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Duas novas explosões ocorreram próximas ao centro de Damasco, capital da Síria, enquanto o presidente Bashar Assad fazia uma rara aparição, nesta quarta-feira, Dia do Trabalho, na Estação Elétrica Umayyad, no distrito Tishrin Park. Os incidentes, que teriam matado uma pessoa, aconteceram na rua Khalid Bin Walid e nas proximidades da Bab Mesalla Square, de acordo com a Agência Árabe Síria de Notícias (Sana, na sigla em inglês).

Segundo a Sana, a vítima foi um menino de 10 anos de idade. Outras 28 pessoas teriam ficado feridas. Apesar de a agência informar que os explosivos teriam sido colocados por rebeldes opositores ao governo de Assad, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, baseado na Grã-Bretanha, afirma que foguetes teriam caído na região. A organização não governamental indica que houve vítimas, mas que o número ainda não pode ser confirmado. Ainda não há explicação para a discrepância nas informações. Segundo o Observatório, a polícia isolou a área de Bab Mesalla, que tem restaurantes, lojas e a principal estação de transporte público, ligando Damasco às províncias Daraa e Sweida.

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O outro incidente, na rua Khalid Bin Walid, teria ocorrido perto de uma sede policial, de acordo com o Observatório. Várias pessoas, incluindo crianças, ficaram feridas na explosão. Ainda não há mais detalhes.

Durante sua aparição na Estação Elétrica Umayyad, Assad conversou com trabalhadores. "Esperamos, no próximo ano, superar a crise em nosso país", teria afirmado, de acordo com a televisão estatal síria.

Nesta terça-feira, Damasco sofreu outro ataque a bomba, que matou 14 pessoas. Não estava claro qual foi o alvo, embora a explosão tenha acontecido nas proximidades do Damascus Tower, um prédio comercial de 28 andares. O edifício onde funcionava o Ministério do Interior fica nas proximidades e também sofreu danos por causa da explosão. Um dia antes disso, o primeiro-ministro sírio, Wael al-Halqi, conseguiu escapar de uma tentativa de assassinato no bairro de Mazzeh, oeste da capital. Duas pessoas, no entanto, não conseguiram sobreviver e outras 11 ficaram feridas.

Hezbollah

 

Enquanto isso, a Coalizão Nacional Síria, de oposição a Assad, baseada no Egito, repreendeu o líder do grupo militante Hezbollah do Líbano, Hassan Nasrallah, um dia depois de ele ter afirmado que os rebeldes sírios não serão capazes de derrotar o regime militarmente.

Poderoso grupo muçulmano xiita, o Hezbollah é conhecido por ser o apoio da Síria às forças do governo nas aldeias xiitas perto da fronteira com o Líbano, principalmente contra os insurgentes sunitas. Nasrallah advertiu que "os verdadeiros amigos da Síria" podem intervir do lado do governo, se houver necessidade.

A Coalizão disse que esperava que o Hezbollah pudesse ficar de fora da guerra da Síria, e pediu ao Líbano para "controlar suas fronteiras". No entanto, os comentários de Nasrallah são indicações mais fortes de que o grupo está pronto para intervir mais substancialmente em favor de Assad.

Neste domingo, a oposição síria pediu ao Hezbollah que retirasse seus militantes do país, depois de ativistas terem dito que tropas do regime de Assad, apoiadas por homens armados ligados ao grupo libanês, lutaram contra rebeldes neste domingo. O Observatório Sírio de Direitos Humanos disse que pelo menos 80 foram mortos em Jdeidet al Fadl, perto de Damasco, numa batalha de cinco dias. "Tropas do regime tomaram totalmente o controle sobre a cidade de Jdeidet al Fadl e seus arredores", disse o observatório.

Em reunião realizada no sábado, em Istambul, os 11 membros chamados "Amigos da Síria", grupo internacional que apoia a oposição no país árabe, concordaram em canalizar toda a ajuda militar por meio do Supremo Conselho Militar da Coalizão Nacional Síria. A coalizão tenta formar um governo interino reconhecido internacionalmente.

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O acordo é o mais recente esforço dos EUA e da Europa para evitar que a Síria se torne um Estado falido e controlado por grupos islâmicos radicais. Na luta para combater o governo de Bashar Assad, a situação está cada vez mais difícil para conter canais privados que enviam armas para rebeldes.

Durante visita a Istambul, o secretário de Estado, John Kerry, disse que é importante concentrar os esforços da oposição em mãos moderadas. O comandante da oposição, o general Salim Idriss, "não pode deixar mais clara sua determinação em separar o que ele e a oposição estão fazendo daquilo que é feito por radicais e extremistas", disse o secretário.

"Cada um dos países representados, que estavam aqui ontem, se comprometeram a direcionar sua ajuda militar ou assistencial diretamente e unicamente, por meio do comando militar supremo do general Idriss", disse Kerry neste domingo. "Eu acho que pode ser uma das mais importantes mudanças e que pode fazer diferença na atual situação", completou a autoridade norte-americana. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Cerca de sete milhões de sírios precisam de ajuda humanitária, informou nesta quinta-feira perante o Conselho de Segurança a encarregada de operações humanitárias da ONU Valerie Amos, protestando contra os obstáculos colocados por Damasco para a distribuição de ajuda.

"As últimas cifras mostram que 6,8 milhões de pessoas precisam de ajuda, 4,25 milhões foram deslocadas dentro do país e 1,3 milhão adicionais encontraram refúgio nos países vizinhos", disse Amos.

A Síria tem 20,8 milhões de habitantes. Amos afirmou que por causa da insegurança, das restrições e do financiamento ainda insuficiente, as agências da ONU poderiam ser obrigadas a suspender "certas operações humanitárias essenciais".

Além disso, ressaltou que desde janeiro "os obstáculos burocráticos aumentaram" por parte das autoridades sírias. A lista de organizações não governamentais autorizadas a operar na Síria passou de 110 a 29, há 21 vistos à espera e ainda não foi aceito um pedido de importação de 22 veículos blindados.

A Síria é devastada há dois anos por um sangrento conflito que opõe o regime do presidente Bashar Al Assad aos rebeldes determinados a tirá-lo do poder. O enfrentamento deixou até agora 70.000 mortos, segundo cálculos da ONU.

Um conflito que já dura mais de dois anos. A cidade de Damasco, capital da Síria, foi alvo de um atentado suicida com carro bomba, o primeiro desse tipo a acontecer no centro da capital. Devido ao ocorrido, 15 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas, segundo a imprensa oficial do país. O impacto da explosão foi tão intenso que os vidros do escritório da Agência France Press, AFP, localizado a 200 metros do local, foram quebrados com o impacto.

De acordo com relatos de jornalistas da AFP, a explosão foi tão forte que algumas Palmeiras, nos arredores do local, pegaram fogo também. "Ficamos com muito medo, porque o som da detonação foi muito alto, principalmente quando atingiu o escritório. Mas, graças a Deus, foi só dano material. A equipe da AFP está bem", relatou Rim Haddad, jornalista da agência.

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Os atentados fazem mais vítimas a cada dia. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, no último domingo, pelo menos 157 pesas morreram e, em sua maioria, eram civis.

A cidade de Damasco, capital da Síria, foi alvo de um carro-bomba nesta quinta-feira (21). O atentado aconteceu no Centro, próximo à sede do partido político que comanda o país há quase 50 anos. O local é conhecido por ser a cidade mais antiga habitada no mundo, além de ser um dos principais centros culturais da região.

As imagens divulgadas vieram da TV Síria, que mostrou que a fumaça da explosão tomou conta do Centro da capital. O atentado, segundo a imprensa do país, foi suicida. O carro-bomba provocou a morte de cerca de 31 pessoas. A estimativa foi feita pelos ativistas do observatório Sírio dos direitos humanos.

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A televisão estatal síria informou que 53 pessoas foram mortas e mais de 200 ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba nas proximidades da sede do partido governista Baath, no centro de Damasco.

Foram registrados pelo menos três ataques no coração da cidade nesta quinta-feira. Uma segunda explosão ocorreu num outro bairro e morteiros explodiam perto do Comando Geral do Exército Sírio.

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O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres, disse que 42 pessoas foram mortas após a explosão do carro, a maioria civis.

A Coalizão Nacional Síria, o principal grupo opositor do país, declarou que os que estão por trás da explosão do carro-bomba são "terroristas". Em sua página no Facebook, o grupo destacou que "quaisquer atos contra civis que resultem em assassinato e violações dos direitos humanos são ações criminosas e devem ser condenadas, independentemente de quem os realizou ou dos motivos". As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Ativistas e a mídia estatal informam que há combates pesados com bombardeio em subúrbios em Damasco e em outras partes da Síria. O Observatório Sírio para Direitos Humanos diz que embates pesados ocorrem principalmente no subúrbio de Daraya, em Damasco.

Segundo o ativista Mohammed Saeed, aviões sírios integraram o bombardeio em Daraya, nesta terça-feira. A agência estatal de notícias Sana disse que as tropas mataram "terroristas", em Daraya e adjacências.

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A agência estatal de notícia da Síria (Sana), informou nesta quinta-feira (13) que a explosão de uma bomba perto de uma escola, localizada num subúrbio de Damasco, matou 16 pessoas, a maioria mulheres e crianças. Já a explosão de um carro-bomba em outra localidade próxima à capital síria, Jdaidet Artuz, deixou oito civis mortos, também mulheres e crianças. As informações sobre os ataques partiram da Sana, agência estatal de notícias do governo, e da televisão estatal.

A primeira explosão, ocorrida no subúrbio de Qatana, sudoeste da capital, faz parte da mais recente onda de ataques semelhantes no interior e nas proximidades de Damasco. Segundo o governo, pelo menos 25 pessoas morreram vítimas dessas ações no últimos dois dias.

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Embora ninguém tenha assumido a responsabilidade pelos ataques, o fato de que alguns deles têm como alvo prédios governamentais, que resultaram na morte de autoridades, sugere que os rebeldes que não podem confrontar diretamente as forças de Assad em Damasco estão recorrendo a outros meios.

O governo diz que os ataques a bomba são realizados por terroristas, a forma escolhida pelas autoridades para se referir aos combatentes rebeldes.

No primeiro ataque desta quinta-feira, um carro estacionado explodiu nas proximidades de uma escola numa área residencial de Qatana, subúrbio residencial localizado a sudoeste da capital, informou a Sana. As informações divulgadas pela agência de notícias citam médicos de hospitais próximos ao local do ataque dizendo que 16 pessoas foram mortas, dentre elas sete crianças e "várias" mulheres. As fontes disseram também que dezenas ficaram feridas. Já o ataque em Jdaidet Artuz, confirmado pelo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos (grupo opositor sediado em Londres) informa que oito pessoas foram mortas, e maioria mulheres e crianças. O Observatório, contudo, informou que quatro pessoas, e não oito, foram mortas no ataque.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

 

Um confronto entre rebeldes e militares perto do aeroporto internacional de Damasco deixou dois civis mortos na madrugada desta sexta-feira, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. As mortes aconteceram quando um ônibus que levava funcionários do aeroporto foi atingido durante a troca de tiros em uma rua próxima ao local.

De acordo com uma fonte ouvida pela AFP, o tráfego aéreo e o embarque de passageiros estava normal nesta sexta-feira. Ontem, as companhias EgyptAir e a Emirates Airlines haviam anunciado a suspensão dos voos por causa da violência.

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Uma fonte militar em Damasco disse que o Exército havia tomado o controle do lado oeste da estrada que leva ao aeroporto e uma pequena porção da área leste, permitindo a passagem dos viajantes. "Mas a parte mais difícil ainda está por vir. O exército quer assumir o controle da parte leste, onde há milhares de terroristas, e isso vai demorar alguns dias", disse o oficial, usando um termo empregado pelos militares para se referir aos combatentes rebeldes.

Ao longo da sexta-feira, jatos da força aérea da Síria bombardearam alvos rebeldes perto da rodovia que leva ao aeroporto de Damasco.

Enquanto isso, a maioria das conexões de internet e linhas telefônicas não funcionou pelo segundo dia consecutivas, na pior queda de comunicações nos 20 meses do levante, em que 40 mil pessoas foram mortas, 465 mil fugiram do país e 2,5 milhões foram deslocadas internamente.

Em Genebra, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) informou que o conflito na Síria já expulsou mais de 250 mil pessoas da cidade de Homs, no leste do país. A instituição também pede que se criem passagens seguras para as pessoas que querem sair da cidade. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O exército da Síria lançou hoje uma grande operação militar na região de Damasco, colocando o território sob fogo de artilharia e ataques aéreo. Segundo ativistas do Comitê de Coordenação Local, mais de uma dúzia de foguetes atingiram a cidade de Daraya. "Havia chamas no céu e nuvens de fumaça do bombardeio. Há um apagão de eletricidade e os moradores estão correndo para se esconder", afirmou o grupo.

A Comissão Geral da Revolução Síria, uma rede de ativistas da oposição, afirmou que as condições humanitárias estão deploráveis. A região ao sul da capital, onde batalhas foram travadas entre rebeldes e governistas nos últimos dias, também foi abalada por bombardeios hoje, o grupo disse.

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Ontem, ataques com explosivos e confrontos na área de Damasco deixaram 21 pessoas mortas, apontam dados do Observatório Sírio para Direitos Humanos, que tem sede no Reino Unido.

A instituição também afirma que o exército fez hoje uma grande operação no distrito de Al-Waar, em Homs, matando dois insurgentes e um civil, em uma tentativa de recuperar o controle da área. O grupo de monitoramento apontou que o bairro estava sob bombardeio e o número de mortos deve subir em meio aos violentos confrontos e os relatos de pessoas gravemente feridas.

Durante os 20 meses de conflito, o Observatório aponta que 39 mil sírios morreram, com uma média semanal de mais de mil baixas nos últimos meses. As informações são da Dow Jones.

Um carro-bomba explodiu em um subúrbio da capital da Síria, Damasco, nesta segunda-feira e matou 10 pessoas, afirmaram autoridades do governo e a imprensa estatal. Segundo uma emissora de TV local, o ataque ocorreu próximo a uma padaria em um bairro predominantemente cristão.

Um oficial, que pediu para não ser identificado, disse que o atentado também deixou 41 feridos e causou grandes danos. A emissora de TV reportou que entre os mortos estão mulheres e crianças.

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O atentado acontece no quarto dia do que deveria ter sido um cessar-fogo durante o feriado muçulmano do Eid al-Adha, que começou na sexta-feira. No entanto, a trégua proposta pelo enviado da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahim, foi ignorada quase imediatamente após ter entrado em vigor. As informações são da Associated Press e Dow Jones.

Rebeldes sírios capturaram duas bases de defesa aérea neste sábado (13), uma delas na província central de Homs e outra nas proximidades de Damasco, afirma o Observatório Sírio de Direitos Humanos. "Houve aumento no número de ataques e capturas de bases de defesa aérea", assegurou Rami Abdel Rahman, diretor da entidade em Beirute.

O governo sírio, enquanto isso, lançou uma ampla ofensiva na tentativa de recuperar distritos de Homs e eliminar bolsões de resistência depois de ativistas contrários ao governo do presidente Bashar Assad terem feito menção à cidade como "a capital da revolução".

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Nos arredores de Beirute, a explosão de um carro-bomba provocou a morte de pelo menos oito pessoas neste sábado, entre elas duas mulheres e uma criança, prossegue o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Ainda segundo o grupo de oposição ao presidente Bashar Assad organizado no exterior, 13 pessoas ficaram feridas. A explosão ocorreu em Al-Nabak, na rodovia que liga Damasco a Homs.

Mais cedo, o Observatório Sírio de Direitos Humanos divulgou estimativa segundo a qual a guerra civil iniciada há 19 meses no país já deixou pelo menos 33.082 mortos, a maioria civis. Apenas nos últimos cinco dias, o número de mortos chegou a mil, informou a entidade. "Essa é uma guerra total, não há outra forma de descrever a violência na Síria", comentou Rami Abdel Rahman.

A conta de óbitos inclui 23.630 civis, 8.211 soldados e 1.241 desertores do exército que aderiram a grupos rebeldes contra o regime do presidente Bashar Assad, além de desertores fora da área militar que pegaram em armas para combater o governo. O conflito na Síria teve início em março do ano passado, com um levante popular que deflagrou uma violenta repressão por parte das forças do governo.

Também neste sábado, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) por não ter chegado a um acordo para pôr fim à guerra civil na Síria. Durante conferência internacional realizada em Istambul, Erdogan afirmou que o mundo vem testemunhando uma "tragédia humanitária" na Síria.

"Se ficarmos esperando um ou dois membros permanentes (...), o futuro da Síria estará em perigo", disse o primeiro-ministro, sem mencionar nominalmente Moscou e Pequim. A Rússia e a China, dois dos cinco membros permanentes do CS da ONU, têm ameaçado vetar propostas de resolução que pressionem Damasco a encerrar unilateralmente o conflito e aceitar um processo de transição política. Erdogan também pediu a reforma do CS, que ele descreveu como um "sistema desigual e injusto", que não representa a maioria dos países.

O primeiro-ministro fez os comentários enquanto o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, se reunia com líderes árabes e europeus em meio a tensões crescentes na fronteira entre a Turquia e a Síria.

Na quarta-feira, a Turquia interceptou um avião de passageiros que ia de Moscou a Damasco e confiscou o que declarou ser equipamentos militares a bordo da aeronave. A Síria denunciou o ato como pirataria aérea e a Rússia disse que a carga era composta de peças de radares que não violavam as leis internacionais.

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O enviado internacional de paz à Síria, Lakhdar Brahimi, deixou Damasco neste domingo, depois de uma visita de quatro dias durante a qual ele se reuniu com o presidente Bashar al-Assad, de acordo com a France Presse.

O diplomata argelino foi visto deixando seu hotel, acompanhado pelo vice-ministro de Relações Exteriores da Síria, Faisal Muqdad. Uma autoridade das Nações Unidas confirmou que ele está saindo do país. As informações são da Dow Jones.

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A explosão de um carro-bomba durante um funeral em Damasco resultou na morte de pelo menos 12 pessoas nesta terça-feira (28), informa a televisão estatal síria. A explosão ocorreu em Jaramana, um bairro de maioria drusa e cristã no extremo sudeste da cidade. "Mais 48 pessoas ficaram feridas, muitas delas em estado grave", prosseguiu a televisão estatal, que caracterizou a explosão como um ato "terrorista".

O carro-bomba explodiu por volta das 15h locais. O alvo foi uma procissão fúnebre em Jaramana. Os participantes do funeral sepultariam dois simpatizantes do governo mortos em uma explosão ontem (27), informa o Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo de oposição ao presidente Bashar Assad sediado em Londres.

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Enquanto a televisão estatal qualifica o episódio como ato "terrorista", o opositor Conselho Nacional Sírio acusa o governo de "encenar" um ataque a seus correligionários para desviar a atenção da morte de centenas de pessoas em um ataque na semana passada contra um bairro de maioria sunita em Damasco.

As informações são da Dow Jones.

Dois jornalistas sírios foram mortos na capital Damasco, informaram neste domingo a agência de notícias estatal síria Sana e a rede de televisão árabe Al-Arabiya. Os repórteres morreram no sábado, segundo ambas.

A Sana afirmou que um dos seus repórteres, Ali Abbas, foi morto na casa onde morava em Damasco. Conforme a reportagem, "um grupo terrorista armado" (termo utilizado pelo regime para os rebeldes) teria sido responsável pelo crime. Não foram dados mais detalhes.

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Já a Al-Arabya destacou que o sírio Bara'a Yusuf al-Bushi, um desertor do exército da Síria que trabalhava como repórter freelancer para a rede e outras corporações de mídia internacionais, foi morto em um ataque a bomba enquanto fazia uma reportagem em al-Tal, subúrbio do norte de Damasco.

Ativistas dizem que mais de 20 mil pessoas foram mortas desde que as revoltas começaram em março do ano passado.

No sábado, dois ataques a bomba em Damasco causaram confusão em áreas da capital síria, que antes era um marco simbólico da resistência contra Assad. Uma das explosões, de um mecanismo plantado embaixo de uma árvore, foi disparada por controle remoto quando um veículo carregando soldados passou pelo distrito de Marjeh.

A explosão ocorreu há cerca de 100 jardas (91,4 metros) do Hotel Four Seasons, uma das opções de hospedagem de luxo em Damasco. Depois da explosão, homens armados abriram fogo contra civis para "provocar pânico", segundo a agência de notícias estatal. Ao mesmo tempo, uma segundo explosão ocorreu perto do estádio Tishrin, a menos de uma milha (1,6 quilômetros) de distância da primeira, destacou a Sana.

Horas mais tarde, um ônibus teria sido atacado em um subúrbio de Damasco, matando seis passageiros que vinham da província de Hama, no centro do país.

Rebeldes sírios colocaram na internet, neste domingo, um vídeo mostrando iranianos sequestrados em Damasco, afirmando que eles são integrantes da Guarda Revolucionária e advertindo Teerã sobre a possibilidade de mais sequestros em razão do apoio do país ao governo de Bashar Assad.

Combatentes da Brigada Al-Baraa, integrante do Exército Livre Sírio (ELS) "capturaram 48 milicianos shabiha do Irã que estavam numa missão de reconhecimento em Damasco", disse um homem vestido com o uniforme do ELS, em vídeo postado no YouTube. "Durante a investigação, descobrirmos que alguns deles são oficiais da Guarda Revolucionária", disse ele, mostrando documentos confiscados dos homens, que apareciam ao fundo. Um dos documentos seria uma licença para porte de armas.

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Nas imagens, um grupo de homens aparece sentado no chão, enquanto homens armados atrás deles seguram a antiga bandeira síria, adotada pelos rebeldes.

"Nós advertimos o Irã que iremos atacar todas as suas instalações na Síria. O destino de todos os iranianos que trabalham na Síria será o mesmo destinos desses homens; eles se tornarão prisioneiros ou serão mortos", diz o integrante do ELS. "Deus é grande", disse o homem ao encerrar a leitura do comunicado.

A emissora de televisão Al-Arabiya transmitiu uma entrevista com um homem identificado como comandante Abdel Nasser Shmeir, da Brigada Al-Baraa. "Eles são 48, além do intérprete afegão", disse Shmeir, que é chefe do ELS nos subúrbio de Ghouta, perto de Damasco, afirmando que os reféns faziam parte de um grupo de 150 integrantes enviados pelo Irã para uma "missão de reconhecimento de terreno".

O Irã fez apelos a governos que têm relações próximas com a oposição síria para que ajudem a garantir a libertação dos 48 reféns e diz que eles são peregrinos que visitavam o templo de Sayyida Zeinab, local de peregrinação xiita ao sul de Damasco. Shmeir disse que os homens "ainda não fizeram contato" para falar sobre os reféns. Teerã nega que tenha enviado unidades militares para a Síria.

O ministro da Defesa do Irã, Ahmad Vahidi, disse no sábado, antes da divulgação do sequestro, que "o Irã não tem forças armadas na Síria e o governo sírio não fez tal pedido", segundo a emissora de televisão estatal iraniana IRB. As informações são da Dow Jones.

Em mais um dia violento na Síria, os rebeldes utilizaram um tanque de guerra capturado das forças do governo para bombardear uma base aérea em Alepo. Em Damasco, capital do país, ativistas reportaram que o regime do presidente Bashar Assad lançou novas incursões contra combatentes da oposição, matando dezenas.

As informações vindas de Alepo são as primeiras indicações de que os rebeldes estão começando a usar as armas pesadas que conseguiram tomar do Exército nas últimas semanas. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo de oposição baseado em Londres, disse que o tanque controlado pelos rebeldes disparou contra o aeroporto militar de Menagh, nos arredores de Alepo, o qual as tropas do regime utilizam para lançar ofensivas.

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O acontecimento representa um aumento de escala nas batalhas entre os dois lados, já que, até recentemente, os rebeldes sofriam com a imensa disparidade de armamentos com os militares, que também têm à disposição caças e helicópteros.

Moradores de Alepo contaram que a internet e os telefones celulares quase não funcionam desde a noite de quarta-feira, o que aumentou os temores de uma investida iminente do regime contra a cidade. Mas até o início da tarde, só o que se percebeu foram os já rotineiros confrontos no bairro de Salaheddine, disse o morador Abu Adel para a Associated Press.

Também foram registrados bombardeios pesados na cidade de Azaz, próxima à fronteira com a Turquia, que está nas mãos dos rebeldes há semanas. Perder o controle da cidade seria um sério golpe contra a oposição, pois nela existe um posto de fronteira que facilita a chegada de suprimentos e armas.

Em Damasco, o governo anunciou nesta quinta-feira uma série de incursões contra rebeldes nos bairros da região sul da cidade, matando e prendendo "terroristas" (que é como o governo refere-se à oposição). Outras operações foram realizadas no distrito de Muhajireen, próximo ao palácio presidencial, onde 20 pessoas fora detidas, contou o ativista Abu Qais, que está na capital.

Abu Qais afirmou que 20 pessoas foram assassinadas em batidas no subúrbio de Yalda, sul de Damasco, enquanto o Observatório reportou 47 mortes na vizinhança de Jdaidat Artouz, no sudoeste. Vídeos dos acontecimentos de quarta-feira, postados na internet por ativistas, mostram pilhas de corpos ensaguentados, muitos com buracos de bala visíveis. Não foi possível verificar a autenticidade das filmagens com fontes independentes.

A violência vem causando um crescente clamor internacional contra a maneira que a Síria lida com a revolta que já dura 17 meses, em que ativistas estimam que 19 mil pessoas foram mortas.

Está marcada para a sexta-feira, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a votação da resolução proposta pelos países da Liga Árabe que pede a renúncia de Assad. A Assembleia composta por 193 membros não possui mecanismos legais para forçar a resolução, mas uma vitória por ampla maioria carregaria poder simbólico e moral.

Já o Programa Alimentar Mundial da ONU alertou nesta quinta-feira que a situação humanitária na síria está cada vez pior, com quase 3 milhões de pessoas precisando de comida pelos próximos 12 meses - mais de 10% da população do país, de 22 milhões de habitantes. As informações da Associated Press.

Combates intensos assolaram partes da maior cidade da Síria, Alepo, nesta segunda-feira, quando forças do governo derrubaram portas e revistaram casas em busca de rebeldes. Diversos vídeos postados por ativistas mostram rebeldes comemorando e rezando ao lado de um tanque de guerra em chamas no bairro de Sakhour.

Alepo, a cidade mais populosa da Síria, com 3 milhões de habitantes, tem sido o foco de ataques rebeldes de uma nova aliança de forças oposicionistas chamada Brigada de Unificação.

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O Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, reportou confrontos violentos ao amanhecer, no lado nordeste da cidade, incluindo os bairros de Sakhour e Hanano, que foi bombardeado pelas tropas do regime do presidente Bashar Assad. A organização disse também que muitas pessoas fugiram durante as pausas nas lutas. A Associated Press não conseguiu confirmar com outras fontes independentes a autenticidade dos vídeos postados pelos ativistas.

Na capital do país, Damasco, o Exército aprece ter retomado o controle da maior parte da cidade após uma semana de combates com os rebeldes. Vídeos de ativistas mostram homens armados em uniformes indo de casa em casa chutando portas e procurando rebeldes. Os homens estavam usando tênis, uniformes militares incompatíveis e bonés, sugerindo que eram milícias aliadas do governo e não forças regulares. As informações são da Associated Press.

Pelo menos 21 pessoas morreram em confrontos entre rebeldes de tropas do regime sírio em várias províncias do país neste domingo, segundo informação de um grupo observador independente. As forças do regime sírio cercaram várias áreas da província de Damasco, um dia após um ataque de morteiro deixar pelo menos 30 civis mortos. Eles participavam de um funeral na cidade de Zamalka, a 10 quilômetros ao leste da capital, disse o Observatório Sírio para Direitos Humanos.

O grupo observador com sede no Reino Unido disse que as tropas sírias cercaram a cidade de Daraya durante a noite, matando quatro pessoas, enquanto várias explosões eram ouvidas na cidade de Damasco. Um civil e um rebelde foram mortos em Al-Tal e Douma, na província de Damasco, onde ocorriam conflitos, disse o observatório.

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O exército conduziu um sangrento ataque a Douma no sábado. Na província central de Hama, forças do regime atiraram em cinco pessoas, de acordo com o grupo. Ativistas em Hamas afirmaram à agência de notícias AFP que o exército sírio atirou bombas no subúrbio de Halfaya, enquanto o Comitê de Coordenação Local, uma rede da oposição, afirmou que as forças usaram helicópteros para o ataque à área.

Ao mesmo tempo, o exército continuou a atacar várias outras vizinhanças na cidade central de Homs, deixando prédios nas redondezas de Jourat al-Shiah destruídos e causando pelo menos uma morte, afirmou o observatório.

Rebeldes e as forças do regime se enfrentaram na província de Deir Ezzor, onde um rebelde e um civil foram mortos. Na província ao norte de Aleppo também os combates continuaram, enquanto o exército se retirou do vilarejo de Ararib. Um rebelde morreu nos confrontos na mesma província, enquanto um jovem detido morreu após ser torturado, disse o grupo observador. O vilarejo está situado próximo a província de Idlib, onde três civis foram mortos. A maior parte da fronteira ao noroeste está sob controle dos rebeldes.

Três pessoas também morreram na província ao sul de Daraa, incluindo duas meninas. Pelo menos 120 pessoas foram mortas na Síria sábado, afirmou o grupo mais cedo, revisando o número de mortos que havia sido estimado anteriormente em 83. As informações são da Dow Jones.

A oposição síria acusou forças do governo do presidente Bashar Assad de desfecharem mais um massacre de civis nesta quarta-feira, desta vez na província de Hama. O número de civis mortos ainda não está claro. Segundo o jornal libanês An Nahar, pelo menos 47 civis, a maioria mulheres e crianças, foram chacinadas no vilarejo de Mazraat al-Qubair, na província de Hama. A versão on line do jornal libanês cita os Comitês de Coordenação Local, um dos grupos opositores sírios. Já a Sky News, ao citar o Conselho Nacional da Síria, afirmou que foram mortas 78 pessoas em uma matança que aconteceu em Hama.

Se confirmada, a matança se somará a outros episódios violentos que aconteceram nesta quarta-feira na Síria - mais cedo, insurgentes e desertores sírios atacaram tropas do governo ao redor de Damasco. Pelo menos 18 pessoas teriam sido mortas em episódios violentos no país nesta quarta-feira, sem contar os civis que teriam sido chacinados em Mazraat al-Qubair. "Confrontos violentos ocorreram no subúrbio de Harasta entre tropas do governo e insurgentes", disse o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, organização opositora com sede em Londres.

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Mais cedo, os insurgentes partiram para a ofensiva não apenas nos subúrbios de Damasco, como também na cidade costeira de Latakia. Um estudante foi morto por forças do regime em Hreitan, na província de Alepo, disse o Observatório. Outros dois civis foram mortos em um tiroteio no vilarejo de Sheikh Issa.

Na província sulista de Deraa, confrontos entre soldados regulares e desertores no vilarejo de Lajat deixaram três soldados do governo mortos e oito feridos, disse o Observatório. Três outros soldados também foram mortos por insurgentes no vilarejo de Srakeb, na província de Idlib, perto da Turquia.

AS informações são da Associated Press, Dow Jones e do diário An Nahar.

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