Tópicos | Compras Coletivas

A  companhia chinesa Baidu anunciou, nesta quinta-feira (9), a compra do site brasileiro Peixe Urbano, conhecido pela oferta de compras coletivas. O valor da transação não foi revelado.

A Baidu informou que manterá a equipe do Peixe Urbano à frente das operações, que continuarão funcionando de forma independente. O site de compras coletivas possui 20 milhões de usuários cadastrados em sua plataforma.

##RECOMENDA##

Em comunicado, o diretor geral de negócios globais do Baidu, Johnson Hu, afirma que o Brasil é um mercado chave para a companhia e que a aquisição do Peixe Urbano demonstra que a Baidu quer investir no desenvolvimento do mercado local a longo prazo.

O investimento no Peixe Urbano permitirá ao Baidu acelerar seu crescimento na internet brasileira e desenvolver com maior velocidade parcerias com fornecedores de serviços que resultem em recursos avançados para o nosso buscador em língua portuguesa”, complementa.

O Baidu chegou ao Brasil em novembro de 2013 ao lançar o portal de conteúdo Hao 123, o navegador de internet Spark e o serviço de análise do desempenho do computador PC Faster.

O Groupon anunciou, nesta terça-feira (2), que deixará de ser um site de compras coletivas. De acordo com a empresa, a página irá se dedicar exclusivamente ao e-commmerce, já que o antigo modelo de negócio já não era mais lucrativo.

A estratégia inicial do Groupon era disponibilizar ofertas diárias aos usuários que exigiam um mínimo de compradores para serem ativadas. Agora, a empresa possui aplicativo lançado na Google Play, App Store, BlackBerry e Windows Phone que indica promoções em locais mais próximos do usuário.

##RECOMENDA##

Além disso, outros três serviços serão lançados em breve pela empresa. O Groupon Reservas (para agendar idas a restaurantes e outros estabelecimentos), Groupon Cupons (tradicionais descontos com vouchers) e Groupon Live (para promoções de ingressos de shows, filmes e futebol).

O Groupon nasceu em 2008 nos Estados Unidos e em 2010 o site já contava com 35 milhões de usuários inscritos. A primeira oferta da página tratava-se de uma pizza pela metade do preço. 

As vendas em sites de compras coletivas somaram R$ 1,65 bilhão em 2012, resultado que representa um crescimento nominal de 8% em relação a 2011, segundo a 27ª edição do relatório WebShoppers, divulgado nesta quarta-feira pela e-bit e Buscapé.

O número de ofertas adquiridas avançou 30%, totalizando 25,3 milhões de pedidos no ano passado. No entanto, o tíquete médio teve uma queda de 17% entre 2011 e 2012, passando para R$ 65,40.

##RECOMENDA##

Segundo Pedro Guasti, diretor geral da e-bit, a queda pode ser explicada com o aumento na venda de ofertas de Bares e Restaurantes, que possuem tíquete médio inferior a outras categorias do setor, como Turismo e Viagens.

O número de reclamações contra sites de compras coletivas aumentou mais de 400% no primeiro semestre de 2012 em comparação ao mesmo período do ano passado, resultando na aplicação de R$ 250 mil em multas. A informação foi divulgada ontem pelo Procon-SP, que resolveu chamar algumas das maiores empresas do setor - Caldeirão de Ofertas, ClickOn, Clube do Desconto, Groupon, Peixe Urbano, Pesca Coletiva e Privalia - para assumirem um compromisso de melhoria nos serviços.

De acordo com Fátima Lemos, assessora técnica do Procon-SP, a entidade não pretende punir as empresas num primeiro momento. "Não estamos aplicando nenhum tipo de sanção. A ideia é tentar uma harmonização com essas empresas, e elas têm nos procurado, sinalizando com melhorias", afirma. Em relação ao aumento das vendas de final de ano, Fátima reitera que o órgão seguirá monitorando as empresas. "Se houver uma demanda alta de reclamações, o Procon vai agir."

##RECOMENDA##

Ranking

O Procon-SP divulgou também ranking das empresas de compras coletivas que possuem o maior índice de reclamações. O Groupon lidera a lista, com 702 reclamações no primeiro semestre e um índice de solução de 70%. Groupon, Peixe Urbano, Pesca Coletiva e Privalia afirmam já ter entrado em contato com o Procon, assumindo o compromisso de melhorias na prestação dos serviços. A Privalia destacou ainda que seu modelo de negócio é de clube de compras, e não compras coletivas. Caldeirão de Ofertas, ClickOn, Clube do Desconto e Tripz não foram localizados para comentar o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os sites de compras coletivas tiveram faturamento de R$ 731 milhões no primeiro semestre deste ano, alta de 2% em relação ao mesmo período de 2011. De acordo com levantamento realizado pelo InfoSaveme, ferramenta de monitoramento do mercado de compras coletivas desenvolvida pelo SaveMe em parceria com a e-bit, entre janeiro e junho foram mais de 12 milhões de cupons vendidos a um tíquete médio de R$ 60. O total de ofertas chegou a 83.233, cujos descontos geraram uma economia de R$ 1,4 bilhão para esses consumidores.

O trabalha mostra que as compras coletivas deixaram de ser novidade no mercado online brasileiro após o "boom" do setor. Há pouco mais de dois anos esse modelo de negócio passa por um período de maturação. A diretora de negócios da e-bit, Cris Rother, conta que os relatórios do InfoSaveMe são elaborados com o balizamento das informações por parte da e-bit, que valida os dados. "Com isso, o InfoSaveMe obtém um panorama completo do mercado de compras coletivas brasileiro", disse.

##RECOMENDA##

O levantamento mostra que 22% das compras coletivas concentraram-se em março, por conta, principalmente, da ação comemorativa de um dos grandes sites do setor. Os meses de janeiro, junho e maio registraram um nível similar de cupons vendidos (em torno de 18% do total), enquanto abril (14%) e fevereiro (9%) tiveram menos vendas. Março foi também o mês em que as ofertas geraram a maior economia do semestre, somando R$ 346,5 milhões em descontos.

Preferência

Passagens aéreas, cruzeiros e hospedagens com descontos representaram a principal fonte de ganhos do setor de compras coletivas no primeiro semestre deste. No período, foram R$ 194,6 milhões arrecadados pelo setor de "Hotéis e Viagens", ou 26,6% do faturamento desse segmento online. Os resultados devem-se especialmente ao valor de tíquete médio das ofertas, o mais alto do mercado, com média de R$ 349,25.

O Peixe Urbano, o mais popular site brasileiro de compras coletivas, recebeu novo aporte de investimentos. A rodada foi liderada pela Morgan Stanley Investment Management e T. Rowe Price Associates, que passam a ser acionistas da empresa unindo-se aos dois outros grupos, General Atlantic e Tiger Global Management, que já haviam participado da Série-B, em janeiro de 2011, e realizaram novo aporte nessa terceira rodada. Outros acionistas são a Monashees Capital, a Benchmark Capital e Luciano Huck, que atuam no Conselho Administrativo da empresa.

O valor dos investimentos não foi divulgado. Segundo seu sócio-fundador e CEO, Julio Vasconcellos, o objetivo da rodada Série-C foi angariar capital para acelerar o processo de expansão e consolidação da empresa. “Enquanto o foco do Peixe Urbano em 2011 foi a expansão geográfica e a formação da equipe, em 2012 será também a abertura de novos canais e funcionalidades para aprimorar a experiência dos nossos usuários e empresas parceiras,” diz Vasconcellos.

Em 2011, o Peixe Urbano expandiu para a Argentina, México e Chile, triplicou a sua base de usuários cadastrados e ultrapassou a marca de 1.000 colaboradores. O site, em menos de 2 anos de operação, está presente em 100 cidades da América Latina e divulga já ter vendido mais de 12 milhões de cupons de desconto, calculando uma economia de mais de R$1 bilhão aos consumidores. No final de 2011 o Peixe Urbano lançou aplicativos para smartphones Blackberry, Android e iPhone.

O Peixe Urbano é o primeiro e maior site de compras coletivas de origem latino-americana. Foi fundado no Brasil no início de 2010 por três amigos com experiência no mercado internacional de e-commerce, mídias sociais e marketing: Julio Vasconcellos, Emerson Andrade e Alex Tabor.

O site de compras coletivas Peixe Urbano anunciou, nesta quarta-feira (21), o lançamento de seu aplicativo para plataformas móveis. O software já pode ser instalado em smartphones e tablets com os sistemas Android e iOS, através das lojas App Store e Android Market — nesta última, apenas a partir desta quinta-feira (22).

“Queremos trazer mais praticidade para os nossos usuários na hora de eleger os melhores programas, serviços e atividades de sua cidade. Com os novos aplicativos para mobile, será mais fácil receber e comprar as ofertas a qualquer hora e em qualquer lugar”, afirmou Sabrina Gallier, Gerente de Mobile e Online Marketing.

O software permite a visualização de promoções de acordo com a região escolhida, a compra de cupons com cartão de crédito diretamente do aparelho e o arquivamento dos cupons já utilizados e dos ainda não gastos.

Outra facilidade, segundo o Peixe Urbano, é quanto ao compartilhamento de ofertas. A ideia é que os usuários consigam facilmente avisar aos amigos sobre oportunidades interessantes, a fim de que possam adquiri-las juntos.

Há quem adore bater perna em shoppings e experimentar ou tocar em cada produto que vai comparar. Mas há, também, quem deteste enfrentar as filas e o corre-corre desse período de festas, além daqueles que preferem resolver tudo pela internet. Para atender o público dos práticos, um site de compras coletivas está apostando no período natalino para atrair ainda mais a clientela.

O Peixe Urbano está lançando nesta sexta-feira (9) uma página temática para o Natal.  O site oferece alternativa para quem procurar por presentes criativos e oferece o acesso a uma ampla variedade de produtos, serviços e atividades com descontos de 50% a 99% sem precisar sair de casa.

Entre as ofertas selecionadas, o usuário poderá encontrar alternativas que vão de produtos como celulares e artigos de moda, a pacotes turísticos e ensaios fotográficos. Além disso, na mesma página, será possível visualizar promoções de diferentes cidades do Brasil, facilitando ainda mais a compra de presentes para pessoas que moram longe. Basta clicar na oferta escolhida, selecionar a opção “presente”, e preencher o seu nome, odo destinatário, uma mensagem personalizada e a data desejada para a entrega do cupom.

“A intenção é oferecer um catálogo de ofertas, com diversas opções que sejam diretamente relacionadas ao Natal, como cestas de Natal e peças de teatro natalinas, ou que poderiam ser presentes bacanas e diferentes para dar aos amigos e para toda a família nessa época do ano,” diz Alexandre Ferraz, Diretor de Marketing do Peixe Urbano.

A página tem uma dinâmica diferente da habitual do site, já que inclui um número grande de ofertas disponíveis simultaneamente para compra, sem que seja necessário um mínimo de compradores para ativá-las. Além disso, o tempo máximo para comprar, uma característica sempre tão destacada nas ofertas do Dia do Peixe Urbano, dessa vez não é indicado já que as promoções deverão ficar no ar por mais tempo, embora, como sempre, com estoque limitado. 

Cuidado ao fazer compras através de sites. Esse alerta é dado pelo Procon-Recife neste final de ano. A diretora do órgão, Cleide Torres, explica que as compras por impulso, realizadas pelos sites de compras coletivas, representam um novo atrativo no mercado, mas já estão causando problemas e insatisfação aos consumidores em todo o País.  As queixas nos Procons e ações judiciais significam um sinal de alerta para se evitar prejuízo e aborrecimentos futuros.

Planejar uma viagem com a família, comprar um pacote e no final ser lesado, ou ainda, adquirir o cupom e esquecer de utilizar no prazo de validade da promoção, são alguns dos riscos que o consumidor pode estar sujeito. Segundo a diretora, o consumidor não deve comprar só porque está barato, mas se realmente é necessário.  Antes de efetuar a compra o cliente deve observar o prazo de validade e de entrega das ofertas dos produtos, serviços ou pacotes. Também deve verificar se o fornecedor encontra-se devidamente estabelecido e em situação regular de funcionamento.

“Em nosso serviço, já registramos várias reclamações de clientes insatisfeitos com a modalidade sedutora de consumo coletivo”, revela Cleide Torres.  “A idéia é boa, mas as empresas ainda não estão prestando um serviço com segurança e eficiência”, avalia.

As compras coletivas pela internet, com grandes descontos, muitas vezes representa uma armadilha.  O cliente adquire o cupom, mas sem o cuidado de verificar se o fornecedor de produtos ou serviços é de confiança. A dica é procurar saber de amigos, parentes ou outros clientes, o grau de satisfação. Se já existem reclamações registradas nos órgãos de proteção ao consumidor ou em ações nos juizados especiais. 

As principais recomendações do Procon-Recife para evitar transtornos são, principalmente, ficar atento ao planejamento e orçamento familiar. Também vale a pena pesquisar preços, buscar descontos e sempre que possível comprar à vista. Além disso, testar os produtos, exigir nota fiscal e saber se a loja dá direito à troca. “Normalmente a troca só é feita, em caso de defeito de fabricação, mas para garantir a satisfação do cliente, a troca é feita pelos lojistas”, explica a diretora do Procon.

Em caso de dúvida, ligar para o Procon-Recife pelos telefones 0800.281.1311 ou 3355.3282, ou ainda pessoalmente na rua Carlos Porto Carreiro, 156, no bairro da Boa Vista, de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h.

O Procon de São Paulo autuou três das principais empresas do setor de compras coletivas – Groupon, Peixe Urbano e Click On. A informação é do jornal Folha de S. Paulo deste domingo (20).

De acordo com a notícia, publicada na coluna Painel, as empresas podem ser multadas em até 6 milhões de reais cada por infrações como não assumir a garantia de qualidade dos serviços e produtos oferecidos, não deixar claro o percentual de desconto e negar a devolução de valores.

##RECOMENDA##

Os sites ainda podem recorrer da autuação.

De acordo com a reportagem, a fiscalização do Procon também notificou 11 estabelecimentos que usam os sites de compras coletivas para ofertar produtos e serviços.

O aperto do Procon foi causado após o orgão receber quase 770 queixas contra os sites de compras coletivas entre janeiro e setembro.

Procurados pelo jornal, Groupon e Peixe disseram que vão apresentar suas defesas, e o ClickOn não se manifestou.

Em outubro, uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) apontou que os quatro maiores sites de compras coletivas do País – Groupon, Peixe Urbano, Clickon e Groupalia – recorrem frequentemente a práticas ilegais. Foram encontrados problemas em toda a cadeia da atividade: desde os termos de uso acordados a falhas na entrega dos produtos.

De acordo com o estudo, os portais avaliados pecam por se isentarem das obrigações que lhe seriam devidas. Afirmam que são apenas intermediários e, que portanto, quaisquer prejuízos devem ser reparados pelos parceiros – estabelecimentos que oferecem o produto ou serviço.

Segundo Guilherme Varella, advogado do Idec, "o site de compras coletivas faz parte da cadeia de fornecimento de produtos e serviços, pois atua na etapa de oferta, publicidade e transação financeira dos compradores. Não há o que justifique a isenção ou diminuição de sua responsabilidade", disse.

Nesta sexta-feira (04), o site de compras coletivas Groupon (GRPN), abriu o seu capital no mercado, e levantou US$ 700 milhões em venda de ações, se tornando a maior captação inicial desde que o Google entrou no mercado de capitais, em 2004, e somou US$ 1,7 bilhão.

Cada papel do Groupon foi negociado a US$ 20, na Nasdaq. A empresa, que ofereceu 35 milhões de ações — cerca de 5% do total da companhia —, agora é avaliada em US$ 12,8 bilhões.

##RECOMENDA##

O Groupon, líder o setor de compras coletivas, no Estados Unidos, tem 3 anos e sua abertura de capital era uma das mais esperadas pelo mercado, este ano.

Pesquisa divulgada este mês pelo Instituto Brasileiros de Defesa do Consumidor (Idec) destaca que os quatro maiores sites de compras coletivas do País – Groupon, Peixe Urbano, Clickon e Groupalia – recorrem frequentemente a práticas ilegais. Foram encontrados problemas em toda a cadeia da atividade: desde os termos de uso acordados a falhas na entrega dos produtos.

O agrônomo Kemel Kalif, por exemplo, relatou ao Idec a compra de um tablet por 249 reais, realizada há quatro meses pelo Clickon, mas que nunca chegou a sua casa. Ele tentou contatar, em vão, tanto o portal como a loja responsável pelo produto, a Compre Direto da China. “Registrei, então, queixa no site Reclame Aqui e descobri que havia inúmeras denúncias contra o fornecedor. Continuei pesquisando e verifiquei que a mesma empresa atua com outros nomes fantasia e que há indícios até de estelionato”, disse. "Ele (Clickon) não verifica a idoneidade dos fornecedores”, acusa.

Já o Groupon e o Peixe Urbano desrespeitam o código do consumidor tão logo são visitados. Eles pedem para que o internauta cadastre seu e-mail antes de exibir os termos de uso e a política de privacidade e, quando estes aparecem, a opção de consentimento já está selecionada, o que, segundo Guilherme Varella, advogado do instituto, “desrespeita a autonomia do consumidor e sua liberdade de escolha”.

Todos os portais avaliados pecam por se isentarem das obrigações que lhe seriam devidas. Afirmam que são apenas intermediários e, que portanto, quaisquer prejuízos devem ser reparados pelos parceiros – estabelecimentos que oferecem o produto ou serviço. Varella, porém, discorda.

"O site de compras coletivas faz parte da cadeia de fornecimento de produtos e serviços, pois atua na etapa de oferta, publicidade e transação financeira dos compradores. Não há o que justifique a isenção ou diminuição de sua responsabilidade", disse.

Sobre esse aspecto, o Groupon admitiu culpa e, em resposta ao Idec, afirmou ter “parte da responsabilidade” sobre a oferta, complementando que já alterou a cláusula contratual a esse respeito – o que, a rigor, não havia sido feito até a publicação desta reportagem. Os outros três, no entanto, reafirmaram seu papel de intermediários, e que uma possível compensação cabe ao estabelecimento.

Gato por lebre
Questões quanto à privacidade também foram alvos de questionamento. No contrato somente o Groupalia afirma não compartilhar os dados do usuário com terceiros. Peixe Urbano, Groupon e Clickon admitem fazê-lo, mas só com empresas filiadas, e as informações enviadas são apenas as necessárias para que o serviço seja praticado corretamente.  

Quase todos pecam por não ter um canal de atendimento eficiente ao consumidor, com interatividade direta, como telefone e bate-papo. Com exceção do Groupon, que possui telefone de contato, os outros apenas recebem sugestões e reclamações por mensagem eletrônica e respondem por e-mail.

Apesar dos possíveis transtornos, os internautas continuam utilizando esses portais por conta das promoções anunciadas. No entanto, como reportado pelo IDG Now há dez dias, os descontos não são tão agressivos assim e, caso o consumidor não pesquise, pode ser enganado por uma prática das mais antigas: inflar o preço antigo a fim de que o novo pareça mais atraente.

No Groupon, as sessões de depilação a laser custavam 159 reais e não os 1250 como anunciado – o portal as vendia por 59,90 reais. Já no Clickon, o DVD automotivo, comercializado por 499 reais, não representava abatimento de 50%, mas de apenas 17% - 599 reais era o seu valor integral.

Alarmante é o caso do Groupalia, que ofereceu um buffet de restaurante mexicano por 19,90 reais, mas, no final das contas, era justamente esse o seu preço, ou seja, não havia promoção. Ainda mais grave é o exemplo do Peixe Urbano: as cinco sessões de "ultralipocavitação", mais dez sessões de plataforma vibratória que, supostamente, sairiam por 2050 reais, podiam ser adquiridas por 129 reais – 94% de desconto. Entretanto, o Idec foi até o local e descobriu que o mesmo tratamento custava 99 reais, de modo que, o internauta, na ânsia por aproveitar um ousado abatimento, gastaria mais do que se adquirisse o serviço pelas vias normais.

Assim, os sites de compras coletivas poderiam ser enquadrados tanto no artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor - “a oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas e ostensivas” - quanto no 37 - “é proibida toda publicidade enganosa ou abusiva”. Os portais alegam que, por mais que chequem os preços anunciados pelos parceiros, nada impede que estes pratiquem promoções simultâneas às oferecidas por eles.

Para dar fim às irregularidades, um projeto de lei apresentado em maio na Câmara dos Deputados visa regulamentar a atividade no Brasil. Além de sua aprovação, será preciso torcer para que as normas sejam respeitadas. Em agosto, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) proibiu a venda de serviços como os de drenagem linfática e de radiofrequência por meio de sites de compras coletivas. De acordo com o órgão, eles podem ser perigosos "sem a avaliação de um profissional". Não obstante, os quatro avaliados ofereceram tratamentos do tipo na última segunda-feira (24/10).

Quanto a isso, o Groupon diz ainda estar se adequando para seguir a determinação. O Peixe Urbano, por sua vez, afirma que “não está definida a proibição da oferta de determinados serviços e, sim, de serviços prestados por determinados profissionais”. O Clickon vai na mesma linha: defende que “os procedimentos podem perfeitamente ser realizados por profissionais esteticistas formadas em cursos de Técnica em Estética”, que não estão “sujeitos às regras do COFFITO”. Por fim, o Groupalia se eximiu de culpa, pois, argumenta, “atua (...) como um meio de divulgação para as clínicas de estética, as quais são responsáveis por prestar qualquer tipo de esclarecimento para o Conselho”.

Atualização
O Groupalia afirma que, após a reportagem do Idec, efetuou diversas ligações ao estabelecimento, que confirmou o preço cheio do rodízio. Além disso, solicitou a uma pessoa que comparecesse ao restaurante sem se identificar e, conforme nota fiscal apresentada, o produto saiu, de fato, por 49,90 reais.

O Peixe Urbano defende que tudo não passou de um mal entendido. As recepcionistas do local – “três das quais são novas e estão em treinamento” - se equivocaram ao reportar o valor do tratamento. Confundiram o serviço de depilação, que saia por 99 reais, com o das cinco sessões de "ultralipocavitação", mais dez sessões de plataforma vibratória, que custavam, como informado, 2050 reais.

Ambos destacam possuir uma equipe especializada para checar a idoneidade dos parceiros e a veracidade das informações prestadas, inclusive o preço.

Pesquisa divulgada este mês pelo Instituto Brasileiros de Defesa do Consumidor (Idec) destaca que os quatro maiores sites de compras coletivas do País – Groupon, Peixe Urbano, Clickon e Groupalia – recorrem frequentemente a práticas ilegais. Foram encontrados problemas em toda a cadeia da atividade: desde os termos de uso acordados a falhas na entrega dos produtos.

O agrônomo Kemel Kalif, por exemplo, relatou ao Idec a compra de um tablet por 249 reais, realizada há quatro meses pelo Clickon, mas que nunca chegou a sua casa. Ele tentou contatar, em vão, tanto o portal como a loja responsável pelo produto, a Compre Direto da China.

##RECOMENDA##

“Registrei, então, queixa no site Reclame Aqui e descobri que havia inúmeras denúncias contra o fornecedor. Continuei pesquisando e verifiquei que a mesma empresa atua com outros nomes fantasia e que há indícios até de estelionato”, disse. "Ele (Clickon) não verifica a idoneidade dos fornecedores”, acusa.

Já o Groupon e o Peixe Urbano desrespeitam o código do consumidor tão logo são visitados. Eles pedem para que o internauta cadastre seu e-mail antes de exibir os termos de uso e a política de privacidade e, quando estes aparecem, a opção de consentimento já está selecionada, o que, segundo Guilherme Varella, advogado do instituto, “desrespeita a autonomia do consumidor e sua liberdade de escolha”.

Todos os portais avaliados pecam por se isentarem das obrigações que lhe seriam devidas. Afirmam que são apenas intermediários e, que portanto, quaisquer prejuízos devem ser reparados pelos parceiros – estabelecimentos que oferecem o produto ou serviço. Varella, porém, discorda.

"O site de compras coletivas faz parte da cadeia de fornecimento de produtos e serviços, pois atua na etapa de oferta, publicidade e transação financeira dos compradores. Não há o que justifique a isenção ou diminuição de sua responsabilidade", disse.

Sobre esse aspecto, o Groupon admitiu culpa e, em resposta ao Idec, afirmou ter “parte da responsabilidade” sobre a oferta, complementando que já alterou a cláusula contratual a esse respeito – o que, a rigor, não havia sido feito até a publicação desta reportagem. Os outros três, no entanto, reafirmaram seu papel de intermediários, e que uma possível compensação cabe ao estabelecimento.

Gato por lebre
Questões quanto à privacidade também foram alvos de questionamento. No contrato somente o Groupalia afirma não compartilhar os dados do usuário com terceiros. Peixe Urbano, Groupon e Clickon admitem fazê-lo, mas só com empresas filiadas, e as informações enviadas são apenas as necessárias para que o serviço seja praticado corretamente.   

Quase todos pecam por não ter um canal de atendimento eficiente ao consumidor, com interatividade direta, como telefone e bate-papo. Com exceção do Groupon, que possui telefone de contato, os outros apenas recebem sugestões e reclamações por mensagem eletrônica e respondem por e-mail.

Apesar dos possíveis transtornos, os internautas continuam utilizando esses portais por conta das promoções anunciadas. No entanto, como reportado pelo IDG Now há dez dias, os descontos não são tão agressivos assim e, caso o consumidor não pesquise, pode ser enganado por uma prática das mais antigas: inflar o preço antigo a fim de que o novo pareça mais atraente.

No Groupon, as sessões de depilação a laser custavam 159 reais e não os 1250 como anunciado – o portal as vendia por 59,90 reais. Já no Clickon, o DVD automotivo, comercializado por 499 reais, não representava abatimento de 50%, mas de apenas 17% - 599 reais era o seu valor integral.

Alarmante é o caso do Groupalia, que ofereceu um buffet de restaurante mexicano por 19,90 reais, mas, no final das contas, era justamente esse o seu preço, ou seja, não havia promoção. Ainda mais grave é o exemplo do Peixe Urbano: as cinco sessões de "ultralipocavitação", mais dez sessões de plataforma vibratória que, supostamente, sairiam por 2050 reais, podiam ser adquiridas por 129 reais – 94% de desconto. Entretanto, o Idec foi até o local e descobriu que o mesmo tratamento custava 99 reais, de modo que, o internauta, na ânsia por aproveitar um ousado abatimento, gastaria mais do que se adquirisse o serviço pelas vias normais.

Assim, os sites de compras coletivas poderiam ser enquadrados tanto no artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor - “a oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas e ostensivas” - quanto no 37 - “é proibida toda publicidade enganosa ou abusiva”. Os portais alegam que, por mais que chequem os preços anunciados pelos parceiros, nada impede que estes pratiquem promoções simultâneas às oferecidas por eles.

Para dar fim às irregularidades, um projeto de lei apresentado em maio na Câmara dos Deputados visa regulamentar a atividade no Brasil. Além de sua aprovação, será preciso torcer para que as normas sejam respeitadas. Em agosto, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) proibiu a venda de serviços como os de drenagem linfática e de radiofrequência por meio de sites de compras coletivas. De acordo com o órgão, eles podem ser perigosos "sem a avaliação de um profissional". Não obstante, os quatro avaliados ofereceram tratamentos do tipo na última segunda-feira (24/10).

Quanto a isso, o Groupon diz ainda estar se adequando para seguir a determinação. O Peixe Urbano, por sua vez, afirma que “não está definida a proibição da oferta de determinados serviços e, sim, de serviços prestados por determinados profissionais”. O Clickon vai na mesma linha: defende que “os procedimentos podem perfeitamente ser realizados por profissionais esteticistas formadas em cursos de Técnica em Estética”, que não estão “sujeitos às regras do COFFITO”. Por fim, o Groupalia se eximiu de culpa, pois, argumenta, “atua (...) como um meio de divulgação para as clínicas de estética, as quais são responsáveis por prestar qualquer tipo de esclarecimento para o Conselho”.

Pioneira no serviço de organização de cupons de sites de compras coletivas, a Organizaí deu um grande passo para aumentar a sua presença no mercado ao adquirir a concorrente Junte Cupons.

Com mais de 1800 sites de compras coletivas no Brasil oferecendo as mais diversas promoções diárias, muitos usuários precisam organizar os cupons adquiridos para não perder a validade. Foi pensando nisso que, no final de 2010, os empreendedores mineiros Bruno Andrade e André Fonseca investiram cerca de R$ 70 mil para criar o Organizaí.

##RECOMENDA##

A compra acontece em um ótimo momento para o setor de Social Commerce brasileiro, que em 2011 tem previsão de faturamento superior a R$ 1 bilhão. “A aquisição do Junte Cupons fortalece a marca Organizaí”, considera André Fonseca.

Com cerca de 1 ano de atividade, o serviço gratuito já soma 150 mil usuários e recentemente recebeu investimetos de um fundo de venture capital.

Já se perguntou como os sites de compras coletivas conseguem descontos tão agressivos? Por maiores que sejam as vantagens oferecidas ao dono do negócio, há uma resposta menos agradável para o questionamento: o valor real do produto é inflado, a fim de que o abatimento também pareça maior.

O portal Thumbtack.com verificou cinco promoções concedidas pelo Groupon e cinco vindas do LivingSocial para serviços locais, como limpeza da casa, porta-retratos customizados e planejamento de casamento. Para cada caso, a equipe do portal ligou diretamente para o estabelecimento, solicitando o valor regularmente cobrado pelos produtos.

##RECOMENDA##

Por mais que tenham partido de uma hipótese concreta de que os gigantes do setor alteram algumas informações de modo a aumentar o impacto da oferta – assim como as próprias lojas físicas costumam fazer – o resultado surpreendeu. O LivingSocial fez uso dessa prática em três das cinco mercadorias investigadas e o Groupon, simplesmente, em todas as cinco.

Recentemente, o Groupon ofereceu um serviço de faxina por 49 dólares (85 reais), anunciando que o desconto sobre o preço oficial de 150 dólares (250 reais) era de 67%. No entanto, ao contatar o estabelecimento, descobriu-se que, na verdade, o custo convencional era de 80 dólares (140 reais).

A culpa não deve recair apenas nos sites de compras coletivas. Na notícia publicada pelo Business Insider, um leitor – que afirmar ser dono de um negócio – admite que os preços são inflados porque esta é a única maneira de fazer o acordo valer a pena. Outro internauta, supostamente representante do Groupon, disse que as próprias lojas inflam os valores quando os reportam à companhia.

Deve-se levar em conta, porém, que a reportagem do Thumbtack resvala em seus interesses. O site possui uma ferramenta para que os usuários pesquisem serviços nas redondezas, de modo que sites de compras coletivas como o Groupon e LivingSocial, para citar apenas os dois pesquisados para a matéria, representam uma ameaça ao seu negócio. Na própria notícia, o portal destacou que dispõe de melhores negócios do que as empresas de compras coletivas.

É provável que, uma vez já disseminada nos Estados Unidos, a prática também tenha se espalhado para outros países. A recomendação é que o internauta veja os descontos com ressalvas e pesquise antes de utilizá-los, para comprovar se realmente valem a pena. 

Mais da metade dos internautas brasileiros têm conta em sites de compras coletivas. E em uma virada de jogo, agora quem mais visita esses sites são os homens, com quase 55%, contra 45,2% de mulheres, segundo dados do TG.net, da Ibope Media.

Quando esse modelo de vendas online chegou ao país, eram as mulheres que mais ficavam ligadas nas promoções, com uma parcela de 58%.

##RECOMENDA##

De acordo com o estudo, os internautas realizam, em média, uma compra online por mês, no valor médio de R$ 110 por mês. 

Dos que compraram em sites de compras coletivas, a média do valor gasto é a mesma, porém com frequência 22,5% superior. Além disso, 62% desses usuários declara ter confiança no uso de cartões de crédito em compras online. A subcategoria cupons e recompensas, por sua vez, cresceu 300% no Brasil nos últimos 12 meses.

Os produtos mais vendidos são livros, com 28%, seguidos por descontos em restaurantes e bares, com 22,7% e passagens de avião, com 19,5%.

A pesquisa foi feita pelo TG.net com 2.900 internautas, com idades entre 15 e 75 anos, entre maio e junho de 2011, nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Distrito Federal , além de Goiânia, Nordeste, São Paulo interior e interior do Sul e Sudeste. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando