Tópicos | desenvolvimento

A Prefeitura Municipal de Belém, através da Codem (Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém), em parceria com a Universidade da Amazônia (Unama), apresentou, no campus Alcindo Cacela da instituição, o programa Desenvolve Belém, que tem o objetivo de desenvolver projetos para a cidade com investimento de empresas privadas. “Ao invés de esperar dinheiro público, que não existe, estamos convidando a iniciativa privada a aplicar o dinheiro para que esses imóveis de propriedade da prefeitura possam exercer uma melhor função na sociedade. É um casamento entre os interesses da iniciativa privada e os interesses públicos”, disse João Claudio Klautau, presidente da Codem.

Klautau explicou que o programa vai gerar crescimento para a capital paraense. “O foco todo é o desenvolvimento. Isso vai gerar emprego, comércio, ou seja, circulação de riqueza, de negócios, gerando renda para a cidade”, destacou.

##RECOMENDA##

Jeferson Bacelar, pró-reitor de Ensino da Unama, disse que a ideia da prefeitura é interessante para diminuir a crise econômica que afeta o Brasil. “A proposta da Codem é absolutamente pertinente para a situação atual que atinge o país, que exige que providências diferenciadas sejam assumidas para reduzir a crise econômica atual”, disse.

O estudante de Arquitetura e Urbanismo Celso Vieira observou que o Desenvolve Belém, além de causar impacto na sua área de trabalho, tem a ver com o tema do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). “Algumas ações do projeto fazem parte  do meu TCC. Devido a isso, eu me dispus a vir, também para entender melhor como funciona o projeto”, disse o aluno.

[@#galeria#@]

A Uber anunciou a primeira edição da maratona de desenvolvimento Uber Hack. O desafio, inédito no Brasil, convida a comunidade apaixonada por tecnologia a criar ou repensar projetos urbanos de mobilidade a partir de modelos que podem, inclusive, estar integrados ao aplicativo da empresa. As inscrições devem ser realizadas pelo site uber.com/uberhack.

Os hackathons serão realizados entre março e junho, em seis capitais - Porto Alegre, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília, Recife e São Paulo. Cada um dos vencedores locais, que serão definidos por uma banca julgadora formada por especialistas da Uber e membros do poder público local, vão apresentar suas soluções na fase final, que acontece no dia 5 de junho, em São Paulo.

##RECOMENDA##

A equipe vencedora ganhará uma viagem para o centro de tecnologia da Uber, em Pittsburgh (EUA), para conhecer de perto a tecnologia dos carros autônomos em desenvolvimento pela empresa. O regulamento completo do Uber Hack e os prazos de inscrições de cada etapa também já está disponível no site.

"Ao abrir suas portas a esses desenvolvedores e recompensar boas ideias, a Uber ressalta mais uma vez o seu compromisso com o futuro das cidades, buscando sempre a integração de sua plataforma para oferecer uma opção de mobilidade cada vez mais confiável e acessível a todos", afirma o diretor geral da Uber no Brasil, Guilherme Telles.

[@#video#@]

Ligar o PlayStation ou recorrer ao celular para jogar é o hobbie de muitos, mas algumas pessoas levam essa atividade tão a sério que decidem criar seu próprio game. Para os que sonham em se tornar um desenvolvedor ou roteirista em algum grande estúdio, é preciso recorrer a formação profissional para dar o pontapé inicial na carreira. No Recife, uma das opções que os aspirantes têm é a escola School of Art, Game and Animation (Saga), localizada no bairro de Boa Viagem.

##RECOMENDA##

É lá que os estudantes aprendem que criar um game é um processo complexo de várias etapas. Na Saga, o curso para quem deseja se tornar um desenvolvedor dura aproximadamente dois anos e inclui aulas de design, roteiro, escultura, modelagem 3D e programação. Ele é indicado para qualquer pessoa que deseja trabalhar na área e possui mensalidades de aproximadamente R$ 400.

Mas antes de ficar muito animado, é importante perceber que, como qualquer outra habilidade, aprender a criar games requer tempo e, acima de tudo, prática. Nem sempre um bom jogador tem o que é preciso para se tornar um desenvolvedor. É o que explica o professor Fabio Sales, que leciona aulas de programação na escola.

"Muitas vezes o cara que gosta de jogar não é uma pessoa que gosta de criar. A primeira coisa que a gente faz em sala de aula é separar isso aí. Deixamos claro que são duas coisas diferentes. Para criar games é preciso ter referências e, consequentemente, você precisa ser um jogador, mas na hora da criação é preciso saber dividir a diversão e a produção", explica.

Se mesmo assim você ficou interessado e adora colocar a criatividade em prática, uma carreira na área pode ser a escolha certa. Mas até que um game chegue a ser disponibilizado, muitos profissionais se dedicam a criar um produto que consiga conquistar o público. E saber trabalhar em equipe é requisito essencial.

"É preciso ter responsabilidade por causa do cumprimento dos prazos. Isso é um ponto muito importante. Algumas empresas do setor preferem funcionários que saibam trabalhar em equipe do que pessoas que produzem muito individualmente. Não adianta saber fazer uma arte muito bacana e não ser bom em prazos. Eles preferem treinar alguém que seja responsável do que contratar alguém que já é treinado, mas não tem responsabilidade", conta o professor.

É por isso que, na Saga, os estudantes participam de todas as etapas de produção, simulando uma espécie de pequeno estúdio. "A estrutura do curso em si foi criada como se o estudante estivesse vivenciando o dia a dia em uma empresa de games. Ele passa pela parte artística, onde ele tem aulas de design e roteiro, e também pela área de escultura e modelagem 3D. No fim, temos oito meses só de programação", diz o coordenador pedagógico da escola, Fabiano Felipe.

Uma vez formado e com o certificado em mãos, o aluno está pronto para criar seu próprio game, tentar uma vaga no mercado ou abrir seu próprio estúdio. "Atualmente o mercado está muito mais democrático por causa das ferramentas que estão sendo criadas para isso. Na década de 90, quem queria ser programador precisava abrir o bloco de notas e começar a escrever o código puro, agora já existe uma interface já pronta com alguns recursos para você montar seu jogo", explica Fábio Sales.

Segundo o professor, é comum encontrar estúdios com equipes de 3 ou 4 pessoas. Dados da Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames) apontam que atualmente existem 130 empresas do ramo com até 10 funcionários cada. "A maioria dos estúdios de referência no Brasil são independentes. Isso é muito positivo e prova que a questão de abrir o próprio estúdio é uma boa saída. Essa experiência conta muito no mercado e na hora de tentar uma vaga em empresas maiores no exterior", ressalta.

E o Brasil parece estar no caminho certo para passar de fase e conquistar cada vez mais reconhecimento lá fora. O país é o quarto consumidor mundial nesse setor e fica em 13º lugar no ranking de faturamento, segundo pesquisa da consultoria PwC. "Já temos o reconhecimento. Se você abrir a Steam, é fácil encontrar nos jogos mais vendidos da semana produções brasileiras. O mundo está podendo ter acesso aos nossos produtos. Esse é o caminho, mostrar cada vez mais do que somos capazes", completa.

LeiaJá também

--> Com 27 anos, Super Nintendo ainda move legião de fãs

--> Eletricista perpetua arte de criar fliperamas em PE

--> Curso ensina crianças a se tornarem youtubers de sucesso

A Fundação Carolina, que oferece bolsas para estudantes em universidades espanholas está com um edital aberto com 648 vagas para diversos tipos de cursos em várias áreas do conhecimento. Entre as opções, são oferecidas duas vagas para curso de mestrado em games, no âmbito dos cursos de empreendedorismo oferecidos pela fundação no Centro Universitário de Tecnologia e Arte Digital (U-TAD), em Madrid. 

O currículo do mestrado, que dura seis meses, combina as aulas com três meses de estágio em empresas aceleradoras para poder por em prática o aprendizado e visa fornecer ao aluno todo o conhecimento necessário relacionado à indústria de videogames. Ao final do curso, como trabalho de conclusão, os estudantes deverão criar, desenhar e programar um jogo.

##RECOMENDA##

Os estudantes bolsistas terão uma ajuda de custo dos estudos que cobre cerca de 60% do valor do curso, passagem aérea, seguro saúde dos selecionados e 750 euros por mês para ajuda com os custos de manutenção. Outras despesas ficam por conta do aluno. 

Para poder se inscrever, é necessário ser brasileiro e estar residindo no Brasil, além de oficializar a candidatura através do site da Fundação Carolina, onde também há instruções de como solicitar a bolsa, até 20 de março de 2018. 

LeiaJá também 

--> Saiba como planejar um intercâmbio para 2018

O assunto do dia nos corredores da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude é o de que, amanhã, o Governador Paulo Câmara (PSB) deverá nomear a vereadora Michelle Collins (PP) para o posto máximo da pasta. Especula-se que a queda do secretário Roberto Franca esteja relacionada à uma tentativa do governador de alojar o PP, que vem intensificando, nos últimos meses, sua cobrança por maior participação no Governo do Estado.

“Na tarde da última terça-feira, houve uma reunião interna da Secretaria convocada por uma das gerentes da assistência social, que num tom muito sutil, mencionou uma possível posse de um membro da família Collins. Desde então, o nome que circula é o de Michelle”, afirma um servidor que prefere não se identificar. Outros servidores consideram que o objetivo do Governador Paulo Câmara é o de buscar “apoio para sua reeleição”. Michelle Collins foi a vereadora mais votada na eleição municipal do Recife do ano passado, com um total de 15.357 votos, conquistados com forte apoio das igrejas evangélicas da cidade. 

##RECOMENDA##

Após o vazamento da informação, os movimentos sociais ligados à assistência já organizam a leitura de uma carta contrária à posse da vereadora. “Apresentaremos essa manifestação amanhã, às 9 horas, na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), a ser realizada no prédio da Vice-Governadoria, mais precisamente na Secretaria Executiva de Assistência Social”, confirma Márlon Aragão, membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente. 

De acordo com Márlon, até então, os secretários não têm conhecimento da mobilização, uma iniciativa dos próprios assistentes sociais do estado. “Não somos partidários, mas havia um trabalho em construção com o secretário Roberto Franca e essa nomeação vem para atrapalhar tudo. Não aceitamos esse retrocesso”, comenta. Para Márlon, a agenda e os pronunciamentos públicos da vereadora Michelle Collins vão de encontro à metodologia de trabalho da atividade da assistência social. “É um perfil fundamentalista. Michelle prega uma lógica assistencialista, ao invés de uma política de assistência, garantidora de direitos e empoderamento para mulheres, pessoas LGBT e adeptos de religiões de origem africana”, completa. 

A Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) apresentou o balanço institucional do ano de 2017, na manhã de sexta-feira (10), em Belém. O evento “Semeando a Sinergia 2018” foi promovido durante almoço com a imprensa, no hotel Beira Rio. Segundo a Sudam, mais de R$ 3,5 bilhões foram injetados nos nove Estados da Amazônia Legal.

A Sudam é uma autarquia do Governo Federal do Brasil que tem como objetivo promover o desenvolvimento da região amazônica, por meio de incentivos fiscais e convênios advindos de emendas parlamentares. Ela é vinculada ao Ministério da Integração Nacional, e tem sede em Belém.

##RECOMENDA##

O superintendente da Sudam, Paulo Roberto Correia, afirmou que a instituição tem várias ferramentas para promover o desenvolvimento da região. Segundo o superintendente, a Sudam incentivou, por meio da redução de imposto de renda da pessoa jurídica, R$ 1,5 bilhão por ano para a região amazônica. “Isso quer dizer que ao invés desses recursos serem recolhidos para o cofre do Governo Federal, em Brasília, eles ficam aqui, para o desenvolvimento da região”, disse.

Paulo Roberto Correia também afirmou que a Sudam atua como se fosse o “Ministério da Amazônia”, por meio de transferências voluntárias, além do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, que é um fundo de financiamento de R$ 1 bilhão e 200 milhões destinado a financiar a infraestrutura da região. “Os convênios são feitos com governos e prefeituras, mas beneficiam também as empresas contratadas, o que gera um motivo de desenvolvimento para a região”, contou.

O superintendente da Sudam pontuou que o dinheiro aplicado na região, no momento de dificuldades orçamentárias em que se encontra o país, traz um retorno muito importante. “Para a iniciativa privada tomar a decisão de investir em uma cidade ou Estado, é necessário infraestrutura. Nós estamos trazendo essa infraestrutura para a região, e desta forma nós estamos colaborando também para o desenvolvimento”, concluiu Paulo Roberto.

A Amazônia Legal é uma área que corresponde a 59% do território brasileiro e engloba nove estados do Brasil (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e parte dos estados de Mato Grosso, Maranhão e Goiás) que pertencem à Bacia Amazônica e à área de ocorrência de vegetações amazônicas. Nela residem 56% da população indígena brasileira. O conceito de Amazônia Legal foi instituído em 1953 e seus limites territoriais decorrem da necessidade de planejar o desenvolvimento econômico da região, e, por isso, não se resumem ao ecossistema de selva úmida, que ocupa 49% do território nacional e se estende também pelo território de oito países vizinhos. As informações são do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Veja vídeo abaixo.

Por João Paulo Jussara.

[@#video#@]

Quando morava com os pais, até meados de 2015, Jennifer de Souza, de 22 anos, trabalhava porque queria ajudar a complementar a renda da família, de classe média, que fechava todo mês em torno de R$ 3 mil. De Mauá, região metropolitana de São Paulo, a jovem aproveitou as vagas que surgiram com o boom do setor de serviços e comércio. Até que veio a crise. De dois anos para cá, foram alguns bicos, nada formal. Hoje, Jennifer vive das contribuições que consegue nas ruas paulistanas, onde, junto do marido, também pede dinheiro para ajudar famílias carentes de sua comunidade. "Isso é tudo de antes, quando a gente tinha dinheiro. Hoje não compro nada", diz ela, apontando para os acessórios de prata que usa nas mãos e pescoço.

Na casa dos pais, o momento também é outro. O pai perdeu o emprego de motorista e só a mãe trabalha, com uma pequena banca de açaí em Mauá.

##RECOMENDA##

A linha do tempo de Jennifer é um retrato da economia brasileira. Em 2015 e 2016 as classes D e E engordaram em mais de 4 milhões de famílias. Só daqui a seis anos, em 2023, a classe média terá recuperado o patamar de participação que alcançou em 2014, quando 28% dos lares brasileiros tinham renda mensal de R$ 2.302 a R$ 5.552.

As projeções, realizadas pela Tendências Consultoria Integrada, fazem parte de estudo que analisa a evolução de famílias e renda entre as classes no Brasil até 2026, a partir de dados do IBGE. Para Adriano Pitoli, um dos economistas responsáveis, o quadro se deve ao fim do crescimento econômico puxado por consumo e pelo setor de serviços. "Este avanço, que empregava principalmente mão de obra pouco qualificada, não tem mais espaço. No médio prazo, provavelmente haverá uma dinâmica mais concentradora de renda".

Diferença

A previsão é que a classe A recupere os rendimentos mais rapidamente nestes primeiros anos. Enquanto a renda total da classe C vai crescer a uma média anual de 2,3% até 2026, a velocidade entre os mais ricos será de 4,1%, e de 3% para os rendimentos totais. Entre 2003 e 2014, a renda da classe média crescia cerca de 6% ao ano.

Educação não revertida em produtividade, acesso ao crédito encurtado e fraco ambiente de negócios são listados pelo economista Marcelo Neri como entraves à retomada do antigo crescimento da classe média.

Diretor da FGV Social, o economista foi responsável por cunhar o termo "nova classe média", em 2008. "Nossa situação fiscal não comporta um empurrão na classe C por meios tributários", diz. Para Neri, o governo precisa enfatizar a necessidade das reformas e se firmar como agente regulador, e não como um órgão que repassa recursos públicos para a população. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma estimativa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que os pequenos negócios deverão crescer 43% nos próximos cinco anos. Os empreendimentos são aqueles com faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano e respondem por 70% do total de profissionais ocupados no Brasil.

Atualmente, o número de Microempreendedores Individuais (MEI) e micro e pequenas empresas é de 12,4 milhões. De acordo com a projeção, em 2022, esse quantitativo deverá ser de 17,7 milhões. De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, o fato de pequenos negócios serem responsáveis por 98,5% dos empreendimentos no país e pela geração da renda de 70% da população prova a importância desse segmento econômico. 

##RECOMENDA##

“São 50,6 milhões de brasileiros que têm como origem das suas receitas empreendimentos de pequeno porte”, destaca o presidente, que também reforçou a importância desses empreendimentos na geração de empregos. “Os pequenos negócios são os motores da economia brasileira. Eles são os que mais contratam quando a economia cresce, demoram mais tempo a demitir na desaceleração da economia e são os que menos demitem na retração da economia”, disse o presidente do Sebrae, conforme informações da assessoria. Além disso, os pequenos negócios ainda respondem por mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, sendo a principal fonte de geração de riqueza no comércio do país, concentrando 53,4% do PIB. 

LeiaJá também 

--> MEI chega a 7 milhões de negócios formalizados

O Governo Brasileiro liberou recursos para impulsionar o desenvolvimento de comunidades no estado do Pará e no estado do Tocantins. Os investimentos fazem parte de um conjunto de ações que pretendem reduzir desigualdades por meio da recuperação da infraestrutura urbana. 

No Pará, os recursos serão destinados à construção de uma feira de artesanato e para a revitalização de espaços públicos, além da pavimentação de avenidas. Ao todo, o estado receberá R$ 18 milhões. 

##RECOMENDA##

Já cerca de R$ 70 milhões serão repassados ao estado do Tocantins que servirá de apoio a população que passam por períodos de seca, em 50 cidades. Dentro do programa Água para Todos, haverá a implantação de cisternas, hoje são 10,4 mil no estado, e tecnologias de armazenamento de água. 

Também foi autorizado o uso de recursos do Fundo Constitucional do Norte (FNO) para renegociação de dívidas de produtores rurais do Tocantins, sobretudo durante a seca. A previsão é de que mais de um milhão de operações de crédito sejam realizados.

No Brasil, a desigualdade social tem sido um cartão de visita. Segundo o Relatório Desenvolvimento Humano 2017 (Pnud/ONU), o país aparece entre os 10 mais desiguais do mundo. A baixa escolaridade e a falta de acesso à educação contribuem, entre outros graves fatores, para a estagnação socioeconômica, que tende a se acumular. Por isso, melhorar esse índice deve ser uma preocupação das instituições de ensino superior (IES), que além de proporcionar uma boa formação do profissional para o mercado do trabalho, precisam desenvolver cidadãos conscientes e engajados em questões socioambientais.

Dentro desse contexto, ações de responsabilidade social devem estar incluídas na missão de cada IES, assumindo institucionalmente, por meio de professores, alunos e funcionários, a responsabilidade de criar projetos e ações que contribuam para um desenvolvimento sustentável, visando uma sociedade melhor e mais participativa.

Uma das características de um país desenvolvido é possuir uma taxa de escolarização elevada, garantindo uma educação mais inclusiva, com acesso assegurado a toda sociedade, o que não vem ocorrendo no Brasil. De acordo com o mesmo relatório da ONU, desde 2014, o país vem se mantendo no 79º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), no ranking que abrange 188 países, do mais ao menos desenvolvido. O IDH é medido anualmente pela ONU e utiliza indicadores de renda, saúde e educação.

Daí a importância de criar recursos para expandir o acesso à educação e às ações de responsabilidade social, estimulando a produção de novos conhecimentos com viés solidário e a condução de ações com efeito multiplicador. Dessa forma, ações de responsabilidade irão indicar o comprometimento das IES com o desenvolvimento socioeconômico tão urgente em nosso país.

Tanto as IES públicas quanto as particulares devem criar novos meios de se envolver nessas questões, sem contar com políticas governamentais, mas com ações de iniciativa própria. Atualmente, a força do setor da educação superior privada vem crescendo. As IES particulares já representam mais de 75% das matrículas no país. Dentro desse escopo, cresce ainda mais a responsabilidade das mesmas em desenvolver ações concretas que incluam a sociedade, a fim de dirimir diferenças sociais e a promover a expansão da educação.

 

A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil) promoveu hoje (30), em Brasília, na sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o seminário  “Cruzeiros Marítimos: o momento é esse”, com o objetivo de debater o potencial e o desenvolvimento do setor de cruzeiros no país.

Na oportunidade, foram debatidos temas como a regulação do trabalho a bordo e o serviço de praticagem marítima, atividade baseada no conhecimento dos acidentes e pontos característicos em trechos da costa, baías, portos, estuários de rios, lagos, rios, terminais e canais onde há tráfego de navios.

##RECOMENDA##

Eleito pela segunda vez consecutiva pelo Fórum Econômico Mundial (WEF – sigla em inglês) como o país com maior atrativos turísticos em recursos naturais, de acordo com dados Ministério do Turismo, o Brasil ainda pode crescer muito no setor. “O turismo brasileiro pode gerar empregos rapidamente, basta que o governo saia à frente dos empresários”, afirmou o ministro do Turismo, Marx Beltrão, que participou do encontro.

Segundo Beltrão, mesmo em um cenário de retração, o setor de cruzeiros marítimos "contribuiu com R$ 1,911 bilhão na economia brasileira na temporada 2015/2016”. O ponto alto foi observado na temporada 2010/2011, quando 20 navios transportaram pela costa brasileira cerca de 800 mil turistas. Para a alta temporada de 2017/2018, que começa em novembro, são esperados sete navios que transportarão 400 mil passageiros.

Para o ministro, o desenvolvimento de rotas de cruzeiros marítimos é um passo para o crescimento do turismo no Brasil. De acordo com ele, o setor cresce em média cerca de 4% ao ano, sendo que a média de crescimento mundial chega a 40%. Atualmente, 80 navios estão sendo construídos no mundo. A China tem 60 navios que fazem cruzeiros; a Austrália tem 36, enquanto o Brasil tem apenas sete.

“Nesta temporada, temos sete navios que geram em média 24 mil empregos. Se tivéssemos 20, como há oito anos, teríamos hoje cerca de 46 mil empregos num curto espaço de tempo. Nessa temporada, teremos cerca de 400 mil passageiros, se tivéssemos 20 navios, esse número ultrapassaria mais de um milhão” afirmou Beltrão.

Durante o seminário foram discutidos os principais pontos para fazer o setor crescer. Temas como o visto eletrônico para os turistas, transporte, portos e aeroportos foram abordados. “O visto eletrônico facilitará o processo burocrático para que os turistas façam cruzeiros pela costa brasileira. Países como Canadá, Estados Unidos, Japão, Austrália, Arábia Saudita e Catar já podem, a partir do próximo mês, conseguir seu visto eletrônico", disse o ministro.

“Os cruzeiros marítimos estão com força total ao redor do mundo. Apenas para este ano são esperados 25,8 milhões de cruzeiristas. Países que há muito tempos não faziam parte desse segmento estão crescendo, caso da China e Austrália. No Brasil vários motivos levaram à retração do segmento: infraestrutura, impostos e regulações. E estamos aqui hoje para debater um caminho e retomar o crescimento”, afirmou o presidente do Conselho da Clia, Abremar, Rene Hermann, durante o evento.

Em maio deste ano, foi regulamentada a Lei da Migração, que definiu que os marítimos dos navios que circulam pelo Brasil não precisarão mais de vistos para exercer a sua atividade. A demanda antiga deverá ser regulamentada em novembro e representará uma redução de até R$ 500 mil no custo de cada navio.

Pesquisa

No Brasil, 88,8% da população é favorável ao estímulo do estado para criação de portos com capacidade para chegada de cruzeiros marítimos. O litoral tem 7,4 mil km, com grande potencial no que diz respeito aos cruzeiros marítimos. Os dados são resultado de uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo, que ouviu duas mil pessoas em todo o Brasil.

As regiões Sul e Nordeste se destacam no apoio à iniciativa: 91,2% e 90,6% respectivamente. Não à toa, são as regiões com maior potencial para ampliar o número de destinos que recebem os grandes navios. No Sudeste, a medida é apoiada por 89%, enquanto nas regiões Norte e Centro-Oeste a aprovação fica na casa dos 83,8%.

A pesquisa foi feita de 17 a 23 de março de 2017 pelo Instituto FSB Pesquisa. Foram ouvidas 2002 pessoas com mais de 16 anos em todas as regiões do país para avaliar a opinião da população brasileira acerca do turismo no Brasil, assim como observar quais são as vantagens e prejuízos, além de identificar oportunidades de promoção do turismo no país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

Participando, na noite desta segunda-feira (24), do seminário “Brasil, desenvolvimento e soberania”, organizado pela Fundação Perseu Abramo, Luiz Inácio Lula da Silva fez diversos questionamentos durante seu pronunciamento. “Qual é a razão do ódio ao Partido dos Trabalhadores? Será que é pelas políticas públicas sociais que fizemos? Por causa do programa Fome Zero?”. O evento é realizado em Brasília com a presença de diversos líderes da sigla.

Durante suas palavras, o ex-presidente também disse que, caso seja eleito em 2018, irá regulamentar os meios de comunicação. “Eu sei o que estou passando. A quantidade de mentiras contadas 24 horas por dia. Vocês nunca me viram reclamar, mas ninguém aguenta. Tentam massacrar esse pobre coitadinho vindo de Garanhuns”, ironizou. 

##RECOMENDA##

O petista declarou que o “país está desgovernado” e que precisa de um candidato que saiba cuidar das pessoas. Ainda afirmou que é necessário fazer um debate com mais seriedade e estabelecer metas. “Para fazer as mudanças é preciso construir uma maioria comprometida”, ressaltou. 

“É preciso que se leve em conta esse discurso de informar a sociedade brasileira na hora do voto (...) Talvez o nosso discurso, a nossa mensagem é mostrar a necessidade do porquê o povo tem que eleger uma mulher, o porquê o negro tem que votar no negro, o porquê [a classe] LGBT tem que votar na [classe] LGBT. É uma necessidade”, continuou discursando. 

Lula ainda falou que, caso tudo “dê certo” e ele puder ser candidato, fará muito mais e voltou a garantir que está tranquilo. “Não estou preocupado com a data. Quando ele marcar eu estarei lá”, pontuou se referindo à decisão do juiz Sérgio Moro em adiar o depoimento de Lula, que estava marcado para acontecer no próximo dia 3 de maio. 

Em seminário realizado na manhã de quarta-feira (25), as projeções e perspectivas para a economia paraense e brasileira em 2017 foram discutidas. A programação foi organizada pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), por meio do Grupo Interinstitucional de Estudos e Análise Conjuntural (Geac). O evento reuniu representantes de instituições governamentais.

Durante o seminário, Eduardo Costa, presidente da Fapespa, explicou como o Estado do Pará deverá se manter no cenário da economia brasileira e mundial. De acordo com o presidente, o Pará tem uma perspectiva de crescimento de 1,27% do PIB, mas irá acumular um saldo negativo no mercado de trabalho. "Isso demonstra que o Estado do Pará está sendo fortemente impactado pela crise econômica nacional. De certa forma o comércio e a construção civil serão dois setores que contribuirão para essa desempenho negativo", informou.

##RECOMENDA##

Segundo Raul Tavares, gerente do Centro Internacional de Negócios do Sistema FIEPA (CIN), a indústria extrativa vai responder praticamente por 86% de tudo que é produzido no Estado e comercializado no mercado internacional. De acordo com Raul, as projeções e a entrada em operação de novos projetos minerais farão com que o Pará tenha uma perspectiva de crescimento da indústria extrativa. "A perspectiva da indústria extrativa é de crescimento. Não podemos dizer da indústria de transformação, pois esta vem sofrendo processo de ajustamento em função de problemas externos", disse.

Noêmia Jacob, secretária de Estado e Gestão Estratégica, falou sobre um dos projetos que o governo do Estado está desenvolvendo para enfrentar a crise econômica. Segundo ela, um dos planos é o programa "Pará Sustentável", que busca o desenvolvimento a partir de questões ambientais. "Temos ações desenvolvidas em 14 cadeias produtivas distribuídas em cada região do Estado para que cada população possa ter o seu desenvolvimento econômico e associado a isso um olhar sobre os indicadores sociais", afirmou.

A secretária ainda destacou que a forma de produzir é um grande diferencial. "Sendo Amazônia não podemos produzir de qualquer forma. Temos que poduzir protegendo. Olhar para as questões poluidoras em geral e controlar o desmatamento. Então, penso que o olhar e as ações podem ser desenvolvidas a partir dessas questões", disse.

 

 

 

A Organização Mundial do Turismo (OMT), agência das Nações Unidas, declarou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável. O principal objetivo é destacar o potencial do turismo para o desenvolvimento econômico sustentável, a geração de empregos, redução da pobreza, proteção ambiental, defesa do patrimônio cultural, entre outras estratégias.

Segundo as Nações Unidas, um em cada 11 empregos no mundo são gerados pelo turismo. Além disso, o setor responde por 7% das exportações mundiais e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) global.

##RECOMENDA##

Com a declaração, a OMT pretende estimular a adoção de políticas públicas para o setor e promover o avanço da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que tem o fortalecimento do turismo entre suas metas. O anúncio oficial do Ano Internacional do Turismo Sustentável será no dia 18 de janeiro, durante uma feira em Madri.

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, afirmou que as startups representam um setor que tem crescido mesmo com a recessão e que vão ter o respaldo do governo para criar mais empregos. Pereira ainda comentou que o País precisa avançar em inovação e que MDIC está trabalhando para isso.

O ministro citou como exemplo de esforço do governo o programa Nacional Conexão Startup-Indústria, apresentado em setembro, que prevê investimentos de R$ 50 milhões em três anos para que essas empresas inovadoras apresentem ideias e projetos para modernizar o setor industrial. O programa foi elaborado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e prevê renovação, após o período inicial de três anos, com mais R$ 50 milhões por mais três anos. Pereira também citou o programa Inovativa Brasil, que trabalha com aceleradoras e mentoras de startups.

##RECOMENDA##

Outro ponto que, segundo o ministro, mostra o compromisso do governo com essas empresas nascentes é o projeto de lei, sancionado recentemente pelo presidente Michel Temer, que dá mais segurança jurídica para os investimentos iniciais nessas empresas, que são conhecidos como investidores anjo. Com a lei, o patrimônio pessoal do investidor é protegido caso a startup não seja bem sucedida.

Pereira ressaltou que a participação do governo para fomentar startups é de fundamental importância. Ele ainda disse que antes do governo Temer não havia essa aproximação tão grande com essa indústria e que, a partir de agora, as ideias inovadoras tem tudo para sair do papel e vir à prática.

A declaração foi dada na Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo (Case 2016), promovida pela Associação Brasileira de Startups (ABstartups), com patrocínio do MDIC e da ABDI.

O número de crianças fora das escolas ainda é um dos problemas mais graves no nosso sistema de educação. Em todo o Brasil, há 5.577.430 crianças na educação infantil, 22.756.164 estudantes no ensino fundamental e outros 6.811.005 no ensino médio.

Entretanto, ainda é preciso alcançar 600 mil crianças de 4 e 5 anos que ainda não tem atendimento escolar, número que representa 17,3% da população nesta faixa etária quando comparado os dados do IBGE e as matrículas colhidas pelo Censo Escolar em 2014. Ainda de acordo com o Indicador, os dados tornam-se mais preocupantes quando falamos dos jovens: há 1,6 milhão de jovens de 15 a 17 anos fora da escola. 

Também é preocupante a taxa de analfabetismo, que atinge 13 milhões de brasileiros ou 8,7% da população acima de 15 anos e os dados relacionado ao analfabetismo funcional - pessoas que apesar da capacidade de ler frases curtas, não desenvolvem a habilidade de interpretar textos e de fazer as operações matemáticas - que atinge 17,6% dos brasileiros.

Caros leitores, é pesaroso registrar que a Região Nordeste manteve-se com a taxa de analfabetismo funcional mais alta no País, 27,7% em 2013 e 27,1% em 2014.  A principal redução foi verificada na Região Norte, passando de 21,6% para 20,4%. Já  as Regiões Sudeste e Sul também continuam a apresentar os indicadores mais baixos, 12,7% e 13,8%, respectivamente.

No que diz pertinência ao assunto, cabe sugerir uma reflexão: o nosso PIB é maior do que o da Suíça, país com pouco mais de sete milhões de habitantes. Entretanto, não possuímos a mesma qualidade de vida dos suíços, que tem menos de 1% de analfabetos no país.

De logo, cumpre-nos salientar que países europeus possuem alto grau de alfabetização de sua população. Desta vez, citando a Irlanda, 99% da população é alfabetizada. Ainda pela Europa, a Grécia, que apesar da forte crise econômica atual, tem apenas 2,9% de analfabetos.

Voltando aos resultados  do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf), menos de 30% da população brasileira é considerada plenamente alfabetizada e apenas 35% das pessoas com ensino médio completo podem ser consideradas plenamente alfabetizadas no Brasil e 38% da população com formação superior têm nível insuficiente em leitura e escrita.

Estamos evoluindo pouco. Faz-se estritamente necessário lembrar que, se no passado a educação condicionou a prosperidade dos países, ainda o faz no presente e fará no futuro. A educação é ainda mais importante hoje. Só e apenas ela é capaz de garantir o sucesso e desenvolvimento em um sistema marcado por incertezas e instabilidades econômicas.

Já dizia Paulo Freire, “A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Sempre citamos a educação como principal pilar do desenvolvimento de qualquer país, e com o Brasil não é diferente.

Diante dessas afirmações, certamente, estamos muito distantes de sermos uma nação rica no mundo globalizado. O que falta ao Brasil é instituir, como prioridade, um sistema de educação eficiente, voltado para o mercado. É preciso abandonar a teoria do quadro, giz e livros e buscar diminuir o atraso que existe em relação ao uso de novas tecnologias.

Os ovos de ouro do setor de TI são o desenvolvimento de aplicativos e ferramentas. A importância da capacitação no setor mobile além de demais dificuldades e sucessos da área estão sendo discutidas no GGTI Meeting NE 2016, que acontece nesta sexta (16) e sábado (17) no Sheraton Reserva do Paiva, com executivos do setor de TI, finanças e administração. O evento também incentiva a realização de negócios entre empresários.

De acordo com o presidente do GGTI Meeting NE, André Navarrete, o mercado está demandando conhecimento em plataformas para desenvolvimento de aplicativos. “Tudo que for em cima de app, o mercado tem interesse. As ferramentas e as soluções estão ficando em cima de apps. Por exemplo: antigamente, precisávamos ir ao banco, aí criaram os terminais ATM [caixas eletrônicos], depois se criou o site na internet e agora os bancos estão usando app. É muito mais fácil e agora está também muito mais seguro”, comenta.

##RECOMENDA##

Navarrete destaca que não é só o usuário comum que tem utilizado aplicativos, mas as próprias empresas têm utilizado tais recursos como novas formas de fazer e criar negócios – a “Uberização”, como a comunidade de TI tem chamado. “As empresas que estão conseguindo abocanhar mercados são empresas que nem têm muito ativos. São empresas que nasceram de grandes ideias. Você vê o caso do Uber, por exemplo. Não tinha nenhum táxi, nenhum carro, e hoje tem a maior frota do mundo trabalhando para eles”, diz o presidente do GGTI Meeting NE.

Mas não basta apenas saber programar aplicativo. O maior desafio é criar aplicativos utilizáveis, que sejam importantes na vida do usuário. É o que diz o gerente regional da Locaweb, André Amorim. “Hoje há muitos aplicativos. Você usa uma, duas vezes e desinstala. É preciso criar aplicativos que se perpetuem”, opina. “Mas o Brasil precisa desenvolver muito a conectividade. Cada vez mais pessoas precisam ter acesso à internet. Quanto mais conectividade, mas haverá a produção de aplicativos”, completa Amorim.

Novos dados divulgados nesta sexta-feira (22) pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), mostraram que 3,7 bilhões de pessoas permanecem sem acesso à internet no mundo, apesar da queda dos preços dos serviços de telecomunicações globalmente. A projeção da UIT é que até o fim do ano mais da metade da população mundial, ou 3,9 bilhões de indivíduos, façam parte desta estatística.

Segundo o estudo da UIT, a maioria dos usuários de internet no mundo, 2,5 bilhões, está localizada nos países em desenvolvimento. A penetração da rede mundial de computadores nestas regiões é de 81%, contra 40% nas nações emergentes. Nos locais mais pobres do globo, apenas 15% da população conta com acesso ao serviço.

##RECOMENDA##

O estudo revela também que 95% da população global – ou 7 bilhões de pessoas – vivem em áreas cobertas por internet móvel. A UIT diz que as conexões 4G se espalharam mais rapidamente nos últimos três anos e atingiram 53% dos indivíduos do mundo. Mais barato que a banda larga fixa, estes serviço deverá atingir 3,6 bilhões assinantes até o final deste ano.

Desigualdade digital

Em todas as regiões do mundo, as taxas de penetração da internet são mais altas entre homens. As desigualdades globais de gênero subiram de 11% em 2013 para 12% em 2016. No mundo todo, 51,1% da população masculina acessa à internet, enquanto apenas 44,9% das mulheres têm a mesma possibilidade.

No início de 2016, a capacidade da internet internacional atingiu 185 mil Gp/s, frente a 30 mil Gp/s em 2008. No entanto, essa capacidade é distribuída desigualmente no mundo, com a falta de banda sendo um dos principais problemas nos países menos desenvolvidos.

"A interconectividade global está crescendo rapidamente. No entanto, é preciso fazer mais para acabar com a desigualdade digital e levar mais da metade da população global que não utiliza a internet para a economia digital", disse o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao.

Ditadura, monarquia, democracia, socialismo, entre outros. Cada nação adota seu modelo de governo, alguns com mais e outros com menos influência sobre a sociedade, e essa diversidade de modelos de Estados sempre foi alvo de inúmeros debates.

Juridicamente, é papel do Estado garantir a segurança, saúde e educação de seu povo, viabilizando que a sociedade se mantenha em ordem. Essa tese é defendida por vários e reforçada na teoria que o Estado deve exercer seu poder em todos os setores. Entretanto, há uma parte da população que defende que a influência do Estado deve ser reduzida ou até mesmo não existir.

Pensando de forma extrema, se tivermos um Estado que controla todos os setores, haverá a configuração de uma ditadura, com grandes restrições à liberdade individual e à iniciativa privada. Em contrapartida, um país sem governo e sem leis resultaria em uma anarquia, o que levaria ao caos. Assim, é preciso trabalhar com um meio termo.

O papel ideal para o Estado é o de regulador e incentivador do desenvolvimento, atuando, fortemente, para oferecer serviço adequado à população, que paga, através de impostos, por serviços essenciais, como saúde, segurança e educação. No entanto, é preciso estabelecer parcerias com a iniciativa privada, possibilitando o acesso e a oportunidade para todos.

A ordem econômica, por exemplo, se dá quando há livre iniciativa e concorrência. Educação, saúde e segurança pública são os três pilares de uma sociedade. Entretanto, atualmente, se o cidadão precisa de qualidade, em qualquer um destes serviços, precisa recorrer à iniciativa privada, o que comprova a ineficiência do Estado em relação aos péssimos serviços que são prestados, mesmo com uma carga tributária elevadíssima como a que temos.

Para caminharmos na direção de um Estado justo para todos, é necessário que o Estado seja mínimo e intervenha minimamente  apenas  naquilo que  é de  sua competência,  como na condução da economia,  de modo a não haver monopólios, dentre eles, do próprio Estado, bem como na garantia do total cumprimento das lei  e da  Constituição.

Em mais uma peça do quebra-cabeça que vem sendo montado por cientistas na tentativa de solucionar o vínculo entre zika e microcefalia, pesquisadores do Rio mostram que a infecção reduz o desenvolvimento do cérebro fetal em 40%, quando comparado com outro que não teve contato com o vírus. O estudo, que tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), foi publicado pela revista Science.

O trabalho, liderado pelo pesquisador Stevens Rehen, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, usou minicérebros. São estruturas de menos de dois milímetros, obtidas a partir de células-tronco, que reproduzem o cérebro de um feto de dois meses. Têm as camadas, os ventrículos e características anatômicas observadas num cérebro. A diferença é que não têm vascularização, então não conseguem crescer além dessa fase.

##RECOMENDA##

Em pesquisa anterior, a equipe de Rehen já havia demonstrado a destruição de células neuronais pelo zika. Desta vez, o minicérebro foi infectado pelo zika no 35º dia de desenvolvimento (equivalente ao feto no segundo mês de gestação) e teve a taxa de crescimento acompanhada pelo período de 11 dias.

"O que a gente observa é a redução de crescimento em torno de 40%. De certa forma, o resultado é equivalente ao que é observado in vivo. A partir desse resultado, nós temos um modelo para testar possibilidades de tratamento", afirmou Rehen.

É nessa fase do desenvolvimento que começa a ser formado o córtex, área nobre do cérebro. "São camadas de cérebro que se formam durante o desenvolvimento. Quando se impede isso de acontecer, se formam alterações que temos visto nos bebês cujas mães tiveram zika, como microcefalia, lisencefalia (ausência de circunvoluções no cérebro)." Os pesquisadores também contaminaram o minicérebro com o vírus da dengue. "Ele infecta até mais do que o da zika, mas não causa estragos", explicou o especialista.

Na próxima etapa do trabalho, os pesquisadores querem entender como o zika entra nas células neuronais. Estudo do pesquisador Arnold Kriegstein, da Universidade da Califórnia, mostrou que células do cérebro em desenvolvimento têm o receptor AXL.

"A pesquisa sugere que seja através desse receptor que o zika entra nas células. Já havia evidências de que vários vírus, como o da Febre Oeste do Nilo e o da dengue, usam esse receptor. É como uma porta que é utilizada por outros vírus para acessar a célula. Ele mostrou que tem a porta. Ninguém colocou o vírus para abrir. Agora vamos testar o bloqueio desse receptor para ver se de fato o vírus não entra", afirmou.

Rehen já encomendou o anticorpo para AXL e o inibidor desse receptor - os insumos são importados. Agora depende dos trâmites burocráticos para a pesquisa andar. São pelo menos 60 dias até o material chegar.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando