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Alguns dos maiores sites da internet para assistir vídeos começaram a usar, sem alarde, a automação para remover conteúdo extremista de suas plataformas, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o processo ouvidas pela agência Reuters. O YouTube, que pertence ao Google, e o Facebook estão entre as empresas que pretendem apagar rapidamente material relacionado ao grupo Estado Islâmico (EI).

A tecnologia foi originalmente desenvolvida para identificar e remover conteúdos protegidos por direitos autorais em sites de vídeo, mas agora também será utilizada para materiais extremistas.

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Quando implementado, o sistema não só vai barrar vídeos originalmente postados por grupos extremistas, mas também será capaz de impedir que outros usuários realizem novamente o upload do mesmo conteúdo já bloqueado.

No fim de maio, as empresas de tecnologia Facebook, Twitter, YouTube, do Google, e Microsoft apresentaram um novo código de conduta para combater o discurso do ódio em toda as plataformas de mídia social. O esforço foi ampliado após os recentes ataques terroristas em Bruxelas, na Bélgica, e em Paris, na França. O Twitter, por exemplo, já suspendeu 125 mil contas relacionadas com o EI desde meados de 2015.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está monitorando um grupo no aplicativo de mensagens instantâneas Telegram que troca informações, em português, sobre o grupo extremista Estado Islâmico (EI). Uma nova frente dos jihadistas em terras brasileiras preocupa a entidade, que tenta evitar possíveis recrutamentos de cidadãos do país dois meses antes das Olimpíadas Rio 2016, que terá início no dia 5 de agosto.

Segundo a Abin, as organizações terroristas têm empregado ferramentas modernas de comunicação para ampliar o alcance de suas mensagens de radicalização direcionada, em especial, ao público jovem. O grupo no Telegram, chamado "Nashir Português", compartilha mensagens divulgadas pela agência de notícias utilizada pelo grupo extremista para publicar seus manifestos, a "Nashir News Agency".

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Segundo a agência de monitoramento de terrorismo SITE Intelligence Group, o grupo criado em 29 de maio conseguiu angariar membros após distribuir mensagens no aplicativo à procura de simpatizantes do EI que falassem português. O número total de participantes, no entanto, é desconhecido.

"Essa nova frente de difusão de informações voltadas à doutrinação extremista, direcionada ao público de língua portuguesa, amplia a complexidade do trabalho de enfrentamento ao terrorismo e representa facilidade adicional à radicalização de cidadãos brasileiros", informou a Abin, em nota.

Como EI continua a usar a mídias sociais para recrutar membros e inspirar ataques, as empresas de internet estão sob pressão constante na Europa e nos Estados Unidos. Esta semana, o diretor do FBI James Comey disse que o cidadão americano Omar Mateen, o homem que matou 49 pessoas em uma boate gay em Orlando, no último domingo (12), provavelmente foi recrutado por material de extremistas publicado online. 

Um homem cuja filha foi morta nos ataques terroristas de Paris em novembro entrou com uma ação em um tribunal federal da Califórnia (EUA), nesta terça-feira (14), contra o Facebook, Twitter e Google, acusando as empresas de tecnologia de fornecer apoio material ao Estado Islâmico (EI). Segundo a Associated Press, Reynaldo Gonzalez alega que as companhias de internet permitem ao grupo extremista arrecadar dinheiro, espalhar propaganda e recrutar militantes em suas plataformas conscientemente.

A filha de 23 anos de Gonzalez, Nohemi, estava entre as 130 pessoas que foram mortas em ataques coordenados pelo grupo em Paris. Nos termos das leis federais dos EUA, as empresas normalmente não são responsabilizadas pelo conteúdo os usuários publicam em suas plataformas.

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"Isso é sobre Google, Twitter e Facebook permitindo que o EI use suas redes sociais para recrutamento e operações", argumenta o jurista responsável pelo caso. A queixa também alega que o YouTube, pertencente ao Google, compartilha receitas de publicidade em vídeos postados pelo grupo terrorista.

Em resposta à Associated Press, o Facebook e o Twitter disseram que o caso não possui mérito, enquanto o Google se recusou a comentar litígios pendentes. Em suas declarações, todas as três empresas citaram suas próprias políticas que proíbem a publicação de material extremista.

Como EI continua a usar a mídias sociais para recrutar membros e inspirar ataques, as empresas de internet estão sob pressão constante na Europa e nos EUA. Esta semana, o diretor do FBI James Comey disse que o cidadão americano Omar Mateen, o homem que matou 49 pessoas em uma boate gay em Orlando, no último domingo (12), provavelmente foi recrutado por material de extremistas publicado online. 

O Facebook garantiu, nesta terça-feira  (14), que ajudará as autoridades francesas em relação ao assassinato de um casal de policiais nos arredores de Paris, cujo agressor exibiu imagens ao vivo do crime através da ferramenta Facebook Live.

"Estamos trabalhando estreitamente com as autoridades francesas em torno deste terrível crime", informou o Facebook sobre a morte do oficial da polícia Jean-Baptiste Salvaing, 42 anos, e sua mulher, Jessica Schneider, 36.

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O assassino, um francês de 25 anos, postou o vídeo minutos após os assassinatos, no qual aparentemente lê uma mensagem escrita previamente. Schneider foi degolada dentro da casa onde vivia com Salvaing, diante do filho do casal, de três anos.

"Os terroristas e os atos de terrorismo não têm lugar no Facebook. Sempre que um conteúdo terrorista chegar aqui, vamos apagá-lo o mais rápido possível", disse a rede social.

O agressor, que disse pertencer ao grupo Estado Islâmico (EI), foi morto pela polícia após o ataque, mas o vídeo do crime acabou no Facebook Live, uma nova ferramenta que permite a qualquer usuário transmitir um evento ao vivo.

"Trabalhamos duro para encontrar o equilíbrio adequado entre permitir a livre expressão e proporcionar conteúdos seguros e respeitosos. Estamos profundamente comprometidos em melhorar o manejo de conteúdos para evitar que violem nossas normas", ressaltou o Facebook.

A Unicef advertiu nesta quarta-feira que cerca de 20 mil crianças estão presas na cidade de Fallujah, no Iraque, em meio ao conflito entre as tropas iraquianas que tentam recapturar a cidade que está sob o controle do grupo Estado Islâmico.

Apoiadas pela coalizão liderada pelos EUA e forças paramilitares principalmente compostas de milícias xiitas, as tropas do governo iraquiano lançaram há uma semana uma ofensiva para recapturar Fallujah, que tem estado sob controle do grupo extremista durante mais de dois anos.

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A Unicef estimou que o número de crianças presas com suas famílias dentro da cidade é de cerca 20 mil e alertou que elas enfrentam uma crise humanitária, além do risco de recrutamento forçado para o combate pelos militantes do Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

As forças especiais iraquianas fecharam o cerco à cidade de Fallujah, dominada pelo grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico (EI), numa preparação para retomada do território localizado a oeste de Bagdá, capital do Iraque.

O major Dhia Thamir, comandante da operação, afirmou que o último batalhão chegou no acampamento Tariq na manhã deste domingo. O major não comentou quantos homens fazem parte da operação e nem o horário que pretendem iniciar a intervenção.

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Desde que a operação começou há uma semana, oitenta por cento do entorno da cidade já foi retomado, afirmou o Thamir.

A cidade de Fallujah, a 65 quilômetros de Bagdá, é uma das últimas fortalezas do EI no Iraque. O grupo ainda controla áreas no Norte e Oeste do país, incluindo Mosul, a segunda maior cidade iraquiana. Fonte: Associated Press.

Uma série de explosões raras, incluindo atentados suicidas que atingiram redutos do governo numa região costeira da Síria nesta segunda-feira, já matou mais de 100 pessoas e feriu outras 200, informou a mídia estatal e o Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo ativista. O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos ataques.

As explosões começaram em cidades tranquilas pró-governo de Tartus e Jableh e tiveram como alvo os civis que enfrentam uma guerra civil no país há seis anos. Os alvos foram estações de ônibus e um hospital, e marcou uma escalada no conflito enquanto as principais potências mundiais lutam para retomar as negociações de paz em Genebra. Muitas pessoas que fugiram das regiões em guerra no país se refugiaram nessas cidades.

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Segundo relatos na TV, pelo menos um terrorista suicida seguido por um carro carregado com

explosivos detonaram os artefatos em uma estação de ônibus em Tartus, com minutos de diferença entre uma explosão e outra. Mais de 33 pessoas foram mortas e muitos ficaram feridos nos atentados.

Separadamente, a agência de notícias Sana da Síria informou que quatro explosões atingiram Jableh, ao sul da cidade de Latakia. Os ataques incluíram três foguetes e um homem-bomba na entrada de um hospital nacional em Jableh.

Os ataques coordenados e quase simultâneos marcaram uma falha grave na segurança das fortalezas do governo que permaneceu calmo durante toda a guerra. Tartus e Jableh são o lar de milhares de pessoas deslocadas no interior de áreas atingidas pela violência em toda a Síria.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, no total houve sete explosões: quatro em Jableh, incluindo três atentados suicidas e um carro-bomba, e três em Tartus, incluindo dois homens-bomba e um carro-bomba. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, anunciou há pouco em uma rede de televisão local o início da ofensiva militar para retomar a cidade de Faluja, em poder do grupo Estado Islâmico há mais de dois anos.

De acordo com al-Abadi, as forças iraquianas estão "se aproximando do momento da grande vitória" contra o Estado Islâmico. Faluja se encontra a cerca de 65 quilômetros a oeste da capital Bagdá.

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Mais cedo, o governo iraquiano havia alertado moradores de Faluja para que se preparassem para deixar a área antes de as forças militares do país darem início à operação de retomada da cidade. O governo orientou os que não tiverem condições de fugir a erguerem bandeiras brancas em suas casas.

Hoje também houve protestos entre forças de segurança do país e manifestantes dentro da área conhecida como Zona Verde, que deixaram dois mortos depois que os militares iraquianos lançaram gás lacrimogêneo e balas de fogo contra os oposicionistas. Mais de 100 pessoas ficaram feridas, incluindo policiais, de acordo com fontes do governo.

Muitos dos manifestantes são apoiadores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr, que há meses vem liderando manifestações em defesa de reformas no governo. Fonte: Associated Press.

O Estado Islâmico (EI) já teria lançado um aplicativo para ensinar crianças sobre alfabeto árabe com a ajuda de armas, tanques e canhões. A ferramenta, chamada "Huroof", dá uma explicação passo a passo aos seus usuários e oferece jogos e canções infantis para ajudar a memorizar o conteúdo. Por ora, o serviço está disponível apenas para o sistema Android. As informações são do jornal The Guardian.

O The Guardian diz que as letras das canções disponibilizadas na ferramenta são repletas de terminologia jihadista. O aplicativo foi divulgado através do canal "Library of Zeal" no Telegram. O mensageiro instantâneo, por sua vez, afirma que está fazendo um esforço para bloquear conta associadas ao grupo extremista.

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Em novembro, o Telegram disse que havia identificado e bloqueado 78 canais de transmissão relacionados ao EI. Este é o primeiro aplicativo do grupo extremista dirigido a crianças, mas os extremistas já lançaram no ano passado outros meios de distribuição de propaganda, depois de encontrar dificuldades em serviços de internet tradicionais.

O conhecido maestro russo Valery Gergiev regeu nesta quinta-feira um concerto no anfiteatro da cidade histórica de Palmira, na Síria, onde os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) realizavam execuções públicas quando controlavam a cidade.

O concerto - "Oração para Palmira. A música volta a dar vida aos antigos muros" - foi interpretado pela orquestra sinfônica do teatro Mariinski de São Petersburgo.

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Valery Gergiev dirigiu com entusiasmo sua orquestra, que interpretou durante uma hora peças de Bach, Prokofiev e Shchedrin para cerca de 400 espectadores, incluindo militares russos, jornalistas, líderes religiosos e moradores da cidade.

O presidente russo, Vladimir Putin, cujas tropas desempenharam um papel crucial na conquista de Palmira por parte do regime sírio, no dia 27 de março, chamou o concerto de "extraordinário ato de humanidade".

Por videoconferência, Putin disse que o concerto - retransmitido ao vivo pela TV russa - "é o reconhecimento a todos os que lutam contra o terrorismo arriscando sua vida, uma homenagem a todas as vítimas do terrorismo (...) e um sinal de esperança, não apenas pelo renascimento de Palmira, mas pela libertação da civilização moderna deste terrível mal, que é o terrorismo internacional".

Já o chanceler britânico, Philip Hammond, criticou duramente a organização do espetáculo, ao qualificá-lo de "tentativa de mau gosto para desviar a atenção dos sofrimentos contínuos de milhões de sírios".

Segundo Londres, o regime sírio é o responsável pelo ataque aéreo que matou 28 civis nesta quinta-feira em um campo de refugiados na fronteira da Síria com a Turquia.

Nesta sexta-feira está previsto um outro concerto em Palmira, às 17H00 GMT (14H00 Brasília), desta vez organizado pelo regime sírio.

A vitória sobre os jihadistas em Palmira permitiu que a Rússia, aliada do regime do presidente Bashar Al Assad, confirmasse seu destacado papel no conflito sírio.

No final de abril, o Exército russo anunciou o fim do processo para retirar as minas e explosivos colocados na cidade antiga de Palmira pelo Estado Islâmico.

Gergiev, um maestro reconhecido em todo o mundo, dirige o teatro Mariinski de São Petersburgo desde 1996. Seus detratores o criticam por suas posições excessivamente ligadas ao Kremlin.

O maestro já organizou concertos em locais devastados pela guerra ou por catástrofes naturais, como em 2008, quando regeu diante das ruínas de prédios estatais em Tskhinvali, capital da república separatista georgiana pró-russa da Ossétia do Sul, logo após o início do conflito entre Geórgia e Rússia para controlar o território.

Em 2012, dirigiu um concerto em Tóquio pelas vítimas do acidente nuclear de Fukushima, provocado por um tsunami em 2011.

A universitária paraense Karina Ailyn Rayol Barbosa, 20 anos, que está desaparecida há quase um mês, entrou em contato com familiares por um telefone registrado em Linhares, no Espírito Santo. Segundo os pais da jovem convertida ao islamismo, ela falou rapidamente e disse que não poderia informar o local onde estava.

De acordo com informações da Polícia Federal, que investiga o caso em parceria com a Interpol, Karina Barbosa desembarcou na Turquia, após passagem pelo Marrocos. O inquérito corre em segredo. Suspeita-se que a estudante de jornalismo da Universidade Federal do Pará (UFPA) tenha ligação com extremistas.

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Os pais da estudante acreditam que a filha foi aliciada por uma rede internacional. A irmã de Karina repassou à Polícia Federal informações sobre movimentações financeiras internacionais registradas no e-mail da jovem desaparecida.

Segundo o doutorando em Relações Internacionais e professor da Universidade da Amazônia (Unama) Mário Tito Almeida, o possível contato de Karina Barbosa com grupos islâmicos provavelmente ocorreu com auxílio da internet, plataforma onde grupos terroristas como o Estado Islâmico atuam de forma intensiva. Confira mais na entrevista a seguir:   

Leia Já: Como é formada essa corrente de grupos como o Estado Islâmico, que acaba chegando até países como o Brasil?

Mario Tito Almeida: O Estado Islâmico é, na verdade, mais do que uma corrente. O EI é uma organização que se diz voltada para a definição de fronteiras pelos interesses de religiosidades ligadas ao islã, mas que não necessariamente são do islã. Eles têm uma leitura bastante extremista do alcorão, e que defendem que a partir do alcorão eles devem criar estados que sejam teocráticos, voltados em cima daquilo que eles chamam de sharia, que é a leia baseada no alcorão. O EI se constitui, para os ocidentais, num grupo terrorista. O mundo considera um grupo comunista. Apesar de eles se autodenominarem Estado, na verdade eles não são estado no sentido que nós entendemos nas relações internacionais, com um povo, território, uma soberania, etc., mas eles se denominam Estado porque se referenciam nessa lei religiosa para daí formar o território daqueles que acreditam. Eles querem implantar a lei religiosa nesse primeiro momento. A grande diferença do EI para os outros grupos terroristas do mundo, como a Al Qaeda, Boko Haram, outros grupos que já existiram, como a Brigadas Vermelhas da Itália, ou o IRA, etc. A grande diferença é que eles manipulam muito bem as redes sociais. Eles se destacam no cenário internacional hoje porque utilizam nas redes sociais o seu modo de pensar, sua ideologia. Esse é o fator para os quais chegam aos jovens que têm um certo entendimento, certa compreensão desses ideais. No Brasil, isso chegou pouco. Nesse caso, por exemplo, da menina do Brasil, é uma exceção, se comparado a grande quantidade de pessoas na Europa que está assumindo esse ideário.

LJ: Existe alguma lei que proíba esse tipo de contato pela rede social?

MTA: Não, na verdade aí está um problema interessante: não existe uma governança global sobre a internet. Ela continua sendo um território livre. Apesar de haver algumas regras, você sabe que um vídeo postado no Youtube, até você tirar, demora muito, o vídeo já está viralizado. Barrar esse tipo de discussão, disseminação de ideias é muito difícil hoje na internet com meios tão avançados. Então, eles acabam chegando lá na ponta do processo. Como eles chegam com um ideário muitas vezes voltado para a conversão do islã, ou pelo menos essa vertente do islã que eles pregam, então eles conseguem arrebanhar muitos jovens. Na Europa, eles conseguem arrebanhar a segunda geração dos imigrantes que foram para a Europa. Muitas pessoas pensam que os imigrantes que vieram da Síria hoje são os terroristas na Europa. Não é isso. É a segunda geração, são os filhos dos primeiros imigrantes que não encontraram uma boa guarida nos países europeus, portanto estão na periferia desse processo e, quando encontra alguém que gera orgulho de serem islâmicos, muçulmanos, eles acabam comprando essa ideia. Então isso é muito forte na Europa e no Brasil está chegando. Chegou, por exemplo, eu conheço muita gente que, não é que aceita esse ideário, mas pelo menos é simpático a ele.

LJ: A Interpol pode trazer Karina Barbosa de volta ao Pará?

MTA: A Interpol, se detectar algum tipo de violência a algum direito, por exemplo, se ela foi de alguma forma convencida de maneira ilegal, se foi levada do país por alguma violência, tipo sequestro. Mas se ela foi por livre e espontânea vontade, não se pode impedir que a pessoa circule. Um dos direitos humanos é a liberdade de ir e vir. Agora, o problema está, e aí vem a grande questão, se efetivamente ela foi para lá com alguma forma de coerção, aí se trata de uma violência e a Interpol pode intervir.

LJ: Existe alguma possibilidade de existência de um núcleo do EI no Brasil?

MTA: Eu acho muito difícil. Como doutorando em Relações Internacionais, digo para você que que é muito difícil ter um núcleo, uma espécie de célula, aliás, quando se deu o episódio do 11 de setembro de 2001, se procurou na tríplice fronteira, Brasil, Argentina e Paraguai a ideia de que teriam algumas células, mas nada ficou comprovado. O que se tem, na verdade, é um discurso que alguns aceitam como tal e querem empenhar a própria vida por aquele ideário. Não se tem notícia de células. Existem pessoas que podem estar concordando, mas são pessoas soltas, não é um grupo efetivo de pessoas.

LJ: É comum que simpatizantes desta ideologia se juntem ao EI?

MTA: Na Europa, eu diria que sim. Tem sido muito constante. Inclusive naquela situação de serem ponta de lança no processo. Às vezes o cara não sai de lá do Oriente Médio ou do Iraque, Irã, Afeganistão, Paquistão para ir para a Europa. Ele já está lá. Ele é convencido e, voluntariamente, se coloca. O fenômeno terrorismo pelo meio cibernético é muito novo. Nós ainda estamos tentando entender dado àquilo que falei que a internet é um território muito livre e as ideias disseminam, existem sim possibilidades de se estar criando toda essa mentalidade. Porém, eu diria para vocês que o mesmo meio de disseminação desses ideários também deveria ser o mesmo meio de condenação dessas ideias. Então existe uma guerra de ideias por meio da internet. 

Entrevista concedida às repórteres Mirelly Pires e Julyanne Forte.

Autoridades turcas prenderam seis militantes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) que estariam planejando ataques na cidade turca de Konya, afirmou Muammer Erol, governador da província de Konya.

O governador apontou que os seis foram detidos na sexta-feira (22)e são estrangeiros. Ele afirmou que o grupo estava "em busca de ataques" contra representantes do governo turco em visita a Konya ou ataques em "locais estratégicos" da cidade. A nacionalidade dos militantes não foi divulgada.

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Desde julho do ano passado, a Turquia já sofreu seis ataques de homens-bomba, dos quais quatro são atribuídos ao EI. Em 19 de março, um ataque suicida numa via movimentada de Istambul matou quatro turistas. Fonte: Associated Press.

A LG Electronics do Brasil e o Esporte Interativo (EI), canal de esportes da Turner, fecharam uma parceria inédita. Durante um ano, os usuários das Smart TVs da LG, com modelos fabricados a partir de 2013, terão o aplicativo do EI Plus disponível gratuitamente por um ano. Além disso, a LG e o Esporte Interativo vão disponibilizar a final do campeonato europeu Champions League em resolução Ultra HD 4K.

Os usuários da Smarts TVs contarão, com exclusividade para a plataforma de TV, com toda gama de conteúdo que o Esporte Interativo oferece, incluindo simultaneidade dos jogos da Champions League e da Copa do Nordeste, tendo a oportunidade de escolher a partida que quer assistir sem depender da programação linear da TV.

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A promoção será válida para qualquer Smart TV lançada a partir de 2013 com plataforma webOS ou netcast durante doze meses, contados a partir da data de ativação do cadastro. Após este período, será cobrada uma mensalidade de R$ 14,90.

A LG diz que cerca de 85% do portfólio das TVs LG em 2016 serão Smart, sendo que 70% delas possui a plataforma webOS. O sistema foi criado para oferecer uma experiência intuitiva ao usuário. Segundo a fabricante, desde seu lançamento, em 2014, já foram vendidas mais 5 milhões de TVs com o sistema webOS.

Oficiais do governo iraquiano confirmaram que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) realizou dois ataques químicos próximos à cidade de Kirkuk, no norte do país. Uma menina de 3 anos morreu e outras 600 pessoas ficaram feridas.

Autoridades dizem que o segundo ataque ocorreu na pequena cidade de Taza, que já havia sofrido ataques químicos há três dias. Uma enfermeira no hospital local afirmou que as vítimas apresentam queimaduras, falta de ar e desidratação. Oito pacientes já foram transferidos para Bagdá. Fonte: Associated Press.

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O governo dos Estados Unidos atualizou seu alerta de "cautela mundial" para os viajantes americanos nesta quinta-feira, advertindo que Estado Islâmico, Al-Qaeda, Boko Haram, Al-Shebab e outros grupos terroristas estão planejando ataques.

O alerta do departamento de Estado, que substitui a advertência de julho passado, pede aos cidadãos americanos que permaneçam alertas em qualquer local público, conexões de transporte e concentrações na maioria dos países ao redor do mundo, mas principalmente no Oriente Médio, no norte da África, na Europa e na Ásia.

"Ataques terroristas recentes, seja por aqueles afiliados a entidades terroristas, seja por copiadores, seja por agressores individuais, servem como um lembrete de que os cidadãos americanos precisam manter um alto nível de vigilância", acrescenta o comunicado.

"No ano passado, grandes ataques extremistas aconteceram em países como Tunísia, França, Nigéria, Bélgica, Turquia, Egito e Mali", afirma o Departamento de Estado.

A atualização do alerta foi divulgada no mesmo dia em que congressistas da Comissão de Segurança Interna da Câmara de Representantes lançaram um relatório sobre a ameaça do EI.

Intitulado "O terror viralizou", o relatório estuda 75 suspeitas de ataques a alvos ocidentais. Segundo o texto, apesar da pressão militar contra o núcleo do EI no norte do Iraque e no leste da Síria, o grupo está-se tornando mais letal.

O documento da comissão aponta também que os EUA se tornaram o principal alvo dos extremistas do Estado Islâmico. Diante desse cenário, os congressistas pedem uma estratégia global para conter sua ação no terreno, online e entre comunidades permeáveis à sua propaganda.

Os Estados Unidos (EUA) usam armas informáticas em sua guerra contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria - informou nesta segunda-feira (29) o secretário de Defesa norte-americano, Ashton Carter.

"Usamos ferramentas informáticas para enfraquecer a capacidade do grupo Estado Islâmico de operar e se comunicar no campo de batalha virtual", afirmou Carter numa coletiva de imprensa no Pentágono.

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"Trata-se de fazer com que eles percam a confiança em suas redes, de sobrecarregá-las para que não possam funcionar, e fazer tudo aquilo que perturbe sua capacidade para comandar suas forças, e para controlar a população e economia", explicou o secretário.

Na mesma coletiva, o chefe do Estado-Maior das forças conjuntas, o general Joe Dunford, comparou sitiar no terreno os membros do EI em seus redutos em Mossul (Iraque) e Raqqa (Síria), com sitiá-las no ciberespaço. "Estamos tentando tanto física como virtualmente isolar o Estado Islâmico", disse Dunford.

Mas as duas autoridades se negaram a detalhar estas ciberoperações. "Não queremos que os membros do EI sejam capazes de notar a diferença entre as perturbações vinculadas às ciberarmas norte-americanas e outras perturbações, explicou o general.

Os Estados Unidos estão constituindo uma força com cerca de 6 mil soldados especializados em guerra informática, sob o comando atualmente do almirante Michael Rogers, diretor da poderosa Agência de Segurança Nacional (NSA) e chefe do Comando Cibernético do Pentágono.

Por ora, o Pentágono foi muito discreto sobre as operações desta força. Mas a administração prevê aumentar em 15% os fundos para a guerra informática no orçamento de defesa de 2017, em 6,7 bilhões de dólares, pouco mais do 1% do orçamento total do setor.

Uma mãe que viajou para a Síria com seu bebê e se juntou à organização jihadista Estado Islâmico (EI) se tornou nesta sexta-feira a primeira britânica a ser condenada por este crime.

Um tribunal de Birmingham, no centro da Inglaterra, considerou Tareena Shakil, de 26 anos, culpada por pertencer ao Estado Islâmico e encorajar o terrorismo em algumas mensagens escritas na rede social Twitter antes de deixar o Reino Unido.

Em outubro de 2014, a mulher disse à sua família que viajaria de férias para a Turquia, mas acabou cruzando a fronteira com a Síria, para viajar a Raqqa, o reduto do Estado Islâmico.

"Fui para construir uma casa no céu para todos, Alá nos prometeu o paraíso se sacrificássemos nossa vida terrena. Beijos", escreveu ela a um familiar antes de partir. "Eu não vou voltar", assegurou.

Em Raqqa, foi alojada em uma casa com outras mulheres solteiras e publicou fotos de seu filho com símbolos do EI e suas, armada com um fuzil e uma pistola.

Mas Shakil acabou mudando de ideia e, em janeiro de 2015, depois de pesquisar várias vezes na internet "quero deixar o Estado islâmico", fugiu para a Turquia e se rendeu a soldados.

Ela foi presa em sua chegada ao Reino Unido.

No julgamento, ela assegurou que viajou para a Síria só porque queria viver sob a lei islâmica. Sua sentença será anunciada na segunda-feira.

O Estado Islâmico (EI) confiou durante muito tempo em ferramentas como o Facebook, WhatsApp, Telegram e Twitter para se comunicar, distribuir propagandas e recrutar novos membros. Agora, o grupo terrorista conta com o seu próprio aplicativo de mensagens para plataformas Android para disseminar informações, de acordo com o Ghost Security Group – grupo formado por ex-ativistas do Anonymous. As informações são da revista Fortune.

O novo aplicativo permitiria o envio e recebimento de mensagens de forma criptografada, dificultando o monitoramento das conversas pelas autoridades internacionais e outros grupos que combatem o terrorismo, como o FBI. Conforme relata o Ghost Security Group, o EI usou o Telegram e as mensagens diretas do Twitter solicitando que seus membros realizassem o download da nova ferramenta.

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Apesar de não oferecer ferramentas tão sofisticadas quanto o WhatsApp ou Telegram, o novo aplicativo possui a vantagem de ser independente de qualquer empresa ou organização – despistando órgãos do governo que procuram por terroristas. Para tentar barrar este tipo de atividade, o diretor do FBI, James Comey, tem defendido que os governos devem exigir de serviços como o WhatsApp a construção de alternativas em sua criptografia para facilitar a interceptação de comunicações terroristas.

Forças sírias retomaram uma importante base militar no sul do país após uma intensa luta contra rebeldes e uma afiliada da Al-Qaeda, a Frente Nusra, além de tomarem vilarejos das montanhas após expulsarem extremistas do Estado Islâmico, de acordo com militantes opositores do governo.

O avanço veio após o exército matar 17 combatentes de facções islâmicas rebeldes unidas em fazendas na província de Daraa no sábado. Os militares também eliminaram um poderoso líder rebelde na periferia de Damasco no dia anterior.

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Nesta terça-feira, forças do governo apoiadas por aliados capturaram a Brigada 82, na cidade de Sheikh al-Maskeen, também na região de Daara, tomada por rebeldes em janeiro. Fonte: Associated Press.

Ataques aéreos dos Estados Unidos e da coalizão internacional mataram 10 líderes do Estado Islâmico no último mês, incluindo vários extremistas ligados aos atentados de Paris, ou outras ações contra o Ocidente, disse uma autoridade norte-americana no Iraque nesta terça-feira.

O coronel do exército dos EUA, Steve Warren, disse que os militantes foram mortos principalmente por ataques de drones no Iraque e na Síria. Ele deu poucos detalhes, mas afirmou que pelo menos dois dos que foram mortos estavam ligados aos atentados de Paris.

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De acordo com Warren, um dos insurgentes mortos era Charaffe al Mouadan, um militante do Estado Islâmico na Síria que tinha ligações diretas com Abdel Hamid Abaaoud, o líder da célula do grupo em Paris. Mouadan, que foi morto por um ataque aéreo na última quinta-feira na Síria, estava planejando novos ataques conta o Ocidente, disse Warren. Fonte: Associated Press.

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