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Já chegaram ao Estado os cabos subaquáticos que vão levar energia firme e internet via fibra ótica aos municípios do arquipélago do Marajó e da Calha Norte. A conexão se estenderá por 17 quilômetros, entre a subestação de energia de Vila do Conde, em Barcarena, até Ponta de Pedras. O investimento total é de R$ 250 milhões.

O navio que transportou os carreteis de cabos produzidos pela multinacional Prysmian está ancorado próximo à zona urbana de Ponta de Pedras. Representantes do governo do Estado, Centrais Elétricas do Pará (Celpa) e prefeitos conheceram parte da estrutura nesta semana. A instalação dos cabos na baía do Marajó começa ainda neste mês.

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Do total investido, R$ 120 milhões são provenientes do governo, por meio do Programa de Investimentos em Áreas Sociais (PIS), e R$ 130 milhões da Celpa. “Isso é um marco, pois não podemos pensar em desenvolvimento, turismo, melhoria das condições de vida sem energia firme”, disse o chefe da Casa Civil da Governadoria, José Megale, em entrevista à Agência Pará.

Modificação - O sistema subaquático permitirá que a região do Marajó será interligada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Serão beneficiadas cerca de 450 mil pessoas, somente no arquipélago. Até o momento, a energia é gerada por termelétricas, abastecidas com óleo diesel, que serão desativadas gradativamente.

Com informações da Celpa, Prodepa e Sedeme.

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Não foi apenas um motivo para o Náutico encerrar a parceria com o Mariners e abraçar o Horses, mas o vice-presidente de Esportes Amadores, Sérgio Lopes, apontou a resistência do ex-time de futebol americano em adotar o vermelho e branco como fundamental para a mudança. O novo projeto caminha em moldes teoricamente similares ao antigo acordo. Mas a semelhança deve mudar bastante na prática. A parceria do Timbu com seu novo time de futebol americano foi divulgada nesta sexta-feira (19), no auditório do clube, no bairro dos Aflitos, Zona Norte do Recife.

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Presidente do Horses, Felipe Gonçalves destacou os interesses na procura pelo Náutico. “Nós aqui temos vários benefícios, assim como também vamos trazer melhorias ao clube. É uma boa troca. Nós procuraremos dar injeções financeiras através de bilheteria de jogos e escolinha. Por outro lado, ganharemos estrutura para treinamentos e jogos em estádio próprio, além do fortalecimento da nossa marca aliada a uma instituição centenária”, explicou.

A iniciativa busca agregar sócios fãs de futebol americano ao Náutico. A iniciativa começa já pelo elenco do Horses. A diretoria pretende que todos os atletas se associem ao clube, para dar exemplo e instigar o crescimento do quadro de sócios. Sérgio Lopes comentou a postura do Náutico sobre os esportes amadores. “Estamos focando muito em modalidades com escolinhas, porque dão retorno financeiro direto aos profissionais e à instituição”, disse.

Confira o projeto dos uniformes do Náutico Horses:

                                           

O Náutico Horses já tem data e local marcados para estrear. A primeira partida será em casa, nos Aflitos, no dia 2 de abril, pela Taça Pernambuco, contra o Caruaru Wolves. “Vamos brigar pelo título e acreditamos que temos vantagens, já que contamos com jogadores experientes com passagens em Mariners e Pirates”, destaca Felipe Gonçalves.

Vários clubes do Brasil que têm futebol como carro-chefe também estão apostando em futebol americano. Inclusive, os times estão fazendo ações com os jogadores da bola oval. O vice-presidente de Esportes Amadores também ressaltou a intenção em promover os Horses em jogos de futebol do Náutico, mas apontou possíveis dificuldades para negociar com o Consórcio da Arena Pernambuco e produzir as ações.

“Não dá para prometer nada em relação a isso porque existem algumas dificuldades”, falou Sérgio Lopes. E completou: “Para você ter noção, temos direito a utilizar o telão do estádio durante apenas 30 segundos durante o intervalo de jogo”.

Mariners

Apesar do fim da parceria com o Náutico, a equipe do Mariners continua utilizando os Aflitos. Porém, para isso, a equipe – naturalmente – pagará para o Timbu pelos horários requisitados. 

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE), defendeu nesta terça-feira, 26, que o Congresso retome os trabalhos na próxima semana "virando a página" do pacote de ajuste fiscal e do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Afirmando que 2015 foi "o ano do fim do mundo", o petista disse que a palavra de ordem agora é retomar a agenda do desenvolvimento.

Para isso, líderes da base aliada se reunirão na próxima semana com os ministros Nelson Barbosa (Fazenda), Ricardo Berzoini (Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) com o objetivo de firmar um "pacto pelo desenvolvimento", segundo o deputado, e discutir a agenda econômica do País. O pontapé inicial será dado na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado "Conselhão", marcada para quinta-feira, 28, onde é esperado o anúncio de novas medidas pelo ministro da Fazenda. "Nossa expectativa é que essas medidas sejam de retomada do crescimento", disse o deputado, defendendo a retomada das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os projetos de infraestrutura e o lançamento do Minha Casa Minha Vida 3, este para reaquecer o setor de construção civil.

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O primeiro passo no Congresso, explicou Guimarães, é concluir as votações de duas Medidas Provisórias (692 e 694), da CPMF e da Desvinculação das Receitas da União (DRU). O líder falou em abrir diálogo com a oposição para aprovar essas matérias, principalmente a CPMF, que poderá ajudar na recomposição das contas públicas e ter seus recursos divididos entre União, Estados e municípios. "A primeira parte da agenda é essa", disse.

Guimarães defendeu que a Câmara enfrente de maneira célere o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Temos pressa em virar essa página, para o bem ou para o mal. Não tem de ficar discutindo isso o tempo todo. O País não quer ficar preso a isso", disse.

O líder do governo quer que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), monte o mais breve possível a comissão especial que analisará o pedido de afastamento da petista. "O País não quer ver essa Câmara parada, esperando isso ou aquilo", insistiu. Ele enfatizou que é preciso, para retomar o ritmo dos trabalhos na Casa, a definição sobre a situação de Cunha à frente da presidência da Câmara. "Temos de vencer isso tudo logo".

Questionado sobre a proposta de reforma da Previdência, Guimarães pregou que o assunto seja discutido primeiro entre as centrais sindicais e depois com o governo. Em relação à MP 703 - uma das dez enviadas pelo Executivo no recesso parlamentar e que trata dos acordos de leniência com empresas envolvidas em corrupção -, o líder governista disse que a medida é fundamental para a retomada do crescimento. "Acordo de leniência veio para preservar os investimentos. As empresas precisam continuar trabalhando. Quem cometeu o delito já está pagando", declarou o deputado, defendendo a aprovação do "melhor texto" e "em tempo recorde".

Castro

Sobre as críticas às declarações do ministro da Saúde, Marcelo Castro, em relação ao combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, Guimarães destacou que o ministro tem seu apoio e que o governo está se esforçando para "vencer a guerra" contra o mosquito. "Não está havendo nenhum problema na relação dele com o governo. É um ministro que tem nosso apoio e tem feito um esforço tremendo, percorrendo o País nesta mobilização social com governadores e prefeitos. Confio que ele vai dar conta do recado", afirmou.

Guimarães disse não concordar que o mosquito esteja "ganhando de goleada" a guerra. "O governo tem que partir para cima, seja o ministro da Saúde, seja os agentes de saúde, prefeitos ou governadores", emendou.

As regiões Norte e Nordeste dominam a lista de 500 piores municípios do País em termos de desenvolvimento, mas cinco cidades refutaram essa tendência e aparecem entre as 500 melhores do Brasil. Por outro lado, 13 municípios localizados em regiões de elevado desenvolvimento têm indicadores muito distantes de seus vizinhos. São os chamados "estranhos no ninho" detectados pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), referente a 2013.

As notícias positivas vêm de Eusébio, Sobral e Maracanaú, no Ceará, de Araguaína, no Tocantins, e de Fernando de Noronha, em Pernambuco, conforme levantamento da Firjan obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo. Todas elas têm alto desenvolvimento em saúde e educação, além de bom desempenho nas áreas de emprego e renda, transformando-se em ilhas em meio às baixas pontuações obtidas por seus vizinhos.

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O município de Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza, não se acomodou. Em 2013, conquistou o posto de 17.ª cidade mais desenvolvida do País. De lá para cá, o município evoluiu 63,1% em termos de saúde básica. "A cidade conseguiu de fato transformar o desenvolvimento econômico em avanços sociais", avalia Guilherme Mercês, gerente de Ambiente de Negócios e Infraestrutura da Firjan.

Sobral, no Ceará, também é um oásis em meio ao baixo desenvolvimento. Seu índice de emprego e renda é o nono melhor do País. A média das escolas da rede pública no Ideb, exame de avaliação da educação básica, ficou em 6,5 pontos em 2013, ante os 3,8 pontos conquistados pela vizinha Santana do Acaraú.

Por outro lado, 13 municípios em regiões de elevado desenvolvimento estão entre os 500 piores do Brasil. A realidade é semelhante: baixo desenvolvimento em saúde, em educação e mercado de trabalho pouco formalizado.

Santa Maria do Suaçuí, em Minas Gerais, ocupa a 2.358ª colocação no ranking nacional de educação. Por lá, as vagas em creches e pré-escolas atingem apenas 33,9% das crianças de até cinco anos de idade.

Já Campinápolis, no Mato Grosso, sofre com falta de estrutura para gestantes. Completam a ponta de baixo da lista os municípios de Juvenília, Água Boa, Salto da Divisa, São Sebastião do Maranhão, Crisólita, Santa Helena de Minas e Bertópolis (todos em MG), Baliza (GO), Paranhos e Tacuru (MS), além de Nova Nazaré (MT). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O estudante de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Vitor Hazin, desenvolveu o protótipo de um braço robótico controlado pelo cérebro, capaz de ajudar pessoas que perderam o movimento do membro. O projeto foi pensado e posto em prática durante o intercâmbio do aluno na Universidade de Reading, na Inglaterra, onde passou um ano como bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF).

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O equipamento, diferente de outras próteses que são comandadas por estímulo muscular, funciona através de sinais cerebrais. “Para fechar a mão, basta fazer um gesto de concentração e, ao imaginar que estou movendo minha mão, consigo detectar e enviar o sinal para o braço ir para a esquerda ou para a direita”, explica Hazin, que gastou cerca de R$ 1,9 mil no equipamento.

Até o momento, o braço robótico foi testado apenas com o próprio inventor e ainda deve passar por melhorias antes de chegar ao mercado. “O braço ainda não tem força suficiente para sustentar alguns objetos, além de outras alterações que preciso fazer para tornar acessível”, complementa o estudante.

A ideia surgiu quando Vitor Hazin cursou uma disciplina de mestrado, na Universidade de Reading, em que aprendeu a controlar um jogo com o piscar dos olhos com uso do eletroencefalograma - equipamento utilizado para detectar sinais cerebrais. Com o término da disciplina, ele comprou um equipamento desse tipo com o intuito de fazer algum projeto controlado pelo cérebro, nascendo, assim, o braço robótico.

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Em encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro (PTB), afirmou que o Brasil "vive uma transição" econômica, mas vai "inaugurar um novo ciclo de crescimento”. Para o ministro a economia brasileira passa por dificuldades, em um momento de transição e ajustes, mas que o setor produtivo não pode se pautar pelo pessimismo.

“Esse pessimismo disseminado na sociedade preocupa, pois não encontra correspondência na realidade. A história do Brasil é marcada por superação de dificuldades, os pessimistas estão sempre fadados a perder". Monteiro lembrou que Santa Catarina tem um parque industrial desenvolvido e uma corrente de comércio forte, que pode ser um diferencial. "Aqui se forjou uma indústria vigorosa, e crescer pela indústria é sempre melhor, a indústria tem uma grande capacidade de forjar um modelo de desenvolvimento mais virtuoso”, disse.

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O ministro afirmou ainda que as exportações são o caminho para a retomada do crescimento econômico.  "A retomada mais robusta do crescimento econômico não pode prescindir do canal externo. As exportações ao lado dos investimentos e do aumento da produtividade são os três canais de retomada do crescimento econômico”, disse o ministro. Aos empresários, Monteiro lembrou que há cerca de um mês foi lançado o Plano Nacional de Exportações, com o propósito de conferir um novo status ao comércio exterior para o Brasil.

“Defendemos uma inserção qualificada nas cadeias globais de valor, levando em consideração a estratégia de crescimento do país e o perfil da nossa estrutura produtiva”. Segundo o ministro, “esse reposicionamento não implica desprestigiar parceiros com os quais o Brasil já tem intenso relacionamento comercial, mas ampliar o foco das ações com vistas a obter melhores resultados”. Monteiro afirmou ainda ser “equivocada a compreensão de que existe uma contradição entre atuar, simultaneamente, nas frentes bilateral, regional e multilateral. Essas vias não são excludentes. Na verdade, podem e devem ser complementares”.

 

O tom de um início para um novo ciclo do PT em Pernambuco marcou a posse de João Paulo como novo superintendente da Sudene, nesta terça-feira (28). Prestigiada pela base petista e por políticos da região, o clima de festa foi perceptível desde a chegada da comitiva que acompanhava João Paulo, quando muitos gritavam que "o PT voltava ao poder", até o discurso final.

Disposto a reativar a Sudene, durante a posse, João Paulo elencou prioridades, enalteceu os investimentos do Governo Federal, criticou o pessimismo da oposição e se colocou disposto a criar um plano de trabalho para retomar o crescimento do Nordeste. "Existem muitos desafios a vencer no Nordeste e no Norte de Minas e do Espírito Santo. Assumo essa missão para fortalecer e ampliar o poder de articulação política da região e vencer as dificuldades", cravou.

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Numa cerimônia recheada de discursos, o ex-superintendente da autarquia, José Márcio Maia, foi o primeiro a falar. Ele pontuou a necessidade de que a União, os Estados e o Legislativo sejam sensíveis à retomada do protagonismo da Sudene e agradeceu pela oportunidade de comandar a autarquia. “A Sudene precisa de uma nova estruturação e de força. Tenho certeza que os governadores voltarão a fazer do Condel [Conselho Deliberativo] um fórum legítimo para discutir as questões do Nordeste”, frisou. “Demos uma organizada administrativa, espero ter contribuído para que agora João Paulo faça uma boa gestão aqui”, acrescentou Maia.

Se colocando como porta-voz da presidente Dilma Rousseff (PT), o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), pontuou que a “Sudene está muito bem entregue nas mãos de João Paulo”. “Sempre digo que o Nordeste deixou de ser exportador de mão de obra desqualificada e virou a solução. A Sudene revitalizada tem o papel central na política de desenvolvimento regional. Acredito que você, João Paulo, cumprirá esse papel”, elogiou o parlamentar.

“Nessas horas [de crise] temos que estar cada vez mais juntos. Estou cada vez mais convencido que o Brasil superará essa dificuldade. Estamos firmes para dizer que nós vamos seguir em frente, porque ninguém, quando governou o Brasil, olhou mais pelo Nordeste do que Lula e Dilma”, acrescentou o líder governista.

Corroborando Guimarães, o vice-líder da bancada federal, Silvio Costa (PSC), cravou que a autarquia adquire com a posse de João Paulo “mais cheiro de povo”. “Desde 1989, independente do meu partido, meu coração é vermelho. (...) Todas as vezes que olho para você, João Paulo, eu me lembro das dores e das mazelas sociais. Como Lula, você é filho da dificuldade. Posso dizer com todo respeito aos técnicos que já passaram por aqui, que hoje a Sudene adquire mais cheiro de povo e de gente”, discursou.

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Entre os governadores do Nordeste que participaram do evento, o desejo de condensar forças para ampliar o desenvolvimento regional foi o mais frisado. “A Sudene tem o papel de pensar o Nordeste brasileiro e no fórum dos governadores do Nordeste temos fortalecido essa unidade”, pontuou o gestor do Ceará, Camilo Santana. “Queremos governabilidade e instituições cada vez mais fortes. Não canso de repetir o que Eduardo já dizia: o Nordeste não é mais problema, é solução para o Brasil”, observou, acrescentando, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

Além deles, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), também estava presente na posse. O presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Paulo Rubem Santiago (PDT), os deputados federais Silvio Costa (PSC) e Luciana Santos (PCdoB), a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), a deputada estadual e presidente do PT de Pernambuco, Teresa Leitão, e o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), são outros nomes que marcaram presença.

Brincar é coisa séria. Por meio da brincadeira - não apenas de jogos educativos ou de atividades orientadas por adultos - as crianças aprendem lições importantes, como se relacionar umas com as outras e obedecer a regras. Assim, é imprescindível que haja tempo para a diversão. Segundo especialistas, no entanto, pais ansiosos pelo sucesso dos filhos têm se esquecido ou valorizado pouco esses momentos.

Desde os anos 1940, pesquisas sobre o desenvolvimento humano já identificam o protagonismo das brincadeiras na formação das crianças, sob os aspectos cognitivos, emocionais, físicos, sociais e morais. Mais recentemente, a neurociência identificou evidências de como o cérebro recebe e processa informações e estímulos colhidos do ambiente pelos sentidos e a importância do brincar nas sinapses - ligação entre neurônios.

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"Os neurocientistas mostraram que os afetos positivos na interação da criança com o adulto geram sentimentos de segurança e prazer, fatores imprescindíveis para a saúde mental", explica a educadora Adriana Friedmann, em um estudo encomendado pela Bauducco.

Pesquisadora do tema, Adriana afirma que a ansiedade excessiva dos adultos acaba deixando em segundo plano as necessidades dos pequenos. "A gente não tem realmente respeitado o ritmo das crianças. Tudo precisa ter equilíbrio."

Alguns pecadilhos são comuns no dia a dia. Por exemplo: quando o pai apressado ou o professor interrompe uma brincadeira abruptamente, desmontando um mundo, uma linguagem que estavam sendo construídos. Ou ainda o adulto que intervém sem necessidade enquanto a criança brinca sozinha, o que é natural entre os mais novos.

"Os pais podem ser bons observadores das ações e interações infantis, sabedores que, ao brincar, a criança está talhando sua visão de mundo", afirma a professora aposentada da Universidade de São Paulo (USP) Zilma Oliveira.

A educadora alerta que, muitas vezes, a escolas também falham. "Nas escolas, predomina a ideia do ensino centrado no professor e as brincadeiras livres costumam ser vistas como lazer, ignorando seu valor na promoção de importantes aprendizagens, ainda que fora do menu pedagógico."

Para os pais

Coordenadora pedagógica da Escola Stance Dual, de São Paulo, Liliane Gomes conta que é necessário investir no diálogo com os pais para que eles entendam a importância das atividades livres. Na unidade, os alunos costumam ter três momentos ao longo do dia em que ficam livres.

"Principalmente em relação às crianças de 5 anos, os pais ficam muito ansiosos de que eles estejam lendo e escrevendo. Precisamos de reuniões extras para que eles diminuam essa ansiedade", explica Liliane. "Quando elas brincam, aprendem a resolver os problemas. E essa é a meta da vida."

Até mesmo fora do ambiente escolar, a pressão por resultados do brincar é sentida. A pedagoga Paula Kesselman coordena o espaço Mamusca, na zona oeste da capital paulista, onde pais levam seus filhos para brincar. "Tivemos dificuldade no começo porque muitos pais nos perguntavam: ‘Eles vão ficar soltos assim?’"

O Mamusca mantém educadores observando ou sugerindo brincadeiras, histórias, além de oficinas - que não têm horário definido. O espaço abriu ainda a Escola de Pais, para aproximar os adultos do livre brincar.

Enquanto era amarrado em uma brincadeira pelo filho Giovanni e pela amiguinha Julie, ambos de 4 anos, o engenheiro João Arantes, de 50 anos, disse que sabia a importância do brincar. "Em casa, a gente faz laboratório de desenho e de massinha. A gente se diverte muito", afirmou o professor universitário. "Quero que ele tenha autonomia para decidir."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O CEO DO Google, Larry Page, acaba de anunciar a criação da Sidewalk Labs, uma empresa independente que vai concentrar seus esforços em melhorar a qualidade de vida nas grandes cidades através do desenvolvimento de tecnologias para lidar com questões urbanas como custo de vida, transporte e uso de energia. O empreendimento, com sede em Nova York, será dirigido por Dan Doctoroff, que já foi vice-prefeito da cidade e CEO do grupo de mídia Bloomberg.   

Ao anunciar a nova empresa, Dan Doctoroff afirmou que este é o início de uma transformação histórica na vida urbana. “Numa altura em que as preocupações com a equidade urbana, custos, saúde e o ambiente estão se intensificando, a mudança tecnológica sem precedentes vai permitir que as cidades tornem-se mais eficientes, ágeis, flexíveis e resilientes”, complementou.

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Para isso, a Sidewalk Labs desenvolverá tecnologias nas áreas de mobilidade, eficiência energética e custo de vida. Em post publicado no Google+, Larry Page comparou a nova companhia ao Google X, projeto que se dedica a pesquisa e desenvolvimento em não só melhorar a condição da vida humana, como prolongá-la.

O Plano Municipal de Educação (PME), que vai nortear as políticas municipais para a área pelos próximos dez anos, será o principal tema a ser discutido pela 10ª Conferência Municipal de Educação (Comude). O evento será realizado nos próximos dias 27, 28 e 29 , na Escola de Formação e A Aperfeiçoamento dos Educadores do Recife Professor Paulo Freire, na Madalena, Zona Oeste do Recife.

Cerca de 700 pessoas entre professores, estudantes, pais, gestores escolares, servidores da educação, devem participar da Comude. Foram realizadas plenárias para eleger delegados que estão aptos a participar da conferência. 

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A sociedade teve até o dia 15 de maio para enviar sugestões para a elaboração do plano. O documento que reúne as proposições será discutido e votado na Comude. Após a validação na Conferência, as propostas serão reunidas em projeto de lei e enviadas à Câmara de Vereadores do Recife.

Nesta semana, foi assinado um acordo entre a Universidade de Pernambuco (UPE) e a Fiat Chrysler Automobiles (FCA-Jeep) para possibilitar o desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas para a produção de automóveis.  A iniciativa está voltada para a qualificação de profissionais para atuarem na construção do polo automotivo, na instalação de máquinas e equipamentos e na produção de veículos.

Serão beneficiados estudantes de engenharia, administração e logística da UPE. Há possibilidade de intercâmbio entre profissionais do polo e da universidade. O convênio também é uma formalização da parceria do duplo diploma dos estudantes da Poli/UPE com a Escola Politécnica de Turim, na Itália. Em breve, será divulgado o cronograma da parceria.

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Durante visita à fábrica da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) em Goiana, Pernambuco, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou que o Brasil deve intensificar os estímulos às exportações como uma das estratégias para retomar o crescimento econômico e garantir a geração de empregos no país.

O ministro atualmente está debruçado para concluir o Plano Nacional de Exportação, que tem como objetivo estabelecer instrumentos de inteligência e promoção comercial, financiamento, seguros e garantias, por exemplo, para “motivar efetivamente o setor produtivo a se engajar nesse processo”.

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“O Plano nos dá uma perspectiva de menor crescimento, sobretudo em 2015; todos sabem que as projeções estão indicando um crescimento baixo para a economia brasileira; e aí a saída é buscar novos mercados e nós nos associarmos às áreas que têm tido maior crescimento no mundo. E isso se faz através dos canais de exportação. Isso é muito importante para manter o emprego no Brasil. Se há uma queda na atividade econômica e a gente pode compensar isso com mais exportações, isso mantém os empregos no Brasil”, ressaltou, segundo informações da assessoria de imprensa.

Ainda de acordo com o ministro, o plano deve ser concluído e lançado pelo governo nos próximos 30 dias. Após encontro com Stefan Ketter, vice-presidente mundial de Manufatura/Projeto Pernambuco da Fiat Chrysler Automobiles, e Cledorvino Belini, CEO da FCA na América Latina, o ministro garantiu que o setor automotivo vai se engajar no plano nacional de exportações, inclusive por meio da fábrica de Pernambuco, que, junto com os fornecedores instalados no local, já emprega cerca de 10 mil pessoas e terá capacidade para produzir 250 mil veículos por ano.

Balanço divulgado nesta quarta-feira (3) pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil) confirma tendência que já vinha sendo identificada pelo setor: o brasileiro gosta de aparelhos móveis, principalmente para se comunicar por meio de redes sociais e para baixar vídeos e filmes.

De acordo com o presidente executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy, “é uma característica do brasileiro o gosto pela mobilidade, [por meio do uso de] redes sociais e [pelo hábito de] baixar filmes”. “E nisso o Brasil é um dos campeões mundiais”, acrescentou. Ele informou que houve crescimento de 54% nos serviços de banda larga móvel, entre outubro de 2013 e outubro de 2014, o que provocou salto de 100,8 milhões de acessos na internet para 155,3 milhões.

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Considerando as bandas largas fixa e móvel, o crescimento registrado no mesmo período é 46%. “Mas 85% de toda a nossa base de banda larga já é móvel”, disse o dirigente do Sinditelebrasil.

Segundo o sindicato, nos últimos dois anos, foram habilitados cerca de 100 milhões de novas linhas de banda larga. Na avaliação das operadoras de telefonia, o mercado tende a se ampliar ainda mais, uma vez que o País tem 159 milhões de habitantes com mais de 10 anos de idade.

“Essa é uma mudança de hábitos que vai trazer no futuro uma condição socioeconômica interessante para as pessoas. Ainda falta muito para chegarmos a uma massificação completa, mas o País quer mobilidade”, disse Levy. Em outubro, o setor registrou 279 milhões de linhas de celulares – crescimento de 3% em relação aos 270 milhões registrados em outubro de 2013.

Percentual similar foi obtido com o crescimento da telefonia fixa (2%), que passou de 45 milhões de linhas em outubro do ano passado, para 46 milhões no mesmo mês, em 2014. Segundo Levy, a expansão  da telefonia fixa pode ser explicada, entre outros fatores, pelo aumento na oferta de combos (conjunto de funções aplicadas a um só aparelho) por empresas autorizadas.

“Mas também está relacionado à mobilidade, uma vez que, por meio dela, os usuários podem acessar redes Wi-Fi”, lembrou ele. Segundo o representante do Sinditelebrasil, a tendência é que - onde houver uma grande concentração de usuários, como shopping centers e aeroportos, - devem ser oferecidas redes de internet sem fio para dar suporte à rede de dados móveis. “O crescimento do tráfego de dados é tão grande que, nos pontos onde há muita concentração, a única forma de escoar e evitar congestionamentos é pela rede Wi-Fi”, acrescentou.

Para dar conta dessa demanda, o setor tem aumentado os investimentos. Segundo o Sinditelebrasil, os investimentos feitos até setembro cresceram 8%, na comparação com o mesmo período de 2013. Com isso foram totalizados R$ 19 bilhões, ante 17,6 bilhões investidos no ano passado. “Dos R$ 19 bilhões investidos em 2014, o que demandou mais investimento foi o tráfego de dados”, disse Levy.

A receita do setor cresceu 4%, atingindo a marca de R$ 174 bilhões, ante R$167 registrados em setembro de 2013. Parte desse crescimento foi obtido graças aos 13% a mais de assinantes de tevês pagas, que passou dos 18 milhões de assinantes registrados em outubro de 2013 para 20 milhões em 2014.

 

“A expectativa do Sinditelebrasil é que até o final de 2014 haja 20 milhões de assinantes de tevês pagas, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior”, acrescentou Levy.

A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação publicou, na manhã desta segunda-feira (24), através do Diário da União (DOU), a concessão de bolsas de pesquisa, desenvolvimento, inovação e intercâmbio de alunos, docentes e pesquisadores externos ou de empresas, para os Institutos Federais (IFs).

As bolsas de intercâmbio, pesquisa, desenvolvimento e inovação serão concedidas no âmbito de programas e projetos institucionais de pesquisa aplicada e extensão. Poderão se beneficiar os servidores públicos federais, estaduais, distritais e/ou municipais, ativos ou inativos, civis ou militares, empregados e funcionários ativos vinculados a empresas públicas ou privadas. Também serão beneficiados estudantes matriculados em cursos de formação inicial e continuada, cursos técnicos, graduação ou pós-graduação e profissionais autônomos ou aposentados de comprovada.

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O pagamento das bolsas será realizado mediante depósito bancário em conta-corrente individual e da assinatura do termo de compromisso. A seleção será realizada pelos IFs, e as bolsas poderão ser concedidas após o cadastro do projeto e dos bolsistas no Sistema de Gestão e Controle de Projetos e Bolsas da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), do Ministério da Educação (MEC).

O Grupo Ser Educacional é a quarta empresa que mais contribuiu com o Imposto Sobre Serviço (ISS) no Recife. É o que aponta a 17ª edição do Prêmio ISS - Contribuintes do Desenvolvimento. A cerimônia, realizada na quarta-feira (19), no auditório do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC), contou com a participação de 50 empresas de diversos segmentos, as quais foram homenageadas pela contribuição na arrecadação fiscal do município.

Em 2014, o Grupo Ser Educacional subiu uma posição no ranking em relação a 2013, quando a instituição ocupou o quinto lugar. As três primeiras colocações ficaram com a administradora de cartões de crédito Hipercard Banco Múltiplo, o Hospital Esperança e a empresa de call center Contax, respectivamente.

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O Presidente/CEO do Grupo Ser Educacional, Jânyo Diniz, avalia que estar entre os 50 maiores contribuintes é uma confirmação da competência e do trabalho desenvolvido pela instituição. Para ele, a classificação é fruto do reconhecimento do serviço ofertado pelo Grupo para o desenvolvimento da cidade através da educação.

Também são citados na lista empreendimentos como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Moura Dubeux Engenharia, UCI Ribeiro e Banco Santander. Segundo dados da premiação, entre janeiro e setembro de 2013 o valor arrecadado pelo ISS superou R$ 531 milhões.

Com informações da assessoria de imprensa

 

 

Desenvolvedores e interessados pelo mundo dos games têm encontro marcado na próxima semana. É que entre os dias 5 e 7 de novembro acontece, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), a 4ª edição do Unigames, evento promovido pelo curso de Jogos Digitais da instituição que tem como objetivo fomentar discussões sobre o ambiente digital em títulos eletrônicos de diferentes plataformas. O evento é aberto ao público e as inscrições devem ser feitas via formulário eletrônico.

Neste ano, o Unigames traz a temática “Ludificação: games além do entretenimento”. Durante o evento, serão discutidos e apresentados temas sobre jogos para educação, meio ambiente, metodologias para desenvolvimento de personagens, realidade virtual e aplicações lúdicas no mercado de saúde.

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Haverá também a apresentação de pesquisas científicas, palestras de profissionais, egressos e professores inseridos no mercado. Entre os palestrantes convidados figuram o game designer Daniel Nipo, a consultora de qualificação na empresa Escola Técnica Cícero Dias – NAVE Recife, Valeska Martins, entre outros. 

A Faculdade dos Guararapes (FG) vai sediar a maratona de desenvolvimento da Microsoft no Recife. O campeonato irá ocorrer a partir desta sexta-feira (10) às 19h até o próximo dia 24. Quem quiser participar, deve acessar este link. A entrada é gratuita.

O evento faz parte da Semana do Técnologo da faculdade e apresenta desafios ligados à tecnologia. No dia 7 de novembro ocorrerá a divulgação dos vencedores e entrega de prêmios.

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Os interessados podem desenvolver aplicativos pelo AppStudio, ferramenta disponibilizada pela Microsoft. Os três desenvolvedores que criarem os melhores aplicativos vão ganhar prêmios como um aparelho de celular, bolsas em cursos e livros.

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Em espaços improváveis, sobre o mato que cresce nos lugares esquecidos, famílias inteiras, crianças, cachorros. Nos barracos de madeira e lona, onde se é íntimo da miséria e da dureza da existência, vivem inúmeras pessoas nas invasões do Recife. Invasões, ocupações que crescem e se tornam comunidades. São várias na capital pernambucana, a mesma que se orgulha pelos novos empreendimentos, pelo alto padrão de vida. 

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Vizinhos ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, de onde chegam e saem tanta gente, eles permanecem. Uma comunidade nascida ao lado dos trilhos, num terreno da União, espremida entre a Avenida Recife e a pista do Aeroporto. De um lado, carros; do outro, aviões que embarcam e desembarcam. Na última sexta-feira (5), um incêndio acabou com dois barracos, inclusive o de Antônio Francisco Ferreira. 

“Destruiu tudo, era fogo demais. Vi minha máquina de solda, minha TV, bicicleta, liquidificador, tudo perdido. Trabalhei para ter tudo o que eu tinha aqui, mas Deus não deixa cair uma folha sem sua permissão”, dizia resignado o morador que há um ano e dois meses se mudou para a comunidade. Vivia de aluguel em uma casa ali mesmo no Ipsep. Separado da mulher, tem um filho e contato quase zero com o resto da família. “As pessoas me ajudaram, deram roupa, porque perdi tudo. Mas é difícil, porque sentimos falta das nossas coisas”, lamentava Antônio Ferreira. 

A comunidade, apesar de existente há quase dois anos, ainda não tem nome. Os moradores ainda lutam pelo cadastro na Prefeitura. Não é do desconhecimento de ninguém: têm pessoas que “não precisam” e mesmo assim vão para dar o nome no cadastro e conseguir um apartamento em algum dos conjuntos habitacionais da gestão pública. Mas esses não representam a maioria dos moradores, segundo eles. A maioria que está ali precisa. 

“Só saio com as casas. Não dá pra viver de aluguel”, garantiu Maria de Fátima do Carmo, com uma das netas nos braços. No barraco, mora ela, a filha e dois netos. Sobre o barulho emitido pelos aviões, ali tão próximos, a necessidade parece falar mais alto. “Esse barulho é que faz a gente dormir mesmo (risos). A gente já se acostumou. Só tem um que é o maior e faz uma zoada danada, mas quase não passa”, explica a mulher. 

Também considerada em local de risco, as comunidades Vila Sul 1 e 2 rapidamente foram erguidas em outro terreno da União, pertencente atualmente à Ferrovia Transnordestina Logística. Também ao lado dos antigos trilhos do trem, embaixo dos pontilhões do Metrô do Recife, várias famílias se alojaram no espaço localizado na Avenida Sul. Lá, todos já estão cadastrados, mas o sentimento de insegurança tem crescido. Pequenos incêndios atingiram o lugar e muitos moradores têm certeza de terem sido práticas criminosas, feitas de propósito. 

Os fatos se tornaram casos de Polícia. “Não queríamos envolver a Polícia, mas não tem jeito. Entramos em contato com o pessoal da Delegacia da Rio Branco, porque isso não pode ficar assim. São, claramente, incêndios criminosos que podem tirar vidas de pessoas daqui”, afirmou uma das lideranças do local, Bernadete Oliveira. Em outras comunidades do Recife, que nasceram de invasões semelhantes à do Aeroporto e à Vila Sul, hoje existem casas de alvenaria, mas o risco permanece. 

No dia 31 de Agosto, seis casas foram atingidas por um incêndio na Comunidade Vila Miguel Arraes, em Cajueiro. Muito próximas umas das outras, todas ficaram destruídas. Apesar das várias crianças residentes no local, ninguém se feriu. Muitos dias após o incidente, os moradores ainda retiram os entulhos e tentam encontrar objetos sob as cinzas. “Era uma e pouca da manhã. Só deu tempo de tirar as crianças. Até hoje ninguém sabe o motivo. Demos os nomes à Codecir (Coordenadoria de Defesa Civil do Recife), eles mandaram uns colchões. Estamos na casa de amigos, parentes”, disse uma das moradoras atingidas, Wilma Santos. 

Nova cidade, cenários antigos

No bairro do Pina, há alguns anos, às margens do Rio Capibaribe não havia shopping, grandes empresariais; não existia a Via Mangue e, mesmo assim, elas já estavam lá. As palafitas são um dos elementos mais degradantes do urbanismo em algumas das grandes cidades do país. No Recife, mesmo com o “desenvolvimento”, de um lado, do outro os barracos levantados sobre o mangue resistem ao tempo. 

Para a construção da Via Mangue, diversas famílias precisaram sair dos barracos e foram direcionadas aos habitacionais Via Mangue 1, 2 e 3. Houve quem só recebeu as indenizações, de acordo com Empresa de Urbanização do Recife (URB). Aproximadamente mil pessoas, diz o órgão. Os trabalhos no local foram concluídos, mas ainda há pessoas que sobrevivem nas palafitas, há bastante tempo. 

Catador de latinhas, Fábio José do Monte já perdeu a conta de quanto tempo vive nas palafitas. “A minha sobrinha já nasceu aqui e hoje tem 22 anos. Faz tempo. É complicado, quando chega a eleição sempre vem algum candidato, mas nunca faz nada. Quando começaram a construir a Via Mangue, teve um barraco ali que rachou. Além dos bichos, ratos, que passam sempre aqui. Se eu tirasse um salário mínimo, com certeza não viveria aqui”, afirmou o catador que diz conseguir cerca de R$ 120 por mês com o trabalho.

Eles garantem que as palafitas são as únicas opções de moradia da família. Parentes de Fábio, Milene Celestino e Ebert Liberato moram juntos no barraco ao lado. “O sentimento é de que somos excluídos. As pessoas se esqueceram daqui. Ninguém veio para cadastrar ninguém”, mencionou Ebert. Todo ano eles precisam trocar as tábuas de madeira – o chão – do local. O banheiro improvisado leva os dejetos diretamente na maré. “A presidente (na inauguração da Via Mangue) passou aí e viu a gente. Não fez nada, né?”, se questiona Milene. 

Prefeitura garante apoio às ocupações

O Secretário de Habitação do Recife, Romero Jatobá, conversou com a reportagem do Portal LeiaJá e disse que a Prefeitura trabalha incansavelmente para encontrar soluções a estas pessoas. Sobre a comunidade do Aeroporto, Jatobá explicou que “está em total apoio com as lideranças e está visualizando um conjunto habitacional para os moradores”. Segundo o secretário, o prazo para a solução das famílias é ainda para esta segunda quinzena de setembro. 

Já cadastrados, os moradores da Vila Sul 1 e 2 estão em maior contato com a Prefeitura e o terreno está em vias de negociação com a comunidade. Questionado sobre a prática de algumas pessoas levantarem barracos apenas para “ganhar apartamentos” nos habitacionais da Prefeitura, Romero Jatobá garantiu que há uma fiscalização sobre isso. “Infelizmente, ainda encontramos tais pessoas. Eles fazem com que outros, que precisam, percam vagas. Mas a Prefeitura tem seus critérios, na hora de analisar os cadastros, como renda, família, e fiscalizamos com um cruzamento de dados, para saber se a pessoa já foi contemplada ou indenizada em alguma ocupação”, disse Jatobá. 

O caso mais difícil são o dos moradores das palafitas. A Secretaria de Habitação argumentou que o caso é de responsabilidade da URB, mas a Empresa de Urbanização explicou que ficou incumbida de resolver os casos das palafitas no perímetro da Via Mangue. Os demais barracos, como os de Fábio, Milene e Ebert, mais afastados da nova opção de mobilidade à Zona Sul, parecem ser de ninguém. E lá continuarão, até algum novo empreendimento que impeça sua permanência. 

A quinta-feira (21) é marcada em Pernambuco como a data de inauguração de mais uma fábrica no Estado. Produtora de acessórios em resina plástica e PVC para banheiros e cozinha, a empresa carioca Duda Damewer inaugura sua primeira filial no Nordeste no município de Escada, na Mata Sul pernambucana. 

Às 16h, o estabelecimento será oficialmente inaugurado por representantes da empresa e da secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. Ao todo, 120 empregos diretos serão gerados, com possibilidade de alcançar o contingente de 180 em três anos. O investimento total na fábrica foi de R$ 16 milhões; o terreno de 42.000 metros quadrados foi doado pela Prefeitura de Escada.

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Pernambuco representa para a empresa a possibilidade de maior aproximação ao consumidor nordestino, já que a região é responsável por 40% das vendas da Duda Damewer e, isoladamente, o Estado corresponde a 10% dos negócios nacionais da instituição. A localização geográfica da nova fábrica, a 60 km do Recife e apenas a 25 km do Porto de Suape, também pesou na hora da decisão, de acordo com a empresa carioca. 

Daniel Matros, produtora da DICE, responsável por jogos como Battlefield e o próximo Star Wars: Battlefront, deu início as palestras da Campus Party Recife na noite desta quarta-feira (23). Ele, que trabalha especificamente na área de competições multiplayer da franquia militar, comentou sobre o desenvolvimento social no mundo dos games.

Segundo Matros, videogames sempre têm algo a ensinar e através deles é possível melhorar o mundo. O primeiro exemplo foi World of Warcraft, onde para derrotar um chefe é preciso trabalhar em equipe e se preparar em todos os sentidos, mas quando o gamer falha em sua missão, o jogo o pune, mas sim dá outra chance para tentar de novo e vencer. Ele, então, comparou isso com escolas, onde a falha em um teste ou prova é seguida de uma punição grave.

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“Se você jogou Zelda, você já ficou preso nos quebra-cabeças do jogo. Isto é você resolvendo um problema e sendo recompensado com algum item”, comentou Matros sobre como é possível aprender com games.

Ainda sobre games, universo que o produtor domina bem, ele citou os três princípios do desenvolvimento. “Com o que estou interagindo? O que está me motivando a ir para frente? O que está tornando isto interessante?”. Segundo ele, ao responder bem estes questionamentos, basta programar e terminar o design do game, pois ele estará seguindo um bom caminho.

Ele ainda citou League of Legends e Dota como exemplos de jogos onde os desenvolvedores podem trabalhar em conjunto com a comunidade para criar os games. Por causa disto, muitas pessoas aprenderam sobre desenvolvimento e ganharam empregos com base nesta experiência. “O que eu quero dizer com isso tudo é que nós, como desenvolvedores, podemos mudar o mundo da maneira que queremos através dos games” comentou.

Sobre a importância dos indies, ele disse que “eles representam algo que nós não vemos em jogos blockbusters, são mais baratos de produzir, fáceis de jogar e te dão mais retorno para os desenvolvedores”. Por fim, ele afirmou que o Star Wars: Battlefront “está indo muito bem”.

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