Tópicos | desenvolvimento

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) abre inscrições para a primeira turma do Programa de Residência em Desenvolvimento de Software, uma parceria do Centro de Informática (CIn) da UFPE com a Emprel (Empresa Municipal de Informática) e a Fade (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade).

As inscrições seguem abertas até o dia 9 de março através do formulário online disponibilizado pela instituição. Estão disponibilizadas 18 vagas para o programa, sendo 15 com o recebimento de bolsa mensal no valor de R$ 2 mil e três sem o recebimento de bolsa. 

##RECOMENDA##

O programa tem como objetivo principal incentivar a formação de recursos humanos com alto grau de especialização em desenvolvimento de software. O curso inclui disciplinas que cobrem conceitos básicos e avançados de Engenharia de Software. 

Para se inscrever, o candidato precisa ser graduado nos cursos de nível superior, reconhecidos pelo MEC, em Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Sistemas de Informação, Engenharias e áreas afins, além de ter disponibilidade de 40 horas semanais de segunda a sexta-feira. 

Todas as informações sobre o curso e as inscrições estão disponíveis no edital de seleção. Informações adicionais e todo o acompanhamento do processo de seleção deverão ser obtidos através do e-mail residenciaemprel@cin.ufpe.br.

O governo americano publicou na segunda-feira, 10, uma revisão na lista de nações consideradas em desenvolvimento, retirando a classificação do Brasil e de cerca de outros 20 países. A mudança facilita o que se chama de investigação de direito compensatório, que pode punir países que lançam mão de subsídios comerciais considerados injustos. Além do Brasil, estão na lista China, Argentina, África do Sul e Índia, por exemplo.

Desde que assumiu a Casa Branca, o presidente Donald Trump tem reclamado do tratamento dispensado a países tidos como em desenvolvimento durante disputas comerciais, em especial da China. Em Davos, na Suíça, em janeiro, ele voltou a falar no tema ao criticar o fato de que China e Índia serem consideradas nações em desenvolvimento pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Os americanos têm feito um esforço para eliminar o tratamento diferenciado a países que consideram que não devem ser beneficiados pela flexibilidade nas regras comerciais devido à ascensão de suas economias.

##RECOMENDA##

A regulação foi publicada pelo USTR, autoridade comercial dos Estados Unidos, ao atualizar uma regra de 1998. Os americanos revisaram os critérios para definição de países em desenvolvimento. Além da renda per capita e da participação no comércio global, as novas regras analisam ainda outros temas como o pertencimento ao G-20 - grupo do qual o Brasil faz parte. Pelos novos critérios a participação no comércio global máxima para o status de país em desenvolvimento também muda, passando de 2% para 0,5%.

O USTR considera que a metodologia adotada desde 1998 está "obsoleta". A revisão pode facilitar a punição dos países que deixam de figurar como nações em desenvolvimento, mas autoridades brasileiras têm minimizado nos bastidores o impacto que a medida pode causar para o País.

A medida dos EUA é unilateral e se aplica especificamente para a investigação americana de direito compensatório.

Os países em desenvolvimento podem exportar mais aos EUA isentos da investigação. Fora do tratamento especial, os limites são menores. Até hoje, os países ficavam excluídos da investigação se as importações provenientes dessas nações fossem inferiores a 4% do total das importações e, no conjunto com todos os demais em desenvolvimento, inferiores a 9%. Com a mudança na classificação, as porcentagens caem para 3% e 7%, e o governo Trump, portanto, tem maiores margens para aplicar barreiras comerciais.

Parte dos países afetados pela resolução americana já aceitaram abrir mão do tratamento especial concedido a países em desenvolvimento na OMC. É o caso do Brasil. Em março, quando o presidente Jair Bolsonaro visitou Trump em Washington, o País abriu mão do futuro uso do status de país em desenvolvimento na OMC em troca do apoio americano ao processo de adesão brasileiro à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

O procedimento é administrativo e dentro dos EUA. No caso do tratamento diferenciado na OMC, da qual o Brasil já concordou em abrir mão, depende de uma discussão no próprio órgão. Na OMC, cada integrante declara em qual status se coloca.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi realizado neste domingo (3), com a aplicação das provas de Redação, Linguagens e Ciências da Natureza. Na edição de 2019, o tema foi "democratização do acesso ao cinema no Brasil", assunto que surpreendeu muitos estudantes e professores da área.

O professor de redação e linguagens Diogo Xavier fez a prova e comentou a importância de realizar uma boa proposta de intervenção. Ele, que participou do Enem nesta tarde, fez seu texto sugerindo que o governo federal, através do Ministério das Comunicações, desenvolva parcerias com serviços de streaming (transmissão de vídeo via internet), como a Netflix, para descentralizar o acesso aos produtos cinematográficos.

##RECOMENDA##

“Foram duas propostas que eu coloquei. Uma é que o Ministério das Comunicações de alguma forma se alie à netflix. Citei como o streaming foi primordial para democratização dos filmes no Brasil. Então que o ministério se aliasse ao streaming e pudesse proporcionar a regiões mais longínquas e periféricas o acesso ao cinema”, disse o professor. 

A segunda proposta elaborada pelo professor sugere uma atuação da Justiça, por meio do Supremo Tribunal Federal, para impedir qualquer forma de desrespeito à liberdade da Agência Nacional de Cinema (Ancine). “A segunda foi que o Supremo Tribunal Federal, de maneira legislativa, impusesse uma norma punindo aquelas pessoas ou entidades que desrespeitem a liberdade de expressão e reprodução da Ancine para que a democracia constitucional do cinema possa ser respeitada”, disse Diogo.

Utilização de conceitos

Para a professora Maria Catarina Bózio, coordenadora de redação do Colégio Poliedro, o que surpreendeu foi o recorte específico da questão cultural. "O acesso à cultura de modo geral, contudo, foi um tema trabalhado por nós. Nossos alunos têm uma bagagem bastante grande pensando em conteúdos de educação básica, podendo usar conceitos como o da indústria cultural, de Adorno, e do capital cultural, de Pierre Bourdieu", explica. Assim, a professora não acredita que os candidatos teriam dificuldade no desenvolvimento do texto. "Eles acabam sendo grandes frequentadores do cinema ou mesmo de serviços de streaming como o Netflix", ressalta. 

LeiaJá também

--> Tema do Enem 2019: veja exemplos de textos para redação

--> Surpresos, professores explicam tema da redação do Enem

-->  MEC havia anunciado incentivo a cinemas acessíveis

O caminhoneiro Erik Fransuer passa meses percorrendo, ida e volta, as rodovias que cortam a floresta amazônica, entregando soja e milho em portos fluviais.

Fransuer é um dos milhares de caminhoneiros que transitam pelas BR-230 e BR-163, grandes rotas de transporte que desempenharam um papel no desenvolvimento e na destruição da maior floresta tropical do mundo, atualmente devastada por incêndios em vários pontos.

"Gosto da liberdade da estrada", conta Fransuer, de 26 anos, enquanto ele e outros motoristas descansam em redes penduradas entre os caminhões estacionados lado a lado em um posto de gasolina na cidade empoeirada de Rurópolis.

Fransuer passa pelo menos 12 horas por dia dirigindo, ouvindo músicas em ritmo acelerado, enquanto sacoleja pelas rodovias construídas cerca de 50 anos atrás, e que ainda não foram concluídas.

Buracos com um metro de diâmetro, pistas com irregularidades de sacudir os ossos, instáveis pontes de madeira e nuvens de poeira avermelhada que impedem a visibilidade em trechos sem asfalto das rodovias, a maior parte de mão dupla, transformam as estradas um risco, na melhor das hipóteses.

"Pra cá não tem estrada", diz Fransuer, vestindo camiseta, shorts e chinelos, enquanto gesticula na direção da BR163, que liga as paraenses Rurópolis e Santarém, que até recentemente era uma via de terra batida.

Mas isso está mudando.

No anseio de desenvolver a Amazônia para impulsionar a combalida economia nacional, o governo do presidente Jair Bolsonaro planeja terminar este ano o asfaltamento da BR163, uma rodovia de 1.770 km que liga o norte de Cuiabá, capital do Mato Grosso, a Santarém.

Operários também estão pavimentando trechos da BR230, com mais de 4.000 km, conhecida como a rodovia Transamazônica, que atravessa a floresta da costeira João Pessoa, capital da Paraíba, até Lábrea, a oeste, no Amazonas.

Pontes de madeira de mão única, que mal sustentam o peso dos caminhões com carga de 30 toneladas de grãos, também estão sendo substituídas por outras de concreto.

"Tem muitos acidentes, muitos mortos aqui neste lugar", conta Darlei da Silva, enquanto trabalha sob forte calor na instalação de uma nova ponte na BR230. É uma das 18 em construção ao longo da estrada, comenta.

"Vai melhorar bem", afirma sobre as novas pontes.

- Desmatamento -

As rodovias começaram a ser construídas durante a ditadura militar, no começo dos anos 1970, para povoar esta região remota, que era vista como um deserto - apesar das tribos indígenas e das comunidades tradicionais que viviam lá - e vulnerável à invasão estrangeira.

O desmatamento se seguiu a uma onda de pioneiros - pobres trabalhadores rurais, atraídos para a floresta tropical com a promessa de terras e um futuro melhor - que começaram a derrubar árvores como jatobá, itaúba, marupá e cedro para instalar suas plantações.

O processo se acelerou nas décadas seguintes, quando criadores de gado, plantadores de soja e madeireiros ilegais abriram caminho avançando mais profundamente na bacia Amazônica, onde hoje vivem mais de 20 milhões de pessoas.

Durante uma visita recente ao Pará, onde fica Rurópolis, uma equipe da AFP passou de carro por trechos de terra desmatados e fazendas com nomes como "Sonho meu" e "Boa vista".

Onde antes havia mata virgem, cabeças de gado Brahman pastam e enormes máquinas colhem grãos.

Áreas recém-desmatadas foram chamuscadas pelas queimadas recentes que carbonizaram a floresta primária, apesar da proibição aos incêndios na Amazônia que se seguiu aos protestos internacionais. O cheiro de fumaça pairava no ar até a chegada da temporada de chuvas.

As rodovias e as estradas de terra contíguas alimentaram as atividades ilícitas na região, como a mineração ilegal e a grilagem.

"Nas nossas pesquisas, nos trabalhos que a gente fez de campo aqui na região da Transamazônica e da BR163, vimos que no momento em que você abre uma estrada, já proporciona um desmatamento em torno de 100 km nas laterais - 50 km de um lado e 50 km de outro", explica à AFP Socorro Pena, pesquisadora que trabalhou no Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (IPAM).

"Grandes estradas e grandes projetos de infraestrutura estão promovendo um alto índice de desmatamento e problemas ambientais, e tem prejudicado bastante a população local", complementa.

- Ritmo lento -

Os caminhoneiros levam três dias para percorrer os mais de 2.000 km de viagem de ida e volta entre a cidade mato-grossense de Sinop (centro-oeste) - o celeiro do país - e os portos de Miritituba e Santarém, no vizinho Pará (norte).

Mas eles costumam acabar perdendo vários dias em filas nos terminais do rio Tapajós, aguardando para descarregar, com os operadores portuários sobrecarregados pela demanda insaciável da China pela soja brasileira.

Os tempos de viagem podem piorar durante a temporada de chuvas, entre novembro e junho, quando os trechos sem asfalto das rodovias viram um lamaçal.

Ou quando centenas de mineradores ilegais bloqueiam uma estrada por dias para exigir a legalização de sua atividade, como aconteceu recentemente em Moraes Almeida (PA), que cruza a BR163.

Fransuer, que dirige caminhão há seis anos, afirma ter visto quase 10 acidentes de caminhão diariamente devido a condições precárias.

O número de caminhões nas estradas deve explodir nos próximos anos enquanto os operadores de grãos constroem novos portos.

Espera-se que cerca de seis mil caminhões parem diariamente nos portos de Miritituba nos próximos cinco anos, quando o número de terminais triplicar, chegando a 15, afirma o prefeito local, Valmir Climaco de Aguiar.

Hoje, são 1.500 caminhões por dia, compara Aguiar.

- Sujeira e poeira -

A modernização portuária e rodoviária reduzirá os custos com transporte dos produtores de grãos no Mato Grosso, que serão capazes de exportar mais sua produção através de terminais no norte no lugar do sul, que são mais distantes de suas fazendas.

Mas nem todos no Pará sentem que estão sendo beneficiados.

Os moradores temem que o aumento do tráfego de caminhões vá deixar as rodovias mais perigosas e produzir mais poeira do que a mancha vermelha que já se deposita sobre tudo atualmente.

Para evitar a sujeira, "eu lavo roupa à noite, tem menos movimento de carro", conta Dayana Rodrigues Melo, mãe de quatro filhos, em Rurópolis, onde as ruas não têm pavimentação.

Ainda de acordo com os moradores, as temperaturas subiram na região como resultado do desmatamento.

A expansão das fazendas também fez aumentar os preços da terra e dos imóveis, e substituiu o cultivo de alimentos que antes abasteciam o mercado local, comenta Sandro Leão, professor de economia da Universidade Federal do Oeste do Pará.

Salários e emprego, no entanto, não acompanharam este avanço. E o sinal do celular é inexistente fora das grandes cidades.

"O modelo de economia de exportação, que utiliza a logística do norte para escoamento, é um modelo que favorece principalmente quem está envolvido na atividade de exportação", afirma Leão.

"São os fazendeiros, principalmente as empresas exportadoras, os grandes 'traders' e exportadores de grãos", acrescenta.

Uma infraestrutura melhor também é boa notícia para caminhoneiros como Fransuer. Eles recebem cerca de R$ 1.000 para cada carga entregue no porto.

Isto permitirá mais viagens por mês e dar um suporte maior a sua jovem família, que vive na Paraíba.

"É difícil", resume.

O presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, disse que o governo estuda fazer mudanças nas regras para compra de botijões de gás. Segundo ele, a regulação atual está repleta de proibições e restrições, "especialmente o gás de cozinha".

"Aumentar oferta e dar transparência aos preços não basta", disse, em cerimônia de lançamento do programa Novo Mercado de Gás no Palácio do Planalto - mais conhecido como "choque da energia barata".

##RECOMENDA##

Oddone disse que os botijões hoje são vendidos em média a R$ 70,00. Segundo ele, o custo do produto é de R$ 26,00, e os tributos representam R$ 12,00. "O restante são margens brutas de distribuição e revenda", afirmou. Cada R$ 10,00 a mais no botijão representa um custo de R$ 4,1 bilhões adicionais para a sociedade, disse ele.

A ideia em estudo pelo governo é revogar a diferenciação nos preços do gás de cozinha. Hoje, o botijão residencial de R$ 13 kg tem um subsídio, mas todos os demais envasamentos não contam com o mesmo benefício. Outra restrição em vigor é a que impede que um botijão de uma marca possa ser abastecido por um concorrente. Essa regra também deve ser revista.

"Isso não pode ser usado contra a modernização do setor. Mesmo em condições seguras, não é permitido engarrafamento de marca distinta", disse. "Isso gera custos adicionais de logística. Está em estudo o botijão sem marca e o enchimento por outras marcas."

Outra possibilidade que o governo analisa é permitir que o consumidor possa encher parcialmente seu botijão ou adquirir botijões parcialmente cheios. Segundo ele, a medida pode beneficiar a população mais carente, que nem sempre tem recursos para comprar um botijão cheio e acaba recorrente a alternativas como lenha, que gera acidentes.

Oddone destacou ainda que o governo estuda mudanças na tributação para permitir a venda direta de etanol por usinas para postos de abastecimento. Hoje, essa relação é intermediada pelas distribuidoras. A informação foi antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O presidente da França, Emmanuel Macron, lançou nesta sexta-feira (12) em Cherbourg o "Suffren", primeiro de uma série de seis novos submarinos nucleares de ataque (SNA), mais discretos e mais fortemente armados.

Primeiro submarino francês lançado há mais de dez anos, o "Suffren" integra a série dos submarinos de classe Barracuda.

"Hoje celebramos um êxito industrial", o submarino nuclear francês número 17, declarou Hervé Guillou, presidente do Naval Group, que construiu o submarino com TechnicAtome para o reator nuclear.

Há 12 anos, 800 empresas e mais de 10.000 pessoas participaram de sua construção.

O custo do programa (desenvolvimento e construção), atrasado em três anos, ultrapassa 9,1 bilhões de euros, "aproximadamente 1 bilhão por embarcação, 30% ou 40% mais barato do que os dos nossos parceiros europeus", assegurou.

Uma escola localizada na cidade de Ananindeua, Região Metropolitana do Pará, está utilizando uma maneira criativa de fazer com que pais e mães estejam mais presentes na vida escola dos filhos: eles recebem boletins com avaliações relacionadas ao comportamento e ao tempo que dedicam às crianças dentro e fora de casa.

Tradicionalmente, os responsáveis pelos alunos sempre recebem os boletins com as notas do semestre, mas no caso da instituição paraense, eles também são convidados a participar de um evento no qual recebem um envelope lacrado com notas que vão de 0 a 10. No lugar de disciplinas como português e matemática, porém, há notas para ‘presença nos eventos escolares, paciência e compreensão. De acordo com a Coordenadora Pedagógica do Hotel Escola Girassol, responsável pelo desenvolvimento do projeto, Suellen Raiol, as reações ao conteúdo do envelope foram as mais variadas, desde euforia ao choro. “Muitos não imaginavam as notas que teriam”, disse em entrevista ao LeiaJa.com.

##RECOMENDA##

Um dos objetivos principais para o desenvolvimento do trabalho foi buscar uma mudança comportamental dos adultos em relação às suas crianças. Muitos estudantes do ensino fundamental 1 e 2, no começo se mostraram apreensivos em relação ao método avaliativo, se isso geraria consequências negativas dentro da família. No entanto, o que ocorreu desde o início do trabalho, em 2017, foi uma mudança de atitude de ambas as partes, como explica Suellen Raiol. “É o Pontapé inicial para uma jornada de relacionamento dentro da escola, para ampliar os horizontes da família. Muitos já avançaram no relacionamento com os filhos, no convívio familiar. É um projeto que pode explanar para outros objetivos se a escola tiver visão. Nenhum pai se sente constrangido porque não é exposto”.

E em tempos de redes sociais e todo mundo conectado, a instituição do ensino quer trazer ainda mais a família para a escola. Hoje, a escola desenvolve um novo projeto que visa fazer com que pais, mães e responsáveis larguem um pouco a vida digital para viver a vida real ao lado das crianças. “No final do ano há um reconhecimento de consciência dos próprios pais. Trabalhar em escola em isso. São diversas problemáticas, diversos desafios e a criatividade tem que existir para que a gente possa de uma formas lúdica, de uma forma carinhosa, falar aos pais: olhem, conversem, passeiem, tenham um convívio familiar com seus filhos”, conclui a coordenadora pedagógica Suellen Raiol.     

 

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo para graduados que tenham interesse em fazer Doutorado Profissional em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), em uma associação com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Universidade do Estado da Bahia (UNEB). A seletiva recebe candidaturas até o dia 04 de julho através do site da pós graduação da UNIVASF. São 60 vagas, distribuídas entre as três instituições.

Podem se inscrever portadores de diploma de curso de graduação e de mestrado acadêmico ou profissional, realizado em instituições reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC). Haverá reserva de 30% das vagas para candidatos negros, indígenas e pessoas com deficiência, além de mais 5% destinadas aos servidores técnicos administrativos das instituições.

##RECOMENDA##

A seleção se dará em etapas e começa com análise dos planos de trabalho, seguido de entrevista com defesa dos projetos e posteriormente a análise do currículo documentado. O resultado final está previsto para ser divulgado no dia 29 de julho e as aulas terão início em agosto.

O objetivo da formação é desenvolver projetos e profissionais em cinco linhas de pesquisa:Identidade, Cultura e Territorialidades; Sociedade, Economia e Construção do Conhecimento; Transições Socioecológicas e Sistemas Produtivos Biodiversos; Convivência com o Semiárido, Inovações Sociotécnicas e Desenvolvimento e Ambiente, Saúde e Sistemas Agroalimentares.

Dúvidas em relação ao programa de Doutorado podem ser solucionadas pelos e-mails UNIVASF - ppgadt@univasf.edu.br; UFRPE - coordenacao.ppgadt@ufrpe.br e  UNEB ppgadtdtcs3@uneb.br e também pelo telefone 81 3320 6587.

Veja o edital 

 

O deputado estadual Diogo Moraes está defendendo a instalação de um campus da Universidade de Pernambuco (UPE) na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do Estado. Segundo ele, a criação da unidade beneficiará o Polo de Confecções da região.

O pedido foi formalizado nesta quinta-feira (4), durante reunião com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Aluísio Lessa. “O conhecimento é o caminho da solidez e do desenvolvimento da região. Santa Cruz do Capibaribe é o segundo maior polo de confecções do país, juntamente com Caruaru, Toritama e municípios adjacentes, todos contribuindo significativamente para o crescimento do PIB pernambucano”, argumentou o deputado.

##RECOMENDA##

Em sua proposta, Moraes sugere a criação de cursos superiores voltados ao setor têxtil. “Essa sugestão poderá se tornar, inclusive, um modelo para a própria universidade. O secretário se mostrou muito interessado no projeto e já vai iniciar um estudo de viabilidade. Um esboço do projeto da nova unidade será feito em seguida. Essa é mais uma luta nossa encampada pelo governador Paulo Câmara, que vai fortalecer ainda mais o Polo Têxtil”, comentou.

O LeiaJá publicou neste mês um especial que aborda o Polo de Confecções do Agreste. ‘Descosturando a crise’ detalha os desafios econômicos da região, além de traçar melhorias para empreendedores locais.

A indicação mais repercutida na composição do secretariado do governador Paulo Câmara (PSB) para o seu segundo mandato é a escolha do secretário de Assuntos Institucionais do PT e coordenador Executivo do gabinete do senador Humberto Costa (PT), Dilson Peixoto, para ocupar a vaga que estava reservada no governo estadual à legenda petista: ele será o secretário estadual de Desenvolvimento Agrário. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá,  Dilson avisou que a irá trabalhar “fortemente” para que o PT deixe sua “marca”. 

“Nossa expectativa é trabalhar fortemente para que o PT deixe a sua marca, para que nós consigamos fazer com que o governador tenha cada vez mais aceitação e que seja um governo cada vez mais exitoso e deixando a nossa contribuição para esse resultado positivo como já fizemos antes”, falou com entusiasmo. 

##RECOMENDA##

O ex-presidente da CUT-PE e vereador do Recife por quatro mandatos também ressaltou que o sentimento é de muita expectativa e muita honra em ter sido lembrado pelo senador Humberto Costa e aceito, de pronto, pelo governador. “Eu acho que isso transfere para a minha trajetória uma responsabilidade muito grande. É um desafio enorme, um desafio em uma área onde efetivamente eu nunca militei, mas tenho certeza que ao final vou demonstrar que com a minha experiência como gestor público os resultados podem acontecer”. 

Confiante, Peixoto falou que tem certeza que poderá agilizar as políticas públicas para a área. “A receita fundamental para que dê certo, primeiro, é ouvir e ouvir muito todos os setores envolvidos. Segundo, montar uma equipe que tenha agilidade e que tenha competência e compromisso e, terceiro, gerir e fazer com que as coisas aconteçam fazendo com que as autarquias e empresas vinculadas tenham resultados bastante expressivos e fazer com que os projetos que estejam em curso sejam potencializados”. 

Ele também salientou a importância de criar novos projetos que façam com que a agricultura em Pernambuco, não só a agricultura familiar, mas uma agricultura como um todo tenha forte crescimento nos próximos quatro anos. 

Durante a conversa, Dilson Peixoto minimizou as críticas geradas pela aliança entre o PT e o PSB na eleição deste ano, bem como outras definindo como algo natural. “A verbalização de opiniões divergentes é coisa normal do PT”. No entanto, ele lamentou o fato de que o balão de ensaio na imprensa se transforme em disputa política. 

Nessa sexta-feira (28), o membro da Executiva Estadual do PT-PE, Edmilson Menezes, divulgou uma nota criticou no qual destaca que não houve reunião do diretório ou da Executiva estadual para indicar o nome de Dilson para esse o qualquer outro cargo. Ainda, no texto, disse desprezar pelas decisões “nas instâncias partidárias”, que foram “substituídas pelas decisões de dirigentes, lideranças ou parlamentares que ousam falar em nome do PT”. 

Explicando, o ex-presidente do PT-PE falou que em nenhum momento foi dito por alguém o seu nome foi aprovado pela direção legenda. “Não foi porque nós não conseguimos realizar uma reunião da direção por conta desse período entre o Natal e Ano Novo. O governador só bateu o martelo na questão da secretaria esta semana, então a gente tentou viabilizar uma reunião que acontecesse ontem, mas a maioria da direção estava fora, estava viajando. Estamos aguardando inclusive o presidente, que está de férias e conversando com Bruno Ribeiro para convocar a Executiva nos próximos dias e discutir essa questão do PT dar o aval para quem for para o governo de forma que prestar contas do partido”.

O novo secretário de Paulo Câmara ainda deixou um recado aos críticos. “A minha resposta para esse tipo de crítica é trabalhar e mostrar que a gente está lá sem desviar um milímetro do que o PT pensar e também cumprir o nosso papel enquanto gestor de uma pasta importantíssima para o povo pernambucano e, principalmente, para o povo trabalhador rural de Pernambuco”, concluiu. 

Em seus últimos dias no cargo, o presidente Michel Temer afirmou, na manhã desta segunda-feira (17), que o Brasil chegou ao ápice do processo de modernização com a inauguração parcial de uma obra em Brasília. "O momento culminante é essa espécie de inauguração de placa que colocamos aqui do satélite geostacionário", disse.

Temer participou da entrega da primeira etapa do Centro de Operações Espaciais Principal (COPE-P), que permitirá a operacionalização e monitoramento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), lançado em 2017. A segunda etapa será direcionada para áreas administrativas e deverá ser concluída na metade do próximo ano.

##RECOMENDA##

"O momento culminante, o ápice dessa modernização, o momento em que eu posso dizer, em alto e bom som, o momento em que eu posso alardear por aí, e quero sugerir que todos nós possamos alardear o que está sendo feito pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, pela Embratel (sic), pelo Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas, é essa espécie de inauguração de placa que colocamos aqui do satélite geoestacionário, e, como foi dito aqui nessa tribuna, leva entre outras coisas banda larga para todo o país", discursou Temer. O presidente confundiu Embratel com a Telebras em diversos momentos de sua fala, mas ao final corrigiu a informação.

Ele contou que aceitou participar da cerimônia desta segunda-feira porque o ministro Gilberto Kassab insistiu que seria o "coroamento de um trabalho extraordinário" feito pela pasta. "Eu, que já tinha ideia de que estávamos modernizando o país, hoje digo em definitivo que estamos no século 21."

Durante o discurso, Temer relembrou propostas aprovadas na sua gestão como o estabelecimento de um teto para os gastos públicos, a reforma trabalhista e a reforma do ensino médio.

* por Luiz Filipe

Com o objetivo de inspirar alunos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) a melhorar o mundo através de ações empreendedoras, a Enactus, uma organização internacional sem fins lucrativos, oferece capacitação em negócios para comunidades do Recife. 

##RECOMENDA##

O projeto funciona em 36 países ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Em Pernambuco, os estudantes realizam atividades em bairros em vulnerabilidade para solucionar problemas sociais, através de uma plataforma que busca focar no potencial dos moradores beneficiados. Tornando o empreendedorismo uma ferramenta transformadora. 

Confira a matéria completa no vídeo:

[@#video#@]

A internet teve um fator de grande relevância na vitória do então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). Após a facada que levou durante um ato de campanha em Juiz de Fora, o capitão de reserva ficou impossibilitado por um longo período de fazer o chamado e importante “corpo a corpo”. A partir daí, ele intensificou o uso das redes sociais para falar sobre propostas e assuntos diversos. 

Neste sábado (17), por meio das redes sociais, o presidente eleito falou sobre o assunto de forma breve, mas que muito repercutiu. “Graças a Deus temos a internet para ter informação e desenvolvimento”, destacou.  

##RECOMENDA##

Muitos seguidores de Bolsonaro comentaram a publicação. "Graças a internet fizemos parte da maior campanha do Brasil e saímos vitorioso, afinal somos todos bolsonarianos", escreveu uma internauta. "Saber que foi pela internet que te elegemos não tem preço", elogiou outro seguidor. 

A postagem aconteceu pouco depois que um dos seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL) criticar o jornal O Globo de forma irônica. “O jornal O Globo de hoje acordou com um apetite maior que o normal para tentar ‘informar’ o leitor”, escreveu.  

A internet tem sido um grande aliado da família Bolsonaro. É por meio das redes sociais que tanto o presidente eleito como os filhos, Carlos, Eduardo e Flávio, “desmentem” reportagens, se posicionam sobre assuntos diversos.

Bolsonaro, durante a campanha, chegou a ser acusado pelo jornal Folha de S.Paulo de fazer parte de um esquema milionário no qual empresas que apoiavam a sua candidatura teria participado de um esquema para espalhar fake news contra o PT. O militar, por sua vez, negou envolvimento.

Nesta quarta-feira (14), o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, antecipou que o governo Bolsonaro vai contar com o Ministério da Cidadania. A declaração aconteceu durante uma entrevista concedida à Rádio Gaúcha. Ele, que coordena a transição de governo, no início desta tarde também falou que não haverá novos anúncios de ministros nesta semana.

“O Ministério do Trabalho ficará junto com a 'produção' ou vai para um outro ministério chamado de Cidadania, que aí tem lá o Desenvolvimento Social, os Direitos Humanos. Para a gente poder sair de 30 ministérios para 15, tu tem que fazer essa concentração”, antecipou Onyx.

##RECOMENDA##

Bolsonaro anunciou há pouco, por meio do Twitter, que o diplomata Ernesto Araújo será o novo ministro das Relações Exteriores. Segundo o capitão da reserva, Araújo tem 29 anos de carreira e seria um “brilhante intelectual”. 

O presidente eleito protagonizou nesta quarta mais uma polêmica quando o Ministério da Saúde de Cuba anunciou que o país abandonará o programa “Mais Médicos” do governo federal. A medida teria acontecido após declarações “ameaçadoras e depreciativas” do militar.

O ex-prefeito do Recife João Paulo (PCdoB), em entrevista concedida ao LeiaJá, se mostrou bastante empolgado em começar o mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), após sair vitorioso na eleição deste ano. O deputado estadual eleito falou que vai dedicar seu mandato “às lutas sociais” e contou que pretende iniciar um doutorado em Ciências Políticas. 

##RECOMENDA##

“Eu tenho claro entendimento depois de 48 anos de militância política e de ter sido deputado estadual por três mandatos, prefeito da cidade do Recife, vereador, superintendente da Sudene e deputado federal, eu vou dedicar o meu mandato às lutas sociais, à organização do povo, e vou dedicar também à formação de novos quadros. Também quero continuar me aperfeiçoando para a qualidade das minhas intervenções”, expôs. 

João Paulo também disse querer contribuir com o governo Paulo Câmara. “Espero continuar a contribuir para ajudar ao Governo do Estado para que possa ter políticas de desenvolvimento na Região Metropolitana, na Zona da Mata, no Sertão, no Agreste e com a perspectiva de que lá nós vamos ter a condição de fazer um trabalho ao nível do trabalho que eu fiz ao longo dos meus 10 anos como deputado estadual”. 

Ele, no entanto, reconheceu as dificuldades enfrentadas pelo pessebista. “Os governos federal, estadual e municipal tiveram muitas dificuldades e eu sempre tratei essas questões com muita responsabilidade. Nunca fiz ataques irresponsáveis a governo, mas sempre tentei utilizar a crítica como instrumento científico do trabalho e eu acho isso importante”. 

Questionado sobre como observa o governo estadual, João Paulo desconversou. “Eu acho que eu não tenho que avaliar o governo. Eu acho que o povo avaliou dando o voto a ele, para se eleger no primeiro turno, eu acho que essa é a maior avaliação. O governo sabe das fraquezas e a meu ver vai fazer um esforço muito grande no sentido de melhorar a gestão para corresponder a confiança do voto do povo pernambucano".

 

A Fifa lançou nesta terça (09) a cartilha "Estratégia Global para o Futebol Feminino". Pela primeira vez, a entidade apresenta um documento de 18 páginas explicando como acontecerá o trabalho que visa compreender o potencial da modalidade.

De acordo com o documento,  A Fifa irá trabalhar em conjunto com membros associados, clubes, jogadoras, imprensa, fãs e outras partes interessadas para garantir os três maiores objetivos da entidade para o futebol feminino: o aumento da participação, elevar o valor comercial e criar uma estrutura mais sólida para a modalidade.

##RECOMENDA##

A secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, destacou a importância do lançamento da cartilha. Segundo Samoura, os benefícios gerados vão além do esporte, alcançando todas as mulheres de uma forma geral.

“Como primeira secretária-geral da Fifa, estou orgulhosa por lançar nossa primeira estratégia global para o futebol feminino. A modalidade é uma das prioridades da Fifa e através da nossa nova estratégia trabalharemos junto com 211 membros associados pelo mundo para aumentar a participação da base, melhorar o valor comercial do futebol feminino e tornar mais fortes as estruturas em volta da modalidade, para garantir que tudo que fazemos é sustentável e tem fortes resultados”, expressou a secretária-geral.

Por Thiago Herminio

 

Falar como bebê para bebês pode ser uma demonstração de carinho dos pais com os filhos logo depois do nascimento. Mas quando as crianças começam a crescer, falar corretamente é mais importante para estimular o desenvolvimento da linguagem.

Os bebês começam a se comunicar através do choro. Com o passar do tempo, emitem sons mais como uma brincadeira, despertando a curiosidade pela fala. Apenas com sete ou oito meses de vida, atribuem algum significado às palavras. A fala propriamente dita vai aparecer a partir de um ano de idade, dependendo da evolução de cada um. "Isso não significa que até os dois anos a criança não se comunica. Ela usa gestos, atitudes, bate palma quando solicitada. É uma comunicação muito imitativa nessa fase", explica a fonoaudióloga Marly Teixeira Kondo, integrante da equipe de Neurologia da Clínica Walkiria Brunetti.

##RECOMENDA##

Um estudo que acaba de ser divulgado no The Journal of Neuroscience apontou que uma das melhores maneiras para incentivar a criança a falar é conversar com ela. Os pesquisadores usaram gravações em áudio e exames de imagens do cérebro de 40 crianças, entre 4 e 6 anos de idade. As imagens mostraram que as crianças mais envolvidas nas conversas apresentaram conexões intensas em duas regiões do cérebro: na área de Wernicke e na área de Broca, ambas localizadas no córtex cerebral e ligadas à compreensão e à produção da fala.

A criança passa os primeiros meses de vida sendo exposta a todo tipo de som e comunicação. O bebê vive a fase da compreensão antes da emissão. E os pais podem ajudar muito, conversando, de fato, com o filho. "Então, você vai dar o banho, converse com a criança, mesmo bebezinho: 'vamos tomar banho, olha como está a água, vou colocar a fralda, a mamãe vai passar creminho no bumbum' e assim por diante", aconselha Kondo.

Outra dica importante é, ao passear com o bebê, ir nomeando as coisas que vão surgindo, como paisagens, um cachorrinho na rua, as árvores, mas tudo de forma natural. "Não é para bombardear a criança com os nomes, não é isso. É mostrar o mundo através da fala e a criança vai internalizando tudo", afirma a fonoaudióloga.

E quando a criança pronuncia alguma palavra errada, deve-se corrigir? Para Kondo, existe um caminho melhor. "Sempre devemos falar com a criança com nomes certos das coisas. Nunca com a linguagem do bebê, por exemplo, se cair um brinquedo, um carrinho no chão. Você deve pronunciar a palavra 'carrinho caiu' e não 'o tainho taiu', que tem criança que fala assim", diz.

Por vezes, a criança ainda não consegue fazer os movimentos adequados para aqueles sons das palavras. É por isso que corrigir não é o remédio, na opinião da fonoaudióloga Marly Teixeira Kondo: "O adulto nunca vai corrigir com um 'não pode falar assim', mas repetir a palavra correta. Com o tempo é que acontece o amadurecimento. Então, a criança precisa do modelo correto e não da correção", conclui.

A 15 dias das eleições e de olho na transferência dos votos que seriam do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o candidato do PT à Presidência da República Fernando Haddad afirmou, neste sábado (21), que pretende restaurar o Nordeste caso seja eleito. 

Ao discursar após uma caminhada pelas ruas do centro da capital pernambucana, o ex-prefeito de São Paulo mandou recados aos adversários e ponderou que pretendia dar oportunidades aos menos favorecidos, seguindo assim, na ótica dele, o exemplo de Lula. 

##RECOMENDA##

Segundo Haddad, com o comando da Presidência todas as regiões serão equiparadas no desenvolvimento. “Vamos restaurar o Nordeste, vamos fazer isso com todo carinho. Nem os nossos adversários ficaram para trás no Brasil do Lula, mas tem gente que se queixa de que o Nordeste se desenvolveu mais que outras regiões. Sabe porque isso aconteceu? Porque a primeira vez que um governo olhou para o Nordeste foi com Lula”, salientou. 

Para o candidato, “o nordestino com oportunidade é um bicho danado”. “Todo mundo nasceu com talento, mas é nosso papel garantir que tenham oportunidades”, observou, ao mencionar que pretende implantar políticas públicas que concedam oportunidades para os negros, pobres e menos favorecidos não apenas da região, mas “de todo o país”. 

Com um tom mais duro, o indicado de Lula para a disputa presidencial disse que os opositores - citando nominalmente Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL) - “não aceitaram até hoje a derrota de 2014” e cortam direitos trabalhistas, junto com o governo do presidente Michel Temer (MDB). Para conter isso, Haddad disse que o povo tem que trabalhar para levá-lo ao segundo turno.  

“Não temos nenhum revanchismo, vamos lutar para ir ao segundo turno e ganhar a eleição. É para isso que vamos trabalhar. Não para derrotar o Brasil, mas salvar deste projeto. Muita gente percebeu o que está acontecendo. O projeto que está em curso tem representante aqui. Quatro ministros do Temer eram daqui. Não vamos falar do Estado não. Quando o presidente era Lula os ministros daqui fizeram a diferença”, ironizou, mesmo sem citar, contudo, os nomes de Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), candidatos ao Senado pelo Estado que foram ministros de Temer.  

Por fim, Haddad convocou a militância presente para nos próximos 15 dias convencer os amigos a votarem nele para presidente. “Vamos agora olhar com força para o país que queremos construir, o povo quer o país de volta. Preciso de todos vocês”, bradou. “O Nordeste já sabe o resultado da eleição”, acrescentou, dizendo ainda que precisava de um “time” para governar o país. 

Há alguns anos, não era possível que o padrão de consumo fosse estimulado junto a uma política de desenvolvimento sustentável. Equilibrar o uso dos recursos naturais com a política de produção era tido por países desenvolvidos como impossível.

Quando falamos em indústria 4.0, o Brasil ainda engatinha no uso de tecnologias que unem automação e internet. Os números de uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PwC) com 2 mil empresários em 26 países revelam a lentidão brasileira para se adaptar à “indústria do futuro”, em que as operações são digitalizadas e a análise de dados é primordial aos negócios.

A indústria 4.0 tem sido temida por muitos por ter sido associado à substituição da mão-de-obra humana por robôs, entretanto, sua premissa traz o uso da tecnologia  e chega para tornar a produção mais eficiente e menos agressiva aos recursos naturais. A Indústria 4.0 utiliza-se da união de sistemas físicos e informáticos para analisar um grande volume de dados e possibilitar às máquinas um processo de aprendizagem. Ela é a utilização de uma série de tecnologias, como: robótica, simulação, integração de sistemas, internet das coisas, entre outras.  Nesse sentido, o Brasil está longe do desenvolvimento no contexto da engenharia digital, da gestão integrada da cadeia de fornecimento e dos serviços digitais.

Um estudo realizado pela University of Washington divulgou que das 500 maiores empresas existentes, somente 60% vai existir daqui 10 anos. Isso porque elas não vão resistir à era digital e o produto, que hoje é fabricado, ou o serviço, que hoje é oferecido,  não será mais consumido no futuro. Esse movimento de mudança está sendo criado pelas empresas disruptivas, que possuem uma mentalidade diferente da grande maioria.

Todas essas empresas apresentam processos tecnológicos que tem seis elementos característicos: vivem na busca da inovação, estão acompanhando a 4ª Revolução Industrial e as tecnologias mais recentes; são completamente voltadas para o digital; são fortes participantes e preocupadas com o ecossistema; são planejadoras exponenciais; são ágeis e são centradas no cliente.

No Brasil, o investimento das  empresas está  bem abaixo do investimento tecnológico da média industrial mundial. Por aqui,  apenas 21% dos empresários afirmam que vão investir cerca  de 6% de seus recursos em inovação tecnológica. Enquanto isso, no mundo, a média é de 43%. A culpa por essa falta de investimento é justificável: todos os entraves já conhecidos pelos brasileiros, seja por falta de infraestrutura, falta de política de inovação, crise ética e econômica ainda sem perspectiva de fim, etc.

Comparando com a Alemanha, é possível entender mais claramente nosso atraso. Por lá, o conceito de Indústria 4.0 surgiu em 2011 e, na indústria automobilística, por exemplo, 80% das empresas usam inteligência artificial, automação e robótica, as chamadas máquinas inteligentes, que se autoalimentam. O investimento na educação para a criação de mão-de-obra especializada para acompanhar essa revolução também foi considerada essencial.

Somente uma em cada dez empresas brasileiras investe em  inovação com operações digitais. A quarta revolução industrial é uma solução, não só  para se destacar em meio a um cenário de crise, mas para sobreviver. É preciso melhorar a eficiência para fazer mais consumindo menos.

Apesar de ser dono de 26,5% do eleitorado brasileiro, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o desenvolvimento do Nordeste ainda não está entre as propostas já apresentadas pela maioria dos pré-candidatos à Presidência da República. 

A região que, em quantitativo eleitoral, perde apenas para o Sudeste, deve ser um dos focos dos postulantes, mas a pouco mais de dois meses do início da campanha eleitoral, as projeções para os estados nordestinos ainda são mínimas. O LeiaJá fez um levantamento e apenas três dos 16 nomes que se colocam para a disputa já declaram suas intenções.

##RECOMENDA##

Sem grande visibilidade entre os nordestinos, o ex-prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ainda não firmou um programa de governo, mas já declarou, em andanças inclusive por estados da região, que pretende estimular a geração de empregos entre eles. Além disso, o tucano já definiu a questão da água como uma das essenciais e deve apresentar sua experiência na gestão dos recursos hídricos em São Paulo como vitrine. Alckmin já chegou a dizer que pode fazer uma nova transposição. Desta vez, do Rio Tocantins para o Rio São Francisco.

Pré-candidato pelo Podemos, o senador Álvaro Dias também não formalizou ainda seu plano governamental, mas já pontuou que deseja resolver o problema da seca no Nordeste com a mudança da matriz energética e a criação de um programa de dessalinização, como é feito em Israel, onde 65% da água para consumo e irrigação vem do mar. A iniciativa seria feita, segundo ele, a partir de uma parceria público-privado (PPP). 

Nome do MDB para a disputa, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deve seguir o documento Encontro com o futuro, lançado recentemente, que destaca o fato do Nordeste abriga 28% da população brasileira e deter apenas 14% da renda nacional. 

A proposta de Meirelles é de reforçar o uso da energia eólica e solar, que hoje é concentrada no setor privado, e ampliar a atuação do Estado para novos investimentos no setor tanto na região do semiárido quanto da região costeira. Além disso, eles também propõem a transposição do Rio Tocantins para afluentes do Rio São Francisco, conceder incentivos para o desenvolvimento do agronegócio e criar um programa para dotar as cidades costeiras de infraestrutura turística de primeiro mundo, através de parcerias entre os bancos públicos e investidores internacionais.

Nordeste é essencial na eleição

A ausência de propostas da maioria dos presidenciáveis para a região, na avaliação do cientista político Antônio Alexandre Lucena, pode ser justificada pela necessidade dos postulantes em “se estabelecer e fazer valer as candidaturas” durante este período que antecede as convenções partidárias, marcadas para acontecer de 20 de julho a 5 de agosto. 

Para o estudioso, a expectativa é de que com o início da campanha o recorte direcionado dos projetos fique mais evidente, uma vez que a conquista do eleitorado nordestino, ou ao menos parte dele, é essencial para que o presidenciável obtenha a vitória do pleito.  

“Quando a campanha começar efetivamente eles devem buscar esse eleitorado nordestino porque só consegue se eleger presidente se conseguir o apoio do Sudeste, uma parte do Sul e do Nordeste. Eles realmente precisam desse apoio da região. Quando começar os programas de rádio e TV essas propostas devem ser formuladas”, considerou o cientista político. Mesmo assim, ele ainda ponderou que considera um “atraso” os pré-candidatos não regionalizarem também os planos que fazem para o país. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando