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A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a operação envolvendo do BTG Pactual Scflor & São Lourenço Holding S.A e a Scflor Empreendimentos Agrícolas e a São Lourenço Empreendimentos Florestais. A operação consiste na compra, pelo BTG Pactual, de 100% do capital social das empresas Fazenda Santa Teresinha Participações S.A. e Fazenda Corisco Participações S.A., controladoras da Scflor e São Lourenço, respectivamente, que atuam no segmento de cultivo madeireiro.

Nas considerações sobre a operação, a Superintendência-Geral do Cade avaliou que as empresas "atuam na gestão de ativos florestais de forma cativa, ou seja, de seus próprios ativos, não havendo, portanto, sobreposição horizontal entre a TTG Brasil, empresa do Grupo BTG que atua no mesmo segmento".

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"A presente operação representa apenas uma integração vertical", avalia o conselho, de acordo com parecer técnico emitido pela superintendência do órgão. Na avaliação do Cade, essa "integração vertical entre os mercados de silvicultura das adquiridas e gestão de ativos florestais da adquirente não é significativa em termos concorrenciais, devido à baixa participação de mercado das adquiridas em seu respectivo mercado". Assim, entendeu o Cade que o ato de concentração não "suscita preocupações de ordem concorrencial".

A condução irregular de um negócio da petrolífera OGX, de Eike Batista, com a Petrobrás poderá culminar em multa de até R$ 60 milhões para cada empresa. O caso será avaliado nesta quarta-feira, 28, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que poderá determinar ainda o cancelamento da negócio.

O caso envolve a aquisição de 40% no bloco BS-4, na Bacia de Santos, pela OGX. O negócio de R$ 270 milhões foi anunciado em novembro de 2012. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou a operação, mas solicitou a ajuda do "xerife" do mercado.

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Embora a OGX alegue que a aquisição não esteja consumada, a Procuradoria-Geral do Cade acusou as empresas da prática conhecida como gun jumping, que se refere a negócios fechados sem aprovação prévia da autoridade concorrencial. A procuradoria emitiu parecer apontando indícios de infração e defendendo a nulidade do negócio e punições às companhias, que podem variar de R$ 60 mil a R$ 60 milhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição, pelo Itaú Unibanco, do Banco Citicard e da Citifinancial Promotora de Negócios e Cobrança, responsáveis pela oferta e distribuição de produtos e serviços financeiros da marca Credicard. O negócio foi fechado em maio pelo valor de R$ 2,767 bilhões em dinheiro, e as empresas compradas faziam parte do Grupo Citibank.

A aquisição da Credicard vai possibilitar ao Itaú Unibanco elevar sua participação em cartões de crédito para quase 40%, segundo informou em maio ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real, da Agência Estado, o diretor Corporativo de Controladoria da instituição, Rogério Calderón. Os 4,8 milhões de cartões da marca vão agregar cerca de 4% em market share ao banco, que já conta com uma fatia de pouco mais de 35% no segmento.

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Em ativos, a aquisição da Credicard acrescenta ao Itaú Unibanco um montante de R$ 8 bilhões, que, somados ao valor encerrado no primeiro trimestre, chegam a um total de R$ 1,036 trilhão. Já em funcionários, são cerca de 1,2 mil novos colaboradores que serão integrados ao grupo, cujo total passa a somar mais de 97,5 mil.

Segundo o Cade, a operação reforça a posição do Itaú Unibanco de líder de mercado, "mas não inviabiliza a rivalidade no mercado, pois há ainda pelo menos cinco grandes agentes - Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Santander e HSBC - que podem rivalizar com a requerente". A aprovação do negócio, que se deu sem restrições, é assinada pelo superintendente-geral do órgão, Carlos Ragazzo, e está publicada em despacho no Diário Oficial da União desta quinta-feira (22).

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, operação pela qual a V&M do Brasil adquire ativos fixos da empresa Tubular Services, filial da Lupatech Equipamentos e Serviços para Petróleo localizada no município de Rio das Ostras (RJ). A decisão está em despacho da Superintendência-Geral do Cade publicado nesta terça-feira, 20, no Diário Oficial da União (DOU).

O valor do negócio, que engloba a compra de máquinas, equipamentos e instalações da Tubular, é de R$ 60 milhões. A Tubular Rio das Ostras presta serviços de inspeção, manutenção e revestimento por tintura em tubulação na indústria de petróleo e gás.

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Deputados do PSDB paulista protocolaram nesta quinta-feira, 08, um requerimento para convidar o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho, e representantes das empresas Siemens, Alstom, CAF, Mitsui, Temoinsa e Bombardier para comparecer na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Enquanto o PT tenta viabilizar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possível formação de cartel em licitações de trens no governo de São Paulo, os tucanos querem uma audiência pública para obter informações sobre o processo envolvendo as gestões Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.

"É imprescindível que essa Casa do Congresso Nacional se inteire dos fatos envolvendo essas empresas, notadamente a Siemens, e dos desenvolvimentos já obtidos pelas investigações do Cade. É por isso que se requer a presente audiência pública. O objetivo dessa audiência seria obter informações que permitam ações no sentido de descobrir o grau de extensão do suposto prejuízo ao Estado de São Paulo, a eventual participação de outras empresas na formação do suposto cartel contra a concorrência da CPTM, a participação de agentes públicos ou privados na intermediação de facilidades junto à CPTM, entre outros fatos relevantes para a descoberta dos responsáveis e o ressarcimento dos prejuízos eventualmente causados aos cofres públicos", diz o requerimento assinado pelo líder da bancada, Carlos Sampaio (SP), em conjunto com os deputados Vanderlei Macris (SP) e Vaz de Lima (SP).

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Na solicitação, que pode ser votada na próxima semana, os tucanos afirmam que seriam questionadas possíveis "práticas anticoncorrenciais" em Estados onde a Siemens - empresa que fez as denúncias - atuou. Os deputados listam Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Hoje, o deputado Cândido Vaccarezza (PT/SP) disse que os fatos denunciados pela Siemens "são graves e têm de ser apurados", por isso a necessidade de criação de uma comissão de investigação no Congresso. "A CPI é para apurar fatos e não para condenar ninguém, afirmou.

A Raízen, joint venture entre a Cosan e a Shell, adquiriu 10% de participação acionária na STP - Serviços e Tecnologia de Pagamentos, responsável pelos sistemas de cobrança eletrônica Sem Parar e Via Fácil. O negócio deve alcançar a cifra de R$ 250 milhões, recursos que virão do caixa da empresa. A operação está sujeita à avaliação e aprovação do Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade).

A entrada do novo grupo será pela venda de fatias de participação de quatro dos cinco atuais sócios: CCR (que passará a ter 34,24% da empresa, ante os 38,25% mantidos até agora), EcoRodovias (que reduz participação de 12,75% para 11,41%), Ivan Toledo de Corrêa Filho (de 35% para 31,33%) e GSMP (de 9,32% para 8,34%). A Arteris não participou da transação e, com isso, mantém os 4,68% que possui na companhia.

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Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o vice-presidente de Marketing da Raízen destacou as sinergias entre a empresa de distribuição e a de pagamentos, já que, uma vez aprovado pelo Cade, o negócio propiciará que as transações de cobrança nos postos de combustíveis da rede Shell passem a usar os tags do Sem Parar. "O que motiva a operação é que acreditamos em uma relação mais forte com o consumidor, e vemos na STP uma empresa bem estabelecida, com 4 milhões de usuários, com uma proposta de valor que possui sinergia de negócios com a rede Shell", disse.

O presidente da STP, Pedro Donda, acrescentou que a Raízen deverá contribuir em futuros desenvolvimentos da plataforma tecnológica da STP, além da ampliação da gama de produtos e serviços que podem ser transacionados por meio dos tags do Sem Parar. "Avaliamos quais demandas o consumidor possui quando está no veículo e, certamente, o combustível é uma delas", comentou.

O negócio foi fechado aproximadamente oito meses após o anúncio da união da Ipiranga com a OdebrechtTransport para a criação da ConectCar, concorrente da STP. Mas Linden garantiu que a entrada da Raízen na STP é "namoro antigo", já que conversas iniciais ocorrem há dois anos. Ainda assim, as negociações firmes foram efetivamente estabelecidas há cerca de sete meses, disse. A Conectcar foi anunciada em novembro de 2012 e iniciou as operações em abril passado.

O diretor de relações com investidores da CCR, Arthur Piotto Filho, lembrou que há dois anos os acionistas conversavam sobre a entrada de novos sócios, visando a inclusão de outros produtos e serviços para a transação automática. Questionado se a empresa poderia receber novos sócios no futuro próximo, o executivo afirmou que, no momento, o foco é a efetiva entrada da Raízen, "mais para frente, pode ser avaliado", acrescentou.

A STP registrou no ano passado receita de R$ 460 milhões e movimentou R$ 7,5 bilhões. Possui cerca de 4 milhões de usuários e nos últimos cinco anos registrou crescimento de, em média, 20% na sua base de usuários e na base de cobertura. Segundo Donda, esse nível de expansão "vem se mantendo neste ano". A empresa também investe entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões por ano e aguarda a aprovação da entrada da Raízen para montar seu novo plano de negócios.

A Polícia Federal abriu dois inquéritos para investigar a formação de cartel em licitações do metrô e de trens metropolitanos nos governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB. O primeiro inquérito já foi relatado e está no Ministério Público. O segundo foi aberto há cerca de um mês, quando o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fez busca e apreensão de documentos nas empresas investigadas.

"Foram abertos inquéritos, a partir desses fatos, para apurar a ocorrência de eventuais crimes", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, à reportagem do Estado. "A Polícia Federal acompanhou a busca e apreensão."

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Cardozo definiu como "lamentável e descabido" o comportamento do governo de São Paulo, que acusou o Cade de atuar como "polícia política" do PT. Subordinado ao Ministério da Justiça, o Cade apura um conluio entre empresas nacionais e estrangeiras para licitações de obras do metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

"É chegada a hora de os agentes públicos perceberem que é descabido aplaudirem uma investigação quando os investigados são seus adversários e acusarem o Cade de perseguição política quando quem eles são seus parceiros", reagiu Cardozo. "É lamentável que se tente politizar uma investigação séria, feita por um órgão isento, reconhecido internacionalmente por sua qualidade técnica."

Foi a empresa alemã Siemens quem revelou ao Cade a conivência de agentes do Estado para a formação de um cartel para a compra de equipamento ferroviário, construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal, conforme reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

Documentos obtidos pelo Estado mostraram que o superfaturamento das obras provocou prejuízo de R$ 577,5 milhões aos cofres públicos, em São Paulo e no Distrito Federal. A suspeita é de que agentes públicos tenham recebido propina das empresas para fazer vista grossa ao cartel, que teria agido de 1998 a 2008, durante os governos de Covas, Alckmin e Serra, em São Paulo.

No Distrito Federal, a suspeita atinge o governo de José Roberto Arruda, que teve o mandato cassado em 2010.

Cardozo disse que, se for comprava a lesão aos cofres públicos "todos os envolvidos terão de responder nos termos da lei" e previu a possibilidade de sanções pesadas. "O Estado brasileiro não pode ficar complacente com a situações ilícitas", insistiu.

As empresas petrolíferas OGX, de Eike Batista, e a estatal Petrobras, foram intimadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a prestar esclarecimentos sobre a denúncia de consumação de negócio sem autorização do órgão antitruste. O conselho investiga a venda de participação em um bloco de exploração na bacia de Campos para a empresa de Eike Batista. O processo será avaliado até o final do mês e, em caso de condenação, o negócio pode ser anulado e as empresas multadas em até R$ 60 milhões.

A prática é conhecida como "gun jumping", quando duas empresas do mesmo ramo trocam informações e consumam uma negociação sem aval do órgão regulador do mercado. No caso, a Petrobrás vendeu para a OGX a sua participação de 40% para exploração e produção de petróleo no bloco BS-4, em Campos. Além da estatal, as empresas Queiroz Galvão e a Barra Energia possuem 30% de participação no bloco.

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"Diante das graves consequências que podem surgir, eu os intimei para que possam se defender", afirmou a conselheira Ana Frazão. "Atribuí a eles um prazo de dez dias para que se manifestem e, após essa manifestação, vou tomar as providências cabíveis." Esse é o primeiro caso do tipo em apreciação no Conselho, que teve a legislação alterada em 2011 e passou a adotar um modelo de controle prévio às negociações do mercado.

As multas são calculadas entre R$ 60 mil e R$ 60 milhões e as empresas também podem ser alvo de processo administrativo. As intimações foram feitas na quarta-feira, dia 31 e, após avaliação da relatora Ana Frazão, o caso será remetido ao plenário do órgão até o final do mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a formação de joint venture entre a SLC Agrícola e a trading japonesa Mitsui. A intenção do negócio é investir em uma sociedade de propósito específico para a produção e comercialização de commodities agrícolas, principalmente soja, algodão e milho.

Conforme fato relevante divulgado no início do mês passado, a nova companhia, na qual a participação da SLC Agrícola será de 50,1%, iniciará suas atividades em área localizada em São Desidério, na Bahia, pertencente à Agrícola Xingu. A área passará a ser denominada Fazenda Paladino, onde serão plantados 21.902 hectares na safra 2013/14, dos quais 10.045 hectares de algodão e 11.857 hectares de soja. A Agrícola Xingu é a produtora agrícola do Grupo Multigrain, subsidiária da Mitsui no Brasil, e detém três fazendas em três Estados, cobrindo 116 mil hectares.

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"Para a Mitsui, a operação proposta representa uma oportunidade de otimizar a utilização de suas terras agrícolas no Brasil. Para SLC, significa uma alternativa viável para ampliar suas atividades, uma vez que a alta do mercado imobiliário no País dificulta a aquisição de terras para agricultura", diz texto sobre a operação divulgado pelo Cade.

A aprovação do negócio está em despacho assinado pela Superintendência-Geral do Cade publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU). "Apesar de tanto o Grupo Mitsui quanto o Grupo SLC atuarem na produção de soja, milho e algodão no Brasil, a operação não resultará em sobreposições horizontais significativas entre as requerentes. Ademais, as áreas das propriedades rurais a serem exploradas pela companhia correspondem a um porcentual mínimo do total das terras agricultáveis no País, razão pela qual a operação não suscita qualquer preocupação concorrencial", justifica o órgão antitruste.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) quer saber se a petrolífera de Eike Batista (OGX) e a Petrobras fecharam negócio e trocaram informações antes de receber aval do órgão antitruste. Se for confirmada a atuação, as empresas poderão sofrer punições ou ter a operação anulada pelo governo.

No Diário Oficial da União desta segunda-feira, 29, a superintendência da autarquia decidiu pelo envio da documentação ao tribunal do Cade, que fará a avaliação sobre se houve infração. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que o caso foi parar nas mãos da conselheira Ana de Oliveira Frazão, que já poderá levar o tema para apreciação na próxima sessão, mas que tem até 30 dias para tomar essa decisão.

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Segundo despacho do procurador-geral do Cade, Gilvandro Araújo, a Petrobras teria vendido para a OGX 40% de participação no bloco BS-4, localizado na Bacia de Santos. No documento, o procurador lembra que a consumação do negócio antes da aprovação pelo órgão é tecnicamente chamada de "gum jumping". Pela nova lei do Cade, as empresas que adotarem o procedimento podem ver a nulidade do negócio.

A punição pode ser acrescida de uma multa que varia de R$ 60 mil a R$ 60 milhões, além da possibilidade de abertura de um processo administrativo.

Em entrevista ao Broadcast, Araújo explicou que caberá ao tribunal apreciar se houve ou não infração por parte das empresas. "É um caso importante. O que se debate é se houve ou não a consumação da operação", disse. Para ele, dificilmente haverá abertura de um processo administrativo. O procurador salientou que a superintendência do Cade deu sinais de que o caso não guarda problemas concorrenciais de grande ordem.

Dessa forma, a autarquia deve se concentrar apenas na avaliação sobre se houve ou não acordo fora das regras. Conforme Araújo, escreveu em seu despacho, a preocupação é evitar que qualquer ato possa ensejar troca de informações indevidas ou integração prematura sem a aprovação do Cade.

Mal comparando, pela nova lei que entrou em vigor em maio do ano passado, esse tipo de ausência de informação das empresas ao órgão é uma infração semelhante ao que existia na lei antiga, de informar o negócio de forma tempestiva à autarquia - no caso, o prazo dado era de até 15 dias depois do fechamento do acordo. Agora, porém, as consequências e punições são mais graves.

Em parceria com a Polícia Federal, a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) cumpriu nesta quinta-feira, 04, mandados de busca e apreensão em 13 empresas suspeitas de formação de cartel em licitações para compra de trens e para a manutenção e construção de linhas férreas e de metrôs.

Dentre as licitações que teriam sido alvo do suposto cartel está a manutenção do Metrô do Distrito Federal e a construção da Linha 5 (fase 1) e extensão da Linha 2 do Metrô de São Paulo, além das concorrências para manutenção dos trens das Séries 2000, 3000 e 2100 da Companhia Paulista da Trens Metropolitanos (CPTM). O cartel também teria atuado nas concorrências para compra de trens da CPTM, desenvolvimento de sistemas, treinamento de pessoal e apoio técnico.

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De acordo com o Cade, as buscas foram autorizadas judicialmente por existirem indícios consistentes da prática do crime de conluio. A investigação teve início a partir de um acordo de leniência, uma espécie de "delação premiada" por meio da qual um dos participantes do suposto cartel denuncia a prática antitruste em troca de imunidade administrativa e criminal.

Segundo nota divulgada pelo órgão de defesa da concorrência, as combinações feitas entre as empresas podem ter resultado em contratações com preços superiores às condições normais de mercado. "Esse tipo de conduta anticompetitiva, quando ocorre em licitações públicas, reduz a eficiência dos gastos públicos e gera lucros adicionais para as empresas cartelizadas", acrescentou o Cade.

O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou na sessão de julgamento desta quarta-feira, 03, sem restrições, a aquisição de 100% do capital social das empresas que compõem o Grupo Confidence pela Travelex do Brasil Holding Ltda. Mas foi determinado que as empresas envolvidas na operação recolham multa, por intempestividade.

"Os quatro documentos que formalizam a operação são datados de 2011, ao passo que a notificação ocorreu em 2013", explicou Ana de Oliveira Frazão, conselheira relatora do caso. O valor da multa, entretanto, é confidencial.

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De acordo com a conselheira relatora, o ato de concentração não apresenta problemas do ponto de vista concorrencial. Na época em que os contratos foram formalizados, a Travelex não exercia nenhuma atividade no Brasil, porque, em 2010, a empresa vendeu suas operações de administração de cartões pré-pagos à Mastercard. Essa operação também foi submetida ao Cade e aprovada sem restrições.

O Grupo Confidence e a Travelex atuam no mercado de banco de câmbio, corretora de câmbio, administração de cartões pré-pagos, agências de viagem, atividades de consultoria em administração de negócios - com exceção de técnica específica - e suporte técnico e manutenção em tecnologia de informação, informa o Cade.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, o contrato de gestão compartilhada da Companhia Energética de Roraima (CERR) firmado entre Eletrobras e governo do Estado. O acordo pretende garantir equilíbrio econômico-financeiro e uma melhor gestão à CERR. A companhia tem um grande endividamento, com tributos, energia comprada, combustível e financiamentos, que prejudica os investimentos necessários à prestação adequada dos serviços de fornecimento de energia elétrica.

Segundo texto apresentado ao Cade, "a União, na qualidade de poder concedente, determinou à Eletrobras que firmasse parceria com o Estado de Roraima mirando, sobretudo, o equilíbrio econômico-financeiro da CERR e a transferência de conhecimentos específicos de governança corporativa no setor elétrico, restabelecendo a prestação adequada e eficiente de serviços públicos de energia elétrica".

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A CERR, sociedade de economia mista controlada pelo Estado de Roraima, atua na geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica na área de concessão que compreende 170 localidades no interior do Estado, das quais 97 estão em terras indígenas demarcadas, em 14 municípios. A empresa atende 36.161 consumidores.

O superintendente-geral substituto do Cade Diogo Thomson de Andrade argumentou, em parecer, que "a operação se justifica estratégica e economicamente, eis que a higidez financeira da CERR permitirá que equacione suas dívidas perante credores". E completou: "Faz parte do objeto social da Eletrobras colaborar técnica e administrativamente com as sociedades de cujo capital participe e com o Ministério de Minas e Energia, contribuindo assim para a continuidade e eficiência dos serviços públicos de energia elétrica no Estado de Roraima". O despacho aprovando a operação está publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 03.

A Coca-Cola FEMSA informou nesta sexta-feira, 28, que chegou a um acordo para comprar 100% da Companhia Fluminense de Refrigerantes, em uma transação de US$ 448 milhões. Segundo a FEMSA, a Companhia Fluminense vendeu 56,6 milhões de garrafas de bebidas no período de 12 meses encerrado em 31 de março deste ano, gerando uma receita líquida de aproximadamente US$ 232 milhões.

O acordo ainda está sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Companhia Fluminense tem sede no Rio de Janeiro, mas atua também em Minas Gerais e São Paulo. A empresa possui uma unidade de engarrafamento e quatro centros de distribuição, contando com 2 mil empregados. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O Ministério do Planejamento autorizou nesta sexta-feira a realização de concurso público para 26 vagas do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A decisão está em portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta. Os cargos a serem ocupados são de analista técnico-administrativo, bibliotecário, contador, economista e agente administrativo.

Segundo o texto, o provimento dos cargos depende de prévia autorização do Ministério do Planejamento e está condicionado à existência de vagas na data de nomeação e à adequação orçamentária e financeira com o Orçamento da União.

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A responsabilidade pela realização do concurso público será do presidente do Cade, a quem caberá baixar as respectivas normas, mediante a publicação de editais, portarias ou outros atos administrativos. O prazo para a publicação do edital será de até seis meses.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) destacou que a Lei 12.529/11, que instituiu a análise prévia de atos de concentração e reestruturou o órgão, completou um ano nesta quarta-feira. Em nota, o Cade ressalta o ganho de tempo obtido com a adoção dos novos procedimentos: sob as regras da Lei 12.529/11, foram aprovadas 250 operações em um prazo médio de 25 dias. Em 2011, ano anterior à entrada em vigor da nova lei, o tempo médio foi de 154 dias.

Em nota, o presidente do Cade, Vinicius Marques de Carvalho, afirma que análise prévia de atos de concentração tornou viável celeridade no julgamento desses processos. "Conquistamos um acréscimo de eficiência não só para o próprio sistema de defesa da concorrência como para as empresas, que ganham tanto em termos de segurança jurídica quanto de investimento", cita.

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O Cade ressalta que das 250 operações aprovadas nesse novo período, 227 foram sumárias (aquelas mais simples do ponto de vista concorrencial) e analisadas pelo Cade em 20 dias, em média. Esses casos correspondem a 90% do total. Os processos ordinários, de maior complexidade, somam 23 casos. O tempo médio de análise dos caos não sumários ficou em 69 dias. Ao todo, 262 casos de fusões e aquisições de empresas foram apresentados ao órgão antitruste sob o regime da Lei 12.529/11.

Pela nova lei, os atos de concentração nos quais não há necessidade de aplicação de nenhuma restrição concorrencial podem ser decididos pela Superintendência Geral do Cade, sem necessidade de apreciação pelo Tribunal Administrativo. Dos 250 casos, 238 foram aprovados pela Superintendência (95%).

Em sete operações, o Cade entendeu que se tratava de atos que não precisavam ser analisados pela autarquia (não conhecimento). Outros cinco foram julgados pelo tribunal - dois em razão de restrições aplicadas por meio de Acordo em Controle de Concentração (ACC), dois por adequação de cláusula de não concorrência e um por avocação pelo tribunal (quando a Corte chama para si processo já decidido pela Superintendência).

Desde que houve a reestruturação do Cade pela nova legislação, 23 processos administrativos referentes a condutas anticompetitivas foram julgados. Desses, 11 foram condenados. Em 2011, o órgão analisou 16 casos desse tipo e condenou um, cita a nota. Como a reestruturação do Cade pela nova lei tornou a análise de atos de concentração mais eficiente, o órgão pode se dedicar cada vez mais ao combate a cartéis - uma prioridade da política antitruste. Desde o advento da Lei 12.529/11, a Superintendência Geral já realizou cinco operações de busca e apreensão em investigações desse tipo de conduta. Quatro foram realizadas em 2012 e uma neste ano. Em 2011, foram duas operações.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição de 50% da Itambé pela Vigor Alimentos. Em fevereiro, a Vigor informou que havia fechado acordo para aquisição, com o compromisso de investir R$ 410 milhões na empresa adquirida. A Itambé possui cinco fábricas que processam cerca de 3 milhões de litros de leite por dia. A Vigor é controlada pela holding J&F.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O integrante do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Ricardo Machado Ruiz disse nesta segunda-feira que o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, enfrenta um problema concorrencial "crítico". "Congonhas é duopólio, vivemos problema crítico (lá), não é nem um triopólio", comentou, durante seminário sobre concorrência nos aeroportos que acontece nesta segunda-feira em São Paulo.

Ao comentar sobre o ato de concentração Gol-Webjet, o conselheiro considerou Santos Dumont, no Rio de Janeiro, como o aeroporto mais concorrencial, tendo em vista que, na época em que o caso foi estudado, as quatro companhias tinham conjunto de slots (horários de pousos e decolagens) bem posicionados, tendo em vista as faixas de horário e sua distribuição entre as empresas.

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A Secretaria de Aviação Civil (SAC) abriu consulta pública para proposta de política de alocação de slots no Aeroporto de Congonhas que tem o intuito de abrir o aeroporto a novas companhias aéreas, notadamente a Azul. A versão final do documento deve ser divulgada até o final de junho, informaram na semana passada representantes do governo ao Broadcast, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado.

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, contrato entre a Vigor e a Itambé Alimentos. Com a operação, a Vigor será titular de ações representativas de 50% do capital social e votante da Itambé.

A Vigor, que é controlada pela FB Participações (controlada pela J&F Investimentos), atua na área de laticínios, produzindo iogurte, chantilly, leite UHT, cream cheese, margarina, petit suisse. A Itambé é controlada pela CCPR, que tem 99,99% do capital da empresa. O restante do capital da Itambé é detido por pessoas físicas. A empresa também atua na área de laticínios, produzindo iogurte, creme de leite, leite condensado, leite em pó, leite UHT.

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O despacho aprovando a operação entre Vigor e Itambé é assinado pelo superintendente-geral substituto do Cade, Diogo Thomson de Andrade, e está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 27.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou nesta quarta-feira que condenou 18 padarias e 19 pessoas físicas por formação de cartel no mercado de panificação em Sobradinho, região administrativa do Distrito Federal. As multas aplicadas somam aproximadamente R$ 650 mil, informa nota emitida pelo órgão.

Entre os condenados estão o presidente e o vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação de Brasília (Siab) à época do ocorrido, acusados de organizar o conluio.

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O processo administrativo contra as empresas foi instaurado pela extinta Secretaria de Direito Econômico (SDE) em 2001, com base em ofício enviado pela Delegacia de Defesa do Consumidor da Polícia Civil do DF (PCDF). O documento informava sobre a prisão em flagrante de proprietários de padarias de Sobradinho durante reunião promovida pelo Siab em um restaurante da região.

A PCDF apreendeu o convite da reunião, enviado pelo sindicato às panificadoras, e um documento que informava expressamente que a pauta do dia trataria, entre outros assuntos, sobre o preço do pão. Também foram apreendidos cartazes idênticos, distribuídos pelo Siab e afixados em várias padarias da cidade, informando sobre o reajuste do valor do produto para R$ 0,20.

De acordo com a conselheira relatora do caso, Ana de Oliveira Frazão, embora os participantes afirmem que a intenção do encontro era somente organizar um debate sobre a melhor forma de cálculo do preço final do produto, ficou comprovada a prática de cartel. "O conjunto de provas indica que a tratativa sobre preços entre concorrentes ocorrida na reunião promovida pelo Siab não representou evento isolado e surpreendente, mas sim uma etapa de uma cadeia mais ampla e organizada de atos voltados ao alinhamento artificial de práticas empresariais", afirmou.

Pela prática anticoncorrencial, cada panificadora foi condenada ao pagamento de multa no valor superior a R$ 30 mil. Os proprietários também deverão pagar mais de R$ 3 mil cada um, equivalente a 10% da multa aplicada às empresas. O valor da pena atribuída aos dois representantes do Siab soma pouco mais de R$ 20 mil.

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