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A questão do risco hidrológico ganhou dimensões bilionárias e pode travar o mercado de energia elétrica no Brasil. Esse custo não foi causado apenas pelas usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, mas também por decisões políticas do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, que incluíram importação de energia, acionamento de termoelétricas - mais caras -, uso de energia de reserva e atraso em obras de linhas de transmissão. Para não pagar essa conta, centenas de geradores de energia conseguiram liminares na Justiça.

Uma das ações judiciais, da Abragel, entidade que representa pequenas centrais hidrelétricas, está no Supremo Tribunal Federal (STF). O governo tentou derrubá-la, na expectativa de que todas as demais liminares caíssem também, mas a investida não teve sucesso.

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Desde 2015, o mercado de energia elétrica é afetado por essa situação e a inadimplência acumulada deve chegar a números próximos dos R$ 3 bilhões, de acordo com o presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Rui Altieri.

A proposta de acordo do governo federal prevê que essa conta seja paga de forma parcelada. Em troca, as usinas teriam direito à nova extensão do prazo de concessão. Destravar o mercado é prioridade para a União, que quer estimular a entrada de agentes para vender energia elétrica. Com o mercado parado, agentes com sobras de energia não têm estímulo para vender ou deixar de consumir, pois não receberiam os pagamentos. Isso impede a entrada no sistema de usinas de biomassa, que produzem energia com bagaço de cana, e desestimula a economia voluntária de indústrias que poderiam reduzir sua produção e liquidar excedentes no mercado livre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo vai editar uma medida provisória (MP) para estender o prazo de concessão de 615 usinas em todo o País, para compensá-las por prejuízos acumulados em razão de subsídios concedidos às Hidrelétricas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio. O texto deve sair nos próximos dias.

A extensão de cada contrato deve levar em conta o tamanho do rombo financeiro que foi ocasionado por vantagens concedidas exclusivamente às três usinas amazônicas nos últimos cinco anos, uma conta estimada em R$ 8,6 bilhões pela Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel).

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A origem do problema está em uma das várias benesses que foram criadas pelo governo para ter sucesso no leilão dessas usinas. Uma "pedalada" permitiu que essas hidrelétricas pudessem vender mais energia do que produziam à custa de outras usinas. Na prática, elas tiveram a chance de antecipar receitas, vendendo megawatts em leilões de energia, quando ainda não tinham condições de entregar essa geração. No jargão do setor elétrico, tiveram direito à antecipação de garantia física. A garantia física representa o montante de eletricidade que cada usina pode negociar no mercado.

Durante a construção das usinas, as turbinas entram em operação aos poucos. Cada máquina adiciona um potencial de energia a ser vendido. Para Santo Antônio, Jirau e Belo Monte, porém, esse potencial foi elevado e acelerado artificialmente. As concessionárias responsáveis foram beneficiadas por um fluxo de caixa maior ainda no início dos projetos, período em que os investimentos são mais necessários.

O caso mais gritante é o de Belo Monte, que foi autorizada a comercializar 100% de sua garantia física quando menos da metade das turbinas da casa principal (44,4%) estava em operação, segundo estimativa da Abragel. Para Santo Antônio e Jirau, a garantia física integral foi concedida com motorização de 72,7% e 61,3%.

Durante esse período, embora não tenham produzido toda a energia prometida, Santo Antônio, Jirau e Belo Monte puderam comprar energia a preço de custo e vendê-la a preços de mercado. A operação foi possível porque todas as hidrelétricas do País integram uma espécie de clube, o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). Nele, 615 usinas hidrelétricas, de pequeno a grande porte, dividem os resultados da geração de energia em todo o País. Se o conjunto gera mais do que estava planejado, o lucro é rateado entre todos os membros. Se a geração é menor do que se esperado, por restrições nos reservatórios, o prejuízo é dividido entre todos.

Historicamente, esse grupo costumava gerar excedentes de energia, dividindo o lucro entre os associados. Mas, desde 2011, por causa da seca e da necessidade de poupar água nos reservatórios, o clube é deficitário, e o prejuízo é repartido entre as usinas. É nessa conta que entra o subsídio da geração artificial concedida às três hidrelétricas. Coube a todos os membros garantir a entrega de uma energia que essas usinas não produziram.

"O tratamento dessa antecipação está em discussão", disse o presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Rui Altieri. "Nosso desejo e expectativa é que isso seja tratado no menor prazo possível. É o maior problema do mercado de energia elétrica hoje."

Esse foi apenas um dos privilégios concedidos a essas usinas. A própria formação dos consórcios, com a presença de subsidiárias da Eletrobrás, fundos de pensão e empreiteiras hoje denunciadas na Lava Jato teve forte influência do governo do ex-presidente Lula. As usinas ainda tiveram financiamento barato do BNDES.

Ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o advogado Julião Coelho disse que todas essas medidas foram usadas para maquiar o preço da energia das usinas amazônicas, que, na realidade, nunca foi barato. "Tudo isso tem como corrigir ao eliminar os truques e aumentar a tarifa das usinas."

Agora, o governo quer tentar resolver a questão do risco hidrológico dentro da MP que vai tratar da privatização da Eletrobrás. A avaliação é que um acordo pode favorecer e proporcionar mais valor à companhia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) decidiu paralisar a licitação de concessão das Linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de São Paulo à iniciativa privada, apontando indícios de irregularidades no edital. Por causa da decisão, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) suspendeu o leilão de concessão das duas linhas, que seria realizado na quinta-feira, na Bolsa de Valores de São Paulo.

A paralisação da licitação foi determinada pelo conselheiro Antonio Roque Citadini, com base em representação feita pelo deputado estadual Alencar Santana, líder do PT na Assembleia. Citadini deu 48 horas para a Secretaria dos Transportes Metropolitanos apresentar justificativas para a concessão. Em nota, a pasta disse que prestará os "esclarecimentos necessários" ao TCE dentro do prazo.

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Questionamento

Na representação, o petista aponta irregularidades no edital e afirma que a concessão provocará "grave prejuízo aos cofres públicos", uma vez que foi o governo quem investiu na construção das duas linhas: 5-Lilás (Capão Redondo-Chácara Klabin) e 17-Ouro (Congonhas-Morumbi), o monotrilho da zona sul, que só deve ser entregue em 2018.

O leilão tem lance mínimo definido em R$ 189,6 milhões. Quem vencer vai receber parte da receita das bilheterias e pode explorar comercialmente as estações por 20 anos, período em que terá de fazer investimentos de até R$ 3 bilhões nas duas linhas. Segundo o governo Alckmin, o valor estimado do contrato é de R$ 10,8 bilhões, o que corresponde à soma das receitas tarifárias de remuneração e de receitas não operacionais, como exploração comercial de espaços livres nas estações.

Segundo Santana, as empresas, "não investiram um tostão e vão levar as linhas que renderão mais de R$ 10 bilhões". Em junho, o governo já havia adiado o leilão, a pedido das empresas, que queriam mais tempo para fazer as propostas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As regras de concessão, renovação e alteração contratual das outorgas de rádios e TVs comerciais e educativas serão simplificadas. De acordo com o Diário Oficial da União desta quinta-feira (24) serão reduzidos de 27 para 13 os documentos exigidos para obtenção de uma outorga de rádio ou TV.

A estimativa é que o tempo de tramitação do processo dentro do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) caia de oito para dois anos.

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O objetivo da mudança será melhorar o fluxo de análise dos processos e acelerar o tempo de resposta às emissoras. Para a alteração contratual, incluindo casos de mudança no controle acionário, foi dispensada a anuência prévia do MCTIC. Com as novas mudanças, a entidade deve comprovar a modificação ao ministério em até 60 dias. A intenção é que esse tipo de processo passe a ser concluído em três meses, em vez dos cinco anos atuais. A transferência da outorga entre pessoas jurídicas ainda depende da prévia comunicação ao ministério.

Para obter a renovação das outorgas, as emissoras precisam enviar 12 documentos - antes eram 23. O decreto também muda o prazo de apresentação de renovação, que deve ser feito a partir de um ano antes do vencimento da concessão ou permissão. O prazo anterior era entre o sexto e o terceiro mês anteriores à expiração, o que gerava perda de prazos e pedidos enviados fora de data. 

Outras mudanças que foram publicadas no DOU alteram o capítulo destinado às infrações e penalidades do serviço do radiodifusão e mudam a ordem de procedimentos para a assinatura de contrato de concessão. 

O governo e a Petrobrás buscam acelerar um acordo sobre o leilão de concessão à iniciativa privada, em 2018, do excedente de óleo da área no pré-sal repassada à empresa em 2010 por meio de um contrato de "cessão onerosa". Pelo acordo, a Petrobrás pagou um valor bilionário à União para ter o direito de retirar, sem licitação, 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal. Mas descobriu-se, posteriormente, que a área tinha potencial de exploração muito maior. E é esse excedente que será leiloado.

A arrecadação com a concessão é chave para o governo reforçar as receitas no ano que vem e garantir o cumprimento de meta fiscal, que prevê agora um déficit de R$ 159 bilhões. Mas a Petrobrás também vê na negociação uma oportunidade de melhorar o seu caixa.

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Tanto a companhia quanto o governo tentam fechar o mais rápido possível o acerto, mas, segundo apurou o Estadão/Broadcast, ambas as partes argumentam estar na posição credora nas negociações. Na verdade, são dois acordos que seguem em paralelo: a revisão do contrato de cessão onerosa (que estava prevista para 2015, mas não ficou acertada ainda) e a forma de pagamento da ponta que conseguir comprovar que tem direito ao ressarcimento.

A cessão onerosa foi a parte mais importante do processo de megacapitalização da Petrobrás, há sete anos, para preparar a empresa para os investimentos bilionários no pré-sal. A concessão dos excedentes seria como a joia da coroa dos leilões de petróleo, com a qual o governo pretende elevar a receita com concessões em 2018. O programa de privatização, que inclui rodovias e aeroportos, tem previsão de arrecadação de R$ 20 bilhões. Esse valor pode ser substancialmente elevado com o excedente do pré-sal, dando mais segurança ao governo para cumprir a meta.

Mas, antes, é preciso fechar o acordo com a petrolífera. Uma fonte do governo garante que há um alinhamento de interesse entre o Tesouro e a Petrobrás para que se criem condições de que a concessão dessas reservas seja benéfica para ambos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A gestão João Doria (PSDB) enviou nesta quarta-feira, 31, à Câmara Municipal de São Paulo o projeto de lei que prevê a concessão do Estádio do Pacaembu à iniciativa privada por pelo menos dez anos e lançou um edital para receber propostas do mercado para definir o que poderá ser feito na arena paulistana, que é tombada pelo patrimônio histórico.

A concessão vai englobar o estádio e o complexo esportivo ao lado do campo de futebol, de acesso gratuito à população. Segundo o secretário municipal de Desestatização e Parcerias, Wilson Poit, ambos custam R$ 9 milhões por ano de manutenção para a Prefeitura.

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"Queremos ouvir o que o setor privado tem para o Pacaembu, para fechar a conta, reformar e modernizar", disse Poit. De acordo com ele, é possível que o Pacaembu vire uma arena multiúso coberta que possa receber shows, desde que a arquitetura tombada e o campo de futebol sejam mantidos. O secretário diz já ter conversado sobre o tema com os órgãos de preservação e com a associação de moradores do bairro. Hoje, um acordo oficial impede eventos musicais por causa do barulho. A previsão é de que a concessão seja concluída ainda este ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Prefeitura de São Paulo publicou no Diário Oficial um convite às empresas interessadas em participar da concorrência para o processo de concessão de 14 parques. A intenção é receber projetos e estudos sobre como seriam explorados os espaços públicos. De acordo com o comunicado oficial, o objetivo é desonerar os cofres em 40% do orçamento atual gasto com a manutenção das áreas.

Um dos pontos destacados pela convocação é de que as empresas que vencerem as licitações para administrar os parques da cidade terão que garantir o acesso gratuito de forma permanente. Entre os que serão entregues à iniciativa privada estão os parques do Ibirapuera, Aclimação, do Carmo, Chácara do Jockey e Jardim da Luz. No total, serão 14 parques na primeira etapa e, segundo declarações do prefeito João Dória, outros locais podem ser incluídos.

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Anualmente, o município gasta R$ 21 milhões com a manutenção do Parque do Ibirapuera e a proposta de concessão vai permitir a exploração do espaço para a realização de eventos. Em casos de eventos gratuitos abertos ao público, a segurança e limpeza será feita pela administração pública. Em contrapartida, a empresa responsável pelo parque poderá explorar o comércio de alimentos e bebidas dentro do espaço.

Na próxima quinta-feira (16), serão definidos, por meio de leilão, os novos administradores privados dos aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza. O governo espera arrecadar pelo menos R$ 3 bilhões em outorgas com a concessão dos aeroportos, e a previsão é que sejam investidos R$ 6,613 bilhões nos quatro terminais. Nesta rodada, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não será sócia dos aeroportos.

As empresas que vencerem o leilão terão que investir em ampliação dos terminais de passageiros, dos pátios de aeronaves e de estacionamentos. No aeroporto de Salvador, há exigência de construção de uma nova pista de pouso e decolagem e, no de Florianópolis, será preciso construir um novo terminal de passageiros e um estacionamento.

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As concessionárias também deverão fazer melhorias imediatas nos terminais, como revitalização e atualização de sinalizações e de sistema de iluminação, oferecimento de internet gratuita de alta velocidade, além de melhorias de banheiros e fraldários, sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes. Fixadas em contrato, as tarifas de embarque continuarão com o valor vigente hoje.

O leilão dos quatro aeroportos ocorrerá simultaneamente, e o vencedor será aquele que oferecer o maior valor de outorga. Um mesmo grupo econômico poderá vencer a disputa por mais de um aeroporto, desde que não estejam na mesma região geográfica. Não haverá restrições à participação dos concessionários atuais. As empresas vencedoras do leilão terão de pagar 25% do valor da outorga à vista, além do ágio. O restante será pago ao longo da concessão.

Para participar do leilão, a empresa terá de comprovar operação por pelo menos cinco anos em aeroporto com ao menos 9 milhões de passageiros, para os terminais de Salvador e de Porto Alegre, 7 milhões para o de Fortaleza e 4 milhões para o de Florianópolis. O prazo de concessão dos editais será 25 anos para o aeroporto de Porto Alegre e 30 anos para os demais.

Um policial foi preso nesta quinta-feira (12) em Lodi, no norte da Itália, por facilitar a concessão de certificados de residência a cidadãos estrangeiros, principalmente brasileiros em busca da dupla nacionalidade.

O oficial, identificado como Sergio Broscritto, teria atestado falsas moradias ao preço de 200 a 250 euros cada uma. Ele teria contato com uma agência de Massalengo, a 40 km de Milão, especializada em obter certificados de residência, etapa crucial para quem deseja reconhecer cidadania na Itália.

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Acusado de corrupção, o policial foi levado a uma penitenciária da região, onde aguardará julgamento. Sua prisão ocorreu no âmbito de uma operação da Guarda de Finanças de Lodi contra o tráfico de drogas, já que Broscritto também teria livrado duas famílias de criminosos de algumas multas.

Segundo o jornal "Corriere della Sera", o policial era "ponto de referência" para brasileiros que queriam obter a cidadania italiana rapidamente. Pelo processo inteiro de reconhecimento da nacionalidade, os interessados pagavam até 6 mil euros à agência de Massalengo.

Apenas no segundo semestre de 2016, Broscritto teria facilitado a certificação de 280 residências fictícias. Outras quatro pessoas, funcionárias dos departamentos de anágrafe das cidades de Massalengo, Tavazzano con Villavesco, Zelo Buon Persico e San Donato Milanese, também estão sendo investigadas

O governo brasileiro quer atrair investidores estrangeiros para o projeto de abrir seus parques nacionais para a concessão e exploração de empresas privadas. O assunto foi um dos temas tratados em Dongguan, na China, durante um evento que reuniu empresários e autoridades brasileiras e chinesas.

A ideia foi apresentada por Eduardo Maia, assessor especial do Ministério do Turismo e representante da pasta na evento. De acordo com Maia, os contratos de concessão exigirão a preservação do local, mas ele informou que o modelo de participação dos estrangeiros ainda não está fechado, pois o Ministério do Meio Ambiente precisa participar do debate. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O prefeito eleito João Doria (PSDB) iniciou estudos para replicar no Parque do Ibirapuera o modelo de gestão do Central Park, de Nova York. Há 36 anos, quem cuida do mais famoso parque americano é uma organização sem fins lucrativos que já investiu US$ 875 milhões.

A estratégia do tucano é apresentar um projeto que não proponha a "venda" do Ibirapuera a uma única empresa, mas a um grupo de patrocinadores (pessoas físicas e jurídicas), reunido em um tipo de organização social. Mas o formato não está fechado. A possibilidade de concessão tradicional, com prazo de dez anos ou mais, também será estudada - seja qual for a escolha, a Câmara Municipal terá de aprová-la, por projeto de lei.

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A inspiração americana é considerada apropriada por integrantes da equipe do tucano por permitir o envolvimento de toda a sociedade. A Central Park Conservancy, por exemplo, recebe doações de milionários americanos, celebridades, donos de multinacionais e frequentadores comuns. Lá, é possível financiar o plantio de novas árvores ou ainda adotar um dos 9 mil bancos - por US$ 10 mil, o patrocinador ganha o direito de ter seu nome gravado em uma placa. Por aqui, a intenção é semelhante: arrecadar fundos para prover o parque de melhorias.

Doria tem afirmado que fará uma gestão privada na Prefeitura para desburocratizar a máquina, aumentar a eficiência do poder público e, principalmente, reduzir custos - a gestão Fernando Haddad (PT) gasta R$ 22,7 milhões por ano só com serviços de manejo e segurança do Ibirapuera. O Central Park custa mais: US$ 67 milhões (cerca de R$ 214 milhões), mas 75% do montante é arrecadado pela organização gestora. O restante é de responsabilidade da prefeitura de Nova York. Se a mesma proporção fosse aplicada em São Paulo, o custo do Ibirapuera para a cidade ficaria em cerca de R$ 5,7 milhões.

Público versus privado

Para o urbanista Valter Caldana, a discussão sobre o modelo ideal de gestão deve ter como foco a manutenção da característica pública do espaço. "A questão não é quem vai administrar o papel higiênico, mas se o aspecto social do parque será mantido ou não. O usuário vai continuar se sentindo confortável?", indaga o diretor do curso de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie.

Caldana não acredita que o modelo do Central Park dê certo na capital. "Não temos a cultura americana da filantropia. Além disso, nossa experiência com concessões mostra que o interesse público acaba substituído pelo privado", completa o urbanista, ressaltando que a realidade dos dois parques é bastante diferente não apenas em números. Quando a gestão do Central Park foi terceirizada, o espaço estava completamente deteriorado, o que não é o caso do Ibirapuera. "Vamos passar a gestão para um ente privado só porque o banheiro tem problemas? Não acho que compense", afirma.

Para evitar que apenas parques bem localizados, como Ibirapuera, Trianon e Aclimação, despertem interesse de entidades ou empresas, Doria planeja lançar "pacotes de concessão". Neles, o vencedor da concorrência de um parque em área nobre teria necessariamente de administrar outros dois, por exemplo, na periferia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) avisa no Diário Oficial da União (DOU) quer fará uma nova consulta pública sobre o processo de concessão dos aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza, incluídos na rodada de leilões do setor anunciada pelo Programa de Parceria de Investimentos do governo federal (PPI) para no primeiro semestre de 2017. As contribuições deverão ser encaminhadas à agência por meio de formulário eletrônico até o dia 7 de novembro.

Segundo o aviso, o objetivo é "submeter a audiência pública itens alterados após encerramento da Audiência Pública nº 9/2016 nas minutas de Edital de Licitação, Contrato de Concessão, e respectivos anexos, relativas à concessão da ampliação, manutenção e exploração" dos quatro terminais. O documento não especifica quais trechos foram alterados, apenas cita que "os itens submetidos a esta Audiência Pública encontram-se destacados na cor preta nas referidas minutas", que poderão ser acessadas no site da Anac.

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O presidente Michel Temer e o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, editaram a Medida Provisória 747/2016, que altera a lei sobre o processo de renovação do prazo das concessões e permissões dos serviços de radiodifusão. O texto está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (3).

Agora, as entidades que quiserem renovar o prazo de concessão ou permissão de serviços de radiodifusão devem enviar requerimento ao órgão competente do Poder Executivo durante os 12 meses anteriores ao término do prazo da outorga. Pela norma antiga, o pedido podia ser feito entre os seis e os três meses anteriores ao término da outorga.

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"Caso expire a outorga de radiodifusão, sem decisão sobre o pedido de renovação, o serviço será mantido em funcionamento em caráter precário", cita a MP. As entidades que não apresentarem pedido de renovação no prazo previsto serão notificadas para que se manifestem em até 90 dias, acrescenta.

O texto ressalta ainda que os pedidos intempestivos de renovação protocolados ou postados até a data de publicação desta Medida Provisória serão conhecidos pelo governo, que dará prosseguimento aos processos e avaliará a sua conformidade com os demais requisitos previstos na legislação em vigor.

A MP também traz procedimentos sobre processos de renovação em andamento de outorgas declaradas peremptas e sobre a anuência para a transferência direta de concessão ou permissão durante o funcionamento do serviço em caráter precário.

A empresa suíça Dufry com o Aeroporto Internacional de Guarulhos estenderam o contrato de concessão da empresa varejista até 2032. As áreas "duty free" e "duty paid", que é o novo conceito em produtos de conveniência, serão as mais utilizadas nessa nova concessão. Além disso, a empresa informou, em comunicado oficial, que vai operar em 2.300 metros quadrados do novo espaço adicional, incluindo um shopping Dufry no terminal 2. 

No comunicado, o CEO da empresa Julián Diaz comentou: "Estamos muito satisfeitos com esse novo acordo com a GRU Aiport, que tem sido nossa parceira desde o início de suas operações em 2012. Eesse acordo também é uma confirmação do comprometimento da Dufry com o Brasil e com a sua confiança no potencial de crescimento do país". 

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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou nesta quarta-feira, 4, a publicação das minutas dos editais de quatro aeroportos: Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre. Os textos entrarão agora em fase de audiência pública, pelo prazo de 45 dias.

A aprovação ocorre duas semanas após as minutas passarem pelo plenário do Tribunal de Contas da União (TCU). Nas quatro concessões, a estatal Infraero ficará fora das sociedades que disputarão os leilões. A decisão marca uma forte mudança na postura do governo, que nas primeiras concessões do setor reservou uma fatia de 49% de participação nas concessionárias.

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Ficou decidido que a concessionária que disputar os aeroportos de Porto Alegre e Salvador deverão comprovar experiência de gestão de terminais com pelo menos 9 milhões de passageiros por ano. No caso do aeroporto de Fortaleza, a experiência exigida será de pelo menos 7 milhões de passageiros por ano. Para o aeroporto de Florianópolis, o volume mínimo é de 4 milhões de passageiros por ano.

Ao aprovar os editais, a presidente Dilma Rousseff pretende sinalizar que os projetos, já em estudo desde 2015, são resultado do pacote de concessões logísticas tocadas por sua gestão. Os estudos de viabilidade técnica e financeira dos aeroportos chegaram ao TCU em dezembro do ano passado para serem analisados.

Caso venha a assumir o governo na próxima semana, em decorrência da aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado, o vice-presidente Michel Temer já sinalizou que não deverá acatar as regras firmadas na administração petista. Com dois ex-ministros da Aviação Civil em seu núcleo duro, Wellington Moreira Franco e Eliseu Padilha, Temer deverá fazer alguns ajustes na proposta.

A equipe da presidente Dilma Rousseff corre contra o tempo para lançar, antes de seu eventual afastamento, o edital de leilão para concessão de quatro aeroportos (Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre). As regras, no entanto, deverão passar por um crivo rigoroso da equipe do vice-presidente, Michel Temer, caso ele venha a assumir a Presidência.

"Estamos trabalhando para divulgar esta semana", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o ministro da Aviação Civil, Carlos Gabas. Ele negou que a pressa seja para Dilma carimbar sua marca nesse leilão, que promete ser o mais bem-sucedido dentre os programados para o ano. "Não tem isso. O que estava em andamento é lógico que ela vai fazer", disse Gabas, que foi nomeado ministro da SAC sexta-feira passada.

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Se o atual governo vai ou não lançar o edital, o fato é que a equipe de Temer não pretende assinar embaixo das regras firmadas na administração petista automaticamente. Com dois ex-ministros da Aviação Civil em seu núcleo duro, Wellington Moreira Franco e Eliseu Padilha, Temer promete um olhar mais especializado sobre o tema.

A ordem é ajustar as regras para torná-las mais amigáveis ao setor privado e, com isso, indicar que há "mãos novas" sobre os modelos das concessões. Um novo nome para o pacote de concessões já está até em gestação, com o propósito de substituir o Programa de Investimento em Logística (PIL).

A orientação é eliminar das regras dessa e das demais concessões tudo o que indique intervenção excessiva do Estado. A avaliação, na equipe do vice-presidente, é que todo o PIL contém cláusulas que desestimulam a participação de empresas e que, invariavelmente, essas condições embutem um viés intervencionista.

Portos

Na corrida pelos anúncios de investimentos, há previsão de Dilma anunciar, na sexta-feira, investimentos de R$ 200 milhões em contratos firmados no setor portuário, além de novas demarcações de áreas para operação em portos existentes. É uma área na qual o governo tem encarado dificuldades.

No dia 31 de março, previa-se a realização de um leilão das áreas em portos públicos no Pará. O certame foi adiado - oficialmente, por problemas técnicos ocorridos na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Nos bastidores, contudo, a informação é que também pesou na decisão o fato de terem surgido poucos candidatos.

Algumas áreas ficaram sem oferta. Outras sairiam pelo preço mínimo fixado no edital: R$ 1,00. Empresas do setor reclamaram de fragilidade regulatória na proposta. Um novo leilão foi marcado para 9 de junho.

No mês passado, o governo cancelou o processo de contratação de estudos técnicos para a futura concessão de dois trechos rodoviários, as BRs 262 e 267, em Mato Grosso do Sul. Também neste caso o motivo foi falta de interessados. Havia cinco trechos de estradas para serem concedidos em 2015 e outras 11 rodovias neste ano, mas nenhum saiu da gaveta.

"Se você faz uma festa e não vem ninguém, precisa ver o que houve de errado", disse um auxiliar de Temer. No caso dos portos, a queixa dos empreendedores era justamente que as regras não eram equilibradas e pendiam em favor do governo. Incerteza política, retração econômica, falta de financiamento e Operação Lava Jato também reduziram o apetite das empresas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adiou mais uma vez o prazo para a realização de alterações nos contratos de concessão de telefonia fixa referentes ao período de 2016 a 2020. De acordo com resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU), os contratos serão revisados em 31 de dezembro deste ano.

No fim do ano passado, a agência havia adiado a data da revisão de 31 de dezembro de 2015 para 30 de abril de 2016.

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Em meados de abril, o conselheiro Otavio Luiz Rodrigues Junior, que havia pedido vista do processo no início daquele mês, pediu mais 60 dias de prazo para analisar o assunto. O conselho diretor da Anatel possui duas propostas para a revisão dos contratos: uma delas, apresentada por Igor Vilas Boas de Freitas, previa a manutenção da concessão apenas para orelhões; outra, de Rodrigo Zerbone, seria direcionar os investimentos para a expansão da banda larga no País, no lugar da telefonia fixa e dos orelhões.

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira, 20, os estudos para concessão de trechos da BR-364 e BR-365, entre os municípios de Jataí (GO) e Uberlândia (MG). O trecho faz parte da segunda fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL 2).

Esse é o traçado do pacote liberado pelo TCU. Em fevereiro, a corte de contas já tinha autorizado o prosseguimento do processo de leilão da Ferrovia do Frango, entre Santa Catarina e Paraná.

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Com a autorização do tribunal, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) poderá dar andamento aos processos de concessão, com a publicação do edital.

O governo tinha expectativa de ter licitado quatro estradas no ano passado, mas nenhum trecho foi a leilão até agora. A crise política e econômica, somada a fatores mais técnicos, como o alto preço do pedágio proposto até agora, tem afastado o interesse dos investidores. Não por acaso, a ANTT tem revisado os parâmetros da Rodovia do Frango, para tentar atrair a atenção do mercado.

Não há, neste momento, um cronograma definido para a realização desses leilões de rodovias.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, delegou à diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a competência para executar o processo licitatório da Celg Distribuição, empresa controlada pela Eletrobras, com aproximadamente 51% de participação, e pela CelgPar, do Governo do Estado de Goiás, com 49%.

Com a decisão, que consta de portaria divulgada no Diário Oficial da União (DOU), o BNDES assume a condução de todo o processo. Pelo decreto de maio do ano passado que incluiu a distribuidora no Programa Nacional de Desestatização (PND), o Ministério de Minas e Energia estava designado como responsável pela execução e acompanhamento da concessão, e o BNDES, apenas faria a contratação dos serviços e daria o apoio técnico necessário à execução da desestatização. Agora, o banco de fomento assumirá todas as funções, "em razão de circunstâncias de natureza técnica".

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De acordo com a portaria, a delegação dada ao banco poderá ser subdelegada a critério da diretoria do BNDES. A norma ainda explica que "os recursos interpostos em face de decisão adotada por delegação, serão inicialmente apreciados no âmbito da autoridade delegada que, ao analisar os fundamentos do recurso deverá: manter a decisão impugnada, caso em que determinará o encaminhamento dos autos do procedimento licitatório para o delegante, autoridade máxima e última instância administrativa para decidir sobre a matéria; ou reconsiderar a decisão, hipótese em que não será necessária a remessa do recurso à autoridade delegante".

De acordo com cronograma divulgado pela Eletrobras, o edital e a minuta do contrato de compra e venda da Celg D deverão ser publicados ainda em fevereiro. Já o leilão está previsto para ocorrer em março.

O Ministério de Minas e Energia publicou nesta segunda-feira, 30, no Diário Oficial da União sete despachos do ministro autorizando a prorrogação do prazo de concessão de serviço público de distribuição de energia elétrica de companhias estaduais. As beneficiadas são: a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), a Companhia Energética de Alagoas (CEAL), a Centrais Elétricas de Rondônia S.A. (Ceron), a Companhia Energética do Piauí (Cepisa), a Celg Distribuição S.A. (Celg-D), a Amazonas Distribuidora de Energia S.A., e a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre).

As distribuidoras terão o prazo de 30 dias para assinar o contrato de prorrogação da concessão. Com relação à CEAL, o despacho do ministro esclarece que a assinatura do termo aditivo está condicionada à regularização da situação da companhia energética junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

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