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O Instituto Butantan avaliou como promissores os primeiros resultados de estudo realizado com a vacina única contra a Covid-19 e contra a gripe, já que os testes preliminares mostraram que o imunizante produz anticorpos contra o vírus da gripe e contra o SARS-CoV-2. 

Segundo o instituto, os testes em humanos da vacina única podem começar em até um ano. Atualmente, o imunizante a está em fase de testes em modelos animais que, após imunização, produziram anticorpos reagentes às três cepas do vírus influenza (H1N1, H3N2 e B), além do novo coronavírus (Covid-19). 

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A vacina inclui a formulação da ButanVac, imunizante produzido pelo Butantan contra a Covid-19 que está sendo avaliado em ensaios clínicos e será produzido no Brasil, e da vacina contra a influenza, também produzida pelo instituto e que abastece o Programa Nacional de Imunizações (PNI). 

Conforme explicou o diretor de Produção do Butantan, Ricardo Oliveira, em nota divulgada pelo instituto, os estudos ainda são iniciais e estão na chamada prova de conceito, quando se coletam resultados de análises feitas em amostras não humanas. No entanto, diante dos desdobramentos positivos, ele vê a possibilidade de começar os ensaios clínicos, ou seja, os testes em humanos, neste prazo de até um ano. 

Com a ButanVac, por exemplo, os testes em humanos começaram um ano após a finalização da prova de conceito. “O que facilita o processo é que estamos misturando produtos bem conhecidos pelo Butantan: a vacina da influenza, que temos conhecimento de muitos anos, e a ButanVac, que apesar de recente, usa a mesma plataforma da influenza”, explicou Oliveira. 

 Segundo o diretor, os pesquisadores estão estudando a interação, fazendo os exames de estabilidade e ele avalia que os primeiros resultados são bons.

Uma nova remessa com 317.400 doses do imunizante da Janssen chegaram ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre em dois voos na madrugada desta sexta-feira (04), às 0h20 e 1h20.

Seguindo a recomendação do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação, estas vacinas devem ser utilizadas, na população com mais de 18 anos, como dose de reforço tanto para aqueles que tomaram a dose única do imunizante, como para quem tomou as duas doses de outros fabricantes, além de início de novos esquemas vacina.

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Os 67 volumes recebidos estão na sede do Programa Estadual de Imunizações (PEI) para conferência e destinação aos municípios, já neste sábado (5). Após o encaminhamento para as Gerências Regionais de Saúde (Geres), os quantitativos ficarão à disposição dos gestores locais para retirada e utilização em suas campanhas. Esta é a sétima remessa do fabricante recebida no Estado.

DOSES RECEBIDAS

Do início da campanha, em 18 de janeiro de 2021, até o momento, Pernambuco já recebeu 18.650.283 doses de vacinas contra a Covid-19. Desse total, foram 5.044.420 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz; 4.287.253 da Coronavac/Butantan; 8.138.520 da Pfizer/BioNTech; 291.300 doses da vacina pediátrica da Pfizer; 265.880 doses da vacina da Coronavac/Butantan para as crianças e 622.910 da Janssen.

Com informações da assessoria

O Ministério da Saúde planeja vacinar o público de 18 a 60 anos com uma dose de vacina contra a Covid-19 e aplicar a segunda dose apenas nas pessoas acima de 60 anos e nos imunossuprimidos em 2022. A estratégia foi detalhada nesta sexta-feira (8) por Rodrigo Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde.

Apesar do anúncio, Cruz enfatizou que o planejamento pode mudar, caso haja inclusão de novos públicos no cronograma de imunização. Ele citou, por exemplo, a possibilidade de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar a aplicação da vacina para pessoas abaixo de 12 anos, que precisariam receber duas doses.

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"Diversas são as dúvidas e as respostas não estão claras ainda (sobre o público-alvo da vacinação). Traçamos cenários, mas é importante que esses cenários sejam alterados a novas realidades que, porventura, surjam", explicou Cruz.

Ainda segundo ele, a vacinação será feita em 2022 apenas por faixa etária decrescente, sem públicos prioritários, como ocorreu este ano. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, enfatizou novamente que a pasta vai priorizar a compra apenas de imunizantes com registro definitivo da Anvisa, caso da Pfizer e da AstraZeneca - a medida deixaria de fora a Coronavac e a Janssen, imunizantes que possuem apenas autorização para uso emergencial.

De acordo com Cruz, o investimento do governo federal em vacinas para 2022 será de R$ 11 bilhões. Ele também reforçou a fala de Queiroga de que o ministério está em fase final de negociações para compra de 100 milhões de doses da Pfizer, com possibilidade de aquisição de mais 50 milhões.

A Índia aprovou o uso da vacina de dose única contra o coronavírus da Johnson & Johnson para acelerar sua campanha de vacinação, como uma medida de emergência por medo de uma nova onda de infecções.

O ministro da Saúde, Mansukh Mandaviya, disse que a medida fortalecerá a luta contra a pandemia na Índia, onde pelo menos 200 mil pessoas morreram em uma onda brutal que durou dois meses até meados de junho.

"A Índia expande sua cesta de vacinas! Vacina de dose única contra a covid-19 da Johnson & Johnson aprovada para uso emergencial na Índia", anunciou o ministro no Twitter.

Nenhuma indicação foi dada sobre quando essas doses serão enviadas para a Índia, um país de 1,3 bilhão de pessoas que já injetou 500 milhões de doses.

No entanto, apenas 8% da população recebeu duas injeções.

A Índia continua sendo um dos países mais afetados pela pandemia, com mais de 32 milhões de casos confirmados e 427.000 mortes.

Mas levando em consideração que nem todos os casos são declarados, os especialistas estimam que os números sejam muito maiores.

Além disso, eles alertaram sobre os perigos da lenta taxa de vacinação, que coloca a Índia em risco de uma nova onda de infecções.

O número de novos casos e mortes começou a aumentar nas últimas duas semanas.

A Rússia anunciou nesta quinta-feira (6) a homologação de uma versão "light" de sua vacina contra a Covid-19, a Sputnik V, que é administrada em uma única dose contra duas em sua versão original.

A homologação foi anunciada ao mesmo tempo pelos criadores da vacina e pela vice-primeira-ministra russa responsável pela Saúde, Tatiana Golikova, durante encontro com o presidente Vladimir Putin, transmitido pela televisão.

De acordo com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), que financia o desenvolvimento da vacina, a Sputnik Light tem 79,4% de eficácia, ante 91,6% da versão em duas doses.

"A vacina Sputnik Light é baseada em uma plataforma de vetor adenoviral humano bem estudada que se mostrou segura e eficaz", garantiu o RDIF em um comunicado, acrescentando que o custo desta versão da injeção será "inferior a 10 dólares".

De acordo com Alexandre Guintsbourg, diretor do centro de pesquisas moscovita Gamaleya - responsável pela vacina russa - a Sputnik Light vai permitir "uma imunização mais rápida de grupos populacionais maiores, além de apoiar altos níveis de imunidade em quem já foi contaminado".

O diretor do RDIF, Kirill Dmitriev, também citado no comunicado, acredita que esta versão "reduz significativamente a probabilidade de casos graves que levam à hospitalização".

Segundo ele, a Sputnik V de duas doses "continuará sendo a principal fonte de vacinação na Rússia, enquanto a Sputnik Light será exportada".

A Rússia se orgulha de ter sido o primeiro país a licenciar uma vacina contra o coronavírus - em agosto de 2020 -, um anúncio então considerado prematuro no exterior, uma vez que foi feito antes mesmo do início dos ensaios clínicos em massa (fase III) e da publicação dos resultados científicos.

Em fevereiro, a prestigiosa revista médica The Lancet observou que a Sputnik V era 91,6% eficaz, dissipando as dúvidas sobre sua confiabilidade.

Sem ser capaz de produzir o suficiente e desejar dedicar sua produção prioritariamente para sua população, a Rússia entregou até agora apenas quantidades reduzidas fora de seu território.

No final de abril, a Anvisa recusou-se a aprovar a vacina russa, justificando que ela carregava uma versão ativa de um vírus comum causador de resfriados em razão de uma anomalia de fabricação.

Os criadores da Sputnik V denunciaram uma recusa de natureza "política" e ameaçaram a agência brasileira com uma ação judicial por difamação.

De acordo com o centro Gamaleya, mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo receberam uma primeira dose da Sputnik V.

A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) autorizou neste sábado (27) o uso emergencial da vacina de dose única desenvolvida pela Janssen-Cilag, o laboratório belga que pertence à Johnson & Johnson.

Este é o terceiro imunizante aprovado no país, depois das doses da Pfizer-BioNTech e Moderna, e poderá ser aplicado em adultos com 18 anos ou mais. A aprovação abre caminho para a autorização em outros países.

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A expectativa é de que milhões de americanos sejam vacinados já nas próximas semanas com o medicamento que teve 66% de eficácia contra casos considerados moderados e graves. Além disso, os testes indicaram um nível de proteção de 85% somente nos pacientes graves.

A J&J prometeu fornecer aos Estados Unidos 100 milhões de doses de sua vacina até o final de junho. A quantidade irá se somar aos 600 milhões de ampolas prometidas pela Pfizer-BioNTech e pela Moderna até o final de julho. No geral, haverá doses suficientes para imunizar todos os adultos americanos.

A vacina usa um adenovírus de resfriado inativo para levar ao corpo instruções genéticas de como produzir a proteína spike, espécie de coroa de espinhos que o Sars-CoV-2 utiliza para atacar as células. Por usar um método mais tradicional de produção, o imunizante pode ser mantido em temperaturas de 2°C a 8°C, valores de uma geladeira comum.

Da Ansa

As autoridades de saúde francesas recomendaram nesta sexta-feira (12) "oferecer apenas uma dose" da vacina contra a Covid-19 para pessoas "que já tiveram uma infecção" com o coronavírus, tornando-se assim o primeiro país a fazer tal recomendação.

Pessoas curadas da Covid-19 "já desenvolveram memória imunológica durante a infecção. A dose única da vacina terá, portanto, um papel de lembrete", explicou a Alta Autoridade em Saúde (HAS) em seu parecer, que ainda não recebeu o aval do governo.

A autoridade também recomendou esperar "mais de três meses" após a doença, "e de preferência seis meses", antes de injetar essa dose única.

"Até à data, nenhum país se posicionou claramente sobre uma vacinação de dose única para pessoas que contraíram a Covid-19 antes da vacinação", ressaltou o organismo.

Nos últimos dias, essa solução foi mencionada em diversos estudos realizados nos Estados Unidos e na Itália, mas que ainda não foram avaliados por outros cientistas.

Além dos benefícios para a saúde, os pesquisadores por trás destes trabalhos apontaram que administrar uma única dose em pessoas que já estiverem doentes poderia economizar doses em um contexto de oferta restrita.

O governo francês geralmente segue o conselho da Autoridade de Saúde. No final de janeiro, porém, considerou que o tempo entre as duas doses da vacina Pfizer não poderia ser aumentado, contrariando a recomendação feita alguns dias antes pela HAS.

As autoridades sanitárias apostam muito no avanço da campanha de vacinação para enfrentar a situação epidêmica que continua complexa, mas o caminho ainda é longo: até quinta-feira, 2.135.333 pessoas haviam recebido pelo menos uma dose da vacina na França, das quais 535.775 pessoas receberam duas doses.

Desde o início da pandemia de Covid-19, 3,4 milhões de casos de infecções confirmadas foram registrados na França. Provavelmente, mais pessoas contraíram o vírus, especialmente durante a primeira onda, quando os testes não estavam amplamente disponíveis.

As três vacinas contra a Covid-19 atualmente autorizadas na União Europeia (Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca/Oxford) exigem duas doses para serem totalmente eficazes em pessoas que nunca tiveram contato com o vírus.

Já a da Johnson & Johnson, em análise pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), exige uma única injeção.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está recomendando que a vacina da Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca, seja aplicada ao menos num primeiro momento em dose única, e não em duas como diz o fabricante. A intenção é que se tenha mais imunizantes para vacinar um maior número de pessoas. O ministério da Saúde, por outro lado, considera que a imunização deve seguir o que preconiza a Oxford/AstraZeneca.

A aplicação em dose única foi sugerida pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, em entrevista a GloboNews. "Nós já temos uma comprovação da eficácia de 73% por 120 dias a partir da primeira dose. Tratamos a segunda dose quase como um reforço", disse na quinta-feira, 21.

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"Nossa recomendação, e é um programa que está sendo utilizado pela Inglaterra e pela maioria dos países, é realmente aproveitar essa característica da vacina e fazer uma vacinação mais rápida, para distribuir doses para mais pessoas num primeiro momento, para que a gente possa diminuir a carga viral populacional, e com isso diminuir a transmissão da doença", sustentou Krieger.

Na terça-feira, dia 19, o Ministério da Saúde encaminhou ofício ao Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasem) alertando para a necessidade de que se cumpram as diretrizes estabelecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O programa prevê ciclos de vacinação de acordo com os grupos prioritários, que são definidos em estudos populacionais. Segundo o ministério, todas as unidades de saúde do País devem cumprir o que rege o PNI a fim de que o Brasil tenha doses suficientes para imunizar "com as duas doses previstas neste primeiro ciclo" da campanha de vacinação.

Nesta sexta-feira, em nota à reportagem, o ministério reiterou o posicionamento. "O PNI prevê que os cidadãos recebam inicialmente o quantitativo de doses preconizado por cada laboratório produtor", informou a pasta. "É importante ressaltar que, conforme já divulgado, o plano é dinâmico e será adaptado - se necessário - à medida em que tivermos vacinas aprovadas e incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) - de forma a atender a população brasileira", sustentou.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, "a imunização levará em conta as especificidades técnicas de cada vacina - sempre de acordo com as bulas e respeitando as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)".

Com o atraso na chegada de insumos vindos da China, a Fiocruz adiou de fevereiro para março a previsão de entrega das primeiras doses da Oxford/AstraZeneca que serão produzidas no Brasil.

A Faculdade de Medicina da UFMG será uma das responsáveis pelo ensaio clínico da vacina candidata contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, conhecida como Ad26.COV2.S. A instituição será responsável por testar a candidata à vacina em até dois mil participantes. A testagem terá início na próxima semana.

O estudo faz parte da fase 3 da vacina candidata da Johnson & Johnson. Nas etapas anteriores, foram realizados testes que avaliaram sua segurança e imunogenicidade (capacidade de gerar respostas) em voluntários sadios – esta última etapa antecede o registro nas agências reguladoras para uso pela população geral.

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O imunizante utiliza como vetor um adenovírus humano, sem capacidade de replicação, no qual se insere o material genético do SARS-CoV-2. Trata-se de uma vacina muito promissora pela potência imunogênica, de acordo com os resultados dos primeiros testes. Já se sabe que uma única dose é suficiente.

Podem se candidatar pessoas com mais de 18 anos de idade, sem limite superior de idade, por meio de preenchimento de formulário na internet. Haverá divisão por grupos, de acordo com as etapas da pesquisa.

Inicialmente, a vacina será testada em pessoas sem patologias prévias, em grupos com menos ou mais de 60 anos. Após constatada a segurança do produto, haverá a segunda etapa com a testagem em pessoas da mesma faixa etária (grupo de 18 a 60 anos e o grupo com mais de 60 anos), mas com alguma comorbidade (obesidade, problemas cardíacos, hipertensão arterial, entre outras).

Um diferencial desse estudo é que a seleção não estabelece critério de ocupação profissional, como ser profissional da saúde. A prioridade é alcançar pessoas que corram mais risco de infecção pelo vírus. Espera-se ainda que o conjunto de voluntários recrutados reflita ao máximo a diversidade populacional, segundo variáveis como faixa etária, condição social, raça e gênero.

Duplo cego

Como é comum em outros estudos de avaliação da eficácia de um produto, haverá um grupo comparador. Isso significa que os participantes serão divididos por sorteio entre aqueles que receberão placebo e os que receberão a candidata à vacina. Este é um estudo duplo-cego, em que nem os pacientes nem os investigadores sabem o que receberam. Todos serão acompanhados por 24 meses. Após a confirmação da eficácia da vacina, os pacientes voluntários que tomaram o placebo terão prioridade para receber o imunizante.

Por meio deste documento, o interessado precisa responder sobre a disponibilidade de comparecer ao Hospital das Clínicas da UFMG, onde será feita a aplicação da vacina.

Com informações do Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina

A vacina contra a dengue do Instituto Butantã, que teve a última fase para testes em humanos liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como revelado nesta sexta-feira, 11, pelo jornal O Estado de S.Paulo, será testada em 13 cidades, incluindo Recife, Manaus, Belo Horizonte e Porto Alegre. São Paulo será o primeiro município a ter as doses. Segundo o instituto, 17 mil voluntários, em todo o País, participarão do processo e a estimativa é de que a vacina esteja até 2017 na rede pública. A dose será única e capaz de proteger contra os quatro tipos de dengue.

O primeiro passo agora será o recrutamento dos participantes, que serão acompanhados em 14 centros de pesquisa. Os trabalhos nas unidades não começarão ao mesmo tempo, e os voluntários serão monitorados durante cinco anos. Na capital, os estudos vão ser realizados na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

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"Pelos dados que temos da fase 2, o nível de anticorpos está elevado, o que nos faz pensar que (a eficácia) é muito grande. O tempo (de duração do teste) vai depender de quanto vamos demorar para recrutar, mas muita gente quer participar", explicou Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantã.

Segundo ele, cartazes com explicações sobre o teste serão colocados nos centros de pesquisa. Pontos avermelhados no corpo e dor de cabeça estão entre os sintomas que podem aparecer em pacientes. Embora a vacina seja produzida com o vírus da dengue enfraquecido, os voluntários não correm o risco de ter a doença.

Por faixa etária

O Instituto Butantã dividiu os testes em três faixas etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos. "Os testes serão feitos da maior para a menor faixa (ou seja, dos idosos para as crianças), o que contribui para a segurança do experimento. Dois terços dos participantes vão receber a vacina e um terço receberá placebo (concentrado que não contém medicamento)", disse o secretário de Estado da Saúde, David Uip.

O investimento para essa etapa da pesquisa deve superar os R$ 200 milhões, de acordo com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que esteve nesta sexta no lançamento da nova etapa. "A fase 3 pode chegar a R$ 270 milhões, porque deve ter um acompanhamento muito rigoroso, envolve um grande número de médicos e as pessoas precisam ter uma análise clínica antes, durante e depois."

Produção

Segundo David Uip, uma reunião será realizada na próxima segunda-feira com empresas nacionais e multinacionais para abordar a produção em larga escala da vacina. "Estamos diante de uma vacina estratégica para o País e para o mundo. Se isso se comprovar, a nossa escala de produção tem de ser em nível e perfil mundial."

Sem dar detalhes, ele afirmou que também há planos para a produção de uma vacina contra o zika. "O instituto já está se preparando para elaborar um protocolo em busca de uma vacina tanto para chikungunya como também para zika vírus."

Apresentado em abril na Anvisa, o pedido foi analisado "em regime de prioridade", segundo o órgão federal, por se tratar de um tema de relevância para a saúde pública. A solicitação foi feita antes mesmo da conclusão da fase 2 dos estudos, que só aconteceu em junho deste ano.

Uma única dose da vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), causador de 70% dos cânceres de colo do útero, poderia bastar para desenvolver uma imunidade de longa duração, ao invés das três recomendadas, revelou um estudo publicado nesta segunda-feira (4).

"Constatamos que os níveis de anticorpos para as duas cepas virulentas do HPV, 16 e 18, nas mulheres vacinadas com uma única dose permaneceram no sangue até quatro anos", disse Mahboobeh Safaeian, do Instituto Nacional do Câncer (NCI) em Bethesda (Maryland, leste dos EUA), autora do estudo.

"Esses resultados questionam as recomendações atuais segundo as quais a vacina contra o HIV requer doses múltiplas para gerar uma resposta imunológica de longa duração", disse esta especialista em doenças infecciosas, cujo estudo foi publicado na revista Cancer Prevention Research.

Safaeian disse que é preciso realizar mais estudos antes de decidir alguma mudança, mas considerou que "esta descoberta é promissora para fazer campanhas de vacinação mais simples e baratas, com chances de ser implementadas em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento, onde ocorrem mais de 85% dos cânceres de colo de útero e onde a doença é uma das principais causas de morte relacionadas ao câncer".

O estudo se baseia nos resultados de um teste clínico financiado pelo NCI para testar a eficácia da vacina Cervarix, do laboratório britânico GlaxoSmithKline, realizado em 7.500 mulheres de 18 a 25 anos na Costa Rica. Embora todas devessem receber as três doses recomendadas da vacina em diferentes momentos, isso não foi feito com 20% das participantes, explicaram os pesquisadores.

Assim, foram analisadas amostras de sangue de um grupo de 78 jovens que receberam uma dose única, em comparação com grupos de 120 a 192 mulheres que receberam duas ou três doses, como estava previsto.

Eles descobriram que todas as mulheres dos três grupos tinham anticorpos contra as cepas virulentas 16 e 18 do HPV. Esses anticorpos permaneceram no sangue durante o máximo de quatro anos, que é aproximadamente o tempo que os cientistas esperavam que a vacina fosse eficaz.

Os níveis de anticorpos também mostraram um comportamento estável no tempo, apesar de serem sutilmente inferiores no grupo da dose única, o que sugere que estas "são respostas duradouras", informou o estudo.

O HPV pode causar câncer cervical (uterino), anal e orofaríngeo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer cervical é o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres de todo o mundo e causa 500.000 novos casos e 250.000 mortes ao ano.

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