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Steve Bannon, ex-conselheiro político de Donald Trump e guru da direita radical americana, se entregou ao FBI nesta segunda-feira, 15, para enfrentar acusações de desacato ao Congresso, relacionadas à sua recusa em cooperar com a investigação do ataque ao Capitólio, no dia 6 de janeiro, por centenas de apoiadores do ex-presidente dos EUA.

Bannon foi detido na segunda-feira de manhã e deve comparecer ao tribunal no final da tarde. Na sexta-feira, 12, ele havia sido indiciado por duas acusações de desacato - uma por se recusar a comparecer a um depoimento no Congresso e a outra por se recusar a fornecer documentos em resposta à intimação do comitê.

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A acusação diz que Bannon não se comunicou com o comitê de forma alguma desde o momento em que recebeu a intimação em 7 de outubro, quando seu advogado enviou uma carta, sete horas após o vencimento do prazo.

Bannon, que trabalhou na Casa Branca no início da administração Trump e atualmente atua como apresentador do podcast "War Room", é um cidadão comum que "se recusou a dar testemunho conforme exigido por uma intimação", a acusação diz.

Quando Bannon se recusou a comparecer para seu depoimento em outubro, seu advogado disse que o ex-conselheiro de Trump havia sido dirigido por um advogado do ex-presidente, alegando privilégio executivo de não responder a perguntas.

Para os deputados que participam da investigação, Bannon é considerado essencial para descobrir os bastidores de um dos mais graves atos de violência política da história recente dos EUA. Eles acreditam que o estrategista político possui informações cruciais para entender os bastidores do ataque e eventualmente comprovar a tese de que o ex-presidente Trump tinha conhecimento de planos para atos de violência.

Os deputados da comissão lembram que, na véspera do ataque, Bannon disse que "as portas do inferno seriam abertas" em seu podcast. Já no dia 6 de janeiro, Trump realizou um comício a cerca de 1 km do Congresso, onde ele e seus aliados repetiram as falsas alegações de que a eleição de novembro do ano passado, vencida por Joe Biden, havia sido fraudada.

Ao final do discurso, Trump disse para seus apoiadores irem ao Capitólio protestar contra a sessão que confirmaria a vitória do democrata, normalmente um ato protocolar. Em questão de horas, a sede do Legislativo americano estava tomada por centenas de trumpistas, em um ato que deixou cinco mortos e dezenas de feridos. Hoje, quase 700 pessoas respondem a processos relacionados à invasão.

Trump chegou a ser alvo de um novo julgamento de impeachment, mas acabou inocentado pelo Senado já depois do fim de seu mandato. Uma tentativa de criar uma comissão bipartidária de investigação também naufragou por conta da oposição dos republicanos - neste cenário, a Câmara montou uma comissão própria, boicotada por aliados do ex-presidente, que tenta torpedear os trabalhos e chama a investigação de "caça às bruxas".

Por isso, ele pediu a todas as pessoas investigadas que se recusassem a colaborar com os trabalhos, como fez Bannon, alegando que todos podem ser beneficiados por uma ferramenta jurídica chamada de "privilégio executivo", que permite a altos funcionários da Casa Branca não revelar determinadas informações por motivos de segurança nacional. Hoje, o tema está no centro de uma batalha legal sobre a validade do privilégio.

Em resposta, os deputados aprovaram, primeiro na comissão e depois no plenário, o pedido para que o ex-conselheiro de Trump fosse processado por desacato, crime que pode levar a até um ano de prisão e pagamento de multa. A partir daí, coube ao secretário de Justiça, Merrick Garland, decidir se aceitava ou não o pedido de abertura de processo, e a resposta veio na sexta-feira.

"Desde o meu primeiro dia no cargo, prometi aos funcionários do Departamento de Justiça que, juntos, vamos mostrar ao povo americano, em palavras e atos, que esse departamento segue o Estado de direito, segue os fatos e a lei, e busca uma Justiça igualitária sob a lei", escreveu Garland, em comunicado. "As acusações de hoje (sexta-feira) refletem o compromisso firme com esses princípios." A defesa de Steve Bannon ainda não havia se pronunciado até a publicação desta matéria. (Com agências internacionais).

Steve Bannon, que era um assessor próximo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, foi indiciado na sexta-feira (12) por se recusar a prestar depoimento perante o comitê do Congresso que investiga o atentado de 6 de janeiro ao Capitólio, anunciou o Departamento de Justiça.

O ex-assessor de 67 anos foi processado por se recusar a depor e apresentar documentos à comissão especial da Câmara dos Representantes que investiga o papel do ex-presidente republicano no ataque de seus apoiadores à sede do Congresso.

Apesar de sua convocação em meados de outubro, Bannon não compareceu diante dos legisladores, invocando o direito dos presidentes dos EUA de manter a confidencialidade de certos documentos e discussões.

Mas, de acordo com a comissão, essa proteção não se aplica porque Trump não é mais presidente e nunca fez valer oficialmente esse privilégio do Executivo.

Bannon foi um dos principais articuladores da vitoriosa campanha presidencial do candidato republicano em 2016, antes de cair em desgraça.

Ele não exercia funções oficiais em 6 de janeiro, mas aparentemente falou sobre o protesto com o presidente nos dias anteriores, de acordo com a comissão de inquérito.

Ele pode pegar entre 30 dias e um ano de prisão por cada acusação e será julgado em um tribunal federal. A batalha legal ainda pode durar meses ou anos, o que pode prejudicar a investigação.

Outro aliado próximo a Trump, seu ex-chefe de gabinete Mark Meadows, também rejeitou uma intimação na sexta-feira para comparecer perante o comitê de maioria democrata.

A defesa de Meadows invocou uma decisão judicial anunciada na quinta-feira, que suspendeu temporariamente até 30 de novembro a transmissão de documentos internos da Casa Branca à comissão.

O comitê respondeu em um comunicado que o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia autorizado a divulgação dos documentos e que Meadows, portanto, tinha a obrigação de testemunhar, alertando o ex-chefe de gabinete que ele também poderia estar em desacato ao Congresso.

O estrategista de Donald Trump admitiu que planejou a invasão ao Capitólio após conversa com o ex-presidente dos Estados Unidos antes do pronunciamento do dia 6 de janeiro. Com expertise em atuação nas redes sociais, Steve Bannon possui estreita relação com o Governo Bolsonaro, especialmente com o filho do presidente brasileiro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Bannon apontou que a intenção de motivar os apoiadores à invasão era "matar a presidência de Biden no berço", após o democrata ser eleito democraticamente pelos norte-americanos.

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 Em entrevista ao Real America's Voice, ele confirmou o objetivo: “sim, por causa de sua legitimidade”, ao comentar sobre a vitória de Biden. “42% do povo americano pensa que Biden não ganhou a presidência legitimamente”, apontou sem provas.

“Ele se matou”, acrescentou o marqueteiro. “Basta olhar para o que este regime ilegítimo está fazendo. Ele se matou. Ok? Mas nós dissemos a você desde o início, apenas exponha, apenas exponha, nunca recue, nunca desista e essa coisa vai implodir”, incentivou.

Um oficial da Marinha americana acusado de participar da invasão de janeiro ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente Donald Trump foi preso nesta quinta-feira, anunciou o Departamento de Justiça.

O comandante Christopher Warnagiris é o primeiro oficial na ativa a ser acusado pela invasão, em que centenas de apoiadores de Trump bloquearam a sessão que confirmou Joe Biden como vencedor das eleições presidenciais de novembro.

Warnagiris, 40, foi acusado de agredir ou resistir a agentes de ordem, obstrução da aplicação da lei e obstrução da Justiça. O Departamento de Justiça informou ter posse de um vídeo que mostra Warnagiris empurrando com violência os agentes e abrindo passagem pelas portas do Capitólio, juntamente com outras pessoas.

O oficial é uma das 440 pessoas acusadas na investigação do departamento sobre esse ataque. Mais de um quarto delas foram acusadas de agressão ou de criar obstáculos à aplicação da lei. Membros de milícias antigovernamentais e supremacistas brancos também enfrentam acusações de conspiração violenta. O primeiro julgamento deve começar em junho.

A presença de quatro membros da Guarda Nacional na ativa e 40 militares veteranos entre os presos pela invasão ao Capitólio levou o Pentágono a realizar sessões informativas sobre a ameaça do extremismo nas fileiras. O Corpo de Marines confirmou a identidade de Warnagiris, que trabalhava em sua base na cidade de Quantico, Virgínia.

"Não há lugar para o ódio racial ou extremismo no Corpo de Marines. Nossa força deriva da excelência individual de cada marine, independentemente de sua origem. A intolerância e o extremismo racial vão de encontro aos nossos valores fundamentais", assinalou a corporação.

A Polícia do Capitólio divulgou a identidade do policial morto após incidente no Capitólio, em Washington, na tarde desta sexta-feira (2). Segundo comunicado, o agente se chamava William Evans e era conhecido pelo apelido Billy. Ele estava na corporação há 18 anos, desde 7 de março de 2003. "Por favor, mantenham o policial Billy e sua família em suas orações e pensamentos", pediu a chefe interina da polícia, Yogananda Pittman.

Evans patrulhava a região por volta das 14h (horário de Brasília), quando um homem em um sedam azul invadiu a área cercada e atropelou o agente e um colega. O suspeito foi baleado e também morreu depois de sair do carro carregando uma faca.

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De acordo com vários veículos da imprensa americana, o homem se chamava Noah Green, tinha 25 anos e era de Indiana, mas sua identidade não foi confirmada pelas autoridades de segurança.

Heroísmo

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, afirmou, em comunicado, que o Congresso está preparado para ajudar autoridades de segurança nas investigações sobre o incidente no Capitólio, em Washington, nesta tarde, que acarretou na morte do policial Willians Evans.

Na nota, a deputada chamou o agente de "mártir da nossa democracia" e expressou gratidão pelo trabalho da polícia. "Hoje, mais uma vez, esses heróis arriscaram suas vidas para proteger o nosso Capitólio e nosso país, com a mesmo altruísmo visto em 6 de janeiro", destacou, em referência à invasão da sede do legislativo americano durante sessão que certificou a vitória de Joe Biden nas eleições de 2020.

Pelosi pediu para que nunca se esqueça do "heroísmo" daqueles que trabalharam para defender a democracia. "Que sirva de conforto para a família do policial Evans que o fato de tantas pessoas estarem de luto com eles e por eles neste triste momento", concluiu.

A Polícia do Capitólio (USCP, na sigla em inglês), em Washington, informou, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (2) que um dos policiais envolvidos no incidente ocorrido hoje próximo da sede do legislativo americano morreu. Segundo a USCP, o caso ainda está sendo investigado, mas não há evidências de que tenha sido um ato de terrorismo ou de que haja ameaça a membros do Congresso.

As autoridades de segurança informaram que, por volta das 14h02 (horário de Brasília), um motorista atropelou dois policiais e atingiu uma barreira. O suspeito, então, saiu do carro com uma faca e foi em direção aos dois agentes, que atiraram no homem. Encaminhado ao hospital, o motorista também morreu.

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A polícia acrescentou que não pode divulgar detalhes adicionais para não prejudicar as investigações.

O isolamento na região do Capitólio, em Washington, foi retirado informou a polícia local, nesta sexta-feira (2). A área havia sido isolada logo após um motorista bater em uma barricada e ferir dois policiais. Um dos agentes e o suspeito morreram no incidente.

O local exato em que o crime ocorreu, contudo, seguirá com acesso restrito.

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O Capitólio, centro legislativo dos Estados Unidos, e as ruas do entorno foram fechados após uma ameaça de segurança nesta sexta-feira (2). A Polícia do Capitólio divulgou em sua conta oficial do Twitter que alguém bateu com um veículo em dois policiais. 

Um suspeito está em custódia. Os dois policiais ficaram feridos. Os três foram encaminhados ao hospital.

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Um assessor do Congresso e uma fonte da Polícia do Capitólio disseram à CNN que o suspeito bateu com o carro em uma barricada e saiu portando uma faca. Em seguida, a polícia atirou contra o suspeito.

Dezenas de carros policiais se dirigiram ao prédio, informou a agência Reuters. Um helicóptero também foi visto no local. 

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O deputado Eduardo Bolsonaro negou na segunda-feira (8) ter participado de uma "reunião secreta" nos EUA, onde teria sido discutida a invasão de militantes aliados do então presidente Donald Trump ao Capitólio. "Eu queria ser tão poderoso como falam que eu sou", disse o deputado, que está em viagem a Israel com uma comitiva do governo brasileiro.

O deputado afirma que estava em Washington, tentando agendar uma reunião com Jared Kushner, o genro de Trump. No entanto, como ele estava em viagem, numa missão para o Oriente Médio, ele teria sugerido a Eduardo Bolsonaro que se reunisse com sua mulher, Ivanka. Eduardo conta que aceitou a sugestão. "Ivanka, inclusive, segurou minha bebê no colo", disse o deputado. A foto foi postada por Eduardo nas redes sociais.

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A reunião, que aconteceu na Casa Branca, foi a respeito das iniciativas conservadoras que o deputado lidera no País. "Estamos levando para o Brasil o CPAC (conferência de ação política conservadora), que é o maior movimento conservador do mundo, ainda este ano, em junho."

Eduardo fez críticas ao ato de grupos pró-Trump, em janeiro. "Foi um movimento desorganizado. Foi lamentável. Ninguém desejava que isto ocorresse", disse. De acordo com ele, a invasão não serviu de nada, pois não havia um plano de ação elaborado.

"Se fosse organizada, teriam tomado o Capitólio e feito reivindicações que já estariam previamente estabelecidas pelo grupo invasor. Eles teriam um poder bélico mínimo para não morrer ninguém, matar todos os policiais lá dentro ou os congressistas que eles tanto odeiam. No dia em que a direita for 10% da esquerda, a gente vai ter guerra civil em todos os países do Ocidente", disse Eduardo Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A força policial encarregada da segurança do Capitólio anunciou nesta quarta-feira (3) que reforçou a segurança em Washington depois que os serviços de inteligência descobriram uma "possível conspiração para invadir" o Congresso na quinta-feira (4).

"Recebemos informações [da inteligência] mostrando uma possível conspiração por uma milícia identificada para invadir o Capitólio na quinta-feira, 4 de março", informou a polícia do Capitólio em um comunicado no Twitter.

Este alerta ocorre quase dois meses após um ataque mortal por apoiadores do ex-presidente Donald Trump.

"Já realizamos grandes melhorias de segurança" após o ataque de 6 de janeiro, acrescentou a força.

Além disso, a segurança do Capitólio acrescentou que está "alerta e preparada para qualquer ameaça potencial para os membros do Congresso ou para o complexo do Capitólio".

E apontou que leva "muito a sério" os relatórios da inteligência e que está trabalhando com as forças locais, estaduais e federais para "impedir qualquer ameaça ao Capitólio", embora tenha evitado aprofundar os detalhes.

Na terça-feira à noite, a polícia do Capitólio informou que foi alertada sobre "preocupantes informações relacionadas ao dia 4 de março" e que tomou medidas "imediatas" para reforçar a segurança.

O chefe dos serviços de protocolo e segurança no Congresso, Timothy Blodgett (o Sargento de Armas interino), enviou uma mensagem aos congressistas na segunda-feira informando-os que estava trabalhando de perto com a polícia para monitorar a informação "relacionada ao 4 de março e às possíveis manifestações em torno do que alguns chamam de 'o verdadeiro dia da posse'".

No entanto, "a importância desta data aparentemente diminuiu entre diferentes grupos nos últimos dias", destacou em um e-mail publicado pela imprensa americana.

Até 1933, os presidentes americanos tomavam posse em 4 de março, e não em 20 de janeiro como ocorre atualmente.

Durante a presidência de Donald Trump, apoiadores da teoria conspiratória do grupo QAnon começaram a divulgar que o dia 4 de março seria a próxima oportunidade para o retorno de Trump.

Não há evidências de que isso vai acontecer.

Membros autoproclamados da organização QAnon estiveram entre os manifestantes do ataque de 6 de janeiro, que protestavam contra uma suposta fraude na eleição presidencial na qual Trump foi derrotado por Biden.

Um ano depois do primeiro julgamento político, o ex-presidente Donald Trump enfrentará a partir de terça-feira (9) um segundo processo no Senado, cujos integrantes devem determinar se ele incitou ou não o ataque ao Capitólio que deixou cinco mortos em janeiro.

Os 100 senadores também entrarão em território polêmico e inexplorado ao julgar um presidente que não está mais no cargo. Trump continua gravitando ao redor do Partido Republicano, apesar de ter deixado a Casa Branca, mas hoje parece politicamente enfraquecido.

No centro dos procedimentos da próxima semana está o ataque de 6 de janeiro, quando centenas de partidários de Trump invadiram o Congresso, enfrentaram a polícia e tentaram impedir a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden.

O levante, que segundo alguns congressistas democratas foi uma tentativa de golpe protagonizada por terroristas domésticos, foi descrito como o maior ataque à democracia americana desde a Guerra Civil de 1860.

A ação deixou os membros do Congresso em choque e a nação tão enfurecida que os democratas iniciaram de maneira imediata o processo de destituição contra Trump, duas semanas antes do fim de seu mandato.

Em 13 de janeiro, a Câmara de Representantes o acusou de "incitação à insurreição", o que transformou Trump no primeiro presidente americano a ser submetido duas vezes a um julgamento político. Nenhum outro comandante em chefe foi tão desonrado.

Nenhum presidente dos Estados Unidos, no entanto, foi condenado em um julgamento de impeachment no Congresso e provavelmente esta não será a exceção. Um dos principais objetivos dos democratas que defendem o julgamento político seria conseguir que Trump não possa mais ocupar um cargo eletivo no futuro.

Os canais de televisão americanos cobriram o ataque ao Congresso ao vivo. Alguns vídeos que circularam na internet mostram participantes da invasão ao Capitólio repetindo que Trump "nos quer aqui". Os críticos do ex-presidente afirmam que ele violou o juramento ao incitar o ataque de seus partidários.

O republicano e seus aliados argumentam que o julgamento é inconstitucional porque o Senado pode condenar e destituir um presidente em exercício, mas não um cidadão comum. Esta abordagem permitiria à equipe de defesa e aos senadores republicanos evitar a necessidade de defender os tuítes e diatribes de Trump no período prévio ao ataque.

A presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, que reuniu um equipe de nove democratas para atuar como relatores do julgamento político, afirma que não condenar o ex-presidente prejudicaria a democracia americana.

"Veremos se este Senado é corajoso ou covarde", afirmou Pelosi na quinta-feira.

"Barril de pólvora"

Condenar Trump exige o voto de mais de dois terços dos senadores, o que significa que 17 republicanos precisariam votar ao lado dos 50 democratas, algo pouco provável. Mas o ex-presidente tem muito a perder com o julgamento, que será exibido ao vivo.

Embora conserve uma sólida base de apoio, os distúrbios provocaram uma forte queda em sua popularidade, o que não é bom para um homem de 74 anos que almeja disputar as eleições presidenciais de 2024.

Em um relatório prévio ao julgamento que resume seus argumentos, a equipe de nove democratas reunida por Pelosi acusa Trump de "fabricar um barril de pólvora, riscar um fósforo e depois buscar uma vantagem pessoal do caos resultante".

Também sinalizaram a intenção de utilizar várias declarações públicas incendiárias do próprio Trump, incluindo seu discurso de 6 de janeiro anterior aos distúrbios, pronunciado para uma multidão de simpatizantes perto da Casa Branca e no qual pediu que as pessoas demonstrassem "força".

"Vocês nunca terão o nosso país de volta com fraqueza", disse Trump, antes de pedir aos manifestantes a "lutar como o inferno ".

Os advogados de defesa priorizam dois pontos: que o julgamento é "discutível" porque Trump não pode ser destituído de um cargo que não ocupa mais e que o ex-presidente utilizou seu direito à livre expressão quando expressou dúvidas sobre o resultado eleitoral, assim como quando pronunciou o discurso inflamado de 6 de janeiro.

Os parâmetros do julgamento ainda não foram estabelecidos.

Os democratas não anunciaram que provas utilizarão nem as pessoas que pretendem convocar como testemunhas, por exemplo os policiais que trabalhavam no Capitólio. Mas o convite para que Trump testemunhe no julgamento foi rejeitado pela equipe do ex-presidente.

De acordo com a imprensa americana, os democratas não consideram a ideia de obrigar Trump a comparecer ao processo.

Os republicanos, divididos sobre a futura orientação do partido, não desejam aprofundar ainda mais suas divergências por este episódio.

Muitos democratas pretendem priorizar os acordos com a oposição para aprovar o gigantesco pacote apresentado pelo presidente Biden para combater a pandemia de covid-19.

O Capitólio dos Estados Unidos, sede do poder legislativo federal do país, foi fechado nesta segunda-feira (18) devido a uma ameaça externa de segurança não especificada.

Medidas de segurança adicionais já vinham sendo introduzidas no Capitólio desde o último dia 6, quando apoiadores do presidente Donald Trump invadiram o edifício na tentativa de boicotar uma sessão do Congresso dedicada à certificação dos resultados da última eleição presidencial, vencida pelo democrata Joe Biden mas muito contestada por Trump e seus seguidores.

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Nesta segunda-feira (18), um ensaio da cerimônia de posse estava sendo realizado no local quando, segundo a Reuters, o Congresso foi bloqueado para entrada e saída devido a uma "ameaça externa à segurança". O ensaio, então, foi cancelado e os presentes foram evacuados por agentes que faziam a segurança do prédio.

A Polícia do Capitólio emitiu um aviso aos funcionários da Câmara dos Representantes e do Senado pedindo que ficassem longe das janelas e portas externas ou buscassem cobertura caso estivessem do lado de fora do edifício.

Mais tarde, no entanto, foi esclarecido que a movimentação teria sido causada por um incêndio nas proximidades do Capitólio, em um acampamento para pessoas desabrigadas da região.

Da Sputnik Brasil

Um homem fortemente armado foi preso na sexta-feira (15) em Washington enquanto tentava passar por um dos muitos postos de controle perto do Capitólio, onde o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, tomará posse em alguns dias, de acordo com um relatório policial consultado pela AFP.

Wesley Allen Beeler, da Virgínia, foi pego a poucos metros da sede do Congresso dos Estados Unidos na noite de sexta-feira. A polícia encontrou uma pistola carregada e mais de 500 cartuchos de munição com o homem, que foi preso.

Diante do violento ataque ao Capitólio por apoiadores de Trump em 6 de janeiro, Washington tomou uma série de medidas nos últimos dias e parece um campo de guerra, com blocos de concreto e arame farpado.

Às vésperas da cerimônia de posse do democrata Joe Biden, em 20 de janeiro, as autoridades temem novos problemas.

Donald Trump se tornou o primeiro presidente americano na História a enfrentar um impeachment duas vezes, quando a Câmara de Representantes aprovou nesta quarta-feira (13) o procedimento, acusando-o de incitar a invasão ao Capitólio, sede do Congresso, na semana passada.

O Senado não deve celebrar o julgamento antes de 20 de janeiro, quando o democrata Joe Biden assumirá a Presidência, o que significa que o magnata do setor imobiliário se livrará do risco de ter que deixar o cargo antecipadamente.

No entanto, ele encerrará seu mandato com desonra, e enfrentará depois o julgamento no Senado, e se for condenado, provavelmente será impedido de disputar a Presidência de novo em 2024.

"Donald Trump merecidamente se tornou o primeiro presidente da História americana com a mácula de enfrentar o impeachment duas vezes", disse o senador democrata Chuck Schumer, que se tornará líder da Câmara alta em uma semana.

Na Câmara de Representantes, a pergunta era apenas quantos republicanos haviam se unido à maioria democrata na votação por 232 a 197. Na contagem final, dez republicanos romperam com suas fileiras, inclusive a número três do partido na casa, Liz Cheney, filha do ex-vice-presidente Dick Cheney.

Com Washington sob tensão sete dias após o ataque ao Capitólio, Trump pediu calma.

"Insisto para que NÃO haja violência, NÃO sejam cometidos delitos e NÃO haja vandalismo de nenhum tipo. Isso não é o que eu defendo, nem tampouco o que os Estados Unidos defendem", afirmou em um comunicado emitido pela Casa Branca.

Pouco antes, a presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, acusou Trump de ter incitado uma "rebelião armada" ao pedir votos pela sua deposição.

"O presidente dos Estados Unidos incitou esta insurreição, esta rebelião armada", declarou a líder democrata antes da votação da acusação formal pelo ataque ao Capitólio que deixou cinco mortos e chocou o mundo.

"Deve partir. É um perigo claro e presente para a nação que todos amamos", disse ela em um Congresso entrincheirado.

A sete dias da posse de Joe Biden, Washington, sob um forte esquema de segurança, estava irreconhecível.

- Militares no Capitólio -

As imagens eram impactantes: dezenas de militares da reserva passaram a noite dentro do Congresso. Muitos dormiam no chão das salas e corredores.

Blocos de concreto separavam os cruzamentos principais do centro da cidade; enormes barreiras de metal cercavam prédios federais, incluindo a Casa Branca, e a Guarda Nacional estava por todos os lados.

Os debates na Câmara dos Representantes começaram às 9h locais (11h de Brasília) e a votação do impeachment, às 15h locais (17h de Brasília).

Seu resultado marcou a abertura formal do processo de impeachment contra o 45º presidente americano.

As intervenções dos congressistas foram enérgicas. Trump é um "tirano", lançou a democrata Ilhan Omar. "Não podemos virar a página sem fazer nada", disse ela.

A republicana Nancy Mace afirmou que o Congresso deveria exigir que o presidente fosse responsabilizado por suas ações, mas considerou irresponsável agir de "forma precipitada".

Havia nuances nos discursos dos republicanos. O líder desse bloco na Câmara, Kevin McCarthy, reconheceu que Trump tem "responsabilidade" pelos distúrbios, mas considerou um erro submetê-lo a um impeachment em um curto espaço de tempo. Em vez disso, propôs uma declaração de "censura", que na prática tem um efeito basicamente simbólico.

Cada vez mais isolado, o tempestuoso presidente tentou na terça-feira minimizar o procedimento contra ele, descrevendo-o como uma "continuação da maior caça às bruxas da história política".

Poucos dias antes de partir para sua residência em Mar-a-Lago, Flórida, onde sua nova vida como "ex-presidente" deve começar, o magnata republicano parecia cada vez mais desconectado do que está acontecendo na capital americana.

Nenhum representante de seu partido apoiou o impeachment anterior em 2019, e apenas um senador, Mitt Romney, votou para condená-lo. O presidente foi então absolvido da acusação de reter ajuda financeira para obrigar a Ucrânia a investigar uma suposta corrupção de seu adversário político Biden.

Mas desta vez, o cenário é diferente.

- Virar a página? -

Em um sinal do que pode preocupar Trump e seu possível futuro político, Mitch McConnell, líder da maioria republicana no Senado, disse a seus aliados, segundo reportagens do New York Times e da CNN, que via o "impeachment" favoravelmente, considerando que o julgamento tem fundamento e ajudaria o Partido Republicano a virar a página de Trump para sempre.

Em nota a seus colegas, McConnell afirmou nesta quarta que não tomou ainda uma decisão sobre o impeachment do presidente Donald Trump e não descarta votar a favor. "Pretendo ouvir os argumentos legais quando forem apresentados no Senado", disse.

Este estrategista inteligente, aliado altamente influente e crucial de Trump por quatro anos, pode ser a chave para o resultado desse processo histórico, porque poderia encorajar senadores republicanos a condenar o 45º presidente americano.

Os democratas assumirão o controle da Câmara alta em 20 de janeiro, mas precisarão convencer muitos republicanos para obter a maioria de dois terços necessária para a condenação.

De Álamo, no Texas, para onde viajou para comemorar a construção do muro na fronteira com o México, ele tentou mostrar uma imagem menos agressiva, pedindo "paz e calma".

O presidente não assumiu nenhuma responsabilidade pelo incidente violento no Capitólio, garantindo que seu discurso foi "totalmente adequado".

Seu vice-presidente, Mike Pence, se recusou a invocar a 25ª Emenda à Constituição, que permitiria declarar o republicano inapto para o cargo.

Apesar dessa rejeição, a Câmara de Representantes aprovou uma resolução simbólica pedindo que ele invocasse essa emenda.

Ainda contando com o apoio de alguns parlamentares, o presidente está mais isolado do que nunca após uma série de renúncias em seu governo.

Criticado por sua demora em enviar a Guarda Nacional na quarta-feira, o Pentágono destacou até 15.000 membros para a posse.

Inicialmente mobilizados para fornecer apoio logístico à polícia, seus integrantes começaram a portar armas na noite de terça-feira.

A exemplo da tensão que reina em Washington, o Airbnb anunciou o cancelamento e bloqueio das reservas em sua plataforma na capital federal durante a semana da posse do futuro presidente dos EUA e o Google anunciou que a partir de quinta-feira bloqueará toda publicidade política.

O filho de um juiz de Nova York foi detido nesta terça-feira (12) por participar da violenta invasão do Capitólio na semana passada por apoiadores do presidente Donald Trump, afirmaram promotores.

Aaron Mostofsky, de 34 anos, é o último da lista de simpatizantes do presidente que será denunciado pela invasão da sede do Congresso americano na quarta-feira passada, que fez os legisladores temerem por suas vidas.

Mostofsky foi alvo de quatro acusações, incluindo roubo de propriedade do governo, ingresso ilegal a prédio restrito e conduta desordeira, segundo a ata da acusação.

Os promotores alegam que ele roubou o escudo e um colete à prova de balas, usados por policiais anti-distúrbios.

Eles citaram fotos de Mostofsky, inclusive uma postada em sua conta no Instagram, em que aparece dentro do Capitólio com o colete e o escudo. Ele também vestia peles e carregava um bastão.

"Eu não acho que 75 milhões de pessoas votaram em Trump. Acho que foram quase 85 milhões", disse Mostofsky ao jornal New York Post no dia da invasão.

"Eu acho que alguns estados que ficaram vermelhos por muito tempo, passaram a ficar azuis e foram roubados, como Nova York", acrescentou, em alusão às cores vermelha, do Partido Republicano, e azul, do Democrata.

A campanha de Trump perdeu dezenas de recursos em diversos estados, onde os juízes afirmaram que não há evidências de qualquer fraude significativa nas eleições presidenciais de novembro.

O democrata Joe Biden teve sete milhões de votos a mais que Trump e venceu as eleições com 306 votos no colégio eleitoral contra 232.

Mostofsky pode ser condenado a até dez anos de prisão se for condenado pelo crime mais sério: o de roubo a propriedade do governo.

Nesta terça, ele se apresentou a um juiz do Brooklyn, que o liberou sob fiança e algumas condições, como evitar reuniões políticas e não deixar Nova York sem permissão.

O pai de Mostofsky é Shlomo Mostofsky, juiz da Suprema Corte do estado no Brooklyn e uma figura proeminente na comunidade judaica ortodoxa nova-iorquina.

Centenas de pessoas podem ser presas por vínculos com a invasão do capitólio e algumas podem responder por insurreição e conspiração, disse nesta terça-feira o procurador Michael Sherwin, do distrito de Columbia, onde fica a capital, Washington.

Três dos manifestantes pró-Trump cujas imagens viralizaram no mundo após a violenta invasão do Capitólio na quarta-feira, incluindo o homem com o chapéu com chifres de bisão, foram presos, anunciaram as autoridades americanas neste sábado (9).

Jacob Anthony Chansley, também conhecido como Jake Angeli, e dois outros ativistas - incluindo um funcionário estadual recém-eleito - foram indiciados no tribunal federal em conexão com a violência, de acordo com o gabinete do procurador do Distrito de Columbia.

Chansley foi acusado de "entrar ou permanecer intencionalmente em um prédio ou terreno restrito sem autoridade legal e por entrada violenta e conduta desordenada nas instalações do Capitólio".

O comunicado indica que Chansley foi "o homem visto na cobertura da mídia que entrou no edifício do Capitólio vestido com chapéu de chifres, um cocar de pele de urso, pintura facial vermelha, branca e azul, sem camisa e calças marrons", enquanto "carregava uma longa lança com a bandeira americana presa."

A semelhança de Chansley com o cantor Jay Kay rapidamente se espalhou pelas redes sociais, levando o líder da banda Jamiroquai a emitir uma declaração esclarecendo que ele não estava nem perto de Washington quando a multidão de apoiadores de Trump invadiu o Capitólio.

Chansley se descreve como um "soldado digital" da teoria da conspiração de extrema direita QAnon, que afirma que Trump está travando uma guerra secreta contra um culto liberal global de pedófilos adoradores de Satanás.

Os outros dois homens presos são Derrick Evans, 35, recém-eleito para a Câmara dos Delegados da Virgínia Ocidental, e Adam Johnson, 36, da Flórida.

Muitos dos invasores não dificultaram suas identificações pelas autoridades. De acordo com o gabinete do promotor, em um dos vídeos Evans pode ser visto gritando ao cruzar a porta do Capitólio: "Estamos dentro, estamos dentro! Derrick Evans está no Capitólio!"

Já Johnson foi identificado pelas fotos que circularam pelo mundo em que é visto sorrindo e acenando para a câmera enquanto caminha pela Rotunda do Capitólio com o púlpito da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, como troféu.

O Departamento de Justiça já anunciou na sexta-feira que outras 15 pessoas foram indiciadas na operação, incluindo um homem acusado de possuir explosivos.

O Google anunciou na sexta-feira a remoção do aplicativo Parler de sua loja online por permitir "conteúdo extremista" que poderia incitar a violência como a vista esta semana no Capitólio dos Estados Unidos.

A rede social Parler se tornou um refúgio para personalidades de extrema direita que afirmam ter sido censuradas por outras plataformas.

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"Estamos cientes das postagens no aplicativo Parler que buscam incitar a violência em curso nos Estados Unidos", declarou o Google em resposta a uma pergunta da AFP.

"Para distribuir um aplicativo no Google Play, exigimos que os aplicativos implementem um controle robusto contra conteúdo extremista", acrescentou a empresa, referindo-se à sua loja de aplicativos para dispositivos móveis com sistema operacional Android.

Seguidores do presidente Donald Trump e de sua tese de fraude eleitoral nas eleições presidenciais migraram para redes sociais alternativas que não filtram suas declarações infundadas.

Essa migração favoreceu algumas plataformas como Parler, Newsmax e Rumble, que rejeitam a abordagem de gigantes como Facebook e Twitter de marcar e limitar o alcance de teorias da conspiração.

Facebook e Twitter suspenderam as contas de Trump na sexta-feira, citando temores de mais incitação à violência, como as vistas na sede do Congresso americano na quarta-feira.

"Tendo em vista a contínua ameaça à segurança pública, estamos suspendendo o aplicativo da Play Store até que o mesmo resolva esses problemas", esclareceu o Google sobre o Parler.

De acordo veículos de imprensa, a Apple alertou Parler que seu app poderia ser removido de sua App Store se não tomasse medidas para evitar que seus usuários planejem atividades violentas em sua plataforma.

Parler e outros sites semelhantes têm sido palco de declarações racistas e antissemitas e atraem grupos que foram banidos de outras plataformas por postagens de ódio ou de promoção à violência.

Um agente da polícia do Congresso dos Estados Unidos morreu na noite desta quinta-feira (07) elevando para cinco o total de vítimas da invasão do Capitólio por apoiadores de Donald Trump ocorrida um dia antes.

Segundo nota oficial da corporação, Brian Sicknick "estava respondendo ao ataque de quarta-feira, 6 de janeiro, no Capitólio e foi ferido enquanto lutava fisicamente contra os manifestantes". "Ele voltou para a base e desmaiou. Levado ao hospital, porém, morreu por consequência das feridas", conclui o comunicado.

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Essa é a primeira baixa entre os agentes de defesa do prédio e outros três foram internados por conta dos ferimentos. Ao todo, 14 policias de diversas corporações federais e locais ficaram feridos na ação.

A identidade das outras quatro vítimas não foi revelada pelas autoridades, mas uma mulher, identificada como Ashli Babbit, 35 anos, foi confirmada como uma das vítimas por familiares ouvidos pela mídia. Ela morreu com um tiro no peito ao tentar invadir uma área dentro do Congresso.

Mais de 60 pessoas foram presas pela ação da última quarta-feira, uma invasão inédita na história dos Estados Unidos.

Diversos veículos de mídia do país estão informando que o chefe da Polícia do Capitólio irá renunciar ao cargo no próximo dia 16 de janeiro, pouco antes da posse de Joe Biden, que será realizada no dia 20.

Há muitos questionamentos sobre a defesa do prédio no dia do ataque, pois os manifestantes conseguiram invadir um dos prédios mais importantes da capital Washington sem sofrer grandes repressões e ficaram por quase duas horas no local. Diversas foram as imagens mostrando agentes tirando fotos com os invasores ou levando pela mão pessoas que tinham cometido o crime.

Da Ansa

O presidente em fim de mandato dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu "reconciliação" nesta quinta-feira, após cenas chocantes de violência de seus apoiadores no Congresso, prometendo uma transição "suave" de poder com o presidente eleito Joe Biden.

Em um vídeo em sua conta desbloqueada no Twitter, Trump também se disse "chocado com a violência" do dia anterior na sede do Congresso americano, que resultou em mortes.

"Um novo governo será inaugurado em 20 de janeiro. Meu foco agora será garantir uma transição suave, ordenada e tranquila. Este momento exige cura e reconciliação", afirmou.

Trump divulgou o vídeo depois que pedidos de impeachment se multiplicaram no país, um dia depois que seus seguidores, inflamados pelo magnata republicano, invadiram o Capitólio e forçaram os congressistas a se proteger.

Incentivada por um discurso furioso de Trump, uma multidão rompeu as barricadas e entrou no Congresso, onde saquearam escritórios e entraram no normalmente solene Senado.

As forças de segurança tiveram que disparar gás lacrimogêneo durante uma operação de quatro horas para desocupar o prédio.

A polícia relatou que uma mulher, aparentemente uma apoiadora de Trump da Califórnia, foi baleada e morta. Outras três pessoas morreram nas proximidades em circunstâncias pouco claras.

A resposta de Trump à violência, usando as redes sociais para reiterar suas acusações nunca comprovadas de fraude eleitoral, escandalizou e gerou suspensões das contas do presidente nas principais plataformas digitais.

Trump, porém, usou um tom mais conciliador no vídeo de 160 segundos publicado nesta quinta-feira, descrevendo os quatro anos de sua presidência como "a honra de sua vida".

O presidente em fim de mandato fez uma denúncia clara contra a violência de quarta-feira, pedindo que "os temperamentos se acalmem e a calma seja restaurada".

“E quem infringir a lei vai pagar”, alertou.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, respondeu nesta quinta-feira (7) aos críticos que compararam os Estados Unidos a uma 'república de bananas' após a invasão de partidários de Donald Trump no Capitólio.

“Essa calúnia revela um entendimento equivocado das repúblicas de bananas e da democracia nos Estados Unidos”, afirmou o secretário de Estado, um grande aliado de Trump.

Vários críticos estrangeiros, assim como o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush (2001-2009), lançaram a analogia depois que uma multidão, inflamada por Donald Trump, invadiu o Capitólio e interrompeu a sessão do Senado de certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de novembro.

Pompeo acrescentou no Twitter que “em uma república de bananas, a violência da multidão determina o exercício do poder. Nos Estados Unidos, os policiais esmagaram essa violência para que os representantes do povo pudessem exercer o poder de acordo com a lei e o governo constitucional".

Bush apontou na quarta-feira para a "conduta irresponsável" de membros de seu Partido Republicano como catalisadores da "insurreição".

“É assim que os resultados de uma eleição são disputados em uma república de bananas, não em nossa república democrática”, acrescentou.

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