Tópicos | CPI da CBF

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acolheu parcialmente uma questão de ordem apresentada pelo senador Ciro Nogueira (PP-), que pediu a anulação da reunião desta quarta-feira (6) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol e da votação na qual foi determinada a convocação dos ex-presidentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira. Renan não anulou a reunião, mas determinou que a CPI refaça a votação das convocações.

Segundo Renan, embora o quórum tenha sido verificado corretamente para o início da sessão, a CPI valeu-se apenas da lista de presença para aprovar os requerimentos, não fazendo a votação da forma correta.

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“Através da Secretaria-Geral da Mesa, levantamos todos os fatos, inclusive vídeos. Não houve a votação. Colheram-se assinaturas dos membros da comissão parlamentar de inquérito. Quer dizer, em uma matéria dessa importância, onde o investigado vai servir como primeira etapa do processo judicial, porque tudo será remetido ao Ministério Público, mais do que nunca, nessas condições, nas comissões parlamentares de inquérito, é importante seguir os procedimentos do Regimento, da Constituição e da legislação federal”, afirmou Renan.

De acordo com o senador, da forma como se deu a aprovação dos requerimentos, não foi possível aos parlamentares pedir a verificação da votação. “Não podemos simular uma votação com uma lista de presença, não podemos simulá-la.”

Diversos senadores argumentaram que a decisão poderia abrir precedente para que todas as votações de requerimentos, que são praxe na Casa, fossem questionadas. “Vai-se criar uma situação difícil para as comissões, principalmente para as CPIs e para as comissões permanentes da Casa, poderem trabalhar. Se essa alegação for convalidada, amanhã todo e qualquer requerimento será colocado sub judice [sob apreciação judicial]", afirmou o lider do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também pediu que a decisão fosse revista e alegou que havia quórum na votação. “O direito não socorre aquele que dorme. Houve uma tentativa de obstrução que foi derrotada pela maioria dos membros da CPI, que viabilizaram o quórum”, afirmou Randolfe.

Ao fim, Renan determinou que a Comissão de Constituição e Justiça do Senado avalie a questão de ordem que, posteriormente, será colocada em votação no plenário da Casa. Até lá, a convocação dos ex-presidentes da CBF fica suspensa.

A primeira reunião de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), realizada nessa terça-feira (4), resultou na criação de comissões de senadores para ouvir, na Suíça, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e, nos Estados Unidos, o empresário José Hawilla, presos por envolvimento em corrupção no futebol.

Os requerimentos aprovados são de autoria do presidente da CPI, senador Romário (PSB-RJ), que também ficará encarregado de designar os membros das duas comitivas. A votação ocorreu na ausência do relator da CPI, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que não participou da reunião.

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“Fiquei e fico feliz com o começo da CPI, apesar da ausência do relator. Acho que o que ocorreu hoje mostra que a CPI quer de fato mudar alguma coisa”, declarou Romário ao fim do encontro.

Romário também anunciou uma reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e membros do Ministério Público e da Polícia Federal, de modo a definir a melhor estratégia para que as autoridades brasileiras solicitem às polícias suíça e norte-americana informações sobre as investigações que resultaram na prisão de Marín e Hawilla.

“Sou atacante nato e não será diferente na CPI. Vou me cercar de pessoas do bem, que queiram realmente que a CPI dê resultado. Por isso, os requerimentos para pedir apoio de pessoas do Ministério Público, da Polícia Federal, do TCU e de profissionais que realmente possam ajudar em todos os sentidos, de modo que possamos fazer um trabalho sério e verdadeiro”, explicou Romário.

A investigação americana sobre episódios de fraude e corrupção na Federação Internacional de Futebol (Fifa), inclusive na escolha dos países-sede das copas de 2008 e 2010, motivou a criação da CPI da CBF no Brasil. Marin e Hawilla foram presos por causa de denúncias do FBI, em parceria com a polícia suíça.

De acordo com o presidente da CPI, a expectativa é que na próxima semana o relator possa apresentar um plano de trabalho aos demais membros da comissão. Com o plano, também deve ser apresentado um cronograma, que deverá guiar os próximos passos da CPI.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, avaliou como positiva a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito na Casa para investigar possíveis irregularidades em contratos feitos para a realização de partidas da Seleção Brasileira de futebol, de campeonatos organizados pela CBF, assim como para a realização da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014. Segundo o petista, o colegiado deve atrair benefícios para o futebol brasileiro.

“Nós apoiamos essa CPI na expectativa de que ela possa trazer mudanças positivas para o futebol brasileiro. O Congresso já fez outras CPIs da CBF, mas, diante do atual cenário, esta organizada agora pelo Senado tem todas as possibilidades de dar melhores resultados”, avaliou Humberto, que esteve reunido, durante a última semana, com o senador Romário (PSB), autor do requerimento, para a criação do grupo. 

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O pedido foi assinado por 53 senadores, 26 a mais do que o mínimo necessário, e foi lido na última sexta-feira (29) em plenário. A CPI da CBF será a sexta em funcionamento no Senado, terá sete membros titulares e 180 dias para concluir o relatório. 

A formação do colegiado leva em conta o cálculo de proporcionalidade das bancadas e partidos no Senado. PMDB e PT são as duas maiores siglas da Casa. Romário já manifestou a intenção de ser o relator da CPI.

Marco Polo Del Nero disse nesta sexta-feira (29) que se colocará à disposição em todas as investigações que forem abertas para tratar do escândalo envolvendo suposto pagamento de propina em contratos da CBF. Com o Senado tendo confirmado nesta sexta-feira a criação de uma CPI para investigar o futebol brasileiro, por proposição do senador e ex-jogador Romário (PSB-RJ), e outra já protocolada na Câmara dos Deputados pelo deputado e ex-judoca João Derly (PCdoB-RS), Del Nero disse que, se for chamado, comparecerá. Ele declarou ainda que deve processar o senador carioca.

"Aonde tiver manifestação legal, e tenha necessidade de comparecer, que eu serei chamado, estarei presente, dando todos os esclarecimentos", garantiu o presidente da CBF nesta sexta-feira, em entrevista coletiva concedida na sede da entidade após voltar ao Brasil antes mesmo da realização da eleição presidencial da Fifa na Suíça, onde José Maria Marin, ex-presidente da confederação brasileira foi preso na última quarta-feira, por suposto envolvimento, ao lado de outros dirigentes da Fifa, em um escândalo de corrupção.

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O presidente da CBF também declarou que deve acionar o senador Romário judicialmente. Na quarta-feira, o ex-jogador chamou o presidente da CBF de "safado, ladrão e ordinário" durante uma audiência que presidiu no Senado.

"Com relação ao senador Romário eu posso informar que não é de hoje que me ataca, mas todas as vezes eu vou ao Poder Judiciário e tomo as providências. Ao menos em uma delas ele foi condenado. Enquanto ele me ofender, eu o processarei", sustentou o dirigente.

Foi oficialmente criada nesta sexta-feira (29) a Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o comitê organizador local da Copa do Mundo Fifa 2014.

Segundo a Secretaria-Geral da Mesa do Senado, as 53 assinaturas reunidas pelo senador Romário (PSB-RJ) foram mantidas. Os parlamentares tiveram até meia-noite para retirar ou acrescentar assinaturas ao pedido. O início dos trabalhos, no entanto, ainda leva alguns dias. Respeitando a proporcionalidade das bancadas e dos partidos no Senado, os líderes partidários terão cinco dias para indicar os parlamentares que integrarão o colegiado e só depois disso é marcada uma reunião de instalação da comissão. Nela, serão eleitos presidente, vice-presidente e relator da CPI.

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A CPI da CBF será a sexta em funcionamento no Senado, terá sete membros titulares e 180 dias para investigar possíveis irregularidades em contratos feitos para a realização de partidas da Seleção Brasileira de futebol, de campeonatos organizados pela CBF, assim como para a realização da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014.

Apesar de estar nesta sexta cumprindo compromissos em Brasília, o senador Romário não foi encontrado para comentar o assunto até a publicação da reportagem. Nessa quinta (28), o senador que é ex-jogador de futebol, falou na tribuna sobre as expectativas em relação ao trabalho da comissão. “Acredito que, com essa possibilidade dessa CPI nesta Casa, a gente possa realmente fazer um trabalho sério, corajoso e honesto, e que o resultado seja um só: que definitivamente o futebol brasileiro seja moralizado. Na verdade, dois resultados: que todos aqueles que praticaram crime durante esses anos todos e se enriqueceram ilicitamente paguem pelos seus crimes, principalmente sendo presos”.

Romário disse ainda que esse é o momento oportuno para uma devassa na CBF. Ele acrescentou ainda que as investigações do FBI apontam indícios de que parte das propinas pagas pelo ex-presidente da CBF José Maria Marin foram compartilhadas por outro ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira e pelo atual presidente, Marco Polo Del Nero.

O pedido de criação da CPI foi apresentado por Romário depois que Marin e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos na última quarta-feira (27) pelo serviço de inteligência norte-americano (FBI) e pela polícia suíça em Zurique por suspeita de corrupção. Entre outras irregularidades, Marin teria recebido propina em um esquema de corrupção envolvendo a organização da Copa América.

O requerimento para a criação da CPI para investigar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o comitê organizador local da Copa do Mundo Fifa 2014 foi lido, nesta quinta-feira (28), no plenário do Senado. A proposta foi do senador e ex-jogador Romário (PSB-RJ), feita após a prisão de dirigentes da entidade máxima do futebol.

Ao todo, 53 senadores assinaram o pedido de criação do colegiado. Eles terão até meia-noite para retirar o apoio. Caso isso não aconteça, a criação da CPI será publicada no Diário do Senado desta sexta-feira (29).

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O colegiado terá 180 dias para investigar se houve irregularidades na realização das copas do Mundo e das Confederações, assim como averiguar se houve prática de corrupção na realização de partidas da seleção brasileira de futebol e de campeonatos organizados pela CBF. O limite de despesas será de R$ 100 mil.

A comissão terá sete membros titulares e sete suplentes. A indicação será feita pelos líderes partidários. Romário já articula compor a CPI e, inclusive, ser escolhido como relator. "Este é o momento de moralizarmos o futebol brasileiro, não podemos perder a oportunidade. Esperamos desmontar de uma vez por todas essa caixa-preta que existe dentro da CBF", frisou ele, nessa quarta (27), quando protocolou o requerimento da CPI.

 

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