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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a projeção para a alta do preço da gasolina este ano. A projeção passou de 9,2%, estimados em julho, para 8,9%, divulgado hoje (10), na ata da última reunião do Copom.

Também foi reduzida a projeção para o aumento dos preços da energia elétrica, de 50,9% para 49,2%. A estimativa para a queda no preço da tarifa de telefonia fixa passou de 3% para 3,5%.

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O Copom também alterou a projeção para o aumento do preço do botijão de gás de 4,6% para 15%. No último dia 31, a Petrobras anunciou que o preço do gás liquefeito de petróleo para uso residencial, envasado em botijões de até 13 quilos, foi reajustado em 15%, em média.

Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, o comitê projeta variação de 15,2% em 2015. Em julho, o índice estimado foi 14,8%.

Selic

As ações do BC no combate à alta dos preços devem fazer com que se atinga o objetivo de entregar a inflação na meta (4,5%) em 2016. Na ata, o BC cita que esse efeito de elevação da Selic, por se acumular e por levar tempo para aparecer, vai se sobrepor a “certos riscos remanescentes” na trajetória de combate à inflação. Na última quarta-feira, o comitê decidiu manter a Selic em 14,25% ao ano, após um ciclo de sete altas seguidas.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao manter a Selic em 14,45% ao ano, o BC sinaliza que as altas anteriores foram suficientes para produzir os efeitos esperados na economia.

Para o Copom, a sua estratégia “está na direção certa”. O comitê cita que houve avanços para conter a inflação, mas ainda é preciso ficar vigilante, em momento de aumento de preços de ativos, como o dólar.

Contas públicas

No documento, o Copom diz que “a mudança na trajetória de variáveis fiscais, implícita na proposta orçamentária para 2016, afetou as expectativas e, de forma significativa, os preços de ativos”.

Para o comitê, “alterações significativas” na trajetória de geração de superávit primário, economia para o pagamento de juros da dívida pública, “contribuem para criar uma percepção menos positiva sobre o ambiente macroeconômico no médio e no longo prazo”.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a alta da taxa básica de juros da economia brasileira de 13,75% para 14,25% ao ano deve retrair ainda mais a atividade industrial e aprofundar a recessão. "Os juros altos encarecem o capital de giro das empresas, inibem os investimentos e desestimulam o consumo das famílias", critica a CNI, em nota.

Para a confederação das indústrias, a política monetária não deveria ser o único instrumento utilizado para controlar os preços, em função da forte desaceleração da economia. "A recente diminuição da meta de superávit primário não deve ser um fator para comprometer a necessidade de redução dos gastos públicos", cita a nota.

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De acordo com a CNI, é preciso combinar uma política fiscal austera com a adoção de medidas pró-competitividade para estimular o investimento e a gradual recuperação da atividade econômica.

A nova taxa Selic, divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), entra em vigor, mas como consequência disso, a população deve colocar um freio na sua movimentação financeira. Vendas, empréstimos e uso de cartões de crédito podem sofrer redução por medo de maior endividamento. 

Com a finalidade de controlar a inflação, a Selic foi reajustada em 0,5 pontos, alcançando os 13,75%, mesmo número alcançado há seis anos. Por conta desse aumento os consumidores sofrem um impacto diretamente, afinal, as taxas de juros também sofrem alteração para mais. 

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De acordo com o economista, Djalma Guimarães, como as alíquotas dos cartões de crédito, cheque especial, empréstimos pessoal e consignado, compras à vista e a prazo passam a ser maiores. Com isso, o custo fica ainda maior para os consumidores, o que pode levá-los a consumirem menos, consequentemente, a pouca circulação da moeda. “O aumento da Selic é uma faca de dois gumes, pois o governo faz frente lançando títulos públicos, no entanto, aumenta o endividamento da população”, explica.

Guimarães também explica que somente nos primeiros quatro meses de 2015 a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) já chegou a 4,52%, superando, a taxa central de 4,5% desejável para o ano, cabendo uma margem de tolerância de 2 pontos para cima ou para baixo.   

O economista também lembra que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), estabelecido pelo governo federal para fechar este ano é de 8,26%, porém, no primeiro quadrimestre e 2015 este número já alcançou os 8%, porcentagem acima da esperada.

Mesmo sabendo dos riscos que a alta dos juros impõem à economia do País, o Palácio do Planalto reconhece que ainda não é o momento de interromper o ciclo de alta da taxa básica pelo Banco Central, nesta quarta-feira, 3. Apesar de o mercado falar em um aumento de mais 0,50 ponto porcentual da Selic, no Planalto, há quem aposte que ela poderá ficar em apenas 0,25 ponto porcentual. Interlocutores da presidente Dilma Rousseff ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo insistem no discurso de que o ano de 2015 será "muito duro" e a reversão do atual quadro econômico só deve ser é esperada para depois da virada do ano.

Na avaliação desses interlocutores, no momento, é preciso manter os juros altos para ajudar a segurar a inflação que continua reticente em vários setores, apesar da queda do consumo e retração da economia. A ideia é apertar o que for possível este ano, mas, olhando para o futuro, em busca de resultados mais positivos no ano que vem. Dentro deste contexto, o entendimento é o de que não é possível afrouxar nenhum dos fundamentos da economia em vigor neste momento, que estabelecem um forte aperto monetário.

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Neste momento é importante o governo se manter firme em suas metas, dando suporte ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, principalmente porque ele está sendo bombardeado internamente pelo PT e essas críticas terão eco no encontro do partido, previsto para a semana que vem. Além da dubiedade da bancada petista no Congresso, que acaba por influenciar os partidos aliados, a principal preocupação do governo agora é com a aprovação do projeto das desonerações, sem nenhum tipo de desfiguração. Por isso, a ordem é que os líderes e os ministros dos partidos da base continuem trabalhando para garantir a aprovação deste texto, considerado ainda mais importante do que algumas das Medidas Provisórias do ajuste já aprovadas. Este ano, na conta dos assessores presidenciais, não é de notícias boas na economia.

O Banco Central pode ter interrompido ou está próximo de encerrar o ciclo de alta dos juros, segundo economistas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo. O BC lida com um cenário adverso para definir o rumo da política monetária: a economia brasileira enfrenta uma forte desaceleração ao mesmo tempo em que a inflação segue elevada por causa da recomposição dos preços administrados - nos 12 meses encerrados em abril, o IPCA-15 chegou a 8,22%, resultado bem acima do teto da meta do governo, que é de 6,5%.

Uma nova alta dos juros pode dificultar ainda mais a retomada da economia brasileira. Para este ano, os economistas consultados pelo boletim Focus, do BC, esperam uma retração de 1,1% e inflação de 8,25%. "A dúvida é se o ciclo de alta se encerra agora ou se haverá um novo aumento dos juros. A inflação segue elevada, mas o desempenho econômico do País está muito ruim", diz Marcel Balassiano, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

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Os números do mercado de trabalho - divulgados na terça-feira (28), pelo IBGE - ilustram o cenário difícil da economia brasileira. A taxa de desocupação subiu para 6,2% em março, a maior desde maio. A renda média real recuou 2,8% na comparação com fevereiro. Foi a queda mensal mais intensa desde janeiro de 2003.

"De repente, o Banco Central faz um parada no ciclo de alta dos juros para ver como o enfraquecimento no mercado de trabalho vai impactar a dinâmica de salário e, portanto, da inflação", afirma Zeina Latif, economista-chefe da XP. "Há um ajuste do mercado de trabalho em curso. As empresas estão enfrentando dificuldades financeiras e precisam ajustar os seus custos", diz.

Para Monica de Bolle, pesquisadora do Peterson Institute for International Economics, o BC deve desacelerar o ritmo de alta dos juros na próxima reunião e promover um aumento de 0,25 ponto porcentual. "Se o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) não fizer o aumento dos juros este ano, o Brasil ganha um tempo valioso para colocar a casa em ordem sem uma pressão externa. Isso quer dizer que, quanto antes o BC antecipar esse aumento dos juros que pretende fazer, mais ele aproveita essa janela de oportunidade", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio a um cenário de fragilidade da economia, com inflação em alta e recessão, o Banco Central elevou, na quarta-feira, 29, os juros básicos (Selic) em 0,50 ponto porcentual, colocando a taxa em 13,25% ao ano. Esse é o maior nível desde dezembro de 2008, quando estava em 13,75% ao ano. O comunicado após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no entanto, não trouxe novidades: foi o mesmo da reunião anterior.

A decisão, a primeira com a presença dos dois novos diretores, Tony Volpon, de Assuntos Internacionais, e Otávio Ribeiro Damaso, de Regulação, foi unânime. "Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 13,25% ao ano, sem viés", informava a nota divulgada após a reunião.

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Para a economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria, o presidente do BC, Alexandre Tombini, parece querer reforçar a imagem de comprometimento do combate à inflação e mostra que há chances de o ciclo de alta continuar. "Acho que esse é o recado", afirmou.

Alexandre de Ázara, sócio e economista-chefe do banco Modal, ponderou que o BC descartou a possibilidade de zero no próximo Copom. "Minha impressão é a de que esse comunicado e essa decisão deixam o Copom na posição de máxima flexibilidade entre uma alta de 0,50 e 0,25 ponto porcentual", disse.

Meta

Apesar do esforço recente da autoridade monetária, que desde setembro do ano passado elevou a Selic em 2,25 pontos porcentuais, as projeções, que colocam o índice oficial de custo de vida em 8,25% ao ano no fim de 2015 indicam que será impossível ao BC cumprir a missão de manter a inflação dentro dos limites de tolerância, que leva em conta a meta central de 4,5% com margem de 2 pontos para mais ou para menos.

Depois da alta da inflação de 1,24% em janeiro, de 1,22% em fevereiro e de 1,32% em março, 58,9% da meta (já contando o intervalo de tolerância) foi comprometida apenas no primeiro trimestre. Se a previsão do mercado para abril se confirmar - IPCA de 0,70% -, apenas no primeiro quadrimestre, faltando ainda oito meses para o fim do ano, o Brasil terá acumulado 4,56% de inflação.

A decisão de ontem veio em linha com o esperado pela maior parte do mercado financeiro, que projeta, de acordo com a mediana das apostas, mais uma alta de 0,25 ponto porcentual, o que deixaria a Selic em 13,50% ao ano. Depois do comunicado de ontem, no entanto, começa o período de avaliação das palavras do BC para que se projete até onde a instituição pode ir com o atual ciclo de aperto monetário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os mercados domésticos se mostram mais calmos nesta quinta-feira, 12, com juros futuros em baixa, reagindo à divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual a Selic subiu de 12,25% para 12,75% ao ano. O documento foi considerado mais suave. A queda do dólar no mercado à vista ajuda nesse movimento de recuo das taxas.

Às 9h35, o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 13,58%, de 13,69% no ajuste de quarta-feira, 11. O DI para janeiro de 2017 exibia taxa de 13,48%, ante 13,62% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2021 estava em 12,90%, ante 13,07% no ajuste de ontem.

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Conforme apurou o Broadcast, perto das 9h25 a curva a termo ainda precificava chance maior de um aperto de 0,75 ponto porcentual em abril (68 bps). O dólar à vista no balcão tinha queda de 1,60%, a R$ 3,0750, na mínima. O dólar para abril caía 1,46%, a R$ 3,0985.

A ata trouxe mudanças nas projeções de câmbio e de preços administrados. Segundo o comitê do Banco Central, o balanço de riscos para a inflação ficou menos favorável para 2015 e a dinâmica de recomposição dos administrados é importante para decisão futura sobre a Selic.

O documento informou ainda que os ajustes fazem com que inflação se eleve no curto prazo e assim permaneça em 2015. O Copom também substituiu "no próximo ano" para "ao longo" de 2016 ao falar de convergência. "Decisões serão tomadas para assegurar convergência da inflação à meta "ao longo" de 2016.

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou suas projeções de inflação para 2015 no cenário de referência e no de mercado, na ata divulgada nesta quinta-feira, 12, em relação ao porcentual considerado no documento de janeiro. Nos dois casos, segundo o BC, a estimativa permanece acima do centro da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O último Relatório de Mercado Focus aponta para uma taxa de 7,47% para o período. Já no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em dezembro, o BC informou que a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) de 2015 no cenário de referência subiu de 5,8% para 6,1%. No cenário de mercado, houve uma redução da projeção de 6,1% para 6%.

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Sobre o IPCA de 2016, o BC explicou que, nos dois cenários, a previsão diminuiu, mas permanece acima do centro da meta, também de 4,5%. Na edição anterior, a alta dos preços para o ano que vem havia permanecido "relativamente estável", segundo a instituição. Os porta-vozes do BC têm repetido em várias ocasiões que, a despeito da elevação da inflação no início deste ano, a perspectiva é de que haja uma desaceleração no decorrer do ano, o que levaria a autarquia a entregar o IPCA em 4,5% no fim de 2016.

A projeção que constava no RTI para o IPCA de 2016 era de 5% no cenário de referência e de 4,9% no de mercado. A mediana das expectativas no boletim Focus da última segunda-feira, 9, o IPCA de 2016 é de 5,51%.

Na avaliação da Força Sindical, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de aumentar os juros básicos da economia (Selic) de 12,25% para 12,75% ao ano é uma ação "desastrosa". "O País precisa urgente de um ciclo de descida mais rápido da taxa básica de juros", diz o presidente da entidade, Miguel Torres, em nota.

"Os insensíveis tecnocratas do Banco Central perderam, novamente, uma ótima oportunidade de afrouxar um pouco a corda que está estrangulando o setor produtivo, que é quem gera emprego e renda", diz a entidade, em nota. "Infelizmente, mais uma vez, o governo se curva diante dos especuladores. A decisão frustra a sociedade, que ansiava por uma queda na taxa básica de juros", completa.

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A entidade destaca a queda da produção industrial no ano passado e diz que a "somatória da crise econômica com os juros em patamares estratosféricos só prejudica os trabalhadores".

O Comitê de Política Monetária decidiu, nesta quarta-feira, 04, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual para 12,75% ao ano.

A alta vai ao encontro da expectativa da maior parte do mercado financeiro, segundo pesquisa do AE Projeções.

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A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 28 e 29 de abril de 2015.

O Departamento Econômico do Itaú Unibanco elevou de 0,25 para 0,50 ponto porcentual sua projeção de alta da Selic (a taxa básica de juros). Os economistas da instituição esperam ainda que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central promova mais uma puxada na taxa, elevando-a ao patamar de 13% ao ano, só que neste caso no fim do ano. Atualmente, a Selic está 12,25% ao ano.

Eles tomaram como base para revisar a previsão da alta de juro a pressão que a depreciação recente da taxa de câmbio exerce sobre a já acelerada inflação de curto prazo. Para eles, a pressão do câmbio sobre os preços vai exigir da autoridade monetária uma postura mais dura no manuseio da política de juro. "Declarações recentes de membros do Copom ressaltando a especial vigilância sobre a inflação reforçam essa conclusão", dizem os economistas.

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Para 2016, o Itaú Unibanco espera uma queda acumulada na Selic de 1 ponto porcentual, para 12% ao ano. "Dependendo da evolução da atividade econômica e da inflação, a flexibilização esperada para 2016 pode ser antecipada para o segundo semestre de 2015", ponderam os economistas do banco.

Depreciação

A taxa de câmbio, ressaltam os economistas do Itaú Unibanco, se depreciou aproximadamente 8% desde o início do ano e vem se estabelecendo em patamares acima de R$ 2,80 por dólar. "O movimento do câmbio foi mais rápido do que esperávamos. O câmbio mais depreciado adiciona pressão à inflação de curto prazo, que já se encontra elevada em consequência do ajuste de tarifas públicas", reforçam. Neste ambiente, a resposta de política monetária tende a ser, segundo eles, mais dura, para evitar que a pressão de curto prazo se prolongue e contamine as expectativas de inflação.

Os economistas tomaram também como indicação de que o BC vai apertar a política monetária a declaração recente do diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira, segundo a qual o BC sabe "que esse processo está em curso na primeira parte do ano e que é fundamental que a política monetária trabalhe e mantenha-se especialmente vigilante, para garantir que as pressões de curto prazo não se propaguem para os horizontes mais longos".

Boa parte das entidades ligadas ao comércio criticou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 12,25% ao ano. Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Rogério Amato, a decisão, embora de acordo com as perspectivas do mercado financeiro, "afigura-se como equivocada, considerando-se o baixo nível das atividades econômicas e a forte desaceleração do consumo". "Mais importante do que elevar os juros ou aumentar tributos, é cortar os gastos para controlar a inflação", afirmou, em nota.

Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), José do Egito Frota Lopes Filho, a decisão do Copom mostra que a atuação do Banco Central está alinhada ao discurso da Ministério da Fazenda, "mas só traz a certeza de que em 2015 o setor produtivo continuará a ser penalizado".

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"Fazer o ajuste no lado do contribuinte é sempre mais fácil. Difícil, e necessário, é colocar os gastos do governo em ordem e saber tomar as medidas seletivas que garantam a saúde da economia real, aquela que gera empregos e preserva o consumo das famílias", disse, em nota.

Lopes Filho disse reconhecer que os ajustes na política econômica são necessários, mas afirmou que "a atual situação de alta inflação e baixo crescimento resulta dos erros da gestão do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff". "E, até agora, os tais ajustes não tocaram nas questões estruturais que prejudicam a competitividade do país", opinou.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) ponderou que a alta da Selic é coerente com os últimos discursos do presidente do Banco Central e que essa elevação "é necessária para a estabilização dos preços e, consequentemente, para a retomada do crescimento da economia brasileira no longo prazo".

De acordo com a entidade, a decisão desta quarta-feira, 21, reafirma as apostas do mercado de uma postura mais agressiva da autoridade monetária no combate à inflação. Na estimativa da FecomercioSP, a taxa pode ser reajustada novamente e, assim, atingir entre 12,50% e 13% ainda no primeiro semestre. "É certo que o BC está honrando o que tem alardeado sobre a intolerância à inflação", afirmou a entidade, em nota.

Já a Fecomércio do Rio de Janeiro criticou a decisão e disse que o aumento dos juros "é mais um dos muitos preços pagos por empresários e consumidores brasileiros pela condução equivocada da política econômica nos últimos anos".

"A conta chegou. E nessa hora, as medidas têm seguido o caminho mais fácil: aumentar os já elevados custos na produção e no consumo - impostos e juros. Como resultado, instituições como o Fundo Monetário Internacional já preveem resultado próximo a zero para o crescimento da economia doméstica neste ano, assim como apurado no cenário recente", afirmou a entidade, em nota.

Assim como as demais entidades, a Fecomércio RJ disse que é preciso retomar a credibilidade na condução da economia, mas que o governo precisa fazer mais do que "apenas repassar à sociedade o custo de seus erros". "É preciso aprimorar a eficiência do gasto público, oxigenar as engrenagens produtivas, para, com isso, ampliar a capacidade de produção e, assim, a margem para crescimento sem maiores pressões inflacionárias", destacou.

O curto comunicado do Banco Central (BC) relativo à decisão de elevar a Selic em 0,50 ponto porcentual indica que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode adotar mais dois aumentos de juros nas reuniões de março e abril, em razão do cenário menos favorável para a inflação no primeiro semestre, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Bruno Rovai, economista do banco Barclays. "A mensagem do BC deve ter sido influenciada por uma condição mais difícil para o IPCA até junho, especialmente com maiores pressões de alta dos preços vindas sobretudo de aumentos de gasolina e de eletricidade", comentou.

Rovai avaliava, antes do comunicado divulgado pelo BC nesta quarta-feira (21), que o terceiro ciclo de aperto monetário do governo Dilma Rousseff , iniciado em outubro, seria encerrado no dia 4 de março, quando a taxa básica avançaria de 12,25% para 12,50%. Contudo, ele pondera que mais uma elevação poderá ser adotada no dia 29 de abril. Ele diz que a Selic encerrará o ano em 12,25%, pois estima que o Copom voltará a cortar a taxa no dia 25 de novembro, quando será encerrada a última reunião de 2015.

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Com a confirmação da elevação em 0,50 ponto porcentual da Selic anunciada hoje, a agência classificadora de risco de crédito Austin Rating projeta que o BC deve realizar mais dois aumentos de 0,50 ponto nas reuniões de março e abril do Copom, encerrando o ciclo de alta de juros iniciado em outubro de 2014.

De acordo com o economista-chefe da instituição, Alex Agostini, essa projeção leva em conta um cenário marcado por uma inflação alta e que, portanto, ainda exigirá uma "ação enérgica" do Banco Central por meio da política de juros. O analista pondera, contudo, que trabalha com um cenário alternativo, caso os indicadores de inflação arrefeçam, com altas de 0,50 ponto em março e de 0,25 ponto em abril.

"Depois disso, a Selic ficaria um tempo estável até ao menos o final do ano. Seria aquela parada técnica do Banco Central para avaliar os efeitos do aumento de juros", afirmou Agostini. Diante desse cenário e com o recente aumento de impostos anunciado pelo governo, a Austin Rating projeta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2015 em 7%, ante previsão anterior de 6,8%.

Comunicado enxuto

A decisão do Copom de elevar a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual confirmou a expectativa do economista-chefe da Infinity Asset Management, Carlos Acquisti. Em entrevista ao Broadcast, ele destacou, porém, que o enxugamento do comunicado que acompanhou a decisão pode ter sido uma estratégia da autoridade monetária para evitar maiores ruídos no mercado financeiro.

"Agora está mais difícil de saber o que eles estão pretendendo", afirmou Acquisti. "Na ata, ele (o Banco Central) deve conseguir dar mais detalhes e deixar menos dúvidas", opinou.

O economista-chefe da Infinity Asset Management fazia parte da corrente dominante do mercado financeiro que previa uma alta de 0,50 ponto porcentual na reunião de janeiro do Copom. Conforme levantamento do AE Projeções, 77 das 82 instituições consultadas esperavam esse procedimento dos diretores do BC.

Para Acquisti, com a decisão da reunião de janeiro, nada mudou no quadro previsto da Infinity Asset sobre o atual ciclo de aperto monetário, iniciado pelo Copom na reunião de outubro do ano passado. "Meu cenário não muda em nada. Acho que vem mais 0,25 ponto porcentual (de alta) na próxima, e que para depois", comentou.

Com uma decisão dentro do esperado e um comunicado enxuto, que deixa a porta aberta para qualquer movimento no próximo encontro do Copom, a alta da Selic em 0,50 ponto porcentual deve ter efeito neutro para os juros futuros nesta quinta-feira, na avaliação do economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, para quem as taxas devem reagir mais aos acontecimentos externos, como a decisão do Banco Central Europeu (BCE), do que ao Copom.

"O mercado já está praticamente no meio do caminho entre um aperto de 0,25 ponto e 0,50 ponto na reunião de março. E, para o encontro de abril, está entre 0,25 ponto e nada. Acho que não faz muito sentido alterar essas apostas, por enquanto", afirmou Serrano, que projeta mais uma elevação de 0,25 ponto da Selic e o encerramento do ciclo, com a Selic em 12,50%.

Sem pistas

Na avaliação da economista da Tendências Consultoria Alessandra Ribeiro, o comunicado divulgado pelo Copom deixa espaço para diferente movimentos na política de juros no futuro. "É um comunicado que deixa espaço tanto para redução de ritmo do aumento de juros ou manutenção. Não é um comunicado que dá muitas pistas", afirmou.

A economista destacou que a decisão ficou em linha com o consenso do mercado e que também era esperado que houvesse essa alteração no comunicado. Antes do RTI, no comunicado que se seguiu à divulgação da decisão de política monetária, em dezembro, o Copom citava os efeitos dos preços defasados e ainda sugeria parcimônia. "Era de se esperar que fosse retirar esses trechos", afirmou.

Sem surpresa na decisão de hoje, mesmo com o conteúdo mais sucinto do comunicado, Alessandra disse que mantém inalterada a sua previsão para a trajetória da Selic nos próximos meses. "Em março, acreditamos em mais uma alta de 0,5 p.p e uma alta derradeira de 0,25 p.p. em abril", afirmou.

Com a perspectiva de que a inflação deve ser a maior em uma década e um cenário cada vez mais claro de estagnação econômica em 2015, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou nesta quarta-feira, 21, a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 12,25% ao ano. A terceira elevação consecutiva dos juros pelo Banco Central se dá logo depois de um anúncio de alta da carga tributária e faz com que a taxa atinja o maior nível desde julho de 2011, quando estava em 12,50% ao ano. A decisão foi tomada de forma unânime por todos os membros do Copom. O comunicado de hoje, que se seguiu à decisão, foi um dos mais enxutos dos últimos tempos.

A decisão do Copom foi tomada dois dias depois que o Ministério da Fazenda aumentou impostos de importação, de crédito, para o setor de cosméticos e para os combustíveis. As medidas podem ser um agravante para a já esperada estagnação da economia este ano. Mais cedo, na Suíça, o titular da pasta, Joaquim Levy, disse que o Brasil poderá registrar um Produto Interno Bruto (PIB) negativo em algum dos trimestres de 2015 e que o desempenho da economia brasileira estaria próximo a zero.

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Apesar disso, as ações foram bem recebidas pelo mercado porque significariam maior austeridade do governo, ajudam na eficácia da política monetária e auxiliaram até na valorização do real, o que é um problema a menos para a inflação que o BC promete controlar. A questão é que, ao mesmo tempo, esse aumento da carga gera outras pressões sobre os preços, principalmente os administrados pelo governo, que já estão mais sobrecarregados este ano.

O BC vem alertando desde o final do ano passado que a inflação do começo de 2015 será elevada - no relatório de mercado Focus, a projeção para o IPCA de janeiro, por exemplo, está em 1,10%. O presidente da instituição, Alexandre Tombini, porém, afirma que entregará a inflação na meta de 4,5% no encerramento de 2016, num processo de desaceleração que começaria ainda este ano.

Acima do teto

Depois do anúncio de mais impostos na segunda-feira, no entanto, as estimativas para a inflação deste ano subiram e já indicam que o IPCA vai romper o limite superior de tolerância de 6,50%. É crescente o cálculo de uma taxa acima de 7%, o que seria a maior desde 2004, quando ficou em 7,60%. O discurso da instituição, no entanto, é de que ao longo do ano haverá um enfraquecimento das taxas a ponto de permitir que o BC entregue a inflação no centro da meta de 4,5% em 2016.

As incertezas internacionais também formaram um cenário de fundo para a decisão da diretoria do BC. Há expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) adote em breve um relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) já testado pelos Estados Unidos, Reino Unido e Japão, o preço do petróleo está cada vez mais baixo e o franco suíço acumula uma valorização de quase 40% em uma semana. Para discutir as transformações econômicas globais de perto e levar uma mensagem de confiança sobre o Brasil aos investidores internacionais, o presidente do BC, Alexandre Tombini, embarca para a Suíça e se junta a Levy para participar do Fórum Econômico Mundial de Davos.

Comunicação

Depois de dois episódios seguidos de má comunicação entre BC e mercado financeiro, desta vez o colegiado fez exatamente o que aguardavam os economistas do setor privado: aumentou a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual. Três dias depois da eleição presidencial, em outubro, o BC surpreendeu os analistas ao elevar a Selic para 11,25% - a taxa estava estacionada em 11% desde abril. Já em dezembro, a dose de alta foi maior, mas do tamanho esperado. O toque inesperado ficou por conta do comunicado que se seguiu à decisão e trouxe o recado de que o BC agiria com "parcimônia". A expressão deixou os agentes econômicos confusos e virou polêmica.

A expectativa é de que na quinta-feira da semana que vem a ata da reunião de hoje aprofunde os motivos que levaram o colegiado a tomar essa decisão. As informações são necessárias para que economistas comecem a trabalhar em seu cenário para o encontro de março, marcado para os dias 3 e 4. Afinal, há ainda muita diferença nas expectativas para o nível da Selic no fim do ano. O consenso aponta para 12,50% ao ano, mas tem crescido a corrente dos que apostam na marca de 13%.

O Comitê de Política Monetária decidiu, nesta quarta-feira, 21, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto porcentual para 12,25% ao ano.

A alta vai ao encontro da expectativa da maior parte do mercado financeiro, segundo pesquisa do AE Projeções.

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A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 3 e 4 de março de 2015.

Aproximadamente 50 aprovados no concurso do Banco Central que ainda não foram convocados estavam reunidos na frente da sede da instituição por volta das 18h30 desta quarta-feira (21). O grupo faz um apitaço para chamar a atenção sobre a falta de informações sobre quando serão chamados.

Uma das líderes do movimento, Vanessa Calimã, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ter ciência de que o discurso de mais austeridade por parte da nova equipe econômica torna a situação difícil. Ela destacou, no entanto, que a instituição já fez pedido orçamentário para comportar a nova leva de servidores. No total, são 730 aprovados que não foram chamados.

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O grupo juntou cerca de 100 balões pretos com um cartaz pendurado para chegar até a sala do Comitê de Política Monetária (Copom), no oitavo andar do edifício, onde a diretoria do BC se reúne neste momento para decidir sobre o rumo da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 11,75% ao ano. A intenção é a de que os diretores leiam os dizeres do cartaz: "nomeação dos 730 aprovados pelo BC".

Geralmente, nos dias de reunião do Copom, alguns concursados fazem manifestações no edifício do BC. Desta vez, no entanto, eles reuniram mais pessoas e têm apitos, máscaras e rosas. "Sabemos que o BC quer os funcionários, mas que depende do Planejamento", disse Vanessa. Apesar disso, a escolha pelo local se dá por causa do aumento da quantidade de jornalistas que vêm ao local para cobrir a decisão sobre juros.

A validade do concurso era até dezembro do ano passado, mas o BC conseguiu esticar o prazo para setembro deste ano. Depois desse período, o exame caduca. Essas pessoas que passaram pelo concurso já fizeram até o curso de qualificação para trabalhar na autarquia há quase um ano, em fevereiro do ano passado. "Mas não temos notícia nenhuma sobre o rumo do concurso."

Os manifestantes também distribuem folhetos para quem passa pelo local. "Apagão no Banco Central do Brasil", diz o informativo. Segundo o material, 2.251 cargos de especialistas (analistas e técnicos) estão vagos no BC, o que representaria uma defasagem de 36% do previsto em lei.

"O comitê de campanha da presidente Dilma se comprometeu com a nomeação de todos os aprovados e o fortalecimento do quadro do Banco Central", diz o panfleto. "Queremos que se cumpra a promessa! Pela nomeação de todos já!".

Começou às 16h12 desta terça-feira (20), a primeira parte da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), informou a assessoria de imprensa do Banco Central. O mercado financeiro é unânime ao aguardar a terceira elevação seguida da Selic, que atualmente está em 11,75% ao ano.

As apostas majoritárias são de um aumento de 0,50 ponto porcentual, de acordo com o AE Projeções, sendo que apenas seis de 82 instituições financeiras consultadas preveem um incremento menor, de 0,25 ponto.

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Se a maioria dos consultados estiver correta, será o maior nível do juro básico desde julho de 2011, quando estava em 12,50% ao ano. A divulgação da nova taxa será feita nesta quarta-feira, após o fechamento dos mercados.

A decisão sobre o rumo dos juros se dá em um momento de elevação da inflação corrente. Apesar do alerta sobre esse fenômeno de alta nos primeiros meses de 2015 já ter sido dado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, que enxerga uma desaceleração ao longo do ano, são crescentes as estimativas do mercado de que o IPCA vai fechar 2015 acima do teto da meta de 6,50%.

Por trás dos cálculos dos economistas está o fator "realinhamento de preços" - leia-se repasse da alta do dólar para a inflação e aproximação dos preços administrados para o patamar dos livres. O aumento de impostos anunciados ontem, entre eles o encarecimento do crédito e de produtos importados, dão mais combustível a essa análise.

O diretor de Política Econômica da instituição, Carlos Hamilton Araújo, previu ao final do ano passado que as projeções de 2015 estariam contaminadas pelas taxas efetivas de curto prazo, mas que, para 2016, as ações do BC passarão a balizar as apostas dos economistas.

Na última pesquisa Focus, a mediana das previsões para o IPCA de janeiro estava em 1,10% e a de fevereiro, em 0,75%. A estimativa para a inflação no encerramento de 2015 passou de 6,60% para 6,67%.

A Focus também mostra que a expectativa é de que, em dezembro deste ano, a Selic esteja em 12,50%. O grupo dos analistas que mais acertam as projeções de médio prazo, o chamado Top 5, já conta com um aperto monetário maior para o período, com a taxa atingindo a marca de 13% ao ano.

Começa hoje (20) à tarde a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em 2015. O encontro definirá o patamar da Selic, taxa básica de juros da economia, pelos próximos 45 dias. O anúncio da decisão está previsto para amanhã (21). Atualmente, a taxa básica está em 11,75% ao ano, após elevações em outubro e dezembro, de 0,25 e 0,5 ponto percentual, respectivamente.

A expectativa de representantes do mercado ouvidos para a última pesquisa Focus, divulgada semanalmente pelo BC, é que a taxa seja elevada em mais 0,5 ponto percentual esta semana, atingindo 12,25% ao ano. Até o fim de 2015, analistas projetam uma Selic de 12,5% ao ano.

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A taxa básica é o principal instrumento da autoridade monetária para controle da inflação. Quando há alta da Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e estimular a poupança. Quando há redução da taxa, o crédito fica barato e há estímulo à produção e ao consumo.

A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), encerrou 2014 em 6,41%. O patamar é próximo ao teto da meta estabelecido pela equipe econômica. A meta de inflação é 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais. Para 2015, a projeção de analistas ouvidos na pesquisa é que o IPCA chegue a 6,67%. A previsão foi elevada por três vezes consecutivas. Para o fim de 2016, a estimativa dos investidores é que o IPCA fique em 5,7%.

Em comunicado sobre o fechamento do IPCA em 2014, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que a inflação “tende a mostrar resistência em curto prazo”. Na ocasião, ele informou que o BC faria o necessário para que a inflação atingisse o centro da meta em 2016. 

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro, divulgada nesta quinta-feira, 11, ponderou que as taxas de crescimento da absorção interna e do Produto Interno Bruto (PIB) se alinharam e que o ritmo de expansão da atividade doméstica será menos intenso este ano, em comparação com o de 2013. O documento repetiu a avaliação de que a atividade tende a entrar em trajetória de recuperação, mas o horizonte foi reduzido de "no próximo ano", da ata anterior para "o segundo semestre do próximo ano" agora.

Além disso, o Comitê avalia nesse mesmo parágrafo 22 que, no médio prazo, mudanças importantes devem ocorrer na composição da demanda e da oferta agregada. O consumo tende a crescer em ritmo moderado, de acordo com o documento, e os investimentos tendem a ganhar impulso. "Essas mudanças, somadas a outras ora em curso, antecipam uma composição do crescimento de médio prazo mais favorável ao crescimento potencial."

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O cenário de maior crescimento global, combinado com a depreciação do real, milita, na avaliação do Banco Central sobre o componente externo da demanda agregada, no sentido de torná-lo mais favorável ao crescimento da economia brasileira. Pelo lado da oferta, o comitê avalia que, em prazos mais longos, emergem perspectivas mais favoráveis à competitividade da indústria, e também da agropecuária; o setor de serviços, por sua vez, tende a crescer a taxas menores do que as registradas em anos recentes.

Para o Comitê, é "plausível" afirmar que esses desenvolvimentos - somados a avanços na qualificação da mão-de-obra e ao programa de concessão de serviços públicos - vão se traduzir numa alocação mais eficiente dos fatores de produção da economia e em ganhos de produtividade. O Comitê ressalta, ainda, que a velocidade de materialização das mudanças acima citadas e dos ganhos delas decorrentes depende do fortalecimento da confiança de empresas e famílias.

A inflação no Brasil tende a se manter elevada em 2015. Mas ainda no próximo ano entrará em "longo período de declínio". A previsão foi feita pelo Banco Central (BC) para justificar a aceleração de velocidade de alta dos juros na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa Selic subiu de 11,25% para 11,75%. Na ata do Copom, divulgada hoje, o BC não descarta um cenário de alta da inflação no curto prazo. O BC prevê a convergência da inflação para a trajetória de metas somente em 2016. O centro da meta de inflação é de 4,5%.

Nesse cenário, o BC avalia que o esforço adicional de política monetária tende a ser implementado com parcimônia, considerando os efeitos cumulativos e defasados da política monetária. Mas avisa que é preciso se manter "especialmente vigilante". "Em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos doze meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária", diz o BC.

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