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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu em sua recente visita à China que o fundo soberano China Investment Corp. (CIC) e outros investidores comprassem bônus da Itália e da Espanha, mas é preciso mais reformas naqueles países antes de a China investir neles, afirmou Lou Jiwei, presidente do CIC.

Lou afirmou que uma recessão na União Europeia é inevitável, já que a crise de dívida continua se espalhando, e que a economia mundial enfrenta grandes riscos negativos. No entanto, o CIC enxerga oportunidades em projetos de infraestrutura e na indústria real. Lou disse ainda que a China atingiu um pouso suave (soft landing) em sua economia, mas ainda enfrenta riscos como a alta inflação.

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O CIC não investe em grandes montantes de dívida soberana. O fundo foi criado em 2007 com US$ 200 bilhões em reservas internacionais para ajudar a China a diversificar sua carteira investindo em ações e outros ativos estrangeiros. As informações são da Dow Jones.

A dívida combinada dos 17 países da zona do euro como porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco diminuiu no terceiro trimestre de 2011, embora tenha aumentado nos três países que receberam ajuda internacional. As informações destacam a dificuldade de reduzir o nível de dívida por meio de programas de austeridade que prejudicam o crescimento econômico e demoram para eliminar déficits orçamentários ainda altos.

Segundo a Eurostat, a dívida na zona do euro ficou em 87,4% do PIB no fim do terceiro trimestre, levemente abaixo de 87,7% no fim do segundo trimestre, porém acima de 83,2% no fim do terceiro trimestre de 2010. Houve amplas variações entre os países membros do bloco. Enquanto na Estônia a dívida do governo equivalia a 6,1% do PIB, na Grécia ela era de 159,1% do PIB, acima de 154,7% no segundo trimestre e de 138,8% no terceiro trimestre de 2010.

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O aumento da dívida da Grécia ajuda a explicar porque a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) têm insistido em um desconto sobre o valor dos bônus gregos como uma condição para oferecer um segundo pacote de ajuda ao país. Os investidores estão se tornando mais preocupados com a possibilidade de perdas com a dívida de Portugal também serem necessárias para levar o país de volta a um caminho sustentável. A dívida portuguesa subiu para 110,1%, de 106,5% no segundo trimestre e 91,2% um ano antes.

Assim como Grécia e Portugal, o governo da Irlanda depende de recursos da UE e do FMI. A dívida do país subiu para 104,9% do PIB, de 102,3% no segundo trimestre e 88,4% um ano antes. Por outro lado, a dívida da Itália diminuiu e a da Espanha ficou estável.

Entre os países de fora da zona do euro, a dívida da Hungria aumentou para 82,6% do PIB no terceiro trimestre do ano passado, de 77,7% no segundo trimestre e 82,4% no terceiro trimestre de 2010, e a do Reino Unido cresceu para 85,2% do PIB, de 83,9% no segundo trimestre e 78,3% um ano antes. As informações são da Dow Jones.


Brasília – A Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 1,79% em dezembro, comparado a novembro, e soma R$ 1,866 trilhão. Houve, portanto, aumento nominal de R$ 32,81 bilhões no último mês de 2011, de acordo com relatório divulgado hoje (30) pela Secretaria do Tesouro Nacional. No acumulado do ano passado, a DPF cresceu 10,17%, o equivalente a R$ 172,3 bilhões.

O crescimento da dívida pública no mês passado resultou da emissão de R$ 38,66 bilhões em títulos - dos quais 78,68% com remuneração prefixada - contra resgates de títulos no valor de R$ 25,92 bilhões. Essa operação resultou em uma emissão líquida de R$ 12,74 bilhões em títulos, que se somaram aos R$ 17,49 bilhões pagos em juros no mês para aumentar a dívida.

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O aumento do endividamento em 2011 foi resultado das despesas com juros, no valor de R$ 211,52 bilhões, e de menos resgates líquidos de títulos em poder de terceiros, no total de R$ 39,20 bilhões. No geral, os resgates foram de R$ 84,20 bilhões, neutralizados, em parte, pela capitalização de R$ 45 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na composição da dívida total, 95,54% se referem à dívida interna (DPFi) e 4,46% à dívida externa (DPFe). O Tesouro conseguiu, ao longo de 2011, reduzir a participação percentual da dívida interna, em razão, principalmente, do aumento gradativo da emissão de títulos com remuneração prefixada, enquanto as demais modalidades de correção caíram.

Os títulos corrigidos por taxas prefixadas equivalem a 38,28% do total da dívida, equivalentes a R$ 682 bilhões, enquanto 31,7% (R$ 565 bilhões) são remunerados por taxas posteriores, determinadas pela variação da taxa básica de juros (Selic), e 29,6% (R$ 527 bilhões) são atrelados a índices de inflação. Resta ainda um residual de 0,4% de títulos (R$ 7,2 bilhões) corrigidos pelo dólar.

De acordo com o relatório, houve melhora no perfil da DPF, uma vez que o prazo médio de vencimento dos títulos mobiliários federais subiu de 3,51 anos, em 2010, para 3,62 anos, em 2011. O prazo médio da DFPi passou de 3,36 anos para 3,49 anos, e o prazo médio da DFPe evoluiu de 6,15 anos para 6,48 anos. O vencimento da dívida de curto prazo, que era de 22,73% dos títulos, em 2010, caiu para 21,89% no final de 2011, equivalentes a R$ 408,53 bilhões.

 

Com a alta da inflação no ano passado, os papéis indexados ao IPCA tiveram forte procura pelos investidores. O estoque desses papéis no total da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) foi o que mais cresceu em 2011. Entre 2010 e 2011, o estoque de NTN-B, que é o título corrigido pelo IPCA, teve um incremento de 21,24%. Embora o aumento do estoque não indique, na prática, o total de vendas do Tesouro, esta é uma sinalização da elevação da demanda dos investidores, que procuraram, no ano passado, maior rentabilidade ou uma proteção da alta da inflação.

O estoque dos papéis prefixados registrou um crescimento menor no mesmo período. Enquanto o estoque da LTN (títulos prefixados com prazos de vencimento mais curtos) subiu 13,43% em 2011, o estoque das NTN-F (títulos prefixados com prazos mais longos) teve expansão de 10,49%. O estoque das LFTs, papéis atrelados à taxa básica de juros (Selic), que o Tesouro quer diminuir subiu 5,17% no ano passado.

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Já o estoque das NTN-C, títulos corrigidos pelo IGP-M, caiu 3,44%. A queda é decorrente de o Tesouro não oferecer mais estes papéis há alguns anos aos investidores.

A União Europeia disse estar "confiante" de que as conversações entre a Grécia e os credores do setor privado para reestruturar a dívida do país serão concluídas em breve, apesar de terem sido suspensas na sexta-feira.

"Nós vimos a declaração do Instituto para Finanças Internacionais (IIF) e eu não vou comentar sobre as diferentes declarações. Eu acho que os comunicados em um ponto crítico das negociações fazem parte delas", disse Olivier Bailly, um porta-voz da UE, acrescentando que as "conversações serão retomadas em breve e nós estamos confiantes que eles as concluirão rapidamente".

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A Grécia tem estado em negociações para reduzir sua dívida de 206 bilhões de euros detida pelos credores do setor privado, cuja maior parte é representada pelo IIF. As informações são da Dow Jones.

As negociações entre o governo da Grécia e seus credores, que caminhavam para um final feliz na próxima semana, foram suspensas ontem por iniciativa dos representantes do sistema financeiro. As instituições haviam aceitado um acordo que garantiria o desconto de 50% das dívidas, em troca de juros mais elevados pelos novos títulos da dívida soberana. Com o não do governo, o lobby bancário deixou a mesa de discussões.

O impasse ocorre a menos de uma semana da data-limite informalmente estabelecida para o fim dos debates. Até a manhã de ontem, segundo o jornal grego Kathimerini, as possibilidades de acordo eram grandes em razão do acerto sobre o tamanho do corte voluntário das dívidas, condição, segundo o primeiro-ministro, Lucas Papademos, para que o país não seja forçado ao default (calote) - o primeiro em 60 anos em um país desenvolvido. Eventual reestruturação forçada da dívida deve levar a Grécia a abandonar a zona do euro.

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O corte de 50% das dívidas representa cerca de € 100 bilhões em perdas aos credores. Com o desconto, a dívida do país seria reduzida de 160% do Produto Interno Bruto (PIB) para 120% em 2020. Em troca, os credores exigem 5% sobre os novos títulos, enquanto o governo oferece 4%. Ontem, as divergências em torno da remuneração das novas obrigações levaram o Instituto Internacional de Finanças (IIF) a suspender as negociações.

"As discussões com a Grécia foram suspensas para permitir uma reflexão sobre os benefícios de um acordo voluntário", afirmaram em comunicado Charles Dallara, diretor-geral do instituto, e Jean Lamierre, representante do banco francês BNP Paribas e dos demais bancos credores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um “homem problema”. O atacante Thiago Cunha poderia receber tranquilamente essa alcunha pelas passagens pelo Santa Cruz. Problemas com a inscrição na Confederação Brasileira de Futebol, saída conturbada do clube em 2008, retorno em 2011, renovação anunciada, e nova saída inexplicável. Porém, dessa vez, o jogador deixa o Arruda com um grande prejuízo: Thiago Cunha deve mais de R$ 300 mil para o tricolor pernambucano.

Na primeira passagem, o atleta se destacou com velocidade. Consequentemente, os gols se transformaram em repercussão e interesse de outras equipes. A mesma velocidade que se destacou, causou problemas.

Após uma denúncia, foi revelado que Thiago Capixaba, na verdade, era Fábio. Ou Fábio seria Thiago? O jogador tinha duas inscrições na CBF: uma como Thiago e a outra como Fábio dos Santos Cunha. Para não criar problemas, o “duas caras” decidiu juntar o útil ao agradável e, assim, virar Thiago Cunha.

Com toda a confusão e a polêmica saída para o Palmeiras, o atacante entrou com um processo contra o Santa Cruz. Em primeira instância, o juiz decretou vitória para o atleta, tendo o clube que pagar R$ 2 milhões. O time coral, no entanto, recorreu, alegando que o jogador havia passado 28 dias no clube, e depois havia entrado na Justiça requerendo a liberação, e conseguido a liminar.

Em entrevista ao repórter da Transamérica, Ricardo Luis, o vice-presidente jurídico do Santa, Eduardo Lopes, explicou a situação. “Depois da primeira sentença beneficiando o Thiago, entramos com um recurso, e vencemos por 3 a 0, modificando totalmente a decisão, pois Thiago havia abandonado sem base legal, e por isso, deveria ser penalizado pelo prejuízo que nos deixou”, afirmou.

De forma inédita, a situação foi revertida e, com isso, o Cunha que passou a ser credor dos tricolores. “Hoje, o valor pode estar passando de 300 mil reais, e o clube fará todo esforço para receber, de todas as formas, bloqueando patrimônio, qualquer coisa. Quando ele veio, há um ano, o processo existia, mas somente agora houve o transitado em julgado. Por isso, no começo de 2011, ninguém podia dizer que Thiago era devedor, pois havia recurso. Hoje, com a decisão final, pode-se dizer que ele é devedor”, finalizou. 

Os brasileiros vão às compras neste Natal endividados como nunca, mas com renda suficiente para assumir novos compromissos. Projeções da MB Associados indicam que o grau de endividamento, medido pela relação entre o estoque de dívidas e a renda anual das famílias, atingiu 43,2% este mês, 4 pontos porcentuais acima dos 39,2% de dezembro do ano passado.

No entanto, o orçamento familiar não foi tão castigado, segundo a consultoria. A parcela do salário mensal comprometida com o pagamento das prestações passou de 19,4%, em dezembro de 2010, para 22,4%, agora - alta de 3 pontos porcentuais.

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"O consumidor se sente confortável em eventualmente tomar mais crédito, já que tem a perspectiva de continuar empregado e tendo aumento de renda, principalmente diante da elevação de 14% no valor do salário mínimo", diz o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Ele fez a projeção do endividamento para o fim do ano com base em dados do Banco Central (BC) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar de recorde, o nível de endividamento no Brasil ainda é relativamente baixo quando comparado com o de outros países, observa o economista. No Reino Unido, o endividamento correspondia a 171% da renda líquida das famílias em julho deste ano. No Canadá e no Japão, essa relação era de 148% e 126%, pela ordem. "A gente precisa ter em mente que o País começou a ter uma economia de crédito há pouco tempo."

O problema não é o nível de endividamento, e sim a sua composição, pondera Roberto Troster, ex-economista-chefe da Febraban. "Hoje, tem mais cheque especial, mais conta garantida, e menos empréstimo de longo prazo, por causa do aperto dos compulsórios, que agora está sendo abrandado pelo governo."

Na avaliação de Troster, se o esforço do governo for suficiente para melhorar a composição do endividamento das família, ou seja, conseguir linhas mais baratas, a capacidade de endividamento vai aumentar. "Mas é preciso estar atento ao comprometimento do salário com as prestações, o que é determinante para a inadimplência", afirma o economista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A agência de classificação de risco Moody's informou nesta segunda-feira que está revisando dívidas de 87 bancos europeus para possível rebaixamento. A agência diz que, com a crise no bloco, os governos da região estão tendo dificuldades para dar suporte aos bancos em questão.

Em fevereiro passado, a Moody's já havia decidido retirar suporte sistêmico das dívidas subordinadas de sistemas bancários da Dinamarca, Reino Unido, Irlanda e Alemanha.

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A revisão vai afetar 87 bancos em 15 países europeus. Espanha, Itália, Áustria e França abrigam a maioria das instituições que provavelmente sofrerão rebaixamento. As informações dão da Dow Jones.

Brasília – A dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,535 trilhão em outubro, o que corresponde a 38,2% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), informou hoje (25) o Banco Central (BC). Em relação a setembro, houve elevação de de 1,1 ponto percentual.

Para o final do ano, a projeção do BC é que a dívida líquida do setor público corresponda a 38,5% de tudo o que o país produzir (PIB).

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Essa dívida é um balanço de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais e das empresas estatais. Outro indicador fiscal divulgado pelo BC é a dívida bruta do governo geral (governos federal, estaduais e municipais), muito utilizado para fazer comparações com outros países.

Em outubro, a dívida bruta do Governo Geral (Tesouro Nacional, Previdência Social e governos estaduais e municipais) chegou a R$2,226 trilhões, o que correspondeu a 55,4% do PIB em outubro, com redução de 0,4 ponto percentual em relação ao patamar de setembro.

O Banco Central (BC) afirmou hoje que a estimativa da dívida externa brasileira em outubro ficou em US$ 297,576 bilhões. O valor é levemente inferior à estimativa feita em setembro, de US$ 297,615 bilhões. Em relação ao último dado fechado, a estimativa de outubro apresenta crescimento, já que, em junho, o valor efetivo da dívida externa era de US$ 291,648 bilhões.

Segundo o BC, em outubro de 2011 a estimativa da dívida externa de longo prazo era de US$ 250,732 bilhões. Já a parcela dos compromissos de curto prazo somava US$ 46,845 bilhões.

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Taxas

A taxa de rolagem nos empréstimos de médio e longo prazos contraídos no exterior alcançou 412% em outubro, segundo dados do Banco Central. O índice é menor do que o observado em igual mês do ano passado (912%). O porcentual de outubro foi alcançado porque os créditos contraídos naquele mês somaram US$ 1,496 bilhão, montante mais do que suficiente para cobrir os vencimentos de US$ 363 milhões.

Segundo o BC, a taxa de rolagem foi liderada pelos empréstimos diretos, cujo índice ficou em 489% no mês passado. Já nas operações com títulos, a taxa de renovação foi de 53% em outubro. De janeiro a outubro, a taxa de rolagem está em 486%, sendo que os empréstimos diretos têm índice de 423% e as operações com títulos estão com 626% de rolagem.

Ações

O investimento estrangeiro em ações somou US$ 427 milhões em outubro. O apetite dos estrangeiros pelas ações brasileiras diminuiu drasticamente na comparação com outubro de 2010, quando a entrada desses investidores no mercado somou R$ 14,536 bilhões.

O observado em outubro de 2010 representa quase três vezes o registrado nos dez primeiros meses de 2011, quando a entrada de estrangeiros somou R$ 5,407 bilhões.

Das operações realizadas em outubro de 2011, US$ 266 milhões ingressaram no País para a compra de ações negociadas no mercado brasileiro. Houve ainda entrada de US$ 161 milhões para recibos de ações brasileiros negociados no exterior, como as ADRs.

O BC também informou que estrangeiros reduziram a posição em renda fixa em US$ 30 milhões. Essa retirada ocorreu com os papéis negociados no exterior, que apresentaram saída líquida de US$ 38 milhões. Já os papéis negociados no Brasil tiveram aumento líquido da posição estrangeira em US$ 8 milhões. Em outubro de 2010, estrangeiros haviam aumentado sua posição em títulos de renda fixa em US$ 2,238 bilhões.

O fracasso do Congresso dos Estados Unidos em chegar a um acordo sobre a redução de US$ 1,2 trilhão na dívida pública em dez anos provocou hoje onda negativa no mercado financeiro e bate-boca entre as forças políticas antagonistas do país. Com o colapso das negociações, haverá um corte automático de US$ 1,2 trilhão nas despesas federais de Defesa, de educação e de infraestrutura do governo a partir de 2013.

No início da noite, o presidente americano, Barack Obama, veio a público para pressionar o Congresso a retomar as negociações depois do feriado de quinta-feira, dia de Ação de Graças. Obama, entretanto, ameaçou vetar qualquer tentativa dos republicanos de alterar as áreas sujeitas aos cotes automáticos, de forma a poupar o Pentágono e atingir os programas assistenciais de saúde.

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"Alguns no Congresso já estão tentando conduzir esses cortes automáticos de gastos. Minha mensagem para eles é simples: não. Eu vetarei qualquer esforço para livrar aqueles cortes automáticos domésticos e em defesa", afirmou. "Precisamos manter a pressão para que saia um compromisso", completou.

Os membros do comitê bipartidário responsável por detalhar o corte de US$ 1,2 trilhão na dívida federal dos EUA anunciaram oficialmente o colapso das negociações dois dias antes do prazo final. O anúncio partiu do deputado republicano Jeb Hensarling e da senadora democrata Patty Murray. Mas o colapso das negociações já era tema de domínio público desde a manhã de hoje.

Em princípio, o fiasco desse acerto não tende a provocar danos contábeis na meta de reduzir US$ 2,2 trilhões da dívida federal americana, hoje em mais de US$ 15 trilhões. O acordo fiscal de agosto passado definiu o corte de US$ 1 trilhão nas despesas correntes, já em curso. Também previu o gatilho, para o caso de o Congresso não se acertar sobre o corte de US$ 1,2 trilhão.

A ausência de acordo disparou um sinal perturbador sobre a incapacidade de democratas e republicanos aproximarem posições em um momento crítico na economia. Com o passivo em cerca de 100% do Produto Interno Bruto (PIB), os EUA enfrentam baixo crescimento e alto desemprego. Contagiados pelo ambiente eleitoral de 2012, os partidos deram outras mostras de desacerto.

No supercomitê, republicanos propuseram corte de US$ 776 bilhões nas despesas do governo e aumento de US$ 401 bilhões via reforma tributária, e não aumento de taxas. Os democratas rejeitaram a proposta, pois exigiam o fim antecipado dos benefícios fiscais aos contribuintes mais ricos, a ser extinto em dezembro de 2012.

Nas últimas semanas, os congressistas republicanos têm barrado as principais medidas do plano de estímulo da Casa Branca, cujo custo fiscal seria de US$ 447 bilhões.

Segundo Thomas Mann, analista sênior do Brookings Institution, o presidente Barack Obama tem pouca margem para decidir por decreto. "Mas, como (o ex-presidente Bill) Clinton o aconselhou, Obama deve fazer tudo o que puder."

Antes do anúncio oficial, a Casa Branca e os líderes republicanos se digladiavam pela imprensa. Em comunicado, o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, culpou Obama e os democratas pela falta de acordo. Em especial, por terem "insistido no aumento dramático de impostos para os americanos criadores de empregos" e adicionado à discussão o pacote de estímulo. "Em vez de apontar o dedo e culpar os outros, o Congresso deve agir e completar sua responsabilidade", rebate o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

A França conseguirá atingir sua meta de redução da dívida com metade do crescimento projetado para 2012, declarou o ministro das Finanças do país, Francois Baroin, numa entrevista a ser publicada amanhã no jornal local Les Echos. Os comentários ocorreram após o yield exigido por investidores para comprar bônus de 10 anos da França em relação à Alemanha terem aumentado.

De acordo com Baroin, a França alcançará seu objetivo de corte da dívida de uma projeção de 5,7% para 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, mesmo se o crescimento do PIB for 0,5% em vez da estimativa oficial do governo de 1% para o próximo ano.

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Ele disse que o erro da agência de classificação de risco Standard & Poor's Ratings na semana passada dizendo que a França foi rebaixada lançou uma dúvida prejudicial.

O ministro também reiterou a posição francesa de que o Banco Central Europeu (BCE) seria a melhor ferramenta para lutar contra a crise, mas que a Alemanha se opôs a isso, inclusive à ideia de usar o BCE para alavancar a Linha Europeia de Estabilidade Financeira (EFSF). Segundo ele, é importante que a EFSF tenha seu poder de fogo elevado para pelo menos € 1 trilhão como seguradora de primeiras perdas em bônus soberanos. Ele espera que detalhes técnicos sejam finalizados em meados de dezembro.

Baroin afirmou que os desdobramentos na Itália nas últimas duas semanas estão na direção correta e defendeu a economia do país como poderosa e sólida. As informações são da Dow Jones.

Raras vezes se viu uma demonstração tão clara do poder da caneta presidencial. Hoje, quatro dos principais governadores de oposição estiveram no Palácio do Planalto para agradecer a autorização dada pelo governo federal para que eles possam contratar novos empréstimos. Numa atitude incomum de exposição, a imprensa foi convidada a assistir ao encontro.

"Grande presidente que trabalha muito pelos paulistas, por todos os Estados e pelo Brasil", louvou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que poderá se endividar em mais R$ 7 bilhões. Não satisfeito, ele ainda apoiou a prorrogação Desvinculação de Receitas da União (DRU) pelo prazo de quatro anos.

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"Alagoas está com saudades da senhora", derramou-se o governador do Estado, Teotônio Vilela (PSDB), brindado com um limite extra de R$ 666 milhões. Ele agradeceu pela "relação parceira, republicana e extremamente respeitosa para com o nosso povo tão sofrido." O tucano Beto Richa, governador do Paraná, agradeceu pela parceria. "Tenho visto que isto se reproduz em todos os Estados, a boa relação com o governo federal. Relação republicana, relação harmoniosa e eu agradeço todos os ministros e em particular à presidenta da República pela cordialidade com que tem nos tratado." Ele poderá investir mais R$ 1,192 bilhão.

"Não chegaríamos a este momento, se não houvesse a boa vontade, trabalho coletivo e parceiro", disse o mineiro Antonio Anastasia (PSDB), que foi autorizado hoje a contratar R$ 3 bilhões. Ele fez um agradecimento específico ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e à equipe da Secretaria do Tesouro Nacional.

No mesmo diapasão, Dilma ressaltou o trabalho conjunto entre União e Estados em favor dos investimentos e do crescimento econômico. Ela comentou que a capacidade dos Estados em manter as contas em dia "demonstra que o País consegue investir e manter os princípios da estabilidade". Para ela, isso é sinal de "grande maturidade institucional".

Mantega comentou que os Estados ajudarão a fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer, com isso arrecadarão mais e assim será estabelecido um ciclo virtuoso. No total, sete Estados foram autorizados ontem a contratar novos empréstimos no total de R$ 21,3 bilhões. Há duas semanas, outros dez Estados obtiveram o mesmo tratamento, de forma que o total autorizado até agora é de R$ 37 bilhões.

Enquanto os oposicionistas elogiaram e agradeceram, um dos principais aliados de Dilma, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi a única ausência da festa, mas mesmo assim teve seu limite ampliado em R$ 6 bilhões. Retido no Estado devido a manifestações contra a nova divisão de royalties do petróleo, que está em discussão no Congresso, ele não compareceu, o que foi lamentado por Dilma. Cabral quer que a presidente vete o texto, se for aprovado como está. Ela resiste.

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, foi autorizada a contratar mais R$ 2 bilhões. Ela saiu antes do final da reunião.

Outro aliado, o petista Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, disse que a reunião, numa sala pequena e apinhada de jornalistas, era modesta para a importância do ato. Ele poderá contratar mais R$ 1,467 bilhão em dívidas. "É modesta, mas R$ 37 bilhões são R$ 37 bilhões", rebateu Dilma.

A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy pressionaram o primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi a adotar medidas para reduzir o alto nível de endividamento de seu país. Preocupados com a possibilidade da Itália ter que apelar para os mercados financeiros em função disso, Merkel e Sarkozy encontraram-se com Berlusconi e disseram a ele para "fazer sua lição de casa", como qualquer outro membro da zona do euro.

Merkel afirmou hoje que proteção contra o contágio financeiro não pode ser garantido através de um "firewall", mas com uma política fiscal que tenha credibilidade. "A Itália tem uma grande força econômica, mas também uma dívida pública alta que tem de ser reduzida nos próximos anos de maneira que garanta a credibilidade", disse ela.

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Tanto Sarkozy quanto Merkel disseram a repórteres que estão satisfeitos com o progresso feito durante o encontro de hoje na cúpula e que as discussões foram positivas considerando a complexidade das questões levantadas.

A transformação do Fundo de Estabilidade Financeira da Europa em um banco, a opção apoiada pela França para aumentar o seu tamanho, não foi discutida neste domingo porque, segundo Sarkozy, ela não teria o apoio de todas as instituições envolvidas e nem do Banco Central Europeu. A recapitalização dos bancos do bloco será discutida na quarta-feira. As informações são da Dow Jones.

A zona do euro está trabalhando em uma reestruturação mais profunda da dívida da Grécia do que a determinada pelo acordo fechado em 21 de julho e pretende nomear uma autoridade para negociar com os detentores privados de bônus gregos, segundo informações de ministros de Finanças do bloco.

"Nós estamos trabalhando em um '21 de julho ampliado'" para a Grécia, afirmou o ministro de Finanças grego, Evangelos Venizelos, a caminho da reunião de ministros da União Europeia que acontece nesta manhã em Bruxelas. Na reunião de 21 de julho, os credores da Grécia decidiram fazer uma proposta que exigiria perdas (haircut) de 21% no valor líquido de ativo dos bônus gregos detidos pelo setor privado como parte de um pacote de ajuda financeira de 109 bilhões de euros.

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No entanto, agora as discussões giram em torno de um haircut de cerca de 60%. Os ministros de Finanças europeus também pretendem chegar a um acordo hoje sobre meios de recapitalizar os bancos do continente para que eles possam suportar prejuízos maiores. É preciso haver um "haircut substancial" para os credores privados da Grécia, declarou o ministro de Finanças da Suécia, Anders Borg.

A ministra de Finanças da Áustria, Maria Fekter, por sua vez, informou que a zona do euro está em processo para fechar um acordo sobre um mandato concreto para uma autoridade negociar com os credores privados da Grécia uma contribuição maior deles para o segundo pacote de resgate grego. A Grécia já havia recebido ajuda financeira internacional em maio do ano passado. As informações são da Dow Jones.

Uma boa oportunidade para as pessoas que compraram apartamentos financiados junto a Caixa Econômica Federal (CEF), estão em débito com o banco e  querem resolver as dependências financeiras. Nesta segunda-feira (15), a Justiça Federal realizará um Mutirão do Sistema de Financiamento da Habitação (MFH). Por meio dele, as quase 600 famílias que compraram o imóvel com financiamento do banco poderão renegociar a dívida.

Segundo os organizadores, a expectativa é que 586 contratos, já agendados, sejam apreciados durante os dias de audiência. Durante o mutirão, nove mesas de conciliação trabalharão simultaneamente para atender uma demanda de oito audiências por dia. Logo, nove servidores de varas, nove conciliadores voluntários e dez magistrados estão à disposição. A expectativa é que a duração de cada audiência chegue a, no máximo, 45 minutos e que, ao final, pelo menos 60% dos casos tenham sido resolvidos.

O mutirão ocorre até o próximo dia 26 de agosto, das 12h às 18h, no 10º andar do edifício-sede da Justiça federal, na avenida Recife, 6250, bairro de Jiquiá.  Informações: conciliar@jfpe.jus.br

Depois de conversar com a presidente Dilma Rousseff sobre a dívida da Prefeitura de São Paulo, que passou de R$ 46 bilhões, e pleitear a redução dos juros da dívida de 9% para 6%, Gilberto Kassab disse que saiu do Palácio do Planalto, "animado". Segundo Kassab, não só a presidente Dilma, no encontro desta sexta-feira, como os representantes da área econômica, com os quais se reuniu anteriormente, "se mostraram muito sensibilizados" com a situação da Prefeitura.

"Saio feliz e confiante até pelo conhecimento que ela mostrou em relação a São Paulo", comentou Kassab, ao classificar a dívida municipal como "impagável". Ao se queixar do valor dos juros, Kassab lembrou que, somente este ano, a Prefeitura pagou R$ 4 bilhões da dívida que, em 2000, era de R$ 10,4 bilhões. Hoje, comentou, a dívida chegou a R$ 46,26 bilhões, e deste total a Prefeitura já pagou R$ 14,6 bilhões, sendo R$ 4 bilhões este ano.

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O prefeito de São Paulo, ao reclamar do valor da dívida, aproveitou para criticar a ex-prefeita petista Marta Suplicy. "A prefeita Marta, e isso foi um erro, depois de 30 meses, poderia ter quitado 20% da dívida e os juros, então, passariam a 6%. Ao não quitar, os juros passaram a 9%. Com isso, a dívida cresceu e ficou impagável", declarou Kassab, ao citar que esta negociação que está pleiteando é para beneficiar a cidade e seu sucessor, seja ele quem for.

"O meu sucessor vai ter muita dificuldade, seja ele quem for, além dos próximos prefeitos, porque são 30 anos de pagamento de dívidas", comentou ele, justificando que a dívida não era dele e que ele apenas estava honrando seus pagamentos, como fará até o último dia de seu governo. Kassab afirmou que a Prefeitura de São Paulo "está saudável, mas com capacidade de investimento muito baixa". Acrescentou que, "caso seja viabilizada esta possibilidade (de redução dos juros da dívida), teríamos luz bastante forte no fim do túnel".

O rebaixamento da classificação de crédito dos Estados Unidos está adicionando mais pressão sobre a China para deixar a sua condição de economia apoiada em exportações, que produziu montanhas de reservas internacionais em dólares declinantes, embora os políticos chineses, assim como aqueles em Washington, frequentemente resistam ao confronto de decisões políticas duras necessárias para conduzir mudanças.

Alguns analistas dizem que a dura retórica chinesa voltada aos EUA, após o rebaixamento do rating pela Standard & Poor's, demonstra o desejo de Pequim de desafiar a liderança econômica mundial dos EUA, que a China acredita estar em declínio inexorável.

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Analistas também dizem que os comentários chineses são destinados a abrandar as críticas de que o gerenciamento econômico do governo chinês permitiu a elevação das reservas locais para mais de US$ 3 trilhões - de longe a maior reserva internacional do mundo.

Em um editorial neste sábado, a agência estatal de notícias Xinhua classificou o rebaixamento como uma "conta vencida que a América tem de pagar por seu próprio vício em dívida e política míope em Washington". O editorial também renovou a demanda de Pequim por uma "reserva cambial global nova, estável e segura".

Treasuries - O rebaixamento é uma pancada, em particular, para a China, uma vez que é o maior detentor de títulos dos EUA, em grande parte como resultado da política chinesa de encorajar as exportações, restringindo o valor do yuan e usando os dólares para comprar Treasuries, único mercado mundial profundo e líquido o bastante para comprar compras em tal escala.

Os líderes chineses têm mostrado publicamente preocupação sobre a segurança dos Treasuries que detêm, hoje estimados em US$ 1,2 trilhão. O rebaixamento pela S&P dá a eles mais para se preocupar. "É um despertar para a China", disse Zhao Qingming, analista do China Construction Bank, um dos quatro maiores bancos estatais do país. "A China deveria tentar balancear sua conta corrente o mais cedo possível".

Zhao diz que se a China mantiver seu superávit comercial, que ficou em cerca de US$ 22,3 bilhões em junho, segundo os dados mais recentes, teria poucas escolhas a não ser continuar comprando Treasuries.

A recusa de Pequim em permitir apreciação mais rápida da moeda, dizem analistas, reflete temor quanto a um forte impacto sobre a economia.

"Está claro que a China precisa se reequilibrar, e está claro que o reequilíbrio será doloroso", disse Michael Pettis, professor da Peking University. O rebaixamento do crédito dos EUA, ele disse, "pode dar munição para aqueles na China que veem necessidade de reequilíbrio".

Yuan - Desde que a China retomou o processo de revalorização da moeda no verão passado, o yuan, também conhecido como renminbi, subiu 6% ante o dólar. Mas, o yuan já se depreciou contra grande parte de outras moedas durante o mesmo período, incluindo o euro e o iene.

Li Daokui, conselheiro do PBoC (BC chinês), escreveu em seu blog que a decisão da S&P, embora "razoável", faria diversos investidores vender dívida norte-americana, resultando em "turbulência" nos mercados financeiros globais. Ele previu que o rebaixamento faria o Federal Reserve (o BC dos EUA) lançar uma terceira rodada de compras de bônus para estabilizar os juros de longo prazo. "Devemos estar preparados do nosso lado", disse Li, sem detalhar o que isso significa. O material está no site do Wall Street Journal, citado pela Dow Jones. As informações são da Dow Jones.

Representantes do G-20, grupo das principais nações industrializadas e emergentes, realizaram teleconferência para discutir possível ação coordenada para minimizar a volatilidade nos mercados depois do rebaixamento da classificação soberana dos Estados Unidos, disse um oficial sul-coreano.

Os vice-ministros das Finanças do G-20 conversaram, na manha de hoje, segundo uma fonte sul-coreana. Não houve detalhes, mas o oficial disse que "sérias discussões" prosseguem, à medida que o G-20 busca conter uma ruptura nos mercados, em face do rebaixamento do rating soberano dos EUA e da turbulência no endividamento europeu.

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A teleconferência parece marcar o primeiro esforço para coordenação política entre as principais economias desde o rebaixamento dos EUA pela Standard & Poor's, na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.

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