Tópicos | fase 3

A empresa biofarmacêutica suíça AC Immune apresentou, nesta terça-feira (31), resultados encorajadores de testes clínicos sobre um estudo de tratamento para a doença de Alzheimer, em um estágio intermediário de pesquisa.

Em um estudo de fase II, que corresponde ao estágio intermediário dos ensaios clínicos, o tratamento experimental denominado semorinemab demonstrou uma redução de 43,6% no declínio cognitivo após 49 semanas em pacientes leves a moderadamente afetados pela doença, informou a empresa em um comunicado.

O segundo principal critério de avaliação do estudo, que diz respeito à perda funcional nas atividades diárias, não foi atingido, afirma esta empresa biofarmacêutica especializada em doenças neurodegenerativas.

Intitulado Lauriet, este estudo realizado em parceria com a Genentech, subsidiária americana da gigante farmacêutica suíça Roche, busca avaliar esse tratamento que visa uma parte da proteína tau.

Nas taupatias (doenças neurodegenerativas), como a doença de Alzheimer, a proteína tau apresenta funcionamento anormal e forma emaranhados que causam dano celular e, em última instância, morte neuronal.

Supõem-se que a proteína tau anormal se espalha entre os neurônios, envolvendo progressivamente mais áreas do cérebro.

O semorinemab, um anticorpo monoclonal antitau experimental, foi desenvolvido para se ligar à tau e reduzir sua disseminação entre os neurônios, explica a empresa suíça no comunicado.

No estudo, esse tratamento é avaliado em relação a um placebo entre 272 pessoas distribuídas em 43 centros de pesquisa em todo o mundo.

"Esta é a primeira vez que observamos um efeito terapêutico do tratamento com anticorpos monoclonais antitau", acrescentou.

"Apesar desses resultados interessantes, continuamos cautelosos sobre o que isso pode significar para os pacientes", ponderou.

E observou que "este ensaio em pequena escala é relativamente curto" e durou 49 semanas quando a doença de Alzheimer é uma doença crônica de início lento.

/vog/eg/pc/mr

A farmacêutica Biomm informou, em fato relevante na segunda-feira, 2, que recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar o estudo clínico de fase 3 do anticorpo monoclonal leronlimab no Brasil contra a covid-19.

De acordo com o CEO da companhia, Heraldo Marchezini, os testes ajudam a esclarecer as informações necessárias para encontrar uma nova alternativa no tratamento da covid-19 em pacientes internados.

##RECOMENDA##

A investigação será realizada em 35 centros de pesquisa com 612 pacientes que se encontram hospitalizados e com necessidade de suporte para oxigenação. O objetivo do medicamento, segundo a farmacêutica, é impedir que a doença evolua para um caso mais grave, com necessidade de ventilação mecânica invasiva.

O leronlimab age para prevenir uma resposta excessiva do sistema imunológico de pacientes infectados com o novo coronavírus, reduzindo a superprodução de citocinas inflamatórias, também conhecidas como "tempestade de citocinas". "Esta tempestade inflamatória, que agrava a condição clínica significativamente, pode, muitas vezes, levar o paciente a óbito", declara a Biomm.

O ensaio clínico será conduzido pela Academic Research Organization (ARO) do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em colaboração com a CytoDyn, empresa americana responsável pelo desenvolvimento do medicamento, e a Biomm, parceira exclusiva para a comercialização do leronlimab no Brasil.

O brasileiro já se habituou a usar máscara e álcool em gel e manter distanciamento social. Mas é importante, mesmo após ter recebido a vacina contra a Covid-19, que esses cuidados sejam mantidos. É com esse mote que o consórcio de veículos de imprensa, formado pelo jornal O Estado de S. Paulo, TV Globo, G1, GloboNews, O Globo, Extra, Folha de S.Paulo e UOL, lança, nesta segunda-feira (19), a terceira fase da campanha 'Vacina Sim', com filmes para TV, ação nas redes sociais e peças para as mídias digitais e impressas.

Haverá ainda o reforço da mensagem com a participação de mais de 70 marcas associadas.

##RECOMENDA##

"Esta fase reforça o propósito da criação do consórcio, que é o combate à desinformação. Agora mostrando a necessidade de manter as medidas necessárias", afirma Ricardo Villela, diretor de Jornalismo da Globo.

"O avanço da vacinação, ainda muito lento, é fundamental para reduzirmos o número de vítimas e para que a economia seja reativada, gerando empregos. Não há outro caminho e vamos seguir priorizando essa campanha por quanto tempo for necessário", destaca João Caminoto, diretor de Jornalismo do Grupo Estado.

Como ressalta o diretor de Redação da Folha de S.Paulo, Sérgio Dávila, esse trabalho cumpre também um papel importante "em um momento em que brasileiros estão deixando de tomar a segunda dose, não completando, assim, o ciclo necessário de imunização".

"A campanha, que sempre teve o objetivo de informar, amplia essa proposta chamando novos atores da sociedade para unir forças contra a desinformação, incentivando o autocuidado e o cuidado ao próximo", diz Manuel Falcão, diretor de Marca e Comunicação da Globo.

Entre esses apoiadores está a Rádio CBN. Segundo seu diretor executivo de Jornalismo, Pedro Dias Leite, "a informação é uma das principais armas para combater a pandemia". "Estamos engajados em conscientizar e orientar nossos ouvintes, em parceria com o consórcio, para ajudar o Brasil a superar essa tragédia o quanto antes."

Murilo Garavello, diretor de conteúdo do UOL, destaca o alcance que a campanha já atingiu. "Enquanto a gestão da saúde no País acontece de forma descoordenada, com mensagens difusas, o esforço e as ações estruturadas do consórcio com a campanha #VacinaSim têm se provado essenciais para conscientizar a população."

Alan Gripp, diretor de O Globo, afirma que "a união das maiores redações do País criou uma fonte vital de dados para a elaboração de políticas públicas de combate à Covid-19". "E jogou luz sobre a relevância de informações confiáveis em tempos de fake news."

Histórico

A campanha 'Vacina Sim' teve início em janeiro, com a proposta de conscientizar a população sobre a importância da vacina.

A segunda etapa contou com a participação de jornalistas, colunistas, atores e apresentadores de TV.

A Precisa Medicamentos, que representa o laboratório indiano Bharat Biotech no Brasil, anunciou nesta quarta-feira (3) o termo de cooperação científica com o Instituto Israelita Albert Einstein de Ensino e Pesquisa (IIAEEP) para realizar, no País, os estudos de fase 3 da vacina Covaxin.

Segundo o instituto, os testes devem começar em março e durar de 45 a 90 dias, com previsão para resultado em maio. Serão 3 mil voluntários testados em 3 centros de referência no Brasil. A Precisa afirma que os testes serão iniciados imediatamente após a anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

##RECOMENDA##

Em nota, divulgada no dia em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) simplificou as regras para que vacinas recebam autorização de uso emergencial, a Precisa afirmou que vai solicitar à agência o registro da vacina para que ela seja "colocada à disposição do país no Plano Nacional de Vacinação" após a comprovação da eficácia.

A Covaxin teve estudos da fase 1 publicados em revista científica, mas os testes de eficácia (fase 3 do estudo) ainda não foram divulgados. Apesar da ausência desses dados, considerados fundamentais por especialistas, a Índia autorizou a aplicação da Covaxin, que começou em 16 de janeiro. A adesão da população tem sido considerada abaixo da esperada e a situação é atribuída à precipitação do governo indiano no caso.

As clínicas privadas pretendem oferecer a Covaxin aos seus clientes. Há um acordo para a aquisição de 5 milhões de doses da vacina indiana, segundo a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC).

A vacina da Bharat Biotech pode ser armazenada em temperatura de 2 a 8 graus, mesmo intervalo utilizado na rede de frios do SUS. A vacina é aplicada em duas doses.

Nova regra

A mudança de regra da Anvisa, anunciada nesta quarta, elimina a necessidade de ensaios clínicos brasileiros para o uso emergencial, mas exige a apresentação de dados dessa última etapa, ainda que feita no exterior, para a concessão de qualquer registro de uso. Essa parte da pesquisa é importante para determinar o grau de proteção do imunizante contra a doença.

A Novavax está pronta para dar início à chamada fase três de testes da vacina que desenvolve contra a Covid-19. E espera ter resultados desta etapa decisiva no primeiro trimestre de 2021, informa a empresa de biotecnologia em nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (30). Os dados, se positivos, vão basear o pedido de licenciamento do imunizante no Reino Unido.

"Continuamos a fazer progressos significativos à medida que trabalhamos para testar, fabricar e, finalmente, entregar a NVX-CoV2373 com velocidade sem precedentes, bem como estabelecer parcerias que garantam acesso generalizado e equitativo em todo o mundo", diz o CEO da Novavax, Stanley C. Erck.

##RECOMENDA##

NVX-CoV2373 é o nome da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa.

O laboratório farmacêutico Pfizer anunciou nesta segunda-feira que sua vacina contra a covid-19 é "90% eficaz", de acordo com a primeira análise intermediária do teste de fase 3, a última etapa antes do pedido formal de homologação.

Esta eficácia de proteção ao vírus SARS-CoV-2 foi alcançada sete dias depois da segunda dose da vacina e 28 dias após a primeira, anunciou o grupo americano em um comunicado conjunto com a empresa BioNTech.

"Os primeiros resultados da fase 3 de nosso teste de vacina contra a covid-19 apresentam as provas iniciais da capacidade de nossa vacina para prevenir esta doença", afirmou o presidente da Pfizer, Albert Bourla.

"Demos um passo importante e estamos mais perto de prover aos cidadãos do mundo esta vacina, tão necessária para contribuir a acabar com esta crise sanitária mundial", completou.

Com base em projeções, as duas empresas afirmaram que pretendem fornecer 50 milhões de doses no mundo em 2020 e até 1,3 bilhão em 2021.

A Faculdade de Medicina da UFMG será uma das responsáveis pelo ensaio clínico da vacina candidata contra a Covid-19 da Johnson & Johnson, conhecida como Ad26.COV2.S. A instituição será responsável por testar a candidata à vacina em até dois mil participantes. A testagem terá início na próxima semana.

O estudo faz parte da fase 3 da vacina candidata da Johnson & Johnson. Nas etapas anteriores, foram realizados testes que avaliaram sua segurança e imunogenicidade (capacidade de gerar respostas) em voluntários sadios – esta última etapa antecede o registro nas agências reguladoras para uso pela população geral.

##RECOMENDA##

O imunizante utiliza como vetor um adenovírus humano, sem capacidade de replicação, no qual se insere o material genético do SARS-CoV-2. Trata-se de uma vacina muito promissora pela potência imunogênica, de acordo com os resultados dos primeiros testes. Já se sabe que uma única dose é suficiente.

Podem se candidatar pessoas com mais de 18 anos de idade, sem limite superior de idade, por meio de preenchimento de formulário na internet. Haverá divisão por grupos, de acordo com as etapas da pesquisa.

Inicialmente, a vacina será testada em pessoas sem patologias prévias, em grupos com menos ou mais de 60 anos. Após constatada a segurança do produto, haverá a segunda etapa com a testagem em pessoas da mesma faixa etária (grupo de 18 a 60 anos e o grupo com mais de 60 anos), mas com alguma comorbidade (obesidade, problemas cardíacos, hipertensão arterial, entre outras).

Um diferencial desse estudo é que a seleção não estabelece critério de ocupação profissional, como ser profissional da saúde. A prioridade é alcançar pessoas que corram mais risco de infecção pelo vírus. Espera-se ainda que o conjunto de voluntários recrutados reflita ao máximo a diversidade populacional, segundo variáveis como faixa etária, condição social, raça e gênero.

Duplo cego

Como é comum em outros estudos de avaliação da eficácia de um produto, haverá um grupo comparador. Isso significa que os participantes serão divididos por sorteio entre aqueles que receberão placebo e os que receberão a candidata à vacina. Este é um estudo duplo-cego, em que nem os pacientes nem os investigadores sabem o que receberam. Todos serão acompanhados por 24 meses. Após a confirmação da eficácia da vacina, os pacientes voluntários que tomaram o placebo terão prioridade para receber o imunizante.

Por meio deste documento, o interessado precisa responder sobre a disponibilidade de comparecer ao Hospital das Clínicas da UFMG, onde será feita a aplicação da vacina.

Com informações do Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina

Além da faixa intermediária, os empresários preferem esperar os reajustes nos valores dos imóveis prometidos para a terceira etapa em vez de aceitar as condições da segunda fase. Como consequência, o programa de habitação popular está praticamente parado neste ano. O setor pede um reajuste no valor máximo que o governo paga nos imóveis - o teto financiado é de R$ 190 mil no Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio. Nas demais cidades, o limite varia de R$ 90 mil a R$ 170 mil. O último reajuste no teto de preços ocorreu em 2012.

Empresários do setor reclamam que esses valores estão defasados e precisam ser corrigidos, ainda mais com o pedido da presidente de que todas as casas da terceira etapa tenham muro. Dilma disse na semana passada que o desafio para a terceira fase será fazer empreendimentos em grandes cidades, devido aos altos preços dos terrenos.

##RECOMENDA##

O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que o governo deve dar um aumento em torno de 5% para que as construtoras cumpram exigências de níveis mínimos de qualidade em itens como revestimentos acústico e térmico e iluminação nas moradias do programa - a indústria queria entre 7% e 10%.

O impasse das novas regras do Minha Casa afeta o setor. A expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil tenha recuado 5% em 2014 - a primeira queda desde 2009, quando o programa de habitação popular foi criado como resposta aos efeitos da crise financeira internacional.

O governo começará a discutir com as construtoras, na próxima semana, as regras da terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida. "Já está definido que serão 3 milhões de unidades, mas agora vamos discutir a distribuição disso no tempo, no território, por faixa de renda", disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Ele acrescentou que serão ouvidos os movimentos sociais.

Para essa nova fase, o governo deverá acolher uma sugestão apresentada pelas empresas, de criar uma faixa de classificação intermediária entre a 1 (com renda familiar de até R$ 1.600) e a 2 (renda entre R$ 1.600 e R$ 3.275). Segundo o ministro, há famílias com renda pouco acima do limite de corte que têm dificuldade em arcar com as condições da faixa 2.

##RECOMENDA##

A proposta do setor é criar uma faixa, batizada de "1,5", que iria de R$ 1.500 até R$ 2.200. Ela beneficiaria, sobretudo, moradores de grandes cidades.

Essa faixa intermediária permitiria ao governo reduzir o gasto com o subsídio hoje destinado à faixa 1, que somou R$ 80,1 bilhões desde o início do programa. "Por outro lado, vamos aumentar o subsídio para as famílias que antes iriam para a faixa 2", observou o ministro.

A nova fase do programa faz parte da agenda de retomada do crescimento, que está sendo chamada no Planalto de "segunda fase do ajuste fiscal." Ela mostra como o País voltará a ativar a economia após os sacrifícios da primeira fase, que ainda está em curso. "É uma sequência natural", disse Barbosa.

Outras frentes

Há outras frentes de investimento em preparação. Uma opção que não foi explorada até agora é a ampliação de concessões já existentes. A ideia, explicou o ministro, é permitir que concessionários realizem investimentos que não estão previstos no contrato, mas que se mostraram necessários ao longo do tempo.

Ele citou como exemplo a ampliação da subida da Serra das Araras, entre o Rio e São Paulo, e a modernização da malha ferroviária que já está em operação no Sudeste. Os concessionários estão dispostos a realizá-los. A questão agora é como eles seriam compensados por isso, já que o gasto não está previsto no contrato. Eles podem ganhar uma prorrogação do prazo da concessão, um aumento de tarifas ou um reembolso.

Outra novidade são as Parcerias Público-Privadas (PPP) para construção e manutenção de prédios públicos. Em Brasília, Rio e São Paulo há demanda grande por novos imóveis para acomodar órgãos do governo.

Em vez de investir na construção ou gastar com aluguel, o governo quer fazer PPPs para que a iniciativa privada realize a obra e cuide da manutenção por 20 anos ou mais.

Seria como um aluguel de longo prazo, com a diferença que, ao final do contrato, o bem será do Estado. A estimativa é que essa frente possa mobilizar algo superior a R$ 1 bilhão num prazo de dois anos. "Não é uma coisa suficiente para levantar a economia", admitiu o ministro.

"Mas isso, somado com uma série de outras frentes de investimento, vai melhorando o ambiente." A prioridade do momento, porém, é a segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL). Ela envolverá três novos aeroportos (Salvador, Florianópolis e Porto Alegre), a dragagem de três portos (Santos, Paranaguá e Rio Grande), cinco ou seis hidrovias e cinco ou seis novos lotes de rodovias.

A redução da participação da Infraero nos consórcios que vão administrar os aeroportos, hoje em 49%, ainda está em aberto. "Vamos decidir quando for a hora", disse. (Colaborou Murilo Rodrigues Alves)

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando