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A chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Bagé, no Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira, 19, foi marcada pelo clima de tensão. Com cavalos, tratores e pixulecos - bonecos de Lula vestidos de presidiários-, produtores rurais e empresários da cidade ficaram concentrados a poucos metros dos militantes petistas que foram até a entrada da Unipampa para assistir ao discurso do ex-presidente na etapa gaúcha da "Caravana Lula pelo Brasil".

Em cartazes e gritos de "Lula, ladrão", os ruralistas fizeram referência à condenação judicial que pode acarretar na prisão do ex-presidente. Os dois grupos de manifestantes foram separados por um cordão de isolamento feito por policiais para evitar confrontos. O "duelo", no entanto, ficou restrito apenas à troca de ofensas.

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"A direita fascista deveria ter vindo protestar quando criei a Unipampa, porque a elite nunca quis que o pobre tivesse acesso à universidade", afirmou Lula sobre a presença dos ruralistas no evento. A Universidade Federal do Pampa foi criada sob sua gestão.

O organizador do protesto e presidente da Associação Rural Bagé, Rodrigo Moglia, rechaçou a manifestação de Lula e afirmou que hoje quem discorda da esquerda é taxado de "direita fascista". Ele explicou que a manifestação foi motivada pela presença do ex-presidente em uma universidade pública para realização de um ato de campanha eleitoral.

"É uma afronta à lei. Protestamos para que a justiça se faça cumprir e prenda este condenado. Qualquer outro cidadão brasileiro que não disponha de bancas caríssimas de advogados, já estaria preso", disse Moglia.

Bagé foi a primeira parada do ex-presidente na caravana gaúcha, que passará por mais outras 10 cidades do Estado. Ainda nesta segunda-feira, Lula visita o município de Santana do Livramento, onde se encontrará com o ex-presidente do Uruguai, José Mujica.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou, nesta segunda-feira (19), uma caravana pelo Sul do país. O giro pela região será até o próximo dia 28. A nova edição do projeto Lula Pelo Brasil acontece no mesmo período em que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) deve julgar os recursos impetrados pela defesa do ex-presidente diante da sentença que o condena a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, por lavagem de dinheiro e corrupção em um dos processos que da Lava Jato. 

A previsão é de que os recursos sejam analisados entre os dias 26 e 28 de março, em seguida o TRF4 poderá, a qualquer momento, mandar expedir o cumprimento da sentença com a prisão de Lula. Para evitar isso, a defesa de Lula ingressou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a execução da pena aconteça apenas com o esgotamento de todos os recursos em todas as instâncias judiciais, inclusive no próprio STF. 

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Apesar da estratégia, dentro do PT já há quem cogite que a prisão seja efetuada no início de abril. A legenda já se articula para nomear um porta-voz oficial visando emitir a postura de Lula sobre o cenário do país, enquanto ele estiver preso. O próprio Lula, no livro "A Verdade Vencerá - o povo sabe por que me condenam" já admite a possibilidade de enfrentar a cadeia e pondera estar pronto para ser preso. 

Em entrevista feita exclusivamente para o livro, o jornalista Juca Kfouri pergunta a Lula: "O senhor está cogitando a hipótese de ser preso?" E o ex-presidente responde: "Estou. O que não estou é preparado para a resistência armada, nem tenho mais idade. Como sou um democrata, nem aprender a atirar eu aprendi".

Agenda

Hoje o petista passa por Santana do Livramento, onde construiu um campus binacional de ensino técnico e superior na fronteira com o Uruguai. Ele vai participar de uma conversa com o ex-presidente e atual senador uruguaio Pepe Mujica. Além disso, ele visita também a Universidade Federal da Integração Latino-Americana, em Foz do Iguaçu.

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No segundo semestre de 2017, Lula percorreu todos os estados do Nordeste, o norte de Minas Gerais, o Espírito Santo e o Rio de Janeiro.

São cerca de 20h quando os integrantes da Caravana do Tio Chico começam a se concentrar no apartamento de uma das organizadoras. O grupo, que tem como finalidade levar um pouco de alimento, todas as últimas sexta-feira do mês para os moradores de rua de Jaboatão dos Guararapes e do Recife, está prestes a começar mais uma ação natalina especial. Essa caravana, composta por cerca de 35 pessoas, leva algo muito maior e que não tem preço para essa parte da sociedade excluída: o afeto e amor ao próximo.

A rodada da Caravana Tio Chico do mês de dezembro teve um toque especial: desta vez fizeram uma ceia de Natal simbólica para cada morador de rua com um jantar especial. No cardápio, nada de sopa e sanduiche, como de costume. A escolha foi risoto de frango. Se por si só, o prato inusitado surpreende, cada um também ganhou um kit especial que contém mini-panetones, bolacha e mais outros produtos, além de ganhar água, suco e coca-cola. 

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A caravana surpreende ainda mais pelo fato de que a equipe sai do bairro de Candeias, no ponto de concentração, em uma fileira de carros. Os chamados “olheiros” avisam na hora que os veículos devem parar ao avistar um morador de rua. A entrega é feita e seguem o caminho, que pode se estender até o centro do Recife. Um acordo existe: as entregas só podem ser encerradas com a entrega de todos os produtos. Isso significa que pode levar até mais de sete horas percorridas em linha reta. Muitas das vezes a “ronda do amor” vira a madrugada terminando às 4h.

                                 Caravana marcou o Natal de moradores de rua

Na primeira parada, um morador de rua dorme, mas é acordado com carinho por uma parte do grupo para fazer a entrega. Seu Luiz Severino, 63 anos, descansava ao lado de uma bíblia. Questionado sobre o significado, ele falou que é para pedir sempre a “proteção” de Deus. Seu Severino contou que ganhou a escritura sagrada de uma senhora que desconhecia. Hoje a bíblia se tornou também companhia. 

Sobre o que pediria neste Natal, caso pudesse, seu Severino foi direto. “O que eu posso pedir se eu não tenho o básico?”, indagou. Mas, ele pensa e pouco depois responde: “Meu desejo é um trabalho, é o que eu desenho para eu poder ter onde morar”.

Outro fato que faz o trabalho ser ainda mais admirado é que a caravana não recebe nenhum apoio de empresa ou qualquer outro tipo de patrocínio. As doações acontecem em um trabalho árduo e de formiguinha pedindo para amigos compartilhando grupos de Whatsapp. Um trabalho que requer paciência e união.

Na parada seguinte, a caravana encontra uma família ainda catando entre os lixos encontrados, o que era possível para reciclagem. Uma das integrantes se aproxima de uma com carinho e lhe estende a mão para cumprimentar. A catadora, que se chama Maria Janeide, fica admirada e responde: “Mas como vou lhe dar a mão? Eu estou com a mão suja”, disse parecendo não acreditar muito no que estava acontecendo. “Somos iguais”, respondeu a voluntária. 

A viagem dos amigos que pregam a bondade continua. Em mais uma entrega de kits, um dos excluídos pergunta: “Vocês são de qual igreja? Você são pessoas boas”. Um dos membros responde rapidamente: “Nós somos de todas as igrejas”.

Os moradores de ruas parecem agradecidos. “Essa é a verdadeira aula de Deus”, disse outro sem-teto. Em casa parada, a emoção toma conta. É já rotina, em um dos casebres onde vivem seis pessoas, no bairro de Piedade, uma parada para uma oração. Todos se abraçam e rezam. Murilo, um dos moradores, é conhecido e muito querido pelo grupo. Os olhos chegaram a se encher de lágrimas quando escutou seu nome sendo ecoado. “São todos bênçãos e o que desejo a todos que fazem o bem e muita felicidade, paz e muitos anos de vida”, falou.

Levar o amor a quem precisa

A cantora Felicidade Cordel, uma das idealizadoras, conta que a caravana existe há mais de 20 anos e que foi repassada entre gerações, mas que estava parada há cinco anos. A decisão de voltar a fazer o bem aconteceu há um ano juntando novamente amigos e família. “É uma caravana ecumênica que reúne Chico Xavier, Francisco de Assis e o papa Francisco. É uma caravana que recebe todas as religiões, para fazer o bem, levar amor e praticar a caridade, uma caravana que tem muitos jovens com o intuito sempre positivo”.

Felicidade conta que todo o trabalho é recompensador. “A gente sempre fala que a comida é só um meio da gente chegar até eles porque o alimento, em uma sexta do mês, não mata a fome deles, mas estamos fazendo a nossa parte. Eu sempre acredito que a miséria humana é a falta de amor entre os homens. Então, quanto mais a gente doa amor para as pessoas, eu acho que mais eles são recebidos e enchidos desse sentimento. Talvez não mate a fome, mas faz muito bem para eles e para a gente também. Eles não esquecem e a gente faz amigos na rua. Voltamos super felizes sempre terminando com outra vibração e com muitas histórias para contar. A gente acha que vai para a rua para levar coisas boas para eles, mas na verdade é a gente que recebe muito mais coisas boas do que o que doamos”, contou.

Quem quiser conhecer mais o projeto e fazer parte pode acessar o Facebook e o Instagram Caravana Tio Chico. “Primeira vez a gente nunca pede doação, pede para que venha para sentir como é e automaticamente começa a doar depois, mas a gente precisa mais de gente doando amor do que doação material”, ressaltou Felicidade.

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Em busca de um mundo melhor

A designer de interiores Katherine Escorel, que também é voluntária, declarou que um mundo melhor só é possível a partir do momento que você olha o próximo com sensibilidade e amor. “Um mundo melhor começa quando você deixa de olhar um morador de rua como uma ameaça e sim como um ser humano. É você passar por um local e ver aquelas pessoas não como coitadas, mas sim como um irmão que está passando por uma provação e que você pode, no mínimo, desejar um bom dia e dar um aperto de mão”.

Escorel ressaltou que a comida que eles recebem vai alimentar mais do que o corpo, a alma. “É muito mais o emocional e isso que é o importante: não é só dar o alimento, é dar o afeto. Você deixa de ver aquilo como caridade quando você percebe que aquilo foi importante: a palavra, o olhar e o carinho”.

“Então, acho que a nossa missão aqui é evoluir pessoalmente, espiritualmente e emocionalmente ajudando na evolução do próximo. Mais do que nunca numa época dessa onde Jesus é o maior exemplo porque ele sempre pregou sobre pensar no próximo. Esta caravana é especial”, finalizou.

A corretora de seguros Luciana Cavalcante lembrou que não há diferenciação entre as pessoas. “A gente não pode enxergar quem é que está recebendo. Não há essa distinção. Todos merecem amor e o alimento. Acredito que o que fazemos deveria ser regra e não exceção”, ressaltou.

 

Em seu último dia de caravana pelo Rio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer críticas à Operação Lava Jato e ao juiz federal Sérgio Moro. Condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelo juiz do Paraná, Lula fez de sua passagem pelo Estado um palanque para ataques contra as investigações de corrupção pelo País, chegando a colocar em xeque as acusações contra os ex-governadores fluminenses Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus.

"O Rio não merece a crise que está passando. Não merece ter governadores presos porque roubaram. Eu nem sei se isso é verdade, porque não acredito em tudo o que a imprensa fala. É importante investigar, saber a verdade", disse Lula.

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Em visita ao câmpus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Lula atacou o instrumento da delação premiada, um dos pilares da Lava Jato e fez críticas ao governo Michel Temer. "Vamos ver: onde está morando o Paulo Roberto (Costa, primeiro delator da Lava Jato)? Onde está morando o Sérgio Machado (ex-presidente da Transpetro que também fez acordo)? Onde estão morando as pessoas que prestaram delações? Estão fumando charuto cubano, tomando conhaque e rindo da nossa cara, quem está f... é o trabalhador", disse.

"Estão jogando a culpa da miséria do País na Previdência Social", afirmou Lula, que ainda disse que o presidente Michel Temer "não é um presidente, é um instrumento do poder financeiro brasileiro".

Durante sua passagem pelo Rio, Lula colocou em prática parte da narrativa que pretende adotar na campanha eleitoral. O ex-presidente dosou o tom contra a Lava Jato misturando elogios ao combate à corrupção e culpando a operação por parte da crise econômica do País.

"A Lava Jato fez um trabalho extraordinário, ela está conseguindo recuperar R$ 1,4 bilhão, mas ela significou um prejuízo ao País de R$ 140 bilhões. O juiz Moro e o Ministério Público têm que saber que se alguém nesse País brigou contra a corrupção foi o PT", afirmou Lula, para uma plateia de estudantes, professores e funcionários da universidade.

Com Lula, estavam o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, cotado para concorrer pelo PT ao governo do Rio, e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Procurado quando participava de uma solenidade na Petrobras, Moro recusou-se a comentar as declarações do ex-presidente. Afirmou que não comentava posições de condenados.

Triplex

Referindo-se à sentença em que foi condenado por Moro em julho por corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo o triplex no Guarujá (SP), Lula alegou ter sido injustiçado. "Moro viu que o apartamento não era meu, que não teve dinheiro da Petrobras, mas mesmo assim me condenou. Até testemunha de acusação, o Leo Pinheiro da OAS, o máximo que ele falou era que o Lula sabia, mas na audiência anterior falou que não sabia", disse.

As declarações de Lula contradizem a decisão do juiz que viu materialidade na acusação do MPF, que afirmou que o imóvel estava destinado ao ex-presidente como parte da propina desviada da Petrobras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Servidores municipais de Maricá, município praiano a 60 quilômetros da capital fluminense, foram convocados pela prefeitura, do PT, a assistir ao comício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira, 6, na praça central da cidade. Lula está em caravana pelo Espírito Santo e o Rio há três dias.

Às 17 horas, ainda no horário do expediente, servidores começaram a encher a praça. Dois grupos entrevistados pela reportagem disseram apoiar o ex-presidente, mas declararam que iriam de qualquer forma ao ato, por terem sido assim orientados por seus superiores. Eles não quiseram se identificar.

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Num outro grupo, funcionários da área de Assistência Social se diziam ansiosos para Lula chegar. "Quero muito vê-lo. Foi o melhor presidente do Brasil. Tenho certeza que pelo povo ele se reelegia ano que vem. Mas vão fazer tudo para impedir", disse Ângela Santos, de 44 anos. A colega Ana Cláudia Silva, de 41 anos, acha que "não vão conseguir provar nada contra Lula". "O povo quer ele de volta a qualquer custo", afirmou, desconhecendo a condenação a 9 anos e 6 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, que saiu em julho.

A população de Maricá foi chamada a assistir ao comício por carros de som que circularam desde segunda-feira pelas ruas. Dizendo-se um "não-petista", o professor Arthur Cirilo, de 21 anos, disse temer que Lula concentre a rejeição dos brasileiros à corrupção. "Acham que (o deputado Jair) Bolsonaro (PSC) é um salvador da pátria e vai deter a impunidade, o que não faz sentido. Ninguém lê nada, prefere ser massa de manobra. Lula nunca quis ser milionário, não é um Sergio Cabral (o ex-governador, aliado de Lula em seus mandatos, está preso há um ano por corrupção)".

O município é governado pelo PT há oito anos. A filha de Lula Lurian da Silva é dirigente local da legenda. Mais cedo, a prefeitura mandou arrancar cartazes colados em muros com dizeres contra o ex-presidente: "Fora de Maricá. Lula ladrão, seu lugar é na prisão".

A segurança foi reforçada pela polícia por conta da possibilidade de haver protestos contra ele, mas nada havia acontecido até as 19 horas. Lula deveria falar ao público por volta das 20 horas. O palco por ora era ocupado por músicos locais.

O ex-presidente segue no Estado do Rio até sexta-feira, quando passa pela capital. Na quinta-feira, estará na Baixada Fluminense. É sua terceira caravana em 2017.

O ex-presidente Luis Ignácio Lula da Silva afirmou na manhã desta quarta-feira, 6, em Campos (RJ), durante entrevista à rádio Continental AM, que o maior problema do País hoje não é a Previdência, como sustenta o governo do presidente Michel Temer, que luta para aprovar a medida na Câmara dos Deputados antes do fim deste ano. O petista está realizando essa semana mais uma etapa de sua caravana, agora no Rio de Janeiro.

"Acho que o PT tem a clareza que minha volta à Presidência (da República) pode fazer com que o povo volte a sonhar, porque não é possível que alguém ache que o maior problema do Brasil é a Previdência", disse ele. Segundo o petista, em sua gestão no governo federal, quando se criava empregos e os salários aumentavam todos os anos, "a Previdência era superavitária".

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Para o ex-presidente da República, virtual candidato às eleições gerais do ano que vem, "se o povo não tem dinheiro para comprar, por que as empresas vão produzir, empregar?" No seu entender, as duas coisas caminham juntas, portanto, só haverá produção se houver consumo. "O Brasil tem um mercado de 207 milhões de pessoas. Gente ansiosa pra comprar, mas que hoje não tem dinheiro. Se tiver produtos a preços compatíveis, as pessoas vão comprar."

Na entrevista, Lula disse ainda que ficou oito anos na Presidência e não aumentou o gás de cozinha uma única vez. E continuou: "O Temer, em sete meses, já aumentou 68%. Tem lugar do País onde o gás já está custando R$ 105. É um produto da cesta básica. Não pode ser aumentado desse jeito."

Em outro trecho, ele destaca: "Dizem que o mercado é meu adversário, mas os empresários ganharam dinheiro no meu governo. O mercado precisa aprender a viver com o trabalho da nação." E volta a criticar o presidente Michel Temer, ao dizer que "nenhum presidente que tivesse sido eleito com 99% dos votos teria a desfaçatez para fazer o que Temer está fazendo, entregando para o golpe algo com que o povo jamais concordaria".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou a ameaça de ser barrado pela Justiça e voltou a dizer nesta segunda-feira, 4, que vai ser candidato em 2018. "Não fiquem com essa bobagem de que o Lula não vai ser candidato. Vou ser candidato e vou ganhar as eleições", disse o ex-presidente diante de uma praça lotada na região central de Vitória, onde deu início a uma caravana de cinco dias pelos Estados do Espírito Santo e do Rio.

Em um longo discurso de tom eleitoral, Lula ignorou o trâmite do processo no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e chegou a apontar os rumos de um eventual terceiro mandato. "Em 2002, eu precisei dizer que era 'Lulinha paz e amor' para ganhar a eleição. Escrevi uma Carta ao Povo Brasileiro para ganhar a eleição. Quero dizer que continuo 'Lulinha paz e amor'. Quero voltar sendo 'Lulinha paz e amor'", afirmou.

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O petista está planejando uma nova carta, desta vez voltada para setores da classe média que apoiaram o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff.

Antes, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, puxou um coro que dizia "eleição sem Lula é fraude". A frase virou um dos slogans das caravanas que o petista tem feito pelo País.

O coordenador da caravana, Marcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT, afirmou que a avaliação interna do partido, reforçada por pesquisas de intenção de voto que apontam a liderança de Lula em todos os cenários testados, até mesmo projeções de segundo turno, é que a candidatura do ex-presidente é "irrevogável".

O bairro de Cegepe, em Serra Talhada, no sertão pernambucano, recebe a Caravana Cultura Viva neste domingo (3), a partir das 19 horas. A programação do evento inclui a exibição do filme “Lampião e o Fogo da Serra Grande”, apresentações de dança de ritmos nordestinos como frevo, samba de coco, capoeira muzenza, caboclinhos, além de espetáculos teatrais. 

A Caravana Cultura Viva é uma realização da Fundação Cultural de Serra Talhada em conjunto com a Prefeitura Municipal e se define como um “canal pra levar atividades culturais em todos os cantos da cidade, quer seja nos bairros, nas escolas ou nos distritos da zona rural”. A proposta é a de levar arte gratuita e popular para as ruas e praças, onde serão atingidas  pessoas de todas as idades.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai visitar as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos principais focos de corrupção na Petrobrás investigados pela Lava Jato, na caravana pelos Estados do Espírito Santo e Rio, entre os dias 4 e 8 de dezembro. Dirigentes do PT, em conversas reservadas, dizem que Lula deveria cancelar a caravana para evitar que seu nome seja associado aos dos ex-governadores do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e Anthony Garotinho (PR), ambos presos por suspeitas de corrupção.

Petistas ainda alertam para o risco de atrelamento da imagem do ex-presidente ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que enfrenta uma crise financeira e administrativa sem precedentes na história do Estado. O PT apoiou e participou dos três governos. Um dirigente classificou a manutenção da caravana como "uma burrada sem tamanho".

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Apesar dos protestos, Lula decidiu manter a viagem, marcada desde maio. Segundo o coordenador do evento, Márcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT, em momento algum a direção partidária cogitou desistir da caravana.

"Vamos mostrar que, nos governos Lula e Dilma, o Rio viveu seus tempos áureos", disse o dirigente petista. De acordo com Macedo, a visita ao Comperj tem como objetivo denunciar o abandono da obra em função da Lava Jato, em sua opinião. "A obra tem de ser retomada", afirmou o dirigente.

Anunciado em 2008 na esteira de euforia da descoberta do pré-sal como a mais ousada obra da Petrobrás e uma das maiores do País, o Comperj tinha previsão inicial de custo de US$ 8 bilhões e geração de 200 mil empregos. Passados nove anos os canteiros estão abandonados, 27 mil pessoas ficaram desempregadas e o Tribunal de Contas da União (TCU) estima prejuízos de R$ 544 milhões em função da corrupção.

Lava Jato

Cabral, sua mulher, a advogada Adriana Anselmo, e outras cinco pessoas entraram na mira da Lava Jato. Delatores da empreiteira Andrade Gutierrez disseram que pagavam mesada que somou R$ 2,7 milhões ao ex-governador, que chegou a ser cogitado por Lula para ser o candidato a vice de Dilma em 2010.

O próprio ex-presidente é alvo da operação e foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP). A direção do PT não admite que a visita ao Comperj seja uma forma de contrapor o discurso da Lava Jato, mas Lula em vários discursos tem repetido que a operação é responsável pela paralisação de obras públicas e o consequente desemprego de milhares de pessoas.

Apesar da contrariedade de setores do PT, Lula vai visitar dez cidades em quatro dias. É a terceira caravana do petista neste ano. As primeiras foram pelo Nordeste e Minas.

'Legado'

No caminho Lula vai visitar universidades que tiveram investimentos nos governos petistas, obras gestadas nas administrações do partido e beneficiários de programas sociais, mas a maioria dos eventos é de caráter popular. "Esta é uma agenda de Lula com o povo", disse Macedo.

No Rio, o petista vai se reunir com intelectuais e participar de um ato em defesa da educação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que atravessa grave crise financeira.

Segundo o coordenador da caravana, Lula vai destacar o legado dos governos petistas, em especial a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, e comparar com o que chama de paralisia do governo Michel Temer.

Ao contrário de outras caravanas, quando Lula se encontrou até com integrantes de partidos que votaram pelo impeachment de Dilma, não estão previstos encontros com políticos de outras legendas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, 30, em Belo Horizonte, que está "perdoando os golpistas", em referência aos políticos que apoiaram o processo de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff no ano passado.

"Toda as vezes em que a direita nesse País resolveu usurpar o poder, a primeira coisa que fez foi destruir moralmente seus adversários. Foi assim com Getúlio (Vargas), depois com Juscelino Kubitschek, depois com Jango (João Goulart). Sou mais paciente que Getúlio e João Goulart e talvez mais que JK, que tentaram tirar três vezes e ele sempre perdoou. Estou perdoando os golpistas desse País", afirmou o ex-presidente, em ato na Praça da Estação, na região central da capital mineira, durante o encerramento da caravana que percorreu 20 cidades do Estado.

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Condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, Lula disse ainda não saber se terá condições de disputar a eleição presidencial do ano que vem. O petista discursou ao lado de Dilma e do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), que foi vaiado durante o ato.

Lula afirmou ainda que uma das eleições vencidas pelo PT foi contra "um filhinho de papai aqui de Belo Horizonte", disse em alusão ao senador Aécio Neves (PSDB), que governou o Estado por dois mandatos e foi derrotado por Dilma em 2014.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após passar três semanas visitando o Nordeste, em agosto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia na próxima segunda-feira, 23, uma caravana de oito dias pelo Estado de Minas Gerais. De ônibus, o petista deve percorrer um trajeto de cerca de 1.300 quilômetros por ao menos 14 cidades e sete regiões do Estado.

A largada será dada em Ipatinga, onde o presidente participará de um ato "Em defesa da soberania nacional" às 18h. Depois, a comitiva deve passar por cidades do Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri, Vale do Jequitinhonha, Norte de Minas e terminar em Belo Horizonte, no dia 30 de outubro.

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À espera do julgamento em segunda instância do processo em que o juiz Sergio Moro o condenou a nove anos e meio por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato, que pode inviabilizar sua candidatura, o ex-presidente dá continuação às caravanas - modelo que traz desde os anos 1990 - para divulgar seu projeto de chegar ao Planalto. Em entrevista concedida nesta quarta-feira à rádio Super Notícia, de Belo Horizonte, Lula disse que pretende rodar ainda os Estados do Sul, do Centro-Oeste e do Norte.

"O objetivo é tentar ver o que aconteceu no Brasil nesses últimos anos. Quero ver as pessoas, me parece que estamos perdendo muito dos direitos que conquistamos nos últimos anos no Brasil", declarou o petista. Integrantes do partido também cogitam um giro pelo interior paulista.

Na entrevista, Lula teceu elogios a José Alencar, empresário mineiro e seu vice entre 2003 e 2010, e também ao governo do petista Fernando Pimentel, que teria diminuído o endividamento de Minas Gerais desde a sua chegada, em 2015.

PSDB

Questionado sobre os possíveis adversários no ano que vem, de esquerda ou de direita, o ex-presidente disse que prefere não escolher, mas aproveitou para dar uma alfinetada no PSDB. "Eu não me preocupo com isso, porque o PSDB está desestabilizado. Você vê, eles me dão tiro de canhão todo dia e estou vivo, deram um tiro de garrucha no Aécio e ele caiu", disse.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira, 4, o governo Michel Temer por extinguir a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), na Amazônia. "Agora querem vender a Amazônia, querem entregar a nossa água doce, ou seja, se é pra gente ter governo para fazer o que estão fazendo agora, é melhor a gente colocar o Brasil nas Casas Bahia", declarou o petista, que está em Teresina, onde recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A cerimônia foi transmitida pelas redes sociais do PT.

Após críticas de ambientalistas e de grupos que viam na medida uma "entrega" do patrimônio mineral brasileiro a interesses privados, o governo federal determinou a paralisação de todos os procedimentos relativos à atividade de mineradoras no Renca. Na prática, a decisão não revoga o decreto assinado por Temer, mas suspende, por ora, a permissão para o avanço da exploração mineral sobre a área. Segundo o Ministério Público Federal, a reserva tem tamanho equivalente ao desmate acumulado na Amazônia nos últimos quatro anos.

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No evento da UFPI, Lula exaltou os feitos das gestões petistas na educação e dedicou o título à sua falecida mulher, Marisa Letícia, e ao ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, seu ministro da Educação e um possível "plano B" do PT ao Planalto caso o ex-presidente não possa concorrer no ano que vem. Para Lula, Haddad foi "o melhor ministro da Educação que esse País já teve".

Esta é uma das últimas paradas da caravana de Lula. Após 19 dias de trajeto, a viagem deve terminar nesta terça-feira, dia 5, em São Luis. Na capital maranhense, o ex-presidente deve ser recebido pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

A caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Nordeste vem dividindo opiniões; manifestações favoráveis e contrárias ao petista são paralelamente realizadas. No Piauí, onde cumpre agenda até este domingo (3), um outdoor, exposto em algumas cidades, faz críticas a Lula e ironiza a entrega de títulos de cidadão e Honoris Causa concedidos a ele durante as passagens pelos estados. 

“Seu título no Piauí: doutor em corrupção e lavagem de dinheiro”, diz o anúncio. Ao lado da frase, está estampada uma foto do ex-presidente com o carimbo de “corrupto”. O cartaz repercutiu nas redes sociais entre os políticos e internautas. Para o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), o outdoor é uma prova de que “o povo brasileiro acordou”. Já o líder do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguri ironizou e chamou a crítica de “recepção calorosa”. 

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Esta não foi a primeira manifestação contrária a Lula desde que ele iniciou a caravana, em todos os estados, apesar da recepção muitas vezes calorosa por parte da população, outra parcela vem se colocando contra o petista. No Recife, por exemplo, por duas vezes militantes do PT e ativistas “anti-Lula” quase entram em confronto. O ex-presidente segue em viagem pelo Nordeste até a próxima terça-feira (5).

Em Oricuri, na região do Araripe, na noite desta quinta-feira (31), Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer que não roubou nenhum real e que voltaria ao município, caso fosse provado o contrário. Na semana passada, quando esteve no Recife, o ex-presidente usou a mesma frase e foi ovacionado pela população, durante ato no Pátio do Carmo, na área central da capital pernambucana. 

“Tenho dito que se essa gente da Operação Lava Jato, que está se relacionando com políticos que roubaram, o Ministério Público, Sérgio Moro, apresentar uma prova de que roubei um real, se provarem, eu volto aqui para pedir desculpas (...) senão encontrarem, que peçam desculpas para mim”, disse o líder petista. 

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Lula também falou que, se os partidos aliados do PT e a Frente Popular quiser que ele seja candidato, será. “Eles têm que fazer o serviço bem feito porque é o seguinte: se os partidos que são aliados do PT e da Frente Popular quiserem que eu seja candidato, eu vou ser candidato. Este país vai voltar a sorrir outra vez e as pessoas vão voltar a sonhar e a ter esperança porque não é possível a gente viver sem esperança”, declarou.

“Eu não governar como vocês [governo Temer], eu quero cuidar do povo, por isso, que Deus abençoe cada um de vocês. Quero que vocês saibam que onde eu estiver onde estiver eu estarei lutando para que essa gente respeite o povo pobre deste país”, assegurou. 

 

Sobre o cenário político, Lula declarou que “a coisa não tá boa” porque o objetivo é de que ele não possa ser candidato. “Estão tentando evitar totalmente que eu seja, por isso que estão com 20 processos contra mim”, falou. E falou que não se pode fraquejar. “A gente não pode desistir nunca, a gente não pode fraquejar. Eu fico muito nervoso porque eu provei que é possível cuidar deste país. Não tem nada mais importante de uma mãe saber que a criança vai dormir com o buchinho cheio", frisou. 

 

 

O senador Humberto Costa (PT), em seu discurso na noite desta quinta-feira (31), em Oricuri, fez um pronunciamento que alternou entre elogios a Lula e alfinetadas ao presidente Michel Temer (PMDB). Ele participa da caravana do ex-presidente na região Nordeste. 

“Já são duas semanas em uma caminhada. Todos podem ver o seu rosto [Lula] o símbolo do cansaço, mas ao mesmo tempo o símbolo de uma missão que está sendo rigorosamente cumprida com essa caravana. Queremos, em primeiro lugar, abrir os olhos dos nordestinos pelo que está acontecendo. Segundo, mostrar o que construímos. O que era o Nordeste antes de Lula e o que é hoje. Lula trouxe o Bolsa Família, o Bolsa Estiagem, as cisternas, trouxe a Transposição, trouxe a garantia que nenhum nordestino morreria mais de fome em um país que é tão rico”, discursou Humberto. 

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O senador falou que os que estão no poder atualmente querem ver o povo nordestino pedindo esmola. “A principal meta da caravana é avisar ao povo brasileiro que, apesar de todos esses que estão aí que querem ver o povo nordestino escravizado pedindo esmola, o Brasil tem jeito e o Brasil que vamos dar é no ano que vem fazer uma grande mobilização nacional e trazer de volta o maior presidente da história deste país”. 

Humberto lembrou que nesta quinta se completa um ano do impeachment contra Dilma Rousseff. “Uma companheira que não praticou nenhum crime”, disse. Ele ainda falou que o presidente Michel Temer (PMDB) “é o maior ladrão” que passou pela história do Brasil. “Estamos mostrando que querem acabar com o direito do povo de trabalhar, de se aposentar, de ter direito a uma casa pelo MCMV e nós estamos conseguindo cumprir esse objetivo". 

 

 

 

 

No município de Oricuri, na noite desta quinta-feira (31), o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) iniciou suas palavras se dirigindo a Lula como “o futuro presidente da República”. Silvio garantiu que nenhum juiz terá a coragem de “rasgar” a Constituição e não deixar que o ex-presidente seja candidato em 2018. 

“Futuro presidente da república. Eu sou filho de um trabalhador rural, é por isso que admiro as políticas de inclusão social implantadas pelo governo de Lula e da presidente Dilma. Meus amigos, hoje para mim, é um dia muito feliz porque tenho certeza que esse é o maior evento dessa caminhada”, discursou o parlamentar.

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Silvio também falou que era um dia triste. Ele lembrou que, nesta quinta, faz um ano do impeachment que tirou Dilma Rousseff do comando do país. “É um dia triste também porque hoje faz porque essa canalhada que esta aí no poder tirou Dilma do poder. Esses caras tiraram Dilma do poder porque eles tem horror aos menos favorecidos. Esse Michel temer serve a pauta elite que roubou este país”, disse. 

Ele não poupou elogios a Lula. “Presidente, vou dizer uma coisa: quando olho para o senhor, quando apertamos a mão do senhor, estamos apertando a mão da solidariedade, a mão do amor aos menos favorecidos”, continuou. 

 

 

 

 

Ao lado de Lula no município de Oricuri, na noite desta quinta-feira (31), o deputado estadual Odacy Amorim (PT) garantiu que o ex-presidente vai comandar novamente o país. “É uma noite simbólica porque representa um dia ímpar da história. Lula, você vai voltar”, declarou. 

O parlamentar agradeceu por estar ao lado de Lula e afirmou que a noite é simbólica. “Você precisa voltar a presidir o país, quero dizer isso e olhar para essa multidão. Lula, você vai voltar e a Transnordestina vai ser concluída”, discursou exaltando que programas como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi possível por causa do líder petista. 

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Odacy também pediu que, quando Lula estivesse no comando do país, ele cumprisse a promessa de realizar um plebiscito para saber o que a população acha sobre as atuais leis trabalhistas e afins. “Vamos juntos, lula, filho do Brasil”, ressaltou o deputado.

 

Lideranças da região do Araripe se revezam para falar diante de uma multidão. “Se prender Lula, vão prender todo o país. Não tem cadeia para o Lula porque Lula é o povo. Você nunca deixou de ser o presidente do país. Juiz te prepara que o povo está preparado com Lula”, avisou uma representante da Frente Brasil Popular. 

O ex-presidente Lula continua sua caravana pelo Nordeste, nesta quinta-feira (31), desta vez em Oricuri. Minimizando as visitar que o líder petista tem feito a várias regiões, em entrevista ao LeiaJá, nesta quarta (30), o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) declarou que Lula tem o direito de fazer o que quiser. 

“Não vejo problema em ele estar visitando e andando, mas evidentemente ele é uma pessoa condenada e não tenho dúvida que isso será considerado pela população. Agora, o direito de circular pelo Brasil ele tem até porque hoje ele é um cidadão condenado, mas com o direito a recursos”, disse.

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O tucano falou sua opinião sobre os encontros que Lula teve com Renan Calheiros (PMDB), durante sua passagem em Alagoas, que foi bastante repercutido, bem como Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos, e com o senador Armando Monteiro (PTB). “Ele se encontrou com pessoas que, historicamente, foram seus aliados. Ele teve uma aliança histórica em Pernambuco com o PTB e com o PSB e foi aliado de Renan a todo momento. Cada um tem que fazer o seu julgamento, mas eu não me encontraria com uma pessoa condenada”, alfinetou. 

Daniel Coelho também ressaltou que é preciso cobrar da Justiça que o processo contra Lula seja concluído. “Eu sempre tenho defendido que todos tenham direito a suas defesas democráticas, mas que a lei precisa ser aplicada para todos. Então, ele pode fazer a caravana dele, agora a gente tem que cobrar que Justiça conclua os processos. Ele não pode ficar condenado sem que o recurso seja julgado. É preciso que se tenha uma posição definitiva seja para inocentá-lo ou para que ele cumpra pena”, finalizou. 

 

A investida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Nordeste vem causando reações diversas entre aliados e oposicionistas. O reflexo disso pôde ser observado em Pernambuco, na última semana, quando entre afagos e protestos, ele foi recebido para atos no Recife e em Ipojuca, na Região Metropolitana. Sob a ótica de cientistas políticos, a caravana protagonizada por Lula confirma a força e a popularidade dele, apesar da condenação a 9 anos e 6 meses por lavagem de dinheiro e corrupção, além de outras acusações que pesam contra o ex-presidente. 

Na avaliação da doutora em ciência política Priscila Lapa, Lula percebeu no périplo pela região em que politicamente ele é mais benquisto como uma “oportunidade” para reagir aos episódios negativos e refazer sua imagem. “Toda ação tem uma reação. Em política isso é bem evidente. Há muito tempo ele vem sendo alvo de ações negativas, o que é normal diante das acusações, mas agora chegou a hora da reação e ele percebeu [na caravana] esta oportunidade para recuperar sua imagem. Essa agenda dele não é à toa. Ele veio confirmar aquilo que já vinha ensaiando que é candidato até que isso não aconteça, não se viabilize [com a condenação em segunda instância]”, salientou. 

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Para Lapa, mesmo com as acusações da Lava Jato, Lula ainda é visto como “o candidato que representa o grupo de esquerda no país” e, de acordo com a estudiosa, o ex-presidente “veio testar um pouco a sua popularidade” e a tendência é de que “os votos de quem ele já tinha, do público mais cativo, não perca”. “Ele continua extremamente forte. Se fosse apenas Lula o condenado e acusado neste cenário, o eleitor diria que ele errou sozinho, mas não é isso que acontece. Além do mais, ainda é muito forte na memória do eleitor as ações implementadas por ele durante seu governo, por isso ele continua alimentando e tem grandes chances de ser eleito se for candidato e, caso não, de atrair uma boa votação [como cabo eleitoral]”, argumentou. 

A popularidade é um item que vem sendo bastante questionado diante da participação do público nas agendas de Lula. Algumas, como a de Ipojuca para sindicatos da indústria petroleira e naval, são marcadas por um esvaziamento perceptível, o que, em contrapartida, não foi visto na capital, quando aconteceu um ato em defesa da inocência dele e pela democracia no Pátio do Carmo.  

“Não devemos avaliar a vinda dele a partir da quantidade de gente que o acompanhou, isso é importante, mas com a caravana ele consegue o seu objetivo principal: manter vivo o lulismo e sua capacidade de influenciar a decisão dos eleitores. Ele tem feito uma agenda que desperta a atenção da imprensa e da opinião pública”, ressaltou o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cientista político, Adriano Oliveira. 

“Mesmo com as denúncias e condenação ele continua sendo um político fortíssimo e o lulismo vai estar presente em nas eleições de 2018 com capacidade de levar o PT ao segundo turno”, acrescentou, projetando. Apesar da presença na disputa, Adriano não acredita que o candidato do PT à Presidência será Lula. “Não acredito que ele seja candidato, mas o lulismo estará vivo na hora da escolha do eleitor e ele tanto vai ser cabo eleitoral em Pernambuco quanto no Brasil. Os dois candidatos do PT vão ter chances de chegar ao segundo turno com votos atraídos pelo lulismo”, observou o estudioso. 

Lula iniciou a caravana pelo Nordeste no último dia 17 e segue até o próximo dia 5, quando encerra as agendas no Maranhão. Antes de chegar a Pernambuco, onde cumpriu agenda de quinta (24) a sábado (26), ele passou pela Bahia, Sergipe e Alagoas.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 28, em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Norte, que os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato têm parcela de culpa no falecimento de sua mulher, a ex-primeira-dama Marisa Letícia.

"Acho que esses meninos da Lava Jato têm responsabilidade com a morte dela. Porque você não pode dedicar uma vida inteira a cuidar do filho, fazer política de solidariedade, e de repente da forma mais banal possível, mais cretina, ser tachada de corrupta", criticou o petista à rádio 95.1 FM de Currais Novos (RN).

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Lula voltou a sustentar que os integrantes da Lava Jato não têm outra saída a não ser pedir a sua condenação. "Esses meninos criaram uma mentira, fizeram um power point da mentira, fizeram uma história e agora não sabem como sair dessa historia."

Em seu 12º dia, a caravana de Lula está no Rio Grande do Norte para eventos em Currais Novos e Mossoró, após passar por Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba. O roteiro prevê ainda passagens pelos Estados do Ceará, Piauí e Maranhão.

Bolsonaro

Em outra entrevista, transmitida ontem pela TVE Bahia, o ex-presidente declarou que a ascensão do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que já é tido como um nome competitivo para as eleições do ano que vem, é uma demonstração de "analfabetismo político" de parte do eleitorado brasileiro.

Para Lula, a força de Bolsonaro tem a ver com a negação da política. "Quando você começa a negar de forma sistemática a política, (dizer que) nada presta, tudo está errado, o resultado é isso. É alguém que não se diz político querer ocupar esse espaço", disse. "Você passa a compreender que, fora da política, você vai encontrar um cara que é diferente e que pode resolver, ou um político grotesco, como é essa figura, agressivo, que ofende as mulheres, que ofende negros. O Brasil tem que negar isso".

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