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Mergulhado em uma crise de credibilidade, o Grupo X contabiliza atrasos no cronograma de vários projetos, como os portos do Sudeste e do Açu, ambos no Rio de Janeiro. A constante revisão de prazos é mais uma reclamação de investidores preocupados com o rumo atual das empresas.

Chamado de "Roterdã dos trópicos" pelo empresário Eike Batista, o Porto do Açu deveria ter iniciado operações até o fim de 2012. A meta mais recente adia esse prazo em um ano. Problema semelhante vive o Porto Sudeste, projetado para escoar a produção de minério de ferro da MMX e de outras companhias do setor de Minas Gerais.

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Em nota, a MMX informa que precisou revisar o início das operações do Porto Sudeste "em função de atrasos no fornecimento de alguns equipamentos importados do projeto". A empresa garante, porém, que "o terminal portuário iniciará as operações no último trimestre de 2013".

"Quem frustra as expectativas consistentemente não está azarado. O problema está na gestão", afirmou Ricardo Correa, analista-chefe da Ativa Corretora. O executivo lembra que, no comando das empresas X, o empresário Eike Batista criou uma "inflação de expectativas". Uma estratégia perigosa a ser desenvolvida por um grupo com tantos projetos a serem tirados do papel ao mesmo tempo.

Outro que culpa o modelo de gestão pelos atrasos em projetos do grupo é o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Segundo ele, os problemas de gestão se concentram na petroleira OGX, criada para ser a estrela das empresas X.

A entrada da companhia na fase comercial, com a entrega da primeira carga de óleo produzido em Waimea, na Bacia de Campos, foi adiada diversas vezes. A previsão inicial era fim de 2010, mudou para setembro e outubro de 2011, depois dezembro, mas, só aconteceu mesmo em janeiro de 2012.

Na Colômbia, o cronograma também está atrasado. Inicialmente, a meta era perfurar o primeiro poço em 2013. Agora, a companhia trabalha com a previsão de primeiro semestre de 2014. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que a petroleira postergou o cronograma de nove áreas no mês passado.

Em nota, a OGX informou apenas que os projetos estão sendo "implementados de acordo com as expectativas da empresa".

Segundo Pires, os atrasos são preocupantes mas ficam em segundo plano quando se analisa a frustração dos investidores com os rumos do grupo X. "A OGX informou números muito abaixo do esperado. A companhia se endividou demais para produzir pouco petróleo."

Foi exatamente em torno da OGX que o inferno astral de Eike Batista começou. Em junho do ano passado, a companhia divulgou um potencial de reserva muito abaixo do esperado para o poço de Tubarão Azul, na Bacia de Campos. O anúncio decepcionou o mercado financeiro, que passou a olhar com desconfiança para outras previsões feitas por empresas do grupo.

O problema, pondera Pires, é que a maioria dos projetos de Eike gira em torno da petroleira, como o caso da OSX, companhia de construção naval e offshore. Na semana passada, a empresa demitiu cerca de 80 funcionários que trabalhavam no estaleiro em fase final de construção no Porto do Açu.

Projetada para tirar do papel as plataformas necessárias à campanha exploratória da petroleira, a OSX busca outra fonte de renda. A empresa negocia com a Petrobras a venda de plataformas, antes encomendadas para uso da OGX.

Mudança de Rota

O chefe da área de análise da Ativa Corretora menciona que todas as termelétricas da MPX, braço de energia do empresário Eike Batista, entraram em operação com atraso. Mas, hoje, a situação da companhia é bem diferente. Uma pesquisa na página na internet da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revela que os projetos em construção estão dentro do cronograma fixado pelo órgão.

Como única do grupo a entregar resultados, a MPX tem sofrido menos o desgaste de imagem das empresas X. Tanto que conseguiu atrair um sócio para o negócio, o grupo alemão E.ON. "O único risco hoje é a MPX ser sangrada para salvar outras empresas ou ser usada para uma movimentação acionária leonina", avaliou Correa.

Apesar dos percalços das empresas da holding EBX, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) se mostra otimista quanto ao futuro do Porto do Açu. Segundo ele, o projeto é importante para o País, por isso, aposta em uma ajuda do governo para viabilizar o empreendimento. "Tem investimentos que a Petrobras pode fazer por lá que não são ruins. O pior seria deixar quebrar o projeto", considerou.

Em nota, a LLX, responsável pelo porto, explica que o atraso no cronograma se deve à mudança no escopo do projeto, que foi ampliado para aumentar a quantidade de movimentação de carga.

A OSX, empresa de construção naval e offshore do grupo EBX, do empresário Eike Batista, demitiu, na última sexta-feira (12), cerca de 80 funcionários da equipe que trabalha no estaleiro em fase final de construção no Porto do Açu, em São João da Barra, litoral norte do Rio. Segundo a assessoria de imprensa da OSX, cerca de 600 empregados próprios trabalhavam no porto.

No total, somando funcionários próprios e empregados terceirizados (por exemplo, da construção civil), são em torno de 4,5 mil pessoas trabalhando nas obras do estaleiro. Em nota, a OSX creditou as demissões a um processo de readequação da equipe. "A OSX confirma o desligamento de cerca de 80 colaboradores, visando adequar a equipe à atual carteira de encomendas do estaleiro".

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Neste domingo (14), houve rumores sobre novas demissões nesta segunda-feira. No entanto, a assessoria de imprensa não pôde confirmar a informação.

Além da cobiçada parceria com a Petrobrás, o empresário Eike Batista depende do governo para viabilizar outra peça crucial do projeto do Porto do Açu. São as estradas de ferro que faltam para ligar o Açu ao resto da malha ferroviária do País. Os trechos devem ser licitados no pacote de concessões tocado pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), prometido para sair até setembro.

Pelas regras do novo modelo ferroviário, Eike não precisará colocar nenhum centavo no projeto - a não ser que deseje. Todo o risco será do governo federal. Vai funcionar assim: uma empresa constrói as ferrovias, o governo compra toda a capacidade de transporte e faz a revenda para empresas interessadas em usar os trilhos. Se não houver demanda, o governo paga a conta.

Esse esquema vale para todas as novas ferrovias brasileiras. Mas, no caso do empreendimento de Eike, o governo tem uma preocupação especial. Em Brasília, o discurso oficial é que o Porto do Açu é "estratégico" no esforço para tirar o transporte de carga marítima do sufoco.

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Além disso, nos bastidores, funcionários do governo afirmam que o fracasso de Eike pode afetar a imagem do País com investidores. "Eike precisa de gente que use o porto dele. Para isso a ferrovia tem de chegar até lá", afirma um alto funcionário do governo.

Se tudo der certo, o porto será beneficiado por dois trechos. O mais adiantado, orçado em cerca de R$ 4 bilhões, vai conectar o terminal ao Rio de Janeiro e Vitória, num trajeto de aproximadamente 1.000 quilômetros. O outro, com estudos em fase preliminar, vai ligar o porto ao Centro-Oeste do País.

Na primeira rota, o terminal conseguiria atrair clientes industriais, cargas de minério de ferro e açúcar, além de atender o Comperj, o grande complexo petroquímico em construção pela Petrobrás. O segundo trecho permitiria o escoamento de grãos do Centro-Oeste, que hoje usam os portos congestionados de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

Desde o início do projeto, um investimento de R$ 4 bilhões em São João da Barra (litoral Norte do Rio), Eike vem se mexendo para tirar os acessos ferroviários do papel. Ele tentou várias vezes convencer a Vale, que já tem a concessão de alguns trechos ferroviários nas redondezas, a fazer o serviço. Sem sucesso na gestão de Roger Agnelli, voltou à carga com Murilo Ferreira, hoje no comando da mineradora.

Como a Vale tinha obrigações a cumprir com o governo - ainda por conta da privatização da Rede Ferroviária Federal -, o empresário queria que essas pendências fossem liquidadas com as obras da ferrovia que liga o Rio ao porto do Açu. A proposta não foi adiante e o projeto foi parar no pacote ferroviário lançado em agosto pela presidente Dilma Rousseff, orçado em R$ 91 bilhões. Pelo cronograma da EPL, os projetos devem entrar em audiência pública nas próximas semanas.

Como tudo que Eike criou nos últimos anos, o Açu nasceu como um novo modelo de negócio para integrar porto e indústria - algo parecido com o que o governo de Pernambuco está fazendo no Porto de Suape. Pelos planos do empresário, além de capacidade para receber os maiores navios do mundo, o terminal será o ponto de chegada de um mineroduto da Anglo American, terá um estaleiro do próprio Eike (OSX) e um distrito industrial com empresas de vários setores.

Uma das âncoras do projeto seria a siderúrgica da chinesa Wuhan, que acabou desistindo do negócio por causa dos atrasos no projeto. A LLX, a empresa de logística de Eike e responsável pelo porto, afirma ter assinado um novo contrato com a siderúrgica ítalo-argentina Ternium, mas fontes do setor ainda duvidam da concretização do negócio.

A construção dos acessos ferroviários não resolveria todos os problemas de Eike, que vive uma crise de confiança que já derreteu mais de R$ 50 bilhões do valor de suas empresas. Mas poderia melhorar a imagem de seus empreendimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ceticismo dos investidores em relação ao futuro da petroleira de Eike Batista, a OGX, cresce a cada dia. Na sexta-feira (5), as ações da companhia atingiram novo piso histórico, cotadas a R$ 1,71, um tombo de 13,64% na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). Apenas nesta semana, o recuo chegou a 25,97%. No ano, a queda já ultrapassa os 60%.

A preocupação dos investidores se traduziu em uma maior volatilidade dos papéis. O movimento foi tão forte que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) chegou a questionar a empresa. Em comunicado, a petroleira admitiu que mantém permanente contato com investidores em busca de oportunidade de negócios. Mas negou a existência de qualquer negócio "consumado que deva ser comunicado ao mercado".

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Atualmente, o grande temor dos investidores é que a petroleira anuncie uma nova queda de produção em março e o desligamento do seu terceiro poço no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos. A atual crise de credibilidade que envolve as empresas do grupo X foi motivada pela divulgação, em junho do ano passado, de estimativas de produção bem abaixo das expectativas do mercado financeiro.

A situação piorou esta semana com o rebaixamento, pela Standard & Poor´s, da classificação de risco da companhia. Já a Fitch deu um voto de confiança para a empresa. Segundo a analista Ana Paula Ares, da Fitch, a OGX não enfrenta um choque de liquidez, apesar da queda livre das ações.

"A evolução dos volumes de produção neste ano e no próximo vai determinar a situação de longo prazo da empresa", comentou Ana Paula. Segundo ela, a Fitch não antecipa nenhuma mudança no rating da companhia no momento, mas, não hesitaria em agir se algum novo evento exigir alterações.

Para a analista, a OGX não está no meio de um evento catastrófico. "Um rating B não é a nota de uma empresa perto do default (calote). A OGX não tem nenhum vencimento de dívida agora, então isso dá à empresa certo espaço para manobrar e aumentar a produção de petróleo", explica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A MPX Energia anunciou que seu acionista controlador, Eike Batista, e a alemã E.ON firmaram um acordo de investimento na quarta-feira (27). A E.ON vai adquirir 141.544.637 ações detidas por Eike, que representam aproximadamente 24,5% do capital social da MPX. O preço base por ação é de R$ 10, o que totaliza R$ 1,415 bilhão. Com a aquisição, a participação da E.ON no capital da MPX aumentará para 36,2%.

Conforme o fato relevante divulgado nesta quinta-feira, na data de aquisição das ações da MPX, a E.ON e Eike celebrarão um acordo de acionistas, que regulará o exercício dos direitos de voto e restrições às transferências de ações detidas por eles. Após a compra, terá início a captação de recursos, por meio de oferta pública primária registrada junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no valor de, pelo menos, R$ 1,2 bilhão, com garantia firme da totalidade do valor a R$ 10,00 por ação, a qual deverá ser efetivada no segundo trimestre deste ano.

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A companhia explica que o preço por ação no âmbito do aumento de capital será determinado com base em procedimento de coleta de intenções de investimento (bookbuilding), sujeito, entretanto, a um compromisso firme de subscrição da totalidade do aumento de capital a um preço por ação de R$ 10,00.

O aumento de capital estabelecerá um período de prioridade para que os acionistas da MPX manifestem sua intenção de participar da oferta pública. A E.ON comprometeu-se a subscrever o equivalente a R$ 366.717.350,00 em novas ações emitidas em razão do aumento de capital, pelo preço de R$ 10,00 por ação.

O Banco BTG Pactual foi contratado pela MPX para executar a oferta pública em regime de garantia firme de colocação pelo preço de R$ 10,00 por ação, sendo que, conforme o fato relevante, "outros acionistas e investidores financeiros manifestaram intenção de subscrição na oferta pública".

O preço base da aquisição da fatia de 24,5% da MPX pela E.ON, de R$ 10,00 por ação, poderá ser ajustado para até R$ 11,00, conforme o valor por ação que vier a ser apurado em dois momentos: na liquidação da oferta pública e no período de 180 dias após a conclusão dessa oferta. Ou seja, o montante pode aumentar para R$ 1,557 bilhão.

Ainda segundo o comunicado, uma vez concluída a oferta pública, será submetida à aprovação dos acionistas a incorporação pela MPX, pelo valor patrimonial, da MPX E.ON Participações, joint venture entre a companhia e a E.ON.

A LLX Logística, do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 15,639 milhões no quarto trimestre de 2012, o que representa uma queda de 26,4% ante o prejuízo de R$ 21,257 milhões verificado no mesmo período do ano anterior. Em todo o ano de 2012, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 36,580 milhões, ou 30,8% menor do que os R$ 52,877 milhões de 2011.

A LLX teve despesas operacionais de R$ 33,483 milhões no quarto trimestre de 2012, 16,8% menores do que em igual intervalo de 2011. No acumulado de 2012, as despesas operacionais caíram 1,1%, para R$ 137,752 milhões.

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A empresa registrou ganho financeiro de R$ 2,316 milhões de outubro a dezembro do ano passado, queda de 80% na comparação com o quarto trimestre de 2011. Em todo o ano de 2012, o resultado financeiro foi positivo em R$ 28,918 milhões, recuo de 46,3% sobre o ano anterior.

A MPX Energia anunciou nesta terça-feira que recebeu informações do seu acionista controlador, Eike Batista, de que ele negocia a potencial venda de "determinado número de ações de emissão da MPX de sua titularidade". Em comunicado distribuído ao mercado, a companhia informou que não há qualquer documento assinado até o momento.

Conforme noticiado pelo Grupo Estado na sexta-feira (15), os executivos da empresa alemã E.ON negociavam, no Rio de Janeiro, os termos finais do acordo para comprar uma fatia maior da MPX. Segundo fontes próximas ao negócio ouvidas na ocasião, os alemães devem desembolsar R$ 1,8 bilhão por metade das ações de Eike - que representam cerca de 27% do capital da MPX.

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Carlos Slim ainda é o homem mais rico do mundo. A informação foi confirmada no novo ranking divulgado, nesta segunda-feira (4), pela revista americana Forbes, especilizada em economia. Segundo o levantamento, o mexicano possui uma fortuna avaliada em 73 bilhões de dólares, quatro bilhões a mais do que a última pesquisa.

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Esse é o quarto ano consecutivo que Carlos Slim ocupa a ponta da lista dos mais ricos. O norte-americano Bill Gates, co-fundador da Microsoft, com uma fortuna de 67 bilhões de dólares.

Cinco brasileiros estão presentes entre os 100 primeiros do ranking da Forbes. Eike Batista foi o destaque negativo da nova publicação da Revista. Ele perdeu cerca de 19,4 bilhões de dólares em 2012 e caiu do 7º para o 100º lugar.

Nesta sexta-feira (1º) Eike Batista e Mark Suman, diretor executivo da Mozilla Foundation estarão no palco principal da Campus Party, a partir das 13h. Suman irá apresentar a importância das linguagens de programação, convocando os campuseiros a dar suporte para a inovação e portabilidade de dados, já que o empresário esteve envolvido em projetos envolvendo tecnologia.

Eike Batista sobe ao palco às 19 horas. O carioca é um dos empreendedores mais bem sucedidos do Brasil irá partilhar curiosidades sobre sua vida e sua trajetória profissional. As jornalistas Luciana Galastri e Carol Castro se juntam à psicóloga Juliana Emy Yokomizo no debate "Isso é Bizarro", marcado para as 14h30 no palco Gutenberg.

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Os trekkies Edson Santos e Márcia Anasazi (membros da Frota Estelar) e Marcelo Forchin (membro do Conselho Jedi) irão debater sobre “Confronto das Sagas”, mostrando qual será a melhor franquia: Star Wars ou Star Trek?, às 14h30, no Barcamp.

Os fãs de tecnologia que estão fora do Campus poderão acompanhar as palestras do palco principal e outros eventos ao vivo pelo endereço: live.campus-party.org

 

 

Eike Batista ainda deve estar se perguntando se é verdade mesmo que 2012 chegou ao fim. Neste ano, ele viu suas empresas perderem R$ 31 bilhões na Bolsa. A petroleira OGX, principal companhia do grupo, mergulhou numa crise de credibilidade que afastou investidores e acabou respingando em seus outros negócios. Alguns de seus principais executivos pediram as contas ou foram demitidos. De quebra, Eike perdeu o posto - que ocupava há três anos consecutivos - de homem mais rico do Brasil.

Até o primogênito Thor Batista (nomeado, em setembro, diretor da holding EBX) arrumou confusão ao atropelar e matar um ajudante de caminhoneiro no Rio. Definitivamente, o ano não foi fácil.

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Mas, otimista confesso que é, Eike Batista tem dito a pessoas próximas que vai virar o jogo no ano que vem. Para analistas e consultores, o horizonte do empresário parece menos nebuloso em 2013 - ao menos para as empresas secundárias do grupo. A expectativa é de que as outras companhias de Eike devam se descolar do tropeço da petroleira, que representa mais de 70% de seus negócios.

As mais cotadas para dar alegrias ao magnata no ano que vem são a MPX, de energia, e a OSX, de construção naval. A MPX é a única que está entregando um resultado mais redondo. Com o início da atividade comercial da usina Pecém I, no Ceará, a empresa ganhou a chancela de "operacional" no começo de dezembro.

Outra que está se saindo bem é a OSX. Embora a principal cliente da empresa seja a OGX, com a qual os investidores têm o pé atrás, a percepção é que o negócio de construção de plataformas é promissor no País. O gargalo dos estaleiros no Brasil pode acabar beneficiando a empresa de Eike com contratos de equipamentos para a Petrobras.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A MMX, mineradora do bilionário Eike Batista, anunciou nesta segunda-feira que quer aumentar seu capital em R$ 1,4 bilhão. Junto com o comunicado de que pretende injetar mais recursos para tirar do papel a expansão do seu projeto de minério de Serra Azul, em Minas Gerais, a companhia informou discretamente ao mercado que adiará em dois trimestres o início da operação de seu porto em Itaguaí, no litoral do Rio.

O anúncio foi feito na esteira da aquisição, pelo próprio Eike, de 31.263.700 ações ordinárias da companhia na BM&FBovespa, o que elevou a participação dele na empresa para 46,41%. Em formulário de referência arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o executivo aparecia com uma fatia de 29,74%.

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Essa é a segunda vez que o empresário anuncia a intenção de fazer um aumento de capital bilionário em suas empresas depois do início de seu inferno astral, em junho, desencadeado pela divulgação de dados de produção de sua petroleira OGX abaixo do esperado pelo mercado.

A desconfiança dos investidores com os projetos de Eike vem se traduzindo em queda das ações do grupo. Mesmo com uma alta de 5,1% nesta segunda, os papéis da MMX ainda amargam uma perda de 44,5% no acumulado do ano. O resultado da companhia não ajuda a impulsionar as ações. Até o terceiro trimestre, a mineradora registra um prejuízo de R$ 442 milhões.

No comunicado, a MMX informa que os recursos captados na operação de aumento de capital irão reforçar o caixa da companhia para viabilizar o projeto de expansão da unidade Serra Azul. Além da operação, a mineradora pretende usar ainda um pacote de financiamento de longo prazo que está em negociação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A usina em construção terá capacidade de produção de até 29 milhões de toneladas anuais de minério de ferro. A intenção é escoar a produção de Serra Azul pela ferrovia da MRS Logística até o Superporto Sudeste, onde irá será vendido ao mercado internacional.

Em outubro, o Conselho de Administração da OSX, responsável pela construção de um estaleiro no Norte fluminense, aprovou um aumento de capital de US$ 500 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) por meio da emissão de novas ações ordinárias até março do ano que vem. Em comunicado, o controlador disse estar disposto a ir adiante. Segundo ele, a capitalização da companhia pode chegar a US$ 1 bilhão até 2014.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, anunciou nesta segunda-feira a construção de uma fábrica de chips em Minas Gerais, com investimento de R$ 1 bilhão e que terá entre os sócios a transnacional IBM e Eike Batista. 

Chamada de SIX Semicondutores, essa será a segunda fábrica de circuitos integrados (chips) do Brasil e a mais moderna da América Latina. A cerimônia de  lançamento do projeto aconteceu na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). 

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A fábrica será construída em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. Na ocasião também foram divulgados os dois sócios majoritários da fábrica, a SIX Soluções Inteligentes, empresa de Eike, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

Cada um fará um investimento de R$ 245 milhões e terá uma participação de 33% na SIX Semicondutores. Quando estiver funcionando, a expectativa é que a fábrica empregue diretamente cerca de 300 pessoas. Também estão entre os sócios do empreendimento a IBM, o BDMG e os grupos Matec Investimentos e Tecnologia Infinita WS-Intecs. 

Além de sua participação como sócio, o BNDES também oferecerá créditos de R$ 202 milhões para financiar outros sócios, enquanto o BDMG fornecerá R$ 65 milhões e terá participação de 7,2%. O empreendimento também receberá financiamento do Ministério de Ciência e Tecnologia, que também oferecerá crédito de R$ 202 milhões.  

Os chips fabricados pela SIX Semicondutores serão utilizados em aplicações industriais e médicas. "Seu diferencial competitivo será a criação, o desenvolvimento e a produção de circuitos integrados especializados para esses dois nichos, o que lhe permitirá obter margens maiores de produção em massa de semicondutores", afirma um comunicado do governo de Minas Gerais. 

"A unidade industrial permitirá que o Brasil ingresse em um setor de alta tecnologia com forte demanda nacional e internacional e que assuma a praticamente inexistente oferta de componentes locais para o setor" completa. 

A fábrica será construída ainda esse ano e a previsão é que comece a funcionar em 2014. Segundo comunicado oficial, a IBM foi escolhida como sócio tecnológico do projeto graças a sua condição de líder mundial na área de semicondutores.

"Esse projeto é o símbolo do avanço da sólida indústria brasileira rumo ao século 21. Ao lado de outras iniciativas, colocará o País em um novo patamar de desenvolvimento tecnológico, com impacto na balança comercial", afirmou o ministro Fernando Pimentel.

Depois de mais seis meses de adiamentos, o projeto do governo de construção de uma fábrica de semicondutores no País foi anunciado ontem oficialmente. A Six Semicondutores, a mais nova empresa do grupo de Eike Batista, saiu do papel com uma forte ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável por mais da metade do investimento de R$ 1 bilhão.

Além de entrar com R$ 245 milhões para garantir uma fatia de 33% na sociedade, o banco ainda aprovou financiamento de R$ 267 milhões para a nova fábrica, que será construída no município de Ribeirão das Neves, em Minas Gerais, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Outro empurrão do governo veio na forma de financiamento da estatal Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que liberou à Six uma linha de empréstimo de R$ 202 milhões.

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A nova fábrica, que tem previsão de começar a produzir em 2014, tem como sócios, além do BNDES e de Eike Batista (que também terá 33%), o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), a americana IBM e a Matec Investimentos e Tecnologia Infinita, do ex-presidente da Volkswagen do Brasil Wolfgang Sauer. O projeto vinha sendo tratado com discrição pelos sócios porque a presidente Dilma Rousseff tinha planos de anunciar pessoalmente o investimento. Mas problemas de agenda acabaram deixando a presidente fora do evento, que contou com a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

O interesse do Planalto pela produção de semicondutores ficou claro no lançamento da política industrial, no início do ano, quando o setor foi classificado como estratégico para o desenvolvimento econômico do País. Na época, o governo chegou a calcular que a falta de unidades de semicondutores gerava um déficit comercial de cerca de US$ 6 bilhões por ano ao Brasil.

A iniciativa, no entanto, é polêmica. O economista Claudio Frischtak, que trabalhou no Banco Mundial e hoje é sócio da Inter B Consultoria, criticou os gastos da União. Ele lembra que o governo já tem uma fábrica estatal de chips no Rio Grande do Sul, a Ceitec. "Quem garante que não será mais um desperdício de dinheiro?", disse. Segundo ele, o Brasil está duas a três décadas atrasado nesse segmento e a fábrica gaúcha, criada em 2008, ainda não conseguiu trazer nenhum avanço para o País. Já o economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Silvio Sales, se mostra mais favorável à decisão do Planalto de dar um pontapé, via BNDES, para tentar desenvolver o setor. "Estamos atrasados nessa área. Era preciso um empurrão do Estado. Isso se justifica", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A MMX Mineração e Metálicos informou nesta segunda-feira por comunicado que seu acionista controlador, Eike Batista, adquiriu direta e indiretamente 31.263.700 ações ordinárias da companhia no mercado secundário da BM&FBovespa, o que eleva o total de ações ordinárias detidas por ele na companhia para 289.737.297, ou 46,41% do capital social total.

"A MMX acredita que este movimento cristaliza ainda mais a confiança do Sr. Eike Batista no desempenho do mercado mundial de minério de ferro e também nos fundamentos da MMX", diz a empresa, no comunicado. "A aquisição das ações da MMX nessa magnitude demonstra, igualmente, a intenção do acionista controlador em permanecer exposto ao potencial de consolidação na região de Serra Azul, em Minas Gerais, bem como capturar os benefícios de caráter único do Superporto Sudeste", acrescenta.

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Duas empresas com sede no exterior concentram 72,5% do valor total da participação direta de Eike Batista em ações de suas controladas OGX, OSX, MMX, LLX, MPX e CCX. Levantamento feito pela consultoria Economática a pedido do jornal O Estado de S. Paulo mostra que as ações mantidas nessas holdings offshore representam R$ 13,87 bilhões da fortuna do homem mais rico do País.

O Estado americano de Nevada foi a sede escolhida pelo bilionário para a Centennial Asset Mining Fund LLC, que, por sua vez, controla a Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC. Por meio dessas companhias Eike mantém a maior fatia de sua participação nas seis empresas brasileiras.

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Subindo um pouco mais no emaranhado societário criado pelo magnata, uma linha do organograma mostra que a Centennial Mining tem como administrador único ("sole director") a EBX International S.A., empresa presidida pelo bilionário com sede no Panamá, conhecido paraíso fiscal da América Central.

O valor calculado por meio do levantamento das participações acionárias feito pela Economática pode ter sofrido alguma alteração recente, sem maior relevância. O empresário anunciou este ano a venda de duas parcelas minoritárias na Centennial Brazilian e "em outras holdings offshore" para o fundo árabe Mubadala (5,63%) e para a GE (0,8%).

Eike ainda aparece como dono de 100% das ações das duas companhias em formulários de referência arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) relativos a 2011, os documentos mais recentes deste tipo arquivados no órgão regulador de mercado. Como o grupo não detalhou como foi efetuada a transação e que outras offshores estariam envolvidas, é difícil afirmar o que teria mudado na relação. Mas, por causa dos porcentuais envolvidos, a alteração da cifra seria marginal.

A utilização desse tipo de estrutura não é ilegal. Ao contrário de algumas companhias que se apoiam nesse artifício para ocultar quem é seu real controlador, Eike não esconde que é ele quem está por trás dessas holdings. Por duas semanas a reportagem do Estado esperou por respostas da EBX sobre o assunto, mas a empresa preferiu não se manifestar a respeito.

Sem diagnóstico

Advogados ouvidos pelo Estado dizem que é difícil fazer um diagnóstico preciso do motivo que levou Eike a optar por essa estrutura e ressaltam que cada empresa tem um objetivo diferente ao decidir abrir uma holding em outro país. Procurado, o grupo EBX não respondeu aos questionamentos.

A principal motivação apontada em casos semelhantes é a redução de gastos com tributos. "O objetivo mais latente da criação das empresas offshore é buscar um cenário mais positivo em termos de benefícios fiscais relacionados ao Imposto de Renda e à Contribuição Social Sobre o Lucro", explica o especialista em direito tributário Paulo Sigaud, da Aidar SBZ Advogados.

É na OGX - empresa de óleo e gás e a mais valiosa entre as seis listadas na BM&FBovespa - que Eike detém o valor mais representativo em ações por meio de suas holdings estrangeiras. A fração de 61,22% do magnata, cujo discurso é fortemente marcado por elementos nacionalistas, equivale a R$ 11 bilhões.

Já na OSX, companhia do setor de construção naval, o executivo tem quase R$ 2 bilhões em ações, relativos a uma fatia de 59,3% via suas offshores. As cifras mais baixas estão nas suas empresas de mineração MMX (minério de ferro) e CCX (carvão). Os números foram aferidos pela Economática com base nas cotações das ações das companhias do dia, 8 de outubro.

Especialistas explicam que alguns brasileiros usam offshores para vender e comprar ações de companhias de capital aberto no Brasil, aproveitando um benefício criado para investidores estrangeiros. Esse regime, implementado para fomentar o mercado brasileiro de capitais, lhes permite realizar esse tipo de operação com isenção de impostos.

"Esse benefício foi criado para capital estrangeiro vindo para cá, mas muitos brasileiros aproveitam essa legislação, que está em vigor ainda", explica o advogado Bruno Ferreira, do escritório Vieira, Rezende, Barbosa e Guerreiro. Não há elementos suficientes para dizer que esse seja o caso de Eike, no entanto. Há normas para regular a prática e instrumentos para identificar quem é o beneficiário final e verificar se é alguém que está em paraíso fiscal. Nesse caso, os benefícios podem ser suspensos.

Além dos porcentuais mantidos por meio de empresas baseadas no exterior, o bilionário também detém ações como pessoa física, porém em menor escala. Eike possui diretamente 56,8% do capital da novata CCX (produtora de carvão), que estreou em maio na bolsa. Na MPX, de geração de energia, ele tem 50,1% e na MMX, 30%.

Emaranhado

As participações de Eike via holdings offshore nas empresas de capital aberto do grupo EBX, entretanto, podem superar a cifra de R$ 13,87 bilhões. Esse montante é relativo às ações detidas nas companhias listadas em bolsa que, por sua vez, possuem controladas que também têm como acionistas empresas de Eike no exterior.

Um exemplo são os 30% que a Centennial Mining tem na MMX Corumbá, subsidiária da MMX, por meio da EBX Brasil S.A. Essa empresa - que recentemente teve o filho de Eike, Thor Batista, nomeado como um dos diretores, sem designação específica - não é a holding EBX. Em resposta, na época, sobre o perfil dessa empresa, a assessoria do grupo EBX informou apenas tratar-se de um dos "veículos de investimento", sem entrar em detalhes sobre a definição cifrada.

Nos comunicados divulgados à época da venda de frações da Centennial Brazilian e outras holdings ao fundo árabe, Eike revelou que os novos sócios teriam participação indireta também nas empresas de capital fechado do grupo, que não estão incluídos no levantamento feito pela Economática. Isso quer dizer que empresas de Eike no exterior também tinham parte do capital da REX (mercado imobiliário), AUX (mineração de ouro) e IMX (entretenimento e exportes), cujo valor não se sabe. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Presente no lançamento da joint venture entre a IMX e o Cirque du Soleil na manhã desta terça-feira (25), o empresário Eike Batista se recusou a responder perguntas sobre as outras empresas do grupo EBX. Nos últimos dias, circulam no mercado rumores de que o executivo estaria se desfazendo de ativos, o que poderia incluir a venda da OSX para a Sete Brasil.

Diante do pedido da reportagem para que comentasse questões relativas a outros negócios do grupo EBX, Eike disse que só falaria sobre a IMX e deixou o local de forma apressada antes que qualquer pergunta pudesse ser feita. Outra transação do grupo EBX esperada para acontecer em breve está a venda de 49% de sua empresa de mineração de ouro, a AUX. Em junho, Eike disse que concluiria a operação em setembro.

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O jogador Neymar fecha contrato de venda de sua imagem com um dos maiores empresários do Brasil, Eike Batista. Eike já tinha em sua coleção de atletas o ex-tenista Carlos Alberto Kimary, a saltadora Maurren Maggi, o surfista Gabriel Medina e os velejadores Lars Grael e Torbem Grael. A IMX Talent é especializada em marketing esportivo e está consorciada com a EBX, empresa de Eike, e a IMG Worlwine transnacional.

Já o jogador que ditou moda nos últimos três anos era gerido pela 9Nine de Ronaldo ‘fenômeno’, e patrocinado por empresas como a Ambev, Panasonic, Nike, Claro e Santander. O acordo com Eike prevê auxílio na assessoria do alvenegro, planejamento de carreira, pós-carreira e possibilidades de crescimento internacional.

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Que tipo de contrato é esse? - O contrato que Neymar fechou com Eike Batista foi mediado pelo ex-jogador Ronaldo. A empresa 9Nine foi montada em meados de 2010 pelos empresários Ronaldo, Sergio Amado e Marcos Buaiz. Caracteriza a força do jogador enquanto empresa, no qual ele não precisa responder imediatamente ao clube. É o próprio jogador que administra as suas relações com as empresas que o financiam. Esse contrato de Neymar não tem termos de exclusividade, portanto, o jogador pode continuar a vender a sua imagem.

Em nota, Eike Batista, afirmou: "Temos orgulho em apoiar ídolos como Neymar Jr! Com a IMX Talent vamos desenvolver a carreira de alguns dos maiores ícones do esporte no Brasil e descobrir novos talentos". Os valores do contrato não foram divulgados.

*Por Diogo de Oliveira

A Polícia Civil do Rio identificou como de Marcelo dos Santos, de 35 anos, o corpo encontrado em estado avançado de decomposição no interior de uma casa localizada na Rua Lopes Quinta, na região do Jardim Botânico, na zona sul do Rio, na noite da última quinta-feira. Segundo o tenente-coronel do 23º Batalhão da Polícia Militar, Luiz Optávio Lopes, a construção é de propriedade de Dietrich Batista, irmão do empresário Eike Batista, e estava abandonada.

A PM fluminense recebeu informações do disque-denúncia de que havia uma pessoa morta no interior da casa. Segundo depoimentos de moradores da rua, o local é frequentado por usuários de drogas.

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De acordo com Lopes, a construção está sem cuidados há algum tempo. "O acesso foi muito difícil e a mansão está dominada pelo mato", explicou. Assim que localizaram o corpo, os agentes do 23º BPC isolaram o local.

As investigações estão concentradas no 15º Distrito Policial e o delegado titular, Fábio Barucke, afirma que os peritos do Instituto Médico Legal (IML) não encontraram marcas de violência no cadáver. Agentes do DP entraram em contato com parentes de Marcelo dos Santos.

A holding EBX vai vender uma fatia de 0,8% para um grupo industrial americano por US$ 300 milhões, disse ontem o empresário Eike Batista após participar de evento no Ibemec, no Rio. Segundo ele, o anúncio formal deve ser feito na manhã desta quinta-feira, às 9h. O executivo não revelou o nome da empresa que está comprando a fatia de sua holding, mas informou que trata-se de um grupo "grande" e que, entre suas áreas de atuação, está o setor de petróleo.

Eike afirmou ainda que até setembro deve fechar a venda de uma participação adicional da EBX equivalente a US$ 500 milhões, provavelmente a um investidor asiático. De acordo com o bilionário, na próxima sexta-feira, a LLX, empresa de logística do grupo EBX, vai anunciar a vinda de um novo empreendimento para o Complexo Industrial do porto do Açu, em construção em São João da Barra, no Norte fluminense. Hoje, de acordo com Eike, a EBX tem US$ 8,5 bilhões em caixa, valor que será ampliado com as novas vendas de participação. Em março, a EBX vendeu uma fatia de 5,63% ao fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos.

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A juíza da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, Daniela Barbosa Assumpção de Souza, aceitou o pedido do Ministério Público para processar por homicídio culposo Thor Batista, de 20 anos, filho do empresário Eike Batista. Ela determinou ainda a suspensão por um ano da carteira de habilitação do jovem. Ele tem que entregar o documento em cinco dias.

Thor atropelou e matou, em 17 de março, Wanderson Pereira dos Santos, na Rodovia Washington Luis, em Xerém, Baixada Fluminense. A perícia determinou que o filho do empresário estava a 137 km/hora, acima do limite máximo permitido para a via, 110 km/h.

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Para suspender a habilitação, a juíza levou em consideração o fato de Thor ter recebido anotações de onze infrações de trânsito em seu prontuário em pouco menos de dois anos. Destas, nove foram por exceder a velocidade máxima permitida para a via em que transitava. Além disso, Thor praticou nova infração de trânsito - dirigir veículo que não estava corretamente emplacado -, o que provocou a apreensão de seu automóvel.

O filho de Eike Batista tem prazo de cinco dias para entregar a carteira de habilitação no cartório da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias. Se condenado pelo crime de homicídio culposo (sem intenção de matar), Thor poderá cumprir pena de detenção de dois a quatro anos, em regime semi-aberto ou aberto.

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