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O leilão da concessão de três blocos de aeroportos está marcado para a próxima sexta-feira (15), às 10h, na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Localizados nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, os 12 aeroportos, juntos, recebem 19,6 milhões de passageiros por ano, o que equivale a 9,5% do mercado nacional de aviação. O investimento previsto para os três blocos é de R$ 3,5 bilhões.

Na terça-feira (12), as empresas e consórcios devem apresentar as propostas em duas vias em envelopes lacrados, os quais deverão conter as propostas, as garantias e os documentos.

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Em novembro, conforme o anúncio feito pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), o valor mínimo de outorga, para arrematar os 12 terminais, será de R$ 219 milhões, à vista.

Ao longo da concessão o valor total da outorga é de R$ 2,1 bilhões. O prazo de concessão será de 30 anos.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os 12 aeroportos que devem ser leiloados são os de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta, em Mato Grosso; de João Pessoa, do Recife, de Maceió, Aracaju, Juazeiro do Norte, no Ceará, e de Campina Grande, da Paraíba; de Macaé, no Rio de Janeiro, e de Vitória, no Espírito Santo. 

Em janeiro, o diretor do Departamento de Políticas Regulatórias da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), Ronei Saggioro Glanzmann, disse que a previsão é concluir todo o processo de concessão dos aeroportos em quatro anos.

O processo de concessão do estádio do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo, voltou a ser suspenso pela Justiça. A juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública, pediu esclarecimentos e determinou "a imediata suspensão da licitação até posterior deliberação" da juíza.

A Prefeitura de São Paulo informou ainda não ter sido notificada da decisão. A abertura dos envelopes com as propostas comerciais ocorreu na última sexta-feira, com vitória do consórcio Patrimônio SP, formado pela empresa de engenharia Progen e pelo fundo de investimentos Savona, por R$ 111 milhões.

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Seria o primeiro projeto do Plano Municipal de Desestatização da gestão João Doria/Bruno Covas (PSDB) a sair do papel. Na sexta-feira, o prefeito Covas chegou a comemorar o resultado nas redes sociais, citando que a vencedora ofereceu valor "200% acima do previsto".

Essa nova suspensão do processo, por ora, não anula nem o recebimento dos envelopes com as propostas nem a sessão de abertura que terminou com a escolha da Progen. Mas suspende os demais andamentos: estava em curso, desde sábado, o prazo de cinco dias para as demais concorrentes contestarem administrativamente a escolha da empresa e o período para a análise da documentação da vencedora. Esses atos agora dependem de nova manifestação da juíza, que pode até determinar suspensão da licitação como um todo.

Essa decisão atende parcialmente a ação judicial proposta pela associação de moradores do bairro, a Viva Pacaembu. Eles questionavam seis pontos do edital e conseguiram uma liminar contestando as regras de uso do solo do terreno.

Presidente da entidade, o engenheiro Ricardo Mauro, disse que o grupo recebeu a decisão "de forma tranquila, até já esperada, com a sensação de dever cumprido". Para ele, "a lei foi e deve ser cumprida na sua totalidade. Não deixaremos que a licitação ocorra 'pela metade'. Tem que fazer certo, direito", disse. A reportagem não conseguiu contato com representantes do consórcio vencedor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Consórcio Patrimônio SP, formado pela empresa de engenharia Progen e o fundo de investimentos Savona, apresentou lance de R$ 110 milhões e levou a concessão do Estádio do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo. A abertura dos envelopes ocorreu nesta sexta-feira, 8.

A Progen gerenciou complexos esportivos no Rio de Janeiro durante as Olimpíadas na cidade e foi a empresa que atendeu o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) durante a formatação da licitação.

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Entre os demais concorrentes, havia um grupo formado pela empresa WTorre, outro formado pelo Santos e pela Universidade do Brasil e um terceiro formado pela Construtora Constru Cap. Suas propostas foram de R$ 46 milhões, R$ 88 milhões e R$ 44 milhões, respectivamente. As demais empresas têm prazo de cinco dias para contestar o resultado.

A licitação ocorreu às pressas, após o Tribunal de Contas do Município (TCM) liberar o processo nesta quinta-feira, 7. As empresas passaram a ser chamadas às 19h, para a sessão de abertura que ocorreu na Secretaria Municipal de Esportes, em Indianópolis, na zona sul de São Paulo.

Esta é a primeira licitação a sair no Plano Municipal de Desestatização da Prefeitura, após dois anos de governo João Doria/Bruno Covas (PSDB).

O entrave era referente a questionamentos feitos pelo tribunal sobre as regras da licitação. O estádio tinha sua posse pela Prefeitura contestada, uma vez que o terreno do complexo era do governo do Estado (a cessão do terreno ocorreu em dezembro). Outro ponto era a permissão ou não da participação de grupos financeiros sem expertise em gestão de estádios.

A abertura dos envelopes estava programada para ocorrer em agosto do ano passado, mas a sessão foi suspensa pelo TCM. Como as propostas iriam caducar na próxima segunda-feira, 11, o prefeito Covas havia pedido uma reconsideração do tribunal. O conselheiro Domingos Dissei relator do processo, votou favoravelmente, e foi seguido por outros dois conselheiros.

Voto vencido, o conselheiro Maurício Faria contestou os argumentos da Prefeitura e ainda citou duas decisões judiciais que poderiam gerar impactos sobre o cálculo de faturamento possível com o estádio - e, assim, as condições de propostas de possíveis interessados.

Uma era sobre a proibição de shows do complexo. Outro, sobre as regras de verticalização e uso do potencial construtivo do estádio.

O presidente da Progen, Eduardo Barella, disse que essas restrições não afetam seu modelo de negócio. "Queremos trazer a população para dentro do estádio, com atrações e atividades culturais, preservando o patrimônio histórico", afirmou. Barella gritou em comemoração ao ouvir o resultado e foi cumprimentado pelos demais adversários, incluindo José Carlos Peres, presidente do Santos, que estava na sessão.

Após o prazo de cinco dias para a contratação dos resultados, a Prefeitura ainda fará uma análise detalhada nos documentos de cada empresa e publicará o resultado. A adjudicação (transferência da posse do estádio) só se dará após aval do TCM.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou, por meio de vídeo publicado em seu perfil no Twitter, que o governo de Jair Bolsonaro vai retomar as concessões de ferrovias e prometeu três licitações até 2020. O programa, conforme ele, será "ambicioso, mas possível", e permitirá que o setor ferroviário dobre sua participação na matriz de transporte brasileira até 2025, saindo dos atuais 15% para algo entre 29% e 30% em um período de oito anos.

A primeira concessão, segundo o ministro da Infraestrutura, será realizada já em março com a licitação da ferrovia Norte-Sul, que vai ligar Porto Nacional, em Tocantins, à Estrela do D'Oeste (SP), unindo Porto do Itaqui, no Maranhão (MA), ao Porto de Santos, em São Paulo (SP). As outras duas concessões serão a ferrovia de integração Oeste-Leste na Bahia, que vai ligar Caetité ao Porto de Ilhéus, e ainda a Ferrogrão, no Mato Grosso (MT).

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"Vamos ter uma grande espinha dorsal ferroviária. Isso vai ser transformador para o País", destacou Freitas, em vídeo publicado em seu perfil no Twitter. A mensagem foi compartilhada pelo presidente Bolsonaro que exaltou a formação e a experiência militar do ministro.

Freitas anunciou ainda que o governo fará a prorrogação antecipada dos contratos de concessão e vai usar as outorgas (antecipação da receita futura dos licitantes) para a construção de novos trechos. A primeira que utilizará este modelo, conforme o ministro, será a Ferrovia da Integração do Centro-Oeste, que vai ligar Água Boa, no Mato Grosso, a Campinorte, em Goiás.

"Vamos impulsionar uma área de influência que representa praticamente 16 milhões de toneladas no Vale do Araguaia. Isso vai ter um impacto muito forte no frete e vai gerar uma competição entre eixos importantes. É tirar caminho das rodovias e diminuir o custo Brasil", conclui o ministro.

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta terça-feira (8) o lançamento do novo edital de licitação para concessão do Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital, e de outros cinco parques. Além do Ibirapuera, o lote inclui parques das zonas norte, sul e leste da capital: Jacintho Alberto, Jardim da Felicidade, ambos em Pirituba; Eucaliptos, no Morumbi; Tenente Brigadeiro Faria Lima, no Parque Novo Mundo; e Lajeado, em Guaianases.

O edital foi publicado na edição desta terça do Diário Oficial do Município e é uma nova versão do projeto. A principal mudança é que o investimento nos parques, como a implantação de equipamentos esportivos, playground, iluminação e pistas de caminhada, será obrigação do concessionário. O vencedor da licitação também terá de manter o acesso aos parques de forma livre e gratuita durante os 35 anos de concessão. A previsão é de que o investimento nos parques será de R$ 167 milhões.

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De acordo com a gestão municipal, uma estimativa da Secretaria Municipal de Governo apontou que, com o pacote de concessão dos seis parques, haverá uma redução de R$ 1,086 bilhão nas despesas. Em julho, o edital foi suspenso e, durante a pausa, segundo a Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias, foi reformulado.

Transição

A Prefeitura de São Paulo estabeleceu períodos de transição para que o concessionário assuma a administração dos parques. Apenas os parques Lajeado e Tenente Faria Lima serão assumidos assim que o contrato for assinado. Os novos administradores dos parques Eucaliptos e Ibirapuera devem assumir a partir do sétimo mês. Para o Jacintho Alberto e Jardim Felicidade, será dado um prazo de 13 meses.

"Esse prazo é necessário para o equilíbrio financeiro da concessão e permitirá uma transição gradual dos serviços e operações", explica a gestão, em nota. O edital ficará aberto por 60 dias. A Prefeitura diz que o contrato de concessão deste primeiro lote de parques deve ser assinado até maio deste ano.

A Justiça determinou a suspensão do processo de caducidade da concessão do aeroporto de Viracopos, em Campinas, proposto pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A agência reguladora e a concessionária da Viracopos travam uma queda de braço há meses.

Na quarta-feira (19), o juiz João Carlos Mayer Soares, da 17.ª Vara Cível da Justiça Federal do Distrito Federal, concedeu medida cautelar suspendendo o processo aberto pela Anac em fevereiro deste ano. A agência reguladora alega descumprimentos de itens do contrato e não pagamento de multas por atrasos na entrega das obras.

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A concessão pertence à Aeroportos do Brasil (Triunfo e UTC), que detém 51%, e a Infraero, com os 49% restantes.

No dia 7 maio, a Viracopos entrou com pedido de recuperação judicial. Com dívida de R$ 2,9 bilhões, dos quais 90% em empréstimos e financiamentos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e mais R$ 211 milhões de outorgas em atraso, a empresa tenta evitar que o contrato de concessão seja extinto.

Evolução

Dois dias depois, a 8.ª Vara Cível de Campinas determinou a suspensão tanto do processo de caducidade quanto da execução de qualquer dívida de Viracopos enquanto analisava o pedido de recuperação judicial do terminal. A Anac recorreu da decisão na segunda instância no mesmo mês. Procurada, a concessionária confirmou que foi favorecida pela decisão da Justiça Federal. A agência reguladora disse apenas que ainda não tinha sido notificada sobre a decisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A concessão da Ferrovia Transnordestina, executada pela Transnordestina Logística SA (TLSA), pertencente à CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), poderá ser revogada no primeiro semestre do próximo ano se houver novos atrasos, devidamente não justificados, no cronograma da obra, prevista inicialmente  para ser entregue há oito anos.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (4) pela coordenadora de Análise de Projetos e Investimentos Ferroviários da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Lorena Duarte, em audiência pública na Comissão de Infraestrutura presidida pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE).

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Ela revelou que o processo administrativo instaurado pela ANTT sobre os atrasos na Transnordestina, que já constatou ter havido retardamento em outubro último, fará nova inspeção em janeiro. Se comprovar mais atrasos, avaliará a possibilidade de revogar a concessão, processo que se estenderá por todo o primeiro semestre, pois a TLSA terá direito de se justificar.

Frustação constante - Armando, autor do requerimento da audiência pública para debater a recente reformulação do projeto da Transnordestina, e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) anunciaram que irão acompanhar de perto o processo da ANTT e cobrar da agência uma decisão. “Não é possível continuarmos neste exercício de frustração constante”, assinalou o senador petebista, referindo-se aos sucessivos adiamentos da obra.

Enfatizou ser inaceitável que a reformulação do projeto tenha dado prioridade à conclusão do trecho até o porto de Pecém, no Ceará, previsto para ser concluído em janeiro de 2022, enquanto a estimativa para a finalização do trecho até o porto de Suape tenha sido postergada para 2027. “Trata-se de uma obra estruturante, de integração do Nordeste, que não pode se transformar em vantagem competitiva de um estado, o Ceará, sobre outro estado,  o nosso Pernambuco”, enfatizou.

O diretor-presidente da TLSA, Jorge Luiz de Melo, disse que a prioridade dada a Pecém em detrimento de Suape se deveu ao projeto da mina de ferro da empresa Bemisa, em Paulistana, no Piauí, prevista para operar em dois anos, enquanto Suape, segundo ele, apresenta maiores “riscos de implantação”.

Com 1.753 quilômetros de extensão, atravessando 81 municípios, de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Pecém e Suape, a Transnordestina está em construção há 10 anos, já tendo consumido R$ 6,3 bilhões para atingir apenas 52% da obra.

*Da Assessoria de Imprensa

O ministro dos Transportes, Valter Casimiro, disse que o governo vai publicar o edital de concessão de 12 aeroportos "nos próximos dias". O plano original do governo era ter feito a licitação dos terminais no primeiro semestre deste ano, mas atrasos sucessivos na divulgação do edital comprometeram o cronograma.

O Tribunal de Contas da União (TCU) também pediu ajustes no edital da Secretaria de Aviação Civil (SAC), vinculada ao Ministério dos Transportes. A publicação do edital não assegura, porém, a realização efetiva do leilão, já que esta decisão ficará a cargo do próximo governo.

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O plano atual prevê que sejam licitados, de uma só vez, 12 aeroportos regionais, terminais que recebem 19,6 milhões de passageiros por ano e respondem por 9,5% do mercado nacional de aviação. Pela proposta, os aeroportos foram divididos em três blocos. O bloco Nordeste é formado por seis terminais: aeroporto internacional do Recife (PE), aeroporto de Maceió (AL), aeroporto de Aracaju (SE), aeroporto de João Pessoa (PB), aeroporto de Juazeiro do Norte (CE) e aeroporto de Campina Grande (PB). Esse lote processa aproximadamente 13,2 milhões de passageiros ao ano, dos quais quase 60% passam por Recife.

No bloco do Centro-Oeste estão os aeroportos mato-grossenses de Cuiabá, Rondonópolis, Alta Floresta e Sinop, com aproximadamente 3,3 milhões de passageiros ao ano, sendo que 85% desse fluxo passa por Cuiabá. Já o Bloco Sudeste, com os aeroportos de Vitória (ES) e de Macaé (RJ), processa 3,2 milhões de passageiros por ano, com 94% desse fluxo em Vitória.

O deputado federal Felipe Carreras (PSB) apresentou um pedido no Tribunal Regional Federal (TRF), nesta terça-feira (6), para que o processo de privatização do Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, seja suspenso. A aprovação da concessão do principal terminal de voos pernambucano, juntamente com outros cinco do bloco Nordeste, foi publicado recentemente no Diário Oficial da União.

A intenção do parlamentar é de suspender os atos do governo até que seu recurso seja julgado no Tribunal. A análise está a cargo do relator, o desembargador Roberto Machado.

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Carreras já havia ajuizado, em julho deste ano, uma ação popular visando suspender o processo de privatização do Aeroporto do Recife em razão do modelo em blocos, no qual os investimentos da empresa vencedora serão divididos entre os terminais do Recife, Maceió, Campina Grande, Aracaju, Juazeiro do Norte e João Pessoa. Para o pessebista, isso diminui a competitividade do equipamento estadual.

“Além disso, ao invés de aplicar os lucros do Aeroporto do Recife no próprio terminal, eles também serão divididos entre todos. Se a privatização fosse individual, o lucro do último ano, por exemplo, que ultrapassou a barreira dos R$ 100 milhões, serviriam para corrigir os problemas apontados pelo relatório da Anac na nossa pista, interferindo, inclusive, na segurança dos passageiros. Esse modelo nunca foi feito, testado, comprovado que daria certo. Não seremos cobaias do presidente Temer”, afirmou o deputado.

A intenção do governo federal é publicar o edital ainda neste mês. “O efeito suspensivo visa parar o processo até que o caso seja julgado pela justiça. Acredito na justiça e farei de tudo para que o povo pernambucano não seja prejudicado com essa ação”, explicou Carreras.

A Prefeitura de São Paulo publica, na edição desta sexta-feira (26) do Diário Oficial do município, um edital de consulta pública para a concessão do estacionamento rotativo em ruas da cidade, a Zona Azul. A ideia é transferir a exploração das vagas para uma empresa privada em troca de uma outorga mínima de R$ 6,1 milhões ao mês para os cofres da cidade.

A Prefeitura afirma que caberá ao poder público determinar o preço da Zona Azul, que atualmente é de R$ 5 por até duas horas. As multas por estacionar nas vagas de rua sem cartão continuarão a ser aplicadas exclusivamente pela Prefeitura.

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Caberá ao parceiro privado organizar as vagas e propor mudanças no sistema, para ampliar o total de locais de estacionamento pagos na cidade das atuais 41,5 mil vagas para 51,4 mil em um prazo de até 15 anos, tempo de duração da concessão. A empresa particular também terá de pagar uma taxa de 20% da arrecadação anual à Prefeitura.

No ano passado, quando a emissão dos cartões de estacionamento passou a ser feita por meio digital, por meio de aplicativos de celular, a arrecadação com a Zona Azul saltou de R$ 55 milhões, do ano de 2016, para R$ 89 milhões. Nos anos anteriores, entre 2012 e 2015, segundo dados da Prefeitura, a média de arrecadação girava ao redor dos R$ 60 milhões anuais.

Com a concessão, a Prefeitura espera que o parceiro privado viabilize novas tecnologias para fiscalizar a Zona Azul e combater a evasão. A Prefeitura tem feito testes nesse sentido. No Brás, zona central, há um carro munido de câmeras em seu teto que lê a placa de carros estacionados e consegue captar aqueles que não efetuaram o pagamento.

A licitação é internacional. Vencerá a empresa que apresentar o maior valor de outorga a partir do mínimo estabelecido pela Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias, que tocará a concorrência. O parceiro terá também de apresentar garantias de proteção aos dados financeiros e dos motoristas aos quais terá acesso.

Esse é mais um projeto do Plano Municipal de Desestatização apresentado pelo poder público municipal no ano passado, ainda sob a gestão João Doria (PSDB). Até o momento, nenhum dos projetos prosperou, ou por falta de interessados ou por decisões da Justiça, do Tribunal de Contas do Município (TCM) ou por ação do governo do Estado, chefiado atualmente pelo governador Márcio França (PSB), que disputa contra Doria o governo do Estado.

A consulta pública ficará aberta por 30 dias, até 27 de novembro. Após colher sugestões com empresas interessadas e da população, o edital definitivo será lançado.

Mesmo após ter sido notificada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) sobre a decisão tomada em plenário nesta quarta-feira, 15, pela suspensão da licitação para concessão do Estádio do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo, a Prefeitura recebeu na manhã desta quinta, 16, as propostas das empresas interessadas em administrar o estádio. No entanto, a administração municipal decidiu que os envelopes não serão abertos nesta quinta.

Quatro empresas apresentaram propostas: a Progen Projetos de Engenharia, a Universidade Brasil, a Construcap e a WTorre. Esta última entregou os envelopes após o prazo estipulado, até as 10h30, o que ficou registrado em ata.

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O TCM enviou, segundo a Prefeitura, sete notificações sobre a suspensão da licitação. A última, ao presidente da comissão de licitação do projeto, já após o recebimento dos envelopes.

A comissão estava reunida, no período da manhã desta quinta, com procuradores do município para decidir se os envelopes seriam abertos ou não. A Prefeitura está buscando saídas jurídicas para manter o processo, mesmo com a decisão do TCM.

A concessão libera a exploração comercial do Pacaembu por 35 anos, com autorização para fazer reformas no local que respeitem as regras de tombamento. O contrato é estimado em R$ 674,5 milhões. Vencerá a licitação quem apresentar o maior valor de pagamento de outorga à Prefeitura.

Na quarta-feira, o governo do Estado publicou nota afirmando ser dono de dois terços da área total do Complexo do Pacaembu, na região oeste de São Paulo.

O texto, porém, não especifica quais são esses espaços. Na nota, o governo reclama de não ter sido consultado durante o processo de concessão. A gestão França disse também não constar nesse trâmite "qualquer documentação referente à posse da área".

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou nesta quarta-feira (15) que o governo revogará o contrato de concessão das rodovias da empresa Autostrade, 30% de propriedade da família Benetton, após o desmoronamento da Ponte Morandi, em Gênova, que deixou 39 mortos e 16 feridos.

"Vamos iniciar o procedimento para revogar sem esperar os resultados em um tribunal penal", disse Conte, após participar de um conselho de ministros extraordinário, o qual reuniu o do Interior, Matteo Salvini, o de Desenvolvimento Econômico, Luigi Di Maio, e o de Infraestrutura, Danilo Toninelli. O governo italiano acusou a empresa de ter adiado os controles e a manutenção do viaduto.

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"Se eles não conseguiram gerenciar nossas rodovias, o Estado fará", reclamou Toninelli. Em sua conta no Facebook, o ministro de Infraestrutura ainda disse que "os dirigentes da Autostrade per I'Italia devem se demitir. E, considerando que ocorreram graves falhas, iniciamos os procedimentos para uma eventual revogação das concessões e para aplicar multas de até 150 milhões de euros".

A empresa - que fechou 2017 com receita de quase 4 bilhões de euros, um lucro para o ano de 1,042 bilhões e investimentos de 556 milhões - se defendeu. " A Autostrade está trabalhando duro para definir o projeto para a reconstrução do viaduto, que seria completado em cinco meses pela disponibilidade total das áreas".

Em nota, a companhia também afirmou que vai continuar a trabalhar com instituições locais para minimizar os transtornos causados pelo colapso. Além disso, ressaltou que "sempre cumpriu adequadamente suas obrigações". O ministro do Interior, Matteo Salvini, por sua vez, informou que "uma empresa que ganha milhões em pedágio deve explicar aos italianos porque não fez todo o possível para investir boa parte desse lucro em segurança".

Na terça-feira (14), um colapso estrutural provocou o desabamento do viaduto Morandi, depois da região ser afetada por uma forte chuva. Em pronunciamento, o premier da Itália decretou estado de emergência em Gênova durante 12 meses e determinou um dia de luto nacional, que "coincidirá com o dia da cerimônia fúnebre das vítimas", agendado para o próximo sábado (18).

Além disso, o governo italiano também decidiu criar um fundo no valor de 5 milhões de euros para a cidade para as primeiras intervenções urgentes. Segundo Toninelli, para a reconstrução da Ponte Morandi serão utilizados os recursos do Plano Econômico e Financeiro da Autostrade, que vão ser debatidos em setembro, e outros recursos procedentes de dois fundos dedicados a intervenção em infraestruturas".

A tragédia de Gênova confirmou a absoluta necessidade de um grande plano de investimento em infraestrutura pública e levantou um polêmico debate no país.
    "As empresas que administram nossas estradas embolsam os pedágios mais caros da Europa, enquanto pagam concessões a preços vergonhosos. Recebem bilhões, pagam uns poucos milhões de impostos e nem sequer fazem a manutenção necessária para pontes e estradas", criticou o ministro de Infraestrutura.

De acordo com o ministro da Economia, Giovanni Tria, o governo está trabalhando em um projeto que será iniciado com o desbloqueio de investimentos e operações de manutenção. O plano já tem financiamento disponível. Em nota, Tria reforça que o "investimento em infraestrutura é uma prioridade do governo para a qual não haverá restrições orçamentárias". Ao todo, 150 bilhões em 15 anos foram alocados no orçamento. Estas são as primeiras medidas tomadas pelo governo da Itália um dia depois do trágico acidente.

Da Ansa

Nem as pedras lançadas sobre os trilhos da Ferrovia Norte-Sul escapam de problemas. A brita colocada em um trecho de 141 km de extensão que acaba na cidade de Estrela D'Oeste (SP) é inadequada para aguentar o porte da ferrovia e da carga que passará sobre ela, segundo auditoria do Tribunal de Contas de União (TCU), que se baseou em estudos técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A troca das pedras - que exigiria a desmontagem e remontagem de tudo - custaria R$ 103 milhões, levaria 32 meses, e pode atrapalhar os planos do governo de leiloar a ferrovia ainda este ano.

Para agravar a situação, esse lote está com 97% de sua estrutura pronta, com dormentes e trilhos instalados. O erro foi detectado pelo IPT há dois anos, mas as pedras continuaram lá. O TCU exigiu que a Valec, estatal responsável pelas obras da ferrovia, aponte uma solução para o caso.

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A área técnica do tribunal analisou a situação e determinou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ache uma saída para o caso antes de publicar o edital definitivo do leilão. "A depender da solução a ser adotada para o problema, haverá consequências financeiras e de prazo para a subconcessão", afirma o parecer do tribunal.

Como a troca da brita está fora de cogitação no momento, dado que o governo pretende licitar a Norte-Sul ainda neste ano, o TCU destacou que é preciso informar aos investidores que a pedra de baixa qualidade poderá refletir no aumento de manutenção da ferrovia, ou seja, mais investimentos no traçado - uma conta que chega a R$ 2,5 bilhões.

As pedras do lote 5 da Norte-Sul foram lançadas entre 2009 e 2010, quando a estatal era dirigida por José Francisco das Neves, o Juquinha, que em 2011 chegou a ser preso pela Polícia Federal em decorrência de investigações que apuravam desvio de recursos e superfaturamento nas ferrovias.

Edital

O caso das pedras da Norte-Sul é um dos pontos analisados agora por Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público junto ao TCU. Na próxima semana, ele deve entregar seu parecer sobre a minuta do edital da Norte-Sul para que a proposta seja analisada pelo ministro Bruno Dantas.

O trecho que será concedido tem 1.537 km de extensão e vai de Porto Nacional (TO) até Estrela D’Oeste. Hoje, a ferrovia tem um único trecho de 720 km em operação, entre Açailândia e Palmas (TO), concedido à mineradora Vale em 2007. Iniciada em 1987 no governo de José Sarney com a meta de cruzar o País, a obra ficou parada por décadas e foi retomada no governo Lula.

Questionada, a ANTT informou que analisa a possibilidade futura de se fazer reequilíbrio financeiro previsto no contrato ou ajustes nos investimentos. Paralelamente, a agência precisa resolver ainda a situação da brita do lote 4, que chegou a ser comprada, mas não foi lançada no trecho, por conta dos problemas identificados.

A Valec informou, em nota, que "está procedendo a novos ensaios laboratoriais para identificar as condições da brita em relação a sua vida útil, bem como a segurança operacional da via para que se possa definir quais medidas serão tomadas quando da subconcessão do trecho".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo num quadro de forte incerteza política e de pouco otimismo em relação à economia, o primeiro leilão de concessão rodoviária do governo de Michel Temer tem atraído a atenção dos grupos econômicos, inclusive estrangeiros. Um mês após o lançamento do edital, a Rodovia de Integração do Sul (RIS) já tinha na semana passada pelo menos oito interessados, inclusive da Itália e da Espanha.

O empreendimento também tem um grupo chinês entre os possíveis candidatos. Com forte presença no setor de energia, a China ainda não entrou no negócio de rodovias no Brasil. O leilão está marcado para o dia 1.º de novembro.

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A RIS é formada por trechos de quatro rodovias federais no Rio Grande do Sul: as BRs 101, 290, 448 e 386. Ao todo são 473,4 km, entre os quais 98,1 km da chamada Freeway, entre Porto Alegre e Osório, concedida em 1997 e com contrato vencido no ano passado. No momento, a via está sob responsabilidade do governo federal, que precisou contratar seguranças para as praças de pedágio, que se encontram inoperantes. Com tráfego intenso, a Freeway é o principal atrativo da RIS.

Foram feitos ajustes no contrato para evitar a repetição dos problemas que o governo federal administra nas outras rodovias concedidas, principalmente as da chamada Terceira Etapa. Oferecidas ao mercado em 2012 e 2013 no Programa de Investimentos em Logística (PIL), algumas são reconhecidas como insustentáveis pelos próprios concessionários.

A elaboração do edital da RIS consumiu dois anos de discussões. Metade desse tempo foi empregado em debates com o Tribunal de Contas da União (TCU). Mas o resultado é motivo de otimismo no governo. "É um contrato maduro", disse a diretora de Rodovias do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Tatiana Thomé de Oliveira. Para ela, o interesse de grupos estrangeiros é a melhor demonstração de que as regras foram aceitas pelo mercado.

"É resultado de um aprendizado não só com o PIL, mas também de coisas que deram errado na primeira etapa", comentou o secretário de Fomento para Ações de Transportes, Dino Antunes.

Ajustes

Um dos principais ajustes é a redução de investimentos no início do contrato. Um ponto central das concessões do PIL era a exigência de duplicação de todo o trecho concedido num prazo de cinco anos. E foi justamente nesse período de forte investimento que o País mergulhou na recessão, causando desequilíbrio financeiro em praticamente todas as concessionárias.

Escaldado por essa experiência, o governo reduziu as exigências de investimento na RIS, estimados em R$ 7,8 bilhões. Nos dois primeiros anos, serão exigidas apenas obras de recuperação e sinalização. As duplicações só começarão no terceiro ano do contrato. E apenas alguns trechos receberão esse tipo de investimento. Além de um conjunto de obras obrigatórias, haverá outras para ampliar a capacidade da rodovia que só serão feitas à medida que o tráfego atingir determinado volume.

Os leilões do PIL foram vencidos por grandes construtoras, que na média concordaram em cobrar pedágios 50% mais baratos do que os estimados pelo governo. O desconto elevado, combinado com a recessão, resultou em forte frustração de receitas.

Na RIS, conta Antunes, foi criado um "mecanismo contra bids (lances em leilão) irresponsáveis". A tarifa máxima foi fixada em R$ 7,24 e vencerá o leilão o grupo que concordar em cobrar o menor valor abaixo desse. Mas se o desconto oferecido for superior a 10%, a empresa precisará demonstrar capacidade financeira adicional. A exigência crescerá à medida que o deságio for maior. "O risco será bancado com o capital dela", ressaltou o secretário.

O ponto que mais consumiu tempo de discussão com o TCU foi a inclusão de obras não previstas no contrato. A Corte de contas queria que nenhum investimento desse tipo fosse autorizado. O governo sustentou que esse engessamento é impossível de manter, ainda mais num contrato de 30 anos como o da RIS. Ficou acertado, então, que elas poderão ser incluídas, mas só nas revisões de contrato feitas a cada cinco anos.

Para o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), César Borges, "o ambiente é o pior possível" para a realização do leilão. "O sistema todo está com problema, e o governo não está operacional para dar solução", afirmou. "Como o investidor olha para frente, qual o grau de confiança no modelo?" Apesar das incertezas, ele diz esperar que o leilão seja bem-sucedido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Prefeitura de São Paulo publica neste sábado, dia 12 de maio, no Diário Oficial da Cidade, o edital de licitação para a concessão do primeiro lote de parques, que inclui o Ibirapuera e mais cinco em outras regiões da cidade (Jacintho Alberto, Eucaliptos, Tenente Brigadeiro Faria Lima, Lajeado e Jardim Felicidade).

De acordo com a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), a principal alteração no edital, em relação ao texto colocado em consulta pública, é a exclusão da concessão do Viveiro Manequinho Lopes e todas as edificações dentro de sua área total, incluindo o Herbário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O governo decidiu fazer mudanças drásticas no modelo de concessão de rodovias, com o intuito de tornar os projetos mais alinhados com as demandas de órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU), e viabilizar os leilões ainda neste ano. Com as medidas, o que se pretende é eliminar brechas que permitem superfaturamento nas obras, golpes que costumam ser dados por meio de aditivos contratuais.

O jornal 'O Estado de S. Paulo' teve acesso exclusivo às propostas já desenhadas pelo governo e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Pelas regras, fica proibida a inclusão de novos investimentos para melhoria e ampliação de capacidade da rodovia nos primeiros cinco anos da concessão. Essa proibição também valerá para os últimos cinco anos dos contratos, os quais costumam ter validade de 30 anos. Nos dois períodos, o concessionário só poderá executar aquilo que já estava previsto no contrato.

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Hoje não há essas proibições de prazos e as obras são executadas conforme demandas apresentadas pelas empresas ou pela ANTT. Normalmente, a realização de investimentos não previstos tem como consequência uma elevação nas tarifas de pedágio, para restabelecer o equilíbrio financeiro do contrato.

O governo também decidiu proibir a inclusão de investimentos fora das revisões quinquenais (a cada cinco anos) dos contratos. A ideia é que a concessão se concentre apenas em seu "estoque de obras" já incluso na concessão. Novas intervenções só poderão ser apresentadas após o término desse estoque.

Grandes obras não previstas originalmente no contrato terão de ser discutidas. A construção de contornos urbanos, por exemplo, ficará condicionada à comprovação das vantagens dessa obra em relação a outras e só poderá ser realizada após a realização de audiência pública, processo que hoje não existe.

Foi decidido ainda que o aumento das tarifas de pedágio para bancar obras como a construção de uma pista adicional só poderá ocorrer depois que o projeto for entregue pela concessionária. Hoje esse custo é cobrado conforme o avanço do empreendimento, embutido na tarifa de pedágio do usuário da rodovia.

A renovação das concessões também foi deixada de lado. Os novos editais vão permitir que seja feita a prorrogação contratual por até cinco anos após o término da concessão, prazo que poderá chegar a, no máximo, dez anos, e por uma única vez, para fins de reequilíbrio financeiro da concessão por conta da execução de novas obras.

'Engessados'

A reportagem repercutiu cada uma das propostas com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), que representa as empresas que atuam no setor. Na avaliação de César Borges, presidente da entidade, as medidas indicam que o governo se dispõe a "engessar" os projetos. "Não sabíamos desses detalhes todos. O que podemos dizer, com base nessas informações, é que isso vai engessar o contrato. Significa retirar a autonomia da ANTT e reconhecer que há desconfiança sobre sua capacidade de fiscalizar e tomar decisões técnicas", comentou.

O interesse das empresas nas novas propostas, no entanto, segue inalterado, de acordo com Borges, que foi ministro dos Transportes no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. "As empresas do setor seguem interessadas nos projetos e respeitarão as regras dos contratos. Agora, quem vai sofrer com isso é o usuário, nos casos em que obras necessárias apareçam, mas não possam ser executadas por causa de regras desse tipo."

O presidente da ABCR afirmou que, sobre o pagamento de obras adicionais somente após a sua conclusão, não há problemas para as empresas, "desde que o reequilíbrio dos contratos efetivamente ocorra". Ele também minimizou preocupações com a prorrogação de até dez anos para as concessões. "É um prazo razoável para que os investimentos sejam amortizados."

Como fica:

Ampliação

Nos primeiros 5 e nos últimos 5 anos do contrato a concessionária só poderá fazer obras previstas para melhoria da rodovia

Pedágio

O aumento nas tarifas de pedágio para bancar obras na estrada só poderá ocorrer depois que o projeto for entregue pela concessionária.

 

Relicitação será regulamentada nos próximos dias

Sob pressão depois que a Aeroportos Brasil Viracopos (ABV) entrou com pedido de recuperação judicial, o governo anunciou ontem que divulgará, "nos próximos dias", um decreto regulamentando a relicitação. Trata-se de instrumento criado para socorrer concessionárias com dificuldades de honrar seus compromissos com o governo, como Viracopos. Até hoje, um ano e meio depois de criada, a medida não foi aplicado por falta da regulamentação.

A ABV batalha há nove meses pela relicitação. Em abril, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obter uma resposta do governo. Com uma decisão desfavorável da corte, ingressou com o pedido de recuperação judicial esta semana.

A concessionária de rodovias Via 040, que administra o trecho da BR-040 entre Brasília e Juiz de Fora (MG), também é candidata à relicitação, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres. Outra que pediu para usar o mecanismo foi a Rodovia do Aço, que administra 200 km da BR-393 no Rio.

A relicitação permite que uma concessionária com problemas devolva o negócio para que ele seja leiloado e entregue a outro grupo econômico. Até que seja escolhido um sucessor, a concessionária fica à frente do negócio, numa espécie de "operação padrão".

"O objetivo é manter a continuidade dos serviços prestados pelas concessionárias enquanto o governo faz nova licitação", disse o ministro dos Transportes, Valter Casimiro, após reunião com representantes do Planejamento e o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em seminário realizado no Bairro do Recife para discutir o impacto da privatização do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes Gilberto Freyre, na noite dessa sexta-feira (3), o prefeito Geraldo Julio (PSB) defendeu uma ampla discussão sobre o tema para que se esclareça à sociedade e, sobretudo, ao setor produtivo do Turismo, o modelo de concessão do principal terminal aéreo pernambucano.

De acordo com o prefeito, o modelo de concessão foi alterado e dessa forma o Aeroporto do Recife é o primeiro superavitário a ser leiloado em um lote junto a outros aeroportos deficitários.

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“Todos os aeroportos que entraram no regime de concessão anteriormente foram leiloados isoladamente, e quando chega a vez do Recife esse modelo muda sem haver qualquer discussão com a sociedade. É preciso ouvir os servidores dos aeroportos e os trabalhadores de toda a cadeia do Turismo. Quando se fala desse Aeroporto se fala de algo prioritário para Pernambuco”, defendeu Geraldo.

O pessebista destacou ainda o crescimento da movimentação turística em Pernambuco, enquanto o setor acompanhou a crise econômica nacional e decaiu no restante do país. “Durante a maior crise econômica da história, o Recife passa de 4 para 16 conexões internacionais e supera Salvador e Fortaleza na movimentação de passageiros. Então, é preciso aprofundar esse debate e esclarecer os critérios”, salientou.

O seminário foi organizado pela Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, por solicitação do vice-presidente do colegiado, o deputado federal Felipe Carreras, que coordenou a noite de discussões realizada no auditório do Museu Cais do Sertão. O evento reuniu, além do prefeito do Recife, os secretários estaduais de Planejamento e Gestão, Márcio Steffani, e de Turismo, Esportes e Lazer, Manuela Marinho – ambos representando o governador Paulo Câmara -, e de representantes do trade turístico, servidores da Infraero e outras autoridades ligadas ao setor.

* Da Assessoria de Imprensa

A prefeitura de São Paulo lançou hoje o edital de concessão do estádio do Pacaembu. A previsão da prefeitura de São Paulo é ter um retorno de R$ 400 milhões em um contrato com duração de 35 anos com empresas da iniciativa privada. O valor mínimo para ter o direito de uso do estádio é de R$12,4 milhões. A empresa que oferecer o maior valor terá de reformar todo o sistema elétrico e hidráulico, arquibancadas, pistas de atletismo e outras obras que não foram terminadas pela administração pública. O edital inclui também o complexo poliesportivo do estádio.

De acordo com a prefeitura, o acesso ao complexo continuará livre e gratuito, com atividades desenvolvidas pela Secretaria de Esportes.

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“Estamos falando de um equipamento de mais de 70 anos que precisa de uma grande reforma, porém a administração pública não dispõe desses recursos. A iniciativa privada, além de cuidar da gestão, vai investir até R$ 200 milhões no local. Teremos um patrimônio da cidade completamente revitalizado”, disse Wilson Poit, secretário de Desestatização e Parcerias.

O secretário municipal de Esportes e Lazer, Jorge Damião, disse que o Pacaembu continuará sendo um estádio mas também poderá ser palco para outros esportes.

O texto definitivo do edital será publicado no dia 24 de abril. 

O Estádio do Pacaembu foi fundado em 1940 e é um ponto de referência na cidade de São Paulo. Já foi palco de grandes clássicos do futebol nacional e também de inúmeros shows internacionais.

 

O senador Cristovam Buarque (PPS) criticou, nesta segunda-feira (12), a concessão do auxílio-moradia para os juízes e parlamentares. O pernambucano falou que o benefício é uma “forma perversa” de gasto do dinheiro público. “Cada um, juiz ou o parlamentar, ganha o suficiente para pagar aluguel de sua casa ou até construir sua casa”, declarou. 

“O Brasil felizmente despertou para o problema da corrupção graças, sobretudo à Operação Lava Jato, mas ainda não despertou plenamente para uma forma perversa de gasto e de dinheiro público que são as mordomias, os privilégios que são pagos a alguns dos servidores públicos, especialmente parlamentares e os juízes sob a forma de um auxilio chamado auxílio-moradia”, ressaltou o senador. 

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O senador ressaltou que apresentou um projeto de lei que, caso o privilégio acabe, para que o todo o dinheiro poupado seja destinado para o piso salarial dos professores. “O piso é de R$ 2.400, metade do auxílio”, destacou afirmando que o piso subiria para R$ 2.600. “Ainda é muito pequeno, mas já seria um aumento no piso salarial ao mesmo tempo em que acabando o privilégio que não faz sentido no Brasil”. Cristovam também disse acreditar que o Supremo vai acabar com essa regalia. 

No final do ano passado, o senador Álvaro Dias (PR) também falou sobre os privilégios chegando a afirmar que abre mão de R$ 50 mil por mês. “É o ônus da coerência. Há uma cobrança popular pelo fim dos privilégios das autoridades. Há os que combatem, mas que não abre mão dos seus. Eu abri mão dos meus privilégios”, chegou a dizer. 

 

 

 

 

O governo federal pretende vender até o fim deste ano a participação de 49% que a Infraero detém nos aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Confins (MG). Nos próximos dias, será assinado um contrato para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faça a operação de venda dos ativos, que inclui o cálculo do valor das participações e a avaliação das condições de mercado.

Segundo o secretário Nacional de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, a expectativa é arrecadar algo em torno de R$ 5 bilhões apenas com os três aeroportos. A venda deverá ser feita por meio de leilão e terá algumas restrições para os atuais sócios da Infraero. Eles poderão participar da disputa, mas serão proibidos de dar lances em outros terminais. Ou seja, o sócio de Guarulhos, por exemplo, não poderá comprar afatia da Infraero em Confins ou em Brasília.

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Lopes diz que tem recebido boa sinalização dos investidores em relação à venda das participações. Mas que há grandes chances de os atuais sócios (ou parceiros desses investidores) comprarem a participação da Infraero. Os três terminais foram concedidos para a iniciativa privada em 2012 e 2013, com ágios que chegaram a 600% (caso de Brasília).

O Aeroporto de Guarulhos foi arrematado pelo consócio formado pela Invepar (empresa dos fundos de pensão do Banco do Brasil, Petrobrás e Caixa) e pela operadora sul-africana ACSA; Brasília pela argentina Corporación America e pela Infravix (que vendeu a participação para a sócia depois do envolvimento na Lava Jato); e Confins, pelo grupo criado entre CCR e Zurich Airport. Os outros dois aeroportos licitados na primeira e segunda rodada de licitações (Viracopos, em Campinas, e Galeão, no Rio) serão avaliados pelo BNDES, mas não deverão ser vendidos neste ano.

Otimismo

A expectativa de arrecadação prevista pelo governo federal foi vista por alguns analistas como otimista. Em estudo feito pela consultoria alemã Roland Berger, a pedido da Infraero para nortear sua reestruturação, o valor potencial de venda de todas as participações ficou entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões - bem abaixo da previsão do governo. A avaliação constante no documento, entregue às principais autoridades em Brasília, é de que o governo não deveria se desfazer das participações neste momento. O ideal seria aguardar uma valorização maior dessa fatia e futuramente vendê-la.

O documento obtido pelo Estado traz alternativas que dariam independência para a Infraero. Uma delas é a venda (de 49% ou 51%) da estatal para a iniciativa privada. Isso representaria algo em torno de R$ 17 bilhões de arrecadação para o governo federal. Procurada, a Roland Berger não quis se pronunciar sobre o estudo.

O fato é que o governo federal precisa fazer caixa e a venda das participações nos três aeroportos parece ter consenso de boa parte do governo, menos da Infraero. Na semana passada, o presidente da estatal, Antônio Claret, afirmou publicamente que tinha intenção de suspender a venda das participações. Em nota enviada à reportagem ontem, porém, a empresa afirmou que " seguirá as diretrizes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil para o setor aéreo".

O BNDES foi procurado, mas não retornou ao pedido de entrevista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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