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O grupo farmacêutico anglo-sueco AstraZeneca anunciou nesta terça-feira (15) que sofreu um revés no desenvolvimento de um tratamento contra a Covid-19, cuja eficácia em pessoas expostas ao vírus não foi comprovada.

O tratamento com anticorpos, denominado AZD7442, pretendia prevenir e tratar a doença, mas não deu resultado.

"O teste não alcançou o objetivo principal de prevenir os casos sintomáticos de covid-19 depois da exposição ao vírus", afirmou a AstraZeneca em um comunicado.

O tratamento estava na fase 3 de desenvolvimento, ou seja, testes clínicos em larga escala para medir a segurança e eficácia.

Os 1.121 participantes eram adultos com mais de 18 anos que não estavam vacinados e que foram expostos a uma pessoa infectada durante os oito dias anteriores.

O tratamento reduziu o risco de desenvolver covid-19 com sintomas apenas em 33% dos participantes.

Os testes para avaliar o remédio em pacientes antes da exposição ao vírus e nas pessoas que desenvolveram formas graves continuam.

O desenvolvimento do tratamento é financiado pelo governo dos Estados Unidos, que assinou acordos com a AstraZeneca para receber até 700.000 doses este ano.

No total, o valor dos acordos com o governo dos Estados Unidos para o desenvolvimento do tratamento e das doses em 2021 alcança 726 milhões de dólares.

No comunicado, a AstraZeneca indica que está em conversas "sobre os próximos passos com o governo dos Estados Unidos".

A AstraZeneca continua enfrentando problemas com sua vacina contra a covid-19, suspensa em vários países europeus depois que alguns problemas sanguíneos foram registrados em pessoas vacinadas.

Uma fonte da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) chegou a afirmar que a melhor opção seria suspender a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 para todas as faixas etárias quando há alternativas disponíveis.

Ao mesmo tempo, um estudo publicado na segunda-feira pelas autoridades de saúde britânicas afirma que duas doses das vacinas Pfizer/BioNTech ou AstraZeneca/Oxford protegem em mais de 90% contra as hospitalizações depois de contrair a variante Delta do coronavírus, registrada pela primeira vez na Índia.

Em 28 de maio é comemorado o Dia Internacional do Brincar, data que visa lembrar a importância da brincadeira no desenvolvimento infantil, em aspectos de criatividade, psicológico e educacional.  Além disso, o Art. 31 da Convenção sobre os Direitos da Criança prevê a brincadeira como um direito de todas as crianças. 

Durante o isolamento social causado pelo Covid-19, as brincadeiras infantis precisaram ser restringidas para o ambiente doméstico, algo que já era habitual para a fotógrafa Camila Teles, 26 anos, de São Paulo, e sua filha Maria Alice, de dois anos. “As brincadeiras consistem em ir no parquinho do condomínio, brincadeira com tinta, massinha, tudo com os brinquedinhos dela mesmo”, relata. 

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A pedagoga, docente e coordenadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Guarulhos (UNG), Vanessa Angélica Patrício explica que as brincadeiras permitem desenvolver as capacidades motoras, cognitivas e sociais de uma criança, que após adquirirem esses aprendizados, levarão esta vivência para a vida adulta. “Ao brincar, ela forma conceitos, constrói conhecimento, socializa-se, adquire experiências que serão indispensáveis no seu cotidiano e além disso, desenvolve importantes capacidades, tais como a atenção, imitação, memória, imaginação”, descreve. 

Vanessa destaca que é necessário a presença dos pais durante as brincadeiras, caso contrário, o desenvolvimento da criança pode ser comprometido, assim como os aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. Outro ponto importante é que o ato de brincar deve ser encarado como fundamental para a formação de uma criança. “Brincar é algo sério e importante à vida humana e pode ocorrer de maneiras variadas. Por isso, pais e profissionais que fazem parte da formação de uma criança, é importante repensar sobre este assunto, para que tudo isso seja proporcionado à criança da melhor forma possível”, afirma a pedagoga.

Benefícios para os adultos

Embora o ato de brincar seja muitas vezes associado a crianças, a brincadeira também pode ser benéfica para adultos, na saúde física e psicológica, além de proporcionar prazer e bem estar ao organismo, como indica o psicólogo Roberto Debski. 

Segundo ele, além do prazer e da diversão, a brincadeira também traz outros ganhos, como senso de pertencer a um grupo, foco, trabalho em grupo, empatia, otimismo, aprendizado, reforço de regras e convívio social, desenvolvimento da cognição, da percepção corporal e da linguagem verbal e não verbal na comunicação. 

Debski lembra que o lazer e a descontração são fundamentais para uma vida saudável e a ausência desses momentos podem gerar estresse, ansiedade e outros distúrbios psicológicos, como burnout. “Se divertir serve como um antídoto para os males do mundo moderno, o que não quer dizer que somente devemos viver para a diversão, de uma maneira irresponsável e escapista”, aponta. 

Segundo o psicólogo, é necessário realizar um equilíbrio entre a seriedade e a diversão. “Saber aproveitar os momentos da melhor maneira, incluindo a leveza em tudo se mostra uma estratégia equilibrada de vida, que favorece a saúde integral do ser humano”, define Debski.

Em 21 de maio de 2002, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, como maneira de celebrar a declaração da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), definido a importância de respeitar e apreciar as diversas culturas espalhadas pelo planeta. 

No Brasil existe uma ampla diversidade cultural, como as indígenas, europeias, negras e quilombolas. “Também temos uma ampla sociobiodiversidade cultural, que abrange povos oriundos de outros países que vieram ao Brasil. Essa dinâmica é muito importante, e, recentemente, também recebemos os bolivianos e venezuelanos, que contribuem de maneira incrível com a nossa cultura brasileira”, explica o professor, ensaísta, pesquisador de literatura e cultura,e autor do livro “Cultura e literatura: diálogos” (2008), Valmir de Souza. 

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Apesar do Brasil ser lar de diversas culturas, Souza destaca que ainda existe uma falta de conhecimento por parte da população, em relação à aceitação destes povos e costumes. “Existe uma aceitação parcial, assim como as culturas negras e as religiões afro-brasileiras, que não são vistas por muitos, como práticas legítimas de religiosidade. Em relação a povos como o bolivianos, ainda há pouco entendimento das práticas cotidianas desses imigrantes que chegaram recentemente ao país”, explica o professor. 

Souza lembra ainda que é possível analisar diversos preconceitos no Brasil,  como os em torno dos estereótipos que cercam os povos indígenas. Muitos os descrevem e reduzem a pessoas que usam cocar, arco e flecha e andam seminus. “Sabemos que na verdade, existem muitas etnias indígenas no Brasil, mais de 200 povos e línguas, há uma grande diversidade entre eles”, relata.

Além disso, o professor pontua que o preconceito também se faz presente no mercado de trabalho e, muitas vezes, os candidatos são discriminados em processos seletivos por conta de suas etnias. “Em alguns momentos o preconceito se manifesta de maneira sútil, mas às vezes ele é escancarado. Por isso, precisamos debater e combater essas práticas em suas diversas modalidades”, pontua.

Para que diferentes povos possam conviver sem serem vítimas de preconceito, Souza afirma que o principal caminho seria por meio da educação, que possibilita a expressão de diferentes pontos de vistas culturais, como o dos indígenas ou dos negros, sem que elas sejam forçadas a se integrarem aos padrões europeus ou ocidentais. 

Segundo o professor, nos dias de hoje, existem movimentos e coletivos que buscam apresentar suas culturas para a sociedade, o que pode contribuir para que todos possam conviver com esses costumes, mas sobretudo com a tolerância à alteridade. De acordo com Souza, embora a sociedade brasileira seja considerada cordial e pacífica, ela também possui manifestações preconceituosas violentas contra religiosidades e práticas diferentes.   

 Punições para atos de preconceitos culturais

Professora universitária e advogada sócia do escritório Trajano Ferro Advogados,  Maria Claudia Trajano explica que o artigo 215 da Constituição Federal determina que o Estado garantirá a proteção, incentivo e prática das atividades culturais. Além disso, a Lei 7.716/89 prevê como crime a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Essas mesmas práticas são tratadas como injúria racial,  no parágrafo terceiro do Código Penal. 

A advogada destaca que, de acordo com a Lei 7.716/89, a pena para preconceitos culturais pode resultar em até cinco anos de reclusão e multa. Já o parágrafo terceiro, institui que a punição pode alcançar três anos e multa, mas já se discute aumentar esta pena. “O PL 3054 de 2020 pretende  aumentar a pena para prática dos crimes nele previstos para até seis anos mais multa”, comenta Maria. 

De acordo com a advogada, o preconceito se apresenta de maneira expressiva no Brasil. Muito disso pode ser visto pelos registros históricos, que demosntram as agressões sofridas por negros, mulheres, homossexuais e grupos pertencentes às religiões de matriz africana. “O preconceito se perpetua pela educação -ou pela  falta dela- quando há omissão quanto aos debates sobre educação intercultural,  capazes de promover práticas que privilegiem a heterogeneidade social e cultural”, explica. 

Por outro lado, a advogada lembra que nos últimos anos a conversa sobre os preconceitos tem ganhado espaço nas rodas de conversas. “O debate é fundamental para o crescimento da conscientização. O enfrentamento da tragédia que o preconceito causa passa pela conversa, pela admissão de que ele existe e tem potencial destruidor”, finaliza.

A Riachuelo lançou nessa quarta-feira (19) o Up!Tech, programa de aceleração de carreiras profissionais em tecnologia. A iniciativa visa desenvolver colaboradores e atrair novos profissionais para atuar na área de TI da empresa.

Quem deseja fazer parte da equipe de colaboradores pode se candidatar, por meio do endereço eletrônico, a um das 21 vagas abertas para profissionais juniores em três segmentos: Front-End, Back-End e FullStack. A varejista investirá na capacitação dos participantes por meio de treinamentos ao vivo, atividades práticas e acesso a conteúdos virtuais do portfólio da Universidade Riachuelo e da plataforma da Alura.

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A capacitação, com duração de três meses, está prevista para começar em junho e terá como foco, inicialmente, o desenvolvimento de software. Os profissionais que se destacarem trabalharão, remotamente, na área de Tecnologia e Inovação da empresa. Veja mais detalhes no site Up!Tech.

A Prefeitura de Guarulhos divulgou ontem (17) que a Secretaria do Trabalho de Guarulhos, junto ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), abriu 30 vagas no curso "Técnicas para Criação de uma Loja Virtual". Interessados devem possuir 18 anos ou mais e realizar as inscrições até a próxima sexta-feira (21), pelos telefones da Secretaria: (011) 2475-9728 ou (011) 2475-9726. 

O período de aula será de 7 a 14 junho, das 18h às 22h. Em função da pandemia do coronavírus (Covid-19) e as normas de distanciamento social, as aulas ocorrerão no modelo remoto, por meio da plataforma Microsoft Teams, que pode ser acessada por aplicativo em computadores e celulares ou, por meio do navegador Google Chrome. O link de acesso ao curso será enviado apenas aos que se matricularem. 

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De acordo com a Prefeitura de Guarulhos, o curso visa capacitar o profissional a implementar uma loja virtual e oferecer informações sobre as atuais demandas, características do consumidor virtual, sistemas de pagamentos, marketplace, logística e requisitos básicos para as plataformas de vendas online.

A deputada federal e Segunda Secretária da Câmara dos Deputados, Marília Arraes (PT-PE), esteve, na tarde desta sexta-feira (19), na sede da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe). Na pauta do encontro, realizado a convite do presidente da entidade, Ricardo Essinger, uma discussão sobre o sistema tributário nacional, os projetos em tramitação sobre a Reforma da Previdência e o desenvolvimento da indústria em Pernambuco.

O evento contou com a presença de integrantes da diretoria executiva da Fiepe, que apresentaram dados e estudos sobre os três projetos que estão tramitando no Legislativo Federal. O grupo técnico também apresentou um levantamento sobre a necessidade de investimento no setor industrial de Pernambuco. "É sempre muito importante ouvir e debater os temas de interesse de nosso país e de nosso Estado com o setor produtivo. Ainda mais em um momento como o que o Brasil atravessa, sob o duro impacto negativo provocado na Economia em função da Pandemia da Covid-19. Garantir emprego, renda e desenvolvimento é uma prioridade para todos nós”, destacou a deputada.

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O presidente Ricardo Essinger também destacou a importância do encontro. "Essa reunião abre um novo ciclo de conversas. Receber a deputada Marília Arraes foi muito importante para enriquecer o debate e ampliar as perspectivas sobre temas de extrema importância para o setor industrial. Com certeza teremos muitos outros encontros”, afirmou Essinger.

*Da assessoria 

Uma plataforma digital online poderá ser uma aliada de profissionais de saúde na identificação e diagnóstico da covid-19. A ferramenta em desenvolvimento na Petrec, graduada pela Incubadora de Empresas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), poderá ser instalada em unidades hospitalares afastadas dos grandes centros urbanos, que enfrentam escassez de profissionais especializados.

Batizada de CovidScan, a plataforma reúne imagens sequenciais de tomografias pulmonares classificadas por tipo de patologia. O objetivo é facilitar o prognóstico médico. A comparação das imagens do pulmão do paciente com imagens previamente classificadas poderá colaborar com o médico no diagnóstico da doença e na tomada de decisão do tratamento.

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Os pesquisadores da Petrec estão configurando um software, dotado de algoritmo de Inteligência Artificial, que filtra as imagens possibilitando identificar a doença com rapidez e precisão.

A pesquisa começou em outubro passado, após a Petrec ter sido selecionada em primeiro lugar no edital Soluções inovadoras para o combate à covid-19, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O projeto foi contemplado com o valor de R$ 1.249.500,00. O edital faz parte da seleção pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com recursos de subvenção econômica à inovação, concedidos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Segundo o diretor-executivo da Petrec, Josias Silva, em junho o produto deve ser lançado no mercado. “Já temos iniciativas no Brasil e no exterior para a continuidade desse processo não só somente para covid-19 mas para outras doenças e outros órgãos como o coração. A proposta da empresa é também disponibilizar essa tecnologia para hospitais públicos”.

Como funciona a plataforma

No banco de dados da plataforma, o algoritmo processa imagens que apresentam características semelhantes às do pulmão do paciente que está sendo atendido. A comparação das imagens contribui para o médico no diagnóstico da doença pulmonar, que pode indicar covid-19 ou outra doença.

Além disso, o software disponibilizará um conjunto de imagens que tornará possível verificar e quantificar o percentual do pulmão que já foi afetado, se a doença está piorando ou melhorando. A estimativa é que o processo de avaliação seja realizado em menos de 30 minutos, a partir da inserção das imagens da tomografia do paciente no sistema.

A equipe da Petrec, que conta com um médico radiologista, está montando o banco de dados com imagens já disponíveis em sites específicos e classificadas pelo tipo de patologia. Segundo Josias, o banco contará com mais de 600 imagens segmentadas, e que, como cada uma dessas tomografias tem, em média, 300 fatias, no mínimo 180 mil informações cruzadas vão ser geradas.

Hoje instalada no Parque Tecnológico da UFRJ, a Petrec atua no setor de óleo e gás desde que foi criada, em 2003. Sua expertise é em análise de tomografia de rochas de petróleo com uso de Inteligência Artificial. As técnicas empregadas pela equipe no CovidScan foram adaptadas para serem aplicadas na área da saúde.

O projeto da plataforma conta ainda com a colaboração do professor Alexandre Evsukoff, do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia da Coppe/UFRJ.

 

O Google anunciou nesta segunda-feira (1º) o fechamento de seu estúdio de desenvolvimento de videogames, dando a oportunidade para que desenvolvedoras independentes produzam novos títulos para o Stadia, sua plataforma de jogos na nuvem.

No final de 2019, a gigante da tecnologia lançou a plataforma que permite jogar remotamente jogos com a mesma qualidade dos consoles, sem a necessidade de baixar ou comprar equipamentos caros.

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O Google também fundou seu próprio estúdio, o Stadia Games and Entertainment (SG&E), para criar títulos exclusivos.

Mas "criar jogos de melhor qualidade do zero leva muitos anos e um investimento significativo. E os custos estão aumentando exponencialmente", disse o grupo da Califórnia em um comunicado.

“Como já estamos focados na tecnologia Stadia e aprofundando nossos contratos comerciais, decidimos parar de investir em design de conteúdo exclusivo por nossas equipes internas de SG&E”, acrescentou.

A assinatura da plataforma Stadia custa 10 dólares por mês com direito a alguns jogos, mas o acesso à maior parte do catálogo tem um custo maior.

"Claramente, a tecnologia do Stadia funciona em grande escala", garantiu o Google, citando o lançamento do Cyberpunk 2077 como um dos sucessos da plataforma.

"Streaming é o futuro da indústria de jogos e continuaremos investindo no Stadia e em sua infraestrutura", concluiu a gigante de tecnologia.

No final do ano passado, a Amazon lançou um serviço semelhante nos Estados Unidos, batizado de Luna, que compete com o Stadia e com a plataforma xCloud da Microsoft.

O isolamento social – medida adotada para combater a propagação do novo coronavírus – pode trazer alguns prejuízos no desenvolvimento da fala e linguagem das crianças obrigadas a ficar em casa devido à pandemia, alertam especialistas. “Principalmente pela falta de estímulos ambientais e sociais que estavam anteriormente expostas, como por exemplo, na escola, saída com amigos e passeios em família”, explica a fonoaudióloga e especialista em linguagem Lilian Papis. 

Mesmo com a reabertura das escolas, muitos pequenos mantiveram sua rotina em casa com os pais trabalhando em home office ou sob os cuidados de outros adultos. Agora, com as férias escolares e o aumento do número de casos de covid-19, muitos pequenos voltarão a ficar exclusivamente em casa o que deve aumentar o uso de aparelhos eletrônicos como tablets, celulares ou computadores para distrair e entreter as crianças que acabam ficando privadas da comunicação verbal.

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“Pode começar a haver atrasos no desenvolvimento oral, como também gráfico, dificuldades auditivas, tanto periféricas, pelo alto volume ou uso excessivo de fones de ouvido, como também de atenção e concentração e processamento auditivo central”, aponta a fonoaudióloga.

Os meses de quarentena em casa provocaram mudanças nos hábitos até mesmo das crianças que não tinha uma rotina escolar, pois os parques, clubes, praças e áreas de lazer foram fechados para evitar aglomerações.

É o caso do filho da zootecnista Paula Amano Yoshisato, Roberto, de 2 anos e meio. Ela conta que os planos eram que Roberto começasse a frequentar a escola este ano, mas, com a pandemia, ele continuou em casa, aos cuidados da mãe, em tempo integral. “Tínhamos mais contato com outras pessoas e área externa. Agora, ele quer ficar mais tempo em eletrônicos.”

Paula conta que, com a falta de convívio com outras pessoas e crianças, o filho deixou de falar as poucas palavras que já conhecia. Segundo os médicos e fonoaudiólogos, é um processo comum a crianças nessa idade que precisam de estímulos corretos para voltar a falar.

A mãe tem se esforçado para diminuir os efeitos negativos do isolamento no garoto. “Tenho estudado mais sobre atividades, como brincar com tinta, piscina, areia, hortinha”, conta Paula.

Na avaliação da fonoaudióloga Lilian Papis, crianças que estão começando a falar, por volta de 1 ano ou que estão em pleno desenvolvimento de fala e linguagem, entre os 2 ou 3 anos, devem ser diariamente estimuladas através dos cinco sentidos, audição, visão, tato, olfato e paladar. 

“É primordial cantar músicas, brincar com miniaturas, fantoches, contar histórias, nomear figuras ou pedir para que as repita, falar frases relacionadas ao que estão comendo, apresentar diferentes sabores ao seu paladar e estimular o olfato através do cheiro da comida, frutas; imitar sons de animais, meios de transporte, objetos eletrodomésticos, brincar de fazer caretas, mandar beijos, estalar a língua também ajudam muito”, enumera Lilian.

Retrocessos

A supervisora de vendas Leandra Paula Lago diz que percebeu que o filho Raul, de 3 anos, ficou muito ansioso nos primeiros meses da pandemia. “Ele ficou irritado e com necessidade de chamar a atenção dos pais, pedindo para ficar no colo enquanto trabalhávamos, tentava desligar nossos computadores, gritava. Na fala houve alterações, pois o estímulo escolar foi interrompido, então percebi que ele ficou com várias dificuldades, até mesmo no desfralde que foi interrompido”, relata. 

“Já tinha percebido, antes mesmo da pandemia, que os colegas da escola [estavam] sempre na frente e ele com muitas dificuldades em se comunicar. Com a pandemia e encerramento das aulas, piorou muito.”

Raul começou a fazer tratamento com a fonoaudióloga em abril e a mãe logo percebeu uma evolução. “Hoje ele ainda não se comunica como uma criança da idade dele, mas já melhorou muito. Retornei o processo de desfralde com isso. Fazíamos [o tratamento com a fonoaudióloga] on-line e agora estamos presencial”, relata. 

Atualmente ela está oferecendo outros estímulos para a criança. “Estou lendo bastante com ele, brincando mais junto e evitando celular. Claro que, no horário de trabalho, fica complicado não dar o celular para ele, senão ele nos atrapalha, mas com novos brinquedos estamos conseguindo mantê-lo mais calmo”, completa Leandra.

Mesmo sem o convívio escolar, as brincadeiras em casa devem estimular a fala, recomenda a fonoaudióloga Lilian Papis. “Em casa as crianças precisam ser estimuladas todos os dias, pelo menos uma hora, com os pais ou responsáveis a brincar, cantar músicas, falar, estabelecer diálogos, conversar”, destaca a especialista.

“Para as crianças em fase de alfabetização, incentivar também brincadeiras que envolvam reconhecimento e nomeação das letras, relacionando-as com seus sons, brincar com rimas, memória auditiva, memória visual, quebra-cabeças, dama, xadrez, jogos que requeiram a atenção, como também a escrita das letras, sílabas e palavras. Para os maiores, além de tudo isso, acrescentar leitura de textos, livros, gibis, escrita de pequenos textos, jogos como forca, stop, caça-palavras, palavras cruzadas, dentre outros”, elenca Lilian.

Avanços

Já com Samuel, 4 anos, o processo de isolamento não trouxe retrocessos na fala, ao contrário, o vocabulário aumentou, surpreendendo a mãe, Danielle Pereira Mateus.

Antes mesmo da pandemia, o menino já fazia acompanhamento com fonoaudióloga e psicóloga porque, na escola, batia nos amigos. “Procuramos uma psicóloga e ela notou que ele tinha um atraso de linguagem, como não conseguia se comunicar direito, batia nos amigos, era a maneira dele se comunicar. Começamos um trabalho com a fonoaudióloga em julho do ano passado, quando a gente ainda nem pensava em pandemia! Fizemos esse trabalho até março, quando veio o isolamento e as sessões pararam”.

Danielle disse que temia o retrocesso no processo de fala do pequeno o que acabou não se confirmando. “Tinha muito medo que ele regredisse, mas não, por incrível que pareça, o vocabulário dele aumentou, como o tempo dele em tela era muito maior, ele começou a ver vários vídeos diferentes, mudou o vocabulário, eu confesso que me surpreendi, porque para mim a quarentena ia ser um caos! Hoje ele já fala tudo certo e já está em processo de alta com a fonoaudióloga. No caso dele, o que me deixou feliz foi que não houve nenhum tipo de regressão”. 

A especialista em linguagem Lilian Papis explica que a estimulação - tanto auditiva quanto visual - é benéfica para o desenvolvimento da fala e da linguagem infantil e que, nos aparelhos eletrônicos, os vídeos e desenhos são bem coloridos e estimulantes. “A criança aprende através de estímulos repetitivos e imitação, portanto em alguns casos isso pode ajudar, ou em outros prejudicar este desenvolvimento, pois existe a privação da necessidade de comunicação, de diálogo com a família, o que pode atrasar ou interferir neste processo, além de poder prejudicar o desenvolvimento da atenção e gráfico”. 

Lilian enfatiza que é importante saber dosar a quantidade de horas diárias que as crianças passam na frente das telas e estimular a brincadeira infantil, contação de histórias, rodas de conversas e jogos entre os familiares.

“Oriento ainda a estimular a criança sempre de frente para ela, na altura dos seus olhos para ter um adequado contato visual; não falar infantilizado; dar sempre um correto modelo de fala, não repetir o erro da criança, pois ela aprende a falar através da audição, repetição e imitação, mesmo que ela não consiga pronunciar a palavra corretamente, fale o certo. Ela deve ainda comer alimentos adequados para sua idade, pois a mastigação também é de extrema importância para o desenvolvimento da fala e linguagem”, acrescenta a especialista.

Mudanças de comportamento

Durante a infância, o cérebro da criança se desenvolve com muita rapidez gerando grandes aprendizados. Com a chegada da pandemia e o isolamento dos pequenos em casa, muitos estímulos necessários para a ampliação do desenvolvimento cognitivo infantil podem ter diminuído. 

Para especialistas, essa falta de contato com outras pessoas e de vivência fora de casa pode ter prejudicado não só a fala, mas trazido alterações no sono, no humor e no apetite das crianças.

“Não podemos desconsiderar os possíveis estressores ambientais que impactam nas crianças, sobre isso podemos pensar em mudança de rotina e novos papéis atribuídos aos pais, perda de familiares pela covid-19, mudanças estruturais como perda de emprego e pais com pouco manejo emocional”, destaca a psicóloga especialista em terapia cognitivo comportamental e neuropsicologia Roberta Alonso.

“As crianças têm apresentando humor mais irritado, alterações do sono e comportamentos de impaciência, assim como regressão em sua autonomia, sobrecarregando os pais”, completa a especialista.

A psicóloga sugere aos pais trabalhar as próprias emoções e expectativas. “As crianças estão em desenvolvimento e têm condições de retomar e melhorar suas habilidades quando começarmos a retomar a rotina em segurança. É importante pensar que a frustração também faz parte do desenvolvimento e esse período também está a ensinar isso”, afirma.

Os desmatamentos recordes promovidos pelo governo Jair Bolsonaro foram completamente ignorados na "Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil", publicada em decreto pelo governo nesta terça-feira, 27. Ela estabelece uma série de diretrizes e metas econômicas, sociais e ambientais dentro do planejamento do governo, para o período de 2020 a 2031.

No "eixo ambiental" do decreto, as metas de combate ao desmatamento não aparecem, assim como não há nenhuma menção à Amazônia ou ao Pantanal, biomas que, desde o ano passado, registram os piores níveis históricos dos últimos anos em relação a desmatamentos e queimadas. A atenção do governo está voltada, basicamente, a tratamentos urbanos. Uma das metas prevê que a quantidade de lixões e aterros controlados em operação, que somavam mais de 2,4 mil locais em 2017, seja totalmente zerada até 2031.

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O tratamento de esgoto coletado, realidade para 46% da população, chegaria até a 77% em 2031. Essa meta, na prática, joga fora o plano de ter cobertura de todo o território nacional até 2033, como previa o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) até o ano passado. Sobre as perdas no sistema de distribuição de água, o índice que hoje é de 37% cairia até 25% daqui a 11 anos.

De forma genérica, sem citar nenhum dado efetivo, o decreto afirma que o "desafio" do governo é "assegurar a preservação da biodiversidade, a redução do desmatamento ilegal, a recuperação da vegetação nativa e o uso sustentável dos biomas nacionais".

Para "garantir a continuidade do declínio do desmatamento ilegal", o governo afirma que deve "impulsionar a recuperação de áreas desmatadas e degradadas com a utilização de tecnologias adaptadas a cada bioma", além de "reduzir a ameaça de extinção de espécies da biodiversidade brasileira".

Na semana passada, o vice-presidente, Hamilton Mourão, admitiu que o governo federal ainda tem muito o que fazer e apresentar, efetivamente, em medidas de proteção ao meio ambiente. "O governo está agindo. Agora, precisa apresentar melhores resultados. Isso é uma realidade", declarou, após encontro realizado na sexta-feira, no Itamaraty,com embaixadores europeus.

O vice-presidente, que comanda o Conselho Nacional da Amazônia, um comando militar que atua na floresta, disse que o Brasil persegue a meta de reduzir o desmatamento atual para menos da metade da área degradada, até 2023, chegando a cerca de 4 mil km². "Seriam aqueles números melhores que nós tivemos na década passada. Temos de fazer o impossível para que isso aconteça", comentou Mourão, um dia após o presidente Jair Bolsonaro declarar que diplomatas estrangeiros não vão encontrar "nada queimando ou sequer um hectare de selva devastada" na Amazônia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Numa sinalização de que manterá sua ofensiva contra o aborto, o documento "Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil" publicado em decreto pelo governo, na terça-feira (27), traz, em seu "eixo social", a afirmação de que o governo deve "promover o direito à vida, desde a concepção até a morte natural, observando os direitos do nascituro, por meio de políticas de paternidade responsável, planejamento familiar e atenção às gestantes".

A bandeira contra o aborto é puxada pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que reiteradamente critica as possibilidades médicas de interrupção de gravidez, até as previstas em lei. Na semana passada, Brasil e EUA se uniram a uma aliança internacional, batizada de "Consenso de Genebra", antiaborto.

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No teatro, o corpo se expressa por meio da fala, dos movimentos e da dança, o que exige maior exposição de quem pratica. As técnicas trabalhadas pelas artes cênicas podem levar a caminhos além dos palcos e resultar em uma melhora na comunicação e nas relações interpessoais.

"Para que uma comunicação eficaz exista, precisamos estar atentos a nós mesmos, ao que sentimos, à situação ou o contexto, e ao outro. Tudo isso para aprender a se expressar e se posicionar diante do outro. Isso é uma construção da vida inteira, desenvolvendo diversas habilidades, como assertividade e empatia", explica a psicóloga clínica Daniela de Oliveira.

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Giovana Viana, que é atriz, dançarina e professora da Companhia Múltiplas, afirma que saber se expressar oralmente é muito importante para qualquer pessoa, e que a capacidade de se comunicar não tem relação direta com o fato de ser introspectivo ou extrovertido, mas sim com a habilidade de transmitir a informação da melhor maneira possível, vagando entre aquilo que se pensa e sente. "As pessoas são condicionadas a falarem muito, mas isso não quer dizer que serão boas comunicadoras", afirma.

A atriz percebeu benefícios em sua comunicação quando se interessou pelo teatro. "O aumento e conservação da autoestima, melhoria na dicção, capacidade de desenvolver um maior jogo de cintura para algumas situações específicas e aumento do vocabulário são alguns pontos que ganharam evolução", comenta.

"O teatro trabalha a expressão, a desinibição ao falar em público. Isso pode ajudar bastante. Entretanto, sozinho, não trabalha tudo que é necessário. O autoconhecimento parte de uma necessidade que vai além", diz a psicóloga Daniela, que afirma não haver divisão entre as áreas da vida e uma boa comunicação, pois tudo está conectado e os praticantes são capazes de aperfeiçoar qualquer prática que seja aprendida.

"A boa comunicação não é inerente ao ser humano, a comunicação é uma habilidade. Nem a fala em si é inerente, nós herdamos biologicamente todo o potencial da fala, mas precisamos de outros seres humanos para aprendê-la, temos que desenvolvê-la. Assim também é com a comunicação. É uma habilidade desenvolvida e trabalhada a cada conversa, a cada diálogo", finaliza Daniela.

 

Através de uma coletiva online realizada nesta quarta-feira (23), o Governo de Pernambuco anunciou que a partir da próxima segunda-feira (28), início da semana epidemiológica quarenta, a Macro 1, que compreende a Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata e parte do Agreste de Pernambuco, avançam para a etapa nove, podendo voltar a funcionar os eventos sociais como casamento, batizados, aniversários e festas.

Os eventos culturais como cinemas, teatros, apresentações e similares também estarão autorizados, tendo que reduzir a capacidade da apresentação para no máximo 100 pessoas, ou 30% da capacidade do espaço. O horário de funcionamento dessas atividades deverá ser das 6h às 00h, devendo seguir os protocolos especificados pelas autoridades local. 

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Também a partir da próxima segunda-feira (28), o governo decidiu alterar as cargas atribuídas aos serviços de alimentação como restaurantes, lanchonetes e cafeterias. As GERES que se encontram na etapa nove do plano de retomada, poderão ampliar para 70% da capacidade do estabelecimento, assim como o horário de funcionamento, que estava permitido até às 22h, passa a ser permitido das 6h até às 00h.

As cidades das GERES de Recife, Goiana, Limoeiro, Palmares e Caruaru, terão antecipadas essa nova carga para os serviços de alimentação já a partir desta quinta-feira (24).

As GERES 9 E 10, das cidades sede de Afogados da Ingazeira e Ouricuri, avançam para a etapa oito, podendo voltar a funcionar escritórios com 100% da capacidade de funcionários, museus e espaços de exposição sobre novos protocolos. 

“Desde o anúncio do nosso plano de convivência das atividades econômicas com a Covid-19, em 1º de junho, nós planejamos a entrada das etapas a partir das análises do comitê (do Gabinete de Crise) do comportamento da pandemia através das semanas epidemiológicas. Sempre buscamos encontrar o equilíbrio de permitir a volta das atividades, mas evitando o avanço do coronavírus", esclarece o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach.

Pernambuco está na 17ª semana desde o início do plano de convivência. Schwambach aponta que, a partir da próxima segunda-feira (28), o estado deve entrar na fase verde do plano, que corresponde a fase dois da matriz de risco da pandemia, que numa escala que vai de 1 a 5, Pernambuco chegou na cinco. 

O secretário Schwambach destaca ainda que cada GERES deve avançar de etapa no plano de convivência a cada 15 dias. Se tudo correr bem, todo estado deve estar em pleno funcionamento, com todos os setores normalizados, a partir do dia nove de novembro. "A etapa azul, que corresponde a etapa onze, a última etapa do nosso plano de convivência, é a que chamamos de 'novo normal'. Teremos todas as atividades econômicas permitidas a voltar a funcionar, sendo que com cargas específicas, pois enquanto não tivermos uma vacina, ou um medicamento eficaz, devemos aprender a viver com o coronavírus, sempre obedecendo os protocolos de funcionamento nos seus três eixos: higiene, distanciamento social e comunicação e monitoramento", pontua Bruno.

Perder o sono e apresentar alterações de humor ao longo do dia. Essas foram algumas das mudanças que a estudante de Pedagogia Petra Nuí, 25 anos, percebeu no comportamento do filho de quase dois anos. O motivo? O isolamento causado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que tem afetado o desenvolvimento infantil.

Petra se junta a lista de pais que notaram as alterações. Para o psicólogo Reinaldo Braga, é preciso manter o mais estável possível a rotina da criança, principalmente aquelas que já convivem com a dinâmica escolar, e se policiar. "O equilibrio emocional dos adultos também leva a um bom desenvolvimento infantil", diz.

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Conversar com a criança e propor atividades interativas, como dança, pintura, música e desenho, que ajudam a aprimorar audição, percepção, criatividade e coordenação motora, são algumas das indicações de Braga. Petra segue algumas dessas orientações. "Percebi uma aproximação maior dele com a música e, usando um violão, encontrei um passatempo saudável", conta ela. 

Para o psicólogo, a participação dos integrantes da família na rotina da criança é importante para seu desenvolvimento. "É preciso motivar a criatividade e expressão corporal de variadas formas estando presente nessas atividades. Esse é o melhor caminho para, em épocas conturbadas, assegurar um desenvolvimento e relações saudáveis com as crianças da casa", orienta.

Durante as décadas de 1980 e 1990, uma das grandes “batalhas” nas residências brasileiras era pela muitas vezes única tela de televisão disponível em casa. Com aparelhos de satélite para canais de TV aberta, TV por assinatura, videocassete e videogames – todos conectados ao televisor –, a disputa pelo uso do utensílio envolvia todos os membros do núcleo familiar pelo máximo de tempo possível frente ao item cuja longa exposição fazia “mal à vista”.

Essas disputas já estão distantes da vida de boa parte da classe média brasileira há mais de uma década, pois as famílias passaram a ser “multitela”, com televisões em salas de estar, quartos e até cozinhas. Entretanto, estas não são mais as telas mais utilizadas da casa. Em vez disso, os campeões nesse quesito têm sido os celulares, pois o Brasil já ocupa a quinta posição em ranking referente ao uso cotidiano desses aparelhos no mundo, conforme menciona artigo da Agência Brasil.

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Fonte: Unsplash

As telas de televisão, no entanto, continuam multiconectadas. Consoles de videogame continuam a ocupar uma das conexões oferecidas pelas TVs modernas enquanto PCs e notebooks também fazem parte da esquemática. Entretanto, a parte obrigatória de toda TV – e aparelho eletrônico em geral – que se preze hoje em dia é a possibilidade de conexão com a internet, seja ela com ou sem fio. Isso se dá pelo fato de termos cada vez mais produtos e serviços sendo acessados por meio de plataformas que só podem ser encontradas na rede de computadores mundial. De fato, os mais recentes jogos de videogame com modo para apenas um jogador têm limitações quanto ao seu uso “offline”, uma vez que algumas partes da experiência destes games exige conexão constante à internet.

Outro fator importante é a possibilidade de se ter jogos, aplicativos e plataformas online em geral que possam ser acessados de vários aparelhos diferentes, de forma que a experiência do usuário seja excelente independentemente do seu modo preferido de acesso. Nesse contexto, desenvolvedores de games, apps e afins têm dedicado cada vez mais tempo para desenvolver tecnologias relativas ao acesso de seus produtos a partir de celulares, uma vez que esses são o “carro-chefe” da introdução e expansão do mercado tecnológico em países como o nosso.

Entre plataformas que antes tinham como foco a experiência pelo desktop e que hoje se concentram cada vez mais em fornecer experiências satisfatórias por meio de celulares, encontram-se algumas das mais confiáveis do setor de iGaming, às quais é possível ter acesso caso visite o CasinoTopsOnline para ver o top 10 de plataformas do gênero. Sites de cassino online costumam oferecer modalidades diversas, que variam de jogos de carta como blackjack à roleta e aos caça-níqueis. Por conta dessa variedade de serviços e produtos, essas plataformas procuram otimizar constantemente a experiência dos usuários via celular, fornecendo uma interface adequada para garantir entretenimento de qualidade não importando o local em que os clientes estejam. Além disso, alguns dos principais jogos para PCs dos últimos anos, caso de Fortnite e League of Legends, têm versões para celular que já atraem milhões de jogadores para as telas diminutas dos smartphones mundo afora. A experiência mobile tem sido tão visada que cada vez mais jogos vêm sendo lançados de forma praticamente simultânea em PCs e smartphones. Esses foram os casos de Teamfight Tactics e Dota Underlords, jogos de estratégia de batalha da Riot Games e da Valve, respectivamente, que parecem ter sido criados de modo que a experiência de jogo pelo celular fosse tão agradável quanto a de PC.

Fonte: Unsplash

A portabilidade dos celulares acabou invadindo também o mundo dos consoles. Uma plataforma de videogames “híbrida”, como o Nintendo Switch, que pode ser usado tanto acoplado em uma plataforma fixa quanto conectado a uma grande tela de televisão, ou em qualquer cômodo de casa e canto de rua graças à sua tela nativa, é um dos melhores exemplos atuais dessa mistura.

O fato de o “multitela” ser agora uma parte integral de nossas vidas pode não ser muito bem-visto pelos céticos da tecnologia, que comentam a respeito das dificuldades de atenção causadas pelo fluxo constante de informações que essa conexão permanente à internet pode ocasionar. Entretanto, as benesses desse novo paradigma não podem ser deixadas de lado e acabam se sobressaindo a qualquer outro ponto de vista. Com várias ofertas de mídia e de entretenimento nas palmas das nossas mãos e não mais concentradas em um único lugar da casa, tensões familiares por conta do uso da TV são coisa do passado. Hoje em dia, basta uma boa conexão sem fio e um fone de ouvido para adentrar e começar a explorar um novo mundo.

O universitário Robson Muniz, estudante do curso de engenharia civil da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), criou um respirador emergencial de baixo custo, construído à base de componentes exclusivamente nacionais. O custo médio do produto final gira em torno de R$ 2,5 mil, valor menor que os ventiladores mecânicos de preços mais acessíveis. Os adquiridos pelo Ministério da Saúde em abril deste ano, por exemplo, chegaram a custar a US$ 13 mil cada (aproximadamente R$ 69,6 mil, de acordo com a cotação atual).

Para desenvolver o respirador, Robson usou uma bolsa de ressuscitação manual conhecida como "bolsa Ambu", um motor de vidro elétrico de carro e peças mecânicas, projetadas de modo a permitir que o produto seja potente e simultaneamente leve. "Na parte eletrônica que controla o motor, o respirador usa uma placa (de prototipagem eletrônica de código aberto) chamada Arduíno, que tem hardware (parte física de um computador) incorporado", explicou à Agência Brasil. Esse hardware serve para controlar a velocidade com que a bolsa vai ser pressionada, assim como o volume de ar que o paciente receberá por minuto.

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O estudante esclareceu que o projeto foi desenvolvido obedecendo os requisitos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e teve apoio de todo os professores do curso de engenharia da PUCPR. Robson vem trabalhando no produto desde maio deste ano e aguarda a certificação pela Anvisa ainda esta semana, para que possa buscar um investidor interessado em produzir o respirador.

Segundo ele, a ideia por trás do projeto é "fazer uma coisa bem acessível que possa servir em postos de saúde, hospitais, no atendimento a pessoas infectadas pela covid-19, desde a unidade de pronto-atendimento até a unidade de terapia intensiva". Os testes do aparelho foram realizados nos hospitais Universitário Cajuru (HUC) e o Marcelino Champagnat, ambos da PUCPR.

Montagem rápida

Pensando na demanda mundial por respiradores durante a pandemia do novo coronavírus, Robson quis desenvolver um aparelho artificial que pudesse ser produzido rapidamente. Cada motor desenvolvido por ele pode ser montado em menos de uma hora, por apenas uma pessoa. "Dá para montar centenas em um dia só", destacou, afirmando que o projeto pode ser reproduzido a nível nacional.

No entanto, o estudante observa que esse é um equipamento emergencial, liberado pela Anvisa para uso apenas durante a pandemia. "Depois, ele tem que ser recolhido. Ele é, justamente, para aliviar o sistema de saúde neste momento", esclareceu. O projeto fica ligado direto, no mínimo, durante 15 dias. "Ele não pode dar defeito porque o paciente fica sedado e respira por meio dele."

A máquina foi validada no Centro de Simulação da PUCPR, sob a supervisão da direção geral do Hospital Universitário Cajuru (HUC), em Curitiba. O diretor geral do HUC, Juliano Gasparetto, afirmou que, pelos testes executados, "o aparelho já teria condições de ser utilizado para atender os pacientes infectados pelo novo coronavírus e até em cirurgias".

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou, nesta segunda-feira (29), que o ex-candidato à presidência da República e vice-presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ciro Gomes, participará de uma aula magna. Abordando o tema “Direito e Desenvolvimento”, o evento será on-line, no dia 3 de julho, às 19h.

A aula magna é uma promoção do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ)/Faculdade de Direito do Recife (FDR) e do Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) da UFPE. O professor Walber de Moura Agra fará a mediação da iniciativa, que também contará com as participações dos professores Francisco Queiroz e Mariana Fischer.

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De acordo com a instituição de ensino, o evento é aberto ao público e poderá ser acompanhado via YouTube. Em seu site, a Universidade detalhou a experiência de Ciro no universo político. “Ciro Gomes é formado em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Ao longo de sua vida pública, ele já foi deputado estadual, deputado federal, prefeito de Fortaleza (CE), governador do Ceará, ministro da Fazenda durante o mandato do então presidente Itamar Franco e ministro da Integração Nacional do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também comandou a Secretaria de Saúde do Ceará durante a gestão do governador Cid Gomes. Ciro Gomes foi candidato ao cargo de presidente da República nas eleições de 1998, 2002 e 2018. Além disso, atuou na iniciativa privada”, informou a UFPE.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançou, nesta segunda-feira (1º), o programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG). Com ele, serã oferecidas 1.800 bolsas para formação de recursos humanos qualificados e desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação no País. 

A iniciativa é em parceria com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) e fortalece Programas de Pós-Graduação (PPGs), criados a partir de 2013, que passaram por apenas um processo avaliativo da Capes. 

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A Coordenação informa que os valores a serem investidos levarão em conta, por exemplo, a contrapartida de cada Fundação e a localização geográfica do projeto. No mínimo 30% dos recursos serão aplicados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com exceção do Distrito Federal.

O programa prevê a concessão de bolsas e pagamento de auxílios financeiros pela unidade. As FAPs, por sua vez, além de oferecerem bolsas, darão uma contrapartida que deverá ser, prioritariamente, em valores que correspondam a um percentual mínimo do total financiado pela Coordenação para a execução dos respectivos Planos de Desenvolvimento.

A Capes lançará edital específico, restrito às áreas previamente consideradas prioritárias para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação. A definição será feita em conjunto pelas FAPs e as instituições de ensino superior nos estados, que também vão propor os indicadores para acompanhamento dos resultados. As parcerias serão firmadas por acordo de cooperação entre a Coordenação e a Fundação de Amparo à Pesquisa que tiver a proposta de Plano de Desenvolvimento devidamente aprovada na seleção. Além disso, o convênio poderá envolver entidades privadas ou do terceiro setor.

Importante ressaltar que serão apoiados PPGs emergentes que sejam estratégicos nos estados e atuem em áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento científico e tecnológico nas regiões onde se encontram. “Este programa vai contribuir de forma significativa para o desenvolvimento regional, reduzindo assimetrias, e possibilitando alavancar potencialidades específicas existentes nos estados da Federação", comenta  Benedito Aguiar, presidente da Capes.

Será solicitado às FAPs, anualmente, os seguintes documentos:

-  relatórios técnicos referente à execução do PD-FAP;

- relatórios financeiros referentes aos pagamentos realizados pela FAP;

- realização de seminários para avaliação do PD-FAP;

Após apresentação de justificativas, a CAPES poderá realizar visitas técnicas, previamente agendadas, com foco no contínuo aperfeiçoamento das ações. Já após a formalização, cada FAP deverá disponibilizar, em seu site, informações referentes ao Programa, devendo conter publicação da íntegra do acordo de cooperação, acompanhamento das atividades previstas no PD-FAP e relatórios de gestão referentes às atividades do acordo de cooperação. 

Para mais informações, acesse a portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Em coletiva online realizada na tarde desta quinta-feira (28), o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, anunciou que o Estado deve retomar gradativamente as suas atividades econômicas em um período de 11 semanas.

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Segundo o secretário, um grupo de técnicos, com apoio da consultoria externa, avaliou cada atividade econômica do Estado, considerando o risco sanitário para a saúde, assim como a sua relevância e essencialidade na economia de Pernambuco e na geração de empregos.

"Dentro do nosso plano, estabelecemos um cronograma que prevê a retomada gradativa e planejada das atividades econômicas e está atrelada aos dados de evolução da pandemia de Covid-19 em Pernambuco", explica.

Além disso, Schwambach aponta que foi apresentado aos setores produtivos um plano de horários diferenciados de trabalho para cada um deles, na tentativa de reduzir a quantidade de trabalhadores nos horários de pico no transporte público da Região Metropolitana do Recife.

“Sem vacina ou medicamento comprovadamente eficaz contra o coronavírus, todos teremos que conviver com a doença. Nosso plano pesa quais atividades têm menos impacto nas curvas de contaminação e a relevância econômica de cada setor para definir o cronograma de liberação”, detalhou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach.

Cada atividade econômica deve ter um protocolo de funcionamento específico com três eixos: o primeiro é com a regra do distanciamento social, segundo é sobre a higiene e o terceiro é a comunicação e monitoramento. 

 

O Instituto MRV - vinculado à empresa do ramo da construção civil - criou Instituto Iungo, com o intuito de gerar desenvolvimento profissional de educadores do País. O projeto foi feito para ligar professores, gestores, centros de pesquisa e especialistas a redes de práticas de ensino, entre outros aprendizados.

O investimento inicial foi de R$ 3,6 milhões. O Iungo tem como parceiros o Núcleo de Pesquisas em Novas Arquiteturas Pedagógicas da Universidade de São Paulo (NAP/USP), a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e a Secretaria de Educação de Minas Gerais.

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“Cada educador traz consigo um mundo de conhecimentos e de experiências, e esse universo se amplia na interação com os colegas ao compartilhar práticas e ao aprofundar sua formação”, diz a presidente do Instituto iungo, Maria Fernanda Menin Maia.

A atuação do Iungo é dividida em três áreas interligadas, que são: realizar trilhas de formação continuada de educadores, empreender pesquisas sobre temas relevantes para a ação docente em parceria com universidades de referência e produzir materiais pedagógicos para apoiar o trabalho de educadores e estudantes. “Essas estratégias, simultâneas e complementares, favorecem os educadores a identificar e resolver problemas, aprimorar suas práticas, criar diferentes modos de ensinar, promover o desenvolvimento integral dos estudantes”, alega o diretor de educação do Instituto Iungo, Paulo Andrade.  Quem tiver interesse em mais informações, pode acessar o site do Instituo Iungo

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