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O preço médio do litro da gasolina aumentou 0,97% em todo o País em janeiro até o dia 27, para R$ 5,32, em relação a dezembro do ano passado, mostra o mais recente levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL). O período apurado vai de 1º a 27 de janeiro.

"Devemos ficar atentos aos reflexos do último aumento de 7,47% para a gasolina vendida às refinarias, válido desde 25 de janeiro, que deve refletir ainda mais no preço do litro e deixá-lo mais caro", destacou o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina.

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Já o etanol fechou o período a R$ 4,38, aumento de 1,56% em igual base de comparação. Conforme o IPTL, apesar de ser mais barato, o aumento do etanol vem sendo mais expressivo que o da gasolina.

"Estamos no período de entressafra desse combustível, o que diminui a oferta do produto no mercado e eleva os preços nas usinas, como também nas bombas. Entre fevereiro e março a oferta do produto deve aumentar no mercado e refletir na redução do preço do litro", reitera Pina.

Regional

Todas as regiões apresentaram aumento no preço da gasolina, porém, o mais expressivo foi registrado nos postos nordestinos, de 1,27%, onde o insumo passou de R$ 5,28 para 5,34. Já o menor preço médio para o litro foi identificado nas bombas do Sudeste, a R$ 5,14. A região Norte mantém a liderança do preço médio mais caro para a gasolina, comercializada a R$ 5,51, com acréscimo de 1,14%.

No etanol, o Sul assumiu este mês o posto que foi da região Norte em dezembro. Comercializou o combustível pelo preço médio mais alto de todo o País (R$ 4,60), aumento de 1,39%. Mesmo assim, a maior alta foi verificada nas bombas do Nordeste, 4,68%. Apenas a região Norte registrou recuo no preço do insumo, mas o preço médio mais barato dele foi comercializado no Centro-Oeste, a R$ 4,02.

Estados

Na análise por Estados e o Distrito Federal, Roraima segue em primeiro lugar no ranking da gasolina mais cara do País, vendida a R$ 6,03. Já o acréscimo mais expressivo ficou com o Ceará, de 7,02%, vendido a R$ 5,74 neste mês.

A média mais baixa foi registrada na Paraíba, R$ 4,93, e a maior redução, no Rio Grande do Norte, de 1,73%, que passou de R$ 5,33 para R$ 5,24.

Quanto ao etanol comercializado nos Estados, o destaque foi a Bahia, 11,71% mais caro, de R$ 4,13 para R$ 4,61. Já a média mais alta foi identificada em Roraima, a R$ 5,15. Rondônia registrou a redução mais importante para o etanol, de 2,10%, com o litro comercializado a R$ 4,47.

Como consequência dos frequentes acréscimos no etanol, em janeiro, o combustível se apresentou como a opção mais econômica para apenas no Mato Grosso, que registrou a média mais baixa do País para o litro, de R$ 3,85.

A Petrobras anunciou na manhã desta terça-feira (24) que vai elevar em 7,5% o preço da gasolina para as distribuidoras na suas refinarias a partir da quarta-feira (25). O preço do litro do combustível passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um aumento de R$ 0,23, informa a estatal.

A defasagem dos preços da gasolina em relação ao mercado internacional atingiu 15% na segunda-feira, seguindo a volatilidade do preço do petróleo. O diesel, por sua vez, não tem sido tão pressionado devido ao temor de uma recessão global e incertezas em relação à recuperação chinesa.

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A Petrobras estava há 50 dias sem alterar o preço da gasolina, enquanto a Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia, subiu o preço do combustível na semana passada.

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 13 Estados e no Distrito Federal na semana passada, encerrada no sábado (14). Já em outros nove Estados os preços subiram. No Acre não houve apuração na semana anterior (até dia 7) para efeito de comparação. No Amapá não houve apuração na semana passada, enquanto no Ceará e no Rio Grande do Sul os preços ficaram inalterados no período (R$ 4,57 e R$ 4,76 o litro, respectivamente).

O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol caiu 1,75% na semana em relação à anterior, de R$ 4,01 para R$ 3,94 o litro.

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Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 2,28% na semana, de R$ 3,94 para R$ 3,85. Goiás registrou a maior queda porcentual de preços na semana, de 5,05%, de R$ 3,96 para R$ 3,760. Sergipe foi o Estado com o maior avanço de preços na semana, de 4,30%, de R$ 3,95 para R$ 4,12 o litro.

O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,28 o litro, em São Paulo, e o maior preço estadual, de R$ 6,37, foi registrado no Rio Grande do Sul. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,61, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado em Roraima, com R$ 4,87 o litro.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 2,60%. O Estado com maior alta porcentual no período foi Sergipe, com 14,44% de aumento no período, de R$ 3,60 para R$ 4,12 o litro. A maior baixa porcentual ocorreu em Mato Grosso (-2,43%), de R$ 3,70 para R$ 3,61.

Competitividade

O etanol não era competitivo em relação à gasolina em nenhum dos 26 Estados ou no Distrito Federal, na semana passada, encerrada no sábado, dia 14.

Conforme levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas, referente à semana passada, na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 78,17% ante a gasolina, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 22 Estados na semana passada, encerrada no sábado (7). Já em outros 3 Estados e no Distrito Federal os preços recuaram. No Acre não houve apuração das cotações. O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas.

Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol subiu 3,62% na semana em relação à anterior, de R$ 3,87 para R$ 4,01 o litro.

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Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 4,23% na semana, de R$ 3,78 para R$ 3,94. Amapá registrou a maior queda porcentual de preços na semana, de 2,44%, de R$ 4,92 para R$ 4,80.

Já a Bahia foi o Estado com o maior avanço de preços na semana, de 11,39%, de R$ 4,04 para R$ 4,50 o litro.

O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,28 o litro, em São Paulo, e o maior preço estadual, de R$ 6,37, foi registrado no Rio Grande do Sul.

Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,86, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado em Roraima, com R$ 4,85 o litro.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 4,16%. O Estado com maior alta porcentual no período foi a Bahia, com 15,09% de aumento no período, de R$ 3,91 para R$ 4,50 o litro. A maior baixa porcentual ocorreu no Amapá (-8,40%), de R$ 5,24 para R$ 4,80.

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou, em nota divulgada à imprensa, que tem garantido o abastecimento nacional de combustíveis. De acordo com o ministério, também está garantido o funcionamento adequado de refinarias, terminais e bases de distribuição.

O MME informou ainda que tem feito uma articulação com suas entidades vinculadas para garantir o abastecimento.

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A nota, assinada pelo ministro Alexandre Silveira, acrescenta que o MME também está monitorando os protestos nessas estruturas. “Seguimos atentos e em articulação com outras pastas e estados para assegurar o suprimento. Seguiremos firmes e compromissados com a sociedade brasileira”, diz a nota.

O preço médio do litro da gasolina voltou a ficar acima do nível dos R$ 5,00 na primeira semana de 2023, mesmo após a decisão do governo federal de prorrogar a isenção de tributos federais sobre combustíveis.

Entre os dias 1º e 7 de janeiro, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina custou R$ 5,12 nos postos de abastecimento do País, aumento de 3,2% ante dos R$ 4,96 cobrados pelo litro do insumo na semana imediatamente anterior.

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Esta é a segunda semana seguida de alta na gasolina, após cinco quedas seguidas entre o fim de novembro e o Natal, quando uma redução nos preços de refinaria da Petrobras (-6,1% em 9 de dezembro) e quedas do etanol anidro, que compõe 27% da mistura da gasolina, puxaram o valor final do combustível para baixo.

Essa dinâmica se inverteu nas duas últimas semanas. Os efeitos da redução da Petrobras no preço final se esgotaram e o etanol anidro voltou a subir nas usinas paulistas, com alta acumulada de 4,2% nas usinas paulistas nas duas últimas semanas de 2022, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da USP (Cepea/Esalq-USP).

Outro fator que pressionou a gasolina foram os quatro aumentos praticados pela Refinaria de Mataripe no preço do insumo a distribuidores, que se intensificaram após a virada do ano. A unidade da Acelen, empresa com participação do fundo Mubadala, alinha seus valores semanalmente à paridade de importação. Ela responde por cerca de 14% do mercado nacional de derivados e atende sobretudo ao Nordeste. Segundo a ANP, lá foi registrado o segundo maior aumento semanal por região, 3,77%.

A maior alta regional na comparação entre esta semana e a anterior, 4,31%, aconteceu no Norte do País. A principal refinaria que atende a região, a de Manaus, ex-Petrobras, teve a venda ao grupo Atem concluída no fim de novembro. No Sudeste, informou a ANP, o aumento no preço final da gasolina foi de 3,68%, seguido do Sul (2,40%) e Centro-Oeste (0,99%).

Lateralmente, pesou ainda o fato de 11 Estados terem aprovado aumentos de até 4% em suas alíquotas de ICMS sobre combustíveis em dezembro. A medida seguiu recomendação do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz) para atenuar perdas de arrecadação.

O imposto estadual havia sido rebaixado a no máximo 18% em todo o País em junho de 2022 por meio de uma lei complementar articulada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) junto ao Congresso Nacional para frear a inflação. Ainda assim, o preço da gasolina nos postos do País subiu 25% em 2022 e 14,2% nos quatro anos do governo Bolsonaro, mostram os números da ANP.

Diesel S10

Já o diesel S10 viu o preço médio do litro subir 2%, ou R$ 0,13 esta semana, de R$ 6,38 para $ 6,51, na última semana de 2022. Essa alta reverte um movimento de sete semanas de queda do diesel S10.

À exceção da alta do etanol anidro, os outros fatores que pressionam a gasolina também valem para o diesel. A última baixa no preço do insumo pela Petrobras em suas refinarias, de 8,1%, também aconteceu em 9 de dezembro e não tem mais efeito sobre o valor final.

GLP

Na contramão, o gás liquefeito de petróleo (GLP) ou o gás de cozinha, amplamente consumido pela população, experimentou leve queda de 0,1% no preço ao consumidor. Entre 1º e 7 de janeiro, o botijão de 13 quilos do insumo custou, em média, R$ 108,50 ante R$ 108,64 na semana imediatamente anterior.

Esta é a quarta semana seguida de queda no preço do botijão ao consumidor final. Esse produto, que vem alternando altas e quedas nos últimos meses, tem caído nas últimas semanas, possivelmente, devido a um rescaldo de reajuste da Petrobras para baixo em suas refinarias. Há cinco semanas atrás, a estatal reduziu em 9,7% o valor do GLP comercializado a distribuidores em suas unidades.

Os preços da gasolina e do diesel nas refinarias da Petrobras voltaram a registrar defasagem no início deste ano em relação ao mercado internacional, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), abrindo espaço para queda de R$ 0,36 por litro no caso da gasolina (defasagem de 11%) e de R$ 0,21 por litro no diesel (defasagem de 4%).

De acordo com a Abicom, há nove dias a janela de importação está fechada para os dois combustíveis.

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"Apesar da alta no câmbio, os preços de referência da gasolina e do óleo diesel apresentaram redução no mercado internacional na abertura de hoje, nas contas da Abicom, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para gasolina e para o óleo diesel", disse a Abicom em seu relatório diário.

Se levados em conta os preços também da Refinaria de Mataripe, na Bahia, controlada pela Acelen, braço do fundo de investimento árabe Mubadala, a única de grande porte privatizada pelo governo anterior, a defasagem da gasolina cai para 9%, enquanto o preço do diesel segue com diferença de 4% em relação ao mercado internacional.

No último sábado, a Acelen aumentou o preço do litro do diesel em R$ 0,3676 e da gasolina em R$ 0,2559. Já a Petrobras fez os últimos reajustes desses combustíveis no dia 7 de dezembro, registrando quedas médias de 8,12% e de 6,11%, respectivamente.

O petróleo segue em tendência de baixa, registrando nesta terça-feira, 3, queda de 1,64% para os contratos de março, cotado a US$ 84,50, derrubado pela valorização do dólar, depois de ter subido por dois dias seguidos. A commodity, porém, continua com grande volatilidade.

O novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), disse na segunda (2), em seu discurso de posse, que a pasta adotará medidas para proteger os consumidores de oscilações internacionais de preços dos combustíveis. Sem citar detalhes de que medidas pretende adotar, Silveira afirmou que este foi um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o ministério vai trabalhar em um "desenho" que proteja os investimentos e as empresas, mas agora com foco na população.

"Precisamos implementar um desenho de um mercado que promova a competição, mas que preserve o consumidor da volatilidade de preço dos combustíveis", disse ele.

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O ministro também defendeu a necessidade de ampliar a capacidade nacional de refino de combustíveis para reduzir a dependência da importação.

Outras duas medidas importantes anunciadas deverão orientar, segundo ele, a sua gestão no ministério: a busca pela redução do preço da conta de luz e a ampliação do acesso à energia em comunidades mais carentes, com a retomada do programa Luz Para Todos.

Reforçou que vai garantir a "segurança jurídica para os contratos", mas que isso estará atrelado a "lutar com afinco pela redução das tarifas".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou nesta quinta, 29, que os preços dos combustíveis vão cair no Brasil com a política adotada em seu governo e com a nova diretoria da Petrobras.

"Eu dizia que, para reduzir o preço de gasolina, do petróleo, do óleo e do gás, a gente não precisava mexer com o ICMS, poderia mexer com outras coisas. Bastava que a mesma mão que assinou o aumento assinasse a diminuição do aumento", afirmou Lula, contrário à política de paridade de preços internacionais adotada hoje pela Petrobras.

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"Isso queda do preço dos combustíveis vai acontecer a partir do momento que a gente montar também a diretoria da Petrobras. Ainda leva um tempo, porque tem toda uma legislação que rege as estatais e vamos então fazer", acrescentou o presidente eleito, que deve indicar o senador Jean Paul Prates (PT-RN) para comandar a estatal.

Ao comentar a questão dos combustíveis, Lula se atrapalhou e reclamou de medidas provisórias editadas pelo atual governo a poucos dias do fim do mandato. Ele chegou a dizer que o presidente Jair Bolsonaro havia publicado uma MP prorrogando a desoneração dos impostos federais para os combustíveis, mas a assessoria do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esclareceu que a reclamação do petista se refere a uma MP da semana passada que trata da isenção de combustível para o setor aéreo, e outra de hoje sobre o preço de transferência de multinacionais.

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 12 Estados e no Distrito Federal na última semana encerrada no sábado (24), subiram em outros 11 e ficaram estáveis em dois, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. No Amapá, não foi possível a comparação visto que não houve apuração de preço na semana. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol caiu 0,26% na semana em relação à anterior, de R$ 3,82 para R$ 3,81 o litro.

Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média ficou estável na semana, ficando em R$ 3,72. O Espírito Santo registrou a maior queda porcentual de preços na semana, de 3,37%, de R$ 4,45 para R$ 4,30. Já Sergipe foi o Estado com o maior avanço de preços na semana, de 4,46%, de R$ 3,59 para R$ 3,75 o litro.

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O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,00 o litro, em São Paulo, e o menor preço médio estadual, de R$ 3,59, foi registrado em Mato Grosso. O preço máximo, de R$ 6,54 o litro, foi verificado em postos de Santa Catarina. O maior preço médio foi registrado em Rondônia, com R$ 4,87 o litro.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País caiu 0,78%. O Estado com maior alta porcentual no período foi a Paraíba, com 7,31% de aumento no período, de R$ 3,42 para R$ 3,67 o litro. A maior baixa porcentual ocorreu em Minas Gerais (-1,82%), de R$ 3,84 para R$ 3,77.

Competitividade

Na semana passada, até sábado, o etanol não era competitivo em relação à gasolina em nenhum dos 26 Estados ou no Distrito Federal. Conforme levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas, referente à semana passada, na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 77,28% ante a gasolina, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

A Petrobras anunciou no início da tarde desta terça-feira (6) reduções nos preços médios da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras em suas refinarias. A partir da quarta-feira (7), o preço da gasolina será reduzido em 6,1%, de R$ 3,28 para R$ 3,08 por litro, redução de R$ 0,20 por litro.

"Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,25 a cada litro vendido na bomba", informou em nota a companhia.

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Foi a primeira vez que a Petrobras reajustou o preço da gasolina em pouco mais de três meses. A última mudança no preço do combustível aconteceu em 1º de setembro, uma queda de 7%, então a quarta de uma série de quatro baixas desde meados de julho.

A estatal também informou que vai reduzir o preço do diesel A em suas unidades a partir da quarta-feira, desta vez em 8,1% ou R$ 0,40 por litro. O preço médio do combustível passa, então, de R$ 4,89 para R$ 4,49 por litro.

"Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 4,04 a cada litro vendido na bomba", informou a Petrobras.

A última redução do diesel aconteceu em 19 de setembro, uma baixa de 5,8% nos preços, então a terceira queda de uma série de três descontos iniciada em agosto.

PPI

Segundo a estatal, as reduções acompanham a evolução dos preços de referência, o preço de paridade de importação (PPI), e são "coerentes" com a prática de preços da Petrobras. A política, informa, "busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio".

Desde meados de novembro, as cotações internacionais da gasolina e do diesel têm arrefecido em linha com o petróleo, o que abre espaço para novas reduções.

A Petrobras acompanha o PPI, mas, em 2022, ajustou o método de precificação para blindar o mercado doméstico da volatilidade do mercado mundial, conforme explicaram na segunda-feira executivos da empresa a membros da equipe de transição do governo eleito, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 13 Estados e no Distrito Federal na última semana, caíram em outros 10 e ficaram estáveis em Minas Gerais e em Roraima, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. No Amapá, onde o litro ficou em R$ 5,24, não foi possível a comparação visto que não houve apuração de preço na semana anterior.

Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol caiu 0,25% na semana em relação à anterior, de R$ 3,86 para R$ 3,85 o litro.

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Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 0,26% na semana, ficando em R$ 3,77 ante R$ 3,78 o litro nos sete dias anteriores.

Tocantins registrou a maior queda porcentual de preços na semana, de 2,07%, de R$ 4,35 para R$ 4,26.

Já o Piauí foi o Estado com o maior avanço de preços na semana, de 4,56%, de R$ 3,95 para R$ 4,13 o litro.

O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,10 o litro, em Minas Gerais, e o menor preço médio estadual, de R$ 3,53, foi registrado em Sergipe. O preço máximo, de R$ 6,57 o litro, foi verificado em postos do Rio Grande do Sul. E o maior preço médio estadual, de R$ 5,24, foi observado no Amapá.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 6,06%. O Estado com maior alta porcentual no período foi Mato Grosso, com 12,16% de aumento no período, de R$ 3,21 para R$ 3,75 o litro. A maior baixa porcentual ocorreu em Sergipe (-6,37%), de R$ 3,77 para R$ 3,53.

O preço da gasolina apresentou alta de 1,6% no acumulado do mês de novembro até o dia 28, depois de registrar quedas consecutivas entre os meses de julho e outubro. O litro do combustível passou de R$ 5,24 no mês anterior, para R$ 5,32. Os dados são do último levantamento da Ticket Log.

"Em novembro, todas as regiões brasileiras apresentaram aumento no preço médio da gasolina, sendo o mais expressivo no Sul, de 4%. Já o etanol teve aumento em três regiões, com destaque para o Centro-Oeste, com acréscimo de 6,8%", comenta Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.

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O preço médio mais alto para a gasolina foi registrado nos postos do Norte, a R$ 5,47. E o combustível mais barato foi encontrado no Sudeste, que apresentou acréscimo de 1,49%, em comparação a outubro.

Na análise por Estados, Roraima registrou a gasolina mais cara, a R$ 5,88 o litro. Já o Rio Grande do Sul foi o Estado que apresentou o combustível mais em conta, a R$ 5,01.

A Região Norte apresentou os maiores valores para os dois combustíveis (gasolina e etanol). Para o etanol, o Centro-Oeste, Sudeste e Sul apresentaram altas de 6,80%, 5,70% e 4,54%, respectivamente.

Na análise por Estados, Roraima possui o maior preço médio para o litro do combustível (R$ 5,34) e Paraíba tem o etanol mais barato (R$ 3,62).

Após seis semanas seguidas de alta, o preço da gasolina nos postos mostra sinais de estabilidade, aponta levantamento semanal realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com a agência, entre 20 e 26 de novembro o preço médio do litro nas bombas foi de R$ 5,04, leve queda comparada à pesquisa da semana imediatamente anterior (R$ 5,05).

Nas refinarias da Petrobras, o preço está congelado há 87 dias. Após os esforços do governo federal para conter os preços do insumo e brecar a inflação, a gasolina vinha subindo desde o dia 2 de outubro, quando o litro custava na média R$ 4,79. No período, a alta acumulada nas bombas é de 5,2%.

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A explicação para a atual estabilidade está no esgotamento do movimento de alta de preços do etanol anidro, relacionado à entressafra. O produto compõe 27% da mistura da gasolina e, nas duas últimas semanas, teve queda acumulada de 3,6%, segundo a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

Nas últimas 11 semanas, desde quando o etanol anidro começou a subir, a alta acumulada do insumo ainda é de 10,7%. Quedas mais intensas no preço do etanol podem aliviar o custo da gasolina no curto prazo, dizem especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 14 Estados e no Distrito Federal e caíram em 11 outros na semana passada, encerrada no sábado, 19, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. No Amapá não houve apuração.

Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol subiu 1,32% na semana em relação à anterior, de R$ 3,79 para R$ 3,84 o litro.

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Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 23,12% na semana, ficando em R$ 4,58 ante R$ 3,72 o litro nos sete dias anteriores.

O Paraná registrou a maior queda porcentual de preços na semana, de 17,59%, de R$ 4,15 para R$ 3,42.

Já Amazonas foi o Estado com o maior avanço de preços na semana, de 38,56%, de R$ 3,76 para R$ 5,21 o litro.

O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,14 o litro, em Pernambuco, e o menor preço médio estadual, de R$ 3,42, foi registrado na Paraíba.

O preço máximo, de R$ 6,97 o litro, foi verificado em postos do Rio Grande do Sul. E o maior preço médio estadual, de R$ 5,21, foi observado no Amapá.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 10,98%. O Estado com maior alta porcentual no período foi Mato Grosso, com 46,18% de aumento no período. A maior baixa porcentual ocorreu no Rio Grande do Norte (-14,83%).

A Petrobras anunciou uma redução de 5,2% no preço médio do GLP, o gás de cozinha, vendido em suas refinarias a partir desta quinta-feira (17). Segundo a estatal, o preço médio de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,7842/kg para R$ 3,5842/kg, uma redução de R$ 0,20 por quilo do produto.

Com isso, o preço do botijão de 13 quilos, amplamente consumido pela população, vai cair R$ 2,60, para R$ 46,59.

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No comunicado, a Petrobras informou que a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da empresa. Essa política, informa a companhia, "busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio".

Na última sexta-feira, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostrou, em seu levantamento semanal, que o preço médio botijão de 13 quilos de GLP ao consumidor subiu 0,5%, de R$ 109,86 para R$ 110,42, entre os dias 6 e 12 de novembro.

Assim como o diesel, esse preço vinha variando, mesmo sem mudanças nos preços da Petrobras. A tendência, agora, é que sofra uma redução, uma vez que o preço da estatal responde por cerca de 42% do preço final de revenda do insumo.

Na semana passada, o Estadão mostrou que a primeira medida planejada pelo governo eleito, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Petrobras, é uma redução no preço do gás de cozinha, com a retirada do produto da política de preço de paridade internacional (PPI) de forma mais acelerada que outros derivados, como a gasolina e, sobretudo, o diesel.

Hoje, calculam importadores e consultorias do setor, o insumo é vendido pela estatal cerca de 40% acima do preço internacional, medido pelo PPI.

Apesar de a Petrobras manter congelado há 60 dias o preço do combustível para as refinarias, a gasolina continua subindo de preço nos postos de abastecimento, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na semana de 23 a 29 de outubro, o combustível teve alta de 0,6%, com preço médio em todo o País de R$ 4,91 por litro, ainda se mantendo abaixo dos R$ 5.

O preço máximo de revenda encontrado pela ANP foi de R$ 7,34 por litro e o mais baixo, de R$ 3,49 por litro.

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Já o preço do diesel S10 caiu 0,6%, para uma média de R$ 6,68, com o valor mais alto atingindo R$ 8,49 e o mais baixo, R$ 5,96 por litro.

Gás 0,2% mais barato

Já o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de 13 quilos, ou gás de cozinha, teve queda de 0,2% na revenda, para uma média de R$ 109,86. O preço mais alto encontrado pela agência no período foi de R$ 149 e o mais baixo, de R$ 83 por botijão.

Durante a campanha eleitoral encerrada no domingo passado, a queda no preço dos combustíveis foi uma das principais bandeiras que o presidente Jair Bolsonaro utilizou para sinalizar à população que o governo tomara medidas para reduzir o valor do insumo. A zeragem de impostos federais contribuiu para a queda de preços, além da redução dos impostos estaduais, mas também contribuiu para o cenário o fato de o preço do barril do petróleo ter caído nos últimos meses. Essa realidade, porém, mudou nas últimas semanas, devido à instabilidade no cenário internacional, e o preço do petróleo voltou a subir, de forma a pressionar a Petrobras, que ainda assim evitou reajustes.

Conforme o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), na terça-feira anterior à eleição a gasolina da estatal estava 12,27% (ou R$ 0,46 por litro) mais barata do que os preços internacionais, e o diesel, 14,13% (ou R$ 0,80 por litro). Mesmo sem reajustes nas refinarias, a pressão inflacionária levou a aumentos no preço dos combustíveis nos postos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na contramão de importadores de combustíveis e consultorias do setor, a Petrobras sustenta que seus preços para gasolina e diesel estão em linha com o mercado internacional. O diagnóstico foi apresentado na quarta-feira (26) ao conselho de administração da empresa, e confirmado por três pessoas que tiveram acesso à informação. A diferença se deve a diferentes metodologias adotadas pela estatal e pelos demais agentes e especialistas, dizem essas pessoas.

O Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que, na avaliação da Petrobras, os preços dos combustíveis estiveram desalinhados recentemente, mas, no momento, não registrariam defasagem em relação ao mercado internacional. Nas contas da área técnica da estatal, a gasolina está alinhada e, o diesel, praticamente zerado.

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O presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, diz ter recebido com "surpresa" o diagnóstico dos técnicos da Petrobras apresentado aos conselheiros. Na quarta, após o fechamento do mercado, a Abicom calculava defasagem de 16% tanto para a gasolina quanto para o diesel ante a paridade de importação.

"Vejo com surpresa porque, se olharmos para algumas semanas atrás, a Petrobras trabalhava com o preço acima da paridade nos cálculos da Abicom e, naquele momento, reduziu preços e passou a tangenciar as curvas do PPI (preço de paridade de importação) preparadas por nós. Não entendo essa diferença agora", diz Araújo. Ele afirma que os parâmetros da Abicom bateram com os da Petrobras para a baixa de preços e estranha que agora, sob pressão de alta, o mesmo não aconteça.

O analista Ilan Abertman, da Ativa Investimentos, diz que a Petrobras vende combustíveis abaixo do PPI, mas reconhece as diferenças entre as metodologias. "A Petrobras não abre a sua fórmula (da defasagem), mas eles fazem as contas do PPI considerando a média dos últimos 12 meses. Por se tratar de média, já tem, no final, um parâmetro suavizado", diz.

Gasolina está há 6 semanas defasada, aponta CBIE

Como mostrou o Estadão/Broadcast, relatório do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), consultoria chefiada pelo economista Adriano Pires, indica que a gasolina da Petrobras tem sido vendida abaixo do preço de importação há seis semanas e, no caso do diesel, desde o início de outubro. No fechamento do mercado de quarta-feira, a defasagem da gasolina era de 18,56% e, segundo o CBIE, seria necessário aumento de R$ 0,75 por litro nas refinarias para a paridade internacional. Para o diesel, a defasagem estava em 19,31% (R$ 1,17 por litro).

Em meados de setembro, os preços dos combustíveis no mercado internacional voltaram a subir na esteira da cotação do barril de petróleo. Mesmo assim, a Petrobras ainda não reajustou o valor de seus produtos nas refinarias.

O País importa entre 20% e 30% do volume de diesel que consome. Ao praticar preços abaixo da paridade internacional, a Petrobras desestimula a atuação de importadores e aumenta o consumo de estoques.

Recentemente, o diretor de exploração e produção da estatal, Fernando Borges, afirmou que a companhia baixou preços em velocidade maior do que a considerada agora para eventuais aumentos, o que "beneficia a sociedade". A declaração foi vista por agentes de mercado como uma confissão da pressão política exercida pelo governo do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) para que a empresa não aumente seus preços até o fim das eleições.

Desde 2016, a Petrobras segue a política de preço de paridade internacional (PPI) e ajusta o preço dos combustíveis vendidos em suas refinarias ao preço de importação. Para tanto, considera fatores como valores praticados no exterior, principalmente no Golfo do México (EUA), frete e câmbio.

Quando a política do PPI foi adotada, sob a presidência de Pedro Parente, os preços eram atualizados diariamente, o que foi alvo de reclamações como o fim da previsibilidade para contratos na ponta da cadeia, como o frete de caminhoneiros. Nos anos seguintes, os reajustes passaram a ser cada vez mais espaçados e, sobretudo neste ano, sob pressão do Planalto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O preço médio da gasolina comum nas bombas subiu 1,4%, de R$ 4,79 para R$ 4,84 entre os dias 9 e 15 de outubro, informou nesta segunda-feira (17) a Agência Nacional de Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP).

A leve alta interrompe um ciclo de 15 semanas consecutivas de queda, indicando a exaustão dos esforços do governo para rebaixar o preço do insumo ao consumidor por meio de corte de impostos e reduções nos preços praticados pela Petrobras em suas refinarias.

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Desde o pico histórico de R$ 7,39, registrado na penúltima semana de junho, a gasolina chegou a recuar 35% até a semana encerrada em 8 de outubro. Mas, sem novos descontos nos preços da Petrobras nas últimas semanas, o preço do insumo voltou a subir nos postos brasileiros.

Com o mercado internacional pressionado e os preços da estatal abaixo da paridade de importação, não há espaço técnico para novas reduções nas refinarias, têm apontado especialistas ouvidos pelo Broadcast/Estadão. A estabilidade nos preços finais ao consumidor tende, portanto, a se consolidar. Na prática, isso limita, se não compromete, uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (PL) na corrida eleitoral: a queda no preço dos combustíveis.

A trajetória de queda que se encerrou esta semana começou em 24 de junho, quando o governo federal sancionou a lei que limitou o ICMS incidente sobre combustíveis a 17% em todo o País. Depois, nos meses de julho, agosto e setembro, os preços seguiram caindo em função de quatro reduções seguidas nos preços praticados pela Petrobras em suas refinarias.

Antes do movimento baixista dos últimos três meses, a gasolina acumulava alta de 70,6% nos postos desde o início do governo Jair Bolsonaro (PL), em janeiro de 2019. Assim, os esforços do governo para reduzir preços à beira das eleições ainda não compensaram a escalada experimentada nos primeiros três anos e meio de governo.

Membros da diretoria da Petrobras receberam uma sinalização do governo Bolsonaro para que não haja reajuste no preço dos combustíveis até a realização do 2º turno das eleições, em 30 de outubro. Essa pressão sobre a petroleira foi ampliada depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) anunciou o corte na produção de 2 milhões de barris de petróleo por dia a partir de novembro, o que já provocou alta dos preços no mercado internacional. Esse é o maior corte desde abril de 2020, quando a pandemia de covid começou.

A investida do governo foi revelada pelo portal G1 e confirmada pelo Estadão. Em tese, pela atual política de paridade de preços, a Petrobras deveria repassar o aumento de custos com a compra do petróleo para os valores cobrados no mercado interno. O corte no preço dos combustíveis realizado nos últimos meses, porém, se transformou em bandeira política do presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição.

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Em parte, a redução dos preços se deve ao corte de impostos nos Estados, já que o governo federal já tinha zerado suas alíquotas. A razão principal, no entanto, que puxou os preços para baixo foi a queda do preço do petróleo, que oscilava até dias atrás em cerca de US$ 87 o barril. Ontem, o do tipo Brent (que serve de referência para o Brasil) subiu 1,71% nos contratos para entrega em novembro, batendo em US$ 93,37. Especialistas no setor veem risco de que, nos próximos dias, o preço suba para a casa dos US$ 100.

Segundo o TD Securities, o corte anunciado pela Opep+ superou as expectativas, o que apoiou os preços negociados ontem. Já a analista Roberta Caselli, da Global X, afirmou que a redução na produção diária de petróleo pode renovar preocupações com a variação da inflação. O corte corresponde a cerca de 1% da oferta global da commodity. (Colaborou Gabriel Bueno da Costa)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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