simuladores. Segundo a Gol, eles estão trabalhando com a norte-americana para não ter atrasos adicionais com o treinamento após a liberação.

O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, destacou que 2019 foi um ano de muitas surpresas para o setor aéreo. "Construímos esse mecanismo para enfrentar a volatilidade do Brasil sem imaginar que teríamos de lidar com o Max", afirmou. Apontando também questões envolvendo a Avianca, o executivo disse que o setor está enfrentando um dos períodos mais desafiadores. "Nós estávamos transportando de graça, literalmente, vários passageiros da Avianca".

Parceria

Kakinoff fez sinalizações positivas para a sinergia das possíveis novas parcerias da Gol após o término da aliança com a Delta. O grupo tem conversado com a United Airlines e American Airlines. "O que estamos olhando agora com as americanas é possibilidade de expandir os número de assentos", afirmou. O executivo destacou que não está no radar a venda de participação da Gol, mas ponderou que tal decisão cabe aos controladores.

O executivo afirmou que as empresas em negociação estão melhor posicionadas em hubs importantes para o Brasil, como Miami e Nova York. "Em um curto período de tempo teremos como comunicar novidades positivas sobre nossa parceria com essas duas novas empresas", acrescentou.

Já Lark, CFO da Gol, fez sinalizações bastante favoráveis para a economia. "O Brasil está de volta. Ponto". De acordo com o executivo, a Gol "está em uma posição favorável para tirar proveito dessa recuperação".

O Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines que caiu nesta quarta-feira (8) perto de Teerã, minutos depois de decolar do principal aeroporto da capital do Irã, tinha 176 pessoas a bordo, incluindo 82 iranianos. Não houve sobreviventes no acidente.

Os passageiros incluíam ainda 63 canadenses, 10 suecos, quatro afegãos, três alemães, três britânicos e dois ucranianos. Já a tripulação era composta por nove ucranianos.

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A queda do avião, com três anos de uso e que tinha Kiev como destino, veio horas depois de o Irã lançar um ataque com mísseis contra bases utilizadas por tropas americanas no Iraque. Autoridades ucranianas e iranianas, contudo, dizem suspeitar que o acidente foi causado por problemas mecânicos. Fonte: Associated Press.

A Boeing Co. está considerando aumentar seu volume de dívidas como forma de reforçar o caixa da empresa, prejudicado após a crise envolvendo o 737 Max, de acordo com fontes ouvidas pela Dow Jones Newswires. Às 08h41 (de Brasília), as ações da empresa caíam 1,13% no pré-mercado de Nova York.

A companhia enfrenta pedidos de indenização após dois acidentes fatais em voos do modelo 737 Max, cuja produção foi suspensa. No final de dezembro de 2018, a gigante do setor aéreo demitiu o antigo CEO Dennis Muilenburg, também por conta da crise de imagem desencadeada pelos acidentes.

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Analistas esperam que a Boeing levante até US$ 5 bilhões em dívidas adicionais, para ajudar a cobrir despesas que podem chegar a até US$ 15 bilhões no primeiro semestre deste ano. A empresa ainda planeja gastar US$ 4 bilhões na aquisição de participação de 80% da Embraer SA, fabricante brasileira de aviões, bem como precisa pagar parte da dívida existente e financiar dividendos para os acionistas.

Fontes dizem, ainda, que autoridades dos Estados Unidos consideram exigir treinamentos adicionais obrigatórios para pilotos americanos que possam vir a operar o modelo 737 Max.

O grupo aeronáutico Boeing admitiu nesta quinta-feira (31) que fissuras estruturais obrigaram a empresa a interromper o uso de até 50 aviões do modelo 737NG, após uma inspeção realizada a nível global.

Um porta-voz da Boeing declarou à AFP que quase 1.000 aviões já foram submetidos a uma inspeção e que em menos de 5% deles - o equivalente a 50 aeronaves - foram detectadas falhas. Os aviões não podem voar até que aconteçam os reparos correspondentes.

A companhia aérea australiana Qantas anunciou que um de seus aviões Boeing 737 NG permaneceria em terra por uma fissura estrutural e que 32 aeronaves devem passar por uma inspeção. A Coreia do Sul citou nove aviões fora de circulação, cinco deles pertencentes a Korean Air.

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos anunciou no início do mês que ordenou uma inspeção de vários Boeing 737 NG, o antecessor do 737 MAX, depois que foram detectadas "fissuras estruturais" em uma aeronave na China.

No início de outubro, a Boeing indicou que descobriu fissuras no "pickle fork" (literalmente "garfo de picles" por sua forma), um sistema de acoplamento que permite manter unidas as asas à fuselagem.

A imobilização das aeronaves se une a outros problemas de segurança da Boeing.

Nos últimos meses, dois acidentes do modelo 737 MAX provocaram as mortes de 346 pessoas na Indonésia e Etiópia a deixaram evidentes as falhas no programa MCAS, que deveria impedir a queda do avião em caso de perda de velocidade.

Os aviões 737 MAX não são utilizados há sete meses.

A FAA ordenou a inspeção dos 737 NG que superaram 30.000 voos, mas a Qantas indicou nesta quinta-feira que detectou fissuras em aviões com menos de 27.000 voos.

O anúncio da Qantas provoca o temor de fissuras em aviões mais novos, o que exige que toda a frota de 737 permaneça em terra.

"Estas aeronaves deveriam permanecer imobilizadas por segurança até o fim das inspeções", declarou Steve Purvinas, representante do sindicato de engenheiro, em um comunicado.

A Qantas considerou o pedido para não utilizar toda sua frota de 737 "totalmente irresponsável".

"Apenas utilizamos os aviões quando apresentam todas as garantias de segurança", declarou Chris Snook, diretor de engenharia da Qantas.

"A presença de uma fissura não compromete automaticamente a segurança do avião", completou.

Um piloto sênior da Boeing levantou preocupações sobre o sistema de controle de voo do 737 MAX há três anos, mas a empresa não alertou os órgãos reguladores federais de transporte até 2019, de acordo com a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês).

Em uma troca de mensagens instantâneas em 2016, Mark Forkner, então piloto técnico chefe da Boeing para o MAX, e um colega chamado Patrik Gustavsson pareciam discutir as modificações do sistema de controle de voo da fabricante de aviões, conhecido como MCAS. Os pilotos compararam notas sobre os problemas encontrados nos simuladores de voo 737 MAX, de acordo com uma transcrição das mensagens revisadas pelo The Wall Street Journal, e Forkner descreveu alguns dos comportamentos simulados do MAX como "graves".

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Aparentemente, referindo-se a mudanças no sistema, Forkner escreveu: "Então eu basicamente menti para os reguladores (sem saber)." Na época, os reguladores da FAA estavam no processo de certificar o 737 MAX como seguro para transportar passageiros. "Não era mentira, ninguém nos disse que era esse o caso", respondeu Gustavsson.

Troca de mensagens

De acordo com uma carta enviada pelo diretor da FAA para a Boeing na sexta-feira, 18, a fabricante de aviões descobriu as mensagens em fevereiro deste ano, meses depois que um Lion Air 737 MAX caiu na Indonésia e cerca de um mês antes de outro jato operado pela Ethiopian Airlines cair, matando todos a bordo. Mas a carta de Dickson disse que a Boeing não revelou a existência das mensagens à FAA até esta semana e exigiu que a fabricante de aviões fornecesse uma explicação imediata para o atraso. O diálogo sugere que os pilotos da Boeing podem ter encontrado alguns dos problemas que eventualmente levaram aos dois acidentes, que juntos tiraram 346 vidas. O MCAS foi implicado em ambas as falhas.

Várias empresas aéreas pelo mundo suspenderam a operação desta aeronave.

"Se você ler a troca de mensagens inteira, é óbvio que não houve 'mentira' e que o programa do simulador não estava funcionando corretamente", disse David Gerger, advogado de Forkner. " Com base no que lhe foi dito, Mark pensou que o avião estava seguro e o simulador seria consertado."

As mensagens, juntamente com perguntas sobre por que não foram compartilhadas anteriormente com a FAA ou com os investigadores do Congresso, intensificam o escrutínio sobre a cultura de gerenciamento e segurança da Boeing.

A Boeing disse que presidente da empresa, Dennis Muilenburg, ligou para o chefe da FAA na sexta-feira para responder às preocupações levantadas em sua carta e que a empresa continuará colaborando com a investigação do Congresso dos EUA. Um porta-voz da Boeing disse que a empresa não acreditava que era apropriado compartilhar o documento com a FAA.

Tragédia no ar

346 foi o total de mortos em dois desastres aéreos em um período de cinco meses envolvendo o modelo 737 MAX da companhia aérea americana. O primeiro acidente ocorreu na Indonésia e o segundo em Adis Abeba, ambos logo após a decolagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma inspeção mundial urgente a todas as aeronaves Boeing 737 NG feita a pedido da agência reguladora americana encontrou rachaduras em 36 aeronaves, inclusive em 11 aviões da Gol Linhas Aéreas.

A Agência de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) recomendou uma inspeção mundial urgente nos modelos Boeing 737 NG. A inspeção detectou rachaduras na estrutura primária que ajuda a fixar a asa na fuselagem em onze aviões da companhia Gol, que suspendeu os voos e declarou que as aeronaves ficarão em terra até que a manutenção seja realizada.

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"A companhia retirou de operação as aeronaves nas quais foram encontrados indícios da necessidade de substituição de um componente especifico, cujas características se apresentaram fora dos padrões estabelecidos pelo fabricante, reportando essas ocorrências à FAA e à Boeing, de forma coordenada com a Agência Nacional de Aviação Civil [Anac]. Essas aeronaves permanecerão inoperantes até o cumprimento da manutenção", afirmou a Gol.

Nos Estados unidos, a companhia Southwest Airlines encontrou 2 aeronaves danificadas e tomou medidas similares.

"A Boeing lamenta o impacto que essa questão terá tanto na Gol, quanto nos nossos demais clientes ao redor do mundo", declarou a montadora norte-americana.

"Nós estamos trabalhando em parceria com os nossos clientes para lidar com os resultados das inspeções, para fazer a manutenção e planos de substituição, assim como fornecer todo o suporte técnico necessário para retornar as aeronaves a operação de maneira segura assim que possível".

O modelo Boeing 737 NG

O modelo "Next Generation" da Boeing é um dos mais antigos e populares modelos da montadora norte-americana, com centenas de jatos operando em todo o mundo.

As inspeções recomendadas pela FAA inspecionaram 686 aeronaves que, juntas, já realizaram mais de 35.000 voos. Falhas foram encontradas em 5% dos aviões, que apresentaram rachaduras estruturais em um componente que ajuda a manter a asa e tem papel relevante na sustentação do peso da aeronave.

"Essa condição poderia ter impactos adversos na estrutura integral e resultar na perda de controle da aeronave", declarou a agência reguladora.

A Boeing segue implicada nos problemas envolvendo o seu modelo mais recente, o 737 Max, cujas falhas no sistema de controle de voo levaram a três acidentes, sendo dois fatais, somente no ano passado. O modelo 737 MAX é o sucessor do 737 "Next Generation". Companhias aéreas ao redor do mundo deixaram de operar suas aeronaves modelo 737 Max.

Da Sputnik Brasil

O Boeing 737 Max provavelmente voltará a voar dia 19 de de agosto nos EUA, disse ontem o presidente executivo da aérea American Airlines, Doug Parker, a acionistas da companhia. A indústria de aviação está aguardando aprovação regulatória para atualizações de software e de treinamento de pilotos. A American Airlines disse que o impacto econômico das suspensões desses voos está estimado em cerca de US$ 350 milhões.

 

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Boeing assumiu neste sábado que teve que corrigir falhas no software dos simuladores de voo destinados a formação de pilotos do 737 MAX 8, modelo de avião envolvido nos dois acidentes que deixaram mais de 300 mortos. Segundo a agência de notícias AFP, a Boeing não precisou a data em que notou os defeitos no programa nem se comunicou o fato aos órgãos reguladores. É a primeira vez que fabricante de aviões norte-americana admite um defeito de concepção do equipamento do 737 MAX.

"A Boeing fez correções no software do simulador de voo do 737 MAX e forneceu informações complementares aos operadores do aparelho para garantir que a experiência com o simulador seja suficiente para cobrir as diferentes condições de voo", informou a companhia em comunicado.

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Segundo a fabricante de aviões, o software utilizado nos simuladores era incapaz de reproduzir algumas condições de voo, em especial aquelas que resultaram no acidente do 737 MAX de Ethiopian Airlines, em 10 de março, em Adís Abeba, apenas minutos após a decolagem, causando a morte de 157 pessoas.

Contato: fabiana.holtz@estadao.com

Um sistema que ajuda a frear os aviões durante o pouso não funcionou no Boeing 737 que terminou em um rio, na sexta-feira à noite, em uma base naval americana na Flórida - informou no domingo (5) um oficial da segurança dos transportes. Havia 143 pessoas a bordo.

A aeronave, um Boeing 737-800 de 18 anos segundo o site Flightradar24, havia deixado Guantánamo, em Cuba, e transportava o pessoal dessa base militar e suas famílias.

Ele acabou parando em águas rasas após um pouso forçado durante uma tempestade, quando deixou a pista na base militar em Jacksonville, Flórida.

Todos os passageiros foram evacuados, e 21 pessoas, levadas para hospitais locais com ferimentos leves, de acordo com as autoridades.

No domingo, o vice-presidente do Conselho de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), Bruce Landsberg, informou à imprensa que um dos reversores da aeronave não funcionou.

"O avião passou por manutenção, e foi observado que o inversor esquerdo não estava funcionando", disse ele.

Além disso, o piloto solicitou uma mudança de pista e pousou em uma que, de acordo com o controle de tráfego aéreo, tinha sua longitude reduzida pela presença de material naval, disse Landsberg.

"Não sabemos o que estavam pensando, ou por que fizeram essa escolha. Essa será uma das coisas que teremos que ver", disse ele.

A tempestade dificultou a recuperação da fuselagem. A Marinha enviou mergulhadores para tentar encontrar animais de estimação, e barreiras foram instaladas para impedir que o querosene se espalhe no rio.

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) anunciou que um time de especialistas de nove países, incluindo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) do Brasil, dará início em 29 de abril a revisão técnica conjunta do novo sistema de controle de voo do Boeing 737 Max. O processo deve durar 90 dias.

Segundo comunicado da FAA, além do Brasil, especialistas da Austrália, Canadá, China, União Europeia, Japão, Indonésia, Cingapura e Emirados Árabes Unidos confirmaram participação no processo de revisão do sistema.

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O ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), Chris Hart, irá liderar o grupo, que também será integrado por especialistas da FAA e da Nasa. A intenção é avaliar detalhes do sistema automatizado de controle de voo do avião, incluindo sua interação com os pilotos. A equipe também decidirá sobre possíveis melhorias necessárias no processo de aprovação da FAA.

O avião da Boeing está com as operações suspensas em todo o mundo desde meados de março, após dois acidentes que resultaram na morte de 346 pessoas. As investigações estão concentradas no software anti-stall, que teria empurrado o nariz do avião para baixo com base em uma leitura errônea de dados dos sensores.

A companhia norte-americana tem trabalhado no software para corrigir o erro do sistema anti-stall desses aviões, conhecido como MCAS. Nos dois acidentes, um ocorrido na costa da Indonésia e outro na Etiópia, uma leitura incorreta dos sensores acionou o MCAS indevidamente e os pilotos não tiveram tempo suficiente para corrigir a falha.

Os pilotos das companhias aéreas dos EUA alegam que não tinham conhecimento sobre o MCAS até o primeiro acidente, em outubro. Desde então receberam um treinamento sobre o sistema explicando seu funcionamento e como reagir caso algo saia do controle.

Na quarta-feira, o presidente da Boeing, Dennis Muilenburg, anunciou que a companhia concluiu na semana passada o último voo teste com o software atualizado do sistema de controle de voo. Segundo o executivo, os pilotos de teste realizaram 120 voos com o novo software, totalizando 203 horas. A companhia espera realizar em breve um voo de certificação com um piloto de testes da FAA a bordo, possivelmente na próxima semana.

(Fabiana Holtz, com informações da Associated Press)

Os pilotos do Boeing 737 MAX da Ethiopian Airlines que caiu em março seguiram os passos de emergência estipulados pela fabricante, mas não conseguiram recuperar o controle do avião, informa a edição desta quarta-feira do Wall Street Journal.

O avião caiu no dia 10 de março pouco depois da decolagem em Adis Abeba, uma tragédia que matou as 157 pessoas estavam a bordo. Este foi o segundo acidente fatal com um 737 MAX em menos de cinco meses, o que provocou a suspensão da autorização de voo deste modelo em todo o planeta.

O primeiro caso aconteceu em outubro de 2018, quando 189 pessoas morreram na queda de uma aeronave deste modelo da companhia aérea Lion Air na Indonésia. Após este acidente, a Boeing divulgou uma circular recordando as diretrizes de emergência para superar um sistema desenvolvido especialmente para os aviões MAX.

Os pilotos que tentaram recuperar o controle do avião etíope seguiram a princípio os procedimentos para desativar o sistema de estabilização, chamado Sistema de Aumento de Características de Manobras (MCAS), mas não conseguiram retomar o controle da aeronave, afirma o Wall Street Journal, que cita fontes com acesso às conclusões preliminares da investigação sobre o acidente.

Em seguida tentaram recuperar o controle de outra maneira, mas a tentativa não teve sucesso, indica o WSJ, cujas fontes utilizam como base "os dados obtidos com os gravadores da caixa-preta do avião". O relatório preliminar sobre o acidente será publicado ainda esta semana, informou o governo etíope.

Analistas acreditam que o MCAS foi um fator chave nos dois acidentes do 737 MAX. O modelo foi projetado para abaixar automaticamente o nariz da aeronave se detectar um bloqueio ou perda de velocidade aerodinâmica.

Antes do acidente, os pilotos do 737 MAX da Lion Air lutaram para controlar o avião quando o MCAS pressionou para baixo o nariz da aeronave, segundo o registro dos dados de voo.

Tanto o avião da Lion Air como o da Ethiopian Airlines - ambos modelos MAX 8 - sofreram altos e baixos erráticos e uma velocidade de voo flutuante antes da queda pouco depois da decolagem. A Etiópia vê semelhanças claras entre os dois acidentes.

Na semana passada a Boeing, em busca de soluções para que o modelo possa voltar a voar, reuniu centenas de pilotos e jornalistas para apresentar mudanças no MCAS. Uma delas consiste em que o sistema pare de fazer correções quando os pilotos tentam recuperar o controle.

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, que regula o mercado de aviação do país, disse que um Boeing 737 Max 8 da Southwest Airlines teve de fazer um pouso de emergência nesta terça-feira em Orlando, Flórida, depois de apresentar um aparente problema no motor.

O avião havia partido de Orlando com destino a Victorville, na Califórnia, onde a Southwest tem guardados os aviões desse modelo. Contudo um problema no motor obrigou os pilotos a regressar a Orlando. Nenhum passageiro estava a bordo. A FAA disse que está investignaod o caso. Fonte: Associated Press.

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O Departamento de Transportes dos Estados Unidos investiga a aprovação pela Administração de Aviação Federal (FAA, na sigla em inglês) dos aviões 737 MAX, da Boeing, segundo pessoas ligadas ao assunto. A apuração se concentra no sistema de segurança que tem sido implicado na queda de 29 de outubro da Lion Air que matou 189 pessoas, segundo fontes do governo. Autoridades do setor de aviação avaliam se um sistema pode ter tido um papel na queda de outra dessas aeronaves neste mês, da Ethiopian Airlines, que matou 157 pessoas.

Neste domingo, o ministro dos Transportes da Etiópia, Dagmawit Moges, afirmou que havia "claras semelhanças" entre os dois acidentes. Funcionários dos EUA advertiram que ainda é muito cedo para tirar conclusões, já que dados das caixas-pretas do avião que caiu na Etiópia precisam ainda ser analisados.

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A investigação do Departamento de Transportes foi lançada após o acidente da Lion Air na Indonésia e é conduzida por seu inspetor-geral, que advertiu dois escritórios da FAA para que guardem arquivos de computador, segundo fontes ligadas ao tema. A apuração interna busca determinar se a agência usou padrões de design e análises de engenharia apropriados no certificado do sistema, conhecido como MCAS. Fonte: Dow Jones Newswires.

A companhia Ethiopian Airlines enviou a Paris, para análises, as caixas-pretas do Boeing 737 MAX 8 que caiu no domingo nas proximidades de Adis-Abeba, um acidente que provocou 157 mortes, anunciou a empresa.

"Uma delegação etíope dirigida pela Agência de Investigação de Acidentes (AIB) levou o Registro de Dados de Voo (Flight Data Recorder-FDR) e o Gravador de Vozes da Cabine (Cockpit Voice Recorder-CVR) a Paris para a investigação", anunciou a empresa em um comunicado.

A Etiópia, que não tem um laboratório de análises, confiou o exame das caixas-pretas ao Escritório de Investigação e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França (BEA, na sigla em francês).

O organismo público francês indicou que a divulgação de informações sobre a investigação ficará a cargo da Ethiopian Airlines. Antes, a Alemanha informou que não poderia analisar as caixas-pretas por não dispor dos meios técnicos necessários.

Mais reguladores e empresas aéreas se pronunciaram nesta terça-feira (12) contra o Boeing 737 MAX, com Austrália, Cingapura e autoridades de vários países da América Latina decidindo suspender sua utilização após a queda de uma aeronave desse modelo na Etiópia no último domingo (10).

No pré-mercado em Nova York, a ação da Boeing caía mais de 3% por volta das 10h05 (de Brasília). Ontem, nos negócios dos mercados à vista, o papel fechou em baixa de 5,3%.

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A decisão veio apesar de a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, pela sigla em inglês) garantir a segurança do avião num momento em que autoridades americanas e etíopes, além da Boeing, investigam o acidente.

Nos últimos dias, a suspensão anunciada por reguladores estrangeiros levou à ociosidade de cerca de 40% da frota de Boeings 737 MAX. A maioria dessas aeronaves é do MAX 8, o modelo envolvido no acidente na Etiópia, que matou as 157 pessoas a bordo. A Boeing entregou mais de 370 unidades do MAX a 47 clientes.

O acidente na Etiópia ocorreu menos de seis meses depois que outro Boeing 737 MAX 8 caiu na Indonésia, reforçando preocupações sobre a segurança do avião. Ontem, China e Indonésia também decidiram suspender a utilização do MAX 8. Fonte: Dow Jones Newswires.

Após o acidente da Ethiopian Airlines no último domingo (10), a Gol suspendeu temporariamente suas operações comerciais com o modelo 737 MAX 8, da Boeing. Segundo comunicado divulgado pela companhia na noite desta segunda-feira (11), não serão usados os sete modelos que fazem parte da frota da empresa.

Por meio de nota, a empresa "reitera a confiança na segurança de suas operações e na Boeing, parceira exclusiva desde o início da companhia em 2001". A Gol afirma que espera que seja possível retornar a colocar essas aeronaves em atividade.

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Os clientes com viagens previstas nas aeronaves 737 MAX 8 serão, segundo a Gol, reacomodados.

Os Estados Unidos vão determinar que a Boeing faça modificações nos modelos 737 MAX 8 e 737 MAX 9, inclusive no sistema de controle MCAS, depois do acidente fatal de domingo (10) na Etiópia, informou nesta segunda-feira a Agência Federal de Aviação (FAA).

A fabricante de aeronaves americanas deve cumprir a demanda "no mais tardar em abril", assegurou a FAA, que decidiu não deixar em solo a frota de 737 MAX 8, ao contrário do estabelecido por Indonésia e China.

Mas empresas aéreas de Brasil, Etiópia, África do Sul, Coreia do Sul, Argentina e México decidiram suspender os voos com seus 737 MAX 8, depois do segundo acidente com o modelo em cinco meses.

Os pilotos das Aerolíneas Argentinas anunciaram através de seu sindicato que se negarão a voar no modelo até receberem "informação e garantias suficientes da ausência de risco nas operações com tais aeronaves".

A FAA notificou outras autoridades internacionais de aviação civil de que em breve poderá compartilhar informação de segurança sobre o 737 MAX 8 da Boeing.

Um destes aparelhos, que realizava o voo ET302 da Ethiopian Airlines, caiu no domingo a sudeste de Adis Abeba minutos após a decolagem, matando as 157 pessoas a bordo.

O mesmo modelo de aeronave - uma versão mais eficiente em economia de combustível do 737 - caiu no final de outubro na costa da Indonésia, também após a decolagem, deixando 189 mortos.

Uma equipe da FAA está na Etiópia participando da investigação sobre o acidente de domingo ao lado de inspetores da Junta Nacional de Segurança do Transporte dos Estados Unidos.

Os investigadores já encontraram as caixas-pretas do aparelho, que se dirigia para Nairóbi.

Os Estados Unidos vão determinar que a Boeing faça modificações nos modelos 737 MAX 8 e 737 MAX 9, inclusive no sistema de controle MCAS, depois do acidente fatal de domingo na Etiópia, informou nesta segunda-feira a Agência Federal de Aviação (FAA).

A fabricante de aeronaves americanas deve cumprir a demanda "no mais tardar em abril", assegurou a FAA, que decidiu não deixar em solo a frota de 737 MAX 8, ao contrário do estabelecido por Indonésia e China.Mas empresas aéreas de Brasil, Etiópia, África do Sul, Coreia do Sul, Argentina e México decidiram suspender os voos com seus 737 MAX 8, depois do segundo acidente com o modelo em cinco meses.

"O piloto mencionou que ele tinha dificuldades e queria voltar. Ele recebeu permissão para dar a volta", disse o diretor-executivo da Ethiopian Airlines, Tewolde GebreMariam, a jornalistas em Addis Abeba.

As condições meteorológicas na capital etíope eram boas no momento do voo.

- Coincidência -

Enquanto o especialista do Teal Group, Richard Aboulafia, diz que é "muito cedo para fazer qualquer tipo de comentário significativo", outro analista destacou as semelhanças entre os dois incidentes.

"É o mesmo avião. Assim como a Lion Air, o acidente (da Ethiopia Airlines) aconteceu logo após a decolagem e os pilotos disseram que estavam tendo problemas, então o avião caiu. As semelhanças são claras", acrescentou o especialista aeroespacial que pediu para não ser identificado.

Mas o especialista em aviação Michel Merluzeau observou que "estas são as únicas semelhanças, e a comparação para aí, já que não temos nenhuma outra informação confiável neste momento".

Desde o acidente da Lion Air, o 737 MAX enfrentou um crescente ceticismo da comunidade aeroespacial. O programa já apresentara problemas durante o seu desenvolvimento.

Em maio de 2017, a Boeing interrompeu os testes de voo do 737 MAX devido a problemas de qualidade com o motor produzido pela CFM International, uma empresa de propriedade conjunta da Safran Aircraft Engines da França e da GE Aviation.

O acidente de domingo é um grande golpe para a Boeing, cujos aviões MAX são a versão mais recente do 737, a aeronave mais vendida de todos os tempos e com mais de 10.000 aparelhos produzidos.

A ação da Boeing desabou em Wall Street, afetada pela decisão de não utilização das aeronaves 737 MAX 8 na China e na Indonésia. Os papéis fecharam em queda de 5,36%, a 399,89 dólares, após mergulharem 13,5% no início do pregão.

"O MAX é uma linha muito importante para a Boeing na próxima década, representando 64% da produção da empresa até 2032, e tem margens operacionais significativas", disse Merluzeau.

Ele acrescentou que as próximas 24 horas serão fundamentais para a Boeing lidar com a crise com viajantes e investidores preocupados com a confiabilidade de suas aeronaves.

A Boeing disse estar "profundamente entristecida" com o acidente da Ethiopian Airlines, acrescentando que uma equipe técnica fornecerá assistência aos investigadores.

O especialista, que pediu anonimato, disse que a Boeing provavelmente enfrentará uma reação negativa nos mercados, mas que o prejuízo será limitado para o grupo.

A Boeing informou nesta quarta-feira (23) que seu protótipo de "carro voador" completou com sucesso seu primeiro voo de teste, no âmbito de seu projeto para desenvolver táxis aéreos autônomos.

O veículo foi concebido para realizar voos completamente autônomos, desde a decolagem até a aterrissagem, de até 80 km. Mede nove metros de comprimento e 8,5 de largura, conta com sistemas de propulsão e de hélices para planar e se move como um helicóptero.

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A companhia indicou que o voo de teste foi realizado na terça-feira nos arredores de Washington.

A Boeing, assim como outras companhias como Uber e uma start-up apoiada pelo fundador da Google, Larry Page, está desenvolvendo veículos que possam ser usados para transporte aéreo com navegação autônoma.

Continuarão sendo feitos testes "para potencializar a segurança e confiança do transporte aéreo autônomo sob demanda", indicou a companhia. "Em um ano avançamos de um projeto conceitual para um protótipo voador", afirmou o chefe de tecnologia da Boeing, Greg Hyslop.

"É assim que a revolução se parece, e é por causa da autonomia", disse John Langford, presidente e diretor executivo da Aurora, subsidiária da Boeing encarregada do projeto. "A autonomia certificável vai tornar possível a mobilidade aérea urbana silenciosa, limpa e segura".

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (10) que o governo federal não vai se opor ao acordo de fusão entre as empresas Embraer, nacional, e Boeing, dos Estados Unidos. Bolsonaro se reuniu nesta tarde com ministros e comandantes das Forças Armadas. Segundo o presidente, o acordo entre as duas empresas não fere a soberania nacional e os interesses do país.

“Reunião com representantes dos Ministérios da Defesa, Ciência e Tecnologia, Rel. Ext. e Economia sobre as tratativas entre Embraer (privatizada em 1994) e Boeing. Ficou claro que a soberania e os interesses da Nação estão preservados. A União não se opõe ao andamento do processo”, disse o presidente no Twitter.

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O governo brasileiro detém a chamada “ação de ouro” (ou “golden share”, como é conhecida), que dá poder de veto a esse tipo de negociação. Bolsonaro foi municiado de informações que, segundo o Palácio do Planalto, mostram que a proposta de fusão das duas empresas “preserva a soberania e os interesses nacionais”. O presidente foi informado que as atividades de aviação executiva e de defesa e segurança continuam com a Embraer em sua totalidade.

Na apresentação para o presidente, foi explicado que os projetos em curso na área de defesa serão mantidos, bem como preservação do sigilo e prioridade do governo em definições em projetos de defesa. Haverá ainda a manutenção da produção no Brasil das aeronaves já desenvolvidas e dos empregos já existentes no Brasil. Com isso, o presidente decidiu não exercer o poder de veto a que tinha direito.

"O Presidente foi informado de que foram avaliados minuciosamente os diversos cenários, e que a proposta final preserva a soberania e os interesses nacionais. Diante disso, não será exercido o poder de veto [Golden Share] ao negócio", informou a Presidência da República, em nota. 

Acordo

Com a aprovação do governo brasileiro, as empresas estão livres para assinar o acordo. Em seguida, será submetida à aprovação dos acionistas, das autoridades regulatórias, e a outras condições relacionadas a este tipo de transação.

O acordo em andamento entre as duas companhias prevê a criação de uma nova companhia, uma joint venture, no termo do mercado, na qual a Boeing teria 80% e a Embraer, 20%. Caberia à Boeing, a atividade comercial, não absorvendo as atividades relacionadas a aeronaves para segurança nacional e jatos executivos, que continuariam somente com a Embraer.

joint venture será liderada por uma equipe de executivos sediada no Brasil e a Boeing terá o controle operacional e de gestão da nova empresa. A Embraer terá poder de decisão para alguns temas estratégicos, como a transferência das operações do Brasil.

Os sindicatos dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Araraquara e Botucatu e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos informaram, neste sábado (22), que irão recorrer da liminar do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região que derrubou a suspensão do acordo entre a Boeing e Embraer. As entidades destacam que pretendem recorrer da decisão ainda neste final de semana.

Em nota oficial, eles apontam a inconstitucionalidade do fato de a Advocacia Geral da União (AGU) ter entrado com dois recursos simultaneamente para o mesmo caso. Os recursos foram encaminhados ao TRF, com sede em São Paulo. Um deles foi dirigido à própria presidência do tribunal.

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De acordo com as instituições, a liminar concedida pela desembargadora Therezinha Cazerta, com sede em São Paulo, na noite da sexta-feira (21), em recesso forense e, apesar de já haver um recurso regular, "afronta as regras de um regime democrático." Na quarta-feira (19), as entidades sindicais haviam obtido a liminar por meio de ação civil pública.

Na avaliação do advogado do Sindicatos dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Aristeu Pinto Neto, a postura do TRF é "incompatível com um regime minimamente democrático", ressalta. E destaca que a paridade de armas no processo judicial é uma das principais garantias constitucionais.

As entidades alegam também que pedidos dirigidos diretamente a presidentes de tribunais são considerados inconstitucionais por muitos juristas. "Este tipo de manobra despreza a atuação livre dos magistrados sorteados para cada caso e viola a isonomia processual (a concessão de duas oportunidades para a AGU, enquanto todos os demais só têm uma)", dizem na nota.

Para o diretor do sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Herbert Claros, a AGU parece ter se esquecido de seu papel de defesa de interesses públicos e está assumindo a defesa de empresas privadas. Sua função, avalia, é advogar em favor dos brasileiros, e não de acionistas e muito menos dos americanos.

Em sua análise, a venda da Embraer é uma operação que interessa diretamente ao País e assim deve ser tratada. "Vamos combater este crime de lesa pátria em todos os fronts", reitera Herbert Carlos.

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