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A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a condenação de três empresas por formação de cartel em licitação para compra de ambulâncias destinadas à prestação de serviços no Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado do pregão, realizado em São Paulo, teria sido combinado por três empresas. O processo administrativo contra as empresas foi aberto em 2005, motivado por representação da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. De acordo com nota divulgada nesta segunda-feira pelo Cade, o caso segue agora para julgamento pelo Tribunal do conselho.

Segundo parecer publicado nesta segunda-feira no "Diário Oficial" da União (DOU), o caso envolve as empresas General Motors do Brasil, HMD Distribuidora de Veículos, atual razão social da Dutra Distribuidora de Veículos, e Itororó Brás Veículos e Peças, por "prática anticompetitiva" em licitação realizada pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

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O processo administrativo foi instaurado pelo Cade a partir de documentos encaminhados pela Secretaria de Saúde do Estado, órgão responsável pela condução das licitações, afirma a nota. A denúncia dizia respeito a um pregão, realizado em 2005, para a compra de 200 ambulâncias de transportes que seriam destinadas a cidades do Estado.

A Superintendência do Cade verificou que as três empresas representadas no processo apresentaram propostas com formatação idêntica, até com os mesmos erros de ortografia e digitação, e intervalos regulares de preços. Também foi detectada a adoção de estratégias em pregões presenciais para assegurar que o vencedor da licitação fosse aquele combinado previamente pelo grupo.

O conselho alerta que tais comportamentos são reconhecidos internacionalmente como indicativos de cartel em licitações, conforme estudo realizado em 2009 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Após análise do caso, a Superintendência-Geral concluiu pela existência de acordo para fraudar o caráter competitivo da licitação. Pela Lei 12.529/11, as empresas podem ser condenadas ao pagamento de 0,1% a do faturamento no ramo de atividade empresarial em que ocorreu a infração.

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, acordo entre Claro e Vivo para compartilhamento de infraestrutura e backhaul, linha que interliga os núcleos das redes. Pela operação, as empresas se comprometem a negociar o compartilhamento de backhaul e sites das redes 2G, 3G e 4G, além de sites referentes à rede rural.

Segundo as empresas, o acordo tem o objetivo de reduzir os custos de investimento, operação e manutenção de suas redes e otimizar a prestação dos serviços a seus clientes, aprimorando a cobertura, principalmente em 4G, que exigirá uma quantidade maior de sites. A decisão pela aprovação está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 10.

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Em busca de provas contra um suposto cartel de farinha de trigo, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) realizou nesta quarta-feira, 17, uma operação de busca e apreensão de documentos em quatro capitais de Estados do Nordeste, região responsável por cerca de um quarto da produção nacional.

As investigações do Cade mostraram que o preço da farinha de trigo na Região Nordeste é aproximadamente 20% superior ao praticado nos Estados do Centro-Sul do País. "A existência de um cartel nesse setor prejudicaria a economia do País como um todo", afirmou o órgão antitruste por meio de nota.

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Item relevante da cesta básica, a farinha de trigo é usada também na panificação, setor que corresponde a mais de 50% da demanda do produto, além de fabricação de massas, doces e biscoitos.

Durante a operação nas cidades de Maceió (AL), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Natal (RN), foram cumpridos 15 mandatos de buscas em seis empresas de moagem, três distribuidoras e uma associação. O objetivo foi apurar denúncias de que havia reuniões frequentes entre diretores das companhias para negociar preços, condições de venda e divisão do mercado.

"De acordo com as denúncias, os distribuidores não poderiam descumprir os acordos firmados, sob pena de sofrerem sanções. Os comerciantes que não aceitassem o acordo seriam punidos com cortes no volume do produto e com o aumento do preço no mês seguinte", completou a nota.

Batizada de "Operação Mós", em referência às pedras que trituram os grãos nos moinhos, a força-tarefa contou com o apoio de 28 oficiais de Justiça, 70 policiais rodoviários federais, 16 peritos da Polícia Federal, 39 servidores do Cade, dois servidores do Ministério Público, além do auxílio da Procuradoria Regional Federal da 5ª Região.

Os documentos apreendidos serão analisados pela Superintendência-Geral do Cade e, caso os indícios de cartel sejam confirmados, um processo administrativo será aberto pelo órgão de defesa da concorrência.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu, nesta quarta-feira, 17, votar por unanimidade pela aprovação das operações envolvendo os negócios realizados em 2009 por Pão de Açúcar, Casas Bahia e Ponto Frio, e que formam a Via Varejo. Para isso, no entanto, condicionou o aval à assinatura de um acordo que prevê a venda de lojas localizadas em 54 municípios.

Os acionistas mais importantes de Via Varejo são o Grupo Pão de Açúcar (controlador com 52,4%) e a Família Klein (com 47%). O relator do caso, conselheiro Marcos Paulo Verissimo, decidiu também impor uma multa de R$ 1 milhão à Via Varejo por "enganosidade", ou seja, informações erradas prestadas ao órgão antitruste pela empresa. "Vi absoluta desnecessidade de averiguar se houve má-fé na prestação das informações. No caso, não há nenhum indício de má-fé, simplesmente houve um fato objetivo que foi o de prestação de informação que não correspondia à realidade", disse.

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Verissimo disse que as empresas já informaram o Cade que não irão recorrer da decisão. "Disseram que discordam, mas que irão acatá-la", contou, acrescentando que, neste caso, a boa fé foi considerada uma atenuante para fixar a multa de R$ 1 milhão.

Problemas

Verissimo informou que o Cade encontrou problemas concorrenciais em 54 municípios dos 117 analisados pelo órgão antitruste. A lista dos municípios permanecerá confidencial, segundo o conselheiro, por causa do Termo de Compromisso de Desempenho (TCD). No Estado do Rio de Janeiro foram analisados 25 municípios e, conforme Verissimo, foram encontrados problemas em 15 deles.

"Em São Paulo, houve o maior número de municípios considerados problemáticos", considerou o conselheiro citando que, dos 52 analisados, em 25 foram vistos obstáculos. Na terça-feira, 16, o Broadcast adiantou que o Cade havia encontrado problemas em cerca de 50 municípios e que a maioria estava localizada no eixo Rio-São Paulo. A efetiva venda dos ativos apontados pelo Cade representará para a companhia, conforme o relator, R$ 900 milhões no faturamento anual. A Agência Estado havia adiantado que o impacto seria pouco abaixo de R$ 1 bilhão por ano.

Verissimo salientou que a negociação com as empresas para fechar o TCD se estendeu por um "período razoavelmente longo de tempo", já que começaram no final do ano passado. Verissimo já havia considerado antes da decisão do Cade que o conselho poderia aprovar sem restrições a operação entre Pão de Açúcar e Globex, mas a aprovação do negócio entre Casas Bahia e Ponto Frio deveria ser condicionada à celebração do TCD. "O TCD nos pareceu suficiente para resolver problemas locais, e suficiente para que decisão faça sentido no âmbito regional e nacional", argumentou.

O conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Marcos Paulo Verissimo confirmou que deixará o órgão antitruste e que esta quarta-feira, 17, será sua última sessão, conforme adiantou na terça-feira, 16, a Agência Estado. "O boato é verdadeiro e dói no coração não poder continuar a minha missão aqui no Cade", disse, no início da sessão. Verissimo explicou que pediu para não considerarem seu nome para recondução ao cargo, o que deveria ocorrer agora, quando expira o mandato de dois anos.

"O Cade foi minha experiência profissional mais rica. Tive o privilégio de viver momento especial do Cade e de conviver com pessoas brilhantes", salientou. O conselheiro argumentou que estava difícil conciliar suas atividades profissionais com as pessoais, já que a família mora em São Paulo. Verissimo é casado e tem dois filhos. "Isso, infelizmente, me afastou da minha família e tenho dois filhos pequenos. É chegado um momento que é preciso ponderar razões pessoais e profissionais", afirmou.

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Ele aproveitou para desejar sucesso na próxima sabatina ao colega Elvino Mendonça, que começou a atuar na autarquia no mesmo período que Verissimo. O nome de Mendonça terá de ser indicado novamente para recondução ao cargo pela presidente Dilma Rousseff e, depois, terá de passar pela aprovação do Congresso.

O presidente do Cade, Vinícius Carvalho, salientou que Verissimo deu contribuições importantes para o Cade criando jurisprudência em relação a temas específicos, como a fixação de preços de revenda (processo da SKF) - e tabelas. "Estas foram contribuições importantes para consolidar posição do Cade e mesmo orientar atuação da superintendência apontando caminhos de investigação", afirmou.

Verissimo tem 38 anos e se despede do tribunal administrativo com um "grand finale". Levará ao plenário dois processos de peso: a maior operação do setor de varejo brasileiro, formado por Pão de Açúcar, Casas Bahia e Ponto Frio, e as diversas aquisições feitas pelo JBS, incluindo a compra do frigorífico Bertin, em 2009. Este negócio deu origem à maior empresa produtora de carne bovina do planeta.

Ao se afastar do Cade, ele terá de cumprir uma quarentena, que, no caso, são os meses durante os quais não poderá exercer nenhuma atividade com remuneração. Além de professor do Departamento de Direito do Estado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Verissimo atuou como advogado de 1998 a 2007 e foi chefe de gabinete da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a reestruturação societária do IRB Brasil Resseguros. Com a decisão, a União deixará de deter o controle da empresa, conforme prevê o processo de desestatização pelo qual passa a resseguradora pública, que terá como novos sócios os grupos Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e o Fundo de Investimento em Participações Caixa Barcelona.

O órgão antitruste decidiu dar o aval para operação por entender que "ela não implica eliminação da concorrência em parte substancial de mercado relevante, não cria ou reforça posição dominante nem pode resultar na dominação de mercado", diz texto de resolução do Cade que descreve a operação. Com a nova composição societária, a União passará a deter apenas 50% de ações ordinárias do capital social e de uma ação de classe especial (golden share).

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Atualmente, o IRB tem capital de R$ 2,5 bilhões, o que permite assumir um total de resseguros entre R$ 12,5 bilhões e R$ 15 bilhões. Em fevereiro, o governo federal autorizou o aumento de até R$ 202,5 milhões do capital social do IRB, com emissão de ações, e a renúncia total da União ao direito de subscrição. O governo espera que, com a desestatização, o IRB fique entre as 10 maiores resseguradoras do mundo e que, no longo prazo, a empresa tenha uma capacidade de resseguro no valor de R$ 50 bilhões.

O despacho aprovando o negócio entre a União e as instituições financeiras foi assinado pelo superintendente-geral do Cade, Carlos Ragazzo, e está publicado no Diário Oficial da União(DOU) desta quarta-feira, 17.

As investigações que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abrirá sobre a operação envolvendo o Grupo Laureate e a Universidade Anhembi Morumbi poderão gerar uma multa de até R$ 5 milhões para as empresas, de acordo com o relator do caso, conselheiro Ricardo Ruiz. A informação havia sido adiantada pela Agência Estado há 15 dias, quando ocorreu a última sessão do Cade e foi confirmada nesta quarta-feira pelo conselheiro.

O órgão antitruste julgou dois processos na área de educação envolvendo os conglomerados. O Cade aprovou os dois negócios por unanimidade e sem restrições, mas decidiu abrir uma investigação, chamada tecnicamente de auto de infração, para apurar por que a família Rodrigues, que era dona de parte da Universidade Anhembi Morumbi, não declarou que também é controladora de um fundo de investimentos, que, por sua vez, tem participação na concorrente Anhanguera.

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"Parte substancial das informações não estava no formulário (de apresentação do negócio entregue ao órgão antitruste)", disse Ruiz a jornalistas ao final da primeira parte da sessão desta quarta-feira. "Vamos verificar se houve informação errônea, enganosa ou, com sorte, apenas incompleta", acrescentou.

De acordo com o relator, o Cade identificou nos últimos cinco anos pelo menos 12 operações de compra pela Anhanguera e outras 12 do grupo Laureate. "São empresas extremamente ativas no setor", observou.

O advogado da Laureate, Olavo Chinaglia, que foi conselheiro do Cade, informou que o grupo prestará todas as informações ao conselho. "Tenho certeza de que não houve engano. Tudo será esclarecido ao Cade e a Laureate reitera as informações prestadas nos autos."

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou nesta quarta-feira (20) o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) e as seis associações representativas de direitos autorais que o compõem por formação de cartel, ao fixar preços para atividades do mercado musical. Além disso, condenou o Ecad por fechamento de mercado.

O órgão antitruste aplicou multa total de R$ 38,2 milhões, que deve ser paga em até 30 dias, determinou que as práticas abusivas à concorrência sejam suspensas e recomendou ao Ministério da Cultura que passe a regular a área. "Entendo que, com o atual sistema de arrecadação, dado que existe concorrência de distribuição e que não inviabiliza a concorrência - ou seja, não é bicho de sete cabeças - o Ecad, de fato, se sentou com as associações para fixar preços de cartel", disse nesta quarta-feira o relator do processo, Elvino Mendonça.

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A votação, no entanto, não foi unânime. Três conselheiros seguiram o parecer de Mendonça e dois compactuaram com parte da avaliação. Dessa forma, o placar ficou em 4 a 2.

O caso foi aberto em função de denúncia que partiu da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), em abril de 2010. O argumento da ABTA era que o Ecad e suas associadas abusariam do poder legal concedido às instituições porque, além de proteger profissionais da área, fixariam, em acordo entre concorrentes, valores "abusivos" cobrados às empresas de televisão por assinatura.

O plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) homologou nesta quarta-feira a assinatura de 40 Termos de Compromisso de Cessação de Prática (TCC) com a Unimed em 39 processos administrativos para que a associação encerre a exigência de exclusividade de médicos. Além disso, o Cade encerrou outros 54 casos que estão na Justiça. A Unimed pagará, com o acordo, cerca de R$ 12 milhões, em multas.

Tecnicamente chamada de unimilitância, essa exigência proíbe os profissionais de prestar serviços que não estejam vinculados à cooperativa. O procurador geral do Cade, Gilvandro Araújo, apresentou números robustos envolvendo a Unimed. De acordo com ele, há 397 ações judiciais que tramitam atualmente envolvendo a cooperativa e, com o acordo, 348 delas já se encerram. Desde 1994, conforme Araújo, há também 58 processos de condenações, dos quais 54 acabam com os termos assinados ontem.

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De acordo com o presidente do Cade, Vinícius Carvalho, as cidades menores eram as que mais sofriam com a prática. Isso porque ao vincular um médico à cooperativa e proibindo-o de trabalhar em outra empresa, dificultava a entrada de um plano de saúde concorrente. Além de ser uma barreira de entrada, também prejudicava o atendimento ao cliente.

Carvalho lembrou que, quando o Cade começou a atuar mais firmemente no setor evitando contratos de exclusividade, a Unimed começou a usar essa exclusividade como um atrativo ao médico, oferecendo-lhe mais benefícios. "Agora não tem mais nada", sentenciou.

Para fechar o acordo, o Cade abriu mão da multa diária que cobrava da Unimed por cada dia de descumprimento de suas determinações. Em contrapartida, a cooperativa pagará em dobro o valor da multa: R$ 11 milhões para a Justiça e mais R$ 810 mil para o órgão antitruste. "Com essa medida, conseguimos acabar com um terço dos processos administrativos que circulavam pelo Cade", disse. A saída desses processos também representa 25% a menos das ações que o órgão antitruste defende na Justiça. "Vamos desafogar."

Associações representativas de direitos autorais no mercado musical vão entrar com um embargo de declaração para que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) explique melhor o voto que levou à condenação do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) e as seis associações representativas de direitos autorais na área musical que o compõem. "Precisamos clarificar os votos", disse o presidente da Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus), Roberto Mello.

O Cade aplicou uma multa nesta quarta-feira (20) ao Ecad e a seis associações do setor no valor total de R$ 38,2 milhões. As associações que compõem o Ecad, além da Abramus, são: União Brasileira de Compositores (UBC), Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Intelectuais (Socimpro), Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes (Amar), Sociedade Brasileira de Autores Compositores e Escritores de Música (Sbacem) e Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais (Sicam). Cada uma delas foi multada em R$ 5,3 milhões - a multa do Ecad foi maior, no valor de R$ 6 milhões.

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O embargo de declaração tem como finalidade pedir a um tribunal que elimine uma possível obscuridade, omissão ou contradição e, em alguns casos, dúvida. No caso, o pedido das associações se deve ao fato de o voto do relator Elvino Mendonça ter sido seguido por apenas três conselheiros. Outros dois votaram de forma diferente e propuseram até outras penalidades para o Ecad e as associações, mas foram vencidos. "Queremos mais clareza a respeito do voto do relator e dos votos divergentes", disse Mello.

Para advogados consultados pela reportagem, a solução encontrada por Mendonça não melhorará as negociações entre o Ecad e as empresas que pagam por direitos autorais, como canais de televisões abertas ou pagas, promotores de eventos, cantores em shows e bufês, entre outros. "Em alguns casos, a situação até vai piorar. Até mesmo para a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura)", disse um advogado. A ABTA iniciou o processo contra o Ecad no Cade.

Com o movimento claro de consolidação do setor de saúde, empresas com atuação apenas nas esferas municipais tendem a ser absorvidas por grupos maiores, na avaliação do presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Carvalho. Essa concentração, de acordo com ele, gera preocupações para o órgão antitruste, que renovou nesta segunda-feira (18) um acordo de cooperação técnica com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

"O aumento das exigências pela ANS gera, do ponto de vista da concorrência, aumento de barreiras de entradas, e a tendência é cada vez mais de consolidação do setor", considerou Carvalho. De acordo com ele, não haverá saídas para o órgão a não ser o de impor e criar "remédios" para evitar que a área se torne excessivamente concentrada. "A ANS se colocou à disposição para solucionar a questão no caso de operações 'sensíveis'", disse.

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A intenção, conforme representantes dos dois órgãos, é trocar informações sobre o setor, com o envio de notas, pareceres e dados setoriais. "A Agência monitora a evolução desse mercado e, por conta de acordo, vamos contribuir no processo decisório do Cade em relação a questões concorrenciais", considerou o diretor-adjunto de normas e habilitação das operadoras da ANS, Leandro Fonseca da Silva. Para Silva, o acordo tende a possibilitar decisões "mais robustas" tanto do órgão regulador quanto do Cade, levando em consideração os impactos setoriais e concorrenciais. Segundo o Conselho, há cerca de uma dezena de processos em tramitação no órgão atualmente.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou nesta quarta-feira diversos cartéis de postos de gasolina espalhados pelo País e aplicou multas que, somadas, chegam a R$ 120 milhões. O órgão antitruste fez uma espécie de "mutirão" para julgar casos de conduta anticompetitiva no setor de distribuição de combustíveis nas cidades de Manaus (AM), Bauru (SP), Londrina (PR), Teresina (PI) e Caxias do Sul (RS).

A maior penalidade foi aplicada para os membros do cartel identificado em Caxias do Sul, cujas multas somaram R$ 65 milhões, para 10 postos e 12 empresários. Em Londrina, o valor total chegou a R$ 36 milhões, condenando nove postos, 10 empresários e a associação local. A soma das multas em Teresina chegou a R$ 11 milhões, seguida por Manaus (R$ 6,6 milhões) e Bauru (R$ 6,2 milhões).

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"Essa foram as maiores multas já aplicadas pelo Cade ao setor de combustíveis", afirmou o presidente do órgão de defesa da concorrência, Vinícius Carvalho. "Os donos de postos estão vendo que é grande a chance de o tribunal identificar o crime e puni-lo com rigor", completou, lembrando que ainda existem processos em andamento contra supostos cartéis no setor.

A legislação brasileira estipula punições de até 20% do faturamento das empresas nesses casos, e as penas aplicadas nesta quarta-feira giraram em torno de 15% ou 17%, quando um líder do cartel foi identificado. "As multas são aplicadas com base no dano causado aos consumidores e seu impacto na economia", explicou Carvalho. "O setor de combustíveis é bastante importante para a população e para o setor produtivo, com impacto significativo na inflação", acrescentou o presidente.

Segundo Carvalho, o segmento de postos de combustíveis é o que mais recebe denúncias por má conduta comercial. Ele lembrou, no entanto, que a simples cobrança de preços iguais em várias unidades não configura o crime de cartel.

"Isso não é indício suficiente, em um mercado que tem custos muito semelhantes. Para haver condenação, há a necessidade de uma prova direta de acordo entre os empresários", explicou. Nos processos julgados nesta quarta-feira, foram utilizadas escutas telefônicas e ambientais e documentos apreendidos, como atas de sindicatos.

A empresa de proteínas JBS afirmou nesta sexta-feira, em comunicado ao mercado, que todas as operações realizadas no Brasil no segmento de bovinos não "ferem nenhuma regra concorrencial, inclusive na medida em que continua existindo no setor intenso grau de rivalidade, além de ser factível a entrada de novos agentes, já que as barreiras de entrada no segmento são baixas".

Esse argumento, segundo a empresa, será apresentado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), já que na sessão de julgamento da próxima quarta-feira (20), seis casos de aquisições da JBS, inclusive a compra do Bertin, em 2009, serão julgados em um só processo.

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Reportagem da edição desta sexta-feira do jornal O Estado de S.Paulo diz que o órgão antitruste identificou cerca de 70 operações de aquisições e arrendamentos no Brasil e 20 no exterior que não foram notificadas. Com isso, a participação da empresa nas vendas de carne bovina no País teria passado de 15% para 40%. Parecer do Cade sobre as últimas aquisições da empresa - da SSB (curtume em Colíder/MT e unidade frigorífica em Juara/MT) e da unidade frigorífica em Ponta Porã (MS) - diz que é "questionável do ponto de vista da racionalidade econômica" e levanta "indagação sobre eventual estratégia de afastamento da concorrência".

Para a JBS, o parecer é "opinativo e inconclusivo" e defende a necessidade de aprofundar os estudos sobre o grau de rivalidade no setor e o impacto das operações tanto no âmbito do abate como no que diz respeito ao preço da carne ao consumidor final, devendo o Conselho fazer tal aferição.

Ainda sobre aspectos concorrenciais, a JBS, no comunicado, esclarece que os preços pagos ao produtor nacional têm se mantido estável ou em elevação desde o momento das aquisições efetuadas pela companhia. "Reconhecemos a importância de bem remunerar seus fornecedores visando a manutenção e incentivo da produção pecuária do país", declarou a empresa.

Concentração

A JBS citou que a própria produção agropecuária brasileira tem apresentado grande concentração. Segundo o comunicado, cerca de um terço dos animais abatidos pela JBS provém de apenas 3% dos pecuaristas existentes no Brasil. Porém, a companhia ressaltou que, com base em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e da publicação especializada ANUALPEC, da consultoria Informa Economics FNP, a participação da JBS no abate nacional é de 15,4% do total (base 2011), "o que demonstra a baixa concentração existente na indústria nacional".

A empresa de alimentos também explicou, no comunicado, que "sempre atuou em conformidade com a legislação" e entende que arrendamentos e aluguéis de ativos não são de submissão obrigatória do Cade. "Quando submeteu ao órgão de defesa econômica ato envolvendo locação de ativos, essa se deu por se tratar de uma operação de longo prazo (10 anos) e acompanhada por uma opção de compra, diferentemente dos demais arrendamentos de frigoríficos bovinos, que possuem vigência, via de regra, de dois anos", disse a empresa, referindo-se à operação feita com a Doux Frangosul, no ano passado, na área de aves.

Por fim, a JBS esclareceu que "todas as suas participações de mercado foram computadas nos cálculos de participação de mercado das operações apresentadas ao Cade. "Dessa forma, a JBS entende que sempre atuou com a máxima transparência no fornecimento de dados e informações e espera que, em uma análise eminentemente técnica, todas as suas operações serão aprovadas junto ao Tribunal Administrativo do Cade (...)", declarou.

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou, em parecer emitido nesta terça-feira, a aprovação sem restrições da compra da empresa PBKids pela Ri-Happy. Essa operação envolve a aquisição, pela Ri-Happy, de todo o capital votante da PBKids, PBKids Brinquedos e PBKids.com Ltda.

A compra foi submetida ao Cade no dia 19 de junho de 2012, ainda sob as regras da Lei 8.884/94, a antiga lei de defesa da concorrência. Segundo informa a assessoria de Comunicação do Cade, o caso seguirá agora para julgamento pelo Tribunal do Conselho.

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Na avaliação da Superintendência-Geral, a operação não oferece riscos à concorrência, pois foi apurada ausência de barreiras à entrada relevantes nesse mercado, bem como a existência de nível de rivalidade suficiente para coibir eventuais tentativas de exercício de poder de mercado. Tal rivalidade é atribuída à concorrência imposta pelas grandes redes de varejo multiproduto, que ofertam uma variada cesta de bens de consumo, inclusive brinquedos, o que inibe aumento de preços.

Além disso, a Superintendência-Geral avaliou que o mercado nacional de brinquedos tem apresentado crescimento elevado nos últimos anos, o que favorece a entrada de novos concorrentes no setor.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a associação entre o Itaú Unibanco e o Banco BMG para a criação de uma instituição financeira voltada para o crédito consignado. A joint venture terá capital inicial de R$ 1 bilhão, sendo 70% do primeiro banco e 30%, do segundo.

A aprovação pelo superintendente-geral do Cade, Carlos Ragazzo, foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União. Por se tratar de uma operação de baixa complexidade, o caso não precisou passar pelo julgamento do plenário do conselho.

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Em julho deste ano, os bancos anunciaram ao mercado a associação para a criação do Banco Itaú BMG Consignado. De acordo com o fato relevante divulgado na ocasião, o Itaú Unibanco deverá contribuir com sua capacidade econômico-financeira, enquanto o BMG entrará com sua competência comercial e operacional no segmento de crédito consignado.

O Itaú Unibanco espera atingir a liderança entre os bancos privados neste segmento considerando, além das suas operações, a carteira da joint venture, que nos próximos dois anos deve atingir o volume de aproximadamente R$ 12 bilhões.

O despacho de Ragazzo foi publicado uma semana depois do acordo fechado entre o Banco do Brasil e o Cade na área de crédito consignado. O BB deixará de exigir cláusula de exclusividade de crédito consignado nos contratos atuais em que detém a folha de pagamento de servidores públicos e não incluirá o dispositivo em documentos futuros. O BB é líder desse segmento de crédito, que é considerado um dos mais rentáveis pela baixa taxa de inadimplência.

O advogado da Federação Interestadual dos Servidores Públicos Municipais e Estaduais (Fesempre), Vicente Bagnoli, comemorou a aprovação, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de um acordo com o Banco do Brasil para o fim da exigência de exclusividade em contratos de crédito consignado para a categoria.

"O acordo é positivo porque conseguimos assim o fim da prática. Ou o acordo era firmado ou o banco fatalmente seria condenado pelo órgão antitruste", disse Bagnoli, que lembrou que o BB tem perdido todos os recursos sobre o caso na Justiça.

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De acordo com o advogado da Fesempre, os servidores públicos agora terão liberdade para escolher a instituição na qual desejam contratar o empréstimo consignado. "Essa concorrência entre os bancos irá propiciar melhores condições para os tomadores", completou.

Um ano e três meses após o anúncio de que a Gol havia chegado a um acordo para adquirir 100% do capital da Webjet, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) irá julgar nesta quarta-feira (10) a operação, que custou R$ 43,443 milhões. Passados 15 meses do negócio, o dólar em alta alterou completamente o panorama do setor aéreo no Brasil e pode jogar a favor da aprovação da aquisição pelo órgão antitruste.

O processo deveria ter sido julgado há 15 dias pelo Cade, mas, a pedido de vários conselheiros, o relator do caso, Ricardo Ruiz, adiou a leitura do voto para esta quarta-feira. O negócio entre duas das principais companhias aéreas do País teve uma tramitação mais demorada que o normal porque pegou toda a fase de transição do órgão para se adequar à nova lei de defesa da concorrência, que entrou em vigor em maio deste ano.

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Durante esse período, a situação financeira do setor mudou radicalmente. O crescimento da demanda de passageiros por voos internacionais e domésticos - um dos maiores fenômenos da chamada "nova Classe C" - continua, mas o aumento do dólar tem estrangulado a capacidade das empresas em lucrar em um cenário de competição ferrenha nos preços das passagens.

Conforme o próprio conselheiro Ruiz apontou, antes da última sessão do Cade, o dólar estava em torno de R$ 1,60 em julho do ano passado, mas agora tem ficado constantemente acima dos R$ 2,00. "Toda a operação do setor é dolarizada, sobretudo a manutenção e a reposição de peças. Além disso, a querosene de aviação ficou muito mais cara por causa da própria moeda e também por conta dos preços internacionais do petróleo", comentou na ocasião.

Nesse cenário, as próprias companhias aéreas admitem ter dificuldades em recompor suas margens, pois qualquer mudança nas tarifas tem um impacto imediato na demanda que sustenta a expansão do setor. Matéria publicada no último sábado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" mostrou que as empresas já se preocupam com novos prejuízos. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), cada 1% de aumento no preço das passagens acarreta uma queda de 1,4% na quantidade de passageiros.

"Algumas empresas podem optar por deixar as aeronaves em solo, reduzindo algumas frequências para equilibrar suas contas na operação. Mas os custos com manutenção e peças continuam", disse Ruiz. O conselheiro ressaltou, no entanto, que falava do panorama do setor e não necessariamente do seu relatório para o caso específico da compra da Webjet pela Gol.

Mas uma fonte próxima ao caso avaliou que as dificuldades enfrentadas pelas companhias aéreas nos últimos trimestres por causa do câmbio reforçam os argumentos dessas empresas em processo de fusão. "É inegável que a junção entre duas empresas traz sinergias e ganhos de escala que ficaram mais evidentes com a nova situação do câmbio. A possibilidade de unificação de um centro de manutenção e até mesmo a compra de peças em lotes poderiam ser exemplos disso", afirmou um advogado.

A fonte destacou, porém, que - sob a ótica do Cade - esses ganhos só são positivos se resultarem em benefícios para os consumidores e para o mercado, sem a criação de distorções anticompetitivas. Ainda assim, a avaliação é de que a nova realidade do câmbio facilite operações dessa natureza no setor. "Outro caso em negociação envolve a Trip e a Azul", lembrou a fonte.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu, nesta quarta-feira, por unanimidade, instaurar processo administrativo para apurar a formação de cartel no mercado de combustíveis em Mato Grosso.

Segundo o conselheiro relator do caso, Olavo Chinaglia, denúncia do Ministério Público do Estado apontou até 300% de aumento nos lucros auferidos pelos postos da grande Cuiabá entre 2003 e 2007. Para o conselheiro Alessandro Octaviani, o processo aponta fortes indícios de prática abusiva pelos comerciantes de derivados de petróleo da região.

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Apesar de comandar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) desde 29 de maio e até mesmo já ter presidido uma sessão de julgamento do órgão antitruste, a cerimônia de posse de Vinicius Marques de Carvalho ocorreu nesta quarta-feira em evento no Ministério da Justiça.

Durante discurso, Carvalho destacou que o órgão tem conseguido reduzir o tempo de análise dos atos de concentração, inclusive com a tramitação em 27 dias do primeiro caso protocolado no órgão segundo a nova legislação de defesa da concorrência. "Temos o objetivo de dar uma resolução rápida aos casos simples e eficaz aos casos complexos", afirmou.

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O presidente do Cade também disse que o órgão busca maior interação com o sistema de defesa do consumidor. O conselho firmou nesta quarta-feira um acordo de cooperação com a recém-criada Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça. "É fundamental que o acesso e a inclusão ao consumo venham acompanhados de respeito e qualidade. Achamos que o sistema de defesa da concorrência pode contribuir para isso", completou.

Carvalho voltou a dizer que o Cade se debruçará sobre setores específicos de grande impacto na economia, com estudos de mercado a ações de investigação sobre a formação de cartéis. Em entrevista à Agência Estado no mês passado, ele já havia adiantado que o setor de frigoríficos seria um desses alvos, e há duas semanas o conselho também prometeu um estudo profundo sobre a indústria de cimento e concreto. "O combate a cartéis pode ter mais resultados, com ações em três eixos: administrativo, criminal e civil", acrescentou.

O Cade terá na tarde desta quarta-feira sua segunda sessão de julgamento na nova sede do órgão e pelo novo formato do conselho. Entre os processos pautados está a aquisição pela Nestlé da linha de comida infantil da Pfizer e a fusão entre a Votorantim Cimentos e a Brita Norte. Também estão previstas análises das operações entre Cerpa e Ambev, Monsanto e Syngenta, e Camil Alimentos e Cosan.

Incomodado com a concentração do setor e a repercussão para a economia brasileira, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica pretende intervir no mercado de cimentos. A decisão foi anunciada na quarta-feira durante o julgamento de operações envolvendo Votorantim e Camargo Corrêa, entre outras empresas. Também estão em mãos do Cade o resultado da investigação de cartel do setor feito pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), ligada ao Ministério da Justiça e que agora foi acoplada ao conselho.

"Seria interessante termos uma intervenção estrutural para lidar com os graves problemas concorrenciais do setor", disse o conselheiro Ricardo Ruiz. Em resposta ao advogado da Camargo Corrêa, Lauro Celidônio, que avaliou a operação com a cimenteira portuguesa Cimpor como primordial para a competição no País, ao criar um "vice-campeão nacional", Ruiz reforçou que o setor precisa ser "revisitado".

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Além disso, enfatizou que o caso julgado hoje até poderia estar solucionado, mas não os problemas das cimenteiras. "Não adianta termos um campeão e um vice-campeão, se isso resultar no fim do campeonato", declarou Ruiz.

Para o presidente do Cade, Vinícius Carvalho, "cimento é o setor que legitima a existência de diversos órgãos antitruste do mundo. Não só pelas características e pelas investigações, e pelo que se te encontrado nessas investigações, mas pelo que desempenha nas economias dos países".

Carvalho salientou que a decisão desta quarta-feira servirá como referência para os demais processos em trâmite no Cade. "Certamente o que vai acontecer daqui pra frente será alvo de análise desses processos também. Teremos uma atenção específica do Departamento de Estudos Econômicos sobre esse tema para subsidiar os próximos julgamentos."

A promessa de uma radiografia do setor de cimentos não é nova. Quando estava debruçado sobre a movimentação no mercado de fusões e aquisições de concreteiras, o Cade também decidiu fazer uma análise mais profunda sobre a área. Principalmente devido a impactos sobre as grandes obras do País por conta de eventos internacionais e em função do crescimento do mercado imobiliário brasileiro. Os resultados ainda não foram divulgados.

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