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Até o dia 25 de outubro, estão abertas as inscrições gratuitas para a edição 2023 do Prêmio João Ranali de Literatura de Guarulhos. O concurso é destinado para contos, crônicas e poesias de autores residentes no município, de acordo com o edital nº 095, publicado no Diário Oficial do município.

Podem participar estudantes de vários níveis e escritores iniciantes de diferentes gêneros (dramaturgia, poesia, conto, ensaio, entre outros). Os interessados devem preencher o formulário de inscrição e o Termo de Cessão de Direitos Autorais.

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Os trabalhos passarão por uma comissão julgadora, a partir dos seguintes critérios: coerência com o tema, originalidade, criatividade e exploração de recursos inerentes à poesia, à prosa ou à crônica. As 30 melhores obras serão publicadas numa antologia, onde cada autor presente receberá um exemplar. 

A iniciativa é da Secretaria de Cultura de Guarulhos. O objetivo é estimular a produção local e ampliar a esfera pública de debates sobre práticas literárias e de leitura voltadas para o desenvolvimento cultural. 

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Uma Tarde de Poesia, com o intuito de exaltar a literatura paraense, marcou a comemoração do Dia Mundial da Poesia, em 21 março, na UNAMA – Universidade da Amazônia, em Belém. O evento foi organizado pela estudante de Jornalismo Rosângela Machado, de 52 anos, e ocorreu na última terça-feira (21), às 16 horas, no auditório B-100, campus da Alcindo Cacela.

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“A poesia é uma forma de aproximação, intercultural, uma forma de promover a palavra e as diferentes línguas em que ela se manifesta”, diz Rosângela Machado. A estudante de Jornalismo, que também tem licenciatura em Letras e pós-graduação em Língua Portuguesa e Literatura, diz que sempre teve uma ligação muito forte com a palavra. "Eu sinto que é algo profundamente enraizado em mim", destaca.

Rosângela diz que começou a exercitar a prática da escrita com textos em prosa para os dias das mães. Isso a inspirou a continuar escrevendo. Ela também ressalta que a ideia do evento sempre existiu, mas só pensou em realmente organizar após um diálogo com os amigos.

A estudante de Direito Maria Luiza Pinheiro, de 17 anos, teve uma rápida participação durante o evento, apresentando o poema autoral "Pátria Odiada, Brasil". Ela também diz que achou o evento muito acolhedor e que foi algo muito dinâmico.

Para Maria Luiza, a poesia trabalha com a essência do ser humano e com a alma. Vai, afirma, muito além de questões românticas. "A poesia é a beleza da nossa realidade, da essência, que podemos presenciar hoje em dia", explica.

"A poesia também é muito importante para entendermos nossa existência e a nossa razão para estarmos aqui", ressalta Maria Luiza.

Elaine Oliveira, professora dos cursos de Letras, Pedagogia e Artes Visuais da UNAMA, mestra em Estudos Literários e técnica em Gestão Cultural da Fundação Cultural do Pará/Casa da Linguagem, diz que ficou muito entusiasmada com o evento. ”É um tipo de ação necessária acontecer independente do dia. Todo dia é dia de arte e literatura," explica.  

A professora também explica que quanto mais jovens estiverem ligados à arte, melhor eles vão entender a importância e a diferença que ela pode fazer na vida afetiva, emotiva e criativa. “Quanto mais jovens estiverem engajados e envolvidos com a literatura, mais fácil será a compreensão da arte e a transformação que fará na vida dos estudantes. O acesso à literatura é um direito do ser”, afirma.

"Magnífico", exaltou Ermelinda Báez, professora de Letras e Relações Internacionais da UNAMA, sobre o evento. Ela também destaca que foi uma das iniciativas mais felizes e que deveriam fomentar projetos semelhantes. "A palavra poética, a que nos permite sonhar, é um direito de todos. O evento teve um dos melhores impactos no sentido de disseminar a poesia e, principalmente, a literatura. Vamos fomentar para que todos tenham acesso a essa palavra poética aqui no âmbito universitário", diz.

O Dia Mundial da Poesia foi criado na 30ª conferência da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 21 de março de 1999. Desde então a instituição divulga e exalta a poesia.

Por Kátia Almeida e Enzo Brito (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Nesta segunda-feira (7) faz 121 anos do nascimento de Cecília Benevides de Carvalho Meireles (1901-1964). Considerada uma das maiores escritoras do país, a poetisa carioca também foi professora, jornalista e pintora e é uma das precursoras da literatura para jovens e crianças no Brasil. Conheça três clássicos do seu legado literário:

Ou Isto ou Aquilo (1964)Um clássico da literatura infantil brasileira. A autora convida as crianças a se aproximarem da poesia, brincando com as palavras. O livro conta que “a vida é feita de escolhas”, as quais às vezes são difíceis de resolver. Retrata um cotidiano marcado pela dúvida, em que a dificuldade em se decidir é transformada em poesia. Com ilustrações de Odilon Moraes.

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Romanceiro da Inconfidência (1953) - Neste livro, Meireles conta a história de Inconfidência Mineira em forma de poesia. O movimento liderado por Tiradentes (1746-1792) tinha como objetivo realizar uma conspiração contra a Coroa Portuguesa na época do Brasil Colônia.

Problemas da Literatura Infantil (1949) - Cecília Meireles fundou a primeira biblioteca brasileira de literatura infantil. Este livro reúne três conferências realizadas pela autora em Belo Horizonte, em janeiro de 1949. Seu maior sonho era a organização de uma biblioteca, que desse suporte à infância em todos os países do mundo, com uma unificação de cultura. “Na esperança de que se todas as crianças se entendessem, talvez os homens não se hostilizassem”.

Palavras-chave: Cecília Meireles, Poesia, Literatura, Aniversário, Listas

Relembre três obras de Cecília Meireles

Autora completaria 121 anos se estivesse viva hoje em dia

Nesta segunda-feira (7), faz 121 anos do nascimento de Cecília Benevides de Carvalho Meireles ou mais conhecida como Cecília Meireles (1901-1964). Considerada uma das maiores escritoras do país, a poeta e professora brasileira é uma das precursoras da literatura para jovens e crianças no Brasil.

Ou Isto ou Aquilo (1964) -  Um clássico da literatura infantil brasileira. A autora convida as crianças a se aproximarem da poesia, brincando com as palavras. O livro conta que “a vida é feita de escolhas”, as quais às vezes são difíceis de resolver. Retrata um cotidiano marcado pela dúvida, onde a dificuldade em se decidir é transformada em poesia. Com ilustrações de Odilon Moraes.

Romanceiro da Inconfidência (1953) - Neste livro, Meireles conta a história de Inconfidência Mineira em forma de poesia. O movimento liderado por Tiradentes (1746-1792), tinha como objetivo realizar uma conspiração contra a Coroa Portuguesa na época do Brasil Colônia.

Problemas da Literatura Infantil (1949) - Cecília Meireles fundou a primeira biblioteca brasileira de literatura infantil. Este livro reúne três conferências realizadas pela autora em Belo Horizonte, em janeiro de 1949. Seu maior sonho era a organização de uma biblioteca, que desse suporte à infância em todos os países do mundo, com uma unificação de cultura. “Na esperança de que se todas as crianças se entendessem, talvez os homens não se hostilizassem”.

Nesta segunda-feira (31) comemora-se o Dia Nacional da Poesia, data criada durante o governo Dilma Rousseff em homenagem ao nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Até o ano de 2015, a data era comemorada no dia 14 de março, em homenagem a Antônio Frederico de Castro Alves, porém não era uma celebração oficial.

No dia três de junho de 2015, a ex-presidente sancionou a Lei 13.131/2014, que criou oficialmente o Dia Nacional da Poesia, proposta via projeto de lei do então  então senador Álvaro Dias.

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Carlos Drummond de Andrade nasceu em Minas Gerais no dia 31 de outubro de 1902. O autor foi um dos maiores poetas brasileiros, sendo reconhecido internacionalmente por seu trabalho. Em Belo Horizonte, estudou e trabalhou como funcionário público, além de iniciar sua carreira como escritor.

Drummond fundou o periódico “A Revista”, órgão oficial do modernismo mineiro, tornando-se um grande destaque no movimento literário. Em 1930, Carlos publicou sua primeira obra, conhecida como “Alguma Poesia”, quando o Modernismo já estava consolidado em terras brasileiras.

Seus poemas abordavam temas do cotidiano da época (família, amigos, conflitos sociais, existência humana etc.) e sua escrita era repleta de toques de ironia e pessimismo.

O autor morreu em  1987, no Rio de Janeiro, 12 dias após de sua única filha, Maria Julieta Drummond de Andrade, declaradamente o maior amor da vida do escritor.

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“Penso a inspiração como algo transcendente, celestial, que nos faz produzir palavras. Drummond dizia ser transpiração.” Assim a poeta paraense Rosângela Machado, professora da rede pública estadual de ensino e aluna do curso de Jornalismo da UNAMA - Universidade da Amazônia, explica suas inspirações para a prática literária.

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“Foi em sala de aula, na quinta série, em um concurso realizado pela minha professora de língua portuguesa, que recitei pela primeira vez minha poesia ao público. Daí por diante escrevia, sem preocupação em guardar para a posteridade, apenas escrevia. Foi só na fase adulta que comecei a preservar alguns escritos, mais como lembrança", registra Rosângela.

Leitora de Vinícius de Moraes, premiada e autora do livro "Curta Poesia", de 2008, Rosângela diz que a poética intensa e apaixonada do poetinha diplomata a toca de maneira especial - e a ele dedicou o poema “A Vinícius – Poetinha”. Cita também Cecília Meireles, ao dizer ser dela o primeiro texto que recitou em sala de aula, pouco depois de ter dominado a leitura, o poema “A Bailarina”.

Rosângela Machado recebeu premiação, com o poema “Diálogo”, na I Mostra de Literatura do Servidor Público Estadual, promovida pela Escola de Governo do Estado do Pará. Sua graduação em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA) a permitiu aprofundar-se em outros nomes da literatura brasileira e portuguesa, mas são os nomes da poesia regional que se destacam na lista - o refinamento de Paes Loureiro, Ruy Barata, que conheceu pela voz de Fafá de Belém, Renato Gusmão, Caeté, Apolo de Caratateua, Francisco Mendes, Juraci Siqueira Ruth Cruz, Ducarmo Souza (exímia cordelista), Geni Begot (contemporânea de graduação na UFPA), entre muitos outros talentosos nomes. Foi com essa bagagem que Rosângela correu o Brasil com sua obra e participou de diversas premiações e eventos. Em um deles, inclusive, conheceu e recitou sua poesia para os imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL).

“Quando fui ao Rio para uma premiação em Casimiro de Abreu, tive vontade de conhecer a casa fundada por Machado de Assis. Lá fui apresentada a Nélida Pinon (escritora brasileira, integrante da Academia Brasileira de Letras) e participei do encontro semanal dos imortais, onde eles tomam o tradicional chá das cinco. Se não tivesse fotos, acharia que pudesse ser um sonho como em Alice no País das Maravilhas”, recorda.

“Participei e fui premiada no XI Concurso de Poesia da Fundação Cultural Casimiro De Abreu, no Rio de Janeiro, com o poema 'Comunicação'. Alguns eventos literários me permitiram novos contatos, conheci outros talentos da poesia quando participei do I Jirau da Literatura Paraense, da 51ª edição do Prêmio Jabuti e o Encontro de Poetas em Casimiro de Abreu, o EPOCABREU 2011, em Barra de São João, terra do poeta Casimiro de Abreu. São lembranças, entre outras, que ficam eternizadas. Eu acredito assim.”

Sobre as questões regionais que lhe dão inspiração, Rosângela cita símbolos do cotidiano paraense e elementos da cultura regional, sempre festejados na música, ou pelo povo paraense: “Por excelência, como símbolo maior, diria o Círio de Nazaré, e para esse grandioso momento de fé escrevi 'O Círio', no qual descrevo os passos dos romeiros e romeiras que acompanham a berlinda. Foi publicado a primeira vez em uma edição de outubro do jornal A Voz de Nazaré, e depois em antologia editada em São Paulo".

É com devoção à sua terra, à sua regionalidade e a seus estudos que Rosângela produz, ensina e encanta com seu trabalho artístico. “Hoje estou muito feliz e grata em receber esse espaço para mostrar um pouco mais da poesia!”, conclui.

Por Paulo Ricardo de Brito (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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O Melhores do Mundo Cursos está promovendo o 1º Concurso de Redação e Poesia de Pernambuco Regional Mata Norte para estudantes a partir do 5º ano do ensino fundamental 1. O evento contará com o apoio de diretores de escolas, gerências de educação, professores, mestres e entusiastas da Língua Portuguesa Brasileira.

Para participar do concurso, o interessado deverá preencher o formulário on-line até o dia 22 de outubro deste ano, mediante taxa de inscrição de R$ 10,00.  

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De acordo com o edital, as escolas de todos os Estados (separadas por suas áreas de localização), serão convidadas a participar e inscrever seus alunos para a produção de tipos textuais, tais como poema e redação. Ao todo, já são 105 escolas públicas e privadas, da Mata Norte alcançadas. 

“O concurso será feito em todas as regionais de Pernambuco. Vamos começar pela Mata Norte, mas também faremos Mata Sul, Mata Centro, Agreste, Sertão e Região Metropolitana”, destaca Consuêlo Coêlho, gestora do Melhores do Mundo Cursos. 

O concurso terá, ainda, uma categoria intitulada Livre, que contemplará pessoas que tenham concluído o ensino médio e queiram apresentar seus textos.

Todos os inscritos no concurso, automaticamente ficam isentos da taxa de matrícula nos cursos do Melhores do Mundo, sejam presenciais ou on-line, preparatórios para vestibulares ou concursos públicos, nas unidades de Carpina, Nazaré da Mata e Recife, pelo prazo de um ano, a partir da data de inscrição no certame.

Instituições de ensino que tenham interesse de participar do concurso devem entrar em contato através do WhatsApp (81) 8770-6195.  

Categorias 

I. CATEGORIA BASE: Alunos do 5º e 6º anos do ensino fundamental II – A formação de texto deve ser redigida em forma de POEMAS – Eixo: FAMÍLIA;  

II. CATEGORIA INTERMEDIÁRIA: Alunos do 7º aos 9º anos do ensino fundamental II e 1º ano do ensino médio - Será aplicada a tipologia de NARRATIVAS DE FICCÇÃO – Eixo: AVENTURAS DE UMA VIAGEM OU PASSEIO.  

III. CATEGORIA FERA: Para os alunos do 2º e 3º anos do ensino médio (sem participação em isoladas de redação), será REDAÇÃO PADRÃO ENEM – Eixo: TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO.  

IV. CATEGORIA LIVRE: Participantes que, independentemente da série, fazem isoladas de redação; alunos que concluíram o ensino médio; alunos graduandos; professores e outros que não se enquadrarem nas categorias anteriores. Será aplicada a REDAÇAO PADRÃO ENEM – Eixo: INÉRCIA DO ESTADO

A 25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes começa no dia 27 de agosto e vai até 4 de setembro, em Belém, marcando o retorno ao Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia após dois anos. A programação literária, além de homenagear a cantora e compositora Dona Onete e o escritor, jornalista e roteirista Edyr Augusto Proença, vai contemplar vozes da cultura popular, da infância, da Amazônia, entre outros.

Entre as diversas apresentações da Feira está o sarau do coletivo Slam Dandaras do Norte, na quinta-feira (1º), às 16h30. Criado pela rapper Shaira Mana Josy, em 2017, o grupo surgiu com a intenção de reunir pessoas – em especial mulheres – em torno da poesia e de maneira diferenciada, transformando os sentimentos provocados pela inquietação.

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Segundo a rapper, a poética das Dandaras carrega desde a denúncia do racismo até o feminicídio. “Falamos sobre tudo o que nos atravessa, e assim denunciamos e resistimos através da arte. Quando declamamos, nossos corpos e vozes ecoam e se libertam ao mesmo tempo”, relata.

Shaira diz que muitas mudanças podem ser vistas desde a criação do projeto. De acordo com a artista, havia grupos que falavam em poesias, mas eram cânones literários e acadêmicos. “Com a poesia marginal/periférica e a partir do surgimento do Slam Dandaras do Norte, vemos uma onda crescente de saraus de poesia e da inserção de intervenção poética em quase todo tipo de atividade cultural em Belém”, explica.

Essa é a segunda vez que o coletivo participa da programação, agora como um sarau. A rapper revela que as expectativas são de que o público aproveite bastante e sinta a intensidade das poesias e das performances de corpo poético que geralmente são apresentadas pelo grupo. "Já posso adiantar que será um sarau forte, potente, como sempre foram nossas intervenções", conta.

A apresentação do coletivo, em eventos como a Feira do Livro, contribui para o processo de identificação e fortalecimento da arte. Shaira pondera que a Feira é um espaço de encontro de pessoas que valorizam a arte, a leitura.

Shaira diz que, pela experiência, a intervenção poética encoraja quem sempre teve o desejo de escrever poesias, mas não sabia como iniciar; quem já escreve, observa, tem a oportunidade de sentir o calor do público quando declama a própria composição.

A artista ressalta a importância do incentivo dos espectadores para os participantes do evento. "Que o público se comprometa em consumir a arte que produzimos. Por exemplo: a maioria irá lançar livro na Feira e é extremamente importante que as pessoas que irão visitar a Feira comprem da gente. Isso é valorizar os/as escritores(as) locais, já que falamos de nossa realidade, afroindígena e amazônida", conclui.

Veja a programação completa no site:

https://feiradolivroedasmultivozes.com.br/programacao

Por Even Oliveira e Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O Plurarte conversa com a cantora e poeta Fernanda de Paula, que em 2002 deixou Minas Gerais para viver em São Paulo. Formou-se em Psicologia, mas a música cantou mais alto. Visitou o canto lírico, mas foi pelo popular que ela se apaixonou. Integrou diversos grupos, dentre eles o Coral BDMG, o Grupo Sagarana. Coleciona viagens, prêmios e gravações. É preparadora vocal e ministra aulas particulares e oficinas de técnica vocal em que o principal objetivo é o despertar da voz natural do ator, cantor. Lançou em Abril de 2020 seu primeiro livro de poesias, intitulado "Janela Enluarada".

O Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas, e publicação no portal LeiaJá. Acesse o canal do Plurarte no Youtube aqui.

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Trazendo registros da observação do mundo ao seu redor, a doutora e mestra em Antropologia Marcilene Silva da Costa lança o seu livro de estreia no mundo da poesia, nesta quarta-feira (15). “Amazina, poemas de chuva”, publicado pela Editora Folheando, carrega o olhar da autora sobre os modos de existência das populações periféricas da Amazônia brasileira.

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Marcilene começou a organizar a obra durante a primeira onda da pandemia da covid-19, época em que morava em Toulouse, na França. Longe da família e com as fronteiras fechadas, a antropóloga retomou a forma de escrita que mais a agrada – a poesia. “Sentia urgência de registrar a forma como observava o mundo. A obra representa eu me assumir como escritora e perder a vergonha de mostrar meus textos”, revela.

Também pesquisadora, natural de Santa Isabel do Pará, Marcilene explica que a obra apresenta as populações amazônicas de maneira humanizada e que abordá-las é um jeito de mostrar a pluralidade delas, a partir da perspectiva de uma autora que nasceu no interior. Marcilene conta que também desejava mostrar personagens e enredos que conheceu na infância através de histórias que sua mãe contava.

Marcilene diz que a poética de "Amazina" tem origem africana e celebra a vida e a beleza presente em cada um de nós. Segundo ela, o escritor congolês Jean Kabuta realizou um estudo comparativo de literaturas orais e identificou uma narrativa descritiva de experiências de vida como forma autêntica de conhecimento, que consiste na interação entre escrita e oralidade. 

“A prática inspirou bastante minha escrita, visto que o autor me tocou muito quando afirmou que devemos criar poesias confiando em nós mesmos e também nas pessoas que nos rodeiam sem competições sociais”, complementa Marcilene.

A autora relata que a parte do processo de produção do livro da qual mais gostou foi repassar os poemas que escreveu para o computador. Marcilene trabalha escrevendo as ideias e o tema dos poemas nos vários cadernos de anotações que possui. “Também gostei muito do momento de retorno da leitura dos textos. Eu decidi trabalhar com leitoras beta (leitor beta é a pessoa que lê um livro em primeira mão, antes da publicação). Escolhi quatro mulheres para lerem e criticarem a obra antes da produção final”, conta.

Marcilene também revela o que espera a partir do lançamento do seu livro e quais resultados pretende que ele atinja. “Que mais autoras com fenótipo semelhante ao meu e de origem das classes populares escrevam e publiquem livros”, finaliza.

Sobre a autora

Marcilene Silva da Costa é natural de Santa Isabel do Pará, uma cidadezinha na qual o improvável e fictício são vividos e celebrados no cotidiano. Gosta de lidar e brincar com palavras. Acredita e trabalha pela democratização da leitura e escrita como direito fundamental para populações marginalizadas. Pesquisa e ensina sobre racismo, opressões interseccionais e descolonização do pensamento. Doutora em Antropologia pela Universidade de Toulouse, França, e mestra em Antropologia pela Universidade Federal do Pará, Brasil, é do Norte e está no Norte. Atualmente, mora em Montreal, Canadá.

Serviço

Lanlamento de "Amazina, poemas de chuva".

Data: 15 de junho de 2022.

Hora: 19 horas.

Local: Sede da Academia Izabelense de Letras, Colégio Antônio Lemos.

Endereço: Avenida Antônio Lemos, Santa Isabel do Pará, 68790-000.

Compre o livro aqui: Editora Folheando.

Contato e informações:

 E-mail: ezili.marci@gmail.com

Instagram: @marciezili (https://www.instagram.com/marciezili/?hl=fr)

 

A roda de conversa promovida pela Casa das Artes, na última terça-feira (24), por meio da Fundação Cultural do Pará, contou com a presença do escritor Denilson Monteiro, que esteve em Belém com o objetivo de concluir pesquisas e entrevistas para o novo livro que está escrevendo, "Ruy Barata, uma biografia”. Denilson é paraense e vive no Rio de Janeiro. O trabalho está sendo produzido desde 2020.

“Esse livro estava previsto fazer parte das programações centenárias do Ruy Barata, em 2020. Agora já tem boa parte escrita, eu precisei vir aqui pra Belém porque não teria sentido terminar o livro sem passar pelos locais por onde ele passou e visitou”, ressalta o escritor.

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Em sua obra, Denilson vai abordar os primeiros anos da vida de Ruy Barata, o convívio com a elite de Belém, sua vida em família, o interesse pela política como oposição à ditadura Vargas no Estado Novo e a seu interventor no Pará, Magalhães Barata, a eleição e mandato como deputado federal, a perseguição e as prisões durante a ditadura militar. Também fala de poesias e da parceria musical com o filho, Paulo André Barata, que resultou em várias composições de sucesso.

Ruy Barata nasceu em Santarém, Pará, em 25 de junho de 1920 e morreu em 23 de abril de 1990, em São Paulo. Mudou-se para Belém aos 10 anos, para estudar. Foi professor de Literatura da Universidade Federal do Pará (UFPA), historiador, advogado, político, jornalista e poeta. Iniciou a faculdade de Direito em 1938 e, por influência do pai, Alarico Barata, aos 26 anos entrou na política. Sua trajetória política é refletida em diversos poemas e estudos, como “Me trae una Cuba Livre/Porque Cubra libre está”.

Seu primeiro livro de poemas foi publicado em 1943, chamado de “Abismo dos Medos”, com apoio do poeta e romancista paraense Dalcídio Jurandir. Casou-se com Norma Barata, com quem teve sete filhos. Entre eles, Paulo André Barata, seu parceiro em várias canções, como “Pauapixuna”, “Esse Rio é Minha Rua” e “Foi Assim”. Essas se tornaram clássicos da MPB e foram interpretadas por vários cantores paraenses, como Fafá de Belém, que levou a obra do artista para todo o país.

Suas ricas obras inspiram e se encontram presentes até hoje nas mais variadas manifestações culturais. Em dezembro de 2020, comemorando o centenário do poeta, o Governo do Pará criou o “Ano Cultural Ruy Barata”, que compreende todas as manifestações culturais promovidas no Estado do Pará neste ano. Um ano antes, em 2019, Denilson foi convidado e iniciou sua pesquisa e escrita sobre o poeta.

O escritor conta que Ruy Barata era contra a exploração do homem e preocupado com as injustiças sociais e causas ambientais, especialmente na Amazônia. “Era um homem que, muito tempo antes de se falar, de se ter essa coisa da ecologia, já tinha uma preocupação com a devastação da Amazônia e, por conta disso, já era chamado de comunista mesmo antes de ser. Depois, ele, realmente, entrou para o Partido Comunista Brasileiro – PCB – e foi perseguido pela ditadura cívico-militar, foi impedido de fazer uma das coisas que ele mais gostava na vida, que era lecionar”, relata.

Denilson também ressalta sobre a vida boêmia do poeta e sua capacidade de envolver-se com os que estavam ao seu redor, independentemente da faixa etária, tratando todos de igual para igual. “Ele era uma figura muito importante, tanto que você vê busto e estátua pela cidade; terminal hidroviário com o nome dele. Ele tinha uma letra dele dizendo: ‘Eu sou de um país que se chama Pará’. Ele tinha orgulho de ser paraense”, diz.

Denilson Monteiro nasceu em 1967, em Belém. É autor das obras “A bossa do lobo: Ronaldo Bôscoli” (2011), biografia do jornalista e compositor Ronaldo Bôscoli; “Divino Cartola: uma vida em verde e rosa” (2013), fotobiografia do compositor Cartola; e “Chacrinha: A Biografia” (2014).

Por Amanda Martins, Juliana Maia, Lívia Ximenes e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O poeta Cássio Tavares lança, neste sábado (9), o seu primeiro livro autoral de poesias. A obra intitulada ‘A Quarta Ponta do Triângulo’ conta com apoio do edital LAB-PE21. O livro trata de temas sobre cidade, cotidiano, desigualdade social, amor e as experiências pessoais do autor, “um poeta e trabalhador que transita na cidade caótica e, sobretudo, que a reinventa”

Segundo Cássio, “sua poesia traz as marcas e os gestos das emoções cotidianas vividas no urbano por pessoas que transitam pela cidade do Recife”..O lançamento do livro acontece às 19 horas, no espaço cultural República Independente da Várzea, que fica na rua Azeredo Coutinho, 105, Várzea, Recife.

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Mulheres estão alcançando o protagonismo dentro de diversos campos artísticos, de diversas formas, e elas ainda têm muito a conquistar. Na literatura, a MC e poeta Shaira Mana Josy criou o projeto de competição Slam Dandaras do Norte, do qual participam mulheres que se expressam por meio da poesia, do hip hop, do rap, do grafite e também da fotografia.

A artista conta que, por vir do movimento do hip hop, especificamente do rap (rhythm and poetry, ou ritmo e poesia), percebeu que escrever e declamar poesias potencializava o trabalho delas e se tornou uma necessidade. “Na poesia podemos expressar nossas inquietações, revoltas e mandamos mensagens com temas diversos, principalmente pelo fato de não ser uma poesia qualquer, e sim a poesia marginal ou periférica”, diz.

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Shaira acrescenta que na poesia cabe tudo e todos param para ouvir, refletindo sobre o que ouvem. Elas notaram uma explosão de saraus poéticos, a inclusão de poetas em eventos musicais e uma procura considerável pela arte e pela escrita delas nas academias.

Segundo Shaira, o Slam Dandaras do Norte abriu as portas para uma nova era de empoderamento feminino, já que até 2021 o projeto era exclusivo para as mulheres. “Conquistamos o respeito até das pessoas que já trabalhavam com a literatura mais tradicional”, complementa.

Para que a arte local seja mais valorizada, Shaira defende políticas públicas permanentes que possibilitem o acesso a editais que fomentam a arte e a desburocratização destes. “Na maioria das vezes puxamos do nosso bolso para comprar equipamentos como caixa amplificada, microfone, criar a identidade visual e divulgar o slam”, relata.

Shaira releva que o movimento já passou por momentos difíceis, com assédio e ataques machistas durante algumas apresentações. “Muitas coisas que abordamos ferem o orgulho da sociedade conservadora, racista, que tenta esconder seus preconceitos, e tentar nos calar é a solução”, aponta a artista.

Shaira fala sobre a influência que a arte delas tem em outras mulheres, que na poesia se identificam de alguma forma, expressam o desejo de participar do slam (do inglês slam poetry, uma competição poética) ou querem mostrar as próprias escritas. “No início é sofrido porque elas têm medo, mas aos poucos vão ganhando confiança, sentindo-se acolhidas no Dandaras do Norte, e quando menos esperamos, já estão declamando, cantando e publicando suas escritas”, conta.

A artista reafirma o propósito do slam de ser um espaço de proteção, incentivo e de fortalecimento das mulheres através da escrita poética. “Esse espaço já está demarcado e quando se ouve falar do Slam Dandaras do Norte, já se compreende a presença feminina e sua importância no processo de fortalecimento da arte produzida por mulheres”, conclui.

Veja, aqui, documentário sobre as Dandaras do Norte.

Por Carolina Albuquerque, Even Oliveira, Isabella Cordeiro e Karoline Lima (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

 

O mês de março é marcado por um data especial para a literatura. Dia 21 foi comemorado o Dia Mundial da Poesia, em referência e homenagem a homens e mulheres que usam as letras e palavras para contar histórias, expressar pensamentos ou críticas, provocar reflexões e paixões, expor sentimentos, sejam eles verdadeiros ou fictícios.

A data foi criada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 1999, com o propósito de estimular a produção de poesia em todo o mundo e notabilizá-la como forma de arte.

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Não há como negar a relevância da poesia. Afinal, quem nunca ouviu falar de Shakespeare? Ou mesmo, na cena brasiera, recebeu indicações de leitura dos clássicos Castro Alves, Carlos Drummond de Andrade, Cecilia Meireles, Vinicius de Moraes, entre outros.

O Pará tem seus representantes, que bebem na fonte de Ruy Barata, assim como na “Academia do Peixe Frito”, criada no início do século XX, passando também por João de Jesus Paes Loureiro e Antônio Juraci Siqueira, até chegar em Raimunda Heliana Magalhães Pereira Barriga.

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Mais conhecida como Heliana Barriga, nascida em Castanhal-PA, a poeta formou-se em engenheira agrônoma e é mestre em Genética e Melhoramento de Plantas. Como escritora, seu trabalho é dedicado à produção infantil.

Heliana é poeta, compositora e musicista, autora de livros infantis como “Abelha abelhuda” e “A perereca sapeca”– FTD/SP (1980); “trava trova língua” e “Livre”, Editora Tempo (2012); “Pirulítero” e “mala sem fundo” pela Editora Alternativa (2017). Ela conversou com o Portal LeiaJá Pará. Acompanhe a entrevista.

De onde veio o interesse pela poesia ?

Desde criança. Em adulta escolhi estudar Agronomia porque queria trabalhar ao ar livre. Considero as agricultoras de sementes as maiores poetas. 

De que maneira a poesia interfere na vida das pessoas ?

As pessoas ficam diferentes depois que se permitem à poesia. Inquietam-se para se buscar mais. Como se virassem ao contrário.  Elas ficam melhores. Percebem mais a vida.

Quando você se viu poeta ? Quanto tempo já está nesse segmento e quantas poemas escritos?

Quando percebi as diferenças sociais. Quando a minha criança interior começou a gritar alto dentro de mim. Estou nessa teimosia boa há mais de 40 anos. Considerando que escrevo pelo menos um poema por dia. Faça as contas. 

O que te move ou inspira para escrever poesia ?

Tudo e nada. Não vou atrás. Vem pra mim. Não perco nada para a poesia.

No mundo distante do afeto, das relações efêmeras, dos smartphones e redes sociais, qual é o espaço hoje da poesia no mundo ?

A poesia cava o seu espaço onde não tem. Quanto mais controvérsias, melhor. Ela é nonsense, inesperada, castigada, e desejada, mas teimosa acima de tudo. Se posiciona entre a verdade e a mentira, o certo e o errado. O amor e o ódio. O dia e a noite. O homem e a mulher etc.

Por Dinei Souza (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

 

Nesta quarta (21) é comemorado o Dia Mundial da Poesia. Ela é a arte de compor ou escrever versos com associações em imagens, textos ou ritmos para despertar uma emoção. Os poetas brasileiros estão entre os nomes mais respeitados no mundo. Relembre alguns deles:.  

Machado de Assis (1839 – 1908) - Representante do Realismo brasileiro. Tornou-se o principal nome da literatura brasileira. Seus poemas tinham um viés para o combate social, crítica à burguesia e análise dos personagens. Um dos textos mais famosos é ‘Carolina’. 

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Cora Coralina (1889 – 1985) - Frequentou a escola até a terceira série, depois, passou seu tempo escrevendo poemas. Sua poesia é marcada pelo tom informal e pela relação que estabelece com o leitor. Seus versos são voltados para o cotidiano. Um dos textos mais famosos é ‘Assim que eu vejo a vida’. 

Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987) - Foi de grande importância para a segunda fase do Modernismo no Brasil, que apresentava uma preocupação política e social no país. Um dos textos mais famosos é a poesia ‘No meio do caminho’. 

Manuel Bandeira (1886 – 1968) - Na primeira fase do Modernismo, teve seu poema lido na abertura da Semana de Arte Moderna de 1922. Os modernistas prezavam pela regra de humor nacionalista. Um dos textos mais famosos é ‘Vou-me embora pra Pasárgada’. 

Vinícius de Moraes (1913 – 1980) - Consagrou-se compositor e músico da Bossa Nova por causa de seus versos de amor. Também tinha uma produção de destaque voltada para crianças, mas sem esquecer a denúncia de problemas políticos e sociais no Brasil. Um dos textos mais famosos é ‘Soneto de Fidelidade’. 

Cecília Meireles (1901 – 1964) - Um dos grandes nomes na segunda fase do modernismo brasileiro. Ela é uma das primeiras autoras reconhecidas na literatura brasileira. Seus escritos eram reflexivos e espiritualistas. Um dos textos mais famosos é ‘Romanceiro da Inconfidência’. 

Por Camily Maciel

 

 

 

 

O Plurarte desta semana recebe a carioca Flávia Souza Lima. Jornalista, escritora, agente e produtora cultural, Flávia é uma verdadeira artista Plurarte. Dentre os diversos projetos derivados da sua extensa carreira, podemos destacar alguns: a Revista Ziriguidum, em parceria com Beto Feitosa, já com 25 anos de publicação; o documentário na TV Ziriguidum; o Chiado Podcast, programa que saiu do papel no auge da pandemia de covid-19, em que Flávia documenta a história da música brasileira por meio de bate-papos com convidados estrelados (e foi vencedor da categoria no Prêmio Profissionais da Música de 2021); e, finalmente, seu lançamento mais recente: o livro "Desjeitos". Segundo a própria autora, a publicação foi “a maneira que eu encontrei para voltar à poesia depois de um hiato de 30 anos”.

O Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas, e publicação no portal LeiaJá. Acesse o Plurarte no Youtube aqui.

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A psicóloga, psicoterapeuta e professora universitária Rosângela Darwich, escritora e poeta desde os 19 anos, lança sua primeira obra literária destinada a crianças e adolescentes. "AniMais", segundo a autora, fala sobre o lugar que ocupamos socialmente, família, a importância da comunicação entre pais e filhos e destaca a importância do "estar junto" e os desdobramentos disso na poesia.

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Rosângela afirma que a estreia na literatura infantojuvenil é como um recomeço. Nos versos, a escritora também expressa suas impressões sobre a pandemia. "Acredito que a inspiração para seguir este caminho com meus poemas foi o momento estendido, ainda incerto, da pandemia. Viver tanta incerteza abriu espaço para uma profunda esperança nas vacinas e em um mundo melhor, que pretendemos deixar para nossas crianças. Escrever para crianças e adolescentes reflete esse desejo de dizer que estamos juntos, que deixaremos de herança para eles um mundo ainda habitável. E é também dizer que estão e permanecerão com eles a alegria e a responsabilidade pela vida futura neste planeta", disse.

Rosângela também fala sobre escrever poesias para jovens e também da ideia de um vídeo que a ajudou nesse processo. "Após minha segunda dose da vacina, brinco que me transformei em um jacaré-mirim, pois comecei a escrever poemas para crianças. Junto dos poemas e da ideia de um livro, pensei em um vídeo que se chama 'Lendo com Grupos Vivenciais', postado no youtube e na playlist do grupo de pesquisa que coordeno. As ideias da construção do vídeo deram corpo ao livro. Uma versão digital será lançada, com ilustrações de crianças e adolescentes que participaram do vídeo", explicou. 

Link dos vídeos: https://www.youtube.com/playlist?list=PLx6cJKqj-gtcaqAq3SJf8sE2iCRuYMx_0

A poeta falou que o livro, apesar de conter poemas infantojuvenis, é indicado para todas as faixas etárias como uma boa leitura. "O 'Mais' de 'AniMais' é sentido profundamente, ultrapassa o que cada poema poderia tentar significar, ou seja, segue 'para dentro' de cada um. É assim que gosto de perceber o que leio e vejo por meio de comentários que as pessoas têm me dito", finalizou.

Por Haroldo Pimentel.

 

O programa Plurarte desta semana, com apresentação da cantora Sandra Duailibe, entrevista o ator Francisco Maia Forte sobre o projeto Casa de Poesia. O Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas. Também será exibido no Espaço Universitário da TV Unama, na TV RBA, no sábado de manhã, e no portal LeiaJá. Acesse o Plurarte no Youtube aqui.

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Em 15 de setembro de 1894 nascia o cineasta Jean Renoir (1894 – 1979). O artista ficou conhecido no cenário cinematográfico por conta de seu estilo, que trazia uma mescla de sátira, realismo e poesia. Segundo a revista Entertainment Weekly, Renoir é o 12° diretor de cinema mais importante e influente de todos os tempos, além de estar no topo da lista quando se trata de cineastas franceses.

O diretor nasceu em Paris (França). É o segundo filho do pintor Pierre-Auguste Renoir (1841 – 1919), um dos fundadores do impressionismo. Devido ao contato com seu pai, e outros artistas que conheceu quando ainda era criança, Renoir passou a ter diversas referências e uma maior sensibilidade no meio artístico. Depois de servir na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), o futuro cineasta começou a escrever roteiros, e assim, produziu seu primeiro filme para o cinema mudo, “A Filha da Água” (1925), estrelado por sua mulher Catherine Hessling (1900 – 1979).

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Melhores Filmes

O cineasta francês esteve à frente de aproximadamente 40 filmes, mas há aqueles em que são considerados os melhores, assim como, “A Cadela” (1939), um drama que marcou época, por conta de sua temática considerada tabu até então. A trama do longa-metragem gira em torno de Maurice Legrand (Michel Simon), que se encontra infeliz em seu casamento e passa a se relacionar com uma prostituta, que acaba se tornando sua amante. Em portais de avaliação, como o Rotten Tomatoes, o filme está com 100% de aprovação por parte da crítica e 87% por parte do público.

Já o seu trabalho mais repercutido até os dias de hoje, é “A Grande Ilusão” (1937). O longa traz uma história ambientada na Primeira Guerra Mundial, em um campo de prisioneiros nas regiões alemãs. Todo o conceito do filme é desenvolvido a partir das atuações, envolvidas em tramas políticas, conceitos de nacionalidades e a química entre dois oficiais inimigos e o restante do exército de soldados. No mesmo site de avaliação, o filme recebeu 97% de aprovação pelos críticos e 92% por parte dos espectadores.

Ao final da década de 30, Renoir trouxe mais um de seus clássicos para o cinema na época, “A Regra do Jogo” (1939), filme que traz uma mescla de comédia, mistério e drama. A história gira em torno de André Jurieux (Roland Toutain), um aviador que bateu recordes de voo, mas que só consegue pensar em sua amada Christine (Nora Gregor). Ao participar de uma festa, os convidados no local não suspeitam que há um mistério envolvido no meio: um assassinato. Segundo o Rotten Tomatoes, a obra de Renoir possui 96% por parte dos críticos, e 89% do público.

Fim da carreira

A partir da década de 40, quando as tropas nazistas invadem a França, o cineasta se refugiou no outro lado do Oceano Atlântico, nos Estados Unidos. Renoir chegou a dirigir alguns filmes nesse período, mas nunca alcançou o êxito que havia conquistado no velho continente. Ao final de sua carreira, o cineasta escreve um livro baseado em suas memórias, “Escritos Sobre Cinema: 1926 – 1971”, e em 1975, é premiado com o Oscar honorário pela contribuição de suas obras para o cinema. Vale lembrar que Renoir também foi condecorado com a medalha da Legião Francesa, e morreu em Los Angeles, aos 84 anos.

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Na quarta-feira (28), a Escola Municipal Professora Ernestina Rodrigues fez uma live de lançamento da participação da escola na 7ª edição da Olímpiada Brasileira de Língua Portuguesa 2021. A iniciativa é do site Escrevendo o Futuro, em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária – CENPEC, via fundação Itaú, com o patrocínio e colaboração de outras instituições e do governo federal.

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A escola Ernestina Rodrigues, por meio das olimpíadas, busca reafirmar o compromisso de respeitar a cultura dos alunos e divulgar ações capazes de fazer com que eles se reconheçam como agentes em seus processos de aprendizado de leitura e de escrita. Com isso, compreende a necessidade e importância de incentivá-los com práticas pedagógicas promotoras de identidade.

Durante o evento, a pedagoga e professora responsável pela inscrição da escola nas olimpíadas, Myrle Santa Brígida, informou que a Ernestina Rodrigues tem 50 alunos inscritos de duas turmas do 5º ano, 27 do turno da manhã e 23 do turno da tarde. A partir do mês de maio até agosto, eles vão escrever poemas com o tema “O lugar onde vivemos”. “A gente desenvolve oficinas com as crianças a partir de maio até agosto, quando se encerra a produção”, disse.

Por causa da pandemia, Myrle Brigida explicou que, inicialmente, estará trabalhando com as crianças inscritas pelo Whatsapp a partir da primeira semana de maio. “A minha intenção é que as oficinas sejam realizadas pelo Google Meet, ou se ainda for possível esse ano, antes de se encerrarem as olimpíadas, presencialmente. A vida em primeiro lugar”, acrescentou.

A escola, que participa da OLP desde 2012 e que passou para a fase estadual das olimpíadas com o poema “Andar livre”, do aluno Daniel Santos, em 2019, tem o objetivo de valorizar as experiências poéticas dos educadores e das crianças, bem como as realidades, vivências, lugares de vida e de fala delas.

Alguns escritores que participaram da live, como Telma Cunha, Roseana Murray, Daniel Leite, entre outros, aproveitaram o momento para parabenizar a escola pela iniciativa, contar suas experiências e recitar poemas. Professores convidados também reforçaram a importância da escrita, da leitura e também da literatura infantojuvenil como um todo, principalmente no momento em que estamos vivendo.

Roseana Murray comentou durante sua participação que as oficinas vão ser fundamentais e que considera o processo de criação de poesias muito interessante. “Quando a poesia toca as pessoas, ela acende um desejo de fabricação de poemas. É lindo porque é imediato. O poema é um raio que lhe atingiu e você precisa se expressar, falar daquilo que você sentiu, o que provocou em você”, disse.

O escritor Daniel Leite elogiou o trabalho desenvolvido pelos professores da escola e destacou a literatura infantil como busca de uma linguagem perdida na fase adulta. “Esse encantamento diante da palavra que a criança tem, pra mim, é um exercício da linguagem em busca de uma linguagem que eu não possuo mais como homem, gente grande”, reiterou.

Paulo Nunes, escritor e professor do curso de Letras da UNAMA - Universidade da Amazônia, também participou da live e disse que considera o tema designado às poesias provocativo e extremamente significativo. Paulo acrescentou, ainda, que escreve a partir do seu lugar de pertencimento e falou de suas experiências. “Morei quatro anos fora de Belém para cursar o doutorado, e embora gostasse muito do lugar onde morava, em Belo Horizonte, embora gostasse de transitar no Rio de Janeiro, às vezes em São Paulo, percebi que meu lugar de pertencimento é aqui”, explicou.

Aline Rodrigues, representante da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) ressaltou que o concurso não vai avaliar somente a produção dos alunos, mas também vai considerar os relatos de prática. “Os professores vão registrar, relatar e narrar as experiências e narrar como chegar aos alunos, a devolutiva desses textos e o envolvimento da escola”, explicou.

A partir do mês de maio, as crianças irão desenvolver trabalhos com essa temática até o mês de agosto, quando a Olímpiada de Língua Portuguesa avançar para a próxima etapa que é a Etapa Escolar, em que os diretores organizarão as Comissões Julgadoras Escolares e enviam os relatos de prática que representarão a escola na OLP 2021.

Por Isabella Cordeiro.

 

 

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Desde o primeiro caso confirmado de covid-19 no Pará, em março de 2020, a pandemia do novo coronavírus mudou a vida das pessoas. Afetados pelo isolamento social, escritores paraenses analisam como a crise interferiu na produção de textos e esclarecem como o ato de escrever ajuda a suportar as dificuldades.

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Para o escritor e poeta Alfredo Garcia, escrever durante a pandemia é uma forma de resistir. “Sem a produção de conteúdo literário, eu teria sucumbido durante esse isolamento. A arte foi o que me permitiu, até o momento, sobreviver nesse período pandêmico”, afirmou.

Alfredo também afirma que a covid-19 e o isolamento social influenciaram na produção de textos no último ano. “Houve uma inquietação criativa, e eu procurei dar vazão através da produção literária”, contou. Dessa inquietação surgiram o livro de poesias “Pandemia e Outros Poemas” e os romances “Fiapo” e “A Inquietante Gênese do Nada”. Além das novas obras, Alfredo relançou, junto com a editora Pará.grafo, “O Livro de Eros”, obra de 1998 considerada um clássico contemporâneo da literatura da Amazônia. 

No livro de poemas, diz Alfredo, o foco é a pandemia. "O distanciamento de pessoas que tinham uma troca de afeto. Essa produção dialoga com a minha existência”, explicou. Alfredo usou as redes sociais para publicar os poemas que agora virarão livro. “Os poemas foram divulgados no meu perfil no Facebook. Depois se tornaram e-book. E agora vai ser um livro impresso a partir do mês de abril”, detalhou.

O autor também escreve letras de músicas durante o isolamento. “Escrevo letras de canções de Música Popular Brasileira. Com parceiros tenho lançado singles. Estamos preparando EPs.  Tem um pronto para lançar em maio e outro na metade do ano”, declarou. Para Alfredo, o papel na pandemia, não só do escritor que produz literatura, mas do artista de forma geral, é muito importante. “Em nenhuma época da vida humana nós tivemos tanta necessidade de arte para que a alma pudesse respirar. Eu procuro fazer isso”, finalizou.

Para a escritora e poeta Telma Cunha, a pandemia trouxe certa dificuldade para escrever durante o isolamento. “Eu preciso de silêncio e a pandemia tem feito muito barulho em mim. Nesses dias cinzentos, muitas vezes, o poema flerta comigo, mas não vem”, afirma a poeta. Mesmo assim, a autora tenta escrever sempre que possível. “Rascunho poesia por todos os lugares: manuscritos, no computador, celular. Às vezes, escrevo até na palma da mão”, explica.

Telma conseguiu superar as dificuldades durante o isolamento e escrever um livro de aldravias – poemas de 6 versos e 6 palavras – intitulado “Pé ante pétalas”, sobre o cotidiano e as dores provocadas pela covid-19, e o conto infantil “A menina dos olhos de arco-íris”. A poeta faz uso da internet para divulgar as obras e manter contato com público. “As redes sociais e as lives me ajudam a não perder o elo com os leitores”, contou.

Assim como Alfredo Garcia, Telma acredita na capacidade do escritor de ajudar as pessoas a suportar o isolamento social. “Nessa ausência de liberdade, a minha poesia tem tocado as pessoas. Feito com que elas respirem aliviadas”, declarou. Uma amante de metáforas, a autora afirma que a palavra escrita representa, para ela, a coragem para suportar a pandemia. “Enquanto espero os primeiros raios iluminarem o Brasil para sermos felizes de novo. Livres desse vírus”, concluiu.

Mercado editorial

Os escritores não foram os únicos a sentirem os efeitos da pandemia do novo coronavírus. As editoras também tiveram vendas e publicações afetadas durante esse período, causadas pelo isolamento social dos consumidores.

A Pará.grafo Editora teve apenas seis títulos literários lançados no ano passado. Três foram produzidos por meio de financiamento coletivo, no site Catarse: “Ribanceira”, uma reedição do último romance do escritor Dalcídio Jurandir; o livro de crônicas “Panela de Barro”, de Jacques Flores; e “Antologia da Poesia Paraense”, uma coletânea que reúne 20 escritores da região.

Para o escritor e editor responsável pela Pará.grafo, Dênis Girotto, as empresas e os empreendedores tiveram uma grande necessidade de buscar novas formas de trabalhar durante o período pandêmico.

No caso da editora, ele explica que a saída encontrada foi buscar soluções para custeamento de "vaquinhas" virtuais e apostar em livros on-line. “Estamos tentando nos reinventar. Muitos leitores estão migrando para o e-book, que são mais baratos, ou os audiobooks, que são livros em que [a pessoa] ouve as histórias. São mais acessíveis e os leitores estão migrando para isso.”

A situação nas gráficas não é nada positiva. Dênis Girotto relata que, este ano, os insumos de produção para um livro aumentaram cerca de 20% em comparação com 2020. 

Apesar das dificuldades, Dênis diz querer abrir espaço para o livro e permitir o acesso à literatura pelo público, principalmente os jovens. Tornar o produto mais barato é a meta do editor, que acredita na leitura como transformação social no Brasil.

Por Amanda Martins e Felipe Pinheiro.

 

 

 

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