Quatro alunas do sétimo semestre do curso de Comunicação Social (Jornalismo), da UNAMA - Universidade da Amazônia, estão desenvolvendo um projeto chamado Pará de Pavulagem, podcast em que entrevistam personalidades de Belém e contribuem para uma melhor divulgação da cultura paraense.
"O podcast traz uma linguagem bem informal, mas não tão informal a ponto de não ser levada a sério. Então, a gente encontrou no podcast uma forma de nós quatro, como amigas, conversarmos sobre algo que a gente gosta e, ao mesmo tempo, levar informação para as pessoas", disse Ana Luísa Cintra, uma das acadêmicas.
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Formato digital, o podcast é um conteúdo em áudio, disponibilizado por meio de arquivo ou streaming, que que pode ser ouvido em diversos dispositivos, o que ajudou na sua popularização. Como produto jornalístico, aborda um tema, ou vários, como se fosse um programa, e se apresenta em episódios.
Em entrevista ao LeiaJá, Ana Luísa Cintra, Maria Rita Araújo, Sabrina Avelar e Yasmin Seraphico falaram mais sobre o projeto.
A primeira entrevistada do podcast foi a professora de redação Cindy Hage, curadora do "Sarau Ver-o-Verso”. "Por ela estar mais engajada no assunto e, como o tema do nosso podcast era sobre o Dia da Poesia, a gente decidiu entrevistar ela", disse Maria Rita.
Sabrina Avelar agendou a entrevista com a professora. ''Eu peguei alguns contatos relacionados à poesia no local onde eu trabalho, porque eu faço estágio na TV Liberal, e achei a proposta dela muito mais interessante", disse Sabrina.
Para as estudantes, gravar um podcast nesse momento da graduação está sendo boa experiência. "É muito bom, mas é difícil, porque o nosso horário é muito apertado, então a gente tem trabalhos das disciplinas, a gente tem TCC e o podcast, que tem que ir atrás de um entrevistado, tem que fazer o roteiro, gravar, editar. É bem difícil, mas a gente gostou muito da ideia e a se deu muito bem com esse formato", disse Ana Luísa Cintra.
Para Ana Luísa, o podcast é uma forma de conversar. É uma aproximação com o público sobre temas variados, assinala. "Não só com o público, mas também com o próprio entrevistado, que fica mais à vontade", disse Maria Rita. No podcast, o importante é levar informação, conteúdo de qualidade para as pessoas, completa Maria Rita.
"A nossa primeira entrevista foi com Silvestre Neto, sobre o Ecoturismo. A gente fez por WhatsApp, e ele mandou os áudios. O que mais deu trabalho foi na hora da edição, mas na hora que a gente foi montar o roteiro, meio que flui muito naturalmente, pela nossa conexão, que a gente tem uma com a outra (risos). A gente consegue fluir muito bem, uma coisa bem dinâmica", disse Yasmin Seraphico
Embora experimental, o podcast está nas plataformas digitais e pode ganhar uma projeção maior. "A gente pretende trabalhar em cima do podcast. Talvez um dia chegue lá. Eu espero que a gente consiga (risos), apesar das dificuldades do momento", disse Ana Luísa.
A meta, segundo as estudantes, é ajudar a difundir a cultura paraense para o restante do país. "Os projetos culturais que nós temos aqui, as oficinas, tem tanta gente que não conhece. São pouco divulgados, coisas que são importantes. Eu espero que a gente consiga atingir muito mais pessoas", disse Maria Rita
“Até porque a proposta do nome do podcast é a identidade que a gente criou, a letra que a gente pensou é a letra que a galera escreve nos barcos, aquela letra mais elaborada. E o nome pavulagem veio da Maria Rita, que gostava muito do Arraial do Pavulagem e a gente pensou na gíria (ah, lá vem tu com essa pavulagem, para de pavulagem) mas é no Pará, e aí vem Pará de Pavulagem, justamente para trazer a cultura regional", destacou Ana Luísa. Segundo ela, tudo está fundado na regionalidade. "Tem a vinheta, o BG, tudo isso é pensado para trazer uma regionalidade para o podcast, sem tirar a credibilidade. A nossa proposta é valorizar o regional", disse Ana Luísa.
Para ouvir o podcast Pará de Pavulagem, clique aqui.
Entrevista concedida a Igor Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).