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Na próxima quarta-feira (19), às 19 horas, 19 acadêmicos vão tomar posse em suas cadeiras na Academia de Letras de Ananindeua (Alanin), fundada no dia 26 de setembro de 2022. O evento será no auditório 03 da UNAMA – Universidade da Amazônia, Unidade BR, na rodovia BR-316. Dois palestrantes vão falar sobre as figuras de Dalcídio Jurandir, patrono geral, e Felipa Aranha, patronesse geral da Alanin.

O principal objetivo da Academia de Letras de Ananindeua é apoiar e promover ações que fortaleçam o livro e a leitura como um direito humano. Também, valorizar e difundir o conjunto das manifestações artístico-culturais do município. A Alanin vai instituir o Prêmio Literário Novos Escritores, visando despertar talentos literários, promover e incentivar os diversos gêneros literários em Ananindeua.

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O presidente da Alanin, poeta José Maria Andrade Filho, destaca que "a população de Ananindeua clama por uma identidade sociocultural". Para ele, a literatura é essencial para isso. "É imprescindível à sociedade, além do acesso à leitura, ser agente criador e recriador das artes da escrita”, afirma. Andrade Filho vem conclamando os escritores do município a se organizarem como desbravadores da cultura popular e lembra que os integrantes da Academia terão importante papel no incentivo ao livro e à leitura nas escolas e em outros espaços culturais.

A Alanin conta com 40 cadeiras, sendo 20 para reverenciar escritoras e 20 para distinguir escritores, preferencialmente os que nasceram no Pará e na Amazônia. Outros 21 acadêmicos tomarão posse em solenidade a ser convocada para os próximos meses de maio ou junho.

Cada membro da Academia escolheu o seu patrono ou sua patronesse. Eneida de Moraes, Maria Lúcia Medeiros, Olga Savary, Inglês de Sousa, Benedito Monteiro, Vicente Cecim, Max Martins são alguns dos imortais que dão nome às cadeiras dos acadêmicos. 

Homenagens

Os escritores e professores Paulo Nunes e Rusevelt Santos vão destacar a importância dos homenageados para a literatura e para a luta contra o racismo na Amazônia. Dalcídio Jurandir nasceu em Ponta de Pedras, no Marajó, é autor de 11 romances e sua obra recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. Felipa Aranha foi uma líder quilombola que liderou a liberação de centenas de escravos na região do Baixo-Tocantins.

Maiores informações sobre a solenidade de posse do dia 19 de abril podem ser obtidas com Nailson Guimarães (993349927) ou Paulo Ferreira (999935305).   

Lista de Patronesses/Patronos das cadeiras da Alanin e os escritores que tomam posse no dia 19:

Cadeira 01 (Eneida de Moraes) - Marcelo Carvalho;

Cadeira 02 (Inglês de Souza) Paulo Roberto Ferreira;

Cadeira 03 (Maria Lúcia Medeiros) Vladimir Batista;

Cadeira 04 (Bruno de Menezes) Fátima Afonso;

Cadeira 06 (Benedicto Monteiro) – Lígia Saavedra;

Cadeira 09 (Olga Savary) - Javé Neyre;

Cadeira 11  (Lygia Fagundes Teles) – Francy Rocha;

Cadeira 13 (Cecília Meireles) – Rejani Aguiar;

Cadeira 14 (Walcyr Monteiro) – H Umberto Baía;

Cadeira 15 (Cora Coralina) – Riza Baía;

Cadeira 17 (Carolina Maria de Jesus) – Ana Silva;

Cadeira 18 (Waldemar Henrique) – Márcio Siqueira;

Cadeira 19 (Raquel de Queiroz) - Cris Belo;

Cadeira 24  (Antônio Tavernard) – José Maria Andrade Filho;

Cadeira 25 (Maria Clara Machado) – Naílson Guimarães;

Cadeira 30 (Antônio José Teixeira Soares) – Bira Conceição;

Cadeira 31 (Clarice Lispector) – Anne Cavalcante;

Cadeira 34 (José Anestor Araújo de Jesus) – Jetro Fagundes;

Cadeira 36 (Castro Alves) – Homero Fagundes do Amaral;

Cadeira 40 (Carlos Drumnond de Andrade) – Felipe Gouvea.

Da Redação do LeiaJá (com informações da Alanin)

  

A UNAMA - Universidade da Amazônia realizou nos dias 23, 24 e 25 de novembro o XXII Fórum Paraense de Letras, organizado pelo curso de Letras e com apoio do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC). Essa edição ocorreu remotamente, pela plataforma da Editora Mezanino, com mesas-redondas, palestras, grupos de trabalhos e saraus poéticos.

O tema abordado, “Vozes fraturadas e questionadoras Vozes: o não canônico como forma de resistência”, provocou debates a respeito do reconhecimento de novas vozes, novos escritores e literaturas. Durante a abertura do evento, o Fórum também contou com a participação da reitora da UNAMA, Betânia Fidalgo, além de outros convidados.

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A coordenadora do curso de Letras, Terezinha Barbagelata, falou sobre os homenageados desta edição do evento, os professores Amarílis Tupiassú, Silvio Augusto Holanda (UFPA) e João Carlos Pereira (UNAMA/APL), os dois últimos in memoriam, que contribuíram de forma significativa para a área e para as edições anteriores do Fórum de Letras.

A coordenadora afirmou que o Fórum não é realizado somente para os alunos e docentes, mas para toda a comunidade que se interessa pela literatura. “Estou extremamente feliz e os nossos professores também estão totalmente engajados”, relatou.

Uma das mesas-redondas, “Literatura, entrelugar do cânone”, mediada pela professora Elaine Oliveira, debateu a importância da produção contemporânea no Pará. “Temos três jovens escritores, Josy Shaira, Marcos Samuel Costa, Roberta Tavares, que escrevem a contrapelo do contexto social que muitas vezes nem dá a oportunidade para que esses escritores possam divulgar sua obra”, afirmou.

Para o professor Paulo Nunes, o Fórum é uma reunião de muitas pessoas e conjunções para tratar da literatura canônica e não canônica. “A UNAMA consegue, neste encontro, reunir cinco universidades que atuam no Pará, e se orgulha muito desse evento que traz para nós o ânimo de que a literatura tem uma função social fundamental e o Fórum só reforça essa ideia”, concluiu.

Por Alessandra Nascimento e Isabella Cordeiro (com produção de Alessandra Nascimento e Dinei Souza).

 

A crise que se instalou em diversas livrarias e editoras de todo o Brasil já existe há alguns anos e por diversos fatores. Além da competição com livros disponibilizados em plataformas digitais, dos impostos sobre os livros que dificultam o acesso à cultura e do fechamento de livrarias que são referência no mercado, a pandemia surgiu como mais uma ameaça a esse setor.

Em Belém, a livraria Fox – com 34 anos de existência completados na última quinta-feira (13) – é um exemplo da crise literária no país e corre o risco de fechar as portas. “O mercado de livros vem sofrendo queda de vendas no Brasil desde 2014. A pandemia veio arrasar mais ainda com o nosso mercado, pois o isolamento obrigatório e necessário nos tirou os clientes de dentro da loja”, explica a empresária Deborah Miranda, sócia-proprietária da livraria.

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Deborah conta que as vendas diminuíram 80% nos primeiros meses da pandemia. Para tentar mudar esse cenário, os livreiros criaram um site e continuaram a vender pelo Instagram e Whatsapp.

A campanha “Abra um livro pra Fox não fechar”, iniciada e divulgada nas redes sociais pelo autor paraense Edyr Augusto Proença, foi recebida com surpresa. “Soubemos por clientes que entravam e mencionaram a postagem do Edyr. A notícia foi recebida com muita surpresa pela repercussão extremamente positiva. Sabíamos que a Fox faz parte cultura da cidade, mas percebemos também uma imensa relação de afeto do público com a empresa”, relata Deborah.

Deborah Miranda fala que a livraria é necessária para a formação de leitores, para aprofundar saberes, e acredita que a Fox cumpre esse papel em Belém.

“Acho que a importância de uma livraria em qualquer lugar é de necessidade básica para a formação de leitores, de aprofundamento de conhecimento para quem o busca. No nosso caso, pensamos ter cumprido esse papel, e também com muito orgulho fizemos isso na nossa cidade, que amamos. Somos papa-chibés e temos muito orgulho disso”, afirma.

O escritor e jornalista Edyr Augusto é cliente e amigo dos donos da livraria e relata que já sabia o que estava acontecendo com a Fox. “O Tito Barata (jornalista) recebeu telefonema de Antônio Moura, poeta, dizendo que precisávamos fazer algo. Tito me ligou e fiz uma postagem dando a ideia de cada um ir lá comprar um livro, enquanto pensávamos em outras ações”, conta.

Um grupo que leva o nome “Amigos da Fox” foi criado no Whatsapp e várias pessoas entraram com sugestões que pudessem contornar a situação. Edyr também revela que algumas figuras renomadas na área da cultura demonstraram apoio e que levou um susto com o retorno imediato do público à campanha. “A livraria ficou lotada em todos esses dias, em uma prova de carinho das pessoas”, complementa.

Edyr define a livraria Fox como um foco cultural de resistência e afirma que defendê-la é também defender a cultura. “A Fox é a livraria que vende livros de autores paraenses. Um local agradável para encontrar amigos. E vende também livros de todos os gêneros”, destaca.

A Fox é onde ocorre todos os anos a Feira Literária do Pará (FliPA), tendo sido organizada pela primeira vez em 2014. Segundo o escritor e editor Filipe Larêdo, a feira é um ponto de encontro de diversos escritores, editores e influenciadores paraenses. “Pessoas que gostam de literatura comparecem à Fox para falar com os autores, conhecer os editores, trocar uma ideia. Porém, a pandemia prejudicou todos os eventos e naturalmente a FliPA não pôde ser continuada”, explica.

Filipe conhece a livraria desde quando ainda era criança. Ele relata que sempre teve o costume de visitar a livraria e que sempre foi encantado com a curadoria da Deborah Miranda. “Tem uma seleção de livros muito bons. Lá é um dos poucos lugares em que se consegue comprar livros de autores paraenses”, conta.

O escritor comenta sobre a importância da Fox e afirma que ela, assim como outras livrarias, tem um papel fundamental na disposição de livros. “Quando a livraria é física, em especial a Fox, quando é uma livraria de rua, você tem um ambiente voltado para aquele usufruto e isso faz com que a pessoa se sinta acolhida pela literatura, rodeada de livros selecionados pelo livreiro”, diz.

Filipe também aborda a necessidade de as pessoas irem às livrarias que existem na cidade, prestigiarem a literatura e o mercado local. Além disso, afirma que Belém ficará órfã de livrarias de rua caso a Fox deixe de existir. “Acho fundamental que as pessoas estejam se reunindo para salvar uma livraria. Espero que ela consiga se recuperar utilizando os mecanismos que as redes sociais têm a sua disposição”, acrescenta.

O escritor Franciorlys Viana também aderiu à campanha. “A Fox acolheu minha literatura, sem reservas, desde o primeiro livro. 'Fantasilhoso', por sinal, se esgotou por lá. Tenho 'Ojos', salvo engano. Como não citar a FliPA? Uma feira que surgiu como contraposto à prima rica, a Pan-Amazônica. E no seu processo de amadurecimento, fortaleceu bastante os laços (quase sempre frágeis) entre leitores, leituras e outras dores”, conta.

A jornalista Dedé Mesquita também se posiciona em defesa da Fox e descreve a livraria como um ponto de livros, leituras e encontros que ultrapassa a simples área do comércio. “É um 'Café Central' moderno. Por lá, gerações como a minha, as anteriores, os jovens escritores, passam, se cruzam, criam, dialogam, fervem de transformações e cultura”, diz.

Dedé também afirma que a considera não somente uma livraria, mas um espaço de militância pela literatura produzida em nossa terra. Frequentadora desde a inauguração da Livraria Fox – quando ela ainda era locadora de filmes –, a jornalista tem uma relação próxima e de muito carinho com o lugar. “Eu tenho um amigo – que hoje é um dos sócios da Fox –, ele passou em casa e disse: ‘olha tem uma inauguração da locadora da minha prima, bora lá?’ E eu fui na inauguração da Fox. Então, a relação que eu tenho com a Fox é muito próxima. Sempre gostei muito de cinema e tem uma locadora que sempre primou pela qualidade que eles tinham de filmes. Sempre foi uma coisa muito importante para mim”, conta.

Dedé Mesquita relata que chegou a trabalhar na Fox. “Eu trabalhei na Fox entre 1992 e 93. Tem muita gente que me conhece dessa época porque eu era a atendente. Eu recebia as pessoas para indicar filmes e também fazia inscrição e conversava com as pessoas” revela.

Ela também tem boas lembranças e amigos que fez na Livraria Fox. “A gente acaba se apegando com as coisas que a gente viveu, são lembranças, são amigos que a gente fez lá. Tenho amigos que eu fiz na Fox e são meus amigos até hoje, isso é uma coisa muito bacana”, afirma Dedé.

Para Dedé, a livraria é importante pelo apoio à cultura e aos autores locais. “A Fox é a cara de Belém. A Fox é a livraria, atualmente, que mais tem livros de obras paraenses, tem uma feira literária só de livros paraenses. Qualquer pessoa que tiver seu livro pode negociar com a Fox, fazer lançamento do livro e ela não cobra nada por isso”, diz.  “Por tudo o que a Fox representa, faço coro ao apelo do Edyr Augusto: A FOX NÃO PODE PARAR”, conclui.

Por Carolina Albuquerque e Isabella Cordeiro.

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Na quarta-feira (28), a Escola Municipal Professora Ernestina Rodrigues fez uma live de lançamento da participação da escola na 7ª edição da Olímpiada Brasileira de Língua Portuguesa 2021. A iniciativa é do site Escrevendo o Futuro, em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária – CENPEC, via fundação Itaú, com o patrocínio e colaboração de outras instituições e do governo federal.

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A escola Ernestina Rodrigues, por meio das olimpíadas, busca reafirmar o compromisso de respeitar a cultura dos alunos e divulgar ações capazes de fazer com que eles se reconheçam como agentes em seus processos de aprendizado de leitura e de escrita. Com isso, compreende a necessidade e importância de incentivá-los com práticas pedagógicas promotoras de identidade.

Durante o evento, a pedagoga e professora responsável pela inscrição da escola nas olimpíadas, Myrle Santa Brígida, informou que a Ernestina Rodrigues tem 50 alunos inscritos de duas turmas do 5º ano, 27 do turno da manhã e 23 do turno da tarde. A partir do mês de maio até agosto, eles vão escrever poemas com o tema “O lugar onde vivemos”. “A gente desenvolve oficinas com as crianças a partir de maio até agosto, quando se encerra a produção”, disse.

Por causa da pandemia, Myrle Brigida explicou que, inicialmente, estará trabalhando com as crianças inscritas pelo Whatsapp a partir da primeira semana de maio. “A minha intenção é que as oficinas sejam realizadas pelo Google Meet, ou se ainda for possível esse ano, antes de se encerrarem as olimpíadas, presencialmente. A vida em primeiro lugar”, acrescentou.

A escola, que participa da OLP desde 2012 e que passou para a fase estadual das olimpíadas com o poema “Andar livre”, do aluno Daniel Santos, em 2019, tem o objetivo de valorizar as experiências poéticas dos educadores e das crianças, bem como as realidades, vivências, lugares de vida e de fala delas.

Alguns escritores que participaram da live, como Telma Cunha, Roseana Murray, Daniel Leite, entre outros, aproveitaram o momento para parabenizar a escola pela iniciativa, contar suas experiências e recitar poemas. Professores convidados também reforçaram a importância da escrita, da leitura e também da literatura infantojuvenil como um todo, principalmente no momento em que estamos vivendo.

Roseana Murray comentou durante sua participação que as oficinas vão ser fundamentais e que considera o processo de criação de poesias muito interessante. “Quando a poesia toca as pessoas, ela acende um desejo de fabricação de poemas. É lindo porque é imediato. O poema é um raio que lhe atingiu e você precisa se expressar, falar daquilo que você sentiu, o que provocou em você”, disse.

O escritor Daniel Leite elogiou o trabalho desenvolvido pelos professores da escola e destacou a literatura infantil como busca de uma linguagem perdida na fase adulta. “Esse encantamento diante da palavra que a criança tem, pra mim, é um exercício da linguagem em busca de uma linguagem que eu não possuo mais como homem, gente grande”, reiterou.

Paulo Nunes, escritor e professor do curso de Letras da UNAMA - Universidade da Amazônia, também participou da live e disse que considera o tema designado às poesias provocativo e extremamente significativo. Paulo acrescentou, ainda, que escreve a partir do seu lugar de pertencimento e falou de suas experiências. “Morei quatro anos fora de Belém para cursar o doutorado, e embora gostasse muito do lugar onde morava, em Belo Horizonte, embora gostasse de transitar no Rio de Janeiro, às vezes em São Paulo, percebi que meu lugar de pertencimento é aqui”, explicou.

Aline Rodrigues, representante da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) ressaltou que o concurso não vai avaliar somente a produção dos alunos, mas também vai considerar os relatos de prática. “Os professores vão registrar, relatar e narrar as experiências e narrar como chegar aos alunos, a devolutiva desses textos e o envolvimento da escola”, explicou.

A partir do mês de maio, as crianças irão desenvolver trabalhos com essa temática até o mês de agosto, quando a Olímpiada de Língua Portuguesa avançar para a próxima etapa que é a Etapa Escolar, em que os diretores organizarão as Comissões Julgadoras Escolares e enviam os relatos de prática que representarão a escola na OLP 2021.

Por Isabella Cordeiro.

 

 

Educadores, ilustradores e escritoress organizam uma abaixo-assinado com cerca de três mil assinaturas, que pede a suspensão da adaptação em livros da literatura clássica infantil ao Ministério da Educação (MEC). Os livros fazem parte do programa “Conta Pra Mim”, que apoia a alfabetização das crianças. As informações são do portal G1.

Dentre as histórias clássicas estão “João e Maria” e “O Flautista de Hamlet”, ambos tiveram partes chave de seus contos modificados. Os livros são destinados às famílias em situação de vulnerabilidade social, que podem acessar as obras na forma on-line e, segundo o MEC, serão distribuídas na forma impressa no ano que vem.

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“Em ‘João e Maria’, por exemplo, é importante que os personagens sejam abandonados pelos pais na floresta. A criança, ouvindo a história no colo, treme de medo. Mas, se está no colinho, está vendo que não é de verdade”, disse o escritor Pedro Bandeira, em entrevista ao G1.

Na versão disponibilizada pelo MEC, os protagonistas do conto infantil vão passear na floresta, e a mãe dá a eles pedrinhas coloridas, para marcar o caminho e terem como retornar à casa. Segundo nota enviada ao G1, o MEC defende a “livre adaptação das obras” e informa que essas adaptações serão impressos para o programa “Criança Feliz”, do Ministério da Cidadania.

Uma nova proposta de imposto do governo federal prevê uma taxa de 12% em cima dos livros. A ideia não agradou os autores, que recebem 10% das vendas de suas obras, nem o consumidor final, que poderá pagar mais caro pelo livro.

A assistente jurídica Juliana Kowalski, 28 anos, é apaixonada por livros e sempre espera os títulos entrarem em promoção para poder comprá-los. Mas, o novo imposto pode dificultar ainda mais a aquisição de novas obras para sua coleção. "Às vezes, eu preciso junta dinheiro ou esperar o salário melhorar para comprar uns dois livros por R$ 20 ou R$ 30", relata.

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Juliana lamenta que são poucas as pessoas que têm o hábito de ler e diz que o novo imposto pode desestimular ainda mais esse público, livrarias físicas enfrentarão dificuldades, e o consumidor terá que optar entre comprar um livro ou pagar as contas do mês, isso sem falar no desânimo dos autores. "Não sei onde vai parar a cultura e a educação, isso desanima qualquer leitor", desabafa.

Juliana Kowalski, na escadaria da Livraria Cultura, em SP | Foto: Arquivo Pessoal

A proposta de reforma tributária atinge quem escreve, edita, publica, vende e, sobretudo, quem lê. "Esse novo imposto é uma ofensa à integridade intelectual. Ler mudou a minha vida e, por conta disso, comecei a escrever. Escrever é terapêutico e prazeroso por si só e me deu a oportunidade de tocar o coração das pessoas", comenta a escritora e fundadora do Grupo Bendita, Samantha Silvany, conhecida pelos livros "500 Dias Sem Você" (2019) e "Manual do Borogodó" (2019).

Na lista dos prejudicados com esta possível situação estão os autores iniciantes, já que, por se tratar de um investimento de risco, as editoras serão muito mais rigorosas para publicar novos nomes no mercado. "Escritores já reconhecidos também serão prejudicados, afinal, o livro encarecerá para o consumidor, o que dificulta a conquista de ser um best-seller. Também diminuirão as oportunidades de um novo contrato", prevê Samantha.

No atual modelo de publicação das editoras, o autor recebe em média de R$ 2 a R$ 3 reais por livro, e a nova taxa pode diminuir ainda mais esse lucro. "Também dificultará muito a democratização da leitura e o acesso à informação, especialmente entre aqueles que já não têm tantas condições", explica a escritora.

Outro medo de Samantha é de que o livro se torne um artigo de luxo, quando deveria ser um direito de todos. "Precisamos defender o livro. Precisamos defender o Brasil. Precisamos nos defender contra a ignorância. Precisamos de meios para facilitar o acesso à leitura, e não o contrário", finaliza.

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) vai celebrar o centenário do poeta João Cabral de Melo Neto e os 120 anos do escritor Gilberto Freyre, patrono da fundação, no Seminário Internacional Casa-Grande Severina. O evento começa na próxima quarta (4) e segue até sábado (6), com a participação de estudiosos pernambucanos, além de sessões de filmes, lançamentos e atividades lúdico-educativas. 

O seminário contará com diversas conferências e mesas-redondas, com pesquisadores da vida e obra de Gilberto Freire e João Cabral de Melo Neto. Também acontecerá o lançamento da exposição que celebra o centenário de João Cabral, Educação pela pedra, que tem formato multimídia e conta com 19 peças de linguagem documental, fotográfica e audiovisual, entre outras. A instalação fica aberta à visitação, na Galeria Vicente do Rego Monteiro, no Derby. 

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O público também contará com uma mostra de filmes, que vai exibir seus curtas e média-metragens que enfocam a vida e a obra dos escritores. Dentre os destaques estão O Mestre de Apipucos, de 1959; e o curta O Caseiro. A programação completa pode ser conferida no site da Fundaj. 

Serviço

Seminário Internacional Casa-Grande Severina: 120 anos de Gilberto Freyre, 100 anos de João Cabral de Melo Neto

Quarta (4) a sábado (6)

Fundação Joaquim Nabuco - Campus Derby (Rua Henrique Dias, 609 - Derby)

 

 

O programa especial do Vai Cair No Enem desta semana, em parceria com o LeiaJá, recebe o professor de literatura Felipe Rodrigues. Direto da Praia de Iracema, em Fortaleza-CE, o educador responde aos questionamentos da influenciadora digital Thaliane Pereira, em um passeio pelas obras literárias de grandes nomes do Nordeste.

Ariano Suassuna, José de Alencar, Castro Alves e Manuel Bandeira são alguns dos nomes abordados pelo professor. Ele mostra, com exclusividade, como o Enem cobra poetas, escritores e obras nordestinos em suas questões. Confira:

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Autores paraenses apresentaram suas obras na Trilhas do Conhecimento, realizada pela Secretaria Municipal de Cultura (Semec), da prefeitura de Belém, na UNAMA - Universidade da Amazônia. O evento foi na quarta-feira (5), no campus Alcindo Cacela.

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Georgette Albuquerque, coordenadora das bibliotecas escolares do município de Belém, explicou que o evento é a apresentação dos trabalhos desenvolvidos no decorrer do ano, nas escolas da rede municipal. Os escritores paraenses foram uma das atrações. “A Trilha do Conhecimento está acontecendo pelo segundo ano e tivemos a felicidade de ser aqui na UNAMA. Temos o estande do sistema de biblioteca escolares, estamos com escritores paraenses e estamos também com as rádios dos alunos, da Escola Edson Luiz, fazendo a cobertura”, disse.

Para Telma Cunha, escritora paraense, que começou a escrever em 2016 e tem quatro livros publicados, é sempre uma alegria colaborar com esse tipo de ação. Entre as obras, a autora destaca sua autobiografia, "A cadeira mágica". “Conta a história da minha infância. Conta o meu desabrochar. Passei 20 anos guardada em casa, a maioria das pessoas não sabe, mas como tive poliomielite a minha família me protegeu demais, então só aos 20 anos eu fui para a escola e era através dos livros que eu podia vivenciar tudo o que as demais pessoas faziam. Foi através dos livros e da literatura que eu pude quebrar essa redoma e agora eu estou aqui voando no mundo grande das palavras, provocando as pessoas”, afirmou.

Telma, que é cadeirante, conta que ter iniciado os estudos aos 20 anos, e ser escritora paraense, é um incentivo para os estudantes do EJA (Educação de Jovens e Adultos). “Tenho ido às escolas, principalmente em escolas que tem EJA, e quando digo que comecei a estudar com 20 anos, vejo o brilho nos olhos das pessoas. Ouço ‘poxa, que legal. Ela conseguiu, eu também vou’. Sempre digo para as pessoas: cabe a gente decidir o que fazer com as pedras que tem pelo caminho. Ou a gente junta e faz uma armadura de pedra e fica com autoestima ou tropeça e cai. Eu, com essa minha fome de vida, resolvi juntar as pedras e estou aqui, feliz”, detalhou.

Para os escritores paraenses, os professores são os grandes parceiros na divulgação das obras para os alunos e valorização é tudo o que querem. “Qualquer ação que tenha por objetivo divulgar a nossa literatura, e o nosso autor, é bem-vinda. Eu sempre tiro meu chapéu de boto para esse tipo de ação, porque nós precisamos dessa vitrine. Sempre digo que os nossos grandes parceiros são os professores. Ai de nós, escritores, sem os professores para divulgarem nossas obras para seus alunos.  Eu sempre dou graças quando vejo projetos como esses”, disse Antônio Juraci, que tem mais de 80 livros publicados.

Entre suas obras, o escritor destacou "Sapatos mágicos", lançamento deste ano. A obra, que é infantojuvenil, é resultado das oficinas que o autor ministrava na Casa da Linguagem, na qual ele começava a estória e os alunos terminavam. “É uma viagem no tempo e no espaço, feita por um pedreiro desempregado que encontrou um sapato no lixo e resolveu calçar. Quando calçou, tudo mudou. Na estória ele recebeu o sapato de um anão e o anão, para receber o sapato de volta, deu três moedas de ouro para ele. O pedreiro pensou que que havia sonhado, mas as moedas estavam no bolso dele. É uma viagem ao passado, na imaginação”, explicou Antônio Juraci.

O escritor Alfredo Guimarães, que trabalha com literatura há 33 anos e tem mais de 40 livros publicados, disse ver o crescimento desse movimento nas escolas, mas ainda acha pouco. Para ele, as universidades e escolas deveriam abrir mais espaços para os autores paraenses. “As livrarias não abrem espaço para a gente e as pequenas feiras, pequenos encontros pontuais, dão respaldo para a gente tanto no aspecto financeiro, quanto de difusão das nossas obras”, afirmou.

O livro "Contos do amor em flor", que está fazendo 28 anos da primeira edição, neste ano, foi um dos destaques do autor para o público adolescente e adulto. “Reuni contos com temáticas adolescentes, para um publico que está descobrindo sentimento, sexualidade também”, disse Alfredo.

Os leitores mirins tiveram uma divertida estória "O caboco enrolado, o jumento empacado e um cachorro aloprado", de Bela Pinto, escritora paraense, com 10 livros publicados. “Na estória, um caboco da Amazônia tem como amigos um jumento e um cachorro, com quem caminha pela Amazônia, trabalha, namora, faz tudo na companhia desses amigos, se desenrola uma estória muito engraçada”, explicou.

Paulo Maués, escritor que desenvolve trabalho de pesquisa sobre a literatura, especialmente de autores paraenses, e que também estuda o imaginário, as pesquisas coletando estórias e analisando os personagens do lendário amazônico tem rendido alguns resultados em forma de livros, como sua obra "Cobra Grande: terror e encantamento na Amazônia". “É uma pesquisa aprofundada a respeito da lenda da cobra grande em suas múltiplas variedades”, disse.

Na linha infantojuvenil, o autor tem "A loira do banheiro". “A estória é muito conhecida, praticamente uma lenda urbana que tem em todo o planeta, e em Belém não é diferente. Aqui circulam várias versões dela e seu fiz uma costura dessas diversas versões, a partir do que os meus alunos pequenos me contavam e o resultado foi o livro”, concluiu Paulo Maués.

 

Um manifesto assinado por escritores, editores, livreiros e outros integrantes do mercado editorial, em apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT) para a Presidência da República, foi divulgado nesta quarta-feira, 17. Entre os signatários estão alguns dos maiores nomes da literatura brasileira - Luís Fernando Veríssimo, Chico Buarque e Milton Hatoum -, e estrangeiros, como o linguista americano Noam Chomsky e a filósofa americana Angela Davis.

"Professor, pesquisador, ministro da Educação e prefeito de São Paulo, Haddad demonstrou compromisso claro com valores que são essenciais para a vida intelectual e literária de um país democrático: a promoção do letramento e da democratização da vida escolar, a defesa intransigente da liberdade de opinião e a busca pela igualdade de vozes no debate político, cultural e pedagógico", diz o manifesto.

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"Essa postura se traduziu em avanço na escolarização, na diversidade nas escolas - como a inclusão de pessoas com deficiência - e na ampliação do acesso à universidade. Seu programa de governo promete aprofundar essas mudanças essenciais para a democracia e a bibliodiversidade", continua o texto.

O manifesto ressalta "o risco de retrocessos" que a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) representa, "ao apoiar projetos como o Escola sem Partido" e defender "a censura de livros" e "restrições à liberdade de pensamento". "Sendo assim, em favor da democracia duramente conquistada e de um País melhor e menos desigual, nosso voto não poderia ser outro", conclui.

Compartilhado no site de petições online Avaaz, o manifesto foi assinado por cerca de 1.500 pessoas. Na lista estão: Arnaldo Antunes, Fernando Morais, Luiz Schwarcz, Augusto de Campos, David Harvey, Lília Schwarcz, Lira Neto, Marilena Chauí, Peter Burke, Maria Rita Kehl, Renato Janine Ribeiro, Roger Chartier, Anita Leocadia Prestes e Eric Nepomuceno.

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Mundos distópicos, tecnologias ainda inimagináveis, futurismo e muita criatividade fazem parte da rotina de jovens escritores paraenses de ficção científica. A partir da paixão pela leitura ficcional, eles começaram a escrever suas próprias histórias e atualmente já conquistam públicos pela cidade.

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O estudante de engenharia elétrica Fábio “Darren” Andrade escreve há quatro anos e atualmente finaliza a nova versão do seu segundo livro, chamado “Alch’Antra - A cidade assombrada pela luz”, uma distopia que aborda o ínicio de uma resistência. “Essa nova versão já está com uma pegada muito mais profissional, já passei por um momento de estudo em relação à escrita, e ele tá envolvendo uma trama que eu dificilmente vejo por aí em outros livros ou filmes, que é o início de uma resistência”, explica o escritor.

A publicitária e escritora Roberta Spindler, apaixonada por literatura fantástica, escreve desde da adolescência e atualmente já possui livros e contos publicados. Seu segundo romance, “A torre acima do véu”, publicado pela editora Giz Editorial, esgotou em sua primeira tiragem, e agora já se encontra em sua segunda edição. O livro acompanha a jornada de Beca, em um mundo pós-apocalíptico e futurista. “'A torre acima do véu' é uma distopia, e a história começa quando uma névoa misteriosa cobre todo o planeta. As pessoas começam a sufocar, e os últimos sobreviventes vão se abrigar em topos de megaedifícios”, explica Roberta. “A gente aborda uma sociedade que está no futuro, e esses edifícios têm cerca de 300 andares que ocupam quarteirões, e lá em cima eles criam uma nova sociedade”, completa.

Os escritores explicam que para escrever ficção científica, e para que a história se torne crível, são necessárias muita pesquisa e leitura de boas referências. Em “Alch’Antra”, Fábio conta que usou duas principais referências durante a escrita do livro. “Pra esse livro eu usei de referências o 'Admirável Mundo Novo' (Aldous Huxley) e '1984' (George Orwell). É um pouco difícil escrever distopia e sair desses dois, eles são a bíblia da distopia”, conta.

Como estudante de engenharia elétrica, o escritor revela que a aproximação com a pesquisa durante o curso ajudou durante o processo de pesquisa para o livro. “Quando a gente vai fazer alguma pesquisa, a maioria dos artigos são embasados em algo. Isso me ajudou a fazer pesquisa para o livro,  eu fico de olho em grandes sites que apontam essas novas tecnologias, e acompanho séries que podem me dar um estalos de como criar”, revela.

Para Roberta, em a “A torre acima do véu”, a pesquisa focou em adaptar conceitos de tecnologia já existentes, porém que ainda não fossem usados, como tablets maleáveis, rede de computadores através de balões e gelatinas que substituem a energia e conseguem conservar alimentos. “Durante a pesquisa eu descobri um projeto da Google chamado 'Project Loon', que visa levar a internet para ambiente inóspitos tipo o deserto, sem antenas e cabos, somente através de balões com transmissores. Esse foi o conceito que eu usei pra criar a minha rede de computadores no livro”, conta Roberta.

A literatura ficcional paraense vem crescendo também por causa da interação de escritores e espaços de resenhas, onde amantes da leituras produzem conteúdo sobre os autores e livros, indicando para o público livros e autores. Esse é o caso da estudante de Medicina Marina Nascimento, que criou o blog “blogcomv.org”, espaço em que entrevista autores, produz resenhas e eventos. “Tudo começou com a necessidade de um lugar para os nossos textos, e posteriormente criar um mercado para o qual poderíamos vender nossos livros, mas acabou se tornando um meio de divulgação da literatura nacional em si”, conta Marina.

Marina revela que depois de procurar  durante anos seu livro favorito em literaturas estrangeiras, ela o achou bem mais perto do que esperava: “Zon, o rei do nada”, do escritor paraense Andrei Simões. ”O livro que viria a ser meu livro preferido estava o tempo todo, literalmente, debaixo do meu nariz. Ao pesquisar por meio do Blog, conheci o escritor Andrei Simões, e descobrir que ele era paraense foi fantástico”, revela a blogueira.

Sobre a possibilidade de adaptação de uma das suas histórias para as telas da TV ou cinema, os escritores enfatizam a qualidade da escrita paraense para essa possibilidade. “Eu acho que todo o escritor já pensou em como seria a sua história na tela do cinema. Eu trabalhei com edição de vídeos e tenho uma ligação muito forte com o audiovisual. Já imaginei bastante essa possibilidade porque o livro é muito visual e tem bastantes cenas de ação”, enfatiza Roberta.

A escritora e blogueira, após ler tantas histórias da nova literatura paraense, enfatiza que a cultura regional proporciona conteúdos para possíveis adaptações audiovisuais. “Tem muitas histórias que poderiam virar filmes, curta-metragens e séries. As opções são infinitas e a cultura é muita propícia a isso. Creio que na parte de terror e literatura fantástica, esses são gêneros ainda muito pouco explorados no Brasil”, conclui Marina. Veja vídeo com entrevistas dos autores.

Por Ariela Motizuki.

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Considerada pela revista Fast Company a empresa de educação mais inovadora no mundo em 2016, a Babbel aproveita a 15ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa hoje (26) à noite, para perguntar a escritores convidados do evento quais livros e filmes eles indicariam para pessoas que desejam aprender seus idiomas de origem. Companhia internacional com sede em Berlim, a Babbel dedica-se ao ensino online de 14 idiomas,

A Babbel tem foco na linguagem, na literatura e no multiculturalismo, disse à Agência BrasilJulie Krauniski, relações públicas  da empresa. A empresa conta com uma equipe de mais de 450 profissionais de 39 nacionalidades, sendo 15 do Brasil, onde atua há dois anos.

“Falar muitas línguas não é só uma questão acadêmica ou de habilidades. Falar várias línguas abre uma porta para um universo diferente", afirmou Julie.  Segundo a relações públicas, tudo que é relacionado a linguagem e a multiculturalismo interessa à Babbel. "A Flip é um festival literário que tem tradição no Brasil e escolhe sempre escritores muito bons, do mundo todo. Por isso, decidimos perguntar a alguns autores internacionais que livros e filmes eles recomendariam para estrangeiros entenderem melhor o país de cada um no idioma original.”

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Brasil

Em sua estreia literária, o brasileiro Jacques Fux, natural de Belo Horizonte, ganhou o Prêmio São Paulo de 2013 com a obra Antiterapias. No romance mais recente, Meshugá, o tema é a loucura. Na obra, Fux reinventa a vida e a obra de nomes como a filósofa Sarah Kofman e o cineasta Woody Allen. Para entender o Brasil, Fux recomenda o livro K. Relato de uma Busca, de Bernardo Kucinsky, da editora Companhia das Letras,  e o filme O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger.

Jacques Fux lembrou que o Brasil foi formado por diferentes povos e culturas. Sua literatura explora a questão judaica e a influência do povo judeu no Brasil. Por isso, disse Fux, é que indica o livro de Kucinsky e o filme de Hamburger. "Tanto o livro quanto o filme abordam o período da ditadura militar no Brasil, mas falam também do antissemitismo, da assimilação e do amor pelo futebol, temas muito importantes e relevantes na construção política e cultural do Brasil”, explicou o escritor.

Islândia

O autor slandês Sjón (abreviatura de Sigurjón Birgir Sigurðsson), cuja obra é influenciada por contos de fada e pela mitologia nórdica e já foi traduzida para mais de 30 idiomas, sugeriu o livro O Cisne, de Guðbergur Bergsson, editado pela Rocco, e o filme é O Albino Noi, com direção de Dagur Kári. Bergsson e Kári também são islandeses.

Ao comentar o livro, Sjón ressaltou que ele mostra "a beleza, a crueldade e a estupidez da pequena sociedade vistas pelos olhos de uma menina de 9 anos, que foi enviada para trabalhar numa fazenda como punição por furto. "Guðbergur Bergsson mapeou a mentalidade islandesa melhor do que qualquer outro autor contemporâneo”, disse Sjón. Sobre o filme, que relata a história de uma adolescente rebelde, Noi, moradora de uma vila próxima de um fiorde da costa oeste islandesa, Sjón afirmou: “em uma sociedade tão pequena, não é preciso tanta rebeldia para arrumar encrenca. O diretor cria uma miniatura incrível da Islândia moderna”.

O escritor é também compositor e um dos principais parceiros da cantora Björk. Seu novo livro, Pela Boca da Baleia, será lançado durante a Flip deste ano.

Angola

O rapper e ativista político Ikonoklasta, como é conhecido no meio musical o autor angolano Luaty Beirão, publicou em 2016 o livro Sou Eu Mais Livre, Então, um diário escrito na prisão. Ikonoklasta foi preso por ter lido, em 2015, um livro considerado subversivo pelo governo de José Eduardo dos Santos. O livro é considerado um testemunho da resistência de Angola. Para Luaty Beirão, quem quiser entender seu país tem de ler A Geração da Utopia, de Pepetela, que considera “um bom ponto de partida para perceber a geração de angolanos que segurou o poder e se mantém até hoje, lá amarrada. Essas pessoas destruíram o sonho comum – depredando o que deveria ser de todos – para enriquecimento pessoal. O livro explica muita coisa”.

O filme que ele indica, É Dreda Ser Angolano (Mambo Tipo Documentário), dá uma breve ideia sobre a vida na capital, Luanda. “Não chega a ser um documentário, porque inserimos pequenos e bem localizados elementos de ficção. Por isso o chamamos de mambo tipo documentário. Ele foi inspirado em um álbum de música do Conjunto Ngonguenha”, disse o escritor.

Suíça

Nascida na Suíça em 1975, Prisca Agustoni é poeta, tradutora e professora. Mora no Brasil desde 2003 e dá aula de literatura comparada na Universidade Federal de Juiz de Fora, cidade mineira onde reside atualmente. Para entender a Suíça, ela sugere o livro L'anno della valanga, de Giorgio Orelli, publicado pela editora Casagrande, de Bellinzona. Não há edição em português. Prisca não recomendou nenhum filme.

Espanha

A jornalista e escritora espanhola Pilar del Río é viúva do autor português José Saramago, que conheceu em 1986 e cuja obra traduziu para o castelhano. Em 2016, recebeu o Prêmio Luso-Espanhol de Arte e Cultura por sua dedicação "à defesa dos direitos humanos, à promoção da literatura portuguesa e ao intercâmbio da cultura portuguesa, espanhola e latino-americana". Suas oções para entender a Espanha são o livro Los Aires Difíciles, de Almudena Grandes, e o filme La Vaquilla, de Luis García Berlanga.

França

O escritor francês Patrick Deville foi adido e professor em Cuba, em países da África e do Golfo Pérsico, antes de estrear na literatura em 1987. Seu livro mais recente publicado no Brasil é Peste e Cólera. Para entender a França, Deville recomenda o livro À la Recherche du Temps Perdu(Em Busca do Tempo Perdido), de Marcel Proust, e o filme Vivre Sa Vie (Viver a Vida), de Jean-Luc Godard.

Referência

O português falado no Brasil foi lançado como um dos idiomas de referência do aplicativo Babbel em 2012 e é considerado o sexto idioma de maior procura, informou Julie Krauniski. O Brasil é o quinto maior mercado da Babbel no mundo e o primeiro na América Latina, correspondendo a 60% da procura pelos cursos da empresa de educação alemã na região. Os brasileiros são os que mais se inscrevem para aprender com a Babbel, e os cursos que eles mais buscam são inglês, francês,alemão, italiano e espanhol.

Fundada há 10 anos na Europa, a escola tem cerca de 1 milhão de alunos no mundo inteiro e oferece cursos de 14 idiomas: inglês, alemão, dinamarquês, espanhol, francês, holandês, indonésio, italiano, norueguês, polonês, português brasileiro, russo, sueco e turco.

A XXI Feira Pan-Amazônica do Livro, encerrada no domingo (4), ofereceu aos visitantes a oportunidade de conhecer os livros escritos por autores regionais que falam das características, cenário, costumes e crenças paraenses por meio da poesia, crônica, conto e até mesmo literatura de cordel. Apesar do grande número estandes na Feira, ainda foram poucos os de autores regionais.

Segundo o escritor de poesia e literatura de cordel Francisco Mendes, apesar as obras serem de boa qualidade, a dificuldade de vendê-los e o desinteresse das grandes editoras é grande. “A dificuldade é muito grande, não só poesia regional, como todo livro que é feito no Estado. Nós não temos uma livraria, nós não temos ninguém interessado em distribuir esses livros, a não ser pouquíssimos autores que conseguem varar esse mercado que é muito fechado”, explica. “Essa aqui é a grande vitrine, a Feira do Livro. Mas são só 10 dias no ano e depois? Vai pra onde esse livro?”, critica.

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Os livros chamam atenção principalmente de professores e alunos e têm preços que variam de R$ 5,00 a R$ 160,00. De acordo com a publicitária Letícia Pinheiro, o livro “Brigue Palhaço”, do advogado e escritor Agildo Monteiro Cavalcante, que fala de um episódio da Cabanagem, foi o mais vendido no estande da Academia Paraense de Letras e o público leitor é principalmente formado professores. “Os professores de história que dão aula pras crianças do Ensino Fundamental compram muito”, afirma.

Amélia Conor é professora aposentada e diz que já leu muito os livros regionais e hoje os lê para a neta caçula, que fica encantada com a narrativa da história. “Minha neta diz: ‘E isso acontecia mesmo, vovó?’ Não, isso é uma história pra gente contar, pra gente desenvolver nosso pensamento. E ela diz: ‘Um dia eu vou escrever uma história de uma velha que contava histórias’. É assim que a gente começa a desenvolver o interesse”, conta a professora.

A professora aposentada ainda diz que a leitura das obras paraenses é importante. “Acho importante para conhecer nossa história, para conhecer nossa origem, conhecer quem somos nós, para cobrar esse direito de ser reconhecido, para colocar a história dentro do contexto atual.”

O escritor Francisco Mendes lançou o livro de poesias “Novas Imagens, Outros Olhares”, que fala sobre outro modo de olhar a mesma cidade, Belém, em três vertentes: amor, dor e silêncio. “Esse livro traz um olhar diferenciado das coisas, das imagens que eu já fiz anteriormente, eu fiz com uma nova visão, uma nova imagem daquilo que eu já tinha visto. Mesmo eu falando de água, de rio, de chuva, de Belém, da minha cidade, mesmo eu falando dessas coisas batidas, o leitor vai conseguir fabricar uma nova imagem”, explica.

Por Irlaine Nóbrega.

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A literatura paraense é repleta de ilustres representantes, embora não conhecidos como deveriam. Segundo o escritor Raimundo Sodré, o artista paraense, em geral, sente uma invisibilidade e desprestígio por parte da mídia, das instituições de incentivo à cultura e, como consequência, dos leitores.

Sodré avalia que a falta de interesse em implantar livros paradidáticos de escritores paraenses nas escolas acaba deixando as obras literárias locais desconhecidas. "Não é dado no embrião do conhecimento a oportunidade do estímulo à leitura ao escritor paraense. No mínimo, se faria licitação, apresentação de trabalho, leitura e julgamento. Em relação a isso, é um mundo obscuro o que acontece nas escolas", disse o escritor.

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Na contramão dessa lógica, a pedagoga Joelma Pinheiro conta que, nas escolas em que trabalha, sempre procura priorizar a literatura paraense. “Antes de despertar a leitura dos clássicos para as crianças e adolescentes, temos que valorizar primeiro as obras literárias paraenses", considerou ela. "O leitor estando próximo do escritor, desperta mais a vontade de ler", concluiu.

Outro fator para a desvalorização da literatura paraense é a falta de espaços culturais. Os escritores afirmam que, em Belém, não há outro espaço gratuito para divulgação de obras literárias além da Feira Pan-Amazônica do Livro, realizada uma vez por ano. A edição deste ano da Feira contou com vários escritores do Estado. De acordo com a organização do evento, foram mais de 400 obras literárias paraenses.

O escritor e coordenador do estande de escritores paraenses, Claudio Cardoso, contou que a procura pela literatura paraense é sempre boa. "O ano de 2013 foi o melhor ano para os escritores paraenses, no qual o país homenageado na Feira foi o Pará", lembrou. "O país homenageado neste ano é a poesia. Temos muitos poetas aqui no Estado e, com certeza, isso vai dar uma alavancada nas vendas", acrescentou.

Segundo Claudio, os escritores paraenses não têm uma associação, o que acaba dificultando a classe a respeito de divulgações e direitos dos autores. Claudio ainda afirmou que falta conscientização por parte dos escritores em perceber que, com uma associação, melhoraria a divulgação da literatura paraense.

A obra literária “Poesias do Oráculo Maia”, do poeta Valdemir Costa, foi a mais procurada no estande dos escritores paraenses. O livro, baseado na matemática dos Maias, foi relançado este ano em edição bilíngue (português e espanhol). “O livro mostra o perfil das pessoas, o quadrante de harmonização, o ponto sensível e a pergunta da vida”, explica o escritor.

De acordo com Valdemir, o leitor se sente descoberto no livro. Silvana Viero, que adquiriu o livro, confirmou: “Eu achei interessante a relação que ele faz com a matemática, a forma como ele interpreta e a poesia que ele faz no final. A interpretação bate direitinho com o nosso perfil”, contou a leitora.

Por Levi Lima.

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) exige do aluno uma preparação intensa e conhecimento em diversas matérias. A literatura é uma delas e é preciso estar atendo ao universo das letras para se dar bem na prova. Para ajudar aos feras neste sentido, o Portal LeiaJá conversou com a professora Fátima Amaral, que indicou 10 autores indispensáveis na hora de colocar a leitura em dia para a prova. 

1 - Manoel de Barros

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Poeta brasileiro do século 20, pertencente cronologicamente à geração de 45, mas, formalmente, ao pós-Modernismo brasileiro. Entre suas obras estão Poemas Concebidos sem Pecado, Livro Sobre Nada, O fazedor de amanhecer e Poesia Quase Toda. 

2 - Mário Quintana

Mário Quintana, além de poeta, também foi jornalista e tradutor. Gaúcho, escreveu suas primeiras poesias na sua cidade natal, Alegrete, mudando-se posteriormente para Porto Alegre, onde trabalhou em diversos jornais locais. Entre suas publicações estão Rua dos Cataventos, Canções, Sapato Florido, Baú de Espantos e Preparativos de Viagem, além de várias antologias. 

3 - João Cabral de Melo Neto

Pertencente à geração de 45 do Modernismo Nacional, João Cabral apresentava características surrealistas em suas poesias, além de um rigor formal e estruturação física. A professora Fátima sinaliza duas de suas obras: Morte e Vida Severina, de 1955, que retrata a árida realidade de um retirante nordestino saindo de sua terra em busca de uma vida melhor e Educação pela Pedra, de 1965, uma coletânea que reúne 48 poemas do escritor. 

4 - Clarice Lispector

Clarice Lispector, uma ucraniana naturalizada brasileira, foi autora de romances, ensaios e contos. Fátima indica aos estudante a leitura dos contos claricianos, por serem de uma compreensão mais fácil pois, segundo ela, trata-se de uma escritora um pouco "difícil para o adolescente". Ela aponta os livros Laços de Família e A Hora da Estrela, que traz uma estrutura na qual "o narrador é que constroi a história aos olhos do leitor".  

5 - Cecília Meireles


A educadora salienta que o gênero da poesia tem um peso bastante significativo no Enem e uma boa pedida é investir neste tipo de leitura. A poeta Cecília Meireles entra nesta lista. Representando uma das primeiras vozes femininas de grande expressão na literatura brasileira, ela teve mais de 50 obras publicadas como Espectros, Mar Absoluto, Cânticos e Vaga Música. 

6 - Manuel Bandeira


Escritor pernambucano da primeira fase do Modernismo brasileiro, é considerado o mestre do verso livre. Entre suas publicações estão na Rua do Sabão, Crônicas da Província do Brasil, Meus Poemas Preferidos e Estrela da Manhã.

7 - Carlos Drummond de Andrade


Poeta, contista e cronista da segunda geração do Modernimo Brasileiro, é considerado por muitos como um dos mais influentes poetas nacionais. Entre suas obras estão Receita de Sentimento do Mundo, A Rosa do Povo e Brejo das Almas.

8 - Ferreira Gullar

Ferreira Gullar é escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta e um dos fundadores do neoconcretismo. Um gato chamado gatinho, Em alguma parte alguma, Poema Sujo e Muitas Vozes são algumas de suas obras publicadas. 

9 - Graciliano Ramos

Romancista brtasileiro muito conhecido pelo livro Vidas Secas. Considerado um dos melhores ficcionistas do modernismo e um dos mais importantes prosadores do movimento. A professora Fátima indica a obra São Bernardo, voltada para o drama social existente no Nordeste.

10 - Machado de Assis

Cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, é considerado por muitos como um dos mais importantes nomes da literatura brasileira. A indicação da educadora é a leitura de Dom Casmurro, que traz uma certa "aventura" que, segundo ela, os alunos apreciam bastante. Ela também alerta para que sejam observados a análise que é feita no texto sobre o personagem, assim como a contrução do texto e os recursos nele usados.

Segundo a professora Fátima, é importante que o aluno esteja familiarizado com a linguagem de cada autor para responder à prova e recorrer às antologias destes escritores é uma boa opção: "A cobrança dos examinadores será em cima dos textos artísticos", explica. Ela lembra, também, que é importante se dedicar à leitura reservando um tempo especial para esta atividade - a despeito da pressa em atender a todas as demandas que o Enem exige - e deixa mais uma dica: "O aluno é ansioso, ele quer rapidez, mas ele precisa dispôr de tempo para se dedicar a desbravar essas contruções dos autores para entender a mensagem de cada um". 

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O evento “Pegadas da Escrita II: Oficina para escritores” está com inscrições disponíveis. Direcionada para estudantes, escritores e interessados na área, a ação busca instigar discussões acerca da escrita literária, sob a orientação dos produtores da iniciativa Rogerio Generoso e Maria José Arimateia.

A oficina conta com duas fases, cada uma dispondo de 25 vagas gratuitas. De acordo com a organização do evento, a primeira será realizada em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, nos dias 4 e 11 de junho, 2 e 6 de julho. Na segunda etapa, a ação será realizada no Recife, nos dias 23 e 30 de julho, 13 e 20 de agosto. Os encontros ocorrerão sempre das 8h às 17h.

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O evento pede a cada participante a entrega de dois quilos de alimentos não perecíveis ou livros literários, que serão doados para instituições de caridade. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (81) 9-8307-4550.

Serviço:

PARA REGIÃO AGRESTE – 4 e 11de junho e 2 e 9 de julho
LOCAL DE EXECUÇÃO: CIDADE DE BEZERROS
ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE BEZERROS - AFABE
Rua Vigário Manuel Clemente, 188, bairro do Rozario – Bezerros, Pernambuco FONE 81 - 3728 1120
E-MAIL: afabe_bez.pe@hotmail.com

REGIÃO METROPOLITANA – 23 e 30 de julho e 13 e 20 de agosto
LOCAL DE EXECUÇÃO: RECIFE
CENTO VITAL CRREIA DE ARAÚJO - CVCA
Rua da Glória, 472, bairro da Boa Vista, CEP 50060-280

Dois artistas de segmentos e estilos bem diferentes estarão à frente de projetos semelhantes no segundo semestre de 2016. O ator Caio Castro e a cantora Valesca Popozuda enveredam pelo mundo das letras passando a atuar também como escritores. Os dois lançarão livros contando um pouco de suas experiências profissionais e de vida.

Caio Castro, conhecido por seus papéis nas novelas globais, lançará um livro no qual conta algumas de suas aventuras em viagens que realizou no período de um ano.  O ator quer compartilhar com seus fãs um pouco de seu espírito aventureiro e como suas andanças por países como Estados Unidos, França e Japão lhe acrescentaram como pessoa após o convívio com povos e culturas diferentes e até mesmo a prática de esportes radicais. 

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A publicação sairá pelo selo Globo Alt. Já Valesca Popozuda contará momentos de sua trajetória pessoal até a conquista de seu sucesso profissional. O público terá a chance de conhecer mais a fundo como a funkeira atua também em outros segmentos como mãe, empreendedora, mulher e ativista de movimentos como o feminismo. O livro será lançado pela editora BestSeller na Bienal do Livro de São Paulo. Em seu perfil no Facebook, a cantora compartilhou a notícia do projeto com seus seguidores: "Eu, uma mulher que correu tanto atrás das coisas, lançar um livro na Bienal! É muita felicidade. Esperem por histórias emocionantes e por grandes bafos, afinal, sou dessas que não esconde nada", postou.

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Alunos de 35 escolas municipais do Recife tiveram uma tarde de autógrafos nessa quarta-feira (25), na Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Educadores do Recife Professor Paulo Freire, localizada na Madalena. Fruto do projeto "Nas Ondas da leitura", idealizado pela Secretaria Municipal de Educação em 2014, três livros foram lançados por crianças recentemente alfabetizadas. 

Representantes de 36 unidades de ensino prestigiaram o lançamento das obras "Histórias e Lendas do Recife”, “Um passado bem presente” e “A Escada até a Lua”. As duas últimas foram escritas por estudantes das Escolas Municipais Engenho do Meio e Presbítero José Bezerra, respectivamente. Já o livro “Histórias e Lendas do Recife” contém 60 pequenos contos escritos por alunos de cerca de 30 unidades de ensino. A obra é uma coletânea de narrativas da tradição oral local passadas através de gerações.

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Durante o evento, um grupo musical também fez a alegria da criançada cantando músicas tradicionais infantis e transformando em melodia as histórias escritas pelos pequenos.  Para Natalie Sena, uma das docentes responsáveis pelas produções, a sensação é de missão cumprida. “Comecei trabalhando com meninos que não sabiam ler ou escrever e, quando vimos, eles já haviam produzido um livro inteiro. Foi um trabalho bastante intenso, mas que, no final, deu muito resultado. Os alunos realmente superaram as expectativas”, comemora, segundo informações da assessoria de imprensa. A docente foi orientadora do livro "A Escada até a Lua", que recebeu o segundo lugar do prêmio Ciência Jovem de 2014, promovido pelo Espaço Ciência de Pernambuco.

O "Nas Ondas da Leitura" é um projeto que estimula mais de 60 mil alunos matriculados no Ensino Fundamental da Rede Municipal de Educação a buscarem o gosto pela autoria. O projeto faz parte do Programa de Letramento do Recife (Proler), que tem meta em alfabetizar crianças até os seis anos de idade.

Autoridades chinesas ordenaram que livros escritos por alguns autores fossem retirados de circulação no país, conforme informaram nesta terça-feira livrarias e editoras locais. A proibição, que tem sido relatada em redes sociais desde sábado, é resultado de um desconforto do governo com estudiosos que são favoráveis à democracia e anunciaram apoio aos protestos em Hong Kong, onde manifestantes reivindicam eleições diretas na região.

A restrição também é válida para lojas online. Entre os autores censurados está o economista de orientação liberal Mao Yushi, o professor de direito constitucional Zhang Qianfan, o escritor taiwanês Giddens Ko e o crítico Leung Mao-tao, este natural de Hong Kong.

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Acredita-se que a ordem tenha sido emitida pela Administração do Estado de Imprensa, Publicações, Rádio, Cinema e Televisão, uma agência reguladora de mídia do governo. O órgão, porém, não confirma a informação.

Enquanto a proibição não é confirmada, o jornal estatal Global Times tentou explicar a medida por meio de um editorial publicado na segunda-feira, no qual diz que "alguns dos autores citados apoiam abertamente o movimento oposicionista de Hong Kong ou a independência de Taiwan. Eles estão promovendo a dissidência política". Fonte: Associated Press.

Há dois anos, os organizadores da Feira do Livro de Frankfurt começaram a pensar na criação de um espaço exclusivo para escritores, onde eles poderiam "pensar e recarregar a bateria". Isso porque sabiam que o evento não era muito interessante para eles, que só viam gente para cima e para baixo tentando ganhar dinheiro com livros.

A ideia saiu do papel este ano motivada pelo atual cenário internacional: conflitos ideológicos e religiosos, extremismos, fanatismos e violência, espionagem americana, mudanças climáticas, crise econômica, etc. Por isso, além de criar esse espaço de respiro, os organizadores e a escritora dinamarquesa Janne Teller convidaram 28 autores de diferentes países para um encontro inusitado e reservado que teve início nessa quarta-feira, 8, e terminará na sexta-feira, 10.

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Durante três horas pela manhã eles se reúnem no Author Lounge - nenhum editor, agente ou curioso pode entrar - para discutir livremente temas de interesse geral. Na mira, além dos assuntos políticos, econômicos, sociais e bélicos estão ainda questões como as práticas da Amazon, consideradas por muitos como prejudiciais para o bom funcionamento do mercado editorial internacional e uma das responsáveis pela quebra de pequenas livrarias.

Dessa iniciativa, que ganhou o nome de Frankfurt Undercover, sairá um documento que será enviado a políticos. Seu conteúdo deve ser revelado na sexta-feira, 10.

"Essas discussões estão presentes na mídia diariamente, mas agora poderemos ter a opinião de escritores, a partir do ângulo deles que é a condição humana", disse Jüergen Boos, presidente da Feira de Frankfurt. "Será uma experiência interessante reunir pessoas que poderiam estar brigando por uma ideia ou se entediando", comenta Teller.

Autores

Os escritores convidados são: Fadhil Al-Azzawi, Melten Arikan, Marica Bodrozic, Steffen Brünel, John Burnside, Vanessa Fogel, Olga Grjasnowa, Arnon Grünberg, Oscar Guardiola-Riviera, Joseph Haslinger, Gail Jones, Esther Kinsku, Maly Kiyak, Michael Kleeberg, Katri Lipson, Afrizal Malna, Jagoda Marinic, Charl-Pierre Naudé, Tom Rachman, John Ralston Saul, Moritz Rinke, Michael Schischkin, Samuel Shimon, Tzveta Safronieva, Steven Uhly, Najem Wali e Stefan Weidner. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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