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O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que não se vê como adversário do PT, partido que deteve a hegemonia da esquerda por anos, e defendeu a necessidade de "construir projeto de esquerda renovado". As declarações foram dadas durante a segunda sabatina do Estadão nas eleições municipais da capital paulista, realizada nesta sexta-feira (16).

Boulos afirmou ainda que os projetos do presidente Jair Bolsonaro e dos tucanos João Doria, governador do Estado, e Bruno Covas, atual prefeito, estão "destruindo o País". "Por que eu vou ter o PT como adversário? Eu tenho que ter como adversário quem está destruindo o País com um projeto autoritário e quem está destruindo o Estado e a cidade com um projeto elitista", disse, em referência aos oponentes políticos.

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"Trabalhei muito para que a gente tivesse unidade de esquerda nessa eleição", alegou, defendendo que o grande desafio da atual disputa é derrotar o bolsonarismo, em primeiro lugar, e o "Bolso-Doria" - a maneira como ele se refere às políticas tucanas - em segundo lugar. Boulos é atualmente o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, atrás justamente do candidato bolsonarista, Celso Russomanno (Republicanos) e do tucano Covas. Na pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão divulgada na quinta-feira, 15, o candidato do PSOL aparece 10% das intenções de votos enquanto Russomanno e o atual prefeito têm 25% e 22%, respectivamente.

"A nossa candidatura é aquela que se mostra capaz de evitar uma tragédia Bolso-Doria no segundo turno", defendeu, salientando o fato de que é o candidato da esquerda mais bem colocado. "Mesmo uma semana depois do início da propaganda eleitoral, onde eu tenho só 17 segundos, eu cresci 2 pontos (porcentuais). Cresci na (pesquisa) mesmo sem debate", afirmou.

Sobre o fato de pontuar bem entre os eleitores com maior renda e grau de escolaridade, apesar de apresentar uma pauta direcionada às periferias, Boulos afirmou que essa é a fatia do eleitorado que já o conhece. "Ninguém pode dizer que vai votar em quem não conhece. A minha taxa de conhecimento entre as pessoas de maior escolaridade é 80%", disse.

Ainda sobre a unidade das esquerdas, o candidato do PSOL se recusou a classificar o quarto colocado nas pesquisas, Márcio França (PSB), como um candidato desse campo. "Eu não vejo o Márcio França no campo da esquerda, ele é aquela velha biruta de aeroporto", afirmou, acrescentando o oponente socialista já foi vice-governador do tucano Geraldo Alckmin e chegou a apoiar Doria na disputa pela Prefeitura em 2016. "Como o (presidente Jair) Bolsonaro não quis apoiar ele aqui em São Paulo, ele ficou órfão e veio recorrer à esquerda", argumentou.

A chapa Boulos-Luiza Erundina recebeu o apoio do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e da recém-criada Unidade Popular (UP), além de artistas historicamente ligados ao PT, como Caetano Veloso e Chico Buarque.

A Justiça Eleitoral determinou nesta sexta-feira, 9, a "imediata suspensão" da exibição de um comercial do candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, no qual ele recebe o apoio do ator Wagner Moura. A representação contra a peça publicitária foi feita pelo advogado Gustavo Guedes, que representa a campanha de Joice Hasselmann (PSL).

A decisão do juiz eleitoral Guilherme Silva e Souza, da 2° Zona Eleitoral de São Paulo, acatou o argumento que o comercial viola a legislação eleitoral sobre propaganda gratuita, pois extrapola a limitação legal do tempo de aparição de apoiador na gravação, que é de 25% do tempo total de exibição, nos termos do artigo 54, da Lei 9.504/97.

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"No caso em questão, a peça publicitária faz uso da presença de apoiador em aproximadamente a totalidade do tempo de exibição pertencente ao candidato, 16s do total de 17s, conforme mídia carreada aos autos pela representante, flagrante a violação à legislação eleitoral", disse a decisão.

O marqueteiro Chico Malfitani, responsável pelos programas de TV de Boulos, disse que seguiu o espírito da lei eleitoral ao usar a voz de Wagner Moura em "off" enquanto a imagem dos candidatos aparecia na tela. "Entendo o espírito da lei, é correto, não pode substituir o candidato por um ator. Mas no nosso caso o Wagner foi o locutor e a imagem que aparecia na tela era de Boulos e Erundina. Nós temos apenas 17 segundos, nosso programa é sério. Voltamos ao tempo da censura?", indagou Malfitani.

O marqueteiro destacou o fato de que Joice, autora da ação, usou e abusou de trucagens em seu programa. O desafio da campanha do PSOL agora é adequar as falas de dezenas de artistas importantes que apoiam Boulos às regras legais. Entre os que já gravaram estão Chico Buarque, Sonia Braga, Osmar Prado, Teresa Cristina e Lucélia Santos.

Com apenas 17 segundos no horário eleitoral, o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, vai aproveitar o início da propaganda na TV nesta sexta-feira (9), para fazer uma espécie de reality show de campanha no qual ele mesmo será o protagonista. Em formato de "live", o programa vai durar 24 horas. A falta de tempo na TV é vista pela campanha como uma desvantagem na corrida eleitoral.

O PSOL vai acompanhar o candidato com câmeras ao vivo desde o momento em que ele acordar, às 6h de sexta-feira, até a hora de dormir. Boulos vai aparecer comendo, se deslocando de carro pela cidade entre uma agenda e outra, participando de reuniões, falando ao telefone etc.

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Os objetivos são manter o candidato em evidência e protestar contra os critérios de distribuição de tempo no horário eleitoral.

"A desproporção na distribuição dos recursos e do tempo na TV é uma desvantagem. Desvantagem que a gente tem como contrapor graças ao grande engajamento nas redes sociais do Guilherme", disse o coordenador da campanha, Josué Rocha.

Para o reality show, o PSOL montou uma agenda especial que começa com um grande ato de lançamento do renda solidária, carro-chefe do programa de governo do candidato. A ideia é dar benefícios entre R$ 300 e R$ 400 para até um milhão de famílias em situação de necessidade. O custo é estimado em R$ 3,5 bilhões e, segundo Boulos, deve ser arcado com recursos dos cofres municipais.

Na sequência, o candidato vai a uma praça pública onde deve falar e ouvir propostas e ideias da população em um microfone aberto. A ideia foi batizada "se vira nos 50", em alusão ao número do PSOL nas urnas eletrônicas.

Depois, Boulos participa de um encontro com empregadas domésticas e visita uma comunidade na zona leste. Quando finalmente o candidato for dormir, o PSOL vai exibir vídeos de campanha até 6h de sábado.

Além da falta de dinheiro do Fundo Eleitoral e tempo de TV, o PSOL está preocupado com o cancelamento dos debates eleitorais. Record TV, SBT, RedeTV! e CNN já desistiram dos eventos. Dirigentes do partido estão procurando as chefias das emissoras para tentar rever os cancelamentos e evitar que outros debates sejam desmarcados.

"O cancelamento dos debates é muito ruim. Pode trazer um problema democrático para as eleições, ainda mais quando o tempo na TV é dividido de maneira tão desigual", disse Rocha.

Depois de ganhar apoios junto a artistas e intelectuais historicamente ligados ao PT, a chapa Guilherme Boulos/Luiza Erundina, do PSOL, avança sobre a base petista na periferia de São Paulo. Lideranças comunitárias que há décadas apoiavam o PT ouvidas pelo Estadão disseram que agora estão com Boulos. Algumas delas vão fazer campanha para candidatos petistas a vereador.

Assessor de movimentos populares e pastorais sociais da Igreja Católica em Ermelino Matarazzo (zona leste), Waldir Aparecido Augusti, o professor Waldir, se orgulha em dizer que votou pela primeira vez na vida em 1982, no PT, e desde então ele e a mulher se mantiveram fiéis ao partido em todos os pleitos.

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Neste ano, porém, vai ser diferente. Professor Waldir, que é filiado ao PT, decidiu apoiar a chapa do PSOL. "Há tempos a gente defende que o PT retorne às suas origens, retome sua relação com as bases e dê formação e espaço para novos dirigentes. Infelizmente, de um tempo para cá o partido tem um comando que encaminha as questões sem a participação da base."

Segundo ele, um dos reflexos disso é a falta de nomes competitivos para disputar a Prefeitura na cidade que já foi governada três vezes pelo PT e que levou à escolha de Jilmar Tatto, um quadro forte na política interna do partido mas desconhecido do eleitorado, como candidato. "Boulos é uma nova liderança e a união com Erundina foi uma surpresa agradável", disse ele.

Apesar de se aliar ao PSOL na disputa majoritária, o professor vai apoiar a petista Juliana Cardoso para a Câmara Municipal. "Se o candidato do PT fosse o (Fernando) Haddad ou o (Alexandre) Padilha au teria apoiado." Waldir é próximo do bispo emérito dom Angélico Sândalo Bernardino, amigo há décadas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do Padre Ticão, líder comunitário na zona leste. Ticão já recebeu dez candidatos no salão da paróquia de São Francisco, entre eles Boulos. "Jilmar (Tatto) ainda não veio e nem marcou visita." Ticão ainda não decidiu quem vai apoiar.

A resistência de Dom Angélico e Padre Ticão em embarcarem na campanha de Tatto foi usada como exemplo da perda de apoio nas franjas da capital em reunião entre dirigentes petistas e Lula na segunda-feira, na qual lideranças defenderam a troca de Tatto por Padilha ou até a desistência da candidatura. Lula ficou preocupado, cobrou correções, mas bancou Tatto.

A estrutura partidária criada ao longo de três décadas na periferia paulistana é um dos trunfos do PT para fazer Tatto decolar junto com o tempo de TV, maior do que o dos adversários da esquerda. A prioridade à periferia está no centro do discurso de Tatto. Mas essa estrutura já deu sinais de fraqueza em 2016, quando Haddad perdeu em todos os distritos eleitorais.

"Sou filiado ao PT, tenho um compromisso de apoiar o (vereador) Antonio Donato mas para prefeito vou votar no Boulos", disse João Cardoso, da Associação Beneficente, Solidária e Cultural da Vila Ré, também na zona leste. Cardoso diz que apoiaria o candidato do PSOL mesmo que o PT tivesse escolhido um nome mais palatável. E reclamou da forma da escolha, em um colégio limitado a 604 pessoas por causa das restrições impostas pela Covid-19, e não por voto direto.

Cardoso disse não se preocupar com retaliações no partido. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ameaçou usar o estatuto do partido contra que filiados que apoiarem outros candidatos. "A presidente é pessoa democrática e se ouvir a minha explicação vai entender os motivos que me levaram a isso."

Depois de 35 anos ao lado do PT, Adailton Costa de Miranda, o Alemão, liderança comunitária e ex-diretor do Clube Desportivo Bento Bicudo, na Lapa de Baixo, Zona Oeste, também vai apoiar Boulos. Para vereador ele cogita apoiar Alfredinho, do PT. "Quero fechar a comunidade com o Boulos. São 6 mil votos."

Em nota, a campanha de Tatto minimizou a perda de apoios. "O PT-SP possui 178 mil filiados e os referidos casos, que não possuem cargo na estrutura partidária, não chegaram oficialmente ao conhecimento da direção."

O Partido Novo entrou com uma representação na Justiça Eleitoral na última segunda-feira (10), contra a chapa de Guilherme Boulos e Luiza Erundina, ambos do PSOL, alegando propaganda antecipada na pré-campanha à prefeitura de São Paulo.

O partido questiona um vídeo, divulgado nas redes sociais do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no dia 20 de julho, em que Erundina diz: "Nós vamos à luta eleger Boulos prefeito de São Paulo". Para o advogado do Novo, Tiago Ayres, houve 'pedido explícito de voto' no trecho, o que caracteriza propaganda eleitoral antecipada - aquela que veiculada antes do registro da candidatura. A Legislação Eleitoral permite menções aos pré-candidatos desde que não envolvam demandas diretas por voto.

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O requerimento pede que a Justiça determine a remoção do vídeo das redes sociais e estabeleça multa. "O perigo de dano decorre da necessidade de retirada da propaganda antecipada, uma vez que sua permanência pode ocasionar um desequilíbrio no pleito e atingir a igualdade de oportunidades entre futuros candidatos", diz o pedido.

COM A PALAVRA, GUILHERME BOULOS

Ainda não fomos notificados da representação, mas essa fala foi feita num contexto de prévias partidária. No caso da denúncia, o partido é novo, mas a política é a velha de sempre. O jogo nem começou e querem ganhar no tapetão.

O PT de São Paulo quer antecipar a entrada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de Jilmar Tatto à Prefeitura para conter a onda de declarações de apoio de petistas à candidatura de Guilherme Boulos e Luiza Erundina , do PSOL.

Na semana passada, artistas e intelectuais ligados ao partido, como o cantor Chico Buarque de Holanda e a filósofa Marilena Chauí, assinaram um manifesto de apoio a Boulos. Nesta segunda-feira (10), foi a vez do ex-ministro das Relações Internacionais Celso Amorim. Filiado ao PT, aderiu à candidatura do adversário.

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Este é o discurso oficial do partido. Em conversas privadas, no entanto, petistas admitem que este tipo de apoio, embora não tenha impacto eleitoral direto (Amorim e Chico, por exemplo, votam no Rio), pode corroer o apoio petista junto à classe média, dar margem para outras deserções e dificultar os esforços para Tatto ganhar musculatura.

Escolhido com apenas 15 votos de vantagem sobre o deputado Alexandre Padilha em um colégio de mais de 600 votantes, Tatto entrou na disputa fragilizado e sua candidatura foi questionada internamente desde o primeiro momento.

Por isso, Tatto deve ir até Lula nos próximos dias para pedir pessoalmente a entrada do ex-presidente em sua campanha. O plano inicial de Lula é se dedicar às eleições municipais apenas a partir de setembro, quando começa o calendário eleitoral oficialmente. Na semana passada, o petista não participou de um ato de lançamento do site oficial da campanha de Tatto.

O ex-presidente preferia outro nome para disputar a eleição na maior cidade do Brasil, mas não teve força para impedir a escolha de Tatto.

O candidato tem se esforçado nas últimas semanas para reunificar o partido. Levou o ex-prefeito Fernando Haddad e seus adversários na disputa interna Padilha e Américo (que apoiou o deputado Carlos Zarattini) para a coordenação de campanha.

Até o fim da semana um grupo de artistas de São Paulo deve soltar um manifesto de apoio a Tatto. O grupo, até agora, não tem nomes de peso. Os mais conhecidos são os atores Sérgio Mamberti e Celso Frateschi. Uma plenária virtual será realizada no dia 31 para o lançamento do plano de governo de Tatto para a área da Cultura. São esperadas 300 pessoas, na maioria gestores culturais ou representantes de classe.

Em um esforço para tentar ampliar seu eleitorado, o candidato deve participar de outras plenárias com trabalhadores das áreas de educação e saúde até o início de setembro.

"Já houve uma recomposição interna no PT. Não existe mais resistência interna e está todo mundo na campanha", disse José Américo.

Confirmado como pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, o líder sem-teto Guilherme Boulos tem, entre suas propostas, a regulamentação do trabalho de entregadores e motoristas de aplicativos. As ideias vão de um teto para o repasse do valor de corridas à criação de um fundo, destinado a auxílio-doença e previdência, abastecido com dinheiro que hoje entra no faturamento das empresas.

Citada em um pronunciamento de Boulos nas redes sociais logo após sua vitória nas prévias do partido, a proposta é um aceno a motoboys, que têm feito mobilizações nacionais por melhores condições de trabalho. A capital paulista já teve duas paralisações da categoria neste mês, que chegaram a reunir cerca de 5 mil entregadores no dia 1º de julho.

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"Em São Paulo, a Uber faz o que quer, o iFood faz o que quer, Rappi faz o que quer. Num governo nosso, não vai ser assim", afirmou. "É um absurdo ganhar tudo isso só por oferecer uma tecnologia. Não faz nada, não tem um carro."

A estimativa é de que a capital tenha entre 40 mil e 60 mil motociclistas ativos nos serviços de entrega por aplicativo, segundo a Associação dos Motofretistas de Aplicativos do Brasil (Amab). Eles reivindicam uma tabela mínima de cobrança pelo serviço e o aumento do porcentual repassado aos motoboys pelas entregas. Pelo menos quatro propostas de regulamentação tramitam na Câmara dos Deputados há duas semanas.

Boulos classificou o ex-governador Márcio França (PSB), seu provável adversário na disputa, como um "candidato de direita". "A construção política dele aqui em São Paulo foi ligada ao tucanato, ao (ex-governador Geraldo) Alckmin. Isso não é uma opinião de um adversário, é uma constatação da história política dele", disse.

Nas redes, Boulos destacou pesquisa do instituto Ideia Big Data que o colocou em terceiro lugar em intenções de voto, atrás de França. Além disso, tentou se distanciar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Tenho respeito e diferenças políticas com ele, não é por acaso que ele é do PT e eu sou do PSOL", declarou.

Renda básica. Entre suas primeiras promessas na pré-campanha, Boulos também mencionou a criação de uma renda básica municipal e de uma tarifa zero para o transporte público. O plano é conceder a isenção de tarifa para desempregados inicialmente, e depois ampliar para outros setores da população.

O líder sem-teto defendeu ainda um modelo "radicalmente democrático, popular, socialista" de cidade, que atraia famílias mais pobres para o centro e, assim, retire a pressão das ocupações irregulares na periferia e às margens dos reservatórios de água da capital.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, será o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo. A chapa, que tem a deputada federal Luiza Erundina na vaga de pré-candidata a vice-prefeita, foi definida na noite deste domingo (19), após um fim de semana de prévias entre filiados.

Boulos comemorou a vitória interna no Twitter. "O partido sai mais forte e unido. Vamos vencer em SP!", publicou o coordenador do MTST na rede social.

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O agora pré-candidato a prefeito disputava a indicação com a deputada federal Sâmia Bomfim e com o deputado estadual Carlos Gianazzi.

Também no Twitter, Boulos cumprimentou os correligionários pelo que chamou de "processo democrático" dentro do PSOL.

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Candidato derrotado na corrida presidencial de 2018, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, reafirmou nesta segunda-feira (25) suas críticas à Operação Lava Jato, mas acrescentou não ter dúvidas de que houve práticas corruptas no governo petista.

Filiado ao PSOL, Boulos participa do seminário "Impactos Jurídicos da Lava Jato" organizado pela Trevisan Escola de Negócios e pelo Instituto para Reformas das Relações entre Estado e Empresas (IREE), em São Paulo.

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"Um dos poucos consensos que temos hoje na política brasileira é o de que a Lava Jato foi decisiva, do ponto de vista político, para o resultado da eleição do ano passado. O presidente Bolsonaro, aliás, reconheceu isso recentemente, ao dizer que não teria sido eleito se não fosse a Lava Jato e o trabalho do juiz Sérgio Moro. E nós da esquerda temos exatamente esta mesma leitura", disse Boulos a uma plateia de juízes, desembargadores, advogados e estudantes de direito da Trevisan.

Para Boulos, a Lava Jato, enquanto fenômeno político, não foi criada pelo agora ministro Sérgio Moro, nem em 2014. A operação, segundo Boulos, é herdeira de um fenômeno político e midiático no Brasil que, se tiver um pai, não é o ex-juiz Moro, nem mesmo os procuradores.

"Se a Operação Lava Jato tiver um pai é Carlos Lacerda, porque o impacto político da Lava Jato é a reedição do organismo que traz, nos vários momentos da história brasileira, um tema de combate à corrupção como um enfrentamento político", disse Boulos, lembrando que no segundo mandato de Getúlio Vargas, em 1953, Carlos Lacerda, a partir de escândalos corriqueiros à política brasileira, entre os quais a irregularidade em concessões de casas lotéricas, cunhou a expressão "mar de lama".

"É um tema que se usa até hoje e serviu para dizer que o governo de Getúlio Vargas era uma corrupção só", criticou Boulos. Isso, acrescentou, reapareceu no governo de Juscelino que, coincidentemente, foi acusado por ter recebido um tríplex em Ipanema, no Rio, supostamente pago por empreiteiras e por palestras que teria feito no exterior e não declarado ao fisco.

Mas, de acordo com Boulos, está claro que o sistema político brasileiro chegou ao limite. "É evidente que é um sistema que reproduz estruturalmente práticas corruptas. É evidente que nos governos do PT, apesar das importantes políticas sociais que fizeram e que, na minha opinião, foi justamente por elas que o PT foi alvo de devassa, houve sim casos de corrupção. É evidente que houve casos de corrupção na Petrobras, gente que cometeu erros importantes", disse o líder do MTST.

Ele citou as leis que foram aprovadas no início de 2013 "que permitiram uma violação grave do direito de defesa, de garantias constitucionais, a Lei das Organizações Criminosas, a própria abstração em torno de como praticar a delação premiada a ponto de poder ser uma chantagem, como foi praticada frequentemente pela Operação Lava Jato".

Boulos reconhece que o Brasil tem problemas e a Lava Jato não surgiu apenas como operação com objetivos políticos. "Do meu ponto de vista, a solução para esse problema não é uma operação espetacular, não é uma operação que personalize o tema da corrupção através de um politivismo estreito que só atende às fogueiras de uma certa opinião pública estimulada. Opinião pública, vamos combinar, não é um termo neutro", disse, parafraseando Millôr Fernandes, segundo o qual "opinião pública é a opinião publicada".

Diante da publicação do alvará de soltura do ex-presidente Lula da Silva e de sua iminente saída da prisão, o ativista do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos (Psol) divulgou, em suas redes, sociais que irá recebê-lo no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista. “Todos a São Bernardo”, postou Boulos. A saída de Lula da prisão pode se dar ainda nesta sexta (8), após o Supremo Tribunal Federal (STF) mudar, em votação, seu entendimento de 2016 de que segundo a constituição ninguém pode ser considerado culpado até o trânsito em julgado e que a execução provisória da pena fere o princípio da presunção de inocência.

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Militantes e parlamentares do PT já cercam o prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). “Vamos seguir tranquilos, como está o presidente e evitar as provocações que podem vir do clima de ódio e do extremismo da direita para não estragarmos este momento de alegria. Seguimos nessa caminhada pela liberdade plena de Lula com a anulação das sentenças injustas contra ele”, postou a deputada federal Gleisi Hoffman (PT).

O ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL nas eleições de 2018, Guilherme Boulos, voltou a criticar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, nesta quarta-feira (24).

Em uma publicação em seu perfil oficial no Twitter, Boulos disse que Moro não poderia chefiar determinadas investigações. “Em nenhum pais do mundo um ministro da Justiça pode chefiar investigações de ataques que ele mesmo diz ter sofrido”, informou.

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Ainda em sua publicação, o psolista questionou o motivo pelo qual o ministro da Justiça não avança com casos como o da vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL) e do assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz.

“Por que Moro não avança na investigação dos mandantes do assassinato de Marielle, dos desvios de Queiroz à família Bolsonaro e do laranjal do PSL?”, perguntou Boulos, alfinetando Moro.

 

O ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL nas eleições de 2018, Guilherme Boulos, expressou sua avaliação nesta sexta-feira (31) sobre as manifestações que tomaram as ruas do país nessa quinta-feira (30).

 A principal pauta dos militantes era em defesa da educação e contra os recentes cortes anunciados pelo Ministério da Educação (Mec), mas também levantaram outros assuntos como o projeto de reforma da Previdência e o pacote anticrime, proposto pelo ministro da Justiça, Sergio Moro.

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 Através de seu perfil oficial no Twitter, Boulos disse que “as manifestações de ontem pela educação foram grandes e plurais. Não foram convocadas por robôs nem flertaram com pautas antidemocráticas”.

 O líder do PSOL aproveitou para convocar todos para a Greve Geral, programada para o próximo dia 14. “Ao invés do ódio, apostamos no futuro e na esperança. Parabéns a essa juventude sem medo e a todos que tomaram as ruas. 14 de junho tem mais!”, finalizou.

O ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta quarta-feira (29) para comentar, mais uma vez, a situação encontrada nas universidades pelos estudantes brasileiros.

 “General Heleno culpou os estudantes pela situação precária das universidades, dizendo que são eles que as depredam. Apresentou como fontes o YouTube e o WhatsApp!”, exclamou o psolista.

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 O general Augusto Heleno é o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “No fantástico mundo das correntes e cliques, pra quê jornalismo, ciência e História, não é mesmo?”, questionou Boulos.

 O líder do PSOL também falou sobre as pesquisas populares feitas pelo Censo. “Um terço das perguntas do Censo do ano que vem serão cortadas. Um governo que abre mão publicamente de combater a desigualdade não se importa de jogar no lixo instrumentos que a medem”, disparou.

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O ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta sexta-feira (26) para criticar as afirmações feitas por Bolsonaro sobre cursos do ensino superior na área de Ciências Humanas.

“Bolsonaro e seu ministro da Educação defenderam reduzir as vagas nos cursos das Ciências Humanas, alegando que são "elitizados". Além do desconhecimento em relação ao público desses cursos, a declaração revela uma aversão ao pensamento crítico”, pontuou Boulos.

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O psolista ainda ironizou a retórica do presidente: “O fato de Bolsonaro ser incapaz de formular três frases seguidas com nexo não lhe dá o direito de privar milhões de jovens que desejem estudar Ciências Humanas”, disse.

Por fim, o líder do PSOL ainda aproveitou para alfinetar o ministro da Justiça Sérgio Moro. “Aliás, se tivesse um bom conselheiro, poderia se matricular - junto com Sérgio Moro - numa boa Faculdade de Letras”, finalizou.

O ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, utilizou seu perfil oficial no Twitter, nesta quinta-feira (18), para alfinetar o ministro da Economia, Paulo Guedes.

 “Guedes está vendendo o peixe que a Reforma da Previdência vai gerar um crescimento anual de 6%”, iniciou Boulos, que citou outras temáticas políticas além da polêmica Reforma da Previdência.

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 O psolista disse que “nos últimos anos os brasileiros já tiveram que engolir dois peixes podres: a PEC do Teto (e a dívida só aumentou) e a Reforma Trabalhista (e o desemprego voltou a subir)”.

 Por fim, o líder do PSOL afirmou que “não cola mais!”. A opinião lançada por Boulos gerou uma série de comentários de internautas também contrários aos projetos sugeridos pelo Governo Federal.

O ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, que esteve de passagem no Recife na última semana, lembrou nesta quarta-feira (17) dos 23 anos do massacre de Eldorado dos Carajás.

 O psolista comentou que “21 trabalhadores sem-terra foram covardemente assassinados pela polícia no Pará. São também 23 anos de impunidade”. O Movimento Sem Terra fez uma série de atos pelo Brasil para lembrar a data.

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 O acontecimento tornou o dia 17 de abril como o Dia Internacional em Defesa da Reforma Agrária. “Um país que mata quem luta por terra para viver e trabalhar não tem democracia plena”, pontuou Boulos.

 Os 155 policiais militares que participaram da operação foram indiciados por homicídio em um inquérito Policial Militar e também foram levados a júri popular.

O ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, utilizou seu perfil oficial no Twitter, nesta segunda-feira (15), para falar sobre a atual situação em que se encontra o programa Mais Médicos.

O psolista mencionou a questão da ocupação das vagas por novos profisisonais, após os cubanos terem deixado o programa. “Ao menos 15% das vagas do Mais Médicos  supostamente preenchidas após o rompimento do convênio com Cuba estão vazias”, iniciou.

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Os municípios mais humildes foram lembrados por Boulos pelo fato de estarem com déficit na assistência médica. “1.052 profissionais deixaram os postos, nas cidades mais distantes e vulneráveis”, comentou o psolista.

Por fim, Boulos alfinetou Bolsonaro e suas atitudes, que fizeram os cubanos desistirem de estar no Brasil. “Os brasileiros mais pobres pagam o preço do chilique ideológico de Bolsonaro”, afirmou.

A jornalista e codeputada do mandato coletivo Juntas, Carol Vergolino, esteve presente, junto com suas outras amigas de mandato, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), nesta quinta-feira (11), para acompanhar o psolista Guilherme Boulos.

Em entrevista ao LeiaJá, Carol comentou a importância de estar presente em um debate com a comunidade academia nesse modelo. “Receber uma liderança nacional, que discute nossas pautas, que tá numa mobilização da união das esquerdas é imprescindível. Estamos nas universidades, com a juventude, existindo e resistindo”, comentou a deputada.

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O fuzilamento de um carro com 80 tiros, que aconteceu no último domingo (7) no Rio de Janeiro, também foi mencionado por Carol.

“Não foi por engano que uma família negra foi alvejada. Negros são assassinados todos os dias. A gente vive um racismo institucional que só explícita como a nossa sociedade é. Precisamos e vamos continuar lutando por esse causa”, garantiu. 

O psolista Guilherme Boulos esteve na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), nesta quinta-feira (11), para cumprir parte de sua agenda de debate sobre a reforma da Previdência e o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, no Recife.

No auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), o político discursou sobre a questões negra, LGBT, agrícola e social. “Falar em combater privilégios é enganação nesse governo. Eles querem acabar com quem faz parte de qualquer minoria. Precisamos de mobilização social para combater isso. Tomar as ruas do país”, mencionou.“Nós temos que construir uma comunidade em torno dos direitos sociais e da democracia. Nós temos que avançar em uma ampla frente de luta. Precisamos ser uma oposição que não tenha medo, que vá pras ruas. Que não seja oposição de hashtag em rede social”, pediu Boulos.

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A vereadora do PSOL assassinada no Rio de Janeiro no ano passado, Marielle Franco, também foi lembrada. “Vamos cobrar justiça. Precisamos saber quem mandou matar Marielle. A vida dela não vale mais que a vida de ninguém, mas o assassinato dela precisa ser sempre lembrado por que foi um crime político. Descobrir quem matou é um avanço, mas precisamos ir além”, pontuou.

Fazendo menção às causas do Recife associadas à moradia, Boulos falou sobre o movimento Ocupe Esteira e o edifício Holiday. “Essas são causas importantíssimas. Não podemos deixar que a especulação imobiliária vença no Recife. É preciso resistir pela moradia popular”, pediu.

O ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva não deixou de ser memorado durante o debate. “Não podemos desistir da Liberdade de Lula. A prisão dele é injusta e vamos sempre lembrar disso. Lula é um pernambucano, assim como vocês, e foi o maior líder que esse país já teve”, disse.

O psolista e ex-candidato à Presidência da República na eleição de 2018 Guilherme Boulos virá ao Recife na próxima sexta-feira (12) para participar da inauguração oficial da nova sede do PSOL.

 O evento também abrirá as portas para novas filiações na legenda em pernambuco. Através de sua conta oficial no Instagram, o também psolista Paulo Rubem Santiago comentou a vinda de Boulos à capital pernambucana.

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 “Sua presença é muito importante pra todos nós e para o fortalecimento de um projeto de esquerda coerente e combativo. O brasil precisa de transformações e isso não ocorrerá sem partidos fortes de esquerda e movimentos sociais”, escreveu Paulo.

 O novo endereço do PSOL será na Rua Bispo Cardoso Ayres, no bairro da Boa Vista. O evento começará às 19h. “No mundo todo e em toda a história da humanidade só houve avanços sociais com pressão e participação popular”, finalizou Paulo Rubem.

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