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Na tentativa de se livrar de estoques indesejados e impulsionar as vendas, o comércio eletrônico se mobiliza para fazer uma espécie de Black Friday fora de época. Na semana que vem, duas plataformas de comércio virtual, o Buscapé e o Mercado Livre, preparam megaliquidações com descontos anunciados de até 70% em itens como eletrônicos, eletrodomésticos, artigos de informática e decoração, entre outros.

O mote é o dia do consumidor, comemorado em 15 de março. Mas, na prática, a intenção é dar um empurrão nos negócios que andam devagar por causa da crise. Nesta quinta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que as vendas de janeiro caíram 10,3% ante o mesmo mês de 2015. Foi o pior resultado para o mês nessa base de comparação desde 2001.

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"Março é um dos meses mais fracos para vendas do 1º semestre porque o consumidor ainda está endividado com as compras de Natal e as liquidações de início de ano", afirma André Ricardo Dias, diretor do E-bit/Buscapé.

A partir da primeira hora da quarta-feira (16) até a meia-noite, o Buscapé coordena a megaliquidação com 650 lojas participantes, entre as quais estão grandes varejistas do comércio virtual, como B2W e CNova, por exemplo.

Dias diz que no evento deste ano o número de lojas participantes é maior e o desconto também - gira em torno de 50%. Segundo ele, o movimento mais agressivo ocorre porque o volume de estoque em promoção é maior.

Já o Mercado Livre, que prepara uma liquidação para durar uma semana - entre os dias 14 e 20 de março - informa que vai oferecer descontos de até 70% para mais de 8 mil produtos. São cerca de 350 lojas participantes, entre as quais estão grandes varejistas, como Ricardo Eletro e Extra, por exemplo.

"Os varejistas têm motivos para fazer essa megapromoção", observa o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fabio Bentes. O último dado disponível de estoque apurado pela entidade mostra que, em fevereiro, 30,3% dos varejistas acumulavam estoques acima do desejado.

O quadro é mais crítico para os bens duráveis - 34,9%, cujas vendas dependem de crédito e da confiança do consumidor na economia. "O varejo como um todo continua superestocado e isso contamina o comércio eletrônico", diz Bentes. 

O governo estuda mudanças na regulação do comércio eletrônico no Brasil. De acordo com o secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Marcelo Maia, a ideia é igualar regras das empresas que atuam nesse tipo de varejo, que muitas vezes não respondem às mesmas exigências de atendimento ao consumidor, trabalhistas e tributárias.

A preocupação principal é com a atuação de empresas que não têm presença física no Brasil, que acabam tendo custos menores por não terem que seguir normas como as previstas no Código de Defesa do Consumidor, por exemplo. "Há uma preocupação recorrente porque é um mercado que cresce a dois dígitos", completou.

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Deverão ser estabelecidas regras mínimas como direitos do consumidor, prazo de entrega e meios de pagamento utilizados. A necessidade de regulamentar o comércio eletrônico surgiu em um fórum do varejo criado com representantes do governo e 20 entidades do setor no ano passado.

O estudo está sendo feito em parceria com a União Europeia. O parecer deve ser concluído até abril e então serão discutidas as mudanças no fórum.

Entra em vigor nesta sexta-feira (1º) a emenda constitucional que altera a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em transações não presenciais entre dois Estados, com destino a um consumidor final. Motivada pelo boom do comércio eletrônico em todo o território nacional, a medida reparte o imposto recolhido, gradativamente, com o Estado de destino da venda do produto - na tentativa de compensar Estados que não sediam centros de distribuição, mais concentrados nas regiões Sul e Sudeste.

Se por um lado a nova regra alivia parte da guerra fiscal entre os Estados, por outro, tem trazido muitas preocupações para as empresas do varejo online, que, às vésperas do início da medida, ainda não sabiam exatamente como deverão recolher o imposto, uma vez que ainda há pendências na regulamentação de cada Estado. Além disso, as empresas terão custos extras para adaptar seus sistemas operacionais e acompanhar a legislação de cada Estado.

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"A Constituição dizia que, em uma operação interestadual na qual a mercadoria era enviada a um consumidor final, e não a um contribuinte do imposto, o ICMS ficava integralmente para o Estado de origem do produto", observa Tatiana dos Santos Piscitelli, professora de Direito Tributário da FGV-SP. "Como houve um aumento significativo do comércio eletrônico realizado por pessoas físicas, começou uma disputa entre os Estados, já que esse aumento indicava uma demanda local de Estados que não ficavam com nenhuma parte do imposto", diz.

Depois de uma série de negociações e iniciativas, como o Protocolo 21, em 2011 foi aprovada em abril de 2015 a emenda constitucional 87/2015, antes chamada de PEC do Comércio Eletrônico, que determina a repartição gradativa da arrecadação de ICMS entre os Estados de origem e de destino.

Para diminuir o impacto nos cofres dos Estados fornecedores, a regra será aplicada aos poucos: para 2016, o Estado de destino ficará com 40% da diferença entre a alíquota interna e a interestadual, alcançando a totalidade da diferença em 2019. O mais afetado será São Paulo, que vai sofrer duplamente, pois perderá parte do imposto no momento em que a arrecadação, por causa da crise, retrai.

Preocupação

Apesar de ter como objetivo descentralizar o recolhimento de impostos, a emenda gerou preocupação nas empresas, que serão responsáveis pelo recolhimento do imposto caso a venda seja destinada a um consumidor final não contribuinte do imposto. Cada empresa que pretende vender em outro Estado deverá fazer uma inscrição fiscal por unidade em cada um dos Estados, bem como adaptar seus sistemas operacionais e reforçar seu time tributário, para acompanhar a legislação específica e as peculiaridades fiscais de cada unidade da Federação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se você estava muito ocupado ou simplesmente não acessou a internet para aproveitar a Black Friday, a Cyber Monday pode ser sua salvação. O evento acontece nesta segunda-feira (30), como a última grande data do ano de descontos do comercio eletrônico antes do Natal.

A data foi criada em 2005 nos Estados Unidos (EUA), para impulsionar as vendas de final de ano no varejo. A Cyber Monday ocorre anualmente na primeira segunda-feira após o feriado de Ação de Graças e logo depois do Black Friday. Segundo dados da consultoria comScore, em 2014, o evento ultrapassou a marca de US$ 2 bilhões em faturamento somente nos EUA, enquanto a Black Friday no país foi responsável por R$ 1,5 bilhão em vendas.

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A força da data está na compra pela internet e mobile, explica Juliano Motta, diretor geral da Cyber Monday Brasil. “A possibilidade de pesquisar preços e ainda receber produtos em casa traz comodidade, que é algo cada vez mais procurado na rotina do brasileiro”, comenta. “Com a Cyber Monday, o usuário tem uma nova chance para encontrar descontos imperdíveis”, completa. 

Para receber todas as ofertas da data, basta se cadastrar no site www.cybermondaybrasil.com.br. A inscrição ainda é personalizável e permite selecionar as lojas e categorias de interesse.

Para evitar dores de cabeça durante a Black Friday, uma dupla de jovens brasileiros resolveu criar um site  que rastreia os preços dos produtos nos últimos 15 dias para averiguar se os descontos anunciados são realmente de verdade. O internauta só precisa copiar o link do produto que deseja comprar para receber o veredito.

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Segundo os idealizadores do projeto, Angel Junior e Andre Tomazetti, é comum que as empresas aumentem os preços na proximidade da campanha para, em seguida, fraudar um desconto que na realidade não existe.

“Criamos essa ferramenta para servir como fonte de pesquisa para o usuário, uma vez que com o histórico de preços cadastrado será possível identificar se o desconto é fictício ou real. Isso ajuda muito porque normalmente você compra durante a Black Friday e só depois percebe que foi lesado, aí só resta reclamar”, afirma Andre Tomazetti.

Os consumidores que se sentirem lesados podem fazer a denúncia pelo site para alertar outros compradores. Após a campanha de descontos, os idealizadores do projeto divulgarão o ranking das marcas mais reclamadas no site.

“É lamentável que determinadas empresas tentem maquiar o preço e lesar o consumidor, mas, pelos dados analisados isso é mais comum que se imagina. Com esse site, esperamos combater esse problema e auxiliar o trabalhador que deseja obter produtos com descontos verdadeiros”, conclui Angel Junior.

Acesse o site Black Fraude aqui.

A exatos dois dias da Black Friday, muitas lojas do comercio eletrônico já exibem promoções para agradar os consumidores mais ansiosos. Alguns descontos disponíveis, no entanto, enganam e frustram os internautas. Foi o que aconteceu com a jornalista Juliana Macedo, de São Paulo, que pretende comprar um circulador durante o evento para amenizar o calor. Ela se surpreendeu ao encontrar uma suposta pechincha no site Submarino.

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Ela encontrou o produto por R$ 219 no site. Mas para sua surpresa, o desconto oferecido na Submarino.com foi realizado com base em um valor exorbitante para um ventilador. Ela resolveu compartilhar o relato em sua página pessoal do Facebook na última segunda-feira (23). De acordo com a jornalista, a empresa exibia a informação de que o produto passou de incríveis R$ 2.199,00 para R$ 219.

"Fazendo pesquisa para comprar um ventilador, achei há 15 dias este modelo da Arno por R$ 219,90 no Shopping SP Market. Eis que estava procurando no Submarino e me deparo com uma super promoção. De R$ 2.199,00 pelos mesmos R$ 219,90 que vi na loja!", relatou. Até as 16h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (25), o produto ainda estava no ar com a mesma oferta.

A Black Friday é o dia em que as lojas prometem oferecer descontos agressivos. A data foi inventada por varejistas americanos e importada pelas empresas de comércio eletrônico brasileiras a partir de 2010. O evento acontece na próxima sexta-feira (27).

Na edição passada, em 2014, a ação movimentou R$ 1,16 bilhões em apenas 24 horas, de acordo com a e-bit, empresa especializada em informações do setor. A expectativa para 2015 é de um faturamento de R$ 1,3 bilhão, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Estão abertas as inscrições para cursos direcionados para quem quer se qualificar nas áreas de negociação e comércio eletrônico. Com cargas horárias de até 21 horas, os cursos, promovidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), terão aulas no turno da noite.

Excelência no atendimento, estratégia de negociação, criação e gestão são alguns dos assuntos abordados nos cursos. As aulas serão realizadas no horário das 19h às 22h, na unidade do Senac localizada na Avenida João de Barros, 1593, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife.

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Os interessados em participar dos cursos devem se inscrever na Central de Atendimento do Senac, situada na Avenida Visconde de Suassuna, 500, bairro de Santo Amaro, no centro do Recife. Mais informações sobre as capacitações devem ser conseguidas pelos telefones 0800-081-1688 e (81) 3243-3692.

O e-commerce brasileiro pode demorar até 46 dias para fazer uma entrega. A informação faz parte de um levantamento realizado pela Sieve Price Intelligence, especialista de inteligência de preços, entre os dias 27 e 30 de abril, em 10 sites, com ao menos 47 mil combinações entre Códigos de Endereçamentos Postais (CEPs) das cinco regiões do País e 219 produtos.

Ainda de acordo com o estudo, em média, o e-commerce entrega em até 12 dias os pedidos e também tem prazo mínimo de entrega de um dia. Em relação ao valor, o preço máximo de frete encontrado foi de R$ 1.344 e o médio, de R$ 67. O menor frete cobrado, sem considerar o frete grátis, é R$ 1,50.

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Quando analisado o percentual médio do valor do frete sobre o preço do produto, o departamento de bicicletas e fitness tem o maior percentual, com 26%. Em seguida, estão os eletroportáteis, com 8%, os refrigeradores e som leve (5% cada) e os queimadores (4%). Os televisores e equipamentos de informática são os que possuem menor percentual: 1% cada. Na prática, isso significa que se uma televisão custa R$ 1 mil, em média, o frete custará R$ 10. O percentual médio de todos os produtos é de 3%.

Por fim, de todas as possibilidades monitoradas, a categoria com maior percentual de frete grátis é a de ferramentas, com 48%. Os televisores e os chamados "linha branca" vêm em segundo lugar, com 30% cada, seguidos dos refrigeradores e eletroportáteis (27% cada). A única categoria analisada que não teve frete grátis foi a de câmeras e filmadoras, com 0%.

O Congresso Nacional promulgou a emenda constitucional 87, que divide entre estados  Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado sobre produtos e serviços comercializados pela internet ou pelo telefone. O texto, oriundo da chamada PEC do comércio eletrônico, foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (17).

A norma corrige uma distorção tributária que permitia o recolhimento de todo o ICMS somente pelo estado onde está a sede da loja virtual. O estado de residência do comprador, ou de destino da mercadoria, não tinha qualquer participação no imposto cobrado. "A fórmula constitucional até agora em vigor permitia uma anomalia, ao determinar a incidência da alíquota interna, geralmente elevada, em operações envolvendo mercadorias destinadas a compradores não contribuintes do imposto e localizados em outro estado. Esse é mais um passo que estamos dando para a repactuação do pacto federativo", ressaltou o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), durante a cerimônia de promulgação.

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O texto promulgado é o que foi modificado pela Câmara dos Deputados, que torna gradual a alteração nas alíquotas, atribuindo aos estados de destino 100% da diferença de alíquotas apenas em 2019. Até lá, vale a seguinte regra de transição: 20% para o destino e 80% para a origem em 2015; 40% para o destino e 60% para a origem em 2016; 60% para o destino e 40% para a origem em  2017; e 80% para o destino e 20% para a origem em 2018.

A aprovação final da matéria no Senado foi uma das garantias dadas pelos parlamentares aos governadores do Nordeste, que se reuniram com as bancadas dos estados na última quarta-feira (15). No mesmo dia, a matéria foi votada em dois turnos na Casa.

"Se esse sistema já estivesse em funcionamento desde o ano passado, só a Bahia já teria faturado R$ 100 milhões para serem investidos em saúde, educação, infraestrutura e melhoria para a vida dos cidadãos”, frisou o senador Walter Pinheiro (PT-BA) — um dos articuladores da PEC. De acordo com o senador José Pimentel (PT-CE), para o Ceará serão mais R$ 280 milhões.

O comércio eletrônico brasileiro movimentou nos últimos dois anos US$ 19,7 bilhões, de acordo com estudo da bandeira internacional de cartões Visa. No País, o indicador que mede o estágio do comércio eletrônico e a capacidade de utilização por parte dos consumidores e empresas (e-Readiness) foi a 67,9%, contra 54,8% da América Latina. A referência, segundo a Visa, é a França, com 82,6%.

Dentre os segmentos mais importantes no Brasil para o e-commerce, estão, conforme dados do índice e-Readiness, os de eletrônicos de consumo, equipamentos de videogame e eletrodomésticos. No entanto, sites de venda de vestuário e calçados lideram o crescimento do volume de vendas.

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No Brasil, 39,8% dos consumidores se enquadram na categoria "surfista profissional", ou seja, aqueles fazem compras online pelo menos uma vez por mês, preferem empresas locais e especializadas, e pagam com cartão de crédito. Uma fatia de 37,6% dos brasileiros é classificada como "explorador". Tratam-se daqueles que compram na internet de uma a oito vezes por ano e tem preferência por empresas locais e lojas físicas com presença online e também pagam com cartão de crédito.

De acordo com a Visa, o restante da população se divide entre os perfis "espectador" (15,4%), que raramente usa a internet para suas compras, e tradicionalista (7,3%), que compra somente em lojas físicas.

Até 2018, a expectativa de crescimento para o mercado de comércio eletrônico latino é de cerca de 13%, para US$ 84,9 bilhões. O Brasil é líder na América Latina em compras online e representa 42% do e-commerce da região, seguido por México (19%) e Argentina (12%).

"Em nível global, a dimensão do comércio eletrônico da América Latina é significativamente menor do que em outras regiões do mundo. No entanto, cresce em ritmo extremamente acelerado, somente ultrapassado pela região da Ásia-Pacífico (12,9% contra 16,5%)", informa a Visa.

O índice e-Readiness utilizou uma amostra de 4.500 usuários de internet com 15 anos ou mais. O indicador compara o nível de preparação para o comércio eletrônico de oito países nos últimos dois anos em relação a um país modelo fora da América Latina, neste caso a França, primeira classificada após análise feita com 67 países. Além de Brasil, foram avaliados a Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru e Venezuela. A comparação considera a conectividade monetária, acesso a dispositivos, conectividade online, presença de e-commerce e logística de distribuição.

O índice Fipe/Buscapé, que registra variações de preços no mercado eletrônico brasileiro, registrou em janeiro a maior alta mensal da série histórica, que teve início em fevereiro de 2011. No mês passado, o indicador apresentou aumento de 3,07% nos custos de produtos comprados pela internet em relação a dezembro de 2014.

Dos dez grupos que compõem o índice, oito tiveram preços reajustados para cima em janeiro. Brinquedos e games registraram a maior alta, de 5,88%. Em seguida, vieram Eletrodomésticos (5,66%), Esportes e Lazer (4,37%), Telefonia (4,18%), Informática (4,16%), Casa e Decoração (3,86%), Fotografia (3,36%) e Cosméticos e Perfumaria (2,04%). Os únicos grupos com queda foram Moda e Acessórios (-0,97%) e Eletrônicos (-0,88%).

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Na comparação anual, os preços das ofertas na internet recuaram 1,61% em janeiro. Essa, no entanto, foi a menor queda registrada de toda a série histórica. No mesmo mês de 2014, o índice havia recuado 1,78% em relação a janeiro de 2013.

O comércio eletrônico brasileiro registrou um crescimento nominal de 24% em 2014 na comparação anual, com faturamento acumulado de R$ 35,8 bilhões. De acordo com relatório WebShoppers, realizado pela E-Bit, o volume de pedidos feitos via internet chegou a 103,4 milhões, resultado 17% superior ao apresentado no ano anterior. O valor médio das compras foi de R$ 347, ante R$ 327 em 2013.

Para 2015, a E-bit prevê que as vendas pela internet terminem o ano com faturamento de R$ 43 bilhões, 20% maior do que o apresentado no ano passado. Segundo a projeção, o número de encomendas deve ser 19% maior do que em 2014, chegando a 122,9 milhões. O valor médio dos itens comercializados deve ficar quase estável, crescendo no máximo 1%.

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Ao todo, 51,5 milhões de pessoas realizaram pelo menos uma compra online em 2014, sendo que 10,2 milhões fizeram pedidos eletrônicos pela primeira vez. Moda e acessórios se mantiveram como as categorias mais vendidas, seguidas por higiene pessoal, eletrodomésticos, telefonia e livros.

Os consumidores de classes A e B representaram 62% do total de compras do comércio pela internet. As classes C e D corresponderam a 27%. As mulheres foram responsáveis por 57% das vendas do e-commerce no ano passado, principalmente, as de faixa etária entre 35 e 49 anos.

Outro estudo realizado entre novembro e dezembro aponta que 4 em cada 10 consumidores do e-commerce fizeram alguma compra em sites internacionais. Os brasileiros gastaram cerca de R$ 6,6 bilhões em lojas online de outros países, valor que equivale a 18% do faturamento do e-commerce no Brasil. Os sites chineses ficaram com 55% dessas vendas e, dos 20 portais mais utilizados, 12 são baseados na China.

Índice Fipe/Buscapé

Em dezembro de 2014, os preços praticados no comércio eletrônico brasileiro recuaram 3,25% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Índice Fipe/Buscapé. Na comparação mensal, o custo médio dos produtos anunciados na internet registrou queda de 1,85%.

Segundo a E-bit, essa tendência de variação negativa de preços no e-commerce dependerá, no próximo ano, do nível de valorização do dólar frente ao real. Dada a importância dos importados para o comércio online no Brasil, uma variação muito brusca no câmbio poderia reverter esse quadro.

Dos dez grupos pesquisados, sete apresentaram queda nos preços anunciados na internet. O segmento telefonia foi o que registrou o maior recuo, de 12,96%, enquanto cosméticos e perfumaria tiveram um aumento de 1,94%.

O comércio eletrônico cresceu 22% no Brasil no ano passado, para US$ 16,28 bilhões, fazendo com que o País entre na lista dos dez maiores mercados globais, segundo dados da consultoria especializada no setor eMarketer. No mundo, as vendas cresceram 22,2%, para um total de US$ 1,316 trilhão, representando 5,9% no comércio varejista total, ante 5,1% no ano anterior.

O Brasil é o único país da América Latina a figurar no ranking dos dez maiores mercados de comércio eletrônico. A eMarketer estima que as vendas desse segmento no País devem crescer 15,5% este ano, 13,5% em 2016, 11,5% em 2017 e 10,0% em 2018, quando chegarão a US$ 26,17 bilhões, uma fatia de 4,8% das vendas totais no varejo, de 3,8% atualmente. "Um crescimento de dois dígitos no comércio eletrônico brasileiro é esperado para os próximos anos, mas já é possível observar uma desaceleração significativa comparado com o salto de 28% em 2013", diz o relatório.

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Segundo a pesquisa, roupas e acessórios são os itens mais procurados pelos consumidores que compram pela internet, com uma fatia de 18%. Na sequência aparecem cosméticos (16%), eletrodomésticos (11%), assinaturas de revistas (8%), celulares (7%) e computadores (7%).

Apesar do crescimento do comércio eletrônico brasileiro, a China e os EUA ainda dominam esse mercado, com mais de 55% das vendas em 2014. Mesmo assim, existem diferenças entre esses dois mercados. Nos EUA, aproximadamente 63% dos consumidores compram online, mas essas vendas representam apenas 6,5% do total do varejo, o que mostra a força das lojas físicas. Já na China, os compradores digitais são somente 27,5% da população, mas as vendas somam mais de 10% do varejo. Ou seja, os chineses que usam a internet para suas compras o fazem com bastante frequência.

O Reino Unido é o país onde as compras online têm a maior fatia do varejo, com 13% em 2014. Já a Indonésia fica na lanterna dos 22 mercados analisados pela eMarketer, com uma fatia de apenas 0,6%. Os números incluem produtos e serviços comprados pela internet, por meio de qualquer aparelho, independentemente do método de pagamento. Só não são consideradas viagens e ingressos para eventos.

Segundo a eMarketer, suas estimativas para o crescimento do comércio eletrônico são baseadas em uma ampla abordagem, que considera tanto tendências locais como globais na economia, população e tecnologia, além de informações específicas de empresas, produtos e comportamento do consumidor.

As vendas do comércio eletrônico podem crescer 22% no Natal deste ano na comparação com o mesmo período de 2013, segundo estimativa da E-bit, empresa especializada em informações do setor. A previsão é de que o faturamento das companhias de venda online no período considerado, de 15 de novembro a 24 de dezembro, chegue a R$ 5,2 bilhões.

A E-bit espera que sejam feitos aproximadamente 14,5 milhões de pedidos, com tíquete médio próximo de R$ 360. "Apesar do momento de baixa confiança na economia, o e-commerce sempre cresce mais que outros setores", comenta, em nota, Pedro Guasti, diretor executivo da E-bit. Facilidade de comparação de preços, mais informações e vantagens comerciais aos consumidores são apontadas por ele como vantagens do comércio pela internet.

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De acordo com a pesquisa, neste Natal os adeptos de compras virtuais devem chegar a 9 milhões de pessoas. A estimativa considera que deverá haver uma antecipação das vendas na Black Friday, marcada para próxima sexta-feira, 28 de novembro.

Após mais de três anos de negociações, a Câmara dos Deputados aprovou nessa terça-feira (11) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 197/12, que altera a sistemática de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias Prestações de Serviços (ICMS) incidente sobre compras feitas pela Internet ou pelo telefone, a chamada PEC do Comércio Eletrônico.

A proposta, aprovada por 337 votos a 3, em primeiro turno, pretende combater a chamada guerra tributária entre os estados de origem e de destinação de produtos. Pelo texto aprovado, os estados de destino da mercadoria ou do serviço terão direito a participação na distribuição do imposto do produto no caso de compras de comércio eletrônico feitas por pessoa física. O imposto será dividido entre o estado em que mora o comprador e aquele em que está instalada a sede da loja online. A PEC ainda precisa passar por uma votação em segundo turno para que as novas regras comecem a valer.

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Para o relator da proposta, deputado Márcio Macêdo (PT-SE), a aprovação representa um passo na direção de uma reforma tributária no país. Atualmente, os estados de origem ficam com todo o montante da alíquota do imposto. “Estamos buscando um equilíbrio fiscal sem que São Paulo pague a conta disso, com um processo escalonado, em que o Brasil inteiro vai ser beneficiado”, disse.

Com a aprovação, a modificação na cobrança será feita de maneira gradual para que, ao fim de 2019, a divisão do imposto ficará semelhante ao dos produtos do comércio geral.

Pela regra de transição, em 2015, 20% ficam para o estado de destino e 80% para o estado de origem; em 2016, serão 40% para o estado de destino e 60% para o estado de origem; em 2017, 60% para o estado de destino e 40% para o estado de origem; em 2018: 80% para o estado de destino e 20% para o estado de origem; e, a partir de 2019, 100% para o estado de destino. As novas regras começam a valer após o período de 90 dias, contados a partir do dia 1º de janeiro de 2015.

Antes da votação, deputados do Paraná tentaram evitar a votação, sob o argumento de que o texto prejudicaria nas compras governamentais feitas por meio de pregão eletrônico. Eles chegaram a propor a adoção de um texto substitutivo (PEC 397/14) de autoria do deputado Alex Canziani (PTB-PR), determinando que no caso de compras públicas não haverá repartição do imposto. Após intervenção do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ficou definida a criação de uma comissão especial para mediar um acordo com o governo. “Vamos todos sentar à mesa e mostrar sinceridade na busca do consenso”, disse Alves.

Os parlamentares decidiram pela criação de uma comissão especial para analisar o pleito, antes da votação do texto em segundo turno, na próxima semana. “A ideia é que Vossa Excelência [Alves] seja o fiador da proposta de que vamos analisar o caso para chegar a um acordo e seguirmos para votar a PEC no segundo turno”, disse o líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), que se comprometeu a chamar o Ministério da Fazenda para mediar uma nova proposta que contemple a bancada do Paraná.

As vendas do comércio eletrônico devem crescer 56% na Black Friday deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com projeção da E-bit, empresa especializada em informações do setor. A data promocional, marcada para 28 de novembro, deve gerar um faturamento de R$ 1,2 bilhão para as lojas este ano. Em 2013, o setor movimentou R$ 770 milhões num único dia.

A previsão é que o tíquete médio das compras alcance R$ 355 e que haja 3,37 milhões de pedidos. "Os lojistas estão apostando na Black Friday para alavancar suas vendas neste final de ano e irão oferecer grandes descontos para atrair mais clientes, até os novos consumidores, aos seus canais de compra na internet", comenta em nota o diretor executivo da E-bit, Pedro Guasti.

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Quanto à segurança nas compras online, a E-bit alerta ainda os consumidores para dar preferência a lojas conhecidas ou indicadas por amigos, pesquisar a idoneidade em órgãos de defesa do consumidor, checar informações como endereço, telefone, CNPJ, políticas de privacidade e de troca e devolução de produtos, além de preferencialmente utilizar cartão de crédito.

Assim como em anos anteriores, as categorias mais procuradas continuarão sendo, segundo projeta a E-bit, Informática, Eletrônicos, Eletrodomésticos, Moda e Acessórios e Telefonia/Celulares.

As vendas do comércio eletrônico brasileiro no período referente ao Dia das Crianças cresceram 16% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a E-bit, empresa especializada em informações para o setor. A data movimentou R$ 1,342 bilhão, resultado que superou as expectativas da E-bit, que eram de crescimento de 13% ante 2013.

No período considerado, de 28 de setembro até 11 de outubro, foram feitos 3,97 milhões de pedidos pela internet. O tíquete médio dos consumidores online, porém, foi inferior ao do ano passado. O tíquete chegou a R$ 337,56 este ano ante R$ 393,77 em 2013.

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A categoria que mais vendeu foi "Cosméticos e Perfumaria/Saúde" (16%), seguida de "Moda e Acessórios" (14%), "Eletrodomésticos" (10%), "Telefonia/Celulares" (8%) e "Informática" (7%).

O Índice Fipe/Buscapé registrou em setembro queda média de 0,67% nos preços do comércio eletrônico. Enquanto nos primeiros nove meses de 2013 a variação anual foi de 0,71% - reflexo do câmbio -, no mesmo período deste ano o índice apresentou variação anual de -0,59%. No acumulado dos últimos seis meses, a queda foi de 1,5%.

Dos dez grupos de produtos que compõem o Fipe/Buscapé, sete tiveram retração de preços em setembro: casa e decoração (-2,43%), telefonia (-1,87%), eletrônicos (-1,36%), brinquedos e games (-0,60%), fotografia (-0,40%), moda e acessórios (-0,33%) e informática (-0,30%). Os três grupos que tiveram aumento foram esportes e lazer (1,78%), cosméticos e perfumaria (0,23%) e eletrodomésticos (0,05%).

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Depois de quinze trimestres consecutivos de prejuízos, a companhia de comércio eletrônico B2W pode apresentar melhorias em seus resultados a partir deste segundo semestre, avaliam analistas.

Profissionais do mercado têm revisado suas estimativas para a companhia que pertence às Lojas Americanas e estão levando em consideração os impactos positivos do aumento de capital de R$ 2,38 bilhões concluído pela empresa. Ainda pesam sobre as análises, porém, a expectativa de que o e-commerce continue demandando altos investimentos e consumindo caixa.

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No ano, as ações da B2W já acumulam valorização de mais de 170%. Parte disso se explica pela expectativa de que a companhia use uma parte dos recursos do aumento de capital para amortizar dívidas, comenta o analista da Ativa Corretora Lenon Borges. Com isso, o impacto negativo das dívidas no resultado financeiro diminui e o mercado passa até a especular sobre a possibilidade de a B2W vir a registrar lucro pela frente.

A analista da Concórdia, Daniela Martins, avalia que as expectativas no mercado hoje são de que a B2W possa atingir o "break-even" (equilíbrio entre receitas e despesas) no segundo semestre de 2015 ou início de 2016. "Acredito que a empresa deve começar a apresentar números mais positivos, mas isso vai depender dos investimentos que a companhia pretende fazer", comenta. Recursos do aumento de capital também devem ser destinados à abertura de novos centros de distribuição, tecnologia da informação e pequenas aquisições. "Melhorias nos resultados da companhia dependem do montante que será destinado a esses investimentos e do sucesso deles em trazer retornos", diz.

Participaram do aumento de capital a controladora Lojas Americanas e o fundo Tiger Global. Ao final, Lojas Americanas ficou com uma participação de 55,6% na B2W e o Tiger com 8%.

A B2W não comenta as expectativas sobre quando deve chegar ao lucro. Em teleconferência com analistas e investidores, o diretor de Relações com Investidores da B2W, Fabio Abrate, chegou a afastar rumores. "O break-even é uma consequência natural e que em algum momento vai acontecer", declarou.

Para o BTG Pactual, falta de visibilidade sobre quando a companhia pode gerar caixa apesar do aumento de capital. Em relatório, os analistas Fabio Monteiro e Thiago Andrade consideram ainda que, depois da forte valorização das ações, já não há espaço para altas.

O cenário de forte competição por preços no comércio eletrônico é outra preocupação que ameaça o sucesso da B2W neste momento. "Em nossa visão, as margens da companhia devem continuar pressionadas e ainda não está claro para nós se os investimentos vão se traduzir em vantagens competitivas", comentam em relatório os analistas da Brasil Plural Guilherme Assis, Victor Falzoni e Ruben Couto.

Mais recentemente, rumores de que a B2W possa vender seu braço de comércio de passagens e pacotes turísticos também aumentaram as expectativas positivas no mercado. "É mais um sinal de que a empresa coloca foco em produtos que ela já conhece, o segmento de viagens já é um negócio menos representativo", comenta a analista da Concórdia. Procurada, a B2W não se manifestou sobre a possível venda da B2W Viagens.

Lojas Americanas

Já o efeito do aumento de capital da subsidiária sobre os resultados da controladora Lojas Americanas vem sendo visto de forma neutra. Deve haver aumento na dívida líquida e consequentemente um resultado financeiro que será impactado pela alta do CDI, comentam os analistas. Ainda assim, os profissionais do mercado concentram atenções em aspectos positivos como o desempenho do negócio de varejo físico.

"Como vemos que esse aporte no futuro pode ser positivo para B2W, não muda nossa visão sobre Lojas Americanas ainda que haja elevação da dívida", diz o analista da Ativa.

Para a Brasil Plural, a Lojas Americanas deve continuar mantendo crescimento de vendas nas lojas físicas e diluindo despesas operacionais. "Combinado com o ciclo negativo de caixa da companhia, altos retornos para acionistas devem continuar sendo gerados", conclui o relatório.

O Índice Fipe/Buscapé, que mede os preços no comércio eletrônico no País, caiu 0,01% em agosto ante julho e 1,56% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esta é a sexta queda mensal consecutiva registrada em 2014, apesar de a intensidade do recuo vir diminuindo desde março. Com o resultado, o indicador calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) acumula queda de 1,55% nos oito primeiros meses do ano em relação a igual período de 2013.

Dos dez grupos de produtos que compõem o índice, cinco apresentaram queda em agosto ante julho: Cosméticos e Perfumaria (-0,74%), Moda e Acessórios (-0,69%), Eletrodomésticos (-0,66%), Telefonia (-0,31%) e Fotografia (-0,001%). Já os cinco grupos que tiveram aumento de preço foram Casa e Decoração (3,19%), Brinquedos e Games (0,38%), Eletrônicos (0,22%), Esporte e Lazer (0,21%) e Informática (0,04%).

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Economistas da Fipe afirmam que a tendência é de que a queda anual tende a se manter no nível atual, em torno de -1,5%, caso não ocorra um novo ciclo de valorização do dólar.

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