A Polícia Civil de Pernambuco anunciou a prisão nesta quarta-feira (23) de três reeducandos envolvidos no comando de tráfico de drogas no Estado. A quadrilha atuava de dentro de unidades prisionais fornecendo drogas para fora; a polícia não divulgou como o entorpecente entrava e saía das penitenciárias.
A operação, denominada de Alcatraz, cumpriu mandados contra três líderes do tráfico de drogas no Estado na Penitenciária Dr. Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro, Agreste de Pernambuco, e no Presídio de Igarassu, Região Metropolitana do Recife (RMR).
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Olívio da Silva Oliveira, de 33 anos, Leonardo da Silva Cunha, também de 33 anos, e Valdemiro José Alves, 44, foram presos por distribuírem drogas a partir da prisão na manhã desta quarta-feira (23). Olívio, também conhecido como "João Matuto", era o cabeça do grupo, tendo já sido condenado a 90 anos de prisão por extorsão mediante sequestro, roubo qualificado e tráfico. Segundo a Polícia, Matuto pode ter ligação com o PCC por conta de seu alto poder de articulação.
Os outros integrantes, Leonardo "Babidi", e Valdemiro "Vado Guido", também possuíam antecedentes. Eles eram responsáveis por mandar a droga para distribuição na RMR, principalmente na cidade de Olinda. Segundo o delegado João Leonardo, era uma grande quantidade de drogas, com o comércio de entorpecentes voltado para o atacado. "Dentre os 14 presos dois estão sendo investigados, e ainda não possuem comprovação de vínculo com a quadrilha, mas que foram apreendidos com aproximadamente 17 kg de crack", afirmou.
Ao todo, durante a Operação Alcatraz iniciada em 2014, a Polícia prendeu 14 pessoas, sendo a última delas uma mulher em flagrante na noite da terça-feira (22). Luciana de Oliveira Pereira, 33, foi detida com 130 gramas de cocaína no Alto da Mina, em Ouro Preto, Olinda. Luciana, também conhecida como "Preta", possuía antecedentes criminais por tráfico de drogas, e iria entregar a droga para comercialização.
De acordo com a delegada Maria Antonieta Calado, que comandou o caso, a operação teve o intuito de identificar e coibir lideranças do tráfico de entorpecentes que estão presas.
Operação
Outros dez suspeitos já foram presos em flagrante, juntamente com 17,580kg de crack, 23,220kg de maconha e dois revólveres calibre 38. Todos são suspeitos de envolvimento nos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e comércio de armas de fogo.
As investigações tiveram início há sete meses, sendo presididas pela delegada Maria Antonieta Calado, titular da 3ª Delegacia de Repressão ao Narcotráfico. Além disso, também contaram com o apoio do Núcleo de Inteligência do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (DENARC), da Diretoria Integrada Especializada (DIRESP).