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Após ser baleado nesta quarta-feira (19) durante um motim de policiais em Sobral, no interior do Ceará, o senador Cid Gomes está estável e não sofre risco de morte, segundo divulgado pelo Hospital do Coração. Cid está em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta, e se encontra "lúcido e respirando sem auxílio de aparelhos. Ele apresenta "boa evolução clínica" e já realizou tomografia na Santa Casa de Sobral, informou o boletim médico. 

Segundo o irmão de Cid, o ex-governador Ciro Gomes, afirmou em uma rede social que o senador licenciado "não corre risco de morte", foi atingido por "dois tiros de arma de fogo" e que os disparos "não atingiram órgãos vitais apesar de terem mirado seu peito esquerdo".

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Cid foi baleado ontem (19) em Sobral, no interior do Ceará, durante um protesto de policiais militares, enquanto dirigia uma retroescavadeira para tentar furar o bloqueio dos agentes que protestam contra a proposta de reestruturação salarial feita pelo governo. O caso provocou uma troca de farpas entre um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro e o irmão do senador, Ciro Gomes.

Em sua conta na rede social, o deputado federal Eduardo Bolsonaro disse que Cid teve uma "atitude insensata" ao tentar invadir o batalhão da PM. "[Ele] Tenta invadir o batalhão com uma retroescavadeira e é alvejado com um projétil de borracha. É inacreditável que um Senador da República lance mão de uma atitude insensata como essa, expondo militares e familiares a um risco desnecessário em um momento já delicado", escreveu.

A declaração, no entanto, foi rebatida pelo ex-candidato à Presidência Ciro Gomes. "Deputado Eduardo Bolsonaro, será necessário que nos matem mesmo antes de permitirmos que milícias controlem o Estado do Ceará como os canalhas de sua família fizeram com o Rio de Janeiro".

Eduardo, por sua vez, retrucou o comentário do pedetista, ressaltando que "nem 4 horas que o irmão foi alvejado após tentar atropelar dezenas de policiais, mulheres e crianças com uma retroescavadeira, e o coroné já usa o caso para fazer política. Talvez porque, a essa altura, só assim consegue ter relevância. Patético".

    A polêmica também contou com a manifestação do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, que afirmou que "o que mata não são armas de fogo legais, mas a pessoa que está disposta a cometer o crime, seja com que ferramenta for". "Democraticamente estou desarmado, mas vou passar com um trator em cima de você. Aceite, ou senão é ditadura!", acrescentou.

Após o episódio envolvendo o senador, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, atendeu o pedido do governador do estado, Camilo Santana, e autorizou o envio da Força Nacional de Segurança Pública ao Ceará. No documento, Moro disse ter recebido informações "sobre movimento paredista da polícia do estado" e um pedido para enviar a "Força Nacional de Segurança Pública para colaborar com as forças de seguranças estaduais na garantia da lei e da ordem". 

Foto: Reprodução/Twitter

Da Ansa

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou em uma rede social que o senador Cid Gomes não teve "o mínimo de inteligência" para lidar com os policiais grevistas do Ceará. A postagem vinha acompanhada com um vídeo do momento em que Cid é baleado e foi apagada do perfil do deputado minutos depois.

Segundo Eduardo, a deputada Major Fabiana (PSL-RJ) estava no Ceará para participar das negociações. Fabiana chegou a ocupar a Secretaria Estadual de Vitimização do Rio de Janeiro no governo Wilson Witzel (PSC-RJ) mas deixou o cargo alegando ser "eternamente leal à família Bolsonaro".

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"A deputada Major Fabiana foi proativamente buscar a melhor saída para a atual situação da PM do Ceará. Infelizmente ela não pode contar com o mínimo de inteligência do senador Cid Gomes", escreveu Eduardo.

O deputado foi procurado por meio de sua assessoria para explicar por que apagou a postagem mas não respondeu. Segundos depois, Eduardo fez outro comentário no qual diminui o tom da crítica ao senador e diz que Gomes cometeu uma "atitude insensata".

Resposta

Irmão de Cid, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) respondeu à segunda mensagem do deputado. Por volta das 20h30 desta quarta-feira, Ciro publicou nas redes sociais uma notícia com as declarações de Eduardo e rebateu com acusações contra a família Bolsonaro.

"Será necessário que nos matem mesmo antes de permitirmos que milícias controlem o Estado do Ceará como os canalhas de sua família fizeram com o Rio de Janeiro", escreveu Ciro, que concorreu contra Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018.

A resposta de Ciro faz referência à relação do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), irmão mais velho de Eduardo, com o miliciano e ex-policial Adriano Magalhães da Nóbrega, morto há onze dias na Bahia. Em 2005, Flávio propôs que Nóbrega recebesse a Medalha Tiradentes, mais alta honraria do Legislativo fluminense. À época, o miliciano estava preso por suspeita de homicídio.

Quando era deputado estadual no Rio, Flávio também empregou a ex-mulher e a mãe do miliciano em seu gabinete. Após a morte de Adriano, ele voltou a se manifestar sobre o caso no Twitter e sugeriu que o ex-policial tenha sido torturado.

Sobre o episódio com o senador Cid Gomes no Ceará, ocorrido na tarde de hoje, o Deputado Joel da Harpa, que também é policial militar, disse que os PMs cearenses agiram em legítima defesa. O senador pilotava uma retroescavadeira avançou, passando por cima de policiais no Batalhão da Polícia Militar, além de mulheres e crianças. 

Para Joel, Cid Gomes premeditou o ato quando minutos antes falou que tomaria tal atitude. Estamos falando de profissionais de segurança, pais e mães de família, que estão reivindicando a devida valorização profissional. Eles é que estão sofrendo a verdadeira agressão por parte do Governo do Ceará”, conclui o parlamentar.

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Entenda 

O senador Cid Gomes (PDT) foi baleado enquanto participava do movimento de paralisação deflagrado nesta quarta-feira (19), pela Polícia Militar do Ceará, que reivindica por aumento salarial. A assessoria confirma que a bala que atingiu o peito de Cid foi de arma de fogo. O senador foi atingido enquanto pilotava uma retroescavadeira para tentar furar um bloqueio que tinha sido feito por policiais militares do Centro de Sobral.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou em nota que está mantendo contato com autoridades do governo federal e do governo do Ceará para acompanhar os desdobramentos do conflito que deixou o senador Cid Gomes (PDT-CE) ferido nesta quarta-feira em Sobral (CE).

Segundo a assessoria do senador em Brasília, ele foi atingido por um tiro de arma de fogo durante um protesto de policiais por reajuste salarial. Cid Gomes está sendo atendido neste momento na Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

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Nota Pública

Acompanho com preocupação os desdobramentos do ocorrido com o senador Cid Gomes, na tarde desta quarta-feira (19), em Sobral, no Ceará. Entrei em contato o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e com o governador do Ceará, Camilo Santana, para obter informações e garantir a segurança do parlamentar.

Davi Alcolumbre

Presidente do Congresso  Nacional

*Da Agência Senado

 

Em seu primeiro discurso depois de tomar posse como suplente do senador Cid Gomes — licenciado temporariamente — o senador Prisco Bezerra (PDT-CE) afirmou nesta quinta-feira (12), em Plenário, que durante o exercício da função irá defender valores democráticos em favor dos trabalhadores, das crianças, dos jovens e das minorias.

Ele afirmou ter orgulho de fazer parte de um projeto político no Ceará que prioriza a educação como instrumento para melhorar as condições de vida da população. Prisco Bezerra citou números para demonstrar o resultado do engajamento em torno da questão.

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“Não seria descabido lembrar que 82 das 100 melhores escolas públicas de ensino fundamental no país estão no Ceará, segundo o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica]. Outro dado relevante: um terço das nossas escolas oferece ensino integral. Em Fortaleza, o percentual das matrículas em tempo integral é ainda maior. Nada menos que 42% de nossas crianças na capital passam o dia inteiro na escola”, destacou.

*Da Agência Senado

 

A sessão plenária desta quarta-feira (9) começa com a votação do projeto de lei da Câmara (PLC 113/2015 – Complementar) que autoriza o uso de garantia solidária por microempresas que precisam tomar empréstimos financeiros. O texto prevê a criação de sociedades formadas exclusivamente para fornecer caução em operações de crédito. O relator da proposta, senador Cid Gomes (PDT-CE), é favorável à matéria.

Esse tipo de projeto pode ser votado antes das medidas provisórias que trancam a pauta. A expectativa é de que os senadores votem duas das quatro medidas provisórias. Uma delas vence neste sábado (12). É a do Cadastro Rural. O PLV 22/2019, decorrente da MP 884/2019, acaba com o prazo final para inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Antes da MP, a data limite era 31 de dezembro de 2018.

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O CAR foi criado pelo Código Florestal (Lei 12.651, de 2012) para recolher informações sobre o uso da terra e amparar o Programa de Regularização Ambiental (PRA), que suspende multas por desmatamento aplicadas até julho de 2008. De acordo com o parecer do senador Irajá (PSD-TO), mesmo sem um prazo final definido, o proprietário rural que decidir se inscrever no CAR até 31 de dezembro de 2020 terá dois anos para aderir ao PRA.

A segunda que deve ser votada é a MP 885/2019, transformada em PLV 20/2019, que perde a validade na quarta-feira da próxima semana (16). Ela trata do repasse a estados e Distrito Federal do dinheiro arrecadado com a venda de bens apreendidos ligados ao tráfico de drogas. Segundo a MP, o repasse a outros entes federados não mais dependerá de convênio e poderá ser feito de forma direta, como transferência voluntária. A condição é que as polícias tenham estrutura para gerir os ativos e não deixem de enviar os dados estatísticos de repressão ao tráfico para o sistema de informações do Executivo federal.

*Da Agência Senado

 

O senador Cid Gomes (PDT-CE) e o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), trocaram ataques nesta terça-feira, 1, sobre o impasse na definição de critérios para dividir com Estados e municípios os recursos do mega leilão do petróleo. Os senadores ameaçam travar a votação em segundo turno da reforma da Previdência diante da insurgência da Câmara, que tenta garantir para os municípios uma fatia maior no bolo de recursos do megaleilão e destinar o dinheiro por meio de emendas parlamentares.

No Senado, Cid Gomes chamou Lira de "achacador" e disse que os senadores não pode virar refém das decisões da Câmara sobre a destinação do dinheiro.

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"O presidente da Câmara está se transformando numa presa de um grupo de líderes liderado por aquele que, podem escrever o que estou dizendo, é o projeto do futuro Eduardo Cunha brasileiro. Eduardo Cunha original está preso, mas está solto o líder do PP que se chama Arthur Lira, que é um achacador, uma pessoa que no seu dia a dia, a sua prática é toda voltada para a chantagem, para a criação de dificuldades para encontrar propostas de solução", afirmou o senador .

Na sequência, Arthur Lira ocupou a tribuna da Câmara para responder. O líder do PP disse que vai processar o pedetista judicialmente e defendeu a prerrogativa dos deputados para alterar os critérios definidos no Senado, onde Cid Gomes foi relator da proposta da cessão onerosa. A resposta ao senador, disse Lira, vai ser dada judicial e politicamente.

"O senador apequena seu nome e do seu Estado, ocupa a tribuna do Senado levianamente com dor de cotovelo porque a maneira que ele pensou talvez não tenha sido acordada", afirmou Lira. O líder do PP defendeu que os recursos sejam destinados para Estados cobrirem rombo previdenciário, pagar precatórios e reestruturar a máquina estatal. O texto aprovado no Senado carimba os recursos para investimentos e aportes em fundos previdenciários, deixando claro que não podem ser usado para pagamento de pessoal e custeio da máquina.

"O senador se doeu de maneira irresponsável. Vai pagar com processo", declarou Arthur Lira, que chamou Cid Gomes de "desqualificado, mentiroso, vil, vulgar e irresponsável".

Em meio à disputa entre Senado e Câmara por recursos do megaleilão de petróleo do pré-sal, o senador Cid Gomes (PDT-CE) atacou o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), o chamou de "achacador" e disse que o Senado não pode virar refém das decisões da outra casa legislativa sobre a destinação do dinheiro.

Os senadores ameaçam travar a votação em segundo turno da reforma da Previdência diante da insurgência da Câmara, que tenta garantir para os municípios uma fatia maior no bolo de recursos do megaleilão e destinar o dinheiro por meio de emendas parlamentares. O Senado, por sua vez, quer parcelas iguais para Estados e municípios por meio dos fundos de participação, para que a verba ajude no déficit da Previdência.

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Para Cid Gomes, a queda de braço é um retrato do que está "transformando o Senado no subparlamento brasileiro", com papel "pífio" nas decisões nacionais.

"Trabalhei na campanha do deputado Rodrigo Maia (à Presidência da Câmara), mas o que está acontecendo lá é que o presidente está se transformando numa presa de um grupo de líderes liderado por aquele que, podem escrever o que estou dizendo, é o projeto do futuro Eduardo Cunha brasileiro. Eduardo Cunha original está preso, mas está solto o líder do PP que se chama Arthur Lira, que é um achacador, uma pessoa que no seu dia a dia, a sua prática é toda voltada para a chantagem, para a criação de dificuldades para encontrar propostas de solução", afirmou o senador.

Cid Gomes ainda criticou a evolução morosa das pautas do chamado Pacto Federativo, que pretende descentralizar recursos para os governos regionais, e desdenhou do fato de que Lira, eleito pelo Alagoas, não quer beneficiar o governo estadual porque o chefe do Executivo, Renan Filho, é seu rival local.

"Isso não está certo, essa Casa tem que reagir a isso, tem que dar apoio ao presidente Davi Alcolumbre, tem que dar apoio também ao presidente Rodrigo Maia, que tem boa vontade com essas matérias, mas está refém de um grupo de líderes", afirmou.

Após o rompante do senador pedetista, Alcolumbre comunicou que Maia fechou acordo com lideranças na Câmara para votar na semana que vem o projeto que permite a chamada securitização da dívida ativa, que é a venda do direito sobre a cobrança desses débitos. A cessão desse direito é feita com desconto sobre o valor da dívida e funciona como instrumento de ampliar receitas no curto prazo.

O senador Cid Gomes (PDT-CE) passou mal na noite desta terça-feira, 3, enquanto discursava na tribuna do Senado, e precisou ser atendido por médicos da Casa. De acordo com ele, houve uma queda de pressão arterial. Cid Gomes discursava sobre seu relatório da proposta que divide os recursos do megaleilão do petróleo com Estados e municípios e sentou na cadeira, falando que não passava bem.

Ele foi atendido inicialmente pelo líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), que é médico ortopedista. A sessão ficou suspensa por aproximadamente cinco minutos e o parlamentar foi direcionado ao posto médico.

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O senador Cid Gomes (PDT-CE) defendeu nesta quarta-feira, 19, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar e propor medidas de segurança sobre o sigilo das comunicações, e também apurar se houve conluio entre o Poder Judiciário e o Ministério Público no caso de supostas mensagens trocadas entre o agora ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Lava Jato. Segundo o senador, já há um requerimento pronto para isso.

"Uma CPI para investigar e propor medidas para dar mais segurança e garantia ao sigilo das nossas comunicações de um lado, e que procure investigar de forma isenta quem foram os responsáveis por esse caso e outros especificamente e proponha punições, e investigue se houve conluio entre o poder Judiciário, o integrante da magistratura, e o Ministério Público", sugeriu o senador.

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Ao responder Cid Gomes, Moro afirmou que, sobre o conteúdo das supostas mensagens, ele se dispôs a prestar esclarecimentos na CCJ e que, dentro deste contexto, acredita ter demonstrado que não existiu "nenhuma espécie de convergência entre MP e Judiciário em absoluto nesses processos". "E essas supostas mensagens hackeadas, não demonstraram aquilo que, com sensacionalismo, o referido site pretende afirmar", respondeu Moro.

Sobre as invasões, o ministro da Justiça destacou que a Polícia Federal já está investigando. "E certamente vai fazer com dedicação e isenção", respondeu Moro.

Parcialidade

Cid Gomes, que é irmão do candidato derrotado à presidência da República em 2018, Ciro Gomes, também disse que Moro está repetindo "3 ou 4 mantras" ao responder as perguntas dos parlamentares. "Não que eu desconfie da palavra da vossa excelência, mas, da mesma forma que citou pessoas que não enxergam conluio, há muitos outros juristas e advogados que dizem o contrário, que acham que sua atuação está comprometida, eu não quero tomar partido", continuou o senador.

Cid Gomes ainda criticou a postura do ex-juiz federal na condução dos processos da Lava Jato, que, para o senador, foi "sensacionalista". "A Lava Jato continua e ninguém sabe o nome do juiz da operação em Curitiba, isso é mais do que prova de que a postura ao longo do seu posicionamento lá era uma postura de sensacionalismo, de querer aparecer, de se colocar como um salvador da pátria", afirmou.

O senador Cid Gomes (PDT-CE) perdeu o cargo de ministro da Educação do governo Dilma Rousseff após chamar deputados do Centrão de "achacadores" ao participar de uma audiência no plenário da Câmara em 2015. Assim como o atual ministro da pasta, Abraham Weintraub, Cid fora convocado numa articulação do Centrão. Ele vê diferenças nos dois momentos, mas diz que o Centrão continua o mesmo.

O sr. já viveu a mesma experiência do ministro Weintraub. O que mudou de lá para cá?

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Essa aliança exótica entre a oposição e o Centrão vai se repetir muitas vezes e a Câmara vai ser o local onde isso vai acontecer com mais regularidade. Há um desconforto aí e a oposição está no seu papel.

Na sua vez, o sr. disse ser vítima de achacadores. O centrão continua agindo assim?

Acho que sim. Tem muita gente no Brasil que só sabe fazer política na situação. Não sou daqueles que acha que a classe política é suja. Quem impõe essa dinâmica é o Executivo.

Qual sua avaliação sobre o ministro da educação?

É uma figura exótica. Não tem a menor ideia do que seja educação. Ele foi pra lá porque o governo precisava de alguém de casa para substituir um lunático (o ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez). O atual ministro, além de não ter preparo, vivência e projeto, não sabe o que deseja. É arrogante. Isso instiga as pessoas a reagir.

Onde o governo erra?

O problema desse governo é que não tem projeto, traquejo ou habilidade de diálogo. É uma ala burocrática militar e outra de malucos que põem agendas ridículas que nada tem a ver com os problemas do Brasil. Querem continuar em campanha, tentando fazer contraponto com o PT. Não vejo no presidente (Jair Bolsonaro) e no Onyx (Lorenzoni, ministro da Casa Civil) nenhum traquejo para tentar restabelecer o diálogo. Bolsonaro não é a nova política. Na verdade, é uma negação da política sendo um velho político inexpressivo. Pra mim, é a mais fina flor da mediocridade, da inexpressividade e do despreparo.

Onyx falha na articulação?

Ele quer muito mais agradar ao Bolsonaro do que cumprir a tarefa que ele tem para cumprir. Trabalhou contra a reeleição do Rodrigo Maia à presidência da Câmara. E qual a motivação disso? É óbvio que o ele cumpria tarefa para o Bolsonaro.

Carlos Bolsonaro disse hoje que "o que está por vir, pode derrubar o capitão eleito". O governo que chega até o final?

O Bolsonaro, não sei se consciente ou por sorte do destino, escolheu um vice com uma patente que, sem entrar no mérito, é tudo o que o Brasil menos precisa nesse momento, um general no poder. A Venezuela está bem ali.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador eleito Cid Gomes, irmão do presidenciável derrotado Ciro Gomes, usou o Twitter na manhã deste sábado (19) para repercutir desdobramentos do caso envolvendo Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, e novas declarações feitas em delação pelo ex-ministro Antonio Palocci.

Futuro colega de Flávio no Senado e ex-aliado do PT, Cid publicou prints de duas notícias que vieram a público ontem. Primeiro, das revelações feitas pelo Jornal Nacional, apontando 48 depósitos suspeitos nas contas do senador eleito do PSL. Logo abaixo, outro print da notícia de que Palocci afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria recebido dinheiro vivo.

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"Tá difícil!!! Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come", comentou Cid. O senador eleito pelo PDT age para se firmar como uma das principais vozes de oposição no Senado.

Eleito para o Senado com mais de três milhões de votos, o ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT) articula a criação de um bloco que, de início, teria 17 dos 81 senadores, mas poderá unir siglas como Rede, PSB, PPS, PHS e PRB. Na Câmara, o PDT faz um movimento parecido com PSB e PCdoB.

O objetivo, segundo ele, é criar um bloco de oposição "programática" ao governo Jair Bolsonaro (PSL) que supere o recorte ideológico da centro-esquerda e aglutine setores do centro e da centro-direita.

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"Não é nem oposição sistemática nem situação automática", disse o senador eleito em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo ele, se o PT, maior partido da oposição, quiser participar, terá que fazer uma "revisão" de sua postura histórica como oposição sistemática.

Cid elogiou Rodrigo Maia (DEM), que, conforme avalia, "inspira estabilidade" e sai na frente na disputa por mais um mandato na presidência da Câmara. Ele descartou apoio neste momento a Renan Calheiros (MDB) para comandar o Senado e disse que seu conterrâneo Tasso Jereissati (PSDB) é um "excelente nome", mas não o único.

Como o senhor e o PDT vão agir na oposição ao governo de Jair Bolsonaro?

A despeito das críticas à equipe que está sendo formada, nossa disposição é a de fazer uma oposição preocupada com a melhoria do País. Então se aquilo que a gente entende como melhor para o País vier como proposta do governo, terá nosso pronto apoio. E naquilo que a gente não concordar vamos procurar discordar construtivamente oferecendo alternativas e não simplesmente a velha tradição da oposição brasileira, quer seja PT ou PSDB, de apostar no quanto pior melhor. Torcemos para o País dar certo e queremos ajudar para que as coisas entrem nos eixos.

Com quais partidos vocês pretendem se aliar na oposição?

Citar nomes seria restringir. Quem comungar desses mesmos ideais nossos que são, resumidamente, nem oposição sistemática nem situação automática será bem-vindo, será bem-vindo em um esforço de atuação conjunta. Para além disso estamos articulando blocos no Congresso. No Senado este bloco, de partida, teria o PDT, Rede, PSB, PPS, vamos conversar com o PHS e PRB podendo chegar a 17 (senadores) com mais um senador com quem estamos conversando.

Este bloco é para disputar espaço na Mesa Diretora ou para fazer oposição?

Seria para ter uma postura mais repartida, discutida, no Senado. Além disso, este bloco conversará com outros partidos com vistas à participação em comissões técnicas e na Mesa Diretora.

A oposição a Bolsonaro pode ter um recorte que não seja ideológico, que vá além da centro-esquerda?

Não tenho dúvida disso. O comportamento vai e vem do Bolsonaro despertará muitas preocupações na esquerda e na direita. Acho que foi o (Fernando) Collor quem disse que o governo dele deixaria a esquerda perplexa e a direita enfurecida. Os primeiros passos do Bolsonaro são muito parecidos com estes na direção da imponderabilidade. O que não quer dizer, repito, que esteja tudo errado. Só que quero dizer que ele tem tido um comportamento fora do eixo tradicional de esquerda e direita.

Neste sentido é importante que o comando das Casas fique com nomes da política tradicional?

Eu não diria assim. Diria que dada a imponderabilidade de um governo é muito importante que o Legislativo inspire e atue no sentido de dar serenidade e estabilidade ao Estado no sentido amplo dos três Poderes. Isso não quer dizer que seja alguém da política tradicional.

Quais os nomes que o senhor defende para as presidências da Câmara e do Senado?

Prefiro não citar nomes, mas há na Câmara a possibilidade de reeleição do Rodrigo Maia (DEM), o que não acontece no Senado. Então é óbvio que ele é o nome que parte na frente. Ele está neste espectro de centro, de partido que não é nem situação automática, apesar de já ter três quadros escolhidos para o Ministério, nem oposição sistemática. Ele inspira estabilidade, até porque foi essa a postura dele nos dois anos de governo ou desgoverno Temer.

E no Senado?

No Senado imagino que a gente primeiro componha o meio de campo com estas características que já citei e que cada partido também se agrupe em blocos e apresente os nomes.

Renan Calheiros poderia cumprir este papel?

Sinceramente acho que neste momento, não. Não quero fazer disso um movimento a favor de sicrano e contra fulano. Até encontrei com ele lá no Senado e disse que vai chegar muita intriga até ele, mas pode ter certeza que não é essa a intenção. O que nós defendemos é um posicionamento da Casa e alguém com experiência.

Tasso Jereissati é uma opção?

Vou repetir que isso não é um movimento em prol de pessoas, é de um posicionamento, embora seja claro que no final pessoas representarão este posicionamento. O Tasso é um nome excelente, teria o perfil daquilo que se imagina para este lugar, mas certamente não é o único nome.

De que forma vocês pretendem se relacionar com o PT?

Se o PT se afinar com essas ideias, não temos nada contra. Se o PT amadurecer e achar que é razoável sair da posição que lhe é histórica de fazer oposição sistemática, tudo bem, nada a opor.

O PT poderia fazer parte destes blocos?

Desde que faça uma revisão, um mea-culpa do seu posicionamento histórico, que é de fazer oposição sistemática quando não são eles o governo.

Qual será o papel de Ciro neste próximo período?

O partido tem ratificado, já está marcando uma nova reunião para dezembro, o compromisso da atuação e quer que o Ciro seja o protagonista dessa atuação.

O senhor prevê um rearranjo partidário neste próximo período?

Na hora que você tem uma cláusula de desempenho que faz com quem 10, 12 partidos não possam mais ter tempo de televisão nem recurso do Fundo Partidário, isso por si só já é uma partida para um rearranjo partidário. Para além disso, acho que alguns partidos vão passar por processos de discussão internos que poderão levar a cisões e, a partir disso, a outros arranjos partidários. Cito como exemplos o PSDB e o MDB. Acho que estes dois partidos vão ter processos internos de disputa pelo comando e de posicionamento muito fortes que devem descambar para cisões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Luís Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou nesta quinta-feira, 18, um pedido do senador eleito Cid Gomes (PDT-CE) para suspender a veiculação de uma propaganda do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, em que é exibido vídeo do pedetista com duras críticas ao Partido dos Trabalhadores.

Em ato político realizado em Fortaleza (CE), Cid disse que o PT deveria fazer uma autocrítica e assumir que fez "muita besteira" para não "perder feio" de Bolsonaro. O pedetista foi vaiado pela plateia, que começou a gritar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato.

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Cid Gomes alegou ao TSE que, da forma como está sendo veiculada, a propaganda "passa a falsa imagem" de que o senador eleito "estaria declarando apoio ao candidato Bolsonaro, quando na verdade nem de longe isso seria verdade".

Alegando questões processuais, Salomão concluiu que Cid Gomes não tinha legitimidade para apresentar a representação contra a propaganda de Bolsonaro, já que Cid Gomes disputou a eleição para uma cadeira do Ceará no Senado Federal - e já foi eleito -, enquanto Bolsonaro disputa o segundo turno das eleições presidenciais.

"Assim, penso que carece de legitimidade ativa o representante (Cid Gomes) para ajuizar a representação, porquanto assume condição jurídica de candidato - eleito - em circunscrição diversa pela qual os representados (Jair Bolsonaro, e sua coligação "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos") concorrem ao pleito. Ante o exposto, julgo extinta a representação, sem resolução do mérito", concluiu Salomão.

Senador eleito pelo Ceará, Cid Gomes (PDT) recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impedir que o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), use a imagem dele na propaganda eleitoral. A campanha do adversário de Fernando Haddad (PT) aproveitou um desabafo de Cid, durante uma discussão com militantes do PT na última segunda-feira (15), no guia exibido nessa terça (16).

As imagens recortadas para a propaganda de Bolsonaro, mostram Cid dizendo que os petistas vão perder a eleição se não começarem a fazer mea culpa e disparando contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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A defesa de Cid, que é irmão de Ciro Gomes (PDT), informou ao jornal Folha de São Paulo ter alegado ao TSE que Bolsonaro lançou mão de “ardiloso artifício para tentar repassar à população fatos que não condizem com a realidade”.

Os advogados pontuaram ainda que o capitão reformado infringiu a lei eleitoral ao transmitir propaganda com imagem de candidato que pertence a partido que declarou apoio a outro e tentou "criar, artificialmente, estados mentais na população, na nítida tentativa de induzir o eleitorado ao erro". A campanha de Bolsonaro pretende repetir a peça nesta quarta-feira (17). O TSE ainda não se posicionou sobre o assunto.

Após o senador eleito Cid Gomes (PDT-CE) tecer duras críticas contra o PT, em discurso realizado em Fortaleza, o político tentou remediar sua fala, mas ainda manteve o tom duro contra os petistas. "Comparei os dois nomes que estão no 2º Turno. O Haddad é infinitamente melhor que o Bolsonaro. Eu não quero me vingar de ninguém. Para o Brasil o menos ruim é o Haddad. Por isso penso que seria melhor que ele ganhasse", escreveu, no Facebook.

Em Fortaleza, na noite desta segunda-feira, 15, Cid fez elogios ao PT, mas cobrou um mea culpa do partido. "Tem de pedir desculpas, tem de ter humildade, e reconhecer que fizeram muita besteira", disse o senador. Cid foi vaiado pela plateia, que começou a gritar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba na Operação Lava Jato. "Lula o quê? Lula tá preso, ô babaca. O Lula tá preso. O Lula tá preso. E vai fazer o quê? Babaca, babaca. Isso é o PT. E o PT deste jeito merece perder", reagiu Cid.

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Mesmo com a tentativa de acalmar os nervos, Cid reforçou que o maior empecilho da vitória de Haddad é o fato de o povo brasileiro querer virar "duas páginas do nosso passado", sendo a primeira já virada, o PSDB, e a segunda, o PT. "Creio que a única forma de ajudar a evitar que essa ânsia popular de negação coloque o País numa aventura obscurantista seria uma profunda autocrítica da companheirada seguida de um encarecido e sincero pedido de desculpas; Na sequência, uma palavra firme do Haddad de que governará suprapartidariamente. Será pedir demais?", escreveu o pedetista.

Twitter

A fala mais áspera de Cid ganhou as redes sociais e há pouco era o terceiro assunto mais comentado no Twitter Brasil, com a Hashtag #LulaTaPresoBabaca. O tema é bastante compartilhado por apoiadores do adversário de Haddad, Jair Bolsonaro (PSL).

A fala do senador eleito no Ceará, Cid Gomes (PDT), sobre o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viralizou e é um dos assuntos mais comentados no Twitter nesta terça-feira (16). No topo das hashtags aparece a ‘#LulaTaPresoBabaca’, uma das frases disparadas por Cid em resposta aos militantes do PT que começaram a vaiá-lo e gritar o nome de Lula após ele cobrar mea culpa do partido diante da situação do país e da ascensão de Jair Bolsonaro (PSL).

Diversos memes e comentários de políticos e internautas circulam na rede social. Presidente nacional do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson comentou citando, inclusive, o veto da legenda à candidatura de Marília Arraes a governadora de Pernambuco. “A imprensa petista, irada, agora está acusando Cid Gomes de ser desleal. Mais desleal do que Lula, que forçou o PSB a abandonar Ciro e declarar neutralidade, destruindo inclusive a candidatura de Marília Arraes? Só há uma resposta: #LulaTaPresoBabaca”, disparou.

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Resposta

Em contrapartida, também nas redes sociais, o coordenador da campanha de Haddad no Ceará, deputado federal José Guimarães (PT), disse que lamentava a postura de Cid e pontuou que a discussão entre o PT e a família Gomes deve ser feita depois da eleição.

“Lamento profundamente a forma desrespeitosa como fomos tratados pelo senador Cid Gomes (o senador que o PT apoiou) ao criticar o PT em um momento inadequado e que só contribuiu para gerar desconfiança e incertezas da nossa vitória. Como coordenador da campanha do Haddad no Ceará reafirmo o compromisso do nosso candidato com os cearenses e que tudo faremos para derrotar a facismo, o ódio e a truculência do nosso adversário”, salientou.

“A eleição está em aberto. Vamos para o confronto e apelamos para que todos os democratas se somem ao esforço de derrotar essa direita representada pela candidatura de Bolsonaro. Sobre os nossos legados e parcerias entre o PT e os FGs discutiremos após o 2º turno. Tá na hora mesmo de fazermos um balanço desde 2006 e se for o caminho da separação que façamos com respeito mútuo”, rebateu José Guimarães.

Eleito senador pelo Ceará, Cid Gomes (PDT) não poupou críticas ao PT e à falta de uma mea culpa diante da situação do país durante um evento que abriu a campanha do candidato à Presidência, Fernando Haddad (PT), no segundo turno no Estado. No palanque ao lado do governador Camilo Santana (PT), o irmão de Ciro Gomes (PDT) disse na noite dessa segunda-feira (15) que tinha “zero problema” em votar no petista, mas os correligionários deveriam usar os discursos para pedir desculpas ao país.

Neste momento, a plateia composta por filiados e simpatizantes ao PT reagiu com vaias e Cid revidou no discurso. "Não admitir o mea culpa, os erros que cometeram, isso é para perder a eleição e é bem feito", disparou o ex-governador do Ceará.

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"Eu conheço o Haddad, é uma boa pessoa. Tenho zero problema de votar nele, mas aí fica para algum companheiro do PT que me suceda aqui na fala: se quiser fazer um exemplo para o País, tem de fazer um mea culpa. Tem de pedir desculpas, tem que ter humildade e reconhecer que fizeram muita besteira", disse Cid, pouco antes do início da discussão.

Durante uma fala que inflou os militantes, o pedetista culpou o PT de construir a figura política de Jair Bolsorado (PSL), adversário de Haddad na corrida presidencial.

“Vão perder feio porque fizeram muita besteira, aparelharam as repartições públicas, porque acharam que eram donos de um país e o Brasil não aceita ter dono. O Brasil é um país democrático, quem criou Bolsonaro foram essas figuras que acham que são donos da verdade, acham que podem fazer tudo e que os fins justificam os meios”, alfinetou. Assista:

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Entre um disparo e outro de Cid, a plateia começou a gritar o nome de Lula e o pedetista rebateu: “O Lula tá preso, babacas. E vai fazer o quê?”.

A fala foi essencial para que o evento fosse curto, já que Cid foi o primeiro a discursar. Logo depois, Camilo Santana falou aos presentes, mas não seguiu o conselho do antecessor ao microfone. "Nosso objetivo aqui não é fazer uma análise política… Eu entendo tudo que o Cid falou aqui. Cada um tem a liberdade de se expressar, mas o Cid tomou a decisão de vir pra ajudar a construir a grande vitória do Haddad no Ceará. Esse é o momento de nos unirmos", considerou o petista reeleito.

A postura de Cid acende um alerta maior para a campanha de Fernando Haddad que cobrou, nessa segunda, mais empenho do PDT no segundo turno. O partido, contudo, não aparenta estar muito satisfeito em precisar pedir voto para o petista.  

Coordenador da campanha de Ciro Gomes, o ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT) disse nesta sexta-feira, 20, que seu irmão irá continuar sendo do jeito que ele é, em referências às declarações controversas que teriam sido uma das razões para o recuo do Centrão nas negociações com o PDT.

"Eu sinceramente acho que o povo brasileiro não tolera mais a falsidade e a promessa fácil. O que o Ciro tem feito é ter tido sempre uma postura franca. E isso desagrada alguns. Isso muitas vezes cria problemas e traz antagonismos, mas ele vai continuar do jeito que ele é, franco, sincero, amante, apaixonado e com força para defender o povo brasileiro", afirmou Cid ao chegar na sede do partido, onde se realiza a convenção da sigla para lançar oficialmente a candidatura de Ciro Gomes

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O ex-governador complementou citando indiretamente o caso envolvendo o vereador Fernando Holiday (DEM/SP), um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL). "Um grande problema da causa negra no Brasil são negros a serviço da Casa Grande. Quando acontece isso no mundo da política, o Ciro denuncia", disse. O episódio é tido como um dos motivos do desgaste e receio dos partidos do Centrão com Ciro Gomes.

Cid Gomes também minimizou a decisão do bloco formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade de apoiar a pré-candidatura de Geraldo Alckmin, do PSDB. "Nossa prioridade sempre foram partidos do arco progressista, com militância popular. E o PSB por não ter candidato à Presidência sempre esteve como nosso principal objetivo. Qualquer outro partido, conversando, entendendo, e se filiando aos princípios que o Ciro tem colocado com muita transparência, são muito bem-vindos", afirmou.

Os embates entre os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT) estão cada vez maiores. Na semana passada, Bolsonaro chegou a dizer que não quer um Brasil voltado para “cangaceiro” em referência a Ciro, que por sua vez durante evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) falou que teria vergonha de bater palma para o Bolsonaro. 

Agora foi a vez de Cid Gomes sair em defesa do irmão Ciro, que foi vaiado no encontro da CNI, realizado na última quarta-feira (4), após criticar a reforma trabalhista. O ex-governador também alfinetou Bolsonaro. “Ele [Ciro] fez um apelo para que entendam o papel social. Empresa não deveria se preocupar com folha de pagamento, mas com o câmbio. A gente não quer parceria com empresário escravocrata. Esse tipo pode ficar com o Bolsonaro”, disse. 

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Nesta semana, durante uma entrevista, Bolsonaro já avisou que processou Ciro Gomes por ter dito que ele ''lavou dinheiro''. O comentário de Ciro aconteceu durante uma entrevista à rádio "Jovem Pan" em agosto de 2017. Ciro comenta uma doação de R$ 200 mil feita pela JBS ao Partido Progressista (PP), então legenda de Bolsonaro. 

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